Correio Fraterno 434

16
CORREIO FRATERNO SEMPRE ATUAL, COM O MELHOR DO CONTEÚDO ESPÍRITA Publicação da Editora Espírita Correio Fraterno • e-mail: [email protected] • Ano 42 • Nº 434 • Julho - Agosto 2010 Saulo Gomes conta momentos preciosos com Chico Xavier Pág. 7 temática fundamental do espiritismo – a imortalidade da alma, a reen- carnação e a comunicação entre os espíritos – será vista com efeitos es- peciais nos cinemas de todo o Brasil a partir de setembro. Ao contar uma história particular, a do médico André Luiz no plano espiritual, o filme Nosso lar vai mostrar as etapas dessa passagem natural, mas que tantas dúvidas, medos e enganos traz aos corações humanos. O que acontece quando morremos? Sofrimento ou alívio? Vamos mesmo encontrar quem amamos? Nossas emoções continuam? Afinal como é o lado de lá? A entrevista com o diretor do filme, Wagner de Assis, destaca que não é novidade retratar na arte a vida após a morte. Di- fícil é despertar o interesse do público, mantendo-se a linguagem do cinema, sendo fiel ao best- seller psicografado por Chico Xavier – um romance recheado de conceitos doutrinários, que descortinam um jeito novo de se ver a vida, que vai dar muito o que falar e pensar. Afinal, como sintetiza o próprio autor espiritual da obra, o simples ‘baixar do pano’ não resolve transcendentes questões do infinito. Págs. 4 e 5 Acordar do lado de lá Filme descortina um jeito novo de ver a vida A ISSN 2176-2104 Baú de memórias Siga o CORREIO FRATERNO no Twitter www.twitter.com/correiofraterno Veja nosso site: www.correiofraterno.com.br Alice no país da terapia Parece realmente que queremos sempre mais e mais, ficamos mais arrogantes, mais infelizes do que nunca e amando cada vez menos. E isso não tem mesmo a ver com a idade. “Não à toa Francisco, o velho de Assis, pediu a Deus: Amar mais do que ser amado (...) Porque é morrendo (o ego) que nascemos para a Vida Eterna (aqui e lá)”. Precisamos estar mais cientes do nosso propósito e ir ao encontro dele, antes que a rabugice, a dor e o medo tomem conta de vez de nossas vidas. Que medo seria esse? Pág. 11 Amigos para sempre O II Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier, realizado em Uberaba, MG, no mês de julho, reuniu cerca de 1.800 pessoas. Dentre os temas apre- sentados em palestras, a amiga de mui- tos anos, Nena Galves, exibiu vídeo de 1973, de seu acervo particular, com en- trevista em que o médium comenta sua milenar ligação com o espírito Emma- nuel. Pág 13 Bastidores de Nosso lar: o roteirista Wagner de Assis orienta a filmagem de uma das cenas

description

Correio Fraterno, um dos mais conceituados veículos de informação espírita do Brasil.

Transcript of Correio Fraterno 434

Page 1: Correio Fraterno 434

CORREIOFRATERNO

SEMPRE ATUAL, COM O MELHOR DO CONTEÚDO ESPÍRITA

P u b l i c a ç ã o d a E d i t o r a E s p í r i t a C o r r e i o F r a t e r n o • e - m a i l : c o r r e i o f r a t e r n o @ c o r r e i o f r a t e r n o . c o m . b r • A n o 4 2 • N º 4 3 4 • J u l h o - A g o s t o 2 0 1 0

