Avaliação da aprendizagem

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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: possibilidades de intervenções Profº Ms. Valdriano Ferreira do Nascimento

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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: possibilidades de intervenções

Profº Ms. Valdriano Ferreira do Nascimento

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O que é Avaliação

da Aprendizagem?

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Avaliação é um processo de atribuição de símbolos a fenômenos com o objetivo de caracterizar o valor do fenômeno, geralmente com referência a algum padrão de natureza social, cultural ou científica (BRADFIELD, 1963)

Hoffmann (1993), entende avaliação como uma ação provocativa do professor, desafiando o aluno a refletir sobre as experiências vividas, a formular e reformular hipóteses, direcionando para um saber enriquecido.

Em função de seu caráter de prática intencional e transformadora, o que se espera é que a avaliação vá além, qual seja, que busque identificar as necessidades do objeto em questão e que haja um compromisso com a superação das mesmas. Entendemos avaliação como um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão (LUCKESI, 1995).

Para Demo (2008), Avaliar pode constituir um processo e um projeto em que avaliador e avaliado buscam e sofrem uma mudança qualitativa. Daí que os critérios de avaliação, que condicionam seus resultados, estejam sempre subordinados às finalidades e objetivos previamente estabelecidos para a prática pedagógica.

Conceitos De Avaliação

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Diagnóstica: Entrada – Inicial

Formativa: Contínua – Processo - Acompanhamento

Somativa: Final – Produto -

Concepções de Avaliação

Quantitativa X Qualitativa

POSITIVISTA x DIALÉTICA

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Visa determinar a presença, ou ausência, de conhecimentos e habilidades, inclusive buscando detectar pré-requisitos para novas experiências de aprendizagem. Permitindo averiguar as causas de repetidas dificuldades de aprendizagem. Normalmente se faz quando o aluno chega à escola, em geral no início do ano letivo, durante as primeiras semanas para observar e conhecer características relevantes do aluno; chegada de novo aluno para saber onde enturmá-lo e como recuperar a falta de base ou de pré-requisitos; no início de cada unidade para provocar interesse pelo tema e identificar o que já sabem sobre o assunto.

Podendo ser feita em qualquer momento que o professor ou a escola detectarem problemas graves de aprendizagem, motivação e aproveitamento.

Alunos e professores, a partir da avaliação diagnóstica de forma integrada, reajustarão seus planos de ação fazendo uma reflexão constante, crítica e participativa.

Avaliação Diagnóstica

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É realizada com o propósito de informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem, durante o desenvolvimento das atividades escolares. Localiza deficiências na organização do processo de ensino e aprendizagem de modo a possibilitar reformulações no mesmo e assegurar o alcance dos objetivos.

É denominada formativa porque demonstra como os alunos estão se modificando em direção aos objetivos.

A avaliação formativa ou processual pode ser feita de maneira contínua e informal, no dia-a-dia da sala de aula, e pode também ser feita em oportunidades regulares, incluindo o uso de instrumentos mais formais como, testes, provas, apresentações de relatórios de trabalhos, competições e jogos.

Avaliação Formativa ou Processual

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É uma decisão que leva em conta a soma de um ou mais resultados. Normalmente refere-se a um resultado final – uma prova final, um concurso, um vestibular. Nas escolas, de um modo geral, a avaliação somativa é a decisão tomada no final do ano para deliberar sobre a promoção de alunos.

É usada, tipicamente, para tomar decisões a respeito da promoção ou reprovação dos alunos que não obtiveram êxito no processo de ensino-aprendizagem.

Avaliação Somativa

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1. A escola valorizar muito a nota e dar-lhe grande ênfase, pois, afinal, ela é mais importante?

2. A escola monta todo um clima de tensão em cima das provas, pois, afinal, na sociedade também é assim, e a escolha tem mais é que adaptar o aluno ao mundo que está aí?

3. A escola cede às pressões dos pais e de muitos professores no sentido de não mudar o sistema de avaliação, pois, afinal de contas, sempre foi assim?

Que concepção de Avaliação adotamos?

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4. A escola usa o argumento da transferência dos alunos como justificativa de não mudança de suas práticas?

5. O professor faz toda uma supervalorização das notas, pois, caso contrário, não consegue dominar a classe?

6. Existem alunos que vão mal no 4º bimestre, tirando só a nota que precisa, pois estão interessados em passar para o Ano seguinte?.

