clima RMBH 06 10 2010

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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS FACULDADE UNIPAC DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS DE BETIM CLÉBER LÚCIO DA SILVA MARA ALCINA DA COSTA MARIA JULIANE FURTADO NICOLE FERNANDES DE MAGALHÃES RAFAEL PEREIRA SANTOS CLIMA NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOSFACULDADE UNIPAC DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS DE BETIM

CLÉBER LÚCIO DA SILVAMARA ALCINA DA COSTAMARIA JULIANE FURTADO

NICOLE FERNANDES DE MAGALHÃESRAFAEL PEREIRA SANTOS

CLIMA NA REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTE

BETIM

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CLÉBER LÚCIO DA SILVAMARA ALCINA DA COSTAMARIA JULIANE FURTADO

NICOLE FERNANDES DE MAGALHÃESRAFAEL PEREIRA SANTOS

CLIMA NA REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTE

BETIM

Trabalho apresentado ao curso Tecnologia em Gestão Ambiental da Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC, na disciplina Climatologia orientado pelo professor Luiz Carlos

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SUMÁRIO

CLIMA NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

Introdução------------------------------------------------------------------------------------------- 04

Histórico --------------------------------------------------------------------------------------------- 05

Definição-------------------------------------------------------------------------------------------- 03

Lista de Hot spots -------------------------------------------------------------------------------- 08

Hot spots no Brasil ------------------------------------------------------------------------------- 10

Conclusão ------------------------------------------------------------------------------------------ 14

Bibliografia ----------------------------------------------------------------------------------------- 15

Internet ---------------------------------------------------------------------------------------------- 15

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1- INTRODUÇÃO

As variações no clima de um local para outro, são determinadas por uma série de

combinações ambientais tanto bióticas quanto abióticas, produzem uma variedade

de tipos climáticos. Para caracterização climática de uma região, é necessário o

conhecimento do comportamento de grandezas físicas denominadas elementos

climáticos como: temperatura, umidade relativa do ar, velocidade e direção do

vento, insolação, precipitação entre outros, que se dá através de levantamentos

de dados em um período de tempo. Aliado a estes elementos, outros intervêm

neste complexo campo, sendo estes os fatores climáticos como altitude,

vegetação, massa de ar, continentalidade etc.

O clima urbano é um sistema que abrange o clima de um dado espaço terrestre e

sua urbanização. O enfoque atual do clima urbano concentra-se na contaminação

da atmosfera e nas alterações sobre a qualidade do ar, o conforto térmico e as

inundações urbanas.

A atividade humana, o grande número de veículos, indústrias, prédios, o asfalto

nas ruas e a diminuição das áreas verdes podem criar mudanças muito profundas

na atmosfera local, modificando a temperatura e as chuvas de determinada região,

contribuindo, num circulo vicioso, para o acirramento de vários problemas como as

enchentes, altas temperaturas, baixas umidade relativas do ar.

A concentração de poluentes cria condições para alterar o comportamento da

troposfera em ambientes urbanos, modifica ainda as condições da superfície

natural, alterando as condições térmicas, fluxos de umidade do ar, sistema de

circulação do vento entre outros.

Os elementos mais afetados são a umidade e a temperatura do ar, o que acarreta

no surgimento de “ilhas de calor” e inundações em regiões de clima tropical. Não

somente estes fatores são formadores do clima urbano, mas a intensidade do

adensamento urbano, e a localização da cidade influenciam na sua formação.

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A cidade tem formas complexas como prédios e ruas que alteram tanto a

quantidade de calor absorvido quanto a direção e a velocidade dos ventos.

Materiais impermeáveis como asfalto e concreto fazem a água da chuva evaporar

do solo rapidamente reduzindo o resfriamento. As partículas lançadas pelos carros

e indústrias propiciam o aumento da quantidade de nuvens e consequentemente

de chuvas. Tais fatores ocorrem em diferentes regiões e dependendo de sua área

de atuação provocam mais ou menos danos ao meio ambiente e ao homem.

Neste trabalho é apresentado os fatores naturais preponderantes para clima da

Região Metropolitana de Belo Horizonte, e os fatores urbanos e suas implicações

neste clima.

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2 – OBJETIVOS

Analisar, a partir dos dados disponíveis na literatura e órgãos administrativos, o

clima da Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH e seu comportamento

em função das zonas conurbadas.

2.1 Objetivos Específicos

Caracterizar a RMBH

Caracterizar os principais fatores climáticos

Analisar os principais fatores de alteração climática

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3 – JUSTIFICATIVA

A elaboração do presente trabalho leva o aluno a buscar conhecimentos sobre os

vários aspectos que compõe o clima de uma região, dilatando sua capacidade de

interpretar a interação de fatores como temperatura, morfologia, precipitações,

ventos e umidade relativa do ar.

Neste caso específico, a análise de uma região com grau avançado de

urbanização possibilita ainda a percepção dos impactos antrópicos das grandes

áreas conurbadas sobre o clima, suas implicações para o meio ambiente e para a

qualidade de vida dessas populações.

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4 – METODOLOGIA

O conteúdo visto da disciplina ainda é superficial não possibilitando a pretensão

de uma metodologia mais complexa que possibilitem resultados precisos e

confiáveis. Somente a partir...

4.1 - Caracterização da RMBH

Extensão territorial: 9.460 km2 (1,6% da área de MG)

População em 2008: 5.044.532

habitantes (25,4% de MG)

PIB total - 2006: 34,5% do PIB

de MG

PIB per capita – 2006: R$

14.906,90

ICMS total - 2008: R$

12.342.408.424 (62,9% de MG)

ICMS e IPI/ Exportação – valor

repassado em 2009: 30,51%

Receitas total: R$

14.320.587.816 (59,1% de MG)

IDH M 2000: 0.813

IDH M 2000 - Incremento entre

1991 e 2000: 7,1%

A RMBH é a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, é ainda o 62º maior

aglomerado do mundo e o sétimo maior da América Latina. É constituída por 34

municípios. Nas últimas décadas, esses problemas se tornaram mais freqüentes,

principalmente nos grandes centros urbanos, que passaram por um intenso

processo de urbanização sem o devido planejamento de uso e ocupação do solo.

É o caso da capital mineira e dos municípios da RMBH que, durante as décadas

de 1960 e 1970, apresentaram enorme crescimento demográfico. Desde meados

Fonte: http://www.agenciarmbh.mg.gov.br

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dos anos 1970, porém, Belo Horizonte cresceu menos que os municípios de seu

entorno. Na década de 1990, enquanto a capital cresceu apenas 1,1% ao ano, a

RMBH cresceu 3,9%, sendo a terceira maior região metropolitana do país, com

4,9 milhões de habitantes (IBGE, 2006).

O crescimento demográfico da RMBH em relação a Belo Horizonte reflete as

restrições espaciais do município núcleo e a expansão urbana de tipo residencial e

industrial em diferentes extensões da periferia. O inicio da expansão da RMBH foi

a oeste, importante corredor industrial que originou o processo de conurbação de

Belo Horizonte com os municípios de Contagem e Betim.

A RMBH localiza-se na porção centro-oeste do Estado e é

composta por 34 municípios, ocupando uma área de 9.461

Km2.

Apresenta uma grande diversidade física e socioeconômica,

que reflete as dinâmicas diferenciadas na configuração do

espaço.

