Conceitos básicos em Psicologia Evolucionista Wallisen... · 2010-11-08 · Psicologia Cognitiva +...

12/08/2010

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LOPES E HATTORI - 2010 MINICURSO: O MUNDO DOS RELACIOANEMTOS 62ª REUNIÃO AUNAL DA SBPC

Conceitos básicos em Psicologia Evolucionista


Questões sobre o comportamento humano


Níveis de explicação

• Próximo

• Último (final)


processo baseado no princípio de preservação de características que

conferem vantagens a seu possuidor

Seleção Natural


VARIAÇÃO

HEREDITARIEDADE

REPRODUÇÃO DIFERENCIAL

CONDIÇÕES PARA QUE OCORRA A SELEÇÃO NATURAL:


Evolução

Evolução: Sobrevivência do mais apto?

“Reprodução daqueles melhor adaptados ao

ambiente em que vivem”

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Homem: Destino da Evolução?


• Evolução: não é linear• Não significa progresso• Não tem uma direção

Desenha (molda) espécies

CONTINUIDADE ENTRE AS FORMAS VIVAS


Homem: Destino da Evolução?


A espécie humana é única (Foley, 1993)

• Indicadores:– Linguagem (fala)– Extrema flexibilidade comportamental– Postura ereta (bipedalismo)– Cérebro excessivamente grande– Tecnologia


Por que o homem é considerado externo à moldura da natureza?


I. Diferenças entre hominídeos e outras espécies maiores do que as existentes

entre outras espécies

– Diferenças genéticas emrelação ao chimpanzé:pouco mais de 1%

– Unicidade acentuadapela extinção de todos osoutros hominídeos(Australopithecus, Homoerectus, Neandertais)

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II. Homem produto de processos singulares que não ocorreram em outros

organismos

• Cultura (aspectos nãobiológicos)– Capacidade para cultura étransmitida geneticamente,mas não comportamentosenvolvidos

– Rudimentos de cultura nosgrandes macacos e emoutras espécies (tradiçõeslocais )


O homem é apenas mais uma espécie única (Foley, 1993)


Para utilizar a teoria da evolução é necessário reconhecer que:

•seres humanos fazem parte do mundo natural e sãogovernados pelas mesmas regras

•somos produto de um processo evolutivo, assimcomo todos os outros seres vivos

• nossa natureza é determinada pela nossa biologia,além de nossa cultura


Resistência a explicações biológicas do comportamento humano –

decorrentes de:

• Aplicações por vezes exageradas da teoria

evolucionista ao comportamento humano

• Equiparação ao darwinismo social

• Equiparação ao determinismo biológico


Como utilizar a teoria da evolução pode ajudar a compreender o

comportamento humano?

• Melhor compreensão da condiçãohumana, com suas especificidades efraquezas, e assim lidar melhor com elas– tarefa difícil!


O que é Psicologia Evolucionista?

Recente ramo da psicologia que busca entender o comportamento e a mente

humana tendo como alicerce os princípios da teoria da evolução.

Tooby & Cosmides (1992)

Daly & Wilson (1999)

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Quais os objetivos da Psicologia Evolucionista?

• compreender como os comportamentos presentesna nossa espécie evoluíram;

• analisar como a evolução moldou a mente humana;

• mapear uma natureza humana universal;

• aplicar à mente humana a perspectiva evolucionista.

Estudo das Causas Últimas


Origens da Psicologia Evolucionista

Psicologia Evolucionista (PE)

Psicologia Cognitiva + Biologia Evolutiva

Outras contribuições: Ecologia comportamental,Genética, Etologia, Inteligência Artificial,Antropologia, Arqueologia, Economia


• Princípios básicos

• Diversas características humanas presentes naatualidade surgiram ao longo do tempo evolutivo comoresultado de pressões seletivas típicas do ambiente emque viviam nossos antepassados

• O cérebro humano, como qualquer outro órgão, temsido moldado pela seleção natural para solucionarproblemas relativos à sobrevivência e reprodução

• Mente: conjunto de mecanismospsicológicos desenhados para resolverproblemas adaptativos


Mecanismo psicológico

• Diante de um problema adaptativo, regras dedecisão levam a um resultado ou conjunto deprocedimentos para resolver o problema.