Saulo Gomes conta momentos preciosos com Chico XavierPág. 7

temática fundamental do espiritismo – a imortalidade da alma, a reen-carnação e a comunicação entre os espíritos – será vista com efeitos es-peciais nos cinemas de todo o Brasil a partir de setembro. Ao contar uma história particular, a do médico André Luiz no plano espiritual, o fi lme Nosso lar vai mostrar as etapas dessa passagem natural, mas que

tantas dúvidas, medos e enganos traz aos corações humanos. O que acontece quando morremos? Sofrimento ou alívio? Vamos mesmo encontrar quem amamos? Nossas emoções continuam? Afi nal como é o lado de lá? A entrevista com o diretor do fi lme, Wagner de Assis, destaca que não é novidade retratar na arte a vida após a morte. Di-fícil é despertar o interesse do público, mantendo-se a linguagem do cinema, sendo fi el ao best- seller psicografado por Chico Xavier – um romance recheado de conceitos doutrinários, que descortinam um jeito novo de se ver a vida, que vai dar muito o que falar e pensar. Afi nal, como sintetiza o próprio autor espiritual da obra, o simples ‘baixar do pano’ não resolve transcendentes questões do infi nito. Págs. 4 e 5

Acordar do lado de lá Filme descortina um

jeito novo de ver a vida

AIS

SN 2

176-

2104

Baú dememórias

Siga o CORREIO FRATERNO

no Twitter

www.twitter.com/correiofraternoVeja nosso site: www.correiofraterno.com.br

Alice no país da terapiaParece realmente que queremos sempre mais e mais, fi camos mais arrogantes, mais infelizes do que nunca e amando cada vez menos. E isso não tem mesmo a ver com a idade. “Não à toa Francisco, o velho de Assis, pediu a Deus: Amar mais do que ser amado (...) Porque é morrendo (o ego) que nascemos para a Vida Eterna (aqui e lá)”. Precisamos estar mais cientes do nosso propósito e ir ao encontro dele, antes que a rabugice, a dor e o medo tomem conta de vez de nossas vidas. Que medo seria esse? Pág. 11

Amigos para sempre

O II Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier, realizado em Uberaba, MG, no mês de julho, reuniu cerca de 1.800 pessoas. Dentre os temas apre-sentados em palestras, a amiga de mui-tos anos, Nena Galves, exibiu vídeo de 1973, de seu acervo particular, com en-trevista em que o médium comenta sua milenar ligação com o espírito Emma-nuel. Pág 13

Bastidores de Nosso lar: o roteirista Wagner de Assis orienta a fi lmagem de uma das cenas

Page 2: Correio Fraterno 434

2 CORREIO FRATERNO JULHO - AGOSTO 2010

www.correiofraterno.com.br

EDIT

OR

IAL

stamos sempre de passagem, indo e vindo. Mas o que faz diferença em nossa caminhada? É a forma

como vivemos essas temporadas transi-tórias aqui e lá – no plano espiritual – e que têm como fi nalidade nos impul-sionar para nosso progresso evolutivo. Nessa edição, a vida do lado de lá, re-tratada pelo cineasta Wagner de Assis, no esperado fi lme Nosso lar revela seus bastidores com exclusividade para o Correio Fraterno. Em nossa caminhada por aqui, André Trigueiro faz uma aná-lise de nossa responsabilidade ao nos re-lacionarmos com a Terra, nossa morada atual. E na hora de partir, aliviar o sofri-

mento é abreviar a vida? Franklin San-tana Santos discute a questão polêmica e instigante dos cuidados paliativos que diminuem a dor. Fundamentando nossa jornada, propostas inovadoras e encon-tros desafi adores trazem ainda mais luz ao Espiritismo que reúne em Ribeirão Preto, expositores comprometidos com a busca “do hoje ao amanhã”, tema do encontro. E, claro, se falamos em aqui e lá, Chico Xavier não poderia faltar nessa edição – ponte entre dois mundos como ele mesmo se intitulava – o médium mi-neiro é o motivo, e sua obra a razão, para o III Encontro Nacional dos amigos de Chico Xavier que reuniu 1.800 pessoas

em Uberaba, MG. E, se as portas estão abertas para o lado de lá, Eliana Haddad em seu ensaio refl ete a vida com tudo interligado – o antes, o agora e o depois, a alegria e a dor, numa teia indestrutível de idas e vindas, onde a necessidade na-tural do progresso do espírito impulsio-na as mais diversas realizações.