A região esta inserida em duas importantes bacias

hidrográficas: a Bacia do Rio das Velhas e a do Paraopeba,

afluentes do Rio São Francisco.

Pouco ao norte de Belo Horizonte, está uma das regiões

brasileiras mais importantes em termos de paisagem

cárstica carbonática e da história das ciências naturais do

país: o Carste de Lagoa Santa. As formações calcárias da

região também constituem um atrativo às mineradoras que

visam à extração de cal. Também são comuns nos calcários

“registros fósseis da vida marinha neoproterozóica, como os

estromatólitos” A extração do recurso mineral e a

conservação de sítios arqueológicos constituem, assim, dois

usos conflitantes na região cárstica.

O Quadrilátero Ferrífero, constituído de importantes

depósitos de minério de ferro itabirítico e hematítico de alto

teor, está localizado no alto curso da Bacia do Rio das

Velhas, tendo como limite norte a Serra do Curral, nos

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municípios de Belo Horizonte e Santa Luzia. Esta formação

compreende uma das unidades geológicas mais antigas e

de evolução mais complexa de toda a bacia.

A região metropolitana de Belo Horizonte está inserida no

ecossistema de Mata Atlântica, que é uma das florestas

tropicais mais ameaçadas do mundo.

(COLOCAR REFERENCIA – Site Agencia Metropolitana RMBH

conferir normas)

4.2 Clima

A região metropolitana de Belo Horizonte, por sua localização geográfica possui

duas estações bem definidas que podem ser identificadas como seca (observada

no outono e no inverno) e chuvosa (observada na primavera e no verão). No

inverno, predomina a atuação da Frente Polar Atlântica (FPA) e do Anticiclone

Subtropical do Atlântico Sul (ASAS). No verão, esta região sofre forte influência de

sistemas convectivos associados ao aquecimento continental. Esta situação

favorece a ocorrência de tempestades severas, que ocorrem geralmente à tarde e

à noite. Além destes sistemas, predomina, também, a ação da Zona de

Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)

4.3 – Efeitos Climáticos Locais

As condições climáticas de uma região são determinadas por uma série de fatores

que atuando de forma combinada, irão dotá-la de características peculiares.

A região apresenta clima diverso em razão da sua posição latitudinal, topográfica

acidentada e a influencia dos sistemas de circulação difusa. Corresponde a uma

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faixa de transição entre climas quentes das baixas latitudes e os climas

mesotérmicos das latitudes médias, mas suas características mais fortes são de

clima tropical.

O Clima da Região Metropolitana de Belo Horizonte é classificado como Tropical

de Altitude (Cwa segundoClassificação climática de Köppen), em que o período de

verão registra chuvas e temperaturas elevadas, enquanto o inverno é

caracterizado por baixas temperaturas e pouca precipitação.

A temperatura é amena durante o ano, variando em média de 15°C a 28°C, sendo

a média anual de 23º.A umidade relativa do ar gira em torno de 60% a 77% nos

meses mais secos e úmidos, respectivamente, sendo que no periodo seco com

menos de 7% das chuvas anuais a umidade relativa do ar pode chegar a

patamares críticos durante a tarde chegando aos 15% , chegando a 96% nos

meses mais úmidos. A média anual de chuvas é de 1380mm, sendo mais

frequentes de Outubro a Março

O relevo ondulado, formado por mar de morros dota a região de características

peculiares, que podem interferir diretamente a dinâmica de alguns fenômenos,

como por exemplo, distribuição das chuvas, variação da temperatura, da

velocidade e direção do vento.

Os componentes de clima urbano não se restringe a temperatura, umidade relativa

do ar pluviosidade entre outros “a cidade é o lugar de mais efetiva interação entre

o homem e a natureza”MONTEIRO (2006).Ou seja, a atividade humana também

influencia o comporatmento da baixa troposfera.

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A impermeabilização do solo, poluição atmosferica devido a emissão de gases,

perda de áreas verdes entre outros muda as condiçoes da superfície natural,

alterando as condiçoes térmicas, fluxos de umidade e sistema de circulação do

vento, o que acarreta no surgimento de “ilhas de calor” e inundações.

4.3.1 - Rugosidade do tecido urbano

Compreende por rugosidade do tecido

urbano as características da massa

construída, prédios, casas, áreas

impermeabilizadas, e modificações na

morfologia natural.

Estas alterações implicam em

modificações na velocidade e direção

dos ventos, na alteração da dinâmica da radiação solar com maior absorção e

retenção de calor.

4.3.2 Impermeabilização do solo

É a cobertura do solo por concreto

ou asfalto em função da expansão

urbana, compreende a

pavimentação de ruas, telhados,

Imagem satélite Contagem, MG

Fonte: http://maps.google.com.br/maps?

Imagem satélite Praça da Liberdade - BH

Fonte: http://maps.google.com.br/maps?

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lajes, concretagem de quintais, impedindo que a água penetre de forma natural no

solo.

Leis de uso e ocupação do solo prevêem taxas de impermeabilização, mas não

são levados em consideração os impactos sobre o clima.

Além da absorção e retenção de calor citados acima a impermeabilização do solo

interfere diretamente no processo de evaporação, impactando os índices

pluviométricos e de umidade relativa do ar.

4.3.3 Fator de Visão do Céu – FVC

Com a verticalização das cidades, os canyons construídos pelos prédios impedem

a visibilidade do céu, existem técnicas e cálculos que indicam uma proporção

aceitável de visibilidade do céu como referencia da impermeabilização e retenção

de calor das massas construídas.

4.3.4 - Ilhas de Calor

As pesquisas sobre a ilha de calor

urbana mostram que a morfologia e a

geometria urbana, as propriedades

térmicas dos materiais utilizados nas

construções, a proporção entre as

áreas construídas e as áreas verdes e a

poluição da atmosfera são as principais

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variáveis envolvidas na alteração do balanço energético local. Este ponto de vista

põe a geometria urbana e a inércia térmica em evidencia e como fatores

preponderantes na formação da ilha de calor urbana.

Com relação à geometria urbana que pode ser descrita pelo FVC (Fator de Visão

do Céu) ou ângulo de obstrução do horizonte em um dado ponto, demonstrou-se

que, quanto mais obstruído é um local no meio urbano, menor é a capacidade de

troca térmica por radiação, o que, conseqüentemente, favorece a formação da ilha

de calor noturna nas áreas mais adensadas. Já quanto à inércia térmica, sabe-se

que as construções armazenam parte do calor durante o dia, dissipando-o à noite.

As massas de ar quente são mais leves tendem a subir, enquanto as massas de

ar frio tendem a descer em função de seu maior peso. Este mecanismo é a fonte

dos ventos, e também a liberação da energia gerada pelo calor.

As edificações funcionam como barreiras para essas massas que perdem

velocidade, e, devido às características dos materiais usados nas construções há

um grande armazenamento de calor durante o dia.

Estes fatores aquecem uma grande massa de ar, impedindo a penetração das

massas frias, localizadas naturalmente nas camadas mais altas da atmosfera,

provocando o fenômeno que chamamos inversão térmica, fazendo com que nas

áreas conurbadas surjam as Ilhas de calor, fazendo como que nessas áreas se

registrem temperaturas mais elevadas.