• O resultado (output) de um mecanismopsicológico evoluído pode ser uma atividadefisiológica, informação para outro mecanismofisiológico ou comportamento manifesto que, emgeral, leva (ou levou no passado) à solução doproblema.


Ameaça de perda de um parceiro reprodutivo

• Exemplo de problema adaptativo


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Impasse – fonte de críticasAdaptação:

específica ao ambiente

pode apresentar defasagem temporal

Tempo de adaptação x Tempo das mudanças ambientais


Aplicações da Psicologia Evolucionista

• A Psicologia evolucionista pode ser aplicada aoestudo de diversos campos: Economia, Direito,Psiquiatria, Política, dentre outros

• Temas como: linguagem, comportamentoalimentar, escolha de parceiros sexuais, ciúme,investimento parental, solidariedade, trapaças,diferenças sexuais, homossexualidade,transtornos mentais, religião.


Métodos de investigação

• Estudos comparativos

• Registros arqueológicos

• Estudos com caçadores-coletores

• Dados populacionais

• Pesquisas de auto-relato

• Trabalhos experimentaisLOPES E HATTORI - 2010 MINICURSO: O MUNDO DOS RELACIOANEMTOS 62ª REUNIÃO AUNAL DA SBPC

Alguns mal-entendidos• A Psicologia Evolucionista:

• Não diz que nosso comportamento é geneticamente

determinado, mas nos predispõe a obter informações do

ambiente

• Não diz que comportamentos são adaptações, mas sim

as estruturas cognitivas que os geram

• Não diz que instinto e aprendizagem são opostos, mas

que é através de nossas predisposições biológicas que

aprendemos(Santos & Varella, 2007)


• Não diz que a cultura não é importante, antes que ela é

parte essencial da natureza humana

• Não diz que não existe livre arbítrio, mas que algumas

predisposições fizeram sentido durante nossa história

evolutiva e por essa razão mostramos maior tendência a

segui-las

(Santos & Varella, 2007) LOPES E HATTORI - 2010 MINICURSO: O MUNDO DOS RELACIOANEMTOS 62ª REUNIÃO AUNAL DA SBPC

Relacionamentos sociais:

Cooperação e Etnocentrismo

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LOPES E HATTORI - 2010 MINICURSO: O MUNDO DOS RELACIOANEMTOS 62ª REUNIÃO AUNAL DA SBPC LOPES E HATTORI - 2010 MINICURSO: O MUNDO DOS RELACIOANEMTOS 62ª REUNIÃO AUNAL DA SBPC

O altruísmo e a cooperação são incompatíveis com a ideia

de seleção natural?


A história da cooperação na espécie humana

• Remonta a ancestrais primatas


A história da cooperação na espécie humana (cont.)


A história da cooperação na espécie humana (cont.)

• Ambiente de adaptaçãoevolutiva– Caçadores-coletores– Grupos pequenos com

alto grau de parentesco– Ausência de hierarquias

rígidas de dominância– Sociedade cooperativa


• Sistema eficiente desde que grupos sejampequenos e estáveis

• A partir do aparecimento da agricultura edomesticação de animais – aumento dotamanho de grupo

• Favorecimento de free-riders

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Free-riders

Indivíduos que se aproveitam dos benefícios

advindos de contratos sociais mas não

contribuem para pagar os seus custos


a cooperação com parentes

o altruísmo recíproco

a reciprocidade indireta

Mecanismos para lidar com free-riders


1. Cooperação com parentes

• Lei de Hamilton:

– Cooperar quando r>c/b• r: coeficiente de parentesco• b: benefício para o recipiente• c: custo para o doador


2. Altruísmo recíproco

• Um indivíduo concede um benefício aoutro indivíduo, não aparentado, naexpectativa de retribuição futura(atrasada).


