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BIOGRAFIA DE NEWTON BOECHAT Desencarnou em 22 de agos- to de 1990 o orador, escritor e médium espírita Newton Boe- chato Partiu apõs profícuo está- gio no Plano Carnal, quando te- ve a oportunidade de disseminar pelo Brasil e diversos países da América do Sul e Europa as Ver- dades Eternas, segundo a Codifi- cação Kardequiana, Newton Boechat nasceu em Apiacá, cidade do Interior do Es- tado do Espírito Santo, bem prõ- xima à divisa com o Estado do Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1928. Foram seus pais Ciodo- miro Lemgruber Boechat e Him- belsa Boechat, Recebeu as pri- meira letras em sua terra natal, passando a estudar, a partir dos 10 anos de idade, em Santo An- tônio de Pádua, no Estado do Rio, onde concluiu o curso se- cundário. O Espiritismo, a essa altura, já fazia parte de sua existência, pois seu avô, Júlio Boechat, ti- nha fama na região pelas curas que efetuava, sendo notáveis as reuniões mediúnicas que dirigia, com comunicações psicofônicas e doutrinação de Espíritos. Por volta dos 17 anos mudou- -se para Belo Horizonte, quando iniciou estudos na área das lín- guas neolatinas, em nível supe- rior, graduando-se quatro anos após. Foram anos árduos e de grandes dificuldades econômi- cas, chegando a trabalhar em hu- milde emprego e a estudar ao mesmo tempo. Nessa época, fez amizade, em Belo Horizonte, com vários membros atuantes do Movimento Espírita, tais como César Bumier, de quem se tor- nou grande amigo, Rubens Ro- manelli, Henrique Rodrigues, Camillo Chaves, iniciando visi- tas que se tomaram posterior- mente constantes a Pedro Leo- poldo, quando conheceu Chico Xavier e Dr, Rômulo Joviano. GILBERTO PEREZ CARDOSO Nessa época, também, passou a falar constantemente nas reu- niões públicas do Centro Espírita Luiz Gonzaga, enquanto o famo- so médium mineiro recebia, por psicografia, inúmeras mensa- gens. Revezava-se, nesse mister, com Henrique Rodrigues, fican- do a dupla de oradores e grandes amigos conhecida como "Cosme e Damião do Espiritismo". Teve vaticinada, nessa ocasião, a mis- são de que se investiria, através do médium César Burnier, se- gundo o próprio nos narrou, pes- soalmente, afiançando que o jo- vem orador de então seria conhe- cido em todo o Brasil e falaria na América do Sul e Europa. Durante o período de estu- dos, em Belo Horizonte, fundou, com grande dificuldade financei- ra, um jornal, em parceria com Gustavo Pancrãcio, intitulado ••A Luz do Mundo". Esse jornal chegou a ter 7 números. Nele ficou registrada uma entrevista feita pelo Boechat com o Profes- sor Pietro Ubaldi, por ocasião de sua visita a Belo Horizonte e Pe- dro Leopoldo, quando teve um famoso encontro com Chico Xa- vier, presentes Newton Boechat, Rubens Romanelli, Clóvis Tava- res e César Burnier, além de ou- tros. Burnier registrou o encon- tro em fita cinematográfica, doa- da posteriormente ao Instituto de Pesquisas Psicobiofísicas, dirigi- do por Hernani Guimarães An- drade, por sinal, grande amigo de Boechat. Após se formar, pasSou em concurso público promovido pe- lo DASP para o IAPETEC (hoje incorporado ao INPS), traba- lhando em Belo Horizonte, fa- zendo palestras nas horas dispo- níveis e participando ativamente das reuniões com o Chico Xavier em Pedro Leopoldo. Deste se tomou grande amigo e sempre demonstrou dele ter recebido muitos ensinamentos notáveis e revelações preciosas, muitas de- las nunca divulgadas até hoje. Por volta de 1956 pediu e ob- teve transferência para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar no prédio do INPS na Avenida Gra- ça Aranha, onde ficou até apo- sentar-se, Trabalhava também como tradutor juramentado, tra- duzindo textos em Francês, que conhecia como poucos. A partir daí intensificou con- ferências por todo o Brasil, fora as inúmeras participações em reuniões mais íntimas e infor- mais, as chamadas "reuniões do lar", às quais comparecia, em ca- sa de numerosos amigos, sempre expondo seus pensamentos com palavra clara e didática impecá- vel, maravilhando os que o ou- viam. Obviamente, destacava- -se-lhe a memória prodigiosa, ci- tando com exatidão, qual com- putador de última geração, o ver- sículo, o capítulo, a página, o livro ••• Conhecia tudo de memó- ria. Após a desencarnação, ne- 343 - REFORMAOOR, NOVEMBRO, 1990 27