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4.3.5 - Smog

É identificado por uma grande massa

de ar estagnado em conjunto com

vários gases, vapores de ar e fumaça

que acabam em nossos pulmões.

Os reagentes que produzem o tipo

mais comum de smog são

principalmente as emissões

provenientes da queima de

combustíveis fósseis, embora nas áreas rurais alguns dos ingredientes originem-

se da queima das florestas.

A imagem acima é do dia 01 de Outubro de 2010 no centro de Belo Horizonte, a

neblina persistiu por todo o dia e foi notado em várias cidades alem da capital. Em

Igarapé foi um dia de baixa visibilidade, a névoa não permitia ver mais que uma

silueta da Serra, foi um dia quente e abafado.

Smog em Belo Horizonte mo dia 01/10/2010

Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?

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5 – ANÁLISE DE RESULTADOS

Para análise climática de uma região metropolitana é necessário avaliar fatores

além dos naturais. São grandes áreas com suas características naturais alteradas,

e, conseqüentemente, os impactos extrapolam a questão da fauna, flora, solo e

água.

São extensas áreas quase que na sua totalidade impermeabilizada com materiais

com propriedades de retenção de calor, além de alterar a geometria e a morfologia

topográficas desta região.

Na foto acima se percebe uma grande área sem vegetação, e incalculável

quantidade de concreto, e pelo grau de urbanização deduz-se alto índice de

emissão de co2 pela queima de combustíveis fósseis, fatores que alteram a

velocidade e a direção dos ventos e absorvem a radiação solar armazenando

calor.

Imagem satélite Cidade Industrial, MG

Fonte: http://maps.google.com.br/maps?

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Esses elementos combinados fazem dessa região uma ilha de calor, criando um

micro clima com temperaturas significativamente acima da média regional.

Na região metropolitana de Belo

Horizonte encontramos uma

diversidade de cenários, temos

pequenas cidades com

características rurais,como

Itaguara, Rio Manso,

Esmeraldas e outras que

apesar do avançado estagio de

degradação da natureza, ainda

não atingiram o nível de

urbanização e verticalização

das áreas conurbadas como

Belo Horizonte, Contagem,

Betim, Cidade Industrial,

Sabará, Santa Luzia, Ribeirão

das Neves.

Comparando o clima dessas regiões contrastantes, percebe-se sensível diferença

de temperatura e umidade relativa do ar

e pluviosidade. Fato esse que as

classes econômicas mais abastadas,

procuram as áreas mais afastadas da

RMBH para construírem sitos e até

morarem, em busca de melhor

qualidade de vida. A região tem vários

municípios pólos de sítios e

condomínios, tais como: Nova Lima,

Brumadinho, Igarapé, Esmeraldas e

outros.

Imagem satélite Linha Verde Confins, MG

Fonte: http://maps.google.com.br/maps?

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0

21A simples remoção da vegetação de uma área do tamanho da mancha urbana

da RMBH já seria de grande impacto no regime pluviométrico e

conseqüentemente climático, a urbanização potencializa ostensivamente este

impacto.

Embora Belo Horizonte, Contagem e Cidade Industrial apresentem uma

desaceleração no seu crescimento, o mesmo não acontece nas outras cidades da

região, gerando uma perspectiva preocupante quanto ao clima regional. As ondas

de calor poderão se multiplicar e potencializar-se; a região metropolitana de São

Paulo, com suas enchentes e smogs pode ser uma projeção de um futuro não

muito longe que nos aguarda.

As chuvas persistentes e intensas nos meses de verão na (RMBH) são os efeitos

climáticos que assolam a organização social e espacial, provocando desde um

simples alagamento a grandes inundações, cujas conseqüências são milhares de

famílias desabrigadas, além de mortes e outros danos sociais. Todos os anos, os

noticiários dos jornais, desde os locais aos de circulação nacional, são enfáticos

em mostrar os estragos causados pelas chuvas.

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6 – CONCLUSÃO

O processo de evolução das cidades promoveu transformações, cujas

conseqüências repercutem não só no equilíbrio do meio ambiente, como também

na qualidade de vida das populações, devido à alta concentração de atividades e

densidade construtiva e demográfica. Este processo vem provocando

modificações substanciais na paisagem, no balanço de energia e na concentração

de poluentes acentuando a escalada nos processos de deterioração ambiental.

No Caso da RMBH especialmente na área conurbada (Belo Horizonte, Contagem,

Betim, Nova Lima e Ribeirão das Neves) a situação torna-se ainda mais grave,

face ao crescimento descontrolado e ao agrupamento dos problemas sociais, à

ocupação desordenada e à ausência de políticas urbanas eficazes para a

promoção de um ambiente urbano inclusivo e equilibrado, num cenário onde o

adensamento obedece muito mais a interesses especulativos do que aos

benefícios sociais.

O rápido crescimento populacional sempre foi acompanhado pelo desempenho

econômico das atividades comerciais e industriais assim como a intensificação do

uso e ocupação do solo.

O resultado disso é a extrapolação dos potenciais de urbanização que reflete na

degradação ambiental e alterações climáticas na área urbana, devido ao aumento

da impermeabilização do solo, redução da vegetação natural juntamente com

elevado índice construtivo, cuja solução constitui uma das maiores preocupações

da atualidade sob a perspectiva de um desenvolvimento sustentável.

Uma questão em planejamento urbano que causa grande polêmica é se as

cidades deveriam crescer mais compactas ou dispersas? Isto é, verticalizada

ou horizontalizada?

O modelo de cidade compacta é um exemplo de distribuição espacial com

maior densidade populacional o que induz a verticalização e possibilita

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percursos mais curtos. Encontra sua contraposição no modelo de cidade

esparramada, onde os deslocamentos são maiores, pois tende a crescer

mais horizontalmente.

Pensando em transportes, se no modelo de cidade compacta os percursos

são menores, a densidade de tráfego tende a ser maior e com ela os fatores

de emissões. Pioram também as condições de dispersão da poluição

atmosférica e a intensidade da ilha de calor, uma vez que as edificações

serão mais adensadas e verticalizadas, embora sejam mais apropriadas para

o uso racional de energia.

A cidade esparramada por sua vez obriga a percursos maiores, porém o

trânsito tende a ser mais livre, ocasionando menores fatores de emissões.

As condições de dispersão tendem a ser melhores. As cidades

esparramadas têm como resultado o aumento da ocupação do solo.

Pensando em áreas verdes, as cidades que possuem espaços urbanos com

vegetação arbórea e arbustiva e solo não demasiadamente

impermeabilizado, favorecem melhorias no clima da cidade e na qualidade

do ar, água e solo. O planejador urbano precisa ter em mente que a

distribuição, o tipo de vegetação entre as edificações e a relação espaços

públicos e privados também são necessários para a qualidade de vida da

população.

Quando se deseja um modelo de cidade compacta, é importante prever bem

o dimensionado, entre os espaços urbanos ocupados e livres, havendo uma

relação equilibrada dos perfis heterogêneos ou a afastamentos laterais entre

edificações e da composição da massa arbórea para o favorecimento da

circulação do ar e, que ao mesmo tempo, deve cumprir a função de lazer e

recreação a população.

