CAP 8 aula #18 Escoamento interno, viscoso e incompressível
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EM 461 – Prof. Eugênio Rosa
CAP 8 – aula #18
Escoamento interno,
viscoso e incompressível
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Conceitos abordados nesta aula
O objetivo da aula é calcular o atrito na parede de um tubo de seção
circular, para isto será necessário rever e/ou introduzir diversos conceitos:
i. Diferença entre escoamento interno e externo;
ii. Diferença entre escoamento regime laminar e turbulento;
iii. Reynolds de transição;
iv. Escoamento hidrodinamicamente desenvolvido;
v. Efeito do perfil de velocidades na eq. da energia;
vi. Perda de carga distribuída e localizada;
vii. Definição do fator de atrito;
viii.Diagrama de Moody e o fator de atrito
Conteúdo desta aula utiliza os conceitos de:
Equação de energia,
Tensão,
Viscosidade
Perfil de velocidade e
Análise dimensional.
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Escoamento externo x interno
Escoamentos externos não são
confinados por paredes .
Escoamentos internos possuem
fronteiras sólidas (paredes) que
limitam ou restringem o campo de
escoamento
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A mudança de regime Laminar para Turbulento afeta a potência de bombeamento, a tensão na parede, e o
coeficiente de transferência de calor e massa
Regime Laminar – escoamento ordenado, onde as moléculas de fluido seguem uma à outra de uma forma suave.
Regime Turbulento – escoamento fluxo desordenado, as posições das partículas não são previsíveis. O fluxo caótico.
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A Experiência de Osborne
Reynolds (1841-1912)
Veja filme
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• O escoamento transicional de regime laminar para turbulento devido às instabilidades do escoamento que são ‘amplificadas’ pelos mecanismos dinâmicos...
• O número de Reynolds é o parâmetro que está associado a transição
laminar – turbulento.
Laminar, 1D
Transição, 2D
Turbulento, 3D
Turbulento, 3D
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Valores de Re para transição em TUBOS
Laminar ReD < 2300
Turbulento ReD > 4000
Transição laminar-turbulento 2300 < ReD < 4000
Definição de Reynolds
(para tubos de seção circular):
__
D
V DRe
viscosidade dinâmica
densidade
vel. média
dimensão característica:
diâmetro
Definições Equivalentes:
__
D
V DRe
D
4QRe
D
Indica dimensão
caracteristica
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Limite regime laminar: Re 2300
Um engano frequente para quem estuda pela primeira vez o assunto é assumir que para qualquer escoamento (interno ou externo) que Re = 2300 demarca o limite da região laminar.
Re = 2300 transição laminar/turbulento vale para tubos com
seção circular.
Tubos com seções quadradas, triangulares e outras formas é utilizado o conceito de diâmetro hidráulico (próxima aula)
Escoamentos externos, placas planas e aerofólios (Re ~ 300000 a 500000), e outras formas apresentam diferentes Re para demarcar a transição Laminar – Turbulento (veja cap. 9).
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Esco
am
en
to n
a e
ntr
ad
a d
e u
m t
ub
o
Em regime permanente, a conservação da massa exige que a vazão em qualquer seção do tubo seja a mesma ou, a velocidade média não varia;
Próximo da entrada o perfil de velocidades é aprox. uniforme;
A ação da viscosidade desacelera o fluido próximo da parede. Para conservar massa o núcleo deve ser acelerado!
Quando as camadas se encontram no centro do tubo é estabelecido um perfil estacionário, a velocidade máxima ocorre no centro.
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Comprimento de desenvolvimento hidrodinâmico
Região de desenvolvimento:
i. O núcleo do escoamento está sendo acelerado.
ii. O perfil de velocidades e a pressão variam ao longo da direção axial do tubo.
iii. Le denota o comprimento de desenvolvimento
Le 0,06(D)ReD - Laminar
Le 4,40(D)ReD(1/6) - Turbulento
Le
Região escoamento desenvolvido:
• Se x Le o escoamento está hidrodinamicamente desenvolvido;
• O perfil de velocidades cessa de variar com x;
• A velocidade máxima ocorre no centro do tubo.
