Brasil de Fato RJ - 047

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Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 2014 | ano 11 | edição 47 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato brasil | pág. 7 Projeto de lei no Congresso tenta mudar essa situação Tortura não dá cadeia no Brasil Mujica vai mostrar para Obama “erros grosseiros” Presidente do Uruguai vai para os EUA em maio mundo | pág. 9 Divulgação/Levante Popular Juventude Presidência do Uruguai/Flickr Caso Telerj escancara falta de moradia no Rio A EXPULSÃO DE 5 MIL PESSOAS DA OCUPAÇÃO DA TELERJ, que ganhou repercussão nesta semana, ilustra as estatísticas de déficit habitacional: faltam 515 mil unidades no estado do Rio, segundo dados oficiais. Diante de uma realidade de especulação imobiliária, urbanista defende que moradia é um direito, e não mercadoria. Vocalista do Ira! fala sobre seu envolvimento com a política cidades | pág. 3 Pablo Vergara Nasi: “A indústria está esgotada” cultura | pág. 11 Denúncia será feita pela Articulação Internacional dos Atingidos “Acionistas críticos” vão questionar Vale cidade | pág. 4 Henrique Zizo Divulgação/Ira!

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Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 2014 | ano 11 | edição 47 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato

1 | mundobrasil | pág. 7

Projeto de lei no Congresso tenta mudar essa situação

Tortura não dá cadeia no Brasil

Mujica vai mostrar para Obama “erros grosseiros”Presidente do Uruguai vaipara os EUA em maio

mundo | pág. 9

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Caso Telerj escancara falta de moradia no RioA EXPULSÃO DE 5 MIL PESSOAS DA OCUPAÇÃO DA TELERJ, que ganhou repercussão nesta semana, ilustra as estatísticas de déficit habitacional: faltam 515 mil unidadesno estado do Rio, segundo dados oficiais. Diante de uma realidade de especulação imobiliária, urbanista defende que moradia é um direito, e não mercadoria.

Vocalista do Ira! fala sobre seu envolvimento com a política

cidades | pág. 3

Pablo Vergara

Nasi: “A indústriaestá esgotada”

cultura | pág. 11

Denúncia será feita pela ArticulaçãoInternacional dos Atingidos

“Acionistas críticos”vão questionar Vale

cidade | pág. 4Henrique Zizo Divulgação/Ira!

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Embora quatro ministrosdo Supremo Tribunal Federal(STF) ainda não tenham vo-tado, a maioria dos seusmembros já deixou claro quepredominará o entendimen-to de que "doações de em-presas" a políticos é incons-titucional. Na mesma linha,o Tribunal Superior Eleitoral(TSE) aprovou uma resoluçãoproibindo as chamadas "doa-ções ocultas", procedimentoem que empresas doavam re-cursos para partidos e estesrepassavam a seus candidatossem identificar a origem. Ain-da que as decisões contenhamavanços, poderão ser burladaspelos grupos econômicos.

As campanhas estão viran-do uma verdadeira corridado ouro para conquistar o

voto do eleitor. Ou seja, asideias e os programas do can-didato estão sendo substituí-dos pela força do dinheiro.Dados do TSE revelam quedos 513 eleitos para a Câmara,369 foram os que mais gasta-ram nas campanhas de 2010.Segundo a Justiça Eleitoral,os gastos declarados saltaramde R$ 800 milhões para R$4,8 bilhões em oito anos.

Dos 594 parlamentareseleitos em 2010, 273 são em-presários, 160 compõem abancada ruralista, 66 são dabancada evangélica e apenas91 parlamentares são consi-derados representantes dostrabalhadores.

Porém, na contramão doSTF e do TSE, os parlamen-tares que não querem perder

o financiamento das empre-sas, articulam um Projeto deEmenda Constitucional (PEC352/2013). Através desse pro-jeto, apresentado pelo depu-tado Cândido Vaccarezza(PT) e outros parlamentarese articulado pelo presidenteda Câmara Henrique Alves(PMDB), a Constituição seráemendada para permitir ofinanciamento das empresas.Além disso, propõem o votodistrital e facultativo, forta-lecendo as candidaturas dosgrandes grupos econômicos.

A verdade é que a maioriados parlamentares não aceitanenhuma mudança que de-mocratize nosso sistema po-lítico. Nenhuma mudançaocorrerá num Congresso Na-cional cada vez mais contro-

lado pelas empresas e numPoder Judiciário com umaestrutura antidemocrática.

Somente uma ConstituinteExclusiva e Soberana do Sis-tema Político pode mudar a

situação. Por isso, os princi-pais movimentos sociais es-tão convocando o PlebiscitoPopular, para que de 1 a 7 desetembro o povo possa semanifestar.

Sexta-feira, dia 18 deabril, os cristãos se lembramda paixão e morte de JesusCristo. De acordo com osevangelhos, Ele apanhou, foihumilhado e, ao final, cru-cificado para livrar a huma-nidade da morte eterna. Po-rém, a Bíblia diz que a his-tória não parou por aí. Aoterceiro dia, Cristo voltou dosmortos para completar suamissão: dar vida em abun-dância e com qualidade paratodos e todas.

Essa mensagem conforta

os que sofrem, pois dá forçapara superar os momentosruins. Como as pessoas queforam expulsas do prédioabandonado da TELERJ. As-sim como Cristo, que não teveum teto para nascer, aquelaspessoas viveram na pele asinjustiças impostas por go-vernantes e empresários quecultuam o deus dinheiro, “araiz de TODOS os males” (ITimóteo 6:10).

Aquelas pessoas sofreramcom a decisão injusta de umjuiz que preferiu garantir o

direito à propriedade de umagrande empresa do que o di-reito a um teto, à dignidadee à vida para tantas famílias.Sofreram também com aação de uma instituição quemostrou, mais uma vez, queestá contra o povo e a serviçode quem cultua o deus di-nheiro: a Polícia Militar.

Mas aquelas pessoas nãoestão sós. Outras pessoas,comprometidas com a vida,estão ao lado delas: sangra-ram, sofreram e sofrem comtodos e todas. E essa disposi-

ção de alguns para se sacrifi-carem pelos outros traz es-perança de que a luta nãoestá perdida. De que é possívele necessário nos organizarmospara enfrentarmos as injusti-ças. De que a mensagem davida em abundância, a qualnos traz a Semana Santa, nãopode ficar na teoria, mas deveser vivida na prática.

“Bem aventurados”, ouseja, felizes, abençoados “osque têm fome e sede de jus-tiça, porque eles serão sa-ciados” (Mateus 5:6).

Fome e sede de justiçaeditorial | Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 2014 02 | opinião

editorial | Brasil

• Ed

Para anunciar:

Redação Rio:[email protected]

• Ed

CONSELHO EDITORIAL RIO DE JANEIRO : Antonio Neiva, Aurélio Fernandes, JoaquínPiñero, Mario Augusto Jakobiskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti ADMINISTRAÇÃO: CarlaGuindani e Valdinei Siqueira DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Stefano FigaloEDITOR-CHEFE: Nilton Viana (MTb 28.466) EDITORA REGIONAL: Vivian Virissimo (MTb 13.344) REPÓRTERES: Gilka Resende, Bruno Porpetta REVISÃO: Núbia Pimentel COLUNA SINDICAL: ClaudiaSantiago ESTAGIÁRIA: Mariane Matos FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ILUSTRADOR: Latuff

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente emtodo o país e agora com edições regionais em SãoPaulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Queremoscontribuir no debate de ideias e na análise dos fatosdo ponto de vista da necessidade de mudançassociais em nosso país e em nosso estado.

(21) 4062 7105

Força do dinheiro está substituindo a política

Cartas dos leitores

Este jornal não agreganada de positivo. Em ne-nhum momento li algoreferente aos deveres docidadão para que as mu-danças tanto reclamadasaconteçam. Onde está aconscientização sobre aimportância da principalarma do povo (o voto)?

Werner onern

Participe!Encaminhe sugestões e avaliações para

[email protected]

Henfil

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Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 2014 cidades | 3

Ocupação da Telerj chama atençãopara problema de moradia no RJ

Ao comentar o caso da Fa-vela da Telerj, a pesquisadoraRossana Brandão, do Pro-grama de Pós-graduação emUrbanismo (Prourb) daUFRJ, chama atenção paraa alta especulação do terri-tório urbano no Rio. Ela re-laciona essa realidade aosmegaeventos esportivos e àpolítica de UPPs.

“Existe uma irracionalida-de de planejamento que tra-duz um projeto de cidade.

Diante de todo um processoespeculativo, as favelas e asáreas suburbanas estão sen-do pressionadas. Lá os alu-guéis também estão aumen-tando”, destaca. Rossanapontua que a região do En-genho Novo, onde ficava aocupação, reúne muitos pré-dios vazios por ter sido umazona fabril.

Diante disso, a pesquisa-dora defende uma políticapública que promovesse autilização desses imóveis. Se-gundo Rossana, essa soluçãoseria mais adequada do que

a construção de habitaçõesem locais afastados. E com-pleta: “O direito à cidade nãose resume à moradia, mastambém inclui acesso aosserviços urbanos, como sa-neamento, transporte dequalidade e outros. A cidade,além de ser um local ondeos serviços e o trabalho seconcentram, é um espaçoonde se estabelece relaçõessociais, culturais, de identi-dade e memória”, expõe ela,criticando as remoções for-çadas. (GR com informaçõesda Rádio Mec AM)

Caroline de Souza, 20anos, diz trabalhar comobabá. Por não aguentarmais viver com “muita bri-ga” na casa de sua mãe, noJacarezinho, alugou umquarto e se mudou comseus dois filhos, um de qua-tro e outro de dois anos.Porém, conta que “o dinhei-ro apertou”.