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(Ni, entendo que a parte em negrito extrapola o pedido no trabalho, e entra numa

questão que não reverte o quadro que temos, alem de deixar a questão em

aberto, creio que seria mais conclusivo se colocássemos algo sobre a

necessidade das administrações públicas planejarem melhor as cidades, criando

avenidas mais largas, mais praças e parques, calçadas mais amplas onde

possibilitasse uma arborização mais exuberante, melhorassem e observassem

mais seus códigos de obras e de uso e ocupação do solo, exigindo e fiscalizando

para que se pratique uma maior taxa de permeabilidade do solo, que busquem

alternativas para uso do asfalto, tais como calçamentos poliédricos e bloquetes.

Esta é minha opinião, mas deixo em suas mãos, o que fizer eu apoio.

São 03 horas, tenho que dormir um pouco, não sei se consigo te ajudar

durante o dia, se conseguir uma brecha eu te ligo, falta somente os ajustes finais,

conferir legendas, normas, texto e sumário e bibliografia. O Luiz é muito chato com

normas, acho que o trabalho está bom, temos que tomar cuidado pra não perder

ponto em bobagens!

Não fiz a apresentação!

Penso em usar as mesmas imagens do trabalho e os títulos dos tópicos, não

gosto de colocar texto, se der monte e me mande, eu dou uma ajeitada no layout,

sou bom nisso.

Vou para cama, pois dormindo eu já estou...

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7 – BIBLIOGRAFIA

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Durante todo o ano a região encontra-se sob o domínio do

Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul, sendo,

conseqüentemente, submetida a movimentos verticais

descendentes de larga escala. Durante o ano, a região é ainda

invadida por sistemas extratropicais, que provocam chuvas no

período de primavera, verão e outono. As variações de

temperaturas não definem com nitidez a estação fria ou quente,

peculiaridade não só da Região Metropolitana, mas, de toda

Minas Gerais.

Os processos de adensamento e verticalização das áreas urbanas são capazes

de provocar impactos sobre o clima urbano, principalmente ao se considerar os

fenômenos que acontecem na camada limite ao nível das coberturas

2.1 O clima urbano

Segundo Romero (2000) o estudo do clima envolve a análise de um

conjunto de elementos e fatores. Aos elementos, atribui-se a qualidade de

definir, de fornecer os componentes do clima e aos fatores a qualidade de

condicionar, determinar e dar origem ao clima. Desta forma, a autora coloca

como elementos ou variáveis climáticas a temperatura, a umidade do ar, a

precipitação e os movimentos do ar; como fatores climáticos globais, que dão

origem ao clima, a radiação solar, a latitude, a altitude, os ventos e as massas

de ar e de água e, como fatores climáticos locais, que condicionam o clima, a

topografia, a vegetação e as características da superfície do solo. Segundo a

autora, os elementos e os fatores atuam em conjunto, sendo cada um deles o

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resultado da conjugação dos demais e, por isso, a classificação e a tipificação

do clima é uma tarefa assaz complexa e difícil.

Urbanização e Clima

Muitos pesquisadores já demonstraram que este rápido processo de

urbanização, que se expressa através do adensamento e verticalização das

áreas urbanas, é capaz de provocar impactos sobre o clima urbano,

principalmente ao se considerar os fenômenos que acontecem na camada

limite ao nível das coberturas (UCL - Urban Canopy Layer) (OKE,1976). As

pesquisas sobre a ilha de calor urbana mostram que a geometria urbana, as

propriedades térmicas dos materiais utilizados nas construções, as porções e

localização de áreas verdes, a poluição do ar e o calor desprendido no

processo de combustão, são as principais variáveis envolvidas na alteração do

balanço energético local (OKE, 1986) e, consequentemente, responsáveis pela

mudança climática local. As alterações no clima urbano podem trazer como

conseqüência a elevação da temperatura e a diminuição da umidade, o que

pode acarretar um aumento significativo no consumo de energia e uma série

de problemas de saúde para a população, que vão muito além do desconforto

térmico.

Definições de clima

Segundo Romero (2000) o estudo do clima envolve a análise de um

conjunto de elementos e fatores. Aos elementos, atribui-se a qualidade de

definir, de fornecer os componentes do clima e aos fatores a qualidade de

condicionar, determinar e dar origem ao clima. Desta forma, a autora coloca

como elementos ou variáveis climáticas a temperatura, a umidade do ar, a

precipitação e os movimentos do ar; como fatores climáticos globais, que dão

origem ao clima, a radiação solar, a latitude, a altitude, os ventos e as massas

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de ar e de água e, como fatores climáticos locais, que condicionam o clima, a

topografia, a vegetação e as características da superfície do solo. Segundo a

autora, os elementos e os fatores atuam em conjunto, sendo cada um deles o

resultado da conjugação dos demais e, por isso, a classificação e a tipificação

do clima é uma tarefa assaz complexa e difícil.

32

Por sua vez, Monteiro (1976) trabalha com a definição de Sorre, que

aponta a idéia do caráter dinâmico e variado do clima; dentro desse conceito, o

clima é característico de uma região e depende dos aspectos geomorfológicos.

O clima urbano é um sistema que abrange o clima de um dado

espaço terrestre e sua urbanização. A ação ecológica natural, associada aos

fenômenos urbanos, constitui o conjunto complexo de inter-relações que

produzem o clima urbano (LOMBARDO, 1985). O clima urbano é a

conseqüência da profunda alteração das propriedades meteorológicas do ar

imediatamente acima das cidades (CHANDLER, 1976). Essas alterações

relacionam-se com as características térmicas da superfície, a circulação do ar

(ventilação) e a poluição atmosférica.

Para Oke (1976), o clima urbano é uma modificação substancial de

um clima local, resultado de condições particulares do meio ambiente urbano,

seja pela rugosidade do tecido urbano, pela sua ocupação, permeabilidade ou

pelas propriedades térmicas dos materiais que o compõem.

Variáveis climáticas

Sabe-se, das leis da termodinâmica, que a energia adquirida por um

sistema precisa ser liberada do sistema ou armazenada dentro deste mesmo

sistema, a fim de ser liberada em um momento posterior (COSTA, 1982). O

clima urbano está inserido nesse processo de balanço de energia e a idéia

básica é que a radiação solar e o calor antropogênico inseridos no sistema

clima urbano devem ser balanceados com uma liberação de calor latente ou

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sensível, imediatamente, ou ficarem estocados nas superfícies urbanas, para

posteriormente serem liberados.

A maior parte da energia inserida no sistema urbano provém do sol,

através da radiação solar. A radiação solar é a energia eletromagnética, de

onda curta, que atinge a Terra após ser parcialmente absorvida pela camada

33

da atmosfera. À medida que a radiação penetra na atmosfera terrestre e atinge

os edifícios, esta pode também ser refletida em diversos sentidos dentro do

recinto urbano. A capacidade de absorção da radiação solar na área urbana

depende da refletividade de cada material utilizado nas construções urbanas e

da geometria do canyon urbano. Assim, as diferentes superfícies das

construções podem absorver determinada radiação solar durante o dia,

dissipando-a a noite. (FROTA; SCHIFFER, 2003; JOHANSSON, 2006).

O ar que entra em contato com a superfície que obteve ganhos de

calor é, por sua vez, aquecido. Quando existe uma diferença de temperatura

entre duas áreas, a tendência é a transmissão de calor de uma região para a

outra. A transmissão de calor urbano ou trocas térmicas secas pode-se dar por

três maneiras diferentes: convecção1, radiação2 ou condução3 (COSTA, 1982;

FROTA; SCHIFFER, 2003).

