Biblioteca 2.0
-
Upload
guilherme-lourenco -
Category
Documents
-
view
213 -
download
0
description
Transcript of Biblioteca 2.0
34
Biblioteca 2.0
Universidade de Brasília – UnB
Departamento de Ciência da Informação e Documentação - CID
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação - FACE
Aluno: Guilherme Lourenço (06/85411)
34
Introdução
Vivemos num mundo globalizado onde as novas tecnologias estão inseridas, de modo
quase absoluto, em todos os setores da sociedade. Nesse cenário tanto a informação
como os meios de comunicação atuam como sujeitos da sociedade. A inserção das
novas tecnologias no campo da ciência da informação causa um grande fenômeno,
extremamente interessante, não só naqueles que trabalham com a informação, como
é o caso dos bibliotecários, mas também em todos aqueles que precisam da
informação, científica ou não.
Para entender melhor esse fenômeno, é necessário que se faça uma análise do
ambiente informacional. Esse ambiente é composto por três níveis: produção, uso e
disseminação da informação. Com base nesses três elementos informacionais, pode-se
levantar alguns aspectos interessantes relacionados ao gestor e disseminador da
informação.
O bibliotecário desempenha um papel fundamental no moderno ambiente
informacional, por esse motivo, deve estar devidamente preparado para atuar na
sociedade da informação. Na sociedade moderna, é necessário que o bibliotecário
desempenhe um papel ativo no que diz respeito à orientação das pessoas em relação a
seleção das fontes, acesso e uso da informação.
Podemos facilmente ilustrar a importância da tecnologia no ambiente organizacional.
No caso dos centros de informação, a tecnologia influencia tremendamente o processo
de coleta, armazenamento e disseminação da informação contribuindo
substancialmente para a ampliação da sua responsabilidade social. A idéia de que as
novas tecnologias são indispensáveis na gerência da informação já ocupa um lugar
privilegiado nos fóruns e grupos de discussão relacionados ao tema.
Nesse sentido é imprescindível que o bibliotecário se atualize bem como os currículos
de biblioteconomia das universidades brasileiras. Em meio ao século XXI a sociedade
re-configurou seu processo de produção e organização do conhecimento. Com a
popularização e o desenvolvimento da Internet além das mudanças sociais e
34
econômicas o perfil dos usuários de bibliotecas mudou drasticamente nos últimos
anos. Aparentemente os bibliotecários ainda não se deram conta disso.
A nova biblioteca além de trabalhar com os suportes tradicionais como os livros,
precisa atuar no espaço multimídia, onde se incluem sistemas de informação em
suportes variados. Novas estratégias devem ser traçadas, aliando técnicas tradicionais
a métodos de trabalho inovadores para que os serviços e produtos da biblioteca
respondam às reais necessidades dos usuários, reinventando-se outras relações com a
sociedade.
Dessa forma o conceito de Biblioteca 2.0 pode ser definido como as relações e práticas
da biblioteconomia aplicada ao uso das ferramentas dinâmicas e colaborativas da
internet. A Biblioteca 2.0 e o novo bibliotecário têm como foco central o usuário,
diferentemente do modelo tradicional que priorizava o acervo.
Esse trabalho visa demonstrar e explanar sobre como a sociedade da informação se
desenvolve no Brasil, quais são as ferramentas de web 2.0 e de que forma a biblioteca
pode utilizá-las, qual o novo perfil de usuários de bibliotecas, como essas ferramentas
podem se aplicadas na educação, além de como a Biblioteca Central da Universidade
de Brasília enfrenta as mudanças paradigmáticas sofridas na biblioteconomia.
34
Evolução da Sociedade da Informação no Brasil
Cada vez mais o Brasil se insere no contexto da web, segundo Paiva (2008, p.40), o
surgimento da World Wide Web (WWW), fez multiplicar o número de informações
disponíveis no mundo, e aos poucos os sistemas de busca de informações foram se
sofisticando.
Segundo os dados divulgados pelo Ibope/NetRatings, em julho deste ano, o Brasil
alcançou o patamar de 27 milhões de internautas residenciais ativos, quase 60% a mais
que o registrado no mesmo período do ano anterior. Contando todos os pontos de
acesso monitorados pela pesquisa: residência, trabalho, bibliotecas, escola, cybercafé,
e tele-centros, o país conta com 40 milhões de usuários ativos com mais de 16 anos de
idade.
Figura 1: Número de Internautas no Brasil de 2006 a 2009.
Milhares 2006 2007 2008 2009
Janeiro 12.036 14.034 21.100 24.467
Fevereiro 13.241 14.068 22.043 24.806
Março 14.107 16.257 22.742 25.457
Abril 13.431 15.867 22.419 25.460
Maio 13.246 17.933 23.141 25.566
Junho 13.397 18.047 22.910 25.600
Julho 13.393 18.523 23.715 27.500
Agosto 13.641 19.302 24.331 -
Setembro 13.639 20.100 24.407 -
Outubro 13.313 19.881 23.676 -
Novembro 14.448 21.536 24.419 -
Dezembro 14.419 21.393 24.545 -
Fonte: IBOPE NetRatings.
34
Ainda segundo a pesquisa, em um ano o país ganhou 7,1 milhões de novos usuários de
internet em domicílios. Esse crescimento é devido ao aumento de residências com
computadores e popularização da banda larga.
Ainda segundo a pesquisa, o Brasil é o país onde as pessoas passam mais tempo
conectadas à internet: 23 horas e 12 minutos por mês (dados da Nielsen/Netratings).