Condições para a ocorrência de altruísmo recíproco:

• Alta probabilidade de reencontro (longotempo de vida e grupo estável)

• Reconhecimento individual e capacidade dereconhecer trapaceiros

• Razão “custo para doador/benefício pararecipiente” é baixa


Robert Trivers (1971) –Teoria do altruísmo recíproco

– base na teoria dos jogos

– quando verificada se sai muito bem(humanos)

– observação de animais que agem semcompreender a lógica do altruísmo recíproco

(ex. dos morcegos vampiros)

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4. Se nenhum dos dois se delatar, ambos ficam 1 ano presos

Dilema do prisioneiro


4,1

21,6

66,2

5,40,0

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

doa 0 doa 1 doa 2 doa 3 doa 4

%

intenção de doação (n=74)

2003/2004


16,2

35,1

48,6

0,0 0,00,0

20,0

40,0

60,0

80,0


%

doações grupo a (n=37)

21,624,3

48,6

5,40,0

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0


%

doações grupo b (n=37)


0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

não sim

%

o nº de choco receb influenciou a decisão


Figura 15-6. Divisão do dinheiro oferecida pelo proponente em Divida dez Dólares. Gráfico “a” mostra resultados sob as regras do ultimato.Gráfico “b” mostra resultados sob as regras do ditador. N=24 em cada experimento. (Data from “Fairness in Simple Barganing Experiments”by R.Forsythe, J. Horowitz, N. Savin, and M. Sefton in Games and Economic Behavior, (1994), 6 and “Preferences, Property Rights and Anonymity inBarganing Games” by E. Hoffman, K, McCabe, K. Shachat and V. Smith en Games and Economic Behavior (1994), 7. Coyright @ 1994 byAcademic Press. Reprinted by permission of Academic Press.)

Ultimato

Ditador


Figura 15-7. Divisão do dinheiro oferecida pelo proponente em Divida Dez Dólares sob regras do ditador no duplo-cego. Gráficos“a” e “b” mostram duas tentativas do experimento, N=36 e 41

Ditador

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Dilema do prisioneiro

Tentação (sair livre) > recompensa (cooperação – 1 ano de prisão) >

punição (trapaça mútua – 5 anos de prisão) >

pagamento do trouxa (10 anos de prisão) LOPES E HATTORI - 2010 MINICURSO: O MUNDO DOS RELACIOANEMTOS 62ª REUNIÃO AUNAL DA SBPC

Qual a melhor estratégia a adotar?

Lógica: trapacear é mais vantajoso!!

A melhor ação é a ação mais correta?

Trapaça ou cooperação?

Para um jogo: trapaça

Para jogos reiterados?


3. Reciprocidade indireta

• Reciprocidade indireta é o que acontecequando a reciprocidade direta acontece nafrente de um público interessado(Alexander, 1985)

• Impacto na reputação


Milinski et al., 2002

• Doações públicas a uma instituição de caridade

• Generosos receberam mais doações e maisvotos em uma eleição para uma representaçãoestudantil

• É vantajoso ter uma boa reputação


Etnocentrismo

• Favorecimento de grupo de pertinência e hostilidade ou indiferença a grupos externos


Evolução do etnocentrismo (Hammond & Axelrod, 2005)

• Mente humana: conjunto de programasespecíficos da espécie que evoluíram pararegular cooperação intra-grupo e conflitointergrupo

• Avaliação de situações que envolvem gruposrivais (nós vs. eles) favoravelmente aosgrupos de pertinência (nós) e contra gruposexternos (eles);

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Cooperação e Religião• Duas hipótese evolutivas (Bulbulia, 2004):