Borda camada limite
Desen-volvido
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Por que o termo: desenvolvido hidrodinamicamente?
• A palavra ‘hidrodinâmico’ apesar de se referir à água, é um termo genérico. Refere-se ao fluido (gás ou líquido)
•A palavra ‘desenvolvido hidrodinamicamente’ significa que o perfil de velocidades não varia ao longo da direção axial do escoamento.
• O escoamento pode também transportar energia. Quando o perfil adimensional de temperatura cessa de variar é denominado por escoamento ‘desenvolvido térmicamente’ , x > LT, onde LT é o comprimento de desenvolvimento térmico.
• Similarmente também pode-se aplicar o termo ao transporte de massa (concentração) de espécies.
• Os comprimentos de desenvolvimento hidrodinâmico, térmico e de concentrações não são coincidentes mas dependem das propriedades do fluido. Isto será abordado no curso de transferência de calor.
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A pressão varia somente na direção axial, x, P = P(x). Corolário: A pressão não varia na seção transversal do tubo.
Região desenvolvimento, x < Le, P decai de forma não-linear.
Região escoamento desenvolvido, x > Le, P decai, de forma linear.
A pressão sempre decai; o gradiente de pressão no tubo é dP/dx < 0.
A variação da pressão no
escoamento em um tubo
LeDesenvolvido
x
P
Queda de pressão linear, dP/dx = cte
Queda de pressão, dP/dx varia com x
xr
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Fim da seção de
conceitos
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Objetivos
Calcular a vazão, a queda de pressão e a tensão na parede em escoamentos internos, viscosos, hidrodinâmicamente desenvolvidos, incompressíveis em regime laminar ou turbulento.
– Aplicações em escoamentos em tubo de seção circular;
– Determinar fatores de atrito, tensão na parede e a queda de pressão em regime laminar e turbulento;
– Aplicação dos cálculos de queda de pressão: em linhas hidráulicas e em instalações de bombeamento.
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Equação da Energia para Tubulações
Reveja aula 14 do conteúdo volume de controle: especialização a equação da energia:
• Uma entrada e uma saída
• Regime permanente (me = ms)
• Isotérmico
2 2
eixo
saída entrada
V VP Pˆ ˆu gz VdA u gz VdA Q W
2 2
weixo
Isotérmico então û é constante
d m
d m
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Eq. energia: fluido incomp. e r. permanente
• Pressão : escolha uma entrada e uma saída onde a pressão seja uniforme;
• Cota z: uniforme nas portas;
• E.K.: valor médio depende do perfil de velocidades!
r
S.C.
P PV n dA m
2 2
Ir
S.C.
V VV n dA m
2 2
r
S.C.
gz V n dA gz m
2 2
eixo
saída ent
V VP Pgz gz q w
2 2
2 2
r r eixo
saída entrada
V VP Pgz V n dA gz V n dA Q W
2 2
• Para regime turbulento em dutos assume que é igual a 1.
• Para regime laminar é necessário correção E.K., é igual a 2
• Veja apêndice I, dedução de para regime laminar e turbulento
Dividindo ambos os lados por m:.
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Perda altura de elevação HL (m)(veja aula 14, eq. Energia cap 4)
O calor pode ser expresso em termos da entropia e de sua geração de entropia, q = T0(ss-se)-T0sgen,
Como o processo é isotérmico, (ss-se) = 0, logo todo fluxo de calor vem da irreversibilidades do escoamento.
Substituindo esta definição na equação da energia :
O termo T0sgen/g = HL é denominado por perda de altura de elevação, ele
termo possui dimensão de ‘metro’:
2 2
0 gen 0 gen
s e
T s T sV Vp p wz z m onde 0
g 2g g 2g g g g
2 2
L
s e
w 0 se turbinaV Vp p wz z H onde
w 0 se bombag 2g g 2g g
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HL sem trabalho específico
HL representa as irreversibilidades do sistema!