Smog

É mais comum que a temperatura diminuía lentamente com um

aumento da cota altimétrica, na baixa troposfera. Esse fato, contudo, não

impede que em algum trecho da troposfera ocorra uma inversão nesse

comportamento, isto é, a temperatura passe a aumentar com a altura,

fenômeno denominado inversão térmica. Em escala local, se um poluente é

lançado na atmosfera e penetra numa zona de inversão térmica, poderá ficar

ali preso, o que dificulta a sua dispersão e coloca o fenômeno da inversão

Page 29: clima RMBH 06 10 2010

térmica como uma manifestação nociva ao homem, já que agrava o problema da

poluição da atmosfera (Vilas-Boas, 1983).

Umidade relativa do ar

Segundo Varejão-Silva (2000), a transferência de vapor d’água do

globo para a atmosfera pode ser causada pela evaporação da água do solo e

das superfícies líquidas, além da sublimação do gelo. Este vapor d’água que

surge na superfície do globo se mistura ao ar por difusão turbulenta e é

transportada pelas correntes aéreas. Ao entrar na atmosfera, o vapor d’água

carrega consigo o calor latente, sendo desta forma um eficiente veículo de

1 Convecção: “Troca de calor entre dois corpos, sendo um deles sólido e o outro fluido (liquido

ou gás), por exemplo o vento.” (FROTA;SHIFFER, 2003. p. 32).

2 Radiação: “Troca de calor entre dois corpos - que guardam entre si uma determinada

distancia qualquer – através de sua capacidade de emitir e de absorver energia térmica”

(FROTA; SHIFFER, 2003. p. 33).

34

transporte de energia de regiões mais aquecidas para regiões mais frias. Do

ponto de vista meteorológico a variação da concentração de vapor d’água no ar

tem implicações significativas, por influir significativamente no balanço de

energia da atmosfera. O conhecimento da quantidade de vapor d’água

existente no ar é essencial em vários ramos da vida humana, principalmente

nas questões que envolvem a saúde da população.

Segundo Costa (1982) recebe o nome de umidade absoluta do ar o

peso de vapor de água contido em cada metro cúbico de mistura gasosa do ar,

que é expresso em gramas por metro cúbico de ar (g/m3). A quantidade de

vapor de água que pode conter o ar não é ilimitada, mas depende da pressão

de saturação do vapor, que é função da temperatura da mistura. Quando o ar

contém o peso máximo de umidade compatível com a sua temperatura, diz-se

que ele está saturado. Qualquer nova quantidade de umidade adicionada ao

ar saturado aparece em estado líquido, o que constitui as nuvens, a neblina e

até mesmo a chuva. A relação entre a quantidade percentual de vapor de água

contido na atmosfera (%), em relação à sua capacidade de reter vapor d’agua,

Page 30: clima RMBH 06 10 2010

àquela temperatura é chamada de umidade relativa.

Ventos

O vento, ou movimentação da atmosfera, é um fluido que se

movimenta devido à diferença de pressão atmosférica, fluindo das áreas de

alta pressão para áreas de baixa pressão. Possui um deslocamento laminar, de

tal forma que tende a continuar movendo-se na mesma direção quando

encontra algum obstáculo. Em áreas urbanizadas, o vento pode mudar sua

direção e velocidade rapidamente devido a alguns fatores tais como, a

conformação da topografia, a distribuição das áreas verdes, a orientação das

ruas e altura dos edifícios. Geralmente, a maior rugosidade do tecido urbano

provoca a diminuição de sua velocidade e a ocorrência de efeitos

aerodinâmicos específicos em determinadas áreas (efeito pilotis, Venturi, de

canto, etc). Como conseqüência, as trocas térmicas por convecção ficam

prejudicadas, favorecendo o acúmulo de calor em determinadas áreas do

recinto urbano, resultando no efeito da ilha de calor (COSTA, 1982; FROTA;

SCHIFFER, 2003; JOHANSSON, 2006).

Page 31: clima RMBH 06 10 2010

FIGURA 02 - Esquema das escalas climáticas e dos layers verticais nas áreas

urbanas. Fonte: OKE, 2004, p. 3.

Ilhas de calor

assentamentos

urbanos. Esse fenômeno corresponde a um maior aquecimento de uma área

urbana em relação ao seu entorno ou a uma área rural, que se intensifica à

noite, poucas horas após o pôr do sol, e que é melhor visualizado em dia de

ventos calmos e céu claro. Pesquisas diversas (CHANDLER, 1976;

LANDSBERG, 1981; OKE, 1982) apontam que o fenômeno é causado por

alguns fatores diretamente ligados ao processo de urbanização, sendo os mais

importantes a rugosidade do tecido urbano, a geometria urbana, as

Page 32: clima RMBH 06 10 2010

propriedades térmicas dos materiais utilizados nas construções, as porções e

localização de áreas verdes, a poluição do ar e o calor desprendido no

processo de combustão. Há de se considerar também o efeito da ventilação,

39

na medida em que a maior rugosidade do ambiente urbano faz aumentar o

atrito do vento com as superfícies construídas e provoca a diminuição de sua

velocidade. Como conseqüência, as trocas térmicas por convecção ficam

prejudicadas, favorecendo o acúmulo de calor nos recintos urbanos (ASSIS,

1990). Como já foi levantado, a radiação do sol e as atividades humanas

adicionam calor ao sistema urbano, que é armazenado na atmosfera ou nas

superfícies dos materiais de construção, de modo que o sistema urbano

armazena o calor durante o dia e o libera vagarosamente à noite,

caracterizando a ilha de calor urbana (OKE, 1982).

A ilha de calor pode ser melhor visualizada como uma bolha de calor

estagnada sobre as áreas mais densas e verticalizadas da cidade (FIG. 03) e

tem sido observada em praticamente todo o mundo (EMMANUEL, 2005).

Para Lombardo (1985) é evidente que essas alterações variam de

cidade para cidade em virtude da intensidade do uso do solo, do processo de

crescimento e das características geo-ecológicas do recinto urbano. A autora

coloca também, que este fenômeno contribui de forma decisiva para a

alteração do balanço de energia nas cidades. Além disso, o aumento da

temperatura e conseqüente, aumento da precipitação e diminuição da umidade

relativa podem provocar o desconforto térmico e prejudicar a saúde dos

habitantes.

Page 33: clima RMBH 06 10 2010

FIGURA 03 - Esquema representativo do perfil da ilha de calor urbana

relacionada ao tipo de ocupação.

Fonte: EMMANUEL, 2005, p. 22

2.3.1.2.2 O fator de visão do céu (FVC)

A geometria urbana das cidades é caracterizada por um elemento

repetitivo chamado de canyon urbano, que é definido como um espaço

tridimensional, formado por uma rua e os edifícios que a ladeiam. Os canyons

urbanos restringem a visão do céu, caracterizada pelo FVC (Fator de Visão do

Céu), causam reflexões múltiplas da radiação solar e restringem o movimento

do vento. A temperatura das superfícies esta intimamente ligada à geometria

do canyon urbano, independentemente da localização em relação ao centro da

cidade (EMMANUEL, 2005). Demonstrou-se que, quanto mais obstruído é um

local no meio urbano, menor é a capacidade de troca térmica por radiação

(OKE, 1986), o que, conseqüentemente, favorece a formação da ilha de calor

noturna nas áreas mais adensadas.