– Religião representa uma adaptação humanano contexto de cooperação social (hipóteseadaptacionista)

– Religião é um sub-produto da mente humanaevoluída (hipótese do spandrel, sensu Gould& Lewontin, 1979)

• Ambas são consistentes com o fato deque a religião facilita a identidade, coesãoe cooperação nos grupos sociais


Religião no Brasil

• A diversidade dos grupos religiosos (4.800denominações) e as recentes alterações nessepanorama tornam o Brasil um foco interessantepara analisar a modulação social nessecontexto

• Do século XVI até 4/5 década atrás: um paísquase que exclusivamente católico (98,9% dapopulação em 1890)


Porcentagem de grupos religiosos em 1940 e 2000 (IBGE, 2001)

de mais de 20%

de 6 vezes

de 36 vezes

Religião 1940 2000

Católica 95.2 73.9

Evangélica 2.6 15.6

Outras religiões 2.0 3.2

Sem religião 0.2 7.3


• Nosso objetivo: comparar cooperação entre sujeitos religiosos e não

religiosos em um jogo de reciprocidade indireta

• Hipótese: religião age como um marcador de grupo e sujeitos

religiosos mostrarão mais cooperação entre eles


MétodoSujeitos- Ateus e Evangélicos

Seleção baseada em níveis opostos de envolvimentoreligioso

Recrutamento dos sujeitos

convite por e-mail convite em turmas de graduação

- 58 ateus/ 60 evangélicos; 48 mulheres/ 70 homens; x =29,7 ± 2,8 anos


Procedimento- Jogo online

5 jogadores(1 sujeito+ 1 católico+ 1 evangélico+ 2 sem religião)

Doações: Reciprocidade indireta

Cartão de identificação

Rodada

Fichas

Jogadores virtuais

Sujeito

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Procedimento

- Dois jogos possíveis:

GR (padrão de doação: ↑ religioso ; ↓não-religioso)

GNR (padrão de doação: ↓ religioso ; ↑ não-religioso)


Os evangélicos cooperaram mais (% fichas doadas) do que os ateus?

NÃO

0

5

10

15

20

25

1Religion

Mea

n Pe

rcen

tage

of

Dona

tions

Atheist Evangelist


Sujeitos evangélicos escolheram preferencialmente oponentes evangélicos? SIM

Sujeitos ateus escolheram preferencialmente oponentes ateus? SIM (nem tanto quanto E.)


% média de doações a jogadores virtuais evangélicos, não-religiosos e católicos por

jogadores evangélicos e ateus

* *


Reciprocidade indireta

Sujeitos evangélicos e ateus doaram mais fichas para jogadores generosos

GLM – fator mais importanteLOPES E HATTORI - 2010 MINICURSO: O MUNDO DOS RELACIOANEMTOS 62ª REUNIÃO AUNAL DA SBPC

Conclusões• Resultados em acordo com outros estudos que

sugerem que a religião representa um marcadorde grupo (Shariff & Norenzayan, 2007; Sosis &Ruffle, 2003)

• O mesmo é verdadeiro para ateus, sugerindoque não ter uma religião também pode serpercebido como uma coalizão e portantopromover a cooperação

• Resultado mais surpreendente: o perfil dojogador (generoso/não generoso) foi o fatorchave na determinação da cooperação

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Conclusões • A percepção de pertinência a um grupo tem uma

forte influência na indução da cooperação (Boyer,2001; Kurzban et al, 2005), mas também podefornecer a base para discriminação entre grupos(Etnocentrismo)

• Não obstante, comportamentos etnocêntricospodem ser alterados quanto à sua persistência,força e direção através da:– Ênfase de outros padrões, tais como a reputação de

indivíduos que não pertencem ao grupo– Alteração das características que definem o grupo de

pertinência ou sua composição.


