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    Programa de EducaoContinuada a Distncia

    Curso deColoraes Capilares

    Aluno:

    EAD - Educao a DistnciaParceria entre Portal Educa o e Sites Associados

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    2Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Curso deColoraes Capilares

    MDULO I

    Ateno: O material deste mdulo est disponvel apenas como parmetro de estudos paraeste Programa de Educao Continuada. proibida qualquer forma de comercializao domesmo. Os crditos do contedo aqui contido so dados aos seus respectivos autoresdescritos nas Referncias Bibliogrficas.

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    3Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    SUMRIO

    MDULO I

    1. Introduo

    2. A Estrutura do Cabelo

    2.1 Estrutura Externa do Cabelo

    2.1.1 Cutcula

    2.1.2 Medula

    2.1.3 Crtex

    2.2 Estrutura Interna do Cabelo2.2.1 Segmento Superior

    2.2.2 Segmento Inferior

    2.3 Composio Qumica do Cabelo

    2.3.1 Os Aminocidos

    2.3.2 As Protenas

    2.3.3 A Protena Queratina

    2.4 Outros Componentes do Cabelo3. As Fases de Nascimento, Crescimento e Morte do Cabelo

    3.1 Fase Angena

    3.2 Fase Catgena

    3.3 Fase Telgena

    4. A Cor dos Cabelos

    4.1 O Processo de Formao da Melanina

    5. O Cabelo Branco

    MDULO II

    6. Como Podemos Modificar a Cor dos Cabelos

    7. A Tintura e sua Composio

    7.1 Composio Bsica de uma Tintura

    7.1.1 Suporte

    7.1.2 Agentes Alcalinizantes

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    7.1.3 Agente Oxidante

    7.1.4 Substncias Corantes

    7.1.5 Classificao dos Pigmentos Artificiais

    7.2 O Processo de Pigmentao

    7.2.1 Ao da Tinta Permanente

    7.2.2 Ao da Tintura Semipermanente

    7.2.3 Ao dos Pigmentos Temporrios

    7.2.4 Ao dos Sais Metlicos

    7.2.5 Ao das Tinturas Vegetais

    MDULO III8. Colorimetria - O Estudo das Cores

    8.1 O que a Cor

    8.1.1 Classificao das cores

    8.1.2 Compreendendo as Cores Separadamente

    8.1.3 As Cores e a sua Referncia em Colorimetria

    8.2 Como Ler os Nmeros das Nuances

    9. Regio Quente e Regio Fria

    10. Processo de clareamento dos cabelos: natural e artificial

    10.1 O Clareamento Natural

    10.2 O Clareamento Artificial

    10.2.1 Descolorao

    10.2.2 Cuidados para fazer uma Descolorao

    10.2.3 Decapagem

    10.2.4 Xampu Descolorante11. Fundo de Clareamento

    11.1 O fundo de clareamento e sua interferncia na cor

    12. Tcnicas de Colorao

    12.1 Colorao Temporria

    12.2 Colorao Semitemporria

    12.3 Colorao Vegetal

    12.4 Sais Metlicos

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    5Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    12.5 Pr-pigmentao

    12.5.1 Utilizando bem a pr-pigmentao

    12.6 Repigmentao

    12.7 Mordanagem

    12.8 Tintura Permanente

    13. Aplicando a Tinta

    13.1 Cabelos Virgens

    13.1.1 Tintas Escuras

    13.1.2 Tintas Claras

    13.1.3 Tintas quentes - Cobre, acaju ou vermelho13.2 Cabelos Tinturados

    13.2.1 Tinta Escura em Cabelo Claro

    13.2.2 Tinta Clara em Cabelos Escuros

    14. Misturando tinta

    14.1 Como misturar tinta com gua oxigenada

    14.2 Misturas proporcionais

    14.3 Misturas no proporcionais14.4 Base para Misturas

    14.5 Sugesto de Misturas Perfeitas e Imperfeitas

    14.5.1 Para cabelos naturais escuros (na altura do 3 ou 4) com oxigenada de 20 ou

    30 volumes

    14.5.2 Para cabelos descoloridos que atingiram o amarelo para dar a tonalidade

    acinzentada com oxigenada de 20 volumes

    14.5.3 Para cabelos descoloridos em tom de vermelho alaranjado, com oxigenadade 20 volumes

    14.5.4 Para cabelos descoloridos (amarelados) para criar vrios tons de marrom e

    acaju com oxigenada de 20 volumes

    14.5.5 Para cabelos descoloridos (amarelados) para tonalidade castanho dourado

    com oxigenada de 20 volumes

    14.5.6 Para cabelos descoloridos (amarelados) para criar a tonalidade pastel

    14.5.7 Mecha marrom

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    6Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    15. Pintando os cabelos brancos

    15.1 Com pr-pigmentao

    15.2 Com Oxidante de 30 Volumes

    15.3 Tabela Cobertura de Cabelos Brancos

    16 Cabelos Coloridos Retoque de Raiz

    MDULO IV

    17. Colorao artstica

    17.1 Materiais usados para a colorao artstica

    17.2 Luzes17.3 Reflexo

    17.4 Mechas

    17.5 Mechas em zig-zag

    17.5.1 No alto da cabea

    17.5.2 No meio da cabea

    17.6 Balaiagem

    17.7 Marmorizao18. Dicas de colorimetria

    19. Tcnicas alternativas de mechas e colorao artstica

    19.1 Diviso em forma de lao

    19.2 Mechas ou luzes californianas

    19.3 Em forma triangular pelas laterais

    19.4 Tringulo fechado

    19.5 Luzes espanholas19.6 Losango

    19.7 Strong

    19.8 Dicas Importantes

    20. Sugesto de misturas ou combinaes de cores para MECHAS

    21. As cores certas para cada tipo

    21.1 Loira de Pele Muito Clara

    21.2 Loira Bronzeada

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    7Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    21.3 Morena Clara

    21.4 Ruiva

    21.5 Oriental

    21.6 Mulata

    21.7 Negra

    22. Erros Comuns

    22.1 Erros nas Luzes ou Mechas

    22.1.1 Brancas demais

    22.1.2 Amarelada demais

    22.1.3 Sobrou branco22.2 Erros na tintura

    22.2.1 Resultado mais claro

    22.2.2 Resultado mais escuro

    22.2.3 Resultado avermelhado

    22.2.4 Resultado rosa ou arroxeado

    22.2.5 Resultado cinza demais

    22.2.6 Falimento da descolorao23. Exemplos de avaliao para uma colorao

    24. Os danos causados ao cabelo pela ao de tinturas

    25. Tratando um cabelo tinturado

    25.1 Tratamentos

    25.1.1 Peelingcapilar

    25.1.2 Argiloterapia

    25.1.3 Hidratao25.1.4 Nutrio

    25.1.5 Reestruturao

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    8Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    MDULO I

    1 - Introduo

    O cabelo distanciou-se ao longo dos sculos de sua real importncia, a de

    proteo. Transformado em smbolo de status, poder, beleza e fora, sempre teve

    para a raa humana um papel importante muito mais ligado ao ego do que

    anatomia. Achados arqueolgicos, como pentes e navalhas feitos em pedra,

    mostram isto. Primeiro entre os homens, que desde a mais remota antiguidade j

    tinham o hbito de barbear e cortar o cabelo.Os primeiros sales de cabeleireiros surgiram em Atenas, na Grcia. Em

    algumas lojas foram sendo instalados espaos adequados ao tratamento de beleza,

    e assim surgiu o salo e a profisso de barbeiro, exclusiva do sexo masculino. Para

    as mulheres o culto beleza, apesar de iniciar bem mais tarde, em relao aos

    homens, tambm muito antigo. Clepatra foi uma das primeiras mulheres a

    escrever um manual de beleza, loes contra rugas, manchas cutneas, mscaras e

    leos para conservao da pele.Na Grcia antiga era comum a utilizao de uma raiz vermelha conhecida

    como polderos e cerato de mel para mudar a tonalidade dos rgos mais

    sensveis e irrigados da face. No Egito faranico, elas utilizavam um p natural,

    denominado Prpura de Tyr, para se enfeitar e chamar a ateno. Durante os

    sculos XVII e XVIII, na Frana dos Luises, propagava-se a moda de perucas com

    cachos; ps de arroz e brilhos em um j intenso comrcio de produtos cosmticos

    nas ruas de Paris. Em 1750 j eram mais de 600 os cabeleireiros atuantes.H mais de trs mil anos os egpcios foram os primeiros a desenvolver a

    tcnica de tintura de tecidos e de cabelos, utilizando inmeros corantes que extraam

    da matria animal e vegetal. Estes mesmos corantes foram utilizados por muitas

    civilizaes no decorrer dos sculos, e at mesmo nos dias atuais. E ainda esto

    ligados Antiguidade, como a Camomila, a Henna e o ndigo, entre outros.

    O cabelo liso teria sido, durante sculos, uma representao de status das

    classes mais altas. A influncia desse smbolo pode ser comprovada quando se

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    repara nas tcnicas que as mulheres chegaram a usar para alisar cabelos h

    algumas dcadas grande parte delas era bastante agressiva aos fios. Antes de

    1960, uma tcnica muito popular era colocar as mechas entre duas chapas de metal

    que chegavam temperatura de 250 C. O calor excessivo desintegrava a queratina

    proteo natural do cabelo e estragava os fios. Atualmente h uma verso

    remodelada dessa chapinha excessiva, que regula a temperatura e oferece maior

    proteo aos cabelos. Outra ttica muito usada foi o ferro de passar roupas. As

    jovens colocavam papel sobre os fios e passavam o ferro bem quente sobre os

    cabelos.

    Nos anos 60 surgiram os alisamentos a frio, feitos com produtos qumicos.Mas os cachos tiveram tambm seu tempo de glria. Em 1918 Nessler, um alemo

    emigrado para a Basileia, cria a formulao permanente, que experimentada por

    muito tempo. Em 1940, a moda das ondas sobrevive ao perodo de guerra e reflete a

    situao econmica e poltica vigente. As irms Carita abrem um salo de beleza.

    So as primeiras mulheres a exercer a profisso de cabeleireiro e a entrar num

    mercado at ento predominantemente masculino. Com a II Grande Guerra, muitos

    deles se alistaram no Exrcito para lutar, dando lugar para as mulheres. Apareceainda nesta dcada a permanente a frio. Seu criador o ingls Speakman, que a

    testa por quatro anos. A patente adquirida pela americana Helne Curtis e a

    difunde na Europa pela Loral.

    De l para c, entre lisos ou crespos, loiros, ruivos ou escuros, aos cabelos

    ainda se d tal importncia que as indstrias de cosmticos esto hoje entre as que

    mais crescem em todo o mundo.

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    10Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    2 - A Estrutura do Cabelo

    Os cabelos so divididos em duas partes: a externa, aquela visvel aos

    nossos olhos, e a interna, aquela que fica sob a pele.

    2.1 - Estrutura Externa do Cabelo

    A parte visvel, a Haste, composta de trs partes distintas:

    2.1.1 Cutcula

    A cutcula, superfcie protetora do cabelo, tem a funo de no permitir que

    substncias nocivas penetrem no ncleo do cabelo e de proteg-lo da excessiva

    evaporao de gua. responsvel pelo brilho e maciez dos fios. Transparentes e

    no pigmentadas, as clulas cuticulares so muito achatadas e se recobrem

    diversas vezes umas s outras.

    2.1.2 Medula

    Ausente no lanugo ou no velus humano, a medula formada por clulas

    anucleadas, fracamente queratinizadas, contendo lipdios e granulaes

    pigmentadas. Devido dificuldade de isolamento dessas clulas, suas funes no

    so claras quanto s propriedades fsicas e qumicas do cabelo.

    2.1.3 Crtex

    O crtex a principal estrutura do cabelo. responsvel pela elasticidade,

    resistncia e onde se encontra a cor dos fios. Formado por clulas fusiformes,

    composto por uma alta concentrao de queratina.

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    11Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    2.2 - Estrutura Interna do Cabelo

    Fig. 1 estrutura do cabelo- Institutode Bioqumica Universidade de So

    Paulo

    Fig.1-Estrutura Fio -www.colegiosaofrancisco.com.br

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    12Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Formado pelo infundbulo piloso, que compreende dois segmentos: superior

    e inferior.

    2.2.1 - Segmento Superior

    Segmento superior: localizado altura da insero do msculo eretor at a

    superfcie da pele, composto por:

    Istmo: que vai desde a desembocadura do msculo eretor at a

    desembocadura da glndula sebcea. O infundbulo que se estende da abertura daglndula sebcea at a superfcie da pele; a sada do infundbulo na superfcie da

    pele chamada de stio folicular.

    Acrtriquio: a poro intraepidrmica do folculo

    Glndula sebcea: glndula responsvel pela liberao do sebo que tem a

    funo de lubrificar o fio.

    2.2.2 - Segmento Inferior

    O segmento inferior compreende a regio que vai do msculo eretor at a

    base do bulbo, composto por:

    Bainha interna da raiz (camada de Huxley e camada de Henle)

    Bainha externa da raiz

    Membrana basal hialina

    Matriz do pelo Melancitos

    Clulas germinativas

    Bulbo

    2.3 - Composio Qumica do Cabelo

    A queratina o componente essencial do cabelo, uma protena constituda

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    13Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    pela combinao de 18 aminocidos. Para compreendermos melhor vamos primeiro

    estudar o que so protenas e aminocidos.

    2.3.1 - Os Aminocidos

    Aminocidos so os blocos de construo do corpo. Alm de construir

    clulas e concertar os tecidos, eles formam anticorpos para combater as bactrias e

    vrus que invadem; eles fazem parte da enzima e do sistema hormonal; eles

    constroem nucleoprotenas (RNA e DNA). Os aminocidos transportam oxignio por

    todo corpo e participam das atividades dos msculos.So classificados em essenciais e no-essenciais. Os essenciais, ou

    indispensveis, so aqueles que o organismo humano no consegue sintetizar.

    Desse modo, eles devem ser obrigatoriamente ingeridos atravs de alimentos. Os

    aminocidos no-essenciais, ou dispensveis, so aqueles que o organismo

    humano consegue sintetizar a partir dos alimentos ingeridos.

    2.3.2- As Protenas

    As protenas so consideradas as macromolculas mais importantes das

    clulas. So formadas a partir da unio de muitos aminocidos. Elas possuem

    diversas funes nos mais diversos organismos. As milhares de enzimas que um

    organismo possui so todas protenas com funes importantes. So formadas a

    partir da combinao de aminocidos, entretanto, s existem 20 aminocidos

    primrios, a partir dos quais so formados outros aminocidos, e as milhares deprotenas.

    Uma protena pode ter funo de defesa (anticorpos, veneno de serpentes),

    funo de reserva (ovoalbumina, encontrada no ovo, casena, encontrada no leite),

    de transporte pode-se citar como exemplo a hemoglobina, protena responsvel

    pelo transporte de oxignio no sangue, funo estrutural (queratina, colgeno), entre

    outras. As protenas seriam, ento, molculas grandes, formadas por outras

    molculas menores denominadas aminocidos.

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    14Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    2.3.3 - A Protena Queratina

    A queratina formada por cerca de 15 aminocidos diferentes, que se

    repetem e interagem entre si. Quando dois aminocidos se unem, existe uma

    ligao bipeptdica; caso trs ou mais aminocidos sejam encontrados unidos,

    teremos uma ligao denominada ligao polipeptdica. Ela tambm formada por

    cadeia polipeptdica de aminocidos diferentes, cuja sequncia programada

    geneticamente. Dentre eles pode-se classificar como sendo seu principal aminocido

    a cistena.Os aminocidos presentes na queratina interagem entre si atravs de trs

    tipos de ligaes, que so: as pontes de hidrognio e ligaes covalentes bissulfeto

    (-S-S-), denominadas ligaes cistedicas ou dissulfdicas e as ligaes inicas. As

    ligaes de hidrognio so interaes que ocorrem entre o tomo de hidrognio e

    dois ou mais tomos, de forma que o hidrognio sirva de elo entre os tomos com

    os quais interagem. As ligaes de hidrognio so as mais fracas no cabelo, se

    rompem com a ao da gua quando o cabelo lavado e se religam quando ocabelo est seco.

    O tomo de hidrognio, em vez de se unir a um s tomo de oxignio, pode

    se unir simultaneamente a dois tomos de oxignio, formando uma ligao entre

    eles. As ligaes inicas so um tipo de ligao qumica baseada na atrao

    eletrosttica entre dois ons carregados com cargas opostas. Ligao ou ponte

    dissulfeto: que so interligaes entre cadeias ou entre partes de uma cadeia,

    formadas pela oxidao de radicais de cistena, formada pela unio de grupos SHdos aminocidos chamados de cistena. A queratina est presente nos seres vivos

    em unhas, chifres, pelos, penas, etc.

    2.4 - Outros Componentes do Cabelo

    gua: Fundamental, o seu teor pode variar de acordo com a umidade

    relativa do ar, mas chega em torno de 10% da composio qumica de um fio.

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    15Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Quando o cabelo est molhado, chega a absorver cerca de 30% do seu peso.

    Lipdios: Fazem parte da composio e podem estar tanto interna quanto

    externamente. Tanto os leos internos quanto externos somam 6% da composio

    dos fios. Os internos ajudam na estrutura do fio e os externos so responsveis pela

    lubrificao ao longo dele. Podemos encontrar ainda: carbono, oxignio, nitrognio,

    hidrognio e enxofre, nas seguintes propores:

    Carbono - 45%

    Hidrognio - 7%

    Oxignio - 28% Nitrognio - 15%

    Enxofre - 5%

    Existem tambm pequenas quantidades de sdio, clcio, ferro, etc. Estes

    elementos esto ligados uns aos outros, o que resultar na formao de molculas,

    no nosso caso so aminocidos. Quando estes aminocidos ligam-se uns aos

    outros, com um arranjo espacial e em nmero particular, do origem s protenas.

    3 - As Fases de Nascimento, Crescimento e Morte do Cabelo

    Fig.2: Fases do nascimento. http://www.clinicaregis.com.br/pelo.asp

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    16Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Os fios de cabelo no crescem indefinidamente. Aps certo perodo a parte

    inferior do folculo sofre uma mudana degenerativa, em que o segmento bulbar

    quase totalmente destrudo. O cabelo cresce, em mdia, de 1 cm a 1,5 cm por ms,

    por ciclos, obedece a um renascimento planejado, onde cada fio de cabelo tem um

    ciclo de vida de 4 a 7 anos, aproximadamente. Cada folculo piloso est programado

    para ter, em mdia, 25 ciclos de vida. Na papila drmica se desenvolvem as trs

    fases de um ciclo.

    3.1 - Fase Angena

    A fibra do pelo produzida na fase angena ou fase de crescimento ativo.

    Esta pode ser subdividida em proangena (que marca a iniciao do crescimento),

    mesgena e metangena. Com durao que vai de trs a sete anos,

    aproximadamente, 80% a 90% dos fios de cabelos esto nesta fase.

    3.2 - Fase Catgena

    Um perodo de regresso controlada do folculo. Tambm chamada de fase

    de repouso, pois o cabelo inicia o processo de morte programada da clula e pode

    durar cerca de duas a trs semanas e cerca de 1% dos cabelos estariam nesta fase.

    3.3 - Fase Telgena

    Fase sem crescimento e onde o pelo perde a aderncia interna, sendofacilmente arrancado. Tem durao de at quatro meses.

    4 - A Cor dos Cabelos

    Ao contrrio do que muitos acreditam a cor dos cabelos no est na cutcula,

    mas sim alojada dentro do crtex, que dentre as muitas funes est a de

    armazenar as clulas de pigmentao dos cabelos, ou seja, as melaninas. A

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    17Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    formao da cor dos cabelos ocorre de maneira interessante. A cor surge a partir da

    atividade dos melancitos, clulas residentes no bulbo do folculo piloso e que

    produzem grnulos de um pigmento escuro conhecido como melanina, sintetizado a

    partir do aminocido tirosina. Quimicamente falando, estes pigmentos so polmeros,

    sendo que o pigmento responsvel pela colorao amarelada composto por uma

    complexa mistura de polmeros que contm altos percentuais (10% at 12%) de

    enxofre.

    Fig. 4 - Ilustrao dos principais componentes que envolvem a cor

    Dept. de Bioqumica do Inst. de Qumica da Universidade de So Paulo

    Fig. 3 - Os pigmentos de cor - O ATLAS DO CABELO -Concepo e produo CLAERHOUT S/A, Blgica.

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    18Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    4.1 - O Processo de Formao da Melanina

    Dois tipos de melaninas so responsveis pela cor dos cabelos: eumelanina

    (colorao amarronzada e preta) e a feomelanina (amarelo ao vermelho) que

    combinadas entre si formam as diversas tonalidades existentes. As clulas

    responsveis pela sntese da melanina so os melancitos, que em seu interior

    possuem os melanossomos onde a melanina armazenada. A sntese da melanina

    ocorre a partir do aminocido tirosina, catalisada pela enzima tirosinase, que por sua

    vez responsvel pela catalizao das duas primeiras etapas da reao bioqumica

    de formao da melanina: primeiro oxidando a tirosina em 3,4-di-idroxifenilalanina(DOPA) e a DOPA em DOPA-quinona.

    Ocorre em seguida a transformao espontnea da DOPA-quinona em

    leucodopacromo e dopacromo. Inicia-se ento uma cascata bioqumica, a qual

    termina com a formao de pigmento castanho-preto chamado eumelanina. A

    conjugao de DOPA-quinona com cistena ou glutationa resulta em cisteinildopa e

    glutationildopa. Ambos passam por uma srie de transformaes, gerando

    finalmente um pigmento vermelho-amarelo chamado feomelanina.

    No quadro abaixo observe o resumo das transformaes:

    Fig 5 - Reaes de formao da melanina.http://www.adeliamendonca.com.br/dicas/dica2.html

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    19Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Os melanossomas so transferidos de seu local de sntese, a regio

    perinuclear dos melancitos, at as pontas de seus dendritos. A transferncia dos

    melanossomos dos melancitos para os queratincitos ocorre por um processo

    ainda no totalmente esclarecido. As hipteses so de que o melanossoma seja

    injetado diretamente no queratincito ou ainda que ocorra fagocitose da organela na

    extremidade dendrtica do melancitos.

    interessante notar que a melanina produzida por uma clula da pele

    consegue suprir at 40 queratincitos, enquanto que uma do cabelo apenas quatro

    ou cinco. As diferenas de colorao so devidas s diferenas no nmero, tamanho

    e arranjo dos melanossomos.

    A atividade melanognica dos melancitos foliculares estreitamenterelacionada com a fase angena do ciclo de crescimento do cabelo. Pode-se afirmar

    s que pigmentado na fase de crescimento. Na fase catgena a formao de

    melanina interrompida e permanece ausente tambm na fase telgena.

    Fig. 6 - Ultraestrutura de um melancito.FONTE: TOLEDO, 2004, pg. 26

    Fig. 7 melancitos

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    20Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Na figura acima possvel observar os grnulos de pigmentos distribudos

    ao longo do eixo do pelo.

    5 - O Cabelo Branco

    Cancie o nome dado despigmentao capilar, que surge gradualmente

    aps a terceira dcada de vida, culminando com a idade avanada, mas que, no

    entanto, pode estar presente desde muito cedo. A Cancie precoce pode ocorrer

    tambm por fatores genticos, como distrbios, como a sndrome de Werner. A

    tirosinase sintetizada no retculo endoplasmtico rugoso e armazenada em

    vesculas do aparelho de Golgi. Quando a sntese de melanina se completa no

    melanossomo, quando no h mais atividade enzimtica, est pronto o gro de

    melanina.

    A perda do poder melanognico est diretamente ligada aos melancitos dobulbo piloso, no ocorrem alteraes nos melancitos da epiderme. durante a fase

    catgena que cessa toda atividade da papila drmica. a fase de repouso, onde

    tambm se d o processo da transcrio do cdigo de sntese da tirosinase.

    possvel que aps os 30 anos de idade esta paralisao tenha mais dificuldade de

    reativar a atividade.

    O embranquecimento do cabelo pode tambm ser explicado por uma

    incapacidade de alguns melancitos de produzir pigmentos e outros de transferir o

    Fig. 8 - Fio de cabelo humano

    ampliado ao microscpio.

    (foto: Edward Dowlman -

    Strathclyde University).

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    21Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    pigmento aos queratincitos, o que poderia estar tambm ligado a uma informao

    gentica. O tipo de melanina que um indivduo tem controlado por clulas

    pigmentares, que por sua vez so determinadas pelos genes. Com o processo de

    envelhecimento, estas clulas pigmentares localizadas na base dos nossos folculos

    capilares param de produzir melanina; sem ela os cabelos se tornam brancos.

    O corpo humano no tem nenhuma fonte de melanina, como uma glndula.

    Essasubstncia qumica produzida em cada um dos folculos capilares, portantocada fio de cabelo torna-se branco individualmente.

    -----------------FIM DO MDULO I------------------