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7. O professor só valoriza a resposta certa, pois, na sociedade, é isto que importa?

8. O fato dos alunos terem “branco”, medo, nervosismo, ansiedade, etc., etc., é tudo culpa deles (e das famílias), por não terem o hábito de estudar todo dia. A escola nada tem a ver com isso?

9. Os professores desejam “Boa Sorte” na prova, já que freqüentemente as questões são irrelevantes e arbitrarias, sem contar as vezes em que esta expressão tem sentido velado de vingança?

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10. Atualmente na escola, a avaliação tem sido praticada para aprovar ou reprovar os alunos, caracterizando-se como uma ameaça que intimida o aluno?

11. Ainda existe uma avaliação descomprometida com a aprendizagem do aluno, contribuindo para a auto-imagem negativa, causando reprovação e repetência e ainda, fracasso escolar?

12. Existe uma educação que ainda prioriza o depósito de informações, onde um ensina e o outro aprende, e que os instrumentos de avaliação são utilizados apenas como medidores do conhecimento, e com isso afastam-se das características humanas, caracterizando-se como uma ferramenta de exclusão escolar e social?

13. Ainda existe avaliação com caráter descontextualizado, autoritário e punitivo, que não considera o aspecto sócio-emocional, resultando num distanciamento entre professor e aluno?

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Língua Portuguesa/Ciências Humanas

Matemática/Ciências da Natureza

Obs.: AS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESTA DE ACORDO COM A DESCRIÇÃO CATEGORIA DE DESEMPENHO NA ESCALA DO SPAECE

Escala de Desempenho Credevest - 2010Escala Para 400

ABAIXO DE180 180 |------- 220 220 |-------260 ACIMA DE 260

MUITO CRITICO CRÍTICO INTERMEDIÁRIO ADEQUADO

ABAIXO DE 200 200 |------- 240 240 |-------280 ACIMA DE 280

MUITO CRITICO CRÍTICO INTERMEDIÁRIO ADEQUADO

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Comparativo 1º ano – Linguagens e Códigos

EEEP Mons.

Odorico

EEM MD Petrola

EEM de Aiuaba

EEM MJ Coutinho

EEM V. Távora

EEM Liceu "Lili

Feitosa

Média Crede 15

050

100150200250300350400

241,1222

1.31

214.

87

210.

85

225.

19

215.

53

221,

47

1º ano

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Comparativo 3º ano – Linguagens e Códigos

EEEP Mons.

Odorico

EEM MD Petrola

EEM de Aiuaba

EEM MJ Coutinho

EEM V. Távora

EEM Liceu "Lili

Feitosa

Média Crede 15

050

100150200250300350400

247.

43

244.

34

221.

19

232.

03

237.

67

233.

65

236,

05

3º ano

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Comparativo 1º ano – Matemática

EEEP M

ons. O

doric

o

EEM M

D Pet

rola

EEM d

e Aiu

aba

EEM M

J Cou

tinho

EEM V

. Táv

ora

EEM L

iceu

"Lili

Fei

tosa

Méd

ia C

rede

15

0

100

200

300

400

108.

74

100.

61

109

96.0

6

98.0

6

96.7

4101,53

1º ano

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Comparativo 3º ano – Matemática

EEEP M

ons. O

doric

o

EEM M

D Pet

rola

EEM d

e Aiu

aba

EEM M

J Cou

tinho

EEM V

. Táv

ora

EEM L

iceu

"Lili

Fei

tosa

Méd

ia C

rede

15

0

100

200

300

400

138.

61

108.

94

106.

83

131.

26

108.

46

113.

98

118,01

3º ano

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Os educadores devem ter em mente os limites da avaliação objetiva, pois nem todos os resultados do ensino podem ser medidos ou averiguados através de testes. Por exemplo, um objetivo como o ajustamento pessoal e social é avaliado com mais facilidade e de maneira mais válida pela observação do aluno em situações que envolvam relações sociais.

Diante das indagações, da realidade, e das perspectivas de uma avaliação dialética, como os professores

devem encarar o processo avaliativo?

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Avaliação é um processo de captação das necessidades, a partir do confronto entre a situação atual e a situação desejada, visando uma intervenção na realidade para favorecer a aproximação entre ambas.