Sigamos então. Boa leitura!

E

CORREIO DO CORREIO

Morte digna*O artigo de David Monucci (edição 433) é digno de nota. O assunto precisa ser olhado de maneira objetiva e alongado através de outros enfoques por intermé-dio de articulistas interessados na matéria, para que possamos entender melhor essa polêmica questão. (Parabéns a todos os dirigentes pelos 50 anos do Lar Emma-nuel. Parabéns também ao Correio Frater-no, do qual sou leitor desde o número 1).

Arnaldo Querci, por email

* Nesta edição (página 3) publicamos ar-tigo do geriatra Franklin Santana, sobre cuidados paliativos.

Espíritos no banheiroLegal mesmo o Correio Fraterno. Gos-tei muito da moça que escreveu o livro Tem espíritos no banheiro? (Ed. Correio Fraterno) (Entrevista, edição 433). Pre-ciso de novas ideias para Evangelização. Temos 80 crianças aos domingos e os educadores precisam fomentar novas

Envio de artigosEncaminhar para e-mail: [email protected] Os artigos deverão ser inéditos e na dimensão máxima de 4.500 caracteres, constando referência bibliográfi ca e pequena apresentação do autor.

CORREIOFRATERNO

JORNAL CORREIO FRATERNOFundado em 3 de outubro de 1967. Registrado no Registro de Pessoas Jurídicas em São Bernardo do

Campo, sob o n.o 17889. Vinculado ao Lar da Criança Emmanuel - www.laremmanuel.org.br

Diretor: Raymundo Rodrigues EspelhoEditora: Izabel Regina R. Vitusso

Jornalista responsável: Eliana Ferrer Haddad MTB-11.686 Comunicação e Marketing: Tatiana Benites

Publicidade: George De MarcoEditoração: PACK Comunicação Criativa

www.packcom.com.brEditor de arte: Hamilton Dertonio

Impressão: Novaforma de Comunicação Ltda.

Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 2955Vila Alves Dias - Bairro Assunção - CEP 09851-000

São Bernardo do Campo – SP

Fones: (011) 4109-2939 e-mail: [email protected]

site: www.correiofraterno.com.brPermitida a reprodução parcial de textos do Correio Fraterno

desde que citada a fonte.As colaborações assinadas não representam necessariamente

a opinião do jornal.Periodicidade bimestral

Para assinaturas do jornal ou pedido de livros:Acesse www.correiofaterno.com.br

Ou ligue: (11) 4109-2939.Para assinaturas, se preferir, envie depósito para Banco Itaú-

Ag.0092 c/c 19644-3 e informe a editora. Assinatura 12 exemplares: R$ 36,00

Mantenedor: acima de R$ 36,00Exterior: U$ 24,00

Editora Espírita Correio Fraterno

CNPJ 48.128.664/0001-67

Inscr. Estadual: 635.088.381.118

Presidente: Izabel Regina R. Vitusso

Vice-presidente: Tânia Teles da Mota

Tesoureiro: Vicente Rodrigues da Silva

Secretária: Ana Maria G. Coimbra

Uma ética para a imprensa escrita

Em dois artigos, escritos por Allan Kar-dec e publicados na Revista Espírita, em 1858, estão encerradas as diretrizes que o Correio Fraterno adota como norte para o trabalho de divulgação:

• A apreciação razoável dos fatos, e de suas conseqüências.

• Acolhimento de todas observações a nós endereçadas, levantando dúvidas e esclarecendo pontos obscuros.

• Discussão, porém não disputa. As in-conveniências de linguagem jamais tiveram boas razões aos olhos de pes-soas sensatas.

• A história da doutrina espírita, de al-guma forma, é a do espírito humano. O estudo dessas fontes nos forneceráuma mina inesgotável de observa-ções, sobre fatos gerais pouco conhe-cidos.