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BIOGRAFIA DE NEWTON BOECHATDesencarnou em 22 de agos-

to de 1990 o orador, escritor emédium espírita Newton Boe-chato Partiu apõs profícuo está-gio no Plano Carnal, quando te-ve a oportunidade de disseminarpelo Brasil e diversos países daAmérica do Sul e Europa as Ver-dades Eternas, segundo a Codifi-cação Kardequiana,

Newton Boechat nasceu emApiacá, cidade do Interior do Es-tado do Espírito Santo, bem prõ-xima à divisa com o Estado doRio de Janeiro, em 25 de julhode 1928. Foram seus pais Ciodo-miro Lemgruber Boechat e Him-belsa Boechat, Recebeu as pri-meira letras em sua terra natal,passando a estudar, a partir dos10 anos de idade, em Santo An-tônio de Pádua, no Estado doRio, onde concluiu o curso se-cundário.

O Espiritismo, a essa altura,já fazia parte de sua existência,pois seu avô, Júlio Boechat, ti-nha fama na região pelas curasque efetuava, sendo notáveis asreuniões mediúnicas que dirigia,com comunicações psicofônicase doutrinação de Espíritos.

Por volta dos 17 anos mudou--se para Belo Horizonte, quandoiniciou estudos na área das lín-guas neolatinas, em nível supe-rior, graduando-se quatro anosapós. Foram anos árduos e degrandes dificuldades econômi-cas, chegando a trabalhar em hu-milde emprego e a estudar aomesmo tempo. Nessa época, fezamizade, em Belo Horizonte,com vários membros atuantes doMovimento Espírita, tais comoCésar Bumier, de quem se tor-nou grande amigo, Rubens Ro-manelli, Henrique Rodrigues,Camillo Chaves, iniciando visi-tas que se tomaram posterior-mente constantes a Pedro Leo-poldo, quando conheceu ChicoXavier e Dr, Rômulo Joviano.

GILBERTO PEREZ CARDOSO

Nessa época, também, passou afalar constantemente nas reu-niões públicas do Centro EspíritaLuiz Gonzaga, enquanto o famo-so médium mineiro recebia, porpsicografia, inúmeras mensa-gens. Revezava-se, nesse mister,com Henrique Rodrigues, fican-do a dupla de oradores e grandesamigos conhecida como "Cosmee Damião do Espiritismo". Tevevaticinada, nessa ocasião, a mis-

são de que se investiria, atravésdo médium César Burnier, se-gundo o próprio nos narrou, pes-soalmente, afiançando que o jo-vem orador de então seria conhe-cido em todo o Brasil e falariana América do Sul e Europa.Durante o período de estu-dos, em Belo Horizonte, fundou,com grande dificuldade financei-ra, um jornal, em parceria comGustavo Pancrãcio, intitulado••A Luz do Mundo". Esse jornalchegou a ter 7 números. Neleficou registrada uma entrevistafeita pelo Boechat com o Profes-sor Pietro Ubaldi, por ocasião de

sua visita a Belo Horizonte e Pe-dro Leopoldo, quando teve umfamoso encontro com Chico Xa-vier, presentes Newton Boechat,Rubens Romanelli, Clóvis Tava-res e César Burnier, além de ou-tros. Burnier registrou o encon-tro em fita cinematográfica, doa-da posteriormente ao Instituto dePesquisas Psicobiofísicas, dirigi-do por Hernani Guimarães An-drade, por sinal, grande amigode Boechat.