Na lista de permanência na internet seguem o Brasil: Estados Unidos, França, Japão e
Reino Unido.
O fato de a internet ter se tornado um canal rápido e barato, torna-a indispensável
para sociedade em que vivemos. A cada dia novas funções e mecanismos são
inventados e utilizados como fontes de informação, entretenimento, educação e
comunicação entre pessoas. O’Reilly (2005) cunhou o termo Web 2.0 para caracterizar
o surgimento das funcionalidades e tecnologias da internet. O quadro a seguir mostra
o crescimento e uso das principais ferramentas da internet.
O’ Reilly (2005), propõe algumas palavras-chave para caracterizar a diferença entre a
Web 1.0 e a Web 2.0. A tabela a seguir compara evolutivamente os dois conceitos:
34
Fonte: http://www.semvoodoo.com/uploaded_images/web-2.0-740913.gif
Segundo O’ Reilly (2005), O termo web 2.0 representa uma segunda geração de
serviços e aplicações. Nesse sentido a web passa a ser vista como uma plataforma
onde toda a informação técnica está acessível e publicar na internet deixa de exigir um
conhecimento técnico para criação de páginas da web. Basta que o interessado crie o
conteúdo e aloje num servidor, na maioria das vezes também gratuito. As wikis são um
ótimo exemplo para essa característica. Segundo Ebersbach et al (2005), a wiki é uma
ferramenta de colaboração composta por um ambiente simples, fácil, prático e com
diversidade de funcionalidades. Está entre suas características ser fácil de usar até
mesmo por usuários leigos. Redes sociais e aplicações folksonômicas também estão
inseridas nessa realidade.
A facilidade em publicar conteúdos e contribuir com projetos digitais fez com que as
redes sociais se desenvolvessem rapidamente. A capacidade de criar um conteúdo,
postar e contribuir ajuda a ampliar o espírito crítico dos internautas além de aumentar
o número de redes sociais disponíveis e exponencialmente o número de informações
na internet. O Orkut, Hi5, MySpace, Linkedin, Facebook, Ning, entre outros, facilitam o
fluxo e criação da informação além de estimular o processo de interação social e
aprendizagem dos internautas.
A grande quantidade de informação e o desenvolvimento das novas tecnologias
apresentam ao profissional da informação o grande desafio vinculado à organização e
34
o tratamento da informação. Para Souza e Alvarenga (2004, p.133) a web, apesar de
ter sido projetada para possibilitar o fácil acesso à informação, teve um crescimento
desordenado e caótico, sendo hoje, um imenso repositório de documentos que,
apesar da evolução dos motores de busca, é pouco eficaz na localização e recuperação
da informação. Cabe ao bibliotecário, gestor da informação, entender essas novas
ferramentas e criar métodos para uma localização mais rápida e eficiente da
informação.
34
Novo Perfil dos Usuários da Biblioteca
É dever das bibliotecas buscar responder às necessidades de informação de seus
usuários. A atitude da biblioteca deve ser de constante mudança adequando seus
serviços às diferentes necessidades dos usuários reais e dos potenciais usuários.
De acordo com o documento Information behaviour of the researcher of the future, da
British Library e JISC, as características que mais se destacam no novo perfil de
usuários de biblioteca, são as seguintes:
90% dos usuários usam os motores de busca para encontrar informação e 93%
estão satisfeitos ou muito satisfeitos com os resultados;
Avaliam a biblioteca apenas como “fornecedora” de livros;
Confiam mais nas recomendações ou dicas obtidas através de suas redes
sociais, que na “autoridade” estabelecida e tradicional;
Detêm competência digital, mas não informacional;
Não lêem de forma seqüencial: lêem as páginas em linha na “diagonal”,
utilizam hiperlinks e ficam pouco tempo em cada página;
Querem os textos completos de forma imediata, etc.
A pesquisa representa os aspectos comportamentais dos jovens que nasceram depois
da invenção da internet, uma vez que não conhecem outra forma de satisfazer as suas
necessidades informacionais. No entanto, uma das conclusões do documento é a de
que estes comportamentos não são exclusivos da geração pós-internet e sim da grande
maioria dos usuários da Internet. Curiosamente o documento refere-se a essa nova
geração como “Geração Google”.
Entre as crenças que os pesquisadores chamam de "mitos", está a de que as novas
gerações são mais eficientes no que diz respeito a recuperação de informações na
Internet. Fica claro que alfabetização digital e alfabetização informacional não
caminham juntas. Muitos dos internautas não são capazes de localizar/filtrar a
informação adequada em meio à extensa quantidade de dados disponíveis na internet.
34
Segundo a pesquisa todos os internautas têm preferência por textos resumidos e até
mesmo a idéia de que as pessoas mais jovens passam mais tempo na internet em
relação pessoas mais velhas não foi ratificada. Pessoas com mais de 65 anos passam
mais tempo conectadas em relação aos jovens de 18 a 24 anos.
Ainda segundo a pesquisa realizada pela British Library, os novos usuários de
bibliotecas esperam que os sítios das bibliotecas no futuro:
I. Sejam fáceis de usar e que não obriguem a pesquisar em sítios diferentes;
II. Disponibilize textos completos;
III. Tenha um sistema de recomendação de documentos;
IV. Interoperabilidade entre sistemas;
V. Personalização, etc.
Perante as mudanças em relação aos usuários da biblioteca é importante que seus
diretores se alertem quanto a mudanças tecnológicos e, sobretudo, quanto às novas
exigências informacionais dos usuários.