A energia mecânica é: (P/g + V2/2g + z)
Uma fração en. mecânica é convertida em calor de modo irreversível.
Na ausência de trabalho específico, a energia mecânica diminui a medida que o escoamento avança. O calor gerado é dissipado no ambiente.
2 2
L
e s
V Vp pz z H
g 2g g 2g
2 2
L
s e
V Vp pz z H
g 2g g 2g
ou
Lembre que no escoamento desenvolvido, V não varia e dp/dx < 0
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Confusão: altura elevação HL x altura de carga hL
No século XIX era comum expressar balanço energia por comprimento H (m).
Mas h expressa a energia por massa (J/kg), o que torna mais simples o cálculo
da potência envolvida para o bombeamento.
2 2h gH J kg ou m s
2 2
eixo
L
saída ent
2 2
L eixo
saída ent
wV VP Pz H z m ou
2g g 2g g g
V VP P Jgz h gz w
2 2 kg
Os dois modos estão corretos, mas não esqueça que:
Por último:
Se ( )saída > ( )entr , sistema recebe trabalho, weixo < 0, bomba, compressor
Se ( )saída < ( )entr , sistema realiza trabalho, weixo > 0, turbina.
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Perda de altura elevação, HL, em tubulações
O termo HL refere-se as perdas irreversíveis que ocorrem de (1) para (2). Ele é denominado por perda de altura de elevação. Sua origem deve-se a dissipação de energia mecânica em calor.
A perda de altura de elevação pode estar distribuída (Hf) ao longo de toda tubulação e/ou localizada (Hm) em um acessório (curva, restrição, válvula, etc).
mfL HHH
entrada saída
2 2
1 1 2 2
1 2 L
p V p Vz z H
g 2g g 2g
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Cálculo da perda de altura de elevação
distribuída em tubulações, Hf
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Perda de altura de elevação localizada em tubulações, Hm
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Exemplo 1 - Água escoa num tubo de 50 mm de diâmetro numa velocidade média de 1,5 m/s. A pressão manométrica na entrada do tubo é 590 kPa. A saída do tubo situa-se a 25 m acima da entrada, a pressão da saída é atmosférica.
a) Esboce a linha piezométrica; b) Determine Hf entre entrada e saída;c) Se a vazão e a pressão na saída permanecem as mesmas mas o tubo agora está na horizontal calcule qual deve ser a pressão na entrada.
2 2
e e s s
e s f
p V p Vz z H
g 2g g 2g
Resp.:
b) Hf = 35.2 m ou hf = 345 J/kg e
c) pe = 345 KPa
ReD = 75000, regime turbulento, =1.
ze=0
pe/g
v2/2gv2/2g
zs = 25
Hf
(e) (s)
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Exemplo 2 - Considere o escoamento de água ( = 10-6 m2/s) no tubo de um reservatório. Se Hf = 1,75 m e a altura do reservatório é d =3,60 m calcule a vazão volumétrica, Q, do reservatório.
2 2
1 1 2 2
1 2 f
p V p Vz z H
g 2g g 2g
Q = V2*D2/4 = 6,025**0,0752/4 = 0,0266m3/s
p1 = p2 = patm; V1 ~0, V2=?; z1 = d = 3,60 m, z2 = 0 e HL = 1,75 m
2 1 LV 2g z H 2g 3,6 1,75 6,025m / s
ReD = V.D/ = 451900, regime turbulento, =1.
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Pergunta: No exemplo 2 como resolveríamos o problema se não fosse dado que Hf é 1,75 m?
Resposta: onde f é o fator de atrito, L é o comprimento do tubo tubo, D o diâm. tubo e V a vel. média!
2
f
L VH f
D 2g
Para chegar ao resultado acima temos duas etapas:
i) Encontrar relação entre Hf e a tensão na parede do tubo, w
ii) Encontrar relação entre a tensão parede, w, e o fator de atrito f
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Balanço de forças em um tubo
Escoamento desenvolvido, força pressão equilibra as forças peso e de atrito!