Rodrigo Moreira, de 34anos, mora em um “quartode dois por dois” na casade familiares de sua com-panheira, com quem tam-bém tem dois filhos. Antes,residiam em uma comuni-dade de Bonsucesso, ondeo aluguel custava R$ 350,00.“Aí fiquei desempregado e,para não acumular dívidas,aceitei morar na casa doavô dela”, explica.

Francisco das Chagas,cuja idade ultrapassa asoma das de Caroline e Ro-drigo, relata ter o mesmoproblema. Aos 69 anos, afir-ma: “Eu não tinha maiscondições. Sou aposentado.Com esse salário, quemvive? Pagava R$650 de alu-guel. Só queria um recursode vida para manter a ve-lhice”, lamenta.

Além de dificuldadespara ter acesso ao direito àmoradia, esses três têmmais algo em comum: estãoentre os 5 mil expulsos pelopoder público do prédio daantiga Telerj, hoje a empresaOi. O episódio ilustra as es-tatísticas: no estado do Rio,o déficit habitacional ultra-passa 515 mil domicílios.Na capital, o índice é decerca de 220 mil.

Em termos relativos,isto é, quando se comparao déficit habitacional ao

total de domicílios, a médiado estado chega 9,8%. Osdados são da pesquisa Dé-ficit Habitacional Munici-pal do Brasil, lançada pela

Fundação João Pinheiro(FJP) e pelo Ministério dasCidades. O estudo incluidomicílios em quatro si-tuações: precários, com

coabitação familiar, comônus excessivo de aluguele com grande quantidadepessoas. Os números sãodo Censo 2010.

Gilka�Resendedo Rio de Janeiro (RJ)

HABITAÇÃONo estado do Rio de Janeiro, déficit ultrapassa 515 mil domicílios

do Rio de Janeiro (RJ)

Reforma e utilização de imóveis vaziossupriria déficit habitacional

ANÁLISE Atual política habitacional vê moradia como mercado e não como um direito, diz urbanista

Na capital, o déficit habitacional é de cerca de 220 mil moradias

Pablo Vergara

Em protesto, cerca de300 famílias chegaram adormir por pelo menostrês dias em frente à pre-feitura. Durante a sema-na, houve tumultos naregião. O vice-presidenteda Comissão de DireitosHumanos (CDH) daOAB/RJ, Aderson Bus-singer, destacou que acontinuidade da repres-são pela Guarda e da PM“somente contribui paraatrapalhar as negocia-ções”. Ele classificou a de-socupação como “violen-ta, cruel e bárbara”.

O grupo foi convidado

para mediar um encontroentre prefeitura e desa-brigados. De acordo comnota do site da OAB-RJ,divulgada nesta quarta-feira (16), os ex-ocupantesquerem que cadernoscom dados, preenchidosna sexta-feira (11), dia dadesocupação, sejam con-siderados. De acordo como órgão, a prefeitura negouo pedido e postergou umadecisão para depois daSemana Santa. Na terça-feira (15), a administraçãomunicipal afirmou ter re-colhido informações de1200 famílias.

OAB- RJ critica postura da pre-feitura frente aos desabrigados

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A Articulação Internacionaldos Atingidos pela Vale denun-ciará violações de direitos depopulações cometidas por em-preendimentos da mineradora,durante a Assembleia Geraldos Acionistas. O evento ocorrenesta quinta-feira (17), no cen-tro empresarial do Città Amé-rica, na Barra da Tijuca, zonaoeste. A participação será pos-sível por meio dos “acionistascríticos”. Tratam-se de ativistasque compraram ações da em-presa a fim de participar nestesespaços de decisão e protestarcontra irregularidades.

“Apontamos os riscos so-ciais, ambientais e legais deempreendimentos para os in-vestidores, constrangendo a

empresa. É importante o acio-nista repensar sua responsa-bilidade. Ele bota dinheiro emuma empresa com investimen-tos que têm impactos [negati-vos]”, destaca Karina Kato, doInstituto Políticas Alternativaspara o Cone Sul (PACS).

A atuação da CompanhiaSiderúrgica do Atlântico(TKCSA), da qual a Vale possuiquase 28% das ações, será ques-tionada. Doenças respiratóriase dermatológicas relacionadosà poluição são mais frequentesem Santa Cruz, na zona oestedo Rio, desde sua inauguração,em 2010. O Termo de Ajusta-mento de Conduta (TAC) assi-nado pela empresa, que operasem licença definitiva, venceuna última semana sem que osproblemas fossem resolvidos.

Também serão denuncia-dos problemas no entorno de

siderúrgicas que recebem mi-nério da Vale no Maranhão. Aprofessora Joelma Alves, de 36anos, comenta o caso de Deu-civânia Oliveira Lima, de 32anos, que morreu no dia 18 demarço por embolismo pulmo-nar. "Ela estava com problemassérios, que afetaram inclusive

sua gravidez. Deixou três filhos,sendo um de seis meses", re-lata. Joelma vive em Piquiá deBaixo, Açailândia, onde juntoa outros moradores luta paraque a comunidade seja reas-sentada longe da poluição.

A ação abordará casos deviolações no Pará e em Mo-çambique, um dos 37 paísesem que a Vale tem negócios.Essa será a quarta vez que“acionistas críticos” partici-pam da assembleia da mine-radora. Questionada sobre aTKCSA, a Vale não respondeu,pedindo para que a transna-cional fosse diretamente pro-curada. Com relação ao nú-mero de acionistas previstos,respondeu nesta quarta-feira(16) que não havia um nú-mero fechado, já que eles sãoconvidados podendo ou nãocomparecer ao evento.

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 20144 | cidades

“Acionistas críticos” denunciarão violações em assembleia da Vale

Gilka�Resendedo Rio de Janeiro (RJ)

DIREITOS Ação busca dar visibilidade a regiões prejudicadas por empreendimentosda mineradora, explica economista

O Grupo de Pesquisa IléOba Òyó , do Programa dePós-Graduação em Educaçãoda UERJ está denunciandoa Secretaria de Estado daEducação (Seducc) por pro-mover o Manual de Bioética.De acordo com seus inte-grantes, o material, produ-zido pela Pastoral Familiardo Brasil com institutos in-ternacionais ligados à IgrejaCatólica, traz conteúdos queincitam a intolerância.

A coordenadora do Grupo,

Stela Guedes Caputo expõeque o manual traz trechos con-denando explicitamente a ho-mossexualidade. “A cartilhatem conteúdos homofóficos emachistas”, protesta. Ela chamaatenção para o “deboche” dasilustrações. Em uma delas, umgaroto nu observa seu órgãogenital e se pergunta: “Nãosou homem? Então, o que éisso aqui?”. A cartilha foi dis-tribuída durante o Fórum deEnsino Religioso (ER) 2014.

A pesquisadora conta que,além do Ministério Público doRio ter sido acionado no último4 de abril, documentos sobreo caso foram levados à Co-

missão de Direitos Humanosda Alerj, ao Centro de Cida-dania LBGT, dentre outros ór-gãos. “Estamos acompanhan-do para ver se o MP acataráas denúncias. Já a Comissãoestuda o caso e, quem sabe,poderá chamar uma audiên-cia”, destaca. A ideia, explicaStela, é ampliar o debate de-fendendo uma educação in-tercultural, inclusiva e de res-peito a todas as religiões.

Segundo o Ilé Oba Òyó, adistribuição de pelo menos100 exemplares em atividadede formação de professoresacaba por legitimar o conteú-do. Stela afirma que, durante

o Fórum, houve ainda um in-forme ao microfone sobre adisponibilidade de mais deum milhão de manuais emuma Igreja de Realengo. Inte-grantes do grupo, inclusive,dizem ter ido até o local, re-colhendo 200 deles.

A Secretaria, por sua vez,aponta que o manual “não foiproduzido pela Seeduc e nemreflete o pensamento desta”,não havendo orientação paraa utilização do conteúdo emsala de aula. Garantiu, ainda,que “a cartilha foi entregue,de forma voluntária, a pedidode alguns professores que par-ticiparam do Fórum”. (GR)

Cartilha gera polêmicas sobre ensino religioso no estado do Rio

Gilka�Resendedo Rio de Janeiro (RJ)

DENÚNCIA Secretaria de Estado de Educação é acusada de legitimar material com conteúdos homofóbicos e machistas

Acidentes de trabalhomatam todosos dias

Os servidores públi-cos federais realizamno dia 28 de abril umDia Nacional em Me-mória das Vítimas deAcidentes de Traba-lho. Dez brasileirosmorrem diariamentee outros 40 ficam in-válidos permanente-mente em decorrên-cia deste tipo de aci-dente. Os númerosforam apresentadospelo desembargadorSebastião Geraldo deOliveira, em agostode 2013.

Brasil temprimeiro canalde TV dos trabalhadores

Vai ao ar em breve,em São Paulo, o pri-meiro canal aberto detelevisão de sindica-tos de trabalhadores.O Ministério das Co-municações deu per-missão para a TVTtransmitir sua progra-mação no canal 44UHF, da TV aberta,em HD digital.