A tecnologia tem evoluído de tal forma, que as bibliotecas são obrigadas a
acompanhar essa evolução. Já não podemos pensar nas bibliotecas apenas com os
seus serviços tradicionais (empréstimo, etc.), mas também incorporar novas
ferramentas a fim de melhorar os serviços existentes e criar novos. Já passou o tempo
em que a biblioteca se limitava a esperar que o usuário a procurasse; agora, é a
Biblioteca que procura o usuário.
O estudo ainda trás indícios científicos da situação e paradigma das bibliotecas no ano
de 2017.
1. A internet será unificada como um elemento cultural da globalização
econômica.
2. A importância social das bibliotecas em geral e das bibliotecas nacionais será
reduzida.
34
Segundo o estudo, a redução da importância social da biblioteca não seria causada
pela nova era da informação digital em detrimento do desaparecimento e morte do
livro e, mas sim pela valorização dos documentos em formato tradicional, livros por
exemplo. Devido o baixíssimo custo de se publicar uma obra no formato e-book as
editoras não investiram na impressão de documentos.
A biblioteca física como a conhecemos se tornaria numa espécie de museu e seria
responsável pela guarda dos livros sobreviventes. A relevância de um documento para
a pesquisa e pesquisadores não será considerada a partir de como a obra foi
formatada ou publicada, mas sim em relação às condições de acesso. A pesquisa
afirma que a gestão da informação estará comprometida, pois as publicações
aparecerão e desaparecerão em instantes.
Essa perspectiva não está distante da nossa realidade. A Web 2.0, tem como
característica o dinamismo, compartilhamento e interatividade, daí o conceito de Web
2.0 ou Web Social. A proliferação dessas ferramentas tem causado uma enorme
revolução nos serviços de informação graças à possibilidade de interação e
compartilhamento de conteúdos.
O fenômeno da web 2.0 não está restrito ao ambiente organizacional da biblioteca.
Segundo Barroso apud Vilatte (2009) os alunos estão cada vez mais interessados em
tecnologias informáticas e menos interessados nos métodos tradicionais de ensino.
Devido a isso, acredita que para conseguir cumprir a missão de formar cidadãos, o
professor deve ajustar e adaptar seus métodos de ensino às novas tecnologias.
34
Web 2.0 na Educação
As tecnologias da web 2.0 estão redefinindo o ensino e criando novas metodologias e
oportunidades de educação e aperfeiçoamento profissional de forma personalizada e
flexível, segundo Valente et al. (1996) o ensino a distância pode ser considerado uma
alternativa para distribuir o conhecimento ainda localizado e restrito a alguns centros
de excelência. Num país como o Brasil, de dimensões territoriais muitas vezes
instransponíveis devido a fatores geográficos/econômicos, essa tecnologia torna-se
fundamental para que ocorra a disseminação da informação e o desenvolvimento do
país.
Segundo Mattar (2007) um dos lemas da Web 2.0 é: tudo é matéria-prima para ser
usada e remixada. Ou seja, na visão do autor o usuário da web 2.0 não é pensado
apenas como receptor da informação, mas simultaneamente como produtor e
desenvolvedor de conteúdos.
Segundo Fichmann (2005) a Web 2.0 facilita a criação de conteúdo de todos os tipos, a
ponto de podermos falar de uma sociedade de autores. Isto significa que o aluno passa
a ser, além de leitor passivo, autor e produtor da informação, e até mesmo editor e
colaborador, esse tipo de recurso ultrapassa os limites da sala de aula, ou mesmo do
ambiente escolar tradicional.
A oportunidade para desenvolver e publicar conteúdos com facilidade nos possibilita
pensar numa nova forma de ensino totalmente diferente dos modelos tradicionais.
Segundo Cruz & Carvalho (2007, p.241), a rapidez das inovações tecnológicas nem
sempre corresponde à capacitação dos professores para a sua utilização, o que muitas
vezes resulta na utilização inadequada ou na falta de uso dos recursos tecnológicos
disponíveis. Se o professor não compreende ou não está inserido no contexto social do
público para qual dá aulas, provavelmente o aluno não irá se interessar pelo conteúdo
da aula.
Segundo Zanetti (2009), cabe ao professores a tarefa de abrir os olhos para essa nova
oportunidade. O processo de aprendizagem não é somente transmitir o conhecimento
34
e sim ensinar como usá-lo, como modificá-lo e até mesmo discordar dele. Temos as
ferramentas, só falta usar.
É extremamente importante que os professores aprendam e utilizem as ferramentas
da internet a seu favor. Para tanto seria extremamente interessante que as instituições
educacionais e sindicatos realizassem treinamentos visando iniciar os educadores
nessas tecnologias e conceitos, mostrando assim como essas ferramentas
colaborativas podem ser vantajosas no ambiente da sala de aula.
Nesse sentido o aluno de ter a oportunidade de se tornar um produto ativo no
processo de aprendizagem. Segundo Magalhães apud Richardson (2008),
Escrever online é estimulante para os professores e para os
alunos. Além disso, muitos dos alunos passam a ser muito mais
empenhados e responsáveis pelas suas publicações.
Uma wiki, por exemplo, pode ser utilizada como ferramenta para alunos em pesquisas
futuras. A figura seguinte mostra a gama de recursos digitais educacionais disponíveis
para edição e elaboração de conteúdos.
