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  • MECANISMOS DE CONTROLE TRMICO

  • ESTRESSE DE FRIO ESTRESSE DE CALOR

    Temperatura ambiente

    Grfico 1: Variaes da temperatura corporal de um animal homeotrmico em

    funo da temperatura ambiente.

    Hipotermia Homeotermia Hipertermia ou Homeostasia Temperatura corporal Termognese TI Zona de Termoneutralidade

    HOMEOTERMIA (HOMEOSTASIA)

    ZONA DE SOBREVIVNCIA

    TCIn TCSTI TS

    Termoneutralidade Zona de Conforto Trmico

  • Localizao da glndula pineal

    Pinealcitos da glndula pineal: Secreo de MELATONINA

  • Termossensores (para calor e frio)- da pele- temperatura central (so 20 vezes mais sensveis)

    Os sensores de pele detectam as variaes ambientais antes que a temperatura central

    seja ameaada

    Centro hipotalmico- neurnio termossensveis ao calor e ao frio

    TermogneseTermoconservao

    Termlise

    Potencial de ao

    Sangue e tecidosTermossensores

    REGULAO DA TEMPERATURA CORPORAL

    Distrbio trmico

  • MECANISMOS VASOMOTORES E CIRCULATRIOS

    Uma das respostas ao estresse trmico nos animais homeotrmicos a alterao na circulao sangunea local e geral

    Anastomoses

    Contracorrente

    A energia trmica removida dos tecidos e transportada pelo sangue rapidamente para a superfcie

    A vasodilatao e vasoconstriocutnea so reguladas pelo sistema nervoso autnomo, envolvendo a liberao de ADRENALINA

  • MECANISMOS VASOMOTORES E CIRCULATRIOS

    1. Anastomose arteriovenosa

    - Participam do fluxo sanguneo em certas regies do corpo

    - So comunicaes diretas entre as arterolas e vnulas

    - O dimetro da luz dos vasos das anastomoses varia para regular

    - Presso sangunea - O fluxo sanguneo- Temperatura- Conservao de calor de

    determinadas reas do corpo

  • MECANISMOS VASOMOTORES E CIRCULATRIOS

  • MECANISMOS VASOMOTORES E CIRCULATRIOS

    A anastomose se abrem e as arterolas do veio vascular da pele se fecham diminuindo o

    fluxo sanguneo capilar

    Diminuio do fluxo sanguneo total na periferia

    Reteno de calor corporal

  • MECANISMOS VASOMOTORES E CIRCULATRIOS

    A anastomose fecham e as arterolas do veio vascular da

    pele se abrem (DILATAM) aumentando o fluxo sanguneo

    capilar

    Aumento do fluxo sanguneo total na periferia

    Perda de calor corporal

    A vasodilatao perifrica resulta na queda da presso que compensada pelo aumento no batimento cardaco

  • Regulao da conduo trmica atravs da epiderme, pelos mecanismos de

    vasodilatao e vasoconstrio

    Anastomoses arteriovenosas

    A: Calor, ocorre dilatao dos vasos superficiais, ao mesmo tempo que se fecham as anastomose s arteriovenosas. Maior circulao de sangue junto superfcie, maior troca de energia trmica

    B: Abrem-se as anastomoses e ocorre vasoconstrioperifrica, diminuindo o fluxo sanguneo para a superfcie e reduzindo a transferncia de calor atravs da epiderme

    AB

  • MECANISMOS VASOMOTORES E CIRCULATRIOS

    2. Contracorrente

    - Se baseia na proximidade de uma artria com uma veia de capacidade equivalente

    - O sangue traz o calor do interior do corpo pela artria

    - Como a artria permanece junto a uma veia, que transporta o sangue mais frio procedente da superfcie corporal, o calor transfere-se por CONDUO, da artria para a veia

  • MECANISMOS DE RESFRIAMENTO CEREBRAL

    1. REDE CAROTDEA (ovinos)

    - A artria cartida forma uma rede mergulhada em um seio de sangue venoso mais frio, proveniente do nariz (sistema respiratrio), que resfria o sangue arterial que se dirige ao crebro e proporciona uma temperatura mais adequada para o mesmo

    O sangue venoso procedente da cavidade nasal frio e passa pela

    rede carotdea, resfriando o sangue proveniente da artria cartida

  • MECANISMOS DE RESFRIAMENTO CEREBRAL

    2. BOLSA GUTURAL (eqinos e homem)

    - A bolsa gutural possui ar, que mais frio que o sangue arterial que percorre a CARTIDA INTERNA