RELACIONAMENTOS RELACIONAMENTOS ROMÂNTICOSROMÂNTICOS

Seleção sexualSeleção sexual

Estratégias reprodutivasEstratégias reprodutivas


Reprodução

REPRODUÇÃOREPRODUÇÃO

GenéticaGenética

Freqüência

Predisposições

FisiologiaFisiologia

Mecanismos

Hormônios

DesenvolvimentoDesenvolvimento

Ambiente físico

Ambiente social

Comportamento

Causa próximas

Causas finais


Reprodução Sexuada

• Maior número de etapas e chance para erros

• Demanda mais tempo

• Representação genética menor

• Encontrar o parceiros

• Manter o parceiro

• Defender o parceiro...

Mais complicada...


Consequências Diretas do Sexo

• Segregação

• Recombinação


Consequências Diretas do Sexo

• Possíveis explicações:

• Modelos ambientais (ecológicos): recombinação genética acelera adaptações, melhor resposta ao ambiente em mudança

• Modelos das mutações: recombinação genética favorece a eliminação de mutações deletérias, indivíduos viáveis sobrevivem

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Consequências Indiretas do Sexo

• Machos

• Fêmeas



• Adaptações– Especialização dos gametas

• Favorecimento do encontro dos gametas• Mobilidade dos espermatozóides

– Sucesso de fecundação

• Depósito de energia

• Conteúdo nutritivo do óvulo

– Sucesso na divisão celular inicial



Isogamia → → → → → → → Anisogamia

Especialização sexualLOPES E HATTORI - 2010 MINICURSO: O MUNDO DOS RELACIOANEMTOS 62ª REUNIÃO AUNAL DA SBPC


• Adaptações• Morfofisiologia do aparelho reprodutor

• Fecundação interna em vários táxons

• Mamíferos: lactação

• Ajustes nos sistemas funcionais (endócrino, músculo-esquelético, cardiovascular, entre outros)



• Adaptações

• Estratégias reprodutivas: conjunto de comportamentosreprodutivos

• Comportamento reprodutivo: comportamentos expressos pormecanismos que favorecem a reprodução


Seleção Sexual

• Via pela qual opera pressões seletivas, favorecendo traços relacionados à reprodução

• Representação genética

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Seleção Sexual

Pesquisador Hipótese

Fisher (1930)Seleção

desenfreadaSeleção do bom gosto

ou do filho sexy

Trivers (1972)Investimento

parentalSeleção do bom

investidor

Zahavi (1975)Princípio da

desvantagemSeleção do bom senso

ou dos bons genes

Hamilton & Zuk (1982)Resistência aos

parasitasSeleção do filho

saudável


Seleção Sexual

• Semelhante ou diferença entre os sexos?


Seleção Sexual

• Seleção Sexual proposta por Darwin

• Competição entre os machos (seleção intrassexual)• Idéia bem aceita pelos cientistas da época,

darwinianos

• Escolha pelas fêmeas (seleção intersexual)

• Desconforto de alguns estudiosos vitorianos, wallaceanos


Seleção Sexual

Em humanos, ambos os processos ocorrem em

ambos os sexos!

Hoje, enquanto darwinistas, pois aceitamos ambos os

processos!


Mecanismos de Seleção Sexual

• Relação com o potencial reprodutivo, ou seja,rapidez com a qual o indivíduo pode gerardescendente


Potencial Reprodutivo

Potencial Potencial reprodutivoreprodutivo

Número máximo de prole produzido ao longo da vida

Espécies Macho Fêmea

Elefante marinho 100 8

Cervo 24 14

Ser humano 888 69

Gaivota Rissa 26 28

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• À razão sexual operacional, razão entre o númerode machos e fêmeas sexualmente ativos numdado momento, numa dada população

• Número de indivíduos do mesmo sexo• Competidores em potencial• Seleção intrassexual

• Numero de indivíduos do sexo oposto• Parceiros em potencial• Seleção intersexual



• Relação com o esforço reprodutivo:

• Esforço de acasalamento: custos de tempo, energia e recursos associados à procura de parceiros

• Esforço parental: custos associados ao cuidado à prole



• Investimento Parental

• Qualquer custo associado à criação de filhotes que reduza ahabilidade parental de produzir ou investir em outras proles.