34
34
Professores, pedagogos ou qualquer pessoa pode facilmente escrever em um blog,
produzir um podcast ou disponibilizar um filme no YouTube. O conteúdo da disciplina
deixa de ficar preso num único computador passa a estar disponível na internet,
sempre acessível, a partir de qualquer lugar do planeta com acesso à Internet. O
professor pode com poucos cliques acessar seus favoritos no Delicious, textos, gráficos
e apresentações no Google Docs, imagens no Flickr e vídeos no YouTube.
Com a Web 2.0 grandes mudanças ocorrem no ramo da educação, como ressalta
Magalhães apud Richardson (2006), as descobertas do professor e dos alunos deixam
de estar limitadas à turma e ficam disponíveis para toda a rede. O aluno se tornar um
agente ativo da educação, estimulado pela possibilidade de construir e trocar
conhecimentos. O professor terá a chance de avaliar alguns aspectos muitas vezes
impossíveis de serem identificados na sala de aula, por exemplo, a capacidade de
redigir um texto, pesquisar sobre um assunto, dar uma opinião e debater as idéias dos
colegas.
Através de ferramentas específicas os professores têm a possibilidade de usar a web
2.0 também para o controle de aulas, partilhando seu calendário e disponibilizando os
resultados das avaliações, além de comentários sobre as atividades propostas. Para
Barbosa & Granado (2004 p. 69), se há alguma área onde os weblogs podem ser
utilizados como ferramenta de comunicação e de troca de experiências com excelentes
resultados, essa área é sem dúvida, a da educação.
Deve ficar claro que todas essas possibilidades não exigem nenhum conhecimento
técnico aprofundado e nem gastos adicionais para o professor ou centro de ensino.
Segundo Barbosa & Granado (2004 p.70), os alunos que acessam conteúdos
compartilhados assimilam mais facilmente as noções básicas para apresentações
acadêmicas e ética, devido o respeito necessário para tratar as informações já
disponíveis na comunidade.
A biblioteca deve ter um forte senso de responsabilidade social e educacional. A web
2.0 abre ao bibliotecário uma grande possibilidade de intervir positivamente na
comunidade onde está inserida.
34
Biblioteca 2.0
A biblioteca como organismo fundamental da sociedade deve se reestruturar para
atender às novas necessidades da sociedade da informação. Segundo Bax (1998, p.5),
para que as bibliotecas tirem maior proveito das novas tecnologias, será necessário
trazer a web para o mundo das bibliotecas e dos centros de informação. Por isso, deve
procurar conhecer e dominar as diferentes tecnologias utilizadas para construir e
disponibilizar a informação.
O conceito Biblioteca 2.0 engloba as teorias e as práticas da Biblioteconomia e da
Ciência da informação inseridas no contexto Web 2.0 (mensagens síncronas, streaming
media, blogs, wikis, redes sociais, tagging, alimentadores RSS, e outros). Segundos os
princípios da biblioteca 2.0, a tecnologia não pode substituir os serviços tradicionais de
uma biblioteca, mas pode melhorá-los.
Esse novo modelo de biblioteca começou a ser repensado, a partir do surgimento da
Web 2.0, que possui como filosofia o dinamismo, compartilhamento e interatividade.
Diante disso as bibliotecas começaram a perceber a aplicabilidade dessas ferramentas
para promoção e disponibilização da informação.
Para Arnal (2007, p.98), a biblioteca 2.0 deve proporcionar acessibilidade,
interatividade, colaboração e participação dos usuários junto a ela. Um dos objetivos
principais da aplicação de ferramentas da Web 2.0 em bibliotecas é, sobretudo, para
facilitar o trabalho do bibliotecário e também o acesso dos usuários seja ao acervo ou
para fazer uma sugestão e receber uma informação de forma rápida e precisa. A figura
a seguir mostra as principais características da biblioteca 2.0.
34
Atitudes:
Conteúdos Sociais:
Ferramentas:
Algumas ferramentas que já fazem parte do cotidiano do internauta podem ser
utilizadas pelas bibliotecas. Ferramentas que antes eram vistas apenas como
passatempo juvenil hoje são ferramentas de trabalho. São elas:
AdSense: Um plano de publicidade do Google que ajuda criadores de sites, entre os
quais blogs, a ganhar dinheiro com seu trabalho. Tornou-se a mais importante fonte de
receita para as empresas Web 2.0. Ao lado dos resultados de busca, o Google oferece
anúncios relevantes para o conteúdo de um site, gerando receita para o site a cada vez
que o anúncio for clicado
Ajax: Um pacote amplo de tecnologias usado a fim de criar aplicativos interativos para
a web. A Microsoft foi uma das primeiras empresas a explorar a tecnologia, mas a
adoção da técnica pelo Google, para serviços como mapas on-line, mais recente e
34
entusiástica, é que fez do Ajax (abreviação de "JavaScript e XML assíncrono") uma das
ferramentas mais quentes entre os criadores de sites e serviços na web
Blogs: De baixo custo para publicação na web disponível para milhões de usuários, os
blogs estão entre as primeiras ferramentas de Web 2.0 a serem usadas amplamente
Mash-ups: Serviços criados pela combinação de dois diferentes aplicativos para a
internet. Por exemplo, misturar um site de mapas on-line com um serviço de anúncios
de imóveis para apresentar um recurso unificado de localização de casas que estão à
venda
RSS: Abreviação de "really simple syndication" [distribuição realmente simples], é uma
maneira de distribuir informação por meio da internet que se tornou uma poderosa
combinação de tecnologias "pull" --com as quais o usuário da web solicita as
informações que deseja-- e tecnologias "push" --com as quais informações são
enviadas a um usuário automaticamente. O visitante de um site que funcione com RSS
pode solicitar que as atualizações lhe sejam enviadas (processo conhecido como
"assinando um feed"). O presidente do conselho da Microsoft, Bill Gates, classificou o
sistema RSS como uma tecnologia essencial 18 meses atrás, e determinou que fosse
incluída no software produzido por seu grupo
Tagging [rotulação]: Uma versão Web 2.0 das listas de sites preferidos, oferecendo aos
usuários uma maneira de vincular palavras-chaves a palavras ou imagens que
consideram interessantes na internet, ajudando a categorizá-las e a facilitar sua
obtenção por outros usuários. O efeito colaborativo de muitos milhares de usuários é
um dos pontos centrais de sites como o del.icio.us e o flickr.com. O uso on-line de
tagging é classificado também como "folksonomy", já que cria uma distribuição
classificada, ou taxonomia, de conteúdo na web, reforçando sua utilidade
Wikis: Páginas comunitárias na internet que podem ser alteradas por todos os usuários
que têm direitos de acesso. Usadas na internet pública, essas páginas comunitárias
geraram fenômenos como a Wikipedia, que é uma enciclopédia on-line escrita por
leitores. Usadas em empresas, as wikis estão se tornando uma maneira fácil de trocar
idéias para um grupo de trabalhadores envolvido em um projeto.