Avaliar é ser capaz de acompanhar o processo de construção do conhecimento do educando, para ajudá-lo a superar suas dificuldades.

A avaliação consiste na coleta de dados quantitativos e qualitativos, e na interpretação desses resultados, com base em critérios previamente definidos.

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A avaliação é um processo contínuo e sistemático. Portanto, ela não pode ser esporádica nem improvisada, mas, ao contrário, deve ser constante e planejada. Nessa perspectiva, a avaliação faz parte de um sistema mais amplo que é o processo de ensino e aprendizagem integrando.

A avaliação escolar deve ser mais estudada e detalhada cientificamente, buscando considerar relações de afetividade entre professor e aluno que possam ser garantidas dentro das variadas formas de avaliação.

A afetividade tem um respaldo significante sob a avaliação do aluno como um todo, devendo ter como aspecto fundamental, alcançar os objetivos do processo de ensino e aprendizagem dentro dos fatores cognoscitivos e sócio-emocional, intimamente ligada a interação professor-aluno.

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Avaliar o processo de ensino e aprendizagem, consiste em verificar em que medida os alunos estão atingindo os objetivos previstos. Por isso, os objetivos constituem o elemento norteador da avaliação.

A avaliação não deve visar eliminar alunos, mas orientar seu processo de aprendizagem para que possam atingir os objetivos previstos. Nesse sentido, a avaliação permite ao aluno conhecer seus erros e acertos, auxiliando-o a fixar as respostas corretas e a corrigir falhas.

A avaliação deve analisar todas as dimensões do comportamento, considerando o aluno como um todo. Desse modo, ela incide não apenas sobre os elementos cognitivos, mas também sobre o aspecto afetivos e sociais.

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Na avaliação inclusiva, democrática e amorosa não há exclusão, mas sim diagnóstico e construção. Não há submissão, mas sim liberdade. Não há medo, mas sim espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas sim travessia permanente em busca do melhor. Sempre!

Assumindo um caráter pedagógico-dialético, a avaliação precisa desvincular-se do processo classificatório, seletivo e discriminatório, para estabelecer o básico da sua função que se aplica principalmente ao professor que a utiliza, analisando e refletindo os resultados dos alunos.

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A avaliação deve propiciar retomada de conteúdos, novas metodologias e um redimensionamento de trajetória, conforme a necessidade do momento. Enfatizando assim o processo, refletindo no processo de ensino e aprendizagem, visando a construção do conhecimento duradouro.

A avaliação deve ir muito além de avaliar a aprendizagem do aluno, ela ultrapassa essa dimensão avaliando em contrapartida o trabalho da escola e o desempenho do professor, promovendo a revisão e a redefinição dos objetivos propostos.

Avaliar, mais do que saberes técnicos, exige sabedoria para compreender a complexidade do ser humano em desenvolvimento, para relevar suas deficiências menores, para despertar valores e virtudes, muitas vezes adormecidos, e, sobretudo, um depósito de discernimento, equilíbrio, afetividade, valores morais, intelectuais, estéticos, religiosos, elementos fundamentais para a importância e a grandeza da ação do professor.

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Captar a distância entre o que se intenciona e o que de fato se alcançou. Isto implica em:

a) Captação do real;b) Verificação de Instrumentos; c) Ter clareza de objetivos, de critérios; saber

o que se quer; d) Tomar decisão sobre o que fazer para

confirmar ou redirecionar o processo.

Portanto, o professor deve compreender o processo de Avaliação como um elemento de:

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Assumindo uma postura crítica e efetivando uma prática pedagógica, considerando os seguintes aportes teóricos:

a) Currículo; Prática pedagógica

b) Planejamento; problematizadora

c) Interdisciplinaridade

Como intervir na realidade?

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Não é algo a ser transmitido e passivamente absorvido, mas o terreno em que ativamente se criará e produzirá cultura.

O currículo é um terreno de produção e de política cultural, no qual o conteúdo funciona como matéria prima de criação, recriação e, sobretudo, de contestação e transformação.