• O sexo de maior investimento parental torna-se o recursolimitante para o sucesso reprodutivo do outro sexo.



• Investimento Parental

• Regulação da intensidade da seleção sexual, ou seja, quanto maiora diferença de investimento entre os sexos, mais intensa será aseleção.


Teorias de Trivers

• Altruísmo recíproco (1971)

• Parentes x amigos x estranhos


Teorias de Trivers

• Altruísmo recíproco (1971)

• Reputação e fofoca

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Teorias de Trivers

• Investimento parental (1972)

• Sexo que investe mais na prole será alvo de competição do sexo que investe menos

• Sexo que investe menos competirá pelo sexo que investe mais

• Conflito entre o casal


Teorias de Trivers

• Investimento parental (1972)

Maior potencial reprodutivoMaior esforço de acasalamento

Menor potencial reprodutivoMaior esforço em cuidado


Teorias de Trivers

• Conflito pais-prole (1974)

• Baseada na relação entre custos e benefícios do investimento parental

• Unidade social mais sólida em conflito?

• Conflito de gerações


Teorias de Trivers

• Conflito pais-prole (1974)

• Idade de sair de casa?


O que Trivers nos diz?

• Recursos limitantes: alimento, território, parceiros...

ALIMENTO → FÊMEA → MACHO

Altruísmo recíprocoInvestimento parental

Conflito pais-prole


Estratégias Reprodutivas

• Qual a melhor estratégia reprodutiva?• Solução ancestral no mundo atual

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• Nunca escolhemos parceiros aleatoriamente



• Tipos de estratégia• Homem: estratégia r ?

• Mulher: estratégia K ?

• Homo sapiens: estratégia K



• Tipos de estratégia

• GAYS

– observa-se elevada promiscuidade: têm 7 vezes mais encontros externos do que um heterossexual

– pode ter de 100 a 1000 parceiros em sua vida

– buscam juventude e beleza física em seus parceiro



• Tipos de estratégia

• LÉSBICAS

– baixa promiscuidade

– estabelecimento de relacionamentos duradouros



• Como descendentes destes indivíduos, nós carregamos seus desejos conosco nos dias de hoje



• As estratégias reprodutivas são soluçõesadaptativas para problemas relacionados arelacionamentos sexuais, tais como:

– Competir

– Selecionar

– Atrair

– Manter

– Afastar

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Selecionando um “Marido”

• Solucionando problemas adaptativos: umamulher que escolheu um parceiro que eraviolento, impulsivo, infiel e mesquinho...


Selecionando uma “Esposa”

• Solucionando problemas adaptativos: um homemque escolheu uma parceira que era carinhosa,compreensiva, inteligente, generosa e infiel...


Selecionando um Parceiro

• Proporção cintura-quadril

Diferenças sexuais

Cintura

Quadril

Mulheres com 0,7Homens com 0,9



Curto prazo

Custos Benefícios

Mulheres

Risco de gravidez

Diminuição do valor como parceira de longo prazo

Recursos do parceiro

Bons genes do parceiro

HomensInvestimento financeiro

Diminuição da confiabilidade

Maximização do potencial reprodutivoAusência de investimento paternal

Ambos Risco de DSTs Experiências sexuais



Longo prazo

Custos Benefícios

Mulheres Obrigações sexuais maritais

Recursos significativos do parceiro

Investimento paternal

Homens

Alto investimento paternalAlto investimento na relação

Aumento na certeza de paternidadeFilhos de melhor “qualidade”

AmbosRestrições na oportunidade de acasalamento

Companhia sexual e social


Atraindo um Parceiro

• Exibindo recursos• Exibindo comprometimento• Exibindo traços físicos• Melhorando aparência• Exibindo autoconfiança• Exibindo fidelidade• Empregando sinais sexuais• Difamando o inimigo

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Mantendo um Parceiro

• Depois da conquista, como manter os rivais afastados (guarda do parceiro)

• Ciúme sexual e emocional

• Orientação sexual: controvérsia

• Certeza de paternidade

• Continuidade do investimento


Substituindo um Parceiro

• Sozinho ou mal acompanhado?