34
Uso das ferramentas - Referencia 2.0
O Serviço de Referência destina-se a dar apoio aos usuários para o uso e exploração
dos recursos de informação impressos, eletrônicos ou virtuais, existentes na biblioteca
propriamente dita ou em redes externas. Pode-se considerar a referencia como um
dos principais setores de uma biblioteca. Os profissionais lotados nesse setor devem
conhecer as tecnologias e atualizar-se constantemente para realizar suas atividades,
que, segundo Grogan (2001), são as mais importantes em qualquer unidade de
informação.
O uso das novas tecnologias da informação pelos profissionais da área é de
fundamental no processo de busca, recuperação e armazenamento da informação. As
tecnologias da informação exigem dos profissionais, além dos conhecimentos
especializados na área, novas competências e habilidades para trabalhar em novos
ambientes.
Como afirmam Cunha, M. V. et al. (2004, p. 3),
O profissional da informação vem se diversificando a cada dia
com novas atividades crescidas ao seu processo de trabalho,
atividades estas que demandam maior envolvimento intelectual.
Estes profissionais têm à sua frente o desafio de colocar uma
nova dimensão ao problema informacional.
O bibliotecário deve constantemente se atualizar e buscar qualificações capacitando-
se ao máximo para responder às demandas da sociedade. Segundo Valentim (2000) o
bibliotecário precisa, antes de qualquer coisa, compreender a realidade em que está
inserido e o ambiente onde está exercendo suas atividades, criando mecanismos e
ferramentas eficazes de atuação na sociedade e prevendo as futuras necessidades.
Neste contexto podemos considerar a Web como um dos suportes mais utilizados e
dinâmicos que sociabiliza e inova informações onde quer que esteja o usuário.
Ao abordar a questão dos serviços da referência e informação on-line Cunha (2002)
sugere a criação de um balcão de referência e informações virtuais como tendência
para os próximos anos. Essa nova abordagem será de extrema muito proveitosa e de
34
importância para a gestão e planejamento dos novos serviços e produtos de referência
e informação. As bibliotecas brasileiras apontam claramente para essas necessidades
num próximo. Figueiredo (1996), afirma que:
As tendências futuras, realmente apontam para o serviço de
referência e informação on-line sugerindo cada vez mais a
utilização de recursos tecnológicos para a disseminação de
informações.
Nesse contexto as ferramentas de web 2.0 mostram-se fundamentais para o futuro
das bibliotecas e Centros de Informação como um todo. Algumas das ferramentas que
podem ser utilizadas por bibliotecas são: blogs, microblogs, redes sociais e
agregadores de notícias, para citar apenas alguns exemplos.
Atualmente as bibliotecas são vistas cada vez mais como ultrapassadas, comparadas
com serviços modernos baseados na internet. O incremento das novas tecnologias nas
tradicionais bibliotecas representa um grande desafio que os gestores de informação
precisam enfrentar. Fatalmente, com o mundo em constante avanço tecnológico e
social, a biblioteca precisa evoluir e começar a disponibilizar seus serviços na maneira
como os usuários modernos esperam. Grande parte dos bibliotecários formados há
mais de 10 anos resiste às mudanças paradigmáticas da biblioteca. Segundo Bichteler
(1987) a resistência a mudanças nas bibliotecas pode se traduzir em uma má vontade
ou inabilidade em ser treinado e em aprender a utilização do novo sistema. Esta
resistência certamente atrapalha a evolução da biblioteca, talvez o grande problema
esteja em esclarecer aos bibliotecários como o centro de informação pode utilizar tais
ferramentas.
É necessário que a biblioteconomia se atualize perante as necessidades do novo
século. Ramalho (1992) em seu artigo "Configuração das bibliotecas universitárias do
Brasil face às novas tecnologias da informação" coletou dados e desenvolveu
argumentos considerados relevantes ao futuro da biblioteca universitária brasileira, o
objetivo da pesquisa era descobrir como as bibliotecas universitárias se comportam
perante a evolução tecnológica da sociedade atual. Com base nas conclusões da
pesquisa, pode-se afirmar que:
34
1. As bibliotecas estudadas mostraram-se altamente interessadas na aquisição de
novas tecnologias.
2. Os diretores das Bibliotecas concordaram que existem muitas carências quanto
à implantação das novas tecnologias, entre as quais, a mais grave é a falta de
recursos financeiros.