SINDICAL

Irregularidades serão denunciadas

Divulgação

Cerca de 40 inválidos por dia

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O texto do Marco Civilfoi aprovado na Câmara dosDeputados, garantindo umaversão mais alinhada à pro-posta construída pela socie-dade civil em um extensodebate, desde 2009, sobre otema. Entretanto, a matériaainda precisa ser aprovadapelo Senado para que possaser sancionada pela Presi-dência da República.

De um lado, ativistas pelaliberdade na rede, de outro,uma bancada conservado-ra que tende a uma visãomais alinhada aos interes-ses das empresas de tele-comunicação.Soldados das duas trincheirasse preparam em busca de umsó objetivo, o Marco Civil daInternet. A primeira batalhafoi vencida pelos ativistas,mas esse foi apenas o pri-meiro capítulo de uma guerraque está recém começando.

Afinal�de�contas,�depois�detodas� as� quedas� de� braçoentre�as�empresas�de�tele-comunicação�e�ativistas,�deque�maneira�ficou�o� textodo�Marco�Civil�da�Internetenviado�ao�Senado?Sérgio�Amadeu�–O texto doMarco Civil da Internet de-fende claramente a neutra-lidade da rede. Ele é o texto

que assegura que a internetcontinue livre, aberta e di-versificada.Nós conseguimos impediros ataques mais fortes dasoperadoras. Sem dúvida al-guma, as companhias de te-lefonia, junto com um grupode deputados conservadores,inseriram no Marco Civil al-guns dispositivos que sãoruins e que já estão organi-zando o lobby das operado-ras com o Senado, numa ten-tativa de alterar a redaçãoda neutralidade. Por isso,nós estamos nos preparandopara uma batalha, porquese o projeto de lei for mu-dado no Senado, ele voltapara a Câmara e não voltapara ser melhorado, voltapara ser piorado.Quanto mais interferênciadas empresas de telecomu-

nicações, mais haverá influên-cia no financiamento de cam-panha, aumento do poderdas teles e da força delas junto

aos grupos de deputadospragmáticos – que não têmnenhum compromisso comas causas finais, mas apenascom a suas reeleições.

O� atual� texto� da� Lei� estámais�próximo�da�propostaconstruída� coletivamentedesde� 2009,� por�meio� dasaudiências�públicas�ou�maispróximo�aos�interesses�cor-porativos?Ele ficou mais próximo daproposta da Sociedade Civil,apesar de ter tido várias idase vindas. Quero lembrar, in-clusive, que eu me opus auma das redações dele, re-ferentes ao segundo pará-grafo no artigo 15 [1], queinaugurava no Brasil a re-moção de conteúdos comordem judicial a pedido daRede Globo e da indústriado copyright. Foi feito umacordo e eles retiraram isso;nós conseguimos vencer. Háalguns problemas que advêmdo fato de o relator ter in-corporado alguns textos vin-dos de bancadas conserva-doras, que do contrário nãovotariam no projeto. Então,o projeto da sociedade civilera bem mais avançado, maseu considero uma vitória des-comunal o fato de o projetoter passado por um Congres-so Nacional tão conservadorcomo o nosso.Nós estamos prestes a teruma vitória colossal no mun-do. Queria deixar isso claro.Em todo o planeta, nós es-tamos vivenciando leis paracriminalizar, bloquear e con-trolar a Internet.

No Brasil, o Marco Civil vempara fazer com que a Internetcontinue livre e aberta. Váriosjornalistas me perguntavam:

“Mas o que muda na vida docidadão com a aprovação doMarco Civil?” Eu falava: “Olha,não muda nada! A Internetcontinuará livre, coisa quenão vai acontecer se a gentenão aprovar rapidamente oMarco Civil”. Por quê? Porqueas operadoras de telefonia jáarticulam uma série de açõespara gradativamente ir trans-formando a internet em umagrande rede de TV a cabo.

Deseja�acrescentar�algo?Nós temos chances de apro-var o Marco Civil no Senado,mas não vai ser tão simples.Nós vamos ter que começara nos mobilizar, porque nãoestá fácil! (Instituto Huma-nitas – IHU Online)

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 2014 entrevista | 5

de Porto Alegre (RS)

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Amadeu: "Nos temos chance, mas termos que nos mobilizar"

Marco Civil da Internet: “A guerra recém começou”O cientista política Sergio Amadeu destaca que a primeira batalha foi vencida, mas esse foi apenas o primeiro capítulo de uma guerra que está recém começando

Revista Fórum

“Quanto mais interferência dasempresas de teleco-municações, mais haverá influência no financiamento de campanha________________

“É uma vitória descomunal o projeto ter passadopor um CongressoNacional tão conservador como o nosso.________________

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Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 20146 | cidades

A Nissan inaugurounesta terça-feira (15),em Resende, no sul flu-minense, uma fábricaque deverá empregar até2 mil pessoas. Mesmoantes do início da pro-dução, a empresa já tem1.800 funcionários. A es-timativa do governo flu-minense é gerar outros2 mil empregos indiretosjá que só a Nissan jáatraiu 10 fornecedores.

A planta, que custouR$ 2,6 bilhões, deveráproduzir 200 mil auto-móveis por ano e nãosó montará o veículocomo também produ-

zirá o motor. Inicialmen-te, será fabricado apenaso modelo March.

A ideia é produzirtambém o modelo Ver-sa. No entanto, a fábricapode produzir qualquerveículo da PlataformaV da Nissan, que tam-bém inclui os modelosTiida e Note, por exem-plo. Segundo a asses-soria de imprensa damontadora, há algumassemanas foi iniciada afase de pré-produçãodos veículos March,usada para realizar tes-tes no veículo antes decomercializá-lo.

Segundo o presidenteda Nissan, CarlosGhosn, a produção co-meçará com 60% decomponentes brasilei-ros. “Nossa intenção échegar a 80% em 2016e continuar aumentan-do”, disse o executivodurante a inauguraçãoda fábrica.

A Secretaria Estadualde DesenvolvimentoEconômico estima ar-recadar R$ 240 milhõespor ano, em Imposto so-bre Operações Relativasà Circulação de Merca-dorias e Prestação deServiços, com a opera-ção da planta.

O secretário estadualde DesenvolvimentoEconômico, Júlio Bue-no, disse que a fábricaé importante porquedemonstra uma diver-sificação econômica doRio de Janeiro e reduz,no estado, a dependên-cia. “O petróleo fará oRio crescer nos próxi-mos 30 anos. O Brasilsairá de 2 milhões debarris por dia para 5milhões até 2035. Masisso não basta. O Rioprecisa ser além do pe-tróleo”, disse Bueno.(Agência Brasil)

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Nissan inaugura no Rio fábrica quedeverá empregar 2 mil pessoas

Produção começará com 60% de componentes brasileiros

Reprodução

Justiça interroga réus do caso Amarildo

Mais acusados na ação queinvestiga o desaparecimentodo ajudante de pedreiro Ama-rildo de Souza foram ouvidosna terça-feira (15). Ao todo,25 policiais são réus e 15 jáforam interrogados nas au-diências anteriores. Os réussão acusados de crimes de tor-

tura, ocultação de cadáver,fraude processual e formaçãode quadrilha.

O desaparecimento foi emjulho de 2013, na favela da Ro-cinha, onde há uma UPP. Ocaso provocou grande clamorpopular e mobilizou manifes-tações pela cidade.

Petroleiros fazem protesto contra CPI da Petrobras•

Idosamorre depois de baleadano Com-plexo da Maré

A idosa Terezi-nha Justina daSilva, de 67 anos,morreu na noitede segunda-feira(14), no HospitalFederal de Bon-sucesso, depoisde ter sido ba-leada no abdô-men e no tórax,no Complexo daMaré. A Divisãode Homicídios daCapital instaurouum inquéritopara investigar ocaso, e equipesda delegacia es-pecializada estãona Maré para pe-rícias comple-mentares.

CRISE DAS UPPs

Petroleiros defendem outros tipos de investigação

Samuel Tosta

CONFLITO

A Federação Únicados Petroleiros (FUP)faz, na manhã de se-gunda-feira (14), umprotesto em frente àsede da Petrobras, nocentro do Rio de Janei-ro. Segundo o coorde-nador-geral da FUP,João Antônio de Mo-raes, um dos objetivosda manifestação é im-pedir a instalação deuma Comissão Parla-mentar de Inquérito(CPI) no CongressoNacional, para inves-tigar casos de corrup-ção na empresa.

“Somos a favor da in-vestigação, mas já háórgãos apropriadospara isso, como a Pro-curadoria-Geral da Re-pública, a Polícia Fe-deral e o Tribunal deContas da União (TCU)que, inclusive, é um ór-gão do Legislativo. ACPI tende a virar umpalco da disputa polí-tica presidencial. A dis-puta eleitoral é legítima,mas não deve envolvero principal agente daeconomia brasileira [aPetrobras]”, disse Mo-raes. (Agência Brasil)

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Na semana passada, aComissão de Direitos Hu-manos do Senado Federalaprovou projeto de lei querevisa a Lei da Anistia, de1979. A norma serviu paraperdoar crimes “políticos”cometidos entre 1961 e1979, inclusive atos de se-questro, tortura, assassinatoe ocultação de cadáver co-metidos contra opositoresdo regime militar.