Após se formar, pasSou emconcurso público promovido pe-lo DASP para o IAPETEC (hojeincorporado ao INPS), traba-lhando em Belo Horizonte, fa-zendo palestras nas horas dispo-níveis e participando ativamentedas reuniões com o Chico Xavierem Pedro Leopoldo. Deste setomou grande amigo e sempredemonstrou dele ter recebidomuitos ensinamentos notáveis erevelações preciosas, muitas de-las nunca divulgadas até hoje.

Por volta de 1956 pediu e ob-teve transferência para o Rio deJaneiro, passando a trabalhar noprédio do INPS na Avenida Gra-ça Aranha, onde ficou até apo-sentar-se, Trabalhava tambémcomo tradutor juramentado, tra-duzindo textos em Francês, queconhecia como poucos.

A partir daí intensificou con-ferências por todo o Brasil, foraas inúmeras participações emreuniões mais íntimas e infor-mais, as chamadas "reuniões dolar", às quais comparecia, em ca-sa de numerosos amigos, sempreexpondo seus pensamentos compalavra clara e didática impecá-vel, maravilhando os que o ou-viam. Obviamente, destacava--se-lhe a memória prodigiosa, ci-tando com exatidão, qual com-putador de última geração, o ver-sículo, o capítulo, a página, olivro ••• Conhecia tudo de memó-ria. Após a desencarnação, ne-

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nhum livro foi encontrado emsua residência. Ele os dava aosamigos, após lê-los, O de queprecisava, gravava no cérebroprivilegiado. Mais do que sim-plesmente a beleza das imagensexpressas, qual verdadeiro "pin-tor' de palavras, seu discursosaía impregnado do magnetismodaquele que fala o que realmentevive, fato que constatamos pes-soalmente nos incontáveis atosde caridade praticados, seja noconselho oportuno, na ajuda eco-nômica discreta e anônima ou napresença assídua junto a doen-tes, na aplicação diária de pas-ses. Jamais ouvimos de sua bocapalavras de crítica a quem querque fosse, embora constatásse-mos, por testemunha, que eminúmeras vezes até que teria mo-tivos fortes para emiti-Ia. Pos-suía o hábito de, ao se deitare também ao despertar, orar lon-gamente por amigos e necessi-tados, especialmente por aquelesque não o compreendiam, e o fa-zia religiosamente.

A mediunidade mais ostensivacomeçou a se lhe manifestar noinício da década de 70, com osurgimento de vidência e audiçãoespirituais. A partir daí, assisti-mos, por seu intermédio, e da-mos tal testemunho, a inúmerase precisas identificações de Espí-ritos, muitas delas narradas emnossos livros em parceria. Porsua mediunidade vieram diversospoetas, como Azevedo Cruz,Auta de Souza, Lobo da Costa,Augusto do Anjos etc •••

Viajou por diversos países daAmérica do Sul, tendo feito pa-lestras no Paraguai, Uruguai,Argentina e também na Europa,em fins da década de 70, quandofalou em Portugal, Espanha, Itá-lia e França. Na Europa, visitouo túmulo de Kardec, em Paris,e o de Bozzano, na Itália, fazen-do pesquisas. Na Espanha falouem Barcelona, no interior de umaigreja católica, próxima ao localonde, cento e poucos anos an-tes, se dera a queima dos li-

vros de Kardec no episódio queficou conhecido como o "Auto--de-fé em Barcelona".

Realizou cerca de 7.000 pales-tras em todo o Brasil, conhecen-do e se tomando amigo de espíri-tas em diversos municípios brasi-leiros. Nada o detinha nessa mis-são.

Entre suas palestras mais fa-mosas podemos relacionar: "Pri-sões sem Grades" (a mais solici-tada), "A Manifestação do Serna Arte, na Dor e no Amor"," Aspectos da Crucificação deJesus", "Além da Fronteira deCinzas", "O Apóstolo Paulo Pe-rante Festo e Agripa"; "Rumoà Unidade do Espírito" , "4 Fai-xas de Consciência", "ChicoXavier, 50 Anos-Luz de Mediu-nidade •••", "O Auto-de-fé emBarcelona". Em 1970, foi oradoroficial, junto com Divaldo Perei-ra Franco, da inauguração da Se-ção Brasília da Federação Espíri-ta Brasileira, quando proferiumagnífica palestra, inspirada porBittencourt Sampaio , segundolhe revelou Divaldo Franco, eacha-se registrado no livro "Idee Pregai •••" Incentivou, orientoue desenvolveu diversos jovenstalentos da oratória no campo es-pírita. Sempre nos incentivou,pessoalmente, a falar, emboranossas enormes limitações pes-soais.