    - O calor transferido do sangue que estsendo levado para o crebro para a bolsa gutural, protegendo o crebro de hipertermia

  • MECANISMOS EVAPORATIVOS

    - o mais efetivo em ambiente tropical

    - No dependem do diferencial de temperatura entre o organismo e a atmosfera

    - Umidade relativa baixa- Evaporao rpida- Irritao cutnea- desidratao

    - Umidade relativa alta- Evaporao lenta a nula- Aumento do estresse calor

    - Capa de cobertura (velo, pelo e penas)- Dificulta as trocas de calor por

    evaporao

  • MECANISMOS EVAPORATIVOS

    Evaporao da umidade cutnea proporcionada pelo

    suor

    Superfcie Lisa

    Superfcie

    Plos, penas e l: fixa uma camada de ar aprisionado entre as malhas e fios com alta UR, dificultando a troca de calor por

    evaporao

  • MECANISMOS EVAPORATIVOS

    - Mxima perda ocorre- Temperatura superficial elevada- Espessura de cobertura mnima

    - Quanto maior a presso de vapor da atmosfera tanto mais elevada deve ser a temperatura da superfcie em relao do ar

    ESPCIE ABAIXO DA TCI ACIMA DA TCS

    Homem (esforo fsico) 6 816

    Suno 7 19

    Ovinos 8 35

    Bovinos 9 98

    Galinha 4 12

    Taxas de termlise por evaporao na superfcie cutnea (W/m2)

    Fonte: Ingram, 1974

  • MECANISMOS EVAPORATIVOS

    1. Mamferos

    a) Ovinos- Velo dificulta a evaporao

    da umidade cutnea

    - L higroscpica (absorve gua)

    - Evaporao respiratria mais eficiente

  • MECANISMOS EVAPORATIVOS

    1. Mamferos

    b) Bovinos- Em estresse calrico:

    -30% de perda por evaporao respiratria

    - 70% por evaporao cutnea

    - Quanto mais espesso e denso for o pelame, maior dificuldade de eliminar calor latente via evaporao cutnea

  • MECANISMOS EVAPORATIVOS

    2. Aves

    - Penas e penugem dificulta a evaporao cutnea

    - Epiderme desprovida de glndulas sudorparas

    - Evaporao respiratria importante

  • Adaptao e caractersticas cutneas

  • Adaptao e caractersticas cutneas

    Tipos de ambiente

    Desertos e locais secos: proteo contra a perda de gua e a intensa radiao solar

    Regies frias: barreiras contra a perda de calor corporal

    Regies quentes: superfcie cutnea capaz de eliminar calor e proteger da entrada de calor externo

    Regies instveis: conjunto de estruturas regulveis e dinmicas

  • Superfcie cutnea

    Mais extensa linha de contato entre o organismo e o ambiente

    Constituio Epiderme e seus Anexos

    Plos L Glndulas sudorparas Glndulas sebceas Penas e penugem nas aves

  • Pele (Epiderme, Derme e Hipoderme)

    Funo

    Protege o organismo contra a perda de gua e contra atrito

    Atravs der suas terminaes nervosas sensitivas, recebe informaes sobre o ambiente e as envia para o SNC

    Por meio de seus vasos sanguneos, glndulas e tecido adiposo, colabora na termorregulao do corpo

    A pigmentao tm funo protetora contra os raios ultravioleta

  • Epiderme

    Constituio

    Queratincitos: Clulas que absorvem e armazenam a melanina

    Melancitos: produzem a melanina

    Clulas de Langerhans: participam do sistema imune

    Clulas de Merkel: So mecano-receptores (sensibilidade ttil). Na base das clulas se inserem fibras nervosas aferentes (conduzem o impulso nervoso)

  • Pele

    Derme Onde se localizam:

    os vasos sanguneos

    Nervos

    Folculo piloso

    Glndulas sebceas

    Glndulas sudorparas

    Hipoderme Aparecem as clulas adiposas e

    fibras musculares estriadas

  • Melanina

    A cor da pele resulta: Contedo de melanina (e no devido a

    quantidade de melancitos) Caroteno Quantidade de capilares

    Melanina Pigmento de cor marrom escura Promove proteo contra a radiao

    ultravioleta Produzido pelos melancitos Os melancitos esto presentes

    tambm em res despigmentadas

  • Esquema da melanognese a partir da tirosina

    DIETA PROTENAS

    FENILALANINA TIROSINA

    3,4 DIHIDROXIFENILALANINA

    DOPA- QUINONA

    DOPA-CROMO

    5,6 DIHIDROXIL-INDOL

    INDOL 5,6 -QUINONA

    MELANINA

    fgado

    TirosinaseFenilalanina hidroxilase

    Tirosinase

    Epiderme

    A tirosinase ativada pela radiao ultravioleta

  • Desenho de melancito ilustrando o processo de melanognese

    A tirosinase sintetizada no retculo sarcoplasmtico rugoso

    acumulada em vesculas no Aparelho de Golgi

    Melanossomos I: so as vesculas livres no plasma e cheias de tirosinase

    Melamossomos II e III: Vesculas com tirosinase e Melanina

    Grnulos de melanina: desaparecimento da tirosinase

  • Desenho de um melancito

    Seus prolongamentos citoplasmticos se insinuam entre as clulas da camada basal da epiderme

    Esses prolongamentos esto cheios de grnulos de melanina

    Os grnulos de melanina so tranferidos para o citoplasma dos queratincitos

  • Alguns problemas associados melanina

    Albinismo: condio patolgica na qual o gene que controla a AO OU SNTESE DA TIROSINASE substitudo por um alelo recessivo que bloqueia a tirosinase. Possuem melancitos normais porm no sintetizam a melanina

    Vitiligo: mancha ou rea limitada de despigmentao, no qual NO HATIVIDADE DA TIROSINASE. Origem gentica.

  • Alguns problemas associados melanina

    Fenilcetonria: Ausncia da enzima FENILALANINA HIDROXILASE. No converte a fenilalanina em tirosina, e esta se acumula no sangue e excretada na urina (fenilcetonria) e tambm se transforma em cido fenilpirvico, que txico e provoca leso cerebral. Causado por gene recessivo.

  • Alguns problemas associados melanina

    Melanoma maligno ou melanocarcinoma: proliferao cancerosa do melancito. Mais comum nas raas brancas

    Carcinoma escamoso da vulva: uma neoplasia que ocorre em vacas e ovelhas que possuem pouca pigmentao na regio vulvar e que vivem em locais de grande incidncia de radiao solar.

  • Alguns problemas associados melanina

    Carcinoma nas clulas escamossa ocular: o fator predisponente a ausncia de pigmentao cutnea na regio periocular. Ocorre mais em indivduos das raas Simentais e Hereford, em regies de altitude.

    Carcinoma escamoso de pele: neoplasia em animais com epiderme despigmentada, especialmente ces, gatos e cavalos. Aparece em patas, dedos, tronco, escroto e lbios de ces e na boca de bovinos e cavalos, nas orelhas de ovelhas.

  • Folculo Piloso

    Constitui uma barreira passagem da energia trmica, devido ao isolamento proporcionado pela estrutura fsica de suas fibras e as camadas de ar aprisionadas entre elas.

    Formado na fase fetal (os animais nascem com o nmero pr-definido (porm diminui por unidade de rea com a idade pela expanso da epiderme).

    GRUPO RACIAL IDADE PESO

    CORPORAL kg

    FOLCULOS

    cm2

    Europeu Feto 3,7 23.300

    Recm nascido 31,3 5.186

    2 a 10 meses 133,4 2.061

    12 a 22 meses 218,6 1.413

    6 anos 406,0 887

    Zebu Recm nascido 35,8 5.652

    2 a 10 meses 134,7 2.446

    12 a 22 meses 271,7 1.530

    Nmeros mdios de folculos pilosos por unidade de rea de superfcie cutnea em bovinos de diferentes idades

    Adaptado de Turner et al., 1962

  • Plos Os plos so estruturas delgadas e

    queratinizadas, que se desenvolvem a partir de uma invaginao de epiderme (folculo piloso)

    A cor do plo determinada pela melanina

    So estruturas que crescem descontinuamente

    Raas Comprimento

    plo

    mm

    Reflexo

    de calor

    Kcal/m2/h

    Temperatura

    da superfcie

    da pele

    0C

    Aumento da

    temperatura

    retal

    Brahma

    (pelagem

    branca e lisa)

    8 240 42 0,2

    Angus

    (pelagem preta

    e lisa)

    10 60 51 1,1

    Shorthorn

    (vermelha,

    pequena e

    crespa)

    22 130 51 1,5

    Shorthorn

    (rosilho,

    grande,

    pelagem

    spera e

    grosseira

    40 120 53 1,6

    Influencia das caractersticas do pelame na temperatura corporal de bovinos

  • A: Folculo secundrio de ovinos, se desenvolvem ao redor do primrio mais tardiamente e do crescimento a l

    B: Folculo primrio, nico em bovinos e presente nos ovinos, originam plos

    A B

    Msculo eretor do plo

  • Dilatao terminal do plo em fase de crescimento

    As clulas que recobrem a papila drmica formam a raiz do

    plo

    Medula do plo: clulas fracamente

    queratinizadas

    Crtex do plo: clulas mais

    queratinizadas e compactadas

    Cutcula do plo: clulasda periferia altamente queratinizadas.