Para o autor do projeto,senador Randolfe Rodrigues(PSOL-AP), a Lei de Anistiafoi fruto de um acordo polí-tico necessário para trazerde volta ao Brasil os exiladospolíticos, mas o contexto his-tórico agora é outro. “A leida anistia é necessária serrevisada hoje porque nãopodemos continuar a ter nanossa ordem jurídica umalei que admite anistiar tor-turadores”, afirmou no diada aprovação do seu projeto.A proposta do senador aindaserá examinada em duas co-missões, antes de seguir paraa Câmara dos Deputados.

Membro da Comissão deAnistia e titular da Comissãode Direitos Humanos da Câ-mara, o deputado federalNilmário Miranda (PT-MG)é um especialista no tema.Ele explica que os crimescometidos por agentes daditadura, entre eles seques-tro e o desaparecimento decorpos, não podem prescre-ver, ou seja, não deixam deser crimes mesmo passadosmais de 30 anos. “O futuroda tortura no Brasil dependeda revisão da anistia. Essalei diz que tortura é um cri-me menor no país. Enquantono mundo inteiro a tortura

é considerada um mal ab-soluto, aqui ela não dá ca-deia”, denuncia.

O raciocínio de NilmárioMiranda é o mesmo da de-putada Luiza Erundina(PSB-SP), que tem um pro-jeto na Câmara sobre o as-sunto. A proposta exclui oscrimes cometidos por agen-tes da ditadura da lista decrimes políticos. Dessa for-ma, esses atos deixam deser “perdoados” pela anistiae a Justiça poderá processaros acusados por crimes delesa-humanidade.

STF: impunidade ou Justiça?

Está nas mãos do Supre-mo Tribunal Federal (STF)o poder de decidir sobre avalidade da anistia para cri-mes da ditadura. Em 2010,o tribunal rejeitou uma açãoda Ordem dos Advogadosdo Brasil (OAB) que pedia a

revisão da lei da anistia, deforma a garantir punição aostorturadores. Por causa disso,o Brasil passou a descumprirtratados internacionais dosquais é signatário.

Um desses é o Tratado deRoma, de 1997, que criou oTribunal Internacional. Poreste acordo, são consideradoscrimes de lesa-humanidadeo desaparecimento forçadode pessoas, tortura sistemá-tica, estupros e crimes deguerra. A Corte Interameri-cana de Direitos Humanoschegou a condenar o Estado

brasileiro, em 2010, justa-mente por não processar osacusados desses crimes.

O Ministério Público Fe-deral (MPF) tem 74 proce-dimentos abertos no paíspara investigar crimes come-tidos por agentes da ditadura.Em algum momento, essesprocessos devem chegar aoSTF e os ministros terão dese posicionar novamente. Aprópria OAB também temum recurso pendente de jul-gamento no tribunal.

Além disso, a ComissãoNacional da Verdade deveapresentar no relatório final,que será entregue em de-zembro, uma recomendaçãopara revisão da lei de anistia.“A nação vai se perguntar:vai ficar por isso mesmo?Responsabilizar torturadores,mesmo que sejam pessoasque já morreram, pode in-fluenciar o país a considerartortura um crime de lesa-humanidade”, aponta o de-putado Nilmário Miranda(PT-MG).

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 2014 brasil | 7

Pedro�Rafael�Vilelade Brasília (DF)

O texto do projeto delei que institui o marcocivil da internet foi man-tido nas duas comissõesdo Senado que exami-nam o tema. Os relatoresZezé Perrela (PDT-MG)e Vital do Rêgo (PMDB-PB) fizeram apenas ajus-tes de redação da pro-posta apro vada na Câ-mara. Dessa forma, ficammantidas as garantias deneutralidade da rede edireitos dos usuários.

Os relatórios ainda pre-cisam ser aprovados nascomissões antes de seguirpara o plenário, o que seráfeito na semana que vem.Mesmo assim, a socie-dade civil acredita naaprovação final no pró-ximo dia 22. “É funda-mental que os senadoresentendam a importânciade aprovar o texto sem al-terações”, avalia Bia Bar-bosa, da coordenação docoletivo Intervozes. (PRV)

Internet: senadores mantêm texto domarco civil

DIREITOS HUMANOS

DIREITOS DOS USUÁRIOS DA REDE

Agência Brasil

Comissão da Verdade também deverá recomendar a revisão da lei de anistia

“O futuro da torturano Brasil depende da revisão da anistia.Essa lei diz que tortura é um crimemenor no país________________

Tortura não dá cadeia no BrasilLei da anistia livra agentes da ditadura de punição por sequestros e extermínio de opositores.Projetos de lei no Congresso tentam mudar essa situação

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O estádio do Corinthians,que abrigará o jogo de aber-tura da Copa do Mundo nodia 12 de junho, foi entreguenesta terça-feira (15), sim-bolicamente, pela constru-tora Odebrecht ao clube. Apartir de agora, será feita averificação de funcionamen-to de equipamentos e, emseguida, serão providencia-das eventuais correções.

Ainda falta concluir amontagem das arquibanca-das provisórias, que eleva acapacidade da arena em 20mil lugares, a qual está sobresponsabilidade da Fast En-genharia. A previsão de en-trega é entre os dias 10 a 15de maio. O clube deve en-tregar o estádio para a ad-ministração da FederaçãoInternacional de Futebol(Fifa) no dia 26 de maio.

Até a entrega, o Itaquerão,como o estádio é conhecido,passará por pelo menos qua-tro eventos de teste. Esseseventos de teste devem seracompanhados pelo Minis-tério Público Estadual, queverifica o cumprimento de

medidas de segurança no es-tádio a partir de informaçõesprestadas pelo Corpo deBombeiros.

Na última semana, o MPreuniu-se com representan-tes do clube, da construtorae dos Bombeiros, para serapresentado ao projeto queserá vistoriado pelos ór-gãos. A construtora garanteque as exigências estão sen-do cumpridas.

Durante a cerimônia de

entrega do estádio, a mortede três operários no decorrerda construção foi lembrada.No dia 27 de novembro de2013, um guindaste que sus-tentava uma peça de 420toneladas desabou atingin-do dois operários. Em marçodeste ano, outro trabalhadormorreu ao cair de uma al-tura de 8 metros, quandotrabalhava na montagem daarquibancada provisória.(Agência Brasil)

Delfim Martins •

Até Copa, Itaquerão passará por quatro eventos de teste

Governo estima salário mínimo de R$ 779 para 2015

Divulgação

Dilma participou de entrega de 720 apartamentos em São Gonçalo

•Com estimativa decrescimento da econo-mia de 3% e inflação, me-dida pelo Índice Nacio-nal de Preços ao Consu-midor Amplo (IPCA), em5% para 2015, o governoencaminhou nesta ter-

ça-feira (15) ao Congres-so Nacional, o Projeto deLei de Diretrizes Orça-mentárias para 2015. Peloprojeto, o salário mínimoserá reajustado em 7,71%e vai ficar em R$ 779,79em 2015.

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 20148 | brasil

Imóveis do MinhaCasa, Minha Vida sópodem ser vendidosapós 10 anos

A presidenta DilmaRousseff alertou nesta ter-ça-feira (14) os beneficiá-rios do Programa MinhaCasa, Minha Vida para quenão vendam ou troquemseus imóveis até o fim doprazo estipulado com a Cai-xa Econômica Federal, queé dez anos.

"Casa com dinheiro dopovo brasileiro não podeser vendida por dez anos",disse. Dilma participou dacerimônia de entrega de720 apartamentos em SãoGonçalo. Denúncias de ca-sas tomadas por milicianosforam feitas por moradoresda zona oeste do Rio.

O Dia Nacional doÍndio é no próximo sá-bado (19), mas as co-memorações noMuseu do Índio, emBotafogo, na zona sul,já começaram. A pro-gramação completadas comemorações noRio de Janeiro podeser consultada na pá-gina do Museu doÍndio na internet.

Itaquerão é entregue ao Corinthianspara eventos de teste

Pablo Vergara

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS REFLETE DESAQUECIMENTO Na avaliação da Confederação Nacional do Comércio(CNC), a persistência inflacionária e o crédito mais caro continuaram a influenciar a decisão do consumo. O indicador apresen-tou recuo de 0,3% (125,2 pontos), em comparação com o mês de março, e de 4,1% em relação a abril de 2013.

COPA DO MUNDO

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•Chile, Cuba e Argentinasão os países com taxas dehomicídio mais baixas daAmérica Latina, segundo oEstudo Global sobre Homi-cídios 2013, realizado peloUNODC (Escritório das Na-ções Unidas sobre Drogase Crime).

O documento mostraque, em 2012, o Chile teveuma taxa de homicídios de3,1 por 100 mil habitantes, se-guido por Cuba, com 4,2. AArgentina, enquanto isso, teveuma taxa de 5,5 homicídiospor 100 mil pessoas, mas oinforme esclarece que os da-dos são de 2010. O Brasil, en-quanto isso, apresentou umataxa de 25,2.

O Uruguai, com númerosde 2011, também tem taxasbaixas comparadas ao restoda América Latina, especial-

mente Honduras, Venezuelae Belize: são 7,9 homicídiosa cada 100 mil habitantes.

Quase meio milhão depessoas (437 mil) foram as-sassinadas em 2012, por todoplaneta. Mais de um terçodos homicídios ocorreu nocontinente americano (36%),

31% na África e 28% na Ásia.A Europa e a Oceania, porsua vez, apresentaram taxasdrasticamente menores (5%e 0,3%, respectivamente).