Page 34: clima RMBH 06 10 2010

O FVC, ou ângulo de obstrução do horizonte, ou ainda no inglês Sky

View Factor (SVF), é um parâmetro adimensional que indica uma relação

geométrica entre a Terra e o céu e que representa a relação entre a área de

céu obstruída e a área total da abóbada celeste visível. A unidade do FVC

considera a abobada celeste como um importante fator determinante da perda

de calor por ondas longas, de modo que, a capacidade de resfriamento do

recinto urbano está relacionada à obstrução do horizonte. Assim, quanto maior

a capacidade de visão do céu, maior a capacidade de resfriamento. Esta

característica espacial urbana estabelece uma das mais importantes causas da

ilha de calor urbana (OKE, 1982).

Impermeabilização

Park (1986, apud ASSIS,2000) estudou as cidades japonesas e

coreanas com população acima de 300.000 habitantes, observando uma

correlação linear entre a população e a magnitude da ilha de calor. Analisou

também 20 cidades japonesas e observou que uma redução no FVC e nas

taxas de permeabilização do solo conjugadas com um aumento da população,

provocam um incremento na intensidade da ilha de calor. Além disso Park

observou também, que o máximo desenvolvimento do fenômeno da ilha de calor

ocorre em condições de céu claro, sem nebulosidade.

- O asfalto possui baixo calor especifico, ou seja, ele absorve calor com facilidade, e tem

baixa velocidade de perda do calor absorvido.

-Ficheiro:Clima Madri-Retiro (Espanha).PNG

Climograma de Madri (Retiro).

Observatório do Parque do Retiro

1971-2000 ene feb mar abr may jun jul ago sep oct nov dic Total

Temperatura

máxima (°C)9,7 12,0 15,7 17,5 21,4 26,9 31,2 30,7 26,0 19,0 13,4 10,1 19,4

Page 35: clima RMBH 06 10 2010

Temperatura

mínima (°C)2,6 3,7 5,6 7,2 10,7 15,1 18,4 18,2 15,0 10,2 6,0 3,8 9,7

Precipitações

(mm) 37 35 26 47 52 25 15 10 28 49 56 56 436

Ficheiro:Clima Madri-Baralhas (Espanha).PNG

Climograma de Madri (Baralhas).

Observatório do Aeroporto de Madri-Baralhas

1971-2000 ene feb mar abr may jun jul ago sep oct nov dic Total

Temperatura

máxima (°C)10,6 12,9 16,3 18,0 22,3 28,2 33,0 32,4 27,6 20,6 14,7 11,0 20,6

Temperatura

mínima (°C)0,3 1,5 3,2 5,4 8,8 13,0 16,1 16,0 12,7 8,3 3,8 1,8 7,6

Precipitações

(mm) 33 34 23 39 47 26 11 12 24 39 48 48 386

http://pt.wikilingue.com/es/Ilha_de_calor

Redomas de calor

http://super.abril.com.br/superarquivo/1992/conteudo_113000.shtml

O concreto, o asfalto e a poluição nas grandes cidades impedem a evaporação e elevam a temperatura

no centro das metrópoles urbanas até 9 graus acima do que se mede em bairros mais afastados.

O concreto, o asfalto e a poluição nas grandes cidades impedem a

evaporação e elevam temperatura no centro dos aglomerados urbanos

até 9 graus acima do que se mede em bairros mais afastados .

Page 36: clima RMBH 06 10 2010

 

Gisela Heymann, de Paris

 

A cena é clássica: depois de uma semana agitada, muito trabalho e calor

insuportável, nada como um fim de semana em contato com a natureza.

Barraca, saco de dormir, comidas enlatadas, equipamento de pescaria,

máquina fotográfica e roupa apropriada: short e camiseta. À noite

porém, um frio inesperado, que não estava nas previsões

meteorológicas do jornal da sexta-feira, ameaça o humor dos campistas

brasileiros. Ao mesmo tempo, a 8 000 quilômetros de distância, uma

elegante senhora parisiense, equipada para enfrentar o inverno

europeu, passa boa parte de seu dia no transporte público, aquecido a

23° C, enrolada num espesso casaco de lã. "Isto é o que chamo de perda

total de noção de clima", explica a climatóloga Gisèle Escourou,

professora da Universidade Paris Sorbonne e pesquisadora do CNRS

(Centre National pour la Recherche Scientifique).Gisèle Escourou passou

os últimos vinte anos estudando as mudanças de clima e de

temperatura entre os limites do perímetro urbano, e suas conseqüências

sobre o batalhão de habitantes que se espreme neste ínfimo pedaço de

território mundial. De fato, nada menos que 50% da população do

planeta habita hoje um centro urbano. No século XXI, as estimativas

saltam para 80%. Cerca de70%% dos brasileiros e 80%% dos franceses

já moram nas cidades grandes. Mais de 80% dos belgas são citadinos,

assim como os norte-a mericanos, japoneses, israelenses, chilenos e

australianos. Para abrigar este heróico exército, toneladas de concreto

foram superpostas, milhares de motores funcionam ininterruptamente e

toda a para ernália do progresso avança de forma inexorável."Criamos

microclimas que são cada vez mais diferentes do espaço externo às

grandes cidades", explica Gisèle. "Hoje constatamos que Paris, por

Page 37: clima RMBH 06 10 2010

exemplo, tem um inverno ameno, onde não há mais neve, os dias de

neblina são raros e a temperatura chega a ser 14° mais elevada que na

periferia. Criamos uma ilha de calor no centro das aglomerações

urbanas. Ela é mais espessa no centro e mais rala à medida que se

distancia dele." O fenômeno ocorre praticamente em todos os cantos do

globo, exceto nas cidades onde há muita água, como é o caso de Phnom

Penh, capital do Camboja. Não é difícil entender o porquê desta

distorção climática. "Tudo está intimamente ligado à falta de espaços

verdes e à impermeabilização do solo", diz a climatóloga. No campo, a

água da chuva se estoca no chão, formando uma espécie de reserva

para a evaporação, enquanto nas cidades a água da chuva é escoada

para os rios. Boa pane da energia dos raios velares que incidem sobre a

paisagem do campo é utilizada no processo de evaporação.Para

evaporar 1 grama de água são necessárias 600 calorias. O que sobra é

pouco para aquecer o ambiente. Já no segundo caso, toda energia solar

é utilizada no aquecimento, pois não há água para evaporar. Mesmo

quando não chove, a relação se mantém. É que as folhas das árvores

transpiram com o calor, criando liquido que utilizaria energia. "Nas

cidades, não há árvores e por isso não há nenhum tipo de evaporação",

diz Gisèle. Outros fatores contribuem à formação deste microclima: as

habitações, geralmente pouco adaptadas ao clima local, guardam o

calor recebido durante o dia para refleti-lo à noite. Os equipamentos de

climatização e todos os outros aparelhos consumidores de energia

aquecem o ambiente e não se pode negligenciar a poluição causada

pelos automóveis. Estima-se que essa energia corresponda ao dobro da

emitida pelo Sol."A ilha de calor que criamos sobre as cidades influencia,

por sua vez, o clima de toda a região à sua volta", adverte a professora.