Era sócio da Federação Espíri-ta Brasileira, adotando integral-mente a linha doutrinária da Ca-sa, baseada no estudo do binô-mio Kardec-Roustaing, Conheciaprofundamente a obra de Kardece também ade Roustaing , pos-suindo estudos e pesquisas apro-fundadas sobre a concordânciade concepções envolvendo asduas obras. Admirava profunda-mente o Professor Pietro Ubaldi ,que conhecera pessoalmente, efazia diversas conferências ba-seadas em conceitos expostospelo grande médium italiano, co-locando-se entre os estudiosos econhecedores da obra de Ubaldino Brasil. Apoiou com entusias-mo a Fundação Pietro Ubaldi

quando do lançamento das obrasdo Professor no início da décadade 80.

Foi um dos idealizadores doGrupo dos Oito, juntamente comAbelardo Magalhães e Lucianodos Anjos, dois dos seus maiorese mais caros amigos, como sem-pre nos confidenciava. Participa-va semanalmente das reuniões doGrupo na residência da Profes-sora e Advogada Leda Rocha,às quintas-feiras, desde 1976,ano de sua formação,

Suas visitas a amigos, comoo Burnier, César Soares, Pepita,Dr, Roberto Silveira, Sra. Nini-ta Araújo, Sra. Cinira Novaes,Sra. Teõfila Leimig, Sra. ZilabChaves, Sra. Cfdia Paranhos,Coronel Davi Coutinho e muitosoutros acabavam-se transforman-do em verdadeiras aulas de ale-gria, fratemidade e conhecimen-to doutrinário, tomando-se fa-mosas.

Organizou também, a partir de1987, um ciclo de palestras quin-zenais, intituladas "Visão Esfé-rica de •••••, realizadas na resi-dência da Sra. Cinira Novaes,em Copacabana, Rio, contandocom a colaboração de inúmerosconfrades ilustres, seus amigospessoais e que lá compareciama seu convite (Prof, Newton deBarros, Hermínio Miranda, Cé-sar Bumier, Américo Borges,Luciano dos Anjos, AbelardoMagalhães) •

Publicou diversos artigos naimprensa espírita (incluindo"Reformador") e 5 livros. Osdois primeiros, sozinho, pela Fe-deração Espírita Brasileira, inti-tulados "Ide e Pregai" e "O Es-pinho da Insatisfação"; a se-guir, em parceria conosco, publi-cou "Do Átomo ao Arcanjo","Na Madureza dos Tempos" e"Aquém e Além da Fronteira deCinzas" , obra recêm-lançada,Cedeu os direitos autorais às res-pectivas editoras, à FEB no casodos dois primeiros livros, e aoGrupo Espírita Aureliano, situa-do na Rua Indígena n: 155, Nite-

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rói, no caso dos 3 últimos. Cos-tumava lançar os livros em pales-tras, autografando-os, atenden-do a pedidos de vários CentrosEspíritas em todo o Brasil.

Partiu, subitamente, a 22 deagosto último, com muitos pla-nos em mente, livros para escre-vermos em parceria já delinea-dos, no auge do entusiasmo.Deixou extensa sementeira lumi-nosa de realizações e amizadese a promessa, manifestada apósa desencarnação, de continuar astarefas e voltar para cultivar, emespírito, as sementes que tãobem soube plantar. a cOIpO foisepultado no dia 23 de agosto,no Cemitério São Francisco Xa-vier, no Caju, tendo compare-cido ao local diversos familiares.Falaram na despedida ao amigoos companheiros Luciano dosAnjos, Abelardo Magalhães, Jo-sé Salomão Mizrahy, JuvanirBorges de Souza (Presidente daFEB, em nome da entidade),Américo Borges (em nome doInstituto de Cultura Espírita),Elmo Queiroz (em nome da Rá-dio Rio de Janeiro), Luciano dosAnjos Filho (em nome do Grupodos Oito), Sra. Cláudia Bon-martin (representando a UniãoEspírita Francesa e Francófona),Sra. Josefa DArriba (Pepita),Dr, Rinaro Paranhos, Sr. ar-lando Sobreira, Jorge DamasMartins, Sra. Ana Guimarães,Eduardo Guimarães e outros.Não poderíamos deixar de regis-trar as melodias apresentadas pe-lo Norberto Boechat ao violão,que eram de tanto agrado do nos-so companheiro.