3. A aquisição de novas tecnologias pela biblioteca é extremamente lenta se
comparada ao desenvolvimento das tecnologias.
4. Apesar das dificuldades, as bibliotecas estão envidando esforços para garantir
seu espaço na Sociedade Informatizada.
É importante ressaltar que as conclusões da pesquisa sugerem mudanças
administrativas, e na logística do centro de informação para que a biblioteca possa
conduzir a mudança tecnológica adequada para sua realidade. A maioria dos
tradicionais gerentes de biblioteca não faz idéia de como é possível utilizar as
ferramentas no dia a dia da instituição. Com base nessa justificativa apresentarei a
seguir alguns exemplos de como a biblioteca pode utilizar-se das ferramentas de web
2.0:
Agregadores de Notícias (RSS): possibilita que todo e qualquer conteúdo que seja
atualizado em sites, blogs, microblgs, marcadores sociais, etc., sejam enviados ao e-
mail ou a uma outra ferramenta de agregadora de notícias, por exemplo, Google
reader. No caso de bibliotecas, elas poderiam utilizar-se dessa ferramenta para
manterem-se atualizadas e, posteriormente, divulgar as notícias mais relevantes aos
seus usuários. O ponto mais importante dos agregadores é que eles possibilitam que a
informação vá até o usuário, e não o contrário. Eles também são usados para a
disseminação seletiva da informação – é possível receber atualizações somente de
uma categoria e/ou marcador do blog, por exemplo, possibilitando que o usuário
receba apenas informações de seu interesse.
Blogs: em geral são organizados por data, o que permite a posterior recuperação das
atividades realizadas pela biblioteca em determinado período. É possível organizar o
conteúdo em tags (marcadores) e categorias – o que também facilita na recuperação
34
do que já foi publicado. Outro diferencial é a possibilidade de fazer comentários –
dessa maneira, o usuário pode entrar em contato direto com a biblioteca e sugerir,
criticar ou simplesmente comentar o que está sendo publicado. O blog pode ser
hospedado em diversos lugares: no próprio site da biblioteca ou em ferramentas
gratuitas, como o WordPress e o Blogger (do Google).
Twitter: fenômeno relativamente recente (principalmente no Brasil) são os microblogs
– com destaque para o Twitter, que é a ferramente mais conhecida e utilizada. Similar
aos blogs pela fácil atualização, o Twitter possibilita, como diferencial, uma atualização
em tempo real e restrita a 140 caracteres – ou seja, são atualizações rápidas, em geral
informando algo que está acontecendo (novas aquisições, exposições, palestras) ou
que algo foi atualizado (o site, por exemplo). Com a possibilidade de responder
diretamente a uma postagem, o serviço de referência toma novos rumos – os usuários
poderiam fazer perguntas diretas à biblioteca e ter resposta imediata, sem ser
necessário ir à instituição ou abrir o e-mail.
Redes Sociais: uma biblioteca pode utilizar essa ferramenta como etapa inicial do
processo de referência, disponibilizando páginas (que podem direcionar diretamente a
vídeos, imagens, texto, qualquer tipo de documento on-line) organizadas por assuntos
e instruindo os usuários a buscar naqueles sites as informações que precisam para
consultas rápidas. Também é possível indicar favoritos às pessoas que fazem parte da
sua rede – com isso, os usuários poderiam indicar sites que acham relevantes à
biblioteca e complementar essa fonte de informações referenciais.
34
Uso das ferramentas de web 2.0 pelos usuários da Biblioteca Central da Universidade
de Brasília
A Biblioteca Central da Universidade de Brasília tem como missão atender aos diversos
segmentos da Universidade em suas necessidades de documentação e informação nas
áreas do conhecimento específico de sua atuação, tendo como propósito contribuir
para a qualidade da educação, da pesquisa e da extensão. Acredita-se que com o uso
da web 2.0 a BCE/UnB prestaria um serviço mais adequado e inteligência para
comunidade acadêmica.
Procurando entender a reação dos usuários da BCE/UnB com o uso de ferramentas de
web 2.0, um questionário foi aplicado. Esperava-se descobrir se os usuários da
BCE/UnB utilizam as ferramentas de web 2.0, quais ferramentas utilizam, com que
freqüência utilizam e se acreditam que a biblioteca deve agregar esses serviços a
instituição.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa se concentrou nos usuários da Biblioteca Central da Universidade de
Brasília: professores, alunos, funcionários e público externo levando em conta a
freqüência de uso da biblioteca e uso de serviços de internet. Foram levantados
aspectos quantitativos e qualitativos em relação às ferramentas de comunicação na
web.
O formulário utilizou perguntas fechadas e semi-abertas, além disso, continha nove
perguntas, sendo uma opcional referente ao nome. Os questionários foram entregues
de forma individual e o aplicador auxiliou no preenchimento do mesmo. As perguntas
foram feitas na própria biblioteca, e em turnos distintos. A tabela a seguir representa o
número e categoria amostral.
34
Análise da pesquisa
A primeira pergunta visava conhecer a frequência de uso da BCE. Essa pergunta foi
feita para ter maior conhecimento do público entrevistado e para considerar a
validação dos resultados do questionário aplicado.
Pode-se observar que os entrevistados não costumam fazer uso da biblioteca com
muita frequência. 23% dos entrevistados responderam frequentar a biblioteca pelo
menos uma vez por semana. 20% responderam frequentar todos os dias. 24%
responderam visitar a BCE raramente e 33% responderam frequentar uma vez por
mês.
