Aula 9 Sinais e Sistemas – Capítulo 2 Simon Haykin.
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Sinais e Sistemas – Capítulo 2
Simon Haykin
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
As equações de diferenças são usadas para representar sistemas de tempo discreto As equações diferenciais são usadas para representar sistemas de tempo contínuo
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
A forma geral de equações diferenciais com coeficientes constantes é
N
k
M
kk
k
kk
k
k txdt
dbty
dt
da
0 0
onde x(t) é a entrada do sistema e y(t) é a saída.
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
A forma geral de equações de diferenças com coeficientes constantes é similar, mas com as derivadas substituídas por valores retardados da entrada x[n] e da saída y[n]
N
k
M
kkk knxbknya
0 0][][
onde x[k] é a entrada do sistema e y[k] é a saída.
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
N
k
M
kkk knxbknya
0 0][][
N é um número inteiro chamado de ordem da equação, e corresponde à derivada mais elevada (no caso de equação diferencial) ou a memória máxima que envolve a saída do sistema (no caso de equação de diferença) Em termos práticos, a ordem representa o número de dispositivos de armazenamento de energia presentes no sistema
N
k
M
kk
k
kk
k
k txdt
dbty
dt
da
0 0Equação diferencial
Equação de diferença
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
Exemplo 1: Sistema RLC
ttxdy
Cty
dt
dLtRy 1
txdt
dty
dt
dLty
dt
dRty
C
2
21
Observe que a ordem N é 2 e o sistema possui dois elementos de armazenamento de energia: o capacitor e o indutor.
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
Exemplo 2: Sistema massa-mola
txtkytydt
dfty
dt
dm
2
2
Observe que a ordem N é 2 e o sistema possui dois elementos de armazenamento de energia: a massa e a mola.
Posição Velocidade
Aceleração
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
Exemplo 3: Relação de entrada e saída de um sistema que processa dados em um computador
]1[2][]2[4
1]1[][ nxnxnynyny
Observe que a ordem N é 2 pois o sistema possui uma memória máxima da saída igual a 2. A memória em um sistema de tempo discreto é análoga ao armazenamento de energia em um sistema de tempo contínuo.
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
Dada a forma geral de uma equação de diferença
então podemos reescrevê-la na forma recursiva
N
k
M
kkk knxbknya
0 0][][
N
kk
M
kk knya
aknxb
any
1000
][1
][1
][
A qual indica que a saída y[n] pode ser obtida a partir da entrada e de valores passados da saída.
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
Exemplo: Considere o sistema de tempo discreto modelado como
Descreva o sistema sob uma forma recursiva e determine as 3 primeiras amostras de saída.
Solução:
]1[2][]2[4
1]1[][ nxnxnynyny
]2[4
1]1[]1[2][][ nynynxnxny
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
Observe que para iniciar o processo em n=0 é necessário conhecer os dois valores passados mais recente da saída, y[-1] e y[-2], que são as condições iniciais do sistema.
]2[4
1]1[]1[2][][ nynynxnxny
]0[4
1]1[]1[2]2[]2[
]1[4
1]0[]0[2]1[]1[
]2[4
1]1[]1[2]0[]0[
yyxxy
yyxxy
yyxxy
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Representação por Equações Diferenciais e de Diferenças
As condições iniciais resumem todas as informações sobre o passado do sistema que são necessárias para determinar as saídas futuras. Em geral, o número de condições iniciais necessárias é igual à ordem do sistema. No caso de sistemas de tempo contínuo, as condições iniciais são os valores das N derivadas da saída avaliadas no tempo t0
tydt
dty
dt
dty
dt
dty
N
N
1
1
2
2
,,,
As condições iniciais em sistemas de tempo contínuo estão relacionadas com os valores iniciais dos dispositivos de armazenamento de energia (tensões iniciais em capacitores, correntes iniciais em indutores,...)
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Resolvendo Equações Diferenciais e de Diferenças
É conveniente expressar a saída como uma soma de dois componentes:
Um associado somente com as condições iniciais; Outro devido somente à entrada.
Denominaremos o componente associado com as condições iniciais de resposta natural do sistema, y(n). O componente da saída devido somente à entrada é denominado resposta forçada do sistema, y(f). A resposta natural é a saída do sistema para entrada zero, enquanto que a resposta forçada é a saída do sistema com condições iniciais nulas. Um sistema com condições iniciais nulas (nenhuma energia armazenada ou nenhuma memória) é dito estar em repouso.
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Resolvendo Equações Diferenciais e de Diferenças
A resposta natural mostra como o sistema dissipa energia ou memória do passado, representadas por condições iniciais distintas de zero. A resposta forçada mostra o comportamento do sistema, que é “forçado” por uma entrada quando o sistema está em repouso.
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A Resposta Natural
Considere a equação diferencial em sua forma geral
N
k
M
kk
k
kk
k
k txdt
dbty
dt
da
0 0
Considerando x(t)=0, o que nos leva à equação homogênea
N
k
nk
k
k tydt
da
0
)( 0
Logo, a resposta natural y(n) tem a forma
N
i
tri
n iecty1
)(
em que ri são as N raízes da equação característica do sistema.
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A Resposta Natural
Equação homogênea
N
k
nk
k
k tydt
da
0
)( 0
Logo, a resposta natural y(n) tem a forma
N
i
tri
n iecty1
)(
em que ri são as N raízes da equação característica do sistema
00
N
k
kk ra
A substituição de y(n) na equação homogênea estabelece sua solução para qualquer conjunto de constantes ci.