2 2
1 2 2 1 w
D DP P g z z DL 0
4 4
w1 2
1 2
4P P Lz z m
g g g D
Rearranjando para a forma dos termos mecânicos:
z2-z1= L.sen
gA soma das forças de
pressão, peso e atrito é
nula, na direção do
escoamento, F=0.
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Eq. energia – esc. desenvolvido num duto
1 21 2 f
P Pz z H m
g g
w wf f
4 L L JH m ou h 4
g D D kg
Lembrando que a hf = g.Hf .
Falta relacionar Hf ou hf com a tensão na parede.
Alguém pode sugerir um método para encontrar modelo para w?
Comparando os termos de q. movimento e energia chega-se a :
Balanço da equação da energia :
w1 2
1 2
4P P Lz z m
g g g D
Do balanço de quantidade mov.:
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Exemplo 3 - Um tubo horizontal de 6 pol (152,4 mm) transporta um fluido em regime turbulento e desenvolvido. A diferença de pressão estática medida entre duas seções espaçadas de 25 pés ( 7,620 m) é de 3 psi ( 20684 Pa). Calcule a tensão cisalhante que atua sobre as paredes.
Lw 2
P D 20684 0,1524 N103,15
4 L 4 7,62 m
Comentário: o resultado do exercício mostra uma das maneiras de
medir a tensão na parede de um escoamento desenvolvido.
w1 2
1 2
4P P Lz z m
g g g D
Do balanço de q. movimento num escoamento desenvolvido num tubo:
Se o tubo é horizontal, z1 = z2, logo:
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Tensão na parede para o escoamento
hidrodinamicamente desenvolvido em tubos
A tensão de cisalhamento na parede depende de quatro variáveis (análise dimensional):
w = f ( , ,V, D, )
i. V é a velocidade média do escoamento;
ii. ‘’ é a rugosidade da superfície do tubo e possui dimensão de
comprimento;
iii. , e D já são nossas conhecidas.
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Coeficientes de atrito
(adimensionais) da tensão na parede
wf 2
DC f ,
D2
V
V
Análise dimensional
(teorema s)
• Fator de atrito de Fanning, Cf :
• Fator de atrito de Darcy, f:
• Relação entre Cf e f:
wf 2
2C
V
ff 4C
w
2
8f
V
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Hf em termos do fator de atrito
2 2
f w 2 5
2 2
f w f f 2 5
4L 1 L QH f 8 f m
D g 2 D g D g
4L L QH 2 C 32 C m
D g D g D g
V
V
hf em termos do fator de atrito
Use a relação : hf = g.Hf (J/kg)
21w f 2L
w L L21w 8
CP D; reconhecendo que: e P gH
4 L f
V
V
Do exercício 3 vimos que a tensão e a queda de pressão devido a w é
Explicitando para HL chega-se em função f ou Cf e também V ou Q:
18f (Darcy) resulta w ~ V2 e HL ~ ½ V2
Cf (Fanning) resulta w ~ ½V2 e HL ~ 2 V2Sendo f = 4Cf :
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Como Determinar hf ? Diagrama de Moody e o fator de Atrito fExemplo: ReD = 2x105 e /D = 0,0002
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Como determinar hf - rugosidade parede tubulações
baseada em grãos de areia.
mm relativa
diâmetro tubo mm
rugosidaderugosidade
d
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Equação de Colebrook-White
O diagrama de Moody é uma representação gráfica da equação de
Colebrook-White
Note: f = 64/Re para escoamento laminar em tubos
Relação explícita dada por S.E. Haaland
1 2.512log
3.7Df Re f
Esc. Turbulento
(Implicito em f )
1.111 6.9 / D
1.8 logRe 3.7f
Precisa em 2% com
relação à Colebrook
Há várias outras formas para aproximar da solução de C-W, acesse o link
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A transição não ocorre num Re exato mas numa faixa,
Transição Laminar-Turbulento: não há um valor de Re exato. Os valores alternam entre laminar e turbulento numa faixa
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Quando Re ultrapassa 2000 no tubo as instabilidades surgem como ‘manchas’ turbulentas e eventualmente desaparecem.