34
Para aplicar o questinário sobre o uso de ferramentas de web 2.0, precisávamos saber
se os usuários tem acesso à Internet. Sem acesso à internet, a proposta da pesquisa
não seria concluída.
Os resulados mostraram que 100% dos entrevistados têm acesso à Internet, sem
excessão. Para conhecer os hábitos deste uso, a pergunta também explorou quais
locais que o entrevistado tem maior acesso à Internet. O local em que os entrevistados
mais acessam a internet é em casa (35%), seguido da biblioteca (24%) e do trabalho
(22%). Apenas 14% responderam na faculdade e 3% na lan house. Fica evidente que
grande parte dos usuários pesquisados utiliza a biblioteca para acessar a internet.
34
Antes de saber se o usuário utiliza ferramentas web 2.0, procuramos descobrir qual o
conhecimento do entrevistado sobre o assunto. A maior parte dos entrevistados
respondeu já ter ouvido falar sobre web 2.0 mas assumia não saber o seu significado.
A segunda opção mais respondida foi a que o entrevistado nunca tinha ouvido falar de
web 2.0. Dezessete pessoas afirmaram saber o significado mas não saberiam explicar e
somente 13 pessoas disseram ter o perfeito conhcecimento sobre o conceito de
ferramentas de web 2.0.
34
Em seguida perguntamos quais as ferramentas de comunicação eles teriam acesso e
qual a freqüência do acesso. Oferecemos uma lista com as ferramentas mais populares
na Internet, sendo todas elas ferramentas de web 2.0. O resultado foi o esperado: a
maioria das ferramentas mostrou um altíssimo número de freqüentadores.
A ferramenta mais utilizada pelos entrevistados é o MSN, em segundo lugar o e-mail,
que também refletiu o resultado da ferramenta com maior freqüência de uso
(ferramenta que os usuários mais acessam em um único dia). As ferramentas menos
utilizadas pelos usuários da BCE/UnB, entrevistados no questionário, são Delicious e
MySpace.
Percebemos, então, que os usuários entrevistados utilizam as ferramentas mesmo sem
saber que elas são ferramentas de web 2.0 e sem conhecer sua funcionalidade
principal. Detectou-se que esses usuários não costumam acessar blogs, curiosamente
poucas semanas antes deste estudo a Biblioteca Central da Universidade de Brasília
disponibilizou um blog próprio: http://bceunb.blogspot.com/.
34
34
34
A seguir procuramos entender o que os motivam a utilizar destas ferramentas. Cada
entrevistado poderia responder mais de uma opção para justificar o uso das
ferramentas, assim, duas opções foram respondidas pela maioria: interagir
socialmente e buscar informações técnicas ou científicas.
Em seguida, os usuários responderam utilizá-las para saber sobre atualidades, depois
para jogar on-line e, por último, para trabalhar. Um aspecto interessante, observado
nesta questão, é que as ferramentas têm duas funções principais e opostas ao mesmo
tempo: interesse social e interesses de estudos.
Isso demonstra que as ferramentas de web 2.0 não são utilizadas apenas para
diversão, mas também para assuntos acadêmicos. A confiabilidade nas informações
disponíveis nas ferramentas de web 2.0 está cada vez maior. Esse aspecto corrobora
com a pesquisa Information behaviour of the researcher of the future, da British Library
e JISC no que diz respeito a confiam mais nas recomendações ou dicas obtidas através
de suas redes sociais, que na “autoridade” estabelecida e tradicional.
A proposta do questionário foi apurada principalmente nas últimas questões, que
lidam com a inserção das ferramentas, analisadas nas questões anteriores, nos
34
serviços da BCE. 96% dos usuários aprovaram a utilização das ferramentas pela BCE.
Eles acreditam que as ferramentas ajudam na comunicação com os usuários. A última
pergunta, que propõe a disponibilização do perfil da BCE nas ferramentas de web 2.0,
refletiu na participação positiva de 94% dos usuários. É visível que a BCE terá maior
interação com seus usuários utilizando as ferramentas de web 2.0, mas para atingir o
público certo e obter um bom resultado, é preciso realizar um estudo específico de
quais ferramentas os usuários costumam utilizar.
34
Referencias
BARROSO, M.; COUTINHO, C. (2009). A WebQuest como Metodologia de Aprendizagem no
Curso de Educação e Formação de Adultos na Área Sociedade, Tecnologia e Ciência. In P.
Dias, A. J. Osório (org.) Actas da VI Conferência Internacional de TIC na Educação Challenges
2009 / Desafios 2009. Braga: Universidade do Minho. pp.697-714. Disponível em:<
http://www.portalwebquest.net/pdfs/marta.pdf>. Acesso em: 7 nov. 2009.
BAX, Marcello Peixoto. Bibliotecas na Web e vice-versa. Perspectivas da ciência da
Informação, Belo Horizonte, v. 3, n. 1, p. 5-20, jan./jun. 1998.
BICHTELER, J. Technostress in libraries: causes, effects and solutions. The Electronic Library, v.
5 No. 5, p. 282-7, 1987.
British Library / JISC Study. Information behaviour of the researcher of the future. Disponível
em: <www.jisc.ac.uk/media/documents/.../reppres/ggworkpackagei.pdf>. Acesso em: 14 out.
2009.
CARVALHO, A; CRUZ, S (2006). Blogue: uma ferramenta com potencialidades pedagógicas em
diferentes níveis de ensino. In Actas do VII Colóquio sobre Questões Curriculares. Braga: U.