Somando a alta taxa dehomicídios na América à des-coberta de que 43% de todasas vítimas de assassinato têmidades entre 15 e 29 anos, oestudo concluiu que uma emcada sete vítimas no mundotodo é um rapaz jovem, entreos 15 e os 29 anos, vivendoem alguma parte da América.(Opera Mundi)

­­­

100 milhões de jovens vãoàs urnas pelaprimeira vez

Quase cem milhões dejovens estão convocadospara ir às urnas, pela pri-meira vez, na Índia. Umpaís cujo destino dependeem grande parte do votodesta legião de novos elei-tores que pede mudanças.

Metade dos 1,21 bilhãode indianos tem menos de25 anos, e 97 milhões de-les têm direito a votar pelaprimeira vez nas eleiçõesnacionais que começaramno último dia 7 e ocorremem nove diferentes fasespelos 28 estados do país,até o dia 12 de maio.

Incêndio podedemorar 20 diaspara ser extinto

Alfredo Mascareño, di-retor de operações da Cor-poração Nacional Florestaldo Chile (Conaf), declarouque o incêndio registradono último sábado (12), emValparaíso poderia ser ex-tinto em cerca de 20 dias."Este é um fogo muito es-pecial que ocorre entre ourbano e o florestal”, anali-sou Mascareño à Telesur,ressaltando que o vento di-ficulta o trabalho no local.

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 2014 mundo | 9

O presidente do Uruguai,José Mujica, afirmou quequando se reunir com opresidente dos EUA, BarackObama, no próximo mês,na Casa Branca, assinalaráos "erros grosseiros" queos países ricos cometemcom os da América Latina."Humildemente vou mar-

car os erros muito grossei-ros que o mundo rico, co-meçando pelos EstadosUnidos, comete conosco",disse Mujica.

O líder acrescentou quedialogará com Obama, quevai recebê-lo em 12 de maio,"sem ser agressivo, mas semrenunciar ao que penso".

Dois ex-dirigentesestudantis eleitos emdezembro de 2013 es-quentaram os deba-tes após propor a re-dução do salário doslegisladores. GiorgioJackson, do movi-mento RevoluçãoDemocrática, e Ga-briel Boric, da Es-querda Autônoma,protocolaram o projetode lei, que pede o corte pelametade do pagamento dosdeputados e fiscalizaçãodos gastos.

Um deputado chileno re-cebe oito milhões de pesos(32 mil reais) e outros 13milhões para os chamadosgastos operacionais (que

configuram outros R$ 53mil). O projeto pretende re-duzir o salário pessoal paraquatro milhões de pesos (16mil reais) e criar uma espé-cie de tribunal de contas,onde cada deputado teráque comprovar os gastosoperacionais.

Ex-dirigentes estudantis propõemcortar salário de deputados

Divulgação

JORNAIS VENCEM PULITZER POR CASO DE ESPIONAGEM DA NSA Reportagens elaboradas a partir de milhares de docu-mentos entregues pelo ex-técnico Edward Snowden garantiram aos jornais The Washington Post e The Guardian o prêmioPulitzer deste ano. Eles mostraram a espionagem praticada pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA).

EM FOCO

Mujica diz que mostrará paraObama "erros grosseiros"

Giorgio Jackson e Gabriel Boric

www.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj

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AMÉRICA LATINA

ÍNDIA

CHILE

PAÍSES RICOS

CHILE

Cuba, Chile e Argentina têmmenores taxas de homicídio

Brasil apresentou taxa de homicídio de 25,2 por 100 mil

Reprodução

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O Jongo da Serrinha vaiabrir sua roda de jongo paratoda a população, todas asculturas e para todos os povosem uma roda de jongo itine-

rante formada por 14 músicose 20 bailarinos, comandadapor Tia Maria, a mais antigajongueira da cidade. O espe-táculo faz vibrar a “cultura

da favela”, reunindo tradiçãopopular e elementos da cenacontemporânea como sun-tuosos figurinos livrementeinspirados na cultura cigana.

O espetáculocomemora com ospassantes o lança-mento do segundodisco do grupoJongo da Serrinha,“Vida ao jongo”, etraz a novidade deum novo jongocriado por AdrianoFurtado chamado“Jongo Cigano”.

Com uma horade duração, o es-petáculo levará

para a rua o “terreiro” do jon-go, ou seja, uma grande rodacoexistindo com o cotidianoda cidade. O espetáculo seinspira livremente e, ao mes-

mo tempo, faz uma home-nagem ao povo cigano peloseu hábito de atravessar mui-tas regiões, não fixando localde moradia, e, portanto, sefazendo conhecido por mui-tos povos.

Datas e Praças25�AbrilCinelândia2�de�Maio�Praça Tiradentes9�de�MaioLargo São Francisco da Prainha16�de�MaioParque Madureira23�de�MaioArpoadorHorário: 17hGratuito

(21) 4062 7105

Anuncie

Todas as semanasnas ruasdo Rio

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 201410 | cultura

EXPOSIÇÃO

Tia Maria comanda Jongo Cigano

JONGO DA SERRINHA

Exposição sobre Viniciusde Moraes reabre BibliotecaParque Estadual. Após 4anos de reforma, a biblio-teca volta às atividades coma exposição multimídia “Vi-nícius de Moraes – 100anos”. São 8 instalaçõescom textos, frases, poe-sias, letras de músicas,livros, fotos, vídeos eoutros detalhesda produçãodo poeta.

SeRVIçOEm cartaz até 15/06GratuitoLocal:�Av. Presidente Vargas 126 - Centro

O coletivo Peneira apre-senta o espetáculo infan-to-juvenil “Urucuia GrandeSertão”. Vencedora do Prê-mio Arlequim, a peça contaa história de um reino dis-tante no sertão brasileiro.Um rei viúvo, influenciadopela vontade de ter netos,incube seu fiel servo de ar-ranjar um rapaz para casarcom sua filha. Para ganhara mão da esperta princesa,

o rapaz terá que fazer umaadvinha que a jovem nãoconsiga desvendar. Repletode música e referências dacultura popular brasileira,o grupo traz à tona ques-tões atuais, como o pre-conceito social e o amor.

SeRVIçOQuinta-feira (17), às 10hGratuito�- Arena JovelinaPérola Negra - Pavuna

TEATRO

Urucuia Grande Sertão no palco•

No ano em que o golpemilitar no Brasil está com-pletando 50 anos, a KiwiCompanhia de Teatro trazpara os palcos o espetáculo“Morro Como Um País –Cenas sobre a violência deEstado”. Baseado no textoliterário de Dimitris Dimi-triadis, a peça é um relatopoético que discute o “es-tado de exceção perma-nente” definido pela sus-pensão de direitos do pe-

ríodo não democrático dopaís. Trabalha os momen-tos históricos em que a re-sistência e o desejo detransformação e justiça so-cial transpassam os limitesda ilegalidade.

SeRVIçOQuarta-feira (23), às 20hGratuito, ingressos distribuídos 1h antes do espetáculoEscadaria Selarón - Lapa

TEATRO

Cenas sobre a violência de Estado

Está em cartaz, pela pri-meira vez no Brasil, o es-petáculo “Saco e Vanzetti”.A peça trata do famosocaso de Nicola Sacco eBartolomeu Vanzetti, sa-pateiro e peixeiro, imi-grantes condenados in-justamente por assassi-nato nos EUA, em 1927.

SeRVIçOEm cartaz até�25/05,quinta a sábado, às 21he domingos às 20h Ingresso:R$40 inteira/ R$20 meiaLocal: Av. Rodrigues Alvez, Armazém 6 –Cais do Porto

TEATRO

Primeira montagem de Sacco e Vanzetti •

As várias facetas de Vinícius de Moraes

•Divulgação

Tia Maria, a jongueira mais antiga da cidade

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Marcos Valadão Rodol-fo, Wolverine Valadão ou,como é mais conhecido,Nasi, vocalista da bandaIra!, é um dos principaisnomes da geração que, nosanos de 1980, levou o rockbrasileiro do “underground“amador para o sucessopopular.

Dos tempos de Voluntá-rios da Pátria até o programaNasi Noite Adentro (CanalBrasil), muita coisa acon-teceu. Brigas com a indús-tria, envolvimento com dro-gas, problemas familiaresforam apenas alguns per-calços que uma das figurasmais carismáticas do rockpaulistano já produziu.

Brasil�de�Fato�–�Você�sem-pre�demonstrou�interes�-se�pela�mistura�do�rockcom�outros�ritmos.�Faleum� pouco� sobre� o� por-quê� e� como� surgiu� esteinteresse.�Nasi – Não exatamente poroutros ritmos. Especifica-mente produzindo um rockcom forte influência damúsica negra da América:blues, soul, hip hop.

Brasil�de�Fato�–�O�que�vocêacha�do�disco�Psicoacús-tica,�hoje,�ser�consideradoum�clássico�da�banda?Acho ótimo, era um discobem diferente dos padrõesda época. Não foi enten-dido pela maioria da crí-tica, o que é lamentável.Porque o tempo provouque esse é um dos melho-res discos de rock da bandae do Brasil.