A media que Re aumenta a densidade de manchas turbulentas aumenta até que o escoamento transiciona completamente para regime turbulento.
No processo de transição não há como prever a % de área na parede do tubo que possui regime laminar e turbulento!
Transição Laminar x Turbulento
Não se deve projetar operação em
tubulações na faixa 2000 < Re < 4000.
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Tra
nsiç
ão
La
min
ar
x T
urb
ule
nto
A primeira vista é difícil
aceitar que não há um
número limite onde a
transição ocorre entre
2000<Re<4000 (em tubos
somente).
Talvez seja mais fácil
aceitar este conceito
‘nebuloso’ (fuzzy)
tentando definir uma linha
de transição nas imagens
a seguir.
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Fatores de atrito e o diagrama de Moody
12log
3.7
D
f
regime turbulento &
‘hidraulicamente rugoso’,
14
0,316
Ref
•Relação de Blasius, válida
para tubos lisos & Re < 105
•Laminar, Re < 2000
64
Ref
• regime turbulento &
‘hidraulicamente liso’,
1 2.512 log
Ref f
Fu
ja!
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Regime laminar, f = 64/Re não depende rugosidade da superf.
Regime turbulento, f depende da rugosidade da superfície.
Regime Laminar x Turbulento
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Efeito da rugosidade, regime permanente (1)
A rugosidade necessariamente afeta o fator de atrito. Suainfluência depende da grandeza relativa entre os termos que definem arugosidade (R) e o tubo ‘liso’ (L).
A razão R/L pode ser estimada de Haaland dividindo a parcelarelacionada com rugosidade pela parcela associada a Re:
1.11 1.11
3.7 Re
6.9 Re 29
D DR
L
111
73
D9681
f
1.
.
/
Re
.log.
Veja nota sobre rugosidade no Apêndice II.
R L 1 hidraulicamente rugoso, f constante;
R L 1 hidraulicamente liso, f variavel;
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Efeito da Rugosidade (2) 1.11
0.03ReR L D
R/L >> 1 regime ‘hidraulicamente rugoso’, ocorre qdo Re e aumentam;
R/L << 1 regime ‘hidraulicamente liso’, apesar da superfície ter
rugosidade seus efeitos são desprezíveis.
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Fluxograma cálculo de HL
Perda Carga Distribuída
f - diagrama Moody
Laminar & Turbulento
Perda Carga Localizada
Seção 8.7
L
1 2
w
w
p1 - p2 = g HL
1
211
LH2zzg2
V
g
p2
g
p
mfL HHH
g2
VKH
2A
m
2
wd
2
f
V
8
d
,Reff
eg2
V
d
LfH
22
g2
V gw
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Exercícios recomendados (use excel para solução)
(1) Para uma dada vazão volumétrica e sistema de bombeamento, a perda de carga será maior para água
quente ou água fria? Explique.
(2) Um trecho de diâmetro constante de óleo duto do Alasca, na entrada do trecho a pressão é 8,5 MPa e
a elevação é 45 m; na saída, a elevação é de 115 m. A perda de carga nessa seção da tubulação é 6,9
kJ/kg. Calcule a pressão na saída. Resposta: 1,68 Mpa.
(3) Vimos que em vez da equação implícita de Colebrook para calcular o fator de atrito turbulento f, uma
expressão explícita que fornece exatidão razoável é a de Haaland. Compare a exatidão da equação de
Haaland para em relação a de Colebrook. Expresse a diferença em termos percentuais em relação a de
Colebrook como uma função de Re e e/D, para Re = 104 até 108, e e/D = 0, 0,0001, 0,001, 0,01, e 0,05.
Qual é a discrepância máxima para estes valores de Re e e/D? Trace um gráfico de f em função de Re
com e/D como um parâmetro.