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A Resposta Natural Considere a equação de diferenças em sua forma geral
Considerando x[n-k]=0, o que nos leva à equação homogênea
N
k
M
kkk knxbknya
0 0][][
0][0
N
k
nk knya
Logo, a resposta natural y(n) tem a forma
N
i
nii
n rcny1
em que ri são as N raízes da equação característica do sistema
00
N
k
kNk ra
A substituição de y(n) na equação homogênea estabelece sua solução para qualquer conjunto de constantes ci.
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A Resposta Natural
00
N
k
kNk ra
Observe que as equações características de tempo contínuo e de tempo discreto diferem uma da outra.
00
N
k
kk ra Equação característica de tempo contínuo
Equação característica de tempo discreto
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A Resposta Natural
A forma da resposta natural se modifica ligeiramente quando as equações características possuem raízes repetidas. Se a raiz for repetida p vezes, então incluímos p termos distintos nas soluções de y(n) associadas com ri, envolvendo as p funções
trptrtr jjj ettee 1,,
nj
pnj
nj rnnrr 1,,
Tempo contínuo
Tempo discreto
Natureza de cada termo na resposta natural: ri reais => exponenciais reais ri imaginárias=>senóides ri complexas=> Senóides exponencialmente amortecidas
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A Resposta Natural
Exemplo: Considere o circuito RL como um sistema cuja entrada é a tensão aplicada x(t) e a saída é a corrente y(t). Encontre uma equação diferencial que descreva este sistema e determine a resposta natural do sistema para t>0, supondo que a corrente que atravessa o indutor no instante t=0 seja y(0)=2 A.
Solução:
txtydt
dLtRy
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A Resposta Natural
A resposta natural é a solução da equação homogênea
0 tydt
dLtRy
cuja solução, sabendo que N=1, é Aecty trn 1
1
em que r1 é a raiz da equação característica
LRrrLrR 10
O coeficiente c1 é determinado de forma que a resposta satisfaça a condição inicial y(0)=2. Neste caso, c1=2, de modo que
0,2 tAety tLRn
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A Resposta Forçada
A resposta forçada é a solução para a equação diferencial ou de diferenças correspondente à entrada dada, supondo-se que as condições iniciais sejam nulas. Consiste na soma de dois componentes:
Um termo que tem a mesma forma que a resposta natural Uma solução particular y(p)
A solução particular normalmente é obtida supondo que a saída do sistema tenha a mesma forma geral que a entrada Exemplo 1: se a entrada é x[n]=an, então supomos que a saída tenha a forma y(p)[n]=can
, e encontramos a constante c . Exemplo 2: se a entrada é x[n]=Acos(Ωn+Φ), então supomos que a saída tenha a forma y(p)[n]=c1cos(Ωn)+c2sen(Ωn), onde c1 e c2 são determinadas a fim de que y(p)[n] satisfaça a equação de diferença do sistema.
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A Resposta Forçada
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A Resposta Forçada
Exemplo: Considere o circuito RL como um sistema cuja entrada é a tensão aplicada x(t) e a saída é a corrente y(t). Encontre uma solução particular para este sistema, sabendo que x(t)=cos(ω0t)V.
Solução:
txtydt
dLtRy
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A Resposta Forçada
Supomos uma solução particular da forma tctcty p 0201 sencos
Então, a equação diferencial fica como segue:
ttcLtcLtRctRc 00200100201 coscossensencos
tcLRctcLRct 010202010 cossencos
20
2202
20
221
102
201
0
1
LRLc
LRRc
cLRc
cLRc
tLR
Lt
LR
Rty p 02
0220
020
22sencos
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A Resposta Forçada
Exemplo: Considere o circuito RL como um sistema cuja entrada é a tensão aplicada x(t) e a saída é a corrente y(t). Encontre a resposta forçada, sabendo que x(t)=cos(t)V, R=1Ω, L=1H.
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A Resposta Forçada
Solução:
ttLRn ecAecty 11Reposta natural:
Reposta Particular:
ttty
tLR
Lt
LR
Rty
p
p
sen2
1cos
2
1
sencos 020
220
020
22
Reposta Forçada: ttecty tf sen
2
1cos
2
11
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A Resposta Forçada
Reposta Forçada: ttecty tf sen
2
1cos
2
11
2
1
2
10
0sen2
10cos
2
10
11
01
cc
ecy f
0,sen2
1cos
2
1
2
1 tAttety tf
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A Resposta Completa
É a soma da resposta natural e a resposta forçada Obtém-se aplicando os procedimentos para determinação da resposta forçada, mas com as condições iniciais reais em vez de nulas
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A Resposta Completa
Exemplo: Considere o circuito RL como um sistema cuja entrada é a tensão aplicada x(t) e a saída é a corrente y(t). Encontre a resposta forçada, sabendo que x(t)=cos(t)V, R=1Ω, L=1H e y(0)=2A.
Solução:
Reposta forçada:
2
3
2
12
0sen2
10cos
2
10
sen2
1cos
2
1
11
01
1
cc
ecy
ttecty tf
Reposta completa:
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A Resposta Completa
Reposta Completa: 0,sen2
1cos
2
1
2
3 tAttety t
Reposta Natural: 0,2 tAety tLRn
Reposta Forçada: 0,sen
2
1cos
2
1
2
1 tAttety tf