Currículo

Os fenômenos curriculares incluem todas aquelas atividades e iniciativas através das quais o currículo é planejado, criado, adotado, apresentado, experimentado, criticado, defendido e avaliado, assim como todos aqueles objetos materiais que o configuram, como são os livros-texto, os aparelhos e equipamentos, e os planos do professor, etc. (Walker, citado por Sacristán, 2000)

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Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições existentes, e traçar estratégias de ação para superar as dificuldades e alcançar os objetivos desejados. (Danilo Gandin)

Planejamento

1. O professor precisa conhecer-se do ponto de vista de sua própria personalidade. Esse conhecimento é importante para a escolha de estratégias pedagógicas, cujo sucesso ou fracasso poderá depender de suas características psicossociais.

2. O professor precisa conhecer seus alunos com suas características psicossociais e cognitivas, pois cada aluno é cada aluno e cada turma é cada turma.

3. O professor precisa conhecer a produção do conhecimento (epistemologia) e a metodologia mais adequada às características da disciplina com que trabalha.

4. O professor precisa conhecer o contexto social de seus alunos. Este conhecimento o levará a identificar as situações complexas relevantes para o grupo e escolher estratégias contextualizadas que favoreçam à aprendizagem significativa.

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O processo de ensino e aprendizagem interdisciplanar nasce da proposicão de novos objetivos, de novas metodologias, cuja tônica primeira é a superação do monólogo e a instauração de uma prática dialógica. Para tanto, faz-se necessária a eliminação das barreiras entre as disciplinas e entre as pessoas que pretendem desenvolvê-las. (Ivani Fazenda)

Interdisciplinaridade

A metodologia do trabalho interdisciplinar implica em:

1º - integração de conteúdos;

2º - passar de uma concepção fragmentária para uma concepção unitária do conhecimento;

3º - superar a dicotomia entre ensino e pesquisa, considerando o estudo e a pesquisa, a partir da contribuição das diversas ciências;

4º - ensino-aprendizagem centrado numa visão de que aprendemos ao longo de toda a vida.

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Dependendo do que o professor se propõe a ensinar e do que escolhe, a possibilidade de projetos interdisciplinares aumenta. Esta vivência para o aluno do Ensino , é interessante, pois tende a prepará-lo a olhar o mundo sob várias perspectivas. Mas a idéia de projetos na sala de aula e/ou na escola traz também, a oportunidade dos alunos se expressarem, criarem, construirem o novo.

Efetivação de uma prática pedagógica pautada na Pedagogia de Projetos

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Como nos diz Perrenoud (1993),

Mudar a avaliação significa, provavelmente, mudar a escola. Pois que seja assim mesmo. Que haja mudança automática! Haja também mudança em nossas práticas habituais. Não podemos mais permanecer formando pessoas inseguras e angustiadas, nem tampouco ser obstáculos negativos para os alunos e a comunidade escolar onde atuamos.

É importante que a forma de avaliação seja escolhida de acordo com os objetivos que se deseja atingir. É, também, fundamental que se ofereça ao aluno oportunidades diversas de mostrar seu desempenho, evidentemente evitando fazer do processo de ensino e aprendizagem um mecanismo de só aplicar instrumentos de avaliação.

Considerações Finais

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Toda e qualquer produção por parte dos alunos é significativa, uma vez que reflete um determinado estágio de desenvolvimento dos conhecimentos, desde que haja entendimento por parte do professor de como o aluno elaborou determinadas respostas ou soluções, para definir então, quais intervenções e atividades coletivas e ou individuais deverão ser realizadas, visando dar continuidade ao seu processo de desenvolvimento. Os problemas da prática mais comum, portanto, poderão levantar questões de estudo para a formação do professor. (Braga, 2006)

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Mestre é quem, de repente, aprende.

(Guimarães Rosa).

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DEMO, Pedro. Avaliação Qualitativa. 9. ed. – Campinas, SP: Autores Associados,

2008.

FAZENDA, I. (Org) Interdisciplinaridade: dicionário em construção. SP: Cortez, 2002.

GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 16ª Ed. Editora Loyola. São Paulo, SP. Junho/2007.

MORETTO, Vasco Pedro. Prova: Um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. 8º Ed. Editora Lamparina. Rio de Janeiro, RJ. 2008.

ROMÃO, JOSÉ Eustáquio. Avaliação Dialógica: Desafios e Perspectivas. São Paulo, Cortez: Instituto Paulo Freire, 1999.

SACRISTÁN, J. Gimeno. O currículo: Uma reflexão sobre a prática. 3. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2000.

Bibliografia Básica