Brasil�de�Fato�–�Pelo�quese�sabe,�você�tem�grandeinteresse�por�religiões�afri-canas.� É� verdade?� Vocêsofre� algum� tipo� de� pre-conceito�por�praticá-la?Eu sou Yawo há 6 anos. Souiniciado no culto de Ifa etambém nos orixás Exu,Ogum, Oxum, Opatala, eoutras iniciações que requersegredo. Sou iniciado noculto tradicional Yourubapelo sacerdote Baba King,nigeriano radicado no Brasilhá 30 anos, e que tem “fi-lhos” no mundo inteiro.Quanto ao preconceito, seique existe, mas não ligo.Tem uma tal de Constitui-ção que me protege de al-gum fato mais grave queocorrer nesse sentido.

Brasil� de� Fato� –� O� quevocê�acha�do�Roger�(Ul-traje),�que�tem�tido�pos-turas�reacionárias,�assimcomo�o�Lobão.Acho que esse assunto nasredes sociais vem se trans-formando infelizmente numgrande Fla-Flu. Respeito osdois e concordo com algu-mas coisas que eles dizeme discordo de tantas outras.Acho que democracia e li-berdade de expressão só

existem quando há espaçopara o contraditório.

Brasil�de�Fato�–�Como�vocêavalia� o� atual� momentoda� indústria� fonográfica(mp3,�download,�etc.)?A indústria está esgotadae não tem dinheiro paranovas carreiras. Se o negó-cio da música não se for-talecer num formato queprivilegie novos artistas,vejo problemas no futuro.Atualmente, devido a esseestado da indústria, a mídiatem tratado os artistas damúsica através do conceitode celebridade e valorizan-do dancinhas e outras coi-sas duvidosas. Pena!

Brasil� de� Fato� –� Comoanda�o�seu�relacionamen-to�com�o�edgard�e�os�ou-tros�membros�da�banda?estamos�sabendo�que�vo-cês�vão�voltar.�É�verdade?O relacionamento com oEdgard está ótimo e estamosensaiando direto para oShow da Virada que marcaráa volta do Ira!. Quanto aosoutros, perdi o contato. Mes-mo porque o Ira! será for-mado, além de mim e Ed-gard, por outros músicos.

Brasil�de�Fato�–�Como�vocêavalia� o� governo� federale�a�questão�cultural�hoje,no�país?�Um governo que fez avançarem muito a inclusão socialno Brasil. Temos um pro-blema sério, que não é dessenem daquele governo, queé o fisiologismo canibal queexiste no nosso país. Umareforma política é urgente!

Brasil�de�Fato�–�Você�sem-pre�teve�postura�de�esquer-

da.� Já�militou� em� algumpartido� político?� Comovocê�avalia�os�partidos�deesquerda�no�Brasil,�hoje?�Sou ainda filiado ao PCdoB,onde tenho amigos e pes-soas que admiro muitocomo Aldo Rebelo, JamilMurad, Manoela Davila,etc. Mas, sinceramente,vejo uma profunda crisenos principais partidos dadita esquerda. Não engulocertas coligações e abra-ços políticos em gente querepresenta o pior nesse

país, inclusive alguns fi-lhotes da ditadura.

Brasil� de�Fato� –�Por�fim,você� pode� esclarecer� aorigem�do�seu�apelido?Essa é outra também... achoque nazista não devo ser,né? Filiado ao PCdoB emacumbeiro, deve sermeio difícil. Isso foi bul-ling na minha escola, porconta de atitudes extre-mista que tinha. (Cola-boraram Aldo Gama e Re-nato Godoy)

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 2014 cultura | 11

Nilton�Vianade São Paulo (SP)

Divulgação

“Se o negócioda música não se fortalecer num formato que privilegie novos artistas vejo proble-mas no futuro________________

Nasi ensaia a todo vapor com o eterno companheiro Edgard Scandurra

Nasi: "Vejo uma profunda crise nos partidos da esquerda"

“A indústria estáesgotada”ROCK Nasi fala sobre o retorno do Ira!, seu relacionamento coma indústria fonográfica e seu envolvimento com a política

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Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 201412 | variedades

Vitalidade e boa saúde se destacam,pode se recuperar com facilidade damaior parte das enfermidades. Há anecessidade em adentrar e estudarassuntos esotéricos e outras formasde desenvolver a espiritualidade.

Sexto sentido e sensibilidade aguça-dos! Estará alerta e vendo a naturezaverdadeira das coisas, pessoas e situa-ções. Em meio a tanta informação sub-jetiva, pode se confundir algumasvezes. Tente sentir uma coisa por vez.

Poderá se envolver amorosamentecom pessoas diferentes de você, o quelhe proporciona uma excitação maior.Tente compreender as diferenças depersonalidade como algo que podeajudar ambas as partes a evoluirem.

Expansão e criatividade regem sua se-mana! Cuidado apenas com atitudesexageradas, que podem ser vistascomo dramáticas e teatrais ao ex-tremo, fazendo com que sua credibili-dade diminua. Observe-se.

Alta energia em projetos individuais.Conseguirá levar adiante atividades emque possa decidir e modificar com au-tonomia total. Utilize o momento comoum modo de entrar em contato comsuas reais vontades e capacidades.

Desejo de expansividade! Utilize a in-tuição e o dom da palavra para fazermuitos contatos benéficos que lheajudem a progredir, pois darão bonsfrutos no futuro. A semana será agra-dável e ativa, desfrute o momento.

Existe o desejo de novas companhias,de iniciar relações com outros tipos depessoas, que contribuam para seu cres-cimento pessoal, espiritual e emocional.Há grande capacidade perceptiva econstrutiva diante de si mesmo.

Ótima energia física e mental. Apro-veite a fase para iniciar pequenas coi-sas que estão há muito temponegligenciadas, mas que você sabeque serão benéficas, se forem execu-tadas. Livre-se da inércia.

Sentirá vontade de experimentar mui-tas coisas, pois sente que está paradono tempo ou até mesmo regredindono âmbito pessoal. Utilize esta fasedesenvolvendo algo inovador e auda-cioso.

Cuidado ao se expressar emocional-mente, pois você tende a misturar sen-timentos profundos com teimosiaextrema. Assim, você pode expor seusargumentos de modo fanático ouagressivo, além de ofender as pessoas.

Mesmo acometido pela vaidade e pre-guiça, as pessoas continuam gostandode sua presença, pois você é agradávele positivo. A sorte o acompanha, masacima disso, é preciso esforço e consis-tência para conquistar objetivos.

Cuidado com possíveis desentendi-mentos com pessoas próximas, princi-palmente irmãos e vizinhos. Prefira odiálogo equilibrado, imparcial e evitese posicionar ofensivamente ao defen-der suas opiniões.

HORÓSCOPO

17 a 23 de abril de 2014Keka Campos, astróloga [email protected]

Desde a estreia da TV noBrasil, nos anos 1950, ascrianças são alvo de progra-mações específicas. Criançaprecisa brincar, correr, con-viver, mas a telinha tambémtem um lugar especialcomo diversão. O bom équando a grade de progra-mas infantis traz boas pro-duções, que possibilitam oexercício da imaginação ea interação com o universoda comunicação e da tec-nologia. No caso das nove-las, vez por outra, folhetinsinfantis ganham espaço naprogramação. Destaque paraCarrossel e Chiquititas.

No ar há duassemanas, Meu pe-dacinho de chão,de Benedito RuyBarbosa, tem tidoum desempenhosatisfatório para ohorário e reforçaa ideia de quecriança tambémpode se divertir com novela.A trama se passa na Vila deSanta Fé, recriada a partirdo imaginário de duas crian-ças, Serelepe e Pituquinha.A cidade é um brinquedo eas histórias que passam nela(que vão desde a disputapelo coração da professori-

nha até a disputa do poderpolítico da vila) são narradaspelos dois personagens mi-rins. Cores, visuais diferentes,roupas que parecem fantasiasdão a impressão de que ahistória tem um quê de con-tos de [email protected]

Brincar de ver TV

NOVELA | por Joaquin Vela

• Divulgação

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Ultimamente, muito setem propagandeado so-bre uma ação do FGTSpara reajustar o valor desde1999, em até 90%.

Tais ações têm comobase uma tese de que o ín-dice de correção do FGTSutilizado desde 1999, de-nominado Taxa Referencial,deva ser substituído por ín-dices que acompanham ainflação, como o INPC (Ín-dice Nacional de Preços aoConsumidor).

Entretanto, ao contráriodo que tem sido propagan-deado, isso não é uma causaganha. O caso é muito com-plexo e há margem paramuita discussão jurídica.Prova disto é que nas açõesem que já houve decisão,aproximadamente 95% doscasos foram julgadas im-procedentes na primeira ena segunda instância.

Em fevereiro deste ano,o STJ (Superior Tribunalde Justiça) determinou asuspensão dessas ações atéo julgamento do recursopelo próprio STJ. Até lá, os

julgamentos estão suspen-sos em todo o país.

Apesar desse cenário,muitos sindicatos, asso-ciações e escritórios de ad-vocacia continuam ingres-sando com estas ações,sendo que em alguns ca-sos, cobrando valores paraentrar com a ação, alémdo percentual do valor re-cebido caso ganhe a ação.

Em alguns casos, os va-lores cobrados previamen-

te dos trabalhadores sãoexorbitantes (há notíciade cobrança prévia dedois mil reais), além deobrigar a pessoa a se as-sociar, pagar mensalida-des e ainda os honoráriosse ganhar a ação.

Fique atento, caso queiraingressar com essa ação,procure por mais informa-ções e tome muito cuidadopara não assinar um con-trato que preveja honorá-rios abusivos, valores ini-ciais e outras exigências.Caso se sinta lesado, pro-cure a OAB.