• Os princípios da doutrina são os de-correntes do próprio ensinamento dos Espíritos. Não será, então, uma teoria pessoal que exporemos.

• Não responderemos aos ataques di-rigidos contra o Espiritismo, contra seus partidários e mesmo contra nós. Aliás, nos absteremos das polêmicas que podem degenerar em persona-lismo. Discutiremos os princípios que professamos.

• Confessaremos nossa insufi ciência sobre todos os pontos aos quais não nos for possível responder. Longe de repelir as objeções e as perguntas, nós as solicitamos. Serão um meio de esclarecimento.

• Se emitirmos nosso ponto de vista, isso não é senão uma opinião indivi-dual que não pretenderemos impor aninguém. Nós a entregaremos à dis-cussão e estaremos prontos para re-nunciá-la, se nosso erro for demons-trado.

Esta publicação tem como fi nalidade oferecer um meio de comunicação a todos que se interessam por essas questões. E ligar, por um laço comum, os que compreendem a doutrina espí-rita sob seu verdadeiro ponto de vista moral: a prática do bem e a caridade do evangelho para com todos.

Envie seus comentários para [email protected]

propostas. Fiquei muito feliz em ver esse trabalho. Sucesso!

Sergio Tadeu Diniz – São Paulo SP

De olho na nova comunicação O artigo sobre Comunicação Social Es-pírita está excelente (edição 433 - Muito além da mídia). Mostra uma realidade que não podemos ignorar no Movimen-to Espírita para se manter na atualida-de. A entrevista com a escritora Tatiana Benites também foi muito oportuna por mostrar a “jovem guarda” ou a “nova geração” de espíritas já trabalhando e produzindo.

Geziel Andrade, por e-mail

ISSN 2176-2104

A dinâmicada vida

Page 3: Correio Fraterno 434

JULHO - AGOSTO 2010 CORREIO FRATERNO 3

www.correiofraterno.com.br

AC

ON

TECE

om o aparecimento, no final da década de 60, nos Estados Uni-dos e Inglaterra, de uma filosofia

multiprofissional específica para cuidar de pessoas portadoras de doenças avan-çadas e enfrentando o fim da vida, foi necessário se criar um conjunto de ações para atender às necessidades físicas, psi-cológicas, sociais e espirituais, inicial-mente dos pacientes e depois estendidas aos familiares. Assim surgiu o conceito de cuidados paliativos, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Esse conceito ainda está em evolu-ção. Mesmo na Europa e nos Estados Unidos, existem muitos desentendi-mentos entre as terminologias. Grande parte dos profissionais da área da saúde e da população em geral não o entende e, em consequência, não sabe precisar suas indicações. E a despeito de existir há mais de 40 anos, ainda é confundido

com eutanásia ou antecipação da morte.Para padronizar minimamente os

princípios na área de cuidados paliativos, a OMS estabeleceu algumas regras fun-damentais, dentre as quais se destacam: promover alívio da dor e outros sinto-mas que causam sofrimento, afirmar a vida e considerar a morte um processo natural, não pretender apressar, nem retardar a morte, integrar os aspectos psicossociais e espirituais ao cuidado do paciente, oferecer sistema de apoio com intuito de ajudar pacientes a viverem ativamente tanto quanto possível até a morte, oferecer sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente e seu próprio luto.

Vale ressaltar a história dos termos hospital e paliativo, cujos significados acabaram sendo adaptados e deturpa-dos ao longo do tempo. Ambos, origi-nalmente, estão ligados ao sagrado, à

Por FRANKLIN SANTANA SANTOS

Cuidados paliativos

Aliviar o sofrimento é abreviar a vida?

C

H

espiritualidade, uma vez que hospital, vem de hospitalis, que significa uma ati-tude de boas-vindas e paliativo vem de pallium, que significa manto. Ambos carregando, portanto, a simbