Concavidade e o Teste da Derivada...
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Concavidade e o Teste da Derivada Segunda
Prof.: Rogério Dias Dalla Riva
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
CURSO DE ENGENHARIA CIVILDISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
Concavidade e o Teste da Derivada Segunda
1.Concavidade
2.Pontos de inflexão
3.O teste da derivada segunda
4.Uma aplicação: retornos decrescentes
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1. Concavidade
Já vimos como a determinação dosintervalos em que uma função f é crescente oudecrescente pode facilitar o traçado do seugráfico. Nesta aula, veremos que a determinaçãodos intervalos em que a derivada f ‘ é crescente oudecrescente servirá para indicar onde o gráfico def se encurva para cima ou para baixo. Esta noçãode encurvamento para cima ou para baixo édefinida formalmente como a concavidade dográfico da função.
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1. Concavidade
Definição de Concavidade:
Seja f diferenciável em um intervalo abertoI. O gráfico de f é
1.côncavo para cima em I se f ‘ é crescente nointervalo.
2.côncavo para baixo em I se f ‘ é decrescente nointervalo.
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1. Concavidade
Pela figura a seguir, temos a seguinteinterpretação gráfica da concavidade.
1. Uma curva que é côncava para cima está acimade sua tangente.
2. Uma curva que é côncava para baixo está abaixode sua tangente.
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1. Concavidade
Esse teste visual da concavidade é válidoquando é dado o gráfico de uma função. Adeterminação da concavidade sem ver o gráficoexige um teste analítico. Acontece que podemosutilizar a derivada segunda para determinar essesintervalos, precisamente da mesma forma comoutilizamos a derivada primeira para determinar osintervalos em que f é crescente ou decrescente.
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1. Concavidade
Teste da Concavidade
Seja f uma função com derivada segunda emum intervalo aberto I.
1. Se f ”(x) > 0 para todo x em I, então f é côncavapara cima em I.
2. Se f ”(x) < 0 para todo x em I, então f é cônca-va para baixo em I.
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1. Concavidade
Para uma função f contínua, podemos acharcomo se segue os intervalos em que f é côncavapara cima ou para baixo. [Para uma função não-contínua, os intervalos de teste devem serformados utilizando-se os pontos dedescontinuidade juntamente com os pontos em quef “(x) é zero ou não é definida.]
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1. Concavidade
Diretrizes para Aplicação do Teste daConcavidade
1. Localizar os valores de x nos quais f “(x) = 0 ouf “(x) não é definida.
2. Com esses valores de x, estabelecer osintervalos de teste.
3. Testar o sinal de f “(x) em cada intervalo deteste.
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1. Concavidade
Exemplo 1: Aplicação do teste da convidade
a. O gráfico da função
f(x) = x2
é côncavo para cima em toda a reta real porque suaderivada segunda
f “(x) = 2
é positiva para todo x.
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1. Concavidade
Exemplo 1: Aplicação do teste da convidade
b. O gráfico da função
é côncavo para baixo para x > 0, porque suaderivada segunda
é negativa para todo x > 0.
( )f x x=
3'' 21( )
4f x x
−= −
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2. Pontos de inflexão
Definição de Ponto de Inflexão
Se o gráfico de uma função contínua possuiuma tangente em um ponto onde sua concavidademuda de sentido, então o ponto é um ponto deinflexão.
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2. Pontos de inflexão
Como um ponto de inflexão ocorre onde aconcavidade de um gráfico muda de sentido, deveser verdade que, em tais pontos, o sinal de f “(x)também varia. Assim, para localizar possíveispontos de inflexão, basta determinar os valores dex para os quais f “(x) = 0 ou f “(x) não existe. Oprocesso apresenta analogia com o da localizaçãode extremos relativos de f mediante determinaçãodos pontos críticos de f.
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2. Pontos de inflexão
Propriedade dos Pontos de Inflexão
Se (c, f(c)) é um ponto de inflexão do gráfico de f,então ou
f “(c) = 0 ou f “(c) não existe.
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3. O teste da derivada se-gunda
É possível utilizar a derivada segunda parafazer um teste simples quanto a máximos emínimos relativos. Se f é uma função tal quef ‘(c) = 0 e o gráfico é côncavo para cima em x = c,então f(c) é mínimo relativo de f. Da mesma forma,se f é uma função tal que f ‘(c) = 0 e o gráfico de fé côncavo para baixo em x = c, então f(c) é máximorelativo de f, conforme a figura a seguir.
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3. O teste da derivada se-gunda
O Teste da Derivada Segunda
Seja f ’(c) = 0 e suponhamos que f “ existaem um intervalo que contém c.
1. Se f “(c) > 0, então f(c) é mínimo relativo.
2. Se f “(c) < 0, então f(c) é máximo relativo.
3. Se f “(c) = 0, o teste falha. Neste caso, podemosaplicar o Teste da Derivada Primeira paradeterminar se f(c) é mínimo relativo ou máximorelativo.
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4. Uma aplicação: retornosdecrescentes
Em Economia, a noção de concavidade estárelacionada com o conceito de retornodecrescente. Consideremos uma função
onde x mede o insumo (em dólares) e y mede oproduto (em dólares). Na figura a seguir, note queo gráfico desta função de insumo-produto écôncavo para cima no intervalo (a, c) e côncavopara baixo no intervalo (c, b).
Produto Insumo
( )y f x=
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4. Uma aplicação: retornosdecrescentes
No intervalo (a, c), obtém-se um retornomaior a cada dólar adicional de insumo, aocontrário do que ocorre no intervalo (c, b), onde oretorno é menor a cada dólar adicional. O ponto(c, f(c)) é chamado ponto de retorno decrescente.Um aumento de investimento além deste ponto éconsiderado má aplicação de capital.
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4. Uma aplicação: retornosdecrescentes
Exemplo 2: Aumentando seu gasto x compropaganda (em milhares de dólares), uma empresaconstata que pode aumentar as vendas y (emmilhares de dólares) de um produto de acordo como modelo.
Ache o ponto de diminuição de resultados paraeste produto.
( )2 31300 , 0 x 200.
10.000y x x= − ≤ ≤
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4. Uma aplicação: retornosdecrescentes
Comecemos calculando as derivadas primeirae segunda.
A derivada segunda é zero somente quandox = 100. Testando os intervalos (0, 100) e(100, 200), constatamos que o gráfico acusa umponto de retorno decrescente quando x = 100,conforme a figura a seguir.
( )
( )
' 2
''
1600 3 Derivada primeira
10.0001
600 6 Derivada segunda10.000
y x x
y x
= −
= −