Minho, 635-652. Disponível em: <
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/5915/1/3018.pdf>.
CUNHA, M. V. et al. O bibliotecário formado pela Universidade Federal de Santa Catarina:
perfil profissional. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 9, n. 2, p. 182-
195, jul./dez. 2004.
FICHMANN, S.. Formação de formadores, transdisciplinaridade e tecnologia. Uma utopia?. In:
FRIAÇA, A;ALONSO, L.K.; LACOMBE, M; BARROS, V. M.. (Org.). Educação e
transdisciplinaridade. 1 ed. São Paulo: Editora Triom, 2005, v. III, p. 415-432.
FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Textos avançados em referência & informação. São Paulo:
Polis: Associação Paulista de Bibliotecários, 1996. 124 p.
GROGAN, D. A prática do serviço de referência. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2001.
MANESS, J. M. Teoria da Biblioteca 2.0: Web 2.0 e suas implicações para as bibliotecas.
Traduzido por Geysa Flávia Câmara de Lima Nascimento e Gustavo Henrique do Nascimento
Neto. Informação & Sociedade: Estudos, v. 17, n 1, 2007. Disponível em:
<http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/831>. Acesso em: 10 jun. 2009.
34
MARGAIX ARNAL, D. Conceptos de web 2.0 y biblioteca 2.0: origen, definiciones y retos para
las bibliotecas actuales. El profesional de la información, v. 16, n.2, p. 95-106, 2007.
MATTAR, João; VALENTE, Carlos. Second Life e Web 2.0 na Educação: o potencial pedagógico
das novas tecnologias. São Paulo: Novatec, 2007.
PAIVA, Denise Werneck de. Perspectivas do agente da informação no contexto brasileiro.
Ciência da Informação, Brasília, v. 19, n. 1, p. 48-52, jul./dez. 2008.
MAGALHÃES, M.; CARVALHO, A.. O blogue: uma ferramenta facilitadora de aprendizagem e de
comunicação na aula de Francês. Atas do Encontro sobre Web 2.0. Braga: CIEd. Disponível em:
<http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8557/1/F013-Cardoso%20&
%20Carvalho%20(2008).pdf>.
SOUZA, R. R; ALVARENGA, L. A web semântica e suas contribuições para a ciência da
informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n. 1, p.132-141, jan. 2004.
O’REILLY, T. What is Web 2.0: Design patterns and Business models for the next generation of
Software. Disponível em: <http://www.oreillynet.com/lpt/a/6228>. Acesso em: 12 nov. 2009.
VALENTE, Amir Mattar, et al. Universidade virtual: a experiência da UFSC em programas de
Requalificação, Capacitação, Treinamento e Formação de mão-de-obra para a economia
globalizada. Florianópolis, (1996). 6 p. Disponível em:
<http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/1065/967>. Acesso em: 5
nov. 2009.
VALENTIM, M. P. Atuação e perspectivas profissionais para o profissional da informação. In:
VALENTIM, M. P. (org.). Profissionais da informação: formação, perfil e atuação profissional.
São Paulo: Polis, 2000.
34
Anexo 1: Formulário de pesquisa
Uso das Ferramentas de Comunicação na Internet pelos usuários da BCE - UnB
Este questionário tem como propósito avaliar o uso das Ferramentas de Comunicação na Internet (web 2.0) pelos usuários da Biblioteca Central da Universidade de Brasília.
Contamos com a sua colaboração no preenchimento do formulário abaixo, que será de extrema valia para o estudo realizado.
1. Nome (opcional): _______________________________________________________________
2. Qual a sua ligação com a Universidade?
[ ] Aluno de graduação. Curso:___________________________________________________
[ ] Aluno de pós-graduação. Curso:_______________________________________________
[ ] Professor. Departamento:____________________________________________________
[ ] Colaborador (funcionário). Setor:______________________________________________
[ ] Usuário externo
3. Com que freqüência utiliza a biblioteca?[ ] Diariamente[ ] Semanalmente[ ] Mensalmente[ ] Raramente
4. Você tem acesso a internet? (Pode escolher mais de uma alternativa)[ ] Sim. Em casa[ ] Sim. No trabalho[ ] Sim. Na lan house[ ] Sim. Na biblioteca[ ] Sim. Na faculdade[ ] Sim. Outro: ______________________________________________________________[ ] Não
5. Qual o seu conhecimento sobre ferramentas de web 2.0?[ ] Nunca ouvi falar[ ] Já ouvi falar, mas não tenho certeza do que significa[ ] Sei o que significa[ ] Tenho perfeita noção do que significa
34
6. Das Ferramentas de Comunicação na Internet citadas abaixo, qual você utiliza? (Pode marcar mais de uma alternativa)
Várias vezes ao dia
Diariamente Semanalmente Mensalmente Nunca
BlogDelicious
E-mailMSN
Google talkFacebook
OrkutMySpace
TwitterWikipédia
FlickrYoutube
Outros
7. Você utiliza às ferramentas citadas a cima para: (Pode escolher mais de uma alternativa)[ ] Trabalho[ ] Interagir socialmente[ ] Buscar informações científicas ou técnicas[ ] Buscar informações sobre atualidades[ ] Jogar on-line
8. Você acha importante a utilização pela BCE destas ferramentas, para comunicação com seus usuários?[ ] Sim[ ] Não. Porque:______________________________________________________________
9. Se a BCE disponibilizasse perfis nas ferramentas de comunicação a cima, você utilizaria esses serviços?[ ] Sim[ ] Não. Porque:______________________________________________________________
Obrigado!