Por ocasião do enterro do cor-po deu-se extraordinário fenôme-no mediúnico que tivemos opor-tunidade de presenciar, ao ladodo Eduardo Guimarães, atravésda médium Esmeralda, de Nite-rói, com comunicação do New-ton Boechat a nós dois dirigida,através de processo psicofônico,deixando sinais característicosde identificação. a relato com-pleto implica um artigo, que já

, I"IW

OASIS DE REDENÇAO====== GERALDO ESTEVES SOBRINHO =======

Ante o deserto de amargurase sofrimentos, dores e desi-

lusões em que o viajor incautose encontra, situa-se o CentroEsplrita na condição de um oásisonde o peregrino cansado e aba-tido pela jornada adentra na es-perança de refazer as forças per-didas, saciando-se na fonte doAmor. Esclarecendo-se na ver-dade libertadora, vence grada ti-vamente a cegueira ocasionadapela ignorância.

Na condição de enfermo, en-trega-se aos cuidados dos ben-feitores espirituais que farão odevido diagnóstico, onde os fato-res tempo/merecimento asso-ciados à fé/freqüência contl-nua determinarão o surgimentode resultados positivos de curaou alivio; Assume, pois, o Cen-tro Esplrita, sua primeira funçãode hospital, abrigando necessi-tados do plano tfsico e do planoinvisivel, portadores de molés-

estamos escrevendo e será publi-cado em jornais e no próximolivro que estamos preparando.

Queremos registrar nossosagradecimentos aos companhei-ros que gentilmente colaboraramna elaboração destes singelosdados biográficos (Sra. Vír-gula Boechat, Sra. Suely Boe-chat Alves, Sra. Sueli Boechat,Sra. Josefa DArriba, Sr. Lucia-no dos Anjos, Sr. Abelardo Ma-galhães, Dra, Leda Rocha) e àDiretoria da Federação EspíritaBrasileira, pela oportunidade doconvite a homenagear o queridoamigo nas páginas luminosas de"Reformador" • •

tias variadas de origem física (nacarne) ou espiritual (na alma).

Reconhecendo-se aprendizes,matriculados na escola da vida,os freqüentadores encarnados edesencarnados ouvem atenta-mente as verdades espirituaisalicerçadas no Evangelho, estecódigo de vida moral de valorincalculável e imperecfvel lega-do pelo Divino Mestre.

Cumpre, desta forma, satisfa-toriamente, seu objetivo de edu-car, instruir e moralizar o Espl-rito, transformando-se o TemploEspirita em escola a preenchero vazio deixado pela ignorância,racionalizando a fé que outrorapermanecia cega e vacilante pornão encontrar nada além das dú-vidas e dos pontos de interro-gação.

Assim, a Luz e a palavra con-soladora vão sendo colocadassobre o alqueire para quem tiverolhos de ver e ouvidos de ouvir.

Quando enfim, aquele viajor,que chegou ao Remanso Espiri-tual somente com o fito de rece-ber, desperta para a necessidadede descruzar os braços e esten-dê-Ios aos aflitos, trabalhandosimultaneamente por sua reformatntima e aprimoramento espiri-tual, at sim um novo ser estaránascendo. Uma nova antena es-tará sintonizada com o Alto. OEsplrito estará indubitavelmentese sobrepondo à matéria no edi-ficante, nobre e feliz labor me-diúnico.

Aquela casa, erguida paraservir aos propósitos divinos,completa, finalmente, seu triplopapel de hospital, escola e ofici-na de trabalho. •

345 - REFORMADOR, NOVEMBRO, 1990 29