    Envolvem o crtex como escamas

    Bainhas interna e externa: clulas

    epiteliais mais externa

    Membrana vtrea:

    membrana basal bem

    desenvolvida

  • Crescimento dos plos

    Ocorre em ciclos: crescimento (diviso intensa das clulas do bulbo e aumento do aporte sanguneo) e quiescncia

    Vacas de origem europia apresentam pelame espesso e lanoso durante o inverno e curto, grossos e medulares durante o vero

    Em bovinos ocorrem duas mudas: uma na primavera e outra no outono

    Influncia da temperatura e do fotoperodo

  • Modelo geomtrico dos plos

    Comprimento do plo: a distncia entre seu extremo superior e o ponto de insero na epiderme

    Espessura da capa: a distncia perpendicular entre a epiderme e a superfcie da capa de plos

    Densidade numrica: o nmero de plos por unidade de rea

  • Transferncia de energia trmica atravs da capa

    Depende: Nmero de fibras por unidade de rea ngulo das fibras em relao epiderme Dimetro das fibras Comprimento das fibras

    Quanto maior for o nmero de fibras por unidade de rea e mais grossas: maior ser a quantidade de energia trmica conduzida atravs da capa

    Fibras mais finas, compridas e menos numerosas, formam uma trama fechada, resultando em passagem mais limitada do calor

  • Adaptao e caractersticas cutneas

    Boa adaptao ao clima tropical

    - Plo de cor clara

    - Plos curtos e grossos

    - Epiderme bem pigmentada

    Favorece a conveco e evaporao cutnea

    Maior refrao

    Proteo contra a radiao ultravioleta

  • Glndulas sudorparas

    Tipos: Apcrinas: eliminam

    parte de seu citoplasma como componente da secreo e esto associadas a um folculo piloso (comum em ruminantes e equinos)

    crinas: glndulas no associadas ao folculo piloso, abrindo-se diretamente na superfcie cutnea

    Auxiliam na perda de calor por evaporao cutnea

    Nos animais domsticos encontra-se glndulas sudorparas em equinos, asininos, bovinos, caprinos, ovinos, sunos, ces e gatos.

  • Tipos de glndulas sudorparas

    Bovinos europeus: glndulas de estrutura de menor dimetro e com aparncia enovelada

  • Regio com maior nmero de glndulas sudorparas: brao, peito e axilas

    Composio do suor: 94,4% de gua, 5,0% de sais (NaCl e KCl) e 0,6% de protena (albumina)

  • Secreo: quando o lmen das clulas de uma glndula apcrina est repleto de secrees, as miofibrilas se contraem, causando a expulso do contedo

    O mecanismo de ativao das glndulas ocorre mediante mediao da adrenalina

  • Penas

  • Anatomia ExternaMacho Adulto

  • Anatomia ExternaFmea Adulta

  • Caractersticas da Pele das Aves

    TEGUMENTO EXTERNO:A pele das aves delgada e elstica na maior parte do corpo. A superfcie seca e escamosa, que resulta da descamao das clulas epiteliais, pouco vascularizada, h ausncia das glndulas sudorparas ou sebceas. A nica exceo no uropgeo, que estsituado na ltima vrtebra, sendo esta secreo usada para limpar as plumas.

  • Caractersticas da Pele das Aves

    Fina e sem glndulas de secreo (sudorparas)

    Exceo a glndula uropgeaLocalizada sobre a ltima vrtebra caudal,

    com secreo de saturao tpica para

    impermeabilizao das penas

    Gordura sub-cutnea o segundo depsito de gordura das aves.

  • Caractersticas das PenasPtilose: camada de penas

    As penas so estruturas epidrmicas encaixadas em folculos na pele e seu movimento feito por um msculo liso (eretor plumorium) .As penas e a pele, so

    encarregadas da transferncia do calor ao meio ambiente.As perdas de calor por radiao

    dependem do tamanho da ave e da cor da pena.

  • Caractersticas das Penas

    Estruturas proticas de alta resistncia-Vo-Proteo

    Crescimento em reas especficas

    Formato varivel, mas mesma estrutura.

  • Estrutura das Penas das Aves

  • Estrutura das Penas das Aves

  • Estrutura das Penas das Aves