As nuvens que trazem chuvas muitas vezes se separam em dois blocos,

quando se aproximam das cidades. Ambos passam ao largo da

"carapaça" de calor, sobem, se resfriam e caem sob forma de

abundantes chaves na periferia das cidades. Se o calor é mais forte, a

Page 38: clima RMBH 06 10 2010

radiação solar diminui, pois as diversas partículas suspensas na

atmosfera, como a poeira e o aerossol, mais abundantes nas grandes

cidades, absorvem parte desta radiação e difundem outra parte em

todas as direções. A radiação de curto comprimento, como os raios

ultravioleta, por exemplo, são ainda mais absorvidos pelas partículas de

aerossol. Isso explica a palidez dos habitantes das grandes

cidades,principalmente nos meses mais frios.

 

No inverno, quando os raios velares estão mais inclinados em relação ao

horizonte, atravessam uma camada mais espessa da atmosfera e, por

isto, encontram mais partículas e mais aerossol. A luz se dispersa e cria

o efeito de palidez. Porém, mais grave que a aparência sombria da

população urbana é a sua falta de adaptação às mudanças climáticas.

"Geralmente vivemos num microclima dentro do microclima", constata

Gisèle. É que, nos países quentes, as pessoas estão sempre em locais

refrigerados, enquanto nos de clima temperado há aquecedores por

toda a parte. A casa, o trabalho, a escola, o transporte e o comércio

mantêm, durante todo 0 ano, uma temperatura quase constante. Essa

dupla inadaptação ao clima original de cada região faz com que as

pessoas percam a noção de frio e calor.Esse fenômeno pode ser

traduzido em números. Quando o calor aumenta brutalmente, sobretudo

à noite, e as defesas do organismo estão enfraquecidas, cresce também

a taxa de mortalidade nas grandes cidades. A onda de calor que atingiu

a Inglaterra em 1976, por exemplo, aumentou em 10% o número de

mortes Dor doenças cardíacas. Na cidade e Marselha, no sul da França,

o aumento da temperatura ocorrido em julho de 1983 provocou um salto

na mortalidade: de 39,6 média por dia para este período subiu para 88.

Se, depois de três ou quatro dias, o calor ou o frio demasiado persistem,

o índice de mortalidade abaixa, porque o organismo se ajusta à nova

Page 39: clima RMBH 06 10 2010

condição climática.A equipe de Gisèle Escourou chegou ainda a uma

conclusão polêmica o aquecimento das grandes cidades, devido à "ilha

de calor" criada pelo homem, pode estar mascarando os dados sobre o

efeito estufa. Causado pela emissão excessiva de poluentes,

principalmente o dióxido de carbono, o efeito estufa elevaria a

temperatura do planeta e traria conseqüências drásticas para seus

habitantes, como o derretimento do gelo em regiões polares,

aumentando o nível dos oceanos e inundando algumas cidades

costeiras. Estima-se que a temperatura média da superfície do globo

possa aumentar de 1,5 a 4,5°C até o ano 2050. Para Escourou, o efeito

estufa como fenômeno global pode estar sendo tratado de forma um

tanto exagerada.De fato a Temperatura da Terra aumentou 0,7° C nos

últimos 100 anos. Essa mudança, no entanto, não é homogênea. As

grandes cidades apresentam hoje temperaturas mais elevadas, e

tendem a se aquecer ainda mais. Outras regiões,porém registram baixas

em seus termômetros. E o caso da Ilha de Ouessant, no noroeste da

França. Por não sofrer os efeitos da urbanização a temperatura diminuiu

0,4° C nos últimos dez anos, enquanto em Paris houve um aumento de

1,5° C. Isto significa que o efeito estufa pode estar ocorrendo apenas

nos centros urbanos. Se for este o caso, não se trata apenas de um

fenômeno ambientar. Seria a própria urbanização uma mistura de

poluição, habitações mal adaptadas, consumo de energia, falta de

evaporação e de ventos a causadora da " carapaça de calor"

responsável pelas variações climáticas. "Ainda não estudamos a questão

a fundo, mas talvez a catástrofe não seja tão grande como estamos

prevendo, diz Gisèle."Os dados do efeito estufa não são tão gerais

assim", rebate o especialista Hervé Le Treut, do Laboratório de

Meteorologia Dinâmica da renomada ENS (École Normale Supérieure) de

Paris. "Não podemos esquecer que as temperaturas para o estudo do

efeito estufa são normalmente recolhidas nos oceanos, assim como nas

cidades. Tentamos isentar esses dados dos efeitos da urbanização,

Page 40: clima RMBH 06 10 2010

embora nem sempre seja tão fácil." As duas teorias se cruzam, no

entanto, num mesmo ponto: a ação do homem. Poluição, urbanização ou

ambos não passarão incólumes ao crivo da natureza.

 

Para saber mais:

Defensores do corpo humano

(SUPER número 7, ano 2)

Doenças de concreto e vidro

(SUPER número 2, ano6)

 

São Paulo sem neve nem garoa

 No dia 21 de agosto de 1980, imagens de satélites geradas no INPE

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos

revelaram uma situação curiosa enquanto no centro de São Paulo, Santo

Amaro e zonas industriais os termômetros registravam 31°, no Morumbi

e no Parque do Ibirapuera, a temperatura não ultrapassava os 22°. Essa

diferença de 9 graus se deve às ilhas de calor que dominam o centro da

cidade e os lugares de concentração industrial, bem mais poluídos

também. Já no Morumbi e Ibirapuera com áreas verdes, as temperaturas

são mais baixas. Ao mesmo tempo, nas zonas periféricas o clima

continua o mesmo, embora influenciado pelas mudanças ocorridas no

centro, a 30 quilômetros de distância.As distorções climáticas que

ocorreram na cidade ao longo dos anos podem ser medidas não apenas

pela elevação da temperatura como também pelo aumento na

quantidade de chuvas que cresceu entre 9% e 10%. A garoa, marca

Page 41: clima RMBH 06 10 2010

registrada de São Paulo, não existe mais. É que o aumento da

temperatura fez com que diminuísse a umidade relativa do ar e com isso

a famosa garoa sumiu. "Os invernos se tomaram menos rigorosos.

Relatórios do Observatório Meteorológico de São Paulo, localizado na

Avenida Paulista onde hoje se ergue o MASP, dão conta de que em 27 de

junho de 1918 nevou na capital", relata o geógrafo José Bueno Conti,

que há trinta anos leciona na Universidade de: São Paulo."Os ventos nas

áreas urbanas também se alteraram bastante. No início do século

predominavam os que vinham do sudeste e eles se orientavam pelos

vales dos rios Tietê e Pinheiros. Hoje, com os edifícios. os ventos de

superfície (de até 20 metros acima do solo) são barrados por uma

espécie de paredão formado por essas construções", explica o professor

Conti. Não é só a capital paulista que sofre com as ilhas de calor. Rio de

Janeiro, Salvador e Porto Alegre já são identificadas assim, pois também

tiveram suas temperaturas médias e seus níveis de chuvas elevados e

pagam o preço da urbanização e do desmatamento.