• Calculando os custos– Antigo x novo: quem oferece mais?

– O que temos a oferecer?– Danos em potencial: a nós, aos filhos, parentes...– Condição financeira futura?!?!?!?


Substituindo um Parceiro

• Sozinho ou mal acompanhado?

• De volta à vitrine– Qual o sexo?

– Que idade?– Quantos filhos?– Qual profissão?


Atividade dos Anúncios





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• Anúncios mais votados pelas mulheres

4. Bonito, cheiroso, carinhoso, motorizado, ótimo dançarino, bom de pegada e omais importante, moreno, 1,75m, sarado, belo sorriso e solteiro, procuracompanheira. Maiores informações sobre as minhas outras qualidades, cel0666669



• Anúncios mais votados pelas mulheres

12. Sou homem, estatura média, 1,78m, estudante de psicologia. Sou uma pessoacalma, racional, sincera. Gosto de ler, assistir filmes, sair para lugaresinteressantes e viajar para países de culturas isoladas. Procuro sempre cuidar daminha aparência e saúde. Acredito que uma pessoa se encontra e se conhece, apartir das suas próprias escolhas, olhando para dentro.



• Anúncios mais votados pelos homens

14. Mulher solteira em busca do par: sou animada, descontraída e gosto de viajar,conversar e trocar ideias. Se você busca alguém que seja não apenas suacompanheira, mas também alguém com quem possa compartilhar todos os seusmomentos, e principalmente construir uma relação franca e verdadeira, aquiestou. Mas não pense que é só troca de ideias e conversa, pois também sou uma“amante quente” nas horas certas.




3. Menina solteira de 20 anos, carinhosa, sensível, altamente feminina e sincera, procuraalguém especial. Romântica, inteligente, sonhadora e religiosa, que gosta de ser feliz e fazerfeliz. Simpática, educada, dócil e amável, sou bastante exigente comigo mesma e tambémcom os outros, porém, quando gosto e quero, me entrego de corpo e alma. Admito que sefosse homem, casaria comigo mesma. Fisicamente sou morena clara, baixa e magra. Dizemque sou uma “bonequinha”.




4. Oferece-se amor! De graça, com dedicação exclusiva. Certamente nãotenho tudo o que você procura, mas sou perfeita para você! Sorrisosincero, caráter e embora muito teimosa, aceito opiniões e sou boaouvinte... Podemos, juntos, descobrir a maravilha de amar e em troca,amado ser! Vale a pena conferir!




6. Mulher espetacular e modesta procura parceiro! Características físicas – loira,1,55m, pé tamanho 34, olhos verdes. Gosta de música instrumental, leitura efilmes. Não gosta de músicas de baixo nível e nem livros de literatura que tenhasequência maior que 2. Encontra-se aberta a experiências aventureiras.

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17. Procuro parceiro que se interesse por morena, cabelos castanhos, que gostade ir ao cinema, praias e baladas no final de semana. Particularmente sou fiel emuito romântica. Adoro receber flores e cartões românticos. Sou do tipo calma,vaidosa, que adora viajar e fazer passeios ecológicos. Interessados, procurem-me!


Valor de Mercado

• Conjunto de características• Preferências

• Variação ontogenética• Influência ambiental

• Efeito de contrate• Atividade dos anúncios $$ $$


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Fívia de Araújo LopesFívia de Araújo Lopes

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