(4) Two tanks of water at 20°C are connected by a capillary tube 4 mm in diameter and 3,5 m long. The
surface of tank(1) is 30 cm higher than the surface of tank(2). Consider the pipe flow in laminar regime.
(a) Estimate the flow rate in m3/h. (b) For what tube diameter will Red be 500?
(5) The following data were obtained for flow of 20°C water at 20 m3/h through a badly corroded 5-cm-
diameter pipe that slopes downward at an angle of 8°: p1 = 420 kPa, z1=12 m, p2 =250 kPa, z2 =3 m.
Estimate (a) the roughness ratio of the pipe and (b) the percentage change in head loss if the pipe were
smooth and the flow rate the same. Hint: try the fully rough regime on the Moody diagram.
(6) Ar nas condições ´standard´ escoa com uma vazão de 0,198 m3/s num duto de ferro galvanizado
horizontal com um diâmetro de 0,152 m. Se o tubo possui 60,7 m de comprimento, estime a perda de
pressão. Pesquise na web o que é ‘standard conditions’.
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FIM
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Apêndice I – Eq. energia para tubulações e o coeficiente en. cinética
• Pressão : deve-se escolher uma entrada e
uma saída onde a pressão seja uniforme;
• Cota z: uniforme nas portas;
• E.K.: valor médio depende do perfil de
velocidades!
P PVdA m
2 2V V
VdA m2 2
2 2
eixo
saída ent
V VP Pgz gz q w
2 2
gz VdA gz m
2 2
eixo
saída entrada
V VP Pgz VdA gz VdA Q W
2 2
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Perfil de Velocidade num Tubo
A velocidade não está distribuída uniformemente
ao longo do tubo mas apresenta um perfil.
Isto quer dizer que o quadrado da média da
média do quadrado:
A relação entre o perfil e a velocidade média:
Turbulento
1R 2n
max max0
La min ar
2 R
max max0
u r r 1 V 2n1 V u r 2 rdr ; 6 n 10, f Re
U R A U n 1 2n 1
u r r 1 V 11 V u r 2 rdr
U R A U 2
2 21
V u dAA
r/R
u/Umax
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Coeficiente de Energia Cinética,
O fluxo de Energia Cinética:
3
3
2 3
A A
2 3
A
u rdA u r dA
u r 2VK u r dA A
V2 2 AVVA
2
7 8 9 10
1.04
1.05
1.06
1.07
n
3 2
max
3
max
U 2n (se turbulento)
V 2n 3 n 3
ou
U 1 2 (se laminar)
V 4
Demonstração do perfi laminar no curso II
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Importância do Coeficiente
Para escoamentos em regime turbulento em dutos
frequentemente assume-se que é igual a 1 não é
importante!
Para regime laminar entretanto é necessário o uso da
correção de E.K. pois é igual a 2 é importante!
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Apêndice II - Nota Sobre Rugosidade, (1)
• Nikuradse (1933) (acesse artigo link) fez um estudo sistemático sobre o efeito da rugosidade em tubulações.
• Ele colou grãos de areia de diâmetros conhecidos para criar diferentes rugosidades.
• O diagrama de Moody e a fórmula de Colebrook-White baseiam-se na rugosidade de grãos de areia.
Mesma altura ‘rugosidade’ porém com
formas distintas levam a diferentes efeitos no
atrito.
grãos areia
exemplos de
possíveis
acabamentos
superficiais
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Nota Sobre Rugosidade, (2)
Consequência: para ser exato (Moody e
Colebrook) é necessário transformar a
rugosidade da superfície numa ‘rugosidade de
areia equivalente’.
• Isto até hoje não foi realizado de forma sistemática. Estima-se
desvios de até 15% na previsão de P devido a esta incerteza.
• Fabricantes de tubos deveriam fornecer equivalente a rugosidade
de areia.
• Como determinar : mede P num de tubo e encontra, no
diagrama de Moody, a rugosidade que resulta no P medido.
grãos areia
exemplos de
possíveis
acabamentos
superficiais