 

Caracterização RMBH

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A Região Metropolitana de Belo Horizonte ou RMBH é a terceira maior aglomeração

urbana do Brasil, com uma população estimada de 5.044.532 habitantes em 2008, sem

contar o colar metropolitano.IBGE/2008 [1][2] Seu produto interno bruto (PIB) somava em

2005 cerca de 62,3 bilhões de reais[4], dos quais aproximadamente 45% pertenciam à cidade

de Belo Horizonte.

A RMBH é o centro político, financeiro, comercial, educacional e cultural de Minas Gerais,

representando em torno de 40% da economia e 25% da população do estado.

A Grande BH é ainda o 62º maior aglomerado urbano do mundo [5] e o sétimo maior da

América Latina.

Índice

[esconder]

1 Composição

2 Colar metropolitano

3 Demografia

4 Economia

5 Sistema de Gestão Metropolitana

6 Agência RMBH

7 Referências

8 Ver também

9 Ligações externas

[editar] Composição

A RMBH é constituída por 34 municípios: Baldim, Belo Horizonte, Betim, Brumadinho,

Caeté, Capim Branco, Confins, Contagem, Esmeraldas, Florestal, Ibirité, Igarapé, Itaguara,

Itatiaiuçu, Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus Leme, Matozinhos,

Page 43: clima RMBH 06 10 2010

Nova Lima, Nova União, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Rio

Manso, Sabará, Santa Luzia, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo, Taquaraçu

de Minas e Vespasiano.

[editar] Colar metropolitano

O colar metropolitano é composto por 14 municípios: Barão de Cocais, Belo Vale, Bonfim,

Fortuna de Minas, Funilândia, Inhaúma, Itabirito, Itaúna, Moeda, Pará de Minas, Prudente

de Morais, Santa Bárbara, São José da Varginha e Sete Lagoas. Tais municípios não se

encontram conurbados e, oficialmente, não integram a região metropolitana.

[editar] Demografia

O crescimento demográfico da RMBH diminuiu nas últimas décadas, embora ainda

permaneça superior à média do estado. O crescimento concentra-se cada vez mais nos

municípios periféricos, reduzindo-se ano após ano a participação de Belo Horizonte. A

principal explicação para esse fenômeno é o reduzido espaço territorial de BH, que

encarece o preço dos terrenos na cidade e leva a população a morar em municípios fora da

capital mineira.

Desde a década de 1980, Belo Horizonte cresce a taxas bem menores que a média da

RMBH. Na década de 1990, enquanto a capital cresceu apenas 1,1% ao ano, a RMBH

cresceu 3,9%.

Os maiores municípios da RMBH são, em ordem decrescente, Belo Horizonte, Contagem,

Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia, que juntos reúnem mais de 80% da população da

região metropolitana.

[editar] Economia

A Região Metropolitana de Belo Horizonte possui um Produto Interno Bruto de cerca de

62,3 bilhões de reais.[4] Os setores de comércio e serviços são muito importantes para a

RMBH, sendo fortemente concentrados em Belo Horizonte. No ramo industrial, o destaque

Page 44: clima RMBH 06 10 2010

fica por conta das indústrias metalúrgica, automobilística, petroquímica e alimentícia. A

presença do quadrilátero ferrífero na RMBH garante uma participação importante da

indústria extrativista mineral no PIB metropolitano. A RMBH é ainda um centro de

excelência nas áreas de software e biotecnologia.

Contagem, uma das cidades mais importantes da região metropolitana.

A produção econômica é altamente concentrada em poucas cidades. Os municípios de Belo

Horizonte, Betim e Contagem respondem juntos por 84% do PIB da região metropolitana.[4]

Municípios como Ribeirão das Neves e Ibirité, que abrigam elevados contingentes

populacionais mas não possuem base econômica com a mesma proporção, funcionam como

cidades-dormitório da região metropolitana.

[editar] Sistema de Gestão Metropolitana

Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Page 45: clima RMBH 06 10 2010

A Região Metropolitana de Belo Horizonte foi criada em 1973 pela Lei Complementar

Federal n.º 14/73, e, atualmente, é regulamentada por leis complementares do Estado de

Minas Gerais(LEC n.º88/2006 e (LEC n.º 89/2006).

Dos 34 municípios da RMBH, apenas 13 estão efetivamente conurbados, o que leva alguns

especialistas a defenderem uma redução do número de cidades pertencentes à RMBH.

Outros argumentam que alguns municípios não-conurbados da RMBH são responsáveis por

funções de interesse comum como a preservação de mananciais, devendo, portanto, fazer

parte de região metropolitana.

A instituição oficial de uma região metropolitana visa a propiciar mecanismos de gestão

metropolitana das funções públicas de interesse comum dos 34 municípios que a compõem,

tais como o saneamento básico, o transporte público, o planejamento territorial, a habitação,

a saúde e a educação.

A Constituição Federal determina em seu art. 25, § 3º, que cabe aos estados gerenciar em

conjunto com os municípios os serviços e atividades de interesse supra-municipal nas

regiões metropolitanas.

A legislação da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi reformada em 2004 pelo

Estado, por meio de uma Emenda à Constituição Estadual. Minas Gerais foi o primeiro

Estado do país a criar o conceito de "cidadão metropolitano" em sua legislação. O sistema

de gestão compartilhada da RMBH é composto pela Assembléia Metropolitana, pelo

Conselho Deliberativo de Desenvolvimento, pela Agência de Desenvolvimento e por todos

os órgãos e entidades estaduais, municipais e privadas que executam funções públicas de

interesse comum. A sociedade civil, em uma Conferência que ocorre de dois em dois anos,

elege dois representantes dos cidadãos metropolitanos para o Conselho Deliberativo.

Page 46: clima RMBH 06 10 2010

[editar] Agência RMBH

Prefeitura de Belo Horizonte, principal município da região metropolitana.

Foi criada em janeiro de 2009 a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de

Belo Horizonte, a "Agência RMBH", entidade encarregada de promover a gestão

compartilhada de funções públicas de interesse comum às cidades da Grande Belo

Horizonte. O novo órgão tem estatuto de autarquia territorial do Estado de Minas Gerais, e

executará as determinações do Conselho Deliberativo Metropolitano. Um dos principais

obstáculos à atuação de agências dessa natureza na federação brasileira, que é o temor dos

prefeitos municipais perderem autonomia em face de autoridades metropolitanas, foi

amenizado com criação de um procedimento simplificado de eleição do administrador-

chefe da autarquia. Este deverá ser nomeado pelo governador do Estado a partir de uma

lista tríplice de indicações do Conselho Deliberativo Metropolitano, no qual os prefeitos

municipais têm direito a voto. Inicialmente, a Agência RMBH focará sua atuação na

questão do ordenamento territorial metropolitano, mas seu trabalho poderá se estender

futuramente para a regulação dos transportes metropolitanos.

Page 47: clima RMBH 06 10 2010

Referências

1. ↑ a b Tabela 793 - População residente, em 1º de abril de 2007: Publicação

Completa. Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) (14 de novembro

de 2007). Página visitada em 28 de maio de 2008.

2. ↑ a b Estimativas / Contagem da População 2007. IBGE (14 de novembro de 2007).

Página visitada em 28 de maio de 2008.

3. ↑ Ranking decrescente do IDH-M das regiões metropolitanas do Brasil. Programa

das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 28

de maio de 2008.

4. ↑ a b c d Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 28 de

maio de 2008.

5. ↑ World Gazetteer – Welt: Ballungsräume

http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Belo_Horizonte