Bateu aquela vontade decomer um biscoito de cho-colate crocante e delicioso,mas está com preguiça deir ao supermercado? Seusproblemas acabaram! Compoucos ingredientes, uma

pitadinha de disposição,outra de criatividade, essebiscoito é uma alternativapara matar seu desejo porchocolate. Chame as crian-ças, pois essa receita sim-ples e fácil é perfeita para

estimular o interesse pelasartes da cozinha! Além doformato de bolinha, podemser criados formatos de bo-nequinho, coração, estrelaou outros mais.

Biscoito de chocolate com canela•

2 colheres de sopa de marga-rina4 colheres de sopa de açúcar9 colheres de farinha de trigo3 colheres de cacau em pó1 colher de chá de fermentoem pó1 ovoAçúcar e canela a gosto

Modo de preparo

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 2014 variedades | 13

BOA E BARATA | Por Thiago Padovan

Cuidado com as açõesde revisão do FGTS

IngredientesRep

rodu

ção

Misture a margarina, o açú-car e a farinha de trigo numatigela e amasse, com as mãosmesmo, até misturar bemos ingredientes. Acrescenteo cacau em pó, o fermentoe o ovo e misture novamente.

A massa deve ficar homo-gênea e consistente, de for-ma que dê para abri-la emalguma superfície plana(pode ser numa mesa, desdeque bem higienizada). Uti-lize uma garrafa para abrir

a massa, deixando-a fininha.Com uma xícara pequena,faça círculos na massa, pas-se-os no açúcar com canelae coloque em uma assadeirauntada. Leve ao forno médiode 20 a 25 minutos.

No último dia 7 de abrilfoi comemorado o DiaMundial da Saúde. Em2014, a OMS (Organiza-ção Mundial da Saúde)aproveitou a data parachamar a atenção para aséria e crescente ameaçadas doenças transmitidaspor vetores, como mos-quitos, moscas, carrapa-tos e caramujos.

Com o slogan “Peque-na picada, grande amea-ça”, a OMS destaca queessas enfermidades sãocompletamente evitáveis.Além disso, elas são maiscomuns em locais ondehá falta de acesso à mo-

radia adequada, água po-tável e saneamento.

Os cuidados para evitara infecção por doenças pro-vocadas por estes vetores,que têm como exemploa dengue, devem ter doisresponsáveis. O primeirosão os governos e órgãospúblicos responsáveispela saúde da população.O segundo é cada cida-dão, que deve tomar cui-dados individuais impor-tantes e nunca devem seresquecidos.

Há medidas simples quepodem ser tomadas parase prevenir e proteger oambiente em que vivemos.

Seguem algumas dicas:- Usar roupas que sirvam

como barreiras físicas amordidas e picadas;

- Usar mecanismos paramanter tais vetores fora decasa, como telas em portas,janelas e leitos;

- Reduzir locais onde osvetores possam se repro-duzir nas nossas casas enas comunidades, cobrin-do reservatórios de água,eliminando poças e locaisonde a água possa ficaracumulada, como em gar-rafas vazias e pneus ve-lhos, além do controle daágua armazenada emplantas e vasos;

“Pequena picada, grande ameaça”

NOSSOS DIREITOS Por Luiz José Duarte Filho, advogado Trabalhista e Previdenciário

NOSSA SAÚDE | por Aristóteles Cardona Jr, médico de Família e Comunidade

Dúvidas sobre direitos? Encaminhe e-mail para [email protected]

Rep

rodu

ção

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Ninguém quer calar a im-prensa. Essa é a versão queela busca dar às propostasde democratização dosmeios de comunicação. Osque defendem a democra-cia da mídia, ao contrário,querem que muito maisgente, oxalá todos, possamse expressar.

A imprensa está mono-polizada por algumas famí-lias, que definem o que diz,como, quando, que preten-dem ser o partido de opo-sição, que distorcem a ver-dade. A imprensa é finan-ciada pelas agências de pu-blicidade e, através dessas,pelas grandes empresas,que condicionam o funcio-namento da imprensa. Aimprensa escolhe quem vai

escrever, como e quando.Cria um clima de incerteza,de preocupação, de inse-gurança, apesar da econo-mia crescer, aumentar o ní-vel de emprego, subiremos salários acima de umainflação controlada.

Essa é a imprensa que te-mos hoje, que condicionaas chamadas “agências derisco”, que pressiona sis-tematicamente o governopelo aumento da taxa dejuros, que representa nãoa população, mas o capitalfinanceiro.

A mídia criou um climade “terrorismo econômico”.Os boatos, o pânico forjado,o terrorismo da inflação, aonão ter respostas políticas,

se tornam forças materiaise as autoprofecias se cum-prem, deixando o governoem um círculo vicioso.

Sem democratização dosmeios de comunicação,quebrando essa cadeia an-tidemocrática e especula-tiva, nem sequer a retoma-da do crescimento econô-mico será possível.

O dilema da mídia na de-mocracia não é entre mídiamonopolista ou silêncio,mas entre terrorismo eco-nômico da ditadura midiá-tica ou democratização dosmeios de comunicação.

Emir Saderé cientista político

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 201414 | opinião

A Semana Santa agrada agregos e troianos. Desco-nheço quem a questione,apesar de ser instituição li-gada à Igreja Católica. Paraum grupo sempre crescente,

é tempo de turismo. O fe-riado de Tiradentes, nesteano, tornará a semana aindamais longa. As praias e oslugares de diversão e recrea-ção ficam superlotados. Asreservas devem ser feitascom muita antecedênciapara não se perder a chance!Equivoca-se quem pensa se-rem os “ateus” os “profana-dores” desse tempo santo.Muita gente com prática re-ligiosa regular e ligada àsigrejas deixa de lado a fépara se esbaldar no “feriadoprolongado”, pois ninguémé de ferro.

Entretanto, não faltaquem transforme a SemanaSanta em momento de re-flexão e de penitência, sin-tonizando-se com a paixãode Jesus. A religiosidadepopular católica centra-seno emocional, focada naSexta-feira Santa. O cumeé a encenação da morte de

Cristo, geradora de senti-mentalismo e, até, de lágri-mas. A queima do Judas, emquem se descarregam todasas insatisfações e negativi-dades, faz parte desse ce-nário religioso.

Um pequeno grupode cristãos conscientes, po-rém, compreende tratar-sedo mistério central de suafé e se empenha por vivê-laà luz da Páscoa de Jesus.Contemplando a paixão,morte e ressurreição, sen-te-se interpelado pelo Mes-tre, cuja morte violenta re-sultou do engajamento paraconstruir o mundo da fra-ternidade, querido pelo Pai.A Semana Santa transfor-ma-se, então, em oportuni-dade para renovar o com-promisso batismal e reafir-

mar a certeza de valer a penacolocar-se na contramão dainjustiça, mesmo com o riscode ser martirizado. A res-surreição começa aqui!

Pe. Jaldemir Vitório SJé reitor da Faculdade

Jesuíta de Filosofia e Teologia - FAJE – BH

Pe. Jaldemir Vitório SJVitor T.

Semana Santa – entre turismo e religião

Emir Sader

O dilema da mídia

• “Entretanto, não falta quemtransforme a Se-mana Santa em momento de reflexão e de peni-tência, sintoni-zando-se com apaixão de Jesus_____________

“Um pequenogrupo de cristãosconscientes,porém, com-preende tratar-sedo mistério cen-tral de sua fé e seempenha porvivê-la à luz daPáscoa de Jesus_____________

Page 15: Brasil de Fato RJ - 047

Fluminense x Figueirense Sábado 19/04 | 18h30m | Maracanã

Internacional x Vitória Sábado 19/04 | 18h30m | Beira-Rio

Chapecoense x Coritiba Sábado 19/04 | 21h | Arena Condá

São Paulo x Botafogo Domingo 20/04 |16h | Morumbi

Atlético-PR x Grêmio Domingo 20/04 |16h | Orlando Scarpelli

Atlético-MG x Corinthians Domingo 20/04 |16h | Parque do Sabiá

Bahia x Cruzeiro Domingo 20/04 |16h | Fonte Nova

Flamengo x Goiás Domingo 20/04 | 18h30m | Mané Garrincha

Santos x Sport Domingo 20/04 | 18h30m | Vila Belmiro

Criciúma x Palmeiras Domingo 20/04 |18h30m | Heriberto Hulse

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 2014 esporte | 15

Apesar de proposta doTRT, impasse no ParqueOlímpico continua

Mesmo com a preocu-pação do COI quanto aosatrasos nas obras para os Jo-gos Olímpicos do Rio-2016,os trabalhadores do ParqueOlímpico e o consórcio RioMais, que administra a obra,seguem sem acordo.

Os operários, em assem-bleia realizada na terça (15),decidiram aceitar o acordoproposto pelo Tribunal Re-gional do Trabalho, que rea-justa o vale alimentação ereabre as negociações pelas

outras reivindicações, desdeque voltassem ao trabalhona quarta (16).

Segundo o Sintraconst-Rio, os trabalhadores foramimpedidos de trabalhar porum engenheiro do consór-cio, além de terem café damanhã e almoço negados.

Diante disto, os operáriosse reuniram e saíram empasseata pela Avenida Abe-lardo Bueno, na Barra, comgritos de “queremos traba-lhar” durante a manifestação.A concessionária Rio Maisainda não se manifestou ofi-cialmente sobre o assunto.

