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Os gêneros Introdução aos gêneros, diferença entre tipo textual, gênero textual e gênero discursivo Produção Textual II Prof. Liv Fernandes

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Os gênerosIntrodução aos gêneros, diferença entre tipo textual, gênero

textual e gênero discursivo

Produção Textual II Prof. Liv Fernandes

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Por que Gêneros?

•Segundo Bakhtin (1999 [1929]) gêneros são “tipos relativamente estáveis de enunciados”.•Enunciado é, por sua vez , a forma através da qual nos expressamos, sob a forma de diversos discursos de discurso.•Gêneros discursivos x gênero textual x tipo textual

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Gêneros?

•De acordo com Marcuschi (2008) “é impossível não se comunicar verbalmente por algum texto. Isso porque toda manifestação verbal se dá sempre por meio de textos realizados por algum gênero”.•“Quando dominamos um gênero textual, não dominamos uma forma linguística e sim uma forma de realizar linguisticamente objetivos específicos em situações sociais particulares”.• Tipo textual x gênero textual;

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Tipo textual x gênero textual

• Tipo textual: Caracteriza-se muito mais como sequência linguística do que como textos, ou “modos textuais” Marcuschi (idem). Exemplos: narração, argumentação, exposição, descrição e injunção.

• Gênero textual: são os textos que encontramos em “situações comunicativas recorrentes”, ou seja, em nosso cotidiano e que apresentam padrões sociocomunicativos definidos por:• composições funcionais;•objetivos enunciativos;•Estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas.

•Domínio discursivo: Indica a instância discursiva ou esfera de atividade humana (Bakhtin). Exemplos: discurso jornalístico, discurso jurídico, discurso religioso, etc.)

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Alguns exemplos de gênero textual:

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Analisando algumascaracterísticas de gêneros

•Características:•público alvo;•Esfera de produção;•freqüência produção e de apresentação;•temática;•canal;•Participante(s) da produção;•finalidade;

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Por que Gêneros?

•Artigo de opinião;•Crônica;•Carta do leitor/reclamação;•Coluna;

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Crônica“Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas. Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP. Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha. Nós sempre andamos de mãos dadas... Se eu soltar, ela vai às compras! Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica. Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa".Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: "O que tem na TV?" E eu disse: "Poeira".Luís Fernando Veríssimo

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Artigo de opiniãoFalência educacional: complô ou lógica?"Quem coloca seus filhos em escolas particulares (12% do total das matrículas da educação básica) comete um grave equívoco: acredita que essas escolas são boas apenas porque são melhores do que as escolas públicas. Assim, despreocupa-se da educação dos filhos e da qualidade da escola pública" Quando se fala em educação no Brasil, algo não faz sentido. Todos exaltam o benefício da educação e apontam-na como a solução de nossos problemas. Todos parecem engajados em sua melhoria. Apesar desse consenso e da boa vontade, nossas escolas patinam, e sua qualidade só tem decaído. Para explicar essa curiosa dissonância, era comum ouvir, dez anos atrás, a ideia de que nosso fracasso na área se devia à falta de "vontade política" de nossos governantes, ou ainda ao complô das elites pela alienação do proletariado, ou, finalmente, às imposições do Fundo Monetário Internacional (FMI), que supostamente exigia o corte de gastos na educação em seus acordos com o país. (...)Juca Varella

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Artigo de opinião

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Referências Bibliográficas•BAKHTIN, M. M./VOLOCHÍNOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1999 [1929], 2ª edição brasileira.•BAKHTIN, M. M. O discurso no romance. In: _____. Questões de literatura e de estética – A teoria do romance. São Paulo: Hucitec, 1988[1934-35/1975]. pp. 71-210.•MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção Textual, Análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.•MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e textualidade. In: Dionísio, Ângela Paiva; Machado, Anna Rachel; Bezerra, Maria Auxiliadora (Org.). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.