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F-1 maior em 2015

Neste domingo(20) ocorrerá a quar-ta etapa do Mundialde Fórmula 1, naChina, mas a notíciaque agitou a catego-ria foi a licença dadapela FIA para GeneHaas montar suaequipe em 2015. Obilionário estaduni-dense é sócio de uma

das grandes equipesda Nascar, a Stewart-Haas. Assim, a F-1volta a ter 12 equi-pes disputando oMundial, o que nãoacontecia desde o fi-nal de 2012.

Invasão deprivacidade

Uma dupla foipega tentando inva-dir o quarto do hos-pital de Grenoble(FRA), onde está in-ternado o alemãoMichael Schuma-cher. De acordo coma revista Bild, elesbuscavam fotografaro ex-piloto. Já é o se-gundo caso de tenta-tiva de invasão porparte de fotógrafos.No primeiro, o jorna-lista estava disfarça-do de padre.

opinião | Bruno Porpetta

Escrita torta por linhas certasNunca o Carioca foi tão

justo! Acabou do jeito quetinha que acabar depoisde tantas presepadas dosnossos queridos cartolas.Um campeonato com pú-blico deprimente, níveltécnico de pelada de chur-rasco e arbitragem de mo-ral duvidosa.

E foi assim, com um golque ninguém sabe aocerto de quem foi, masque tinha 69cm de escan-carado impedimento, nosacréscimos, que o Fla-mengo, dos 375 pagantescontra o Bonsucesso, setornou o legítimo cam-peão desta enfadonha edi-ção do Carioca.

Não é de surpreender,inclusive, os desdobra-mentos desta final. OVasco quer anular o jogo,depois de aceitar um árbi-tro que, desde o episódioda rede social da esposa,já deveria ter sido impe-

dido de apitar. Mais umcampeonato decidido naRua da Ajuda?

É imoral que os rubro-negros comemorem o tí-tulo? Claro que não. Elesnão têm nada a ver com apaçoca.

Imorais são jogadoresque falaram pelos cotove-los após o jogo, como senão tivessem sido elimina-dos melancolicamente daLibertadores, quatro diasantes. Clubes que cobramos olhos da cara por umespetáculo bisonho. A Fe-deração que, com a ca-neta, já derrota o campeo-nato de véspera. E,finalmente, o governo doestado que entregou o Ma-racanã nas mãos de abu-tres, os mesmos que ma-tam operários pelo Brasilafora com péssimas con-dições de trabalho.

Eles se merecem, masnós não os merecemos.

BINÓCULO

da Redação

Div

ulga

ção

Phelps volta a competirmirando 2016

O supercampeão das pis-cinas, Michael Phelps, havia“pendurado a sunga” apósas Olimpíadas de Londres,em 2012, quando conquistouquatro medalhas de ouro eduas de prata, garantindo amarca de maior medalhistaolímpico da história.

Porém, desde o final doano passado, voltou a treinar

e no final de abril voltará acompetir no Arizona (EUA),onde disputará os 50 e 100mlivres e os 100m borboleta.O projeto de Phelps é estarem boas condições para dis-putar os Jogos Olímpicos de2016, no Rio de Janeiro.

Para o treinador Bob Bow-man, ainda não é uma voltadefinitiva. “Ele vai testar aágua um pouquinho e vercomo se sai”, disse ao siteda ESPN. (BP)

da Redação

OLIMPÍADAS Trabalhadores aceitaram os termos do TRT, mas foram impedidos de trabalhar nesta quarta (16)

Tabela Brasileirão |1ª rodada

Wikipedia

Phelps desiste de "pendurar a sunga"

Page 16: Brasil de Fato RJ - 047

O Vasco entrou em campopara o jogo de volta contra oResende em protesto contraa arbitragem da final do Ca-rioca contra o Flamengo, e atorcida, por diversas vezes,deu gritos de “campeão” nasarquibancadas.

Pedindo “Respeito ao Vas-co” nas costas da camisa, otime precisava de uma vitóriasimples para se classificar àpróxima fase. Apesar da re-volta vascaína, a arbitragemtambém foi mal no jogo destaquarta (16).

Diante da necessidade doresultado, tanto para a classi-ficação como também paraelevar a moral da equipe, aba-lada pela perda do título ca-rioca, às vésperas da estreiana Série B do Brasileirão, con-tra o América-MG, em São Ja-

nuário, o Vasco pressionou oclube do interior do Rio.

Apesar da iniciativa, oVasco pouco criou, mas che-gou ao gol no final do pri-meiro tempo, com André Ro-cha. Porém, o árbitro anulouo lance, marcando impedi-mento inexistente.

No segundo tempo, o Vas-co manteve o ritmo, mas aindaencontrou dificuldades de pe-netrar na retranca do Resende.No início da etapa final, Adil-son Batista pôs Montoya nolugar de Everton Costa, quese sentiu mal no banco de re-servas e saiu de ambulânciado estádio.

O Vasco conseguiu a clas-sificação aos 25 min, atravésde um pênalti mal marcadopelo árbitro Rodrigo Carva-lhaes de Miranda. Douglas ba-teu bem e definiu o placar. Ocruzmaltino enfrenta agora oTreze-PB, pela segunda faseda competição.

Com erros da arbitragem, Vascovence e se classifica

Rio de Janeiro, 17 a 23 de abril de 201416 | esporte

COPA DO BRASIL Vasco decidiu a vaga contra o Resende, em São Januário

•�O�FLUMINeNSe nãoentrou em acordo como Corinthians e o ata-cante Rafael Sobis per-manece nas Laranjei-ras. O clube paulistapropunha pagar os 4,6milhões de reais por50% dos direitos eco-nômicos do atleta deforma parcelada. OFluminense só aceita-va o pagamento à vista.

•�NO�BOTAFOGO,além das chegadas deVagner Mancini, parao comando da equipe,e Emerson Sheik, parao ataque, seis jogado-res treinarão em sepa-rado e serão observa-dos pela nova comis-são técnica. Depen-dendo da avaliação fei-ta, poderão ser reinte-grados ou dispensadosdo clube. São eles: ogoleiro Luiz Guilher-me, o lateral-direitoAlex e seu irmão An-derson (lateral-esquer-do), o zagueiro MárioRisso e os atacantesYguinho e Sassá.

•�O�AMÉRICA�passoupor uma situação inu-sitada na Série B doCampeonato Carioca.O goleiro Felipe, doclube tijucano, foi ex-pulso aos sete segun-dos de jogo contra oAmericano, em Car-doso Moreira, no nor-te fluminense. O Amé-rica acabou goleadopor 4 a 0.

•�AS�eLeIçÕeS noVasco devem ser mar-cadas para julho. Oscandidatos à presidên-cia do clube são: Nel-son Rocha, Tadeu Cor-reia, Roberto Montei-ro, Eurico Miranda eum nome ainda nãodefinido, do grupo queconta com o apoio deJorge Salgado e Fer-nando Horta. RobertoDinamite cogita a hi-pótese de concorrer àreeleição, mas aindanão confirmou.

TOQUES CURTOS

Bruno�Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

1 X 0

Nesta quarta (16), aconte-ceu mais um superclássico en-tre Real Madrid e Barcelona,no estádio Mestalla, em Va-lencia, valendo o título daCopa do Rei.

A partida teve amplo domí-nio do Real, que jogou desfal-cado de seu maior astro, o por-tuguês Cristiano Ronaldo. Noprimeiro tempo, em roubadade bola no campo de defesa eboa troca de passes, o argentinoDi Maria recebeu, em posição

duvidosa, para abrir o placar.O Barça empatou, no segun-

do tempo, em escanteio queencontrou a cabeça do zaguei-ro Bartra, mas o galês GarethBale, no final do jogo, correumais que a defesa catalã e de-finiu o marcador.

Neymar ainda teve a chancede empatar novamente a par-tida, mas a bola bateu na travee voltou nas mãos do goleiroCasillas. A derrota amplia a cri-se do Barcelona, que está forada UEFA Champions League eviu mais uma vez uma atuaçãoapagada de Lionel Messi.

da Redação

Real bate Barça e leva a Copa do ReiEUROPA Vitória por 2 a 1, em Valencia, dá o título ao Real Madrid pela 19ª vez

Del Nero é eleitopresidente da CBF

Sem oposição, o pre-sidente José Maria Ma-rin conseguiu empla-car seu candidato àsucessão na CBF. Detodo o colégio eleito-ral, formado pelos 20clubes da Série A doBrasileirão e os presi-dentes das 27 federa-ções estaduais, apenastrês eleitores não vo-taram em Marco PoloDel Nero.

O Figueirense se abs-teve, por conta do im-

bróglio jurídico provo-cado pelo Icasa (CE),que reivindica vaga nasérie A, alegando es-calação irregular dotime catarinense na Sé-rie B do ano passado.

Apesar da eleição terocorrido nesta quarta(16), Del Nero só as-sumirá o cargo emabril de 2015. Marincontinua na direção daentidade, como vice-presidente da regiãosudeste. (BP)

SEM MUDANÇAS Dirigente paulista obteve 44votos, com dois em branco e uma abstenção

Edgard Maciel de Sa

Douglas marcou, de pênalti, o gol da classificação vascaína

FICHA TÉCNICA

Vasco Resende

São Januário | quarta-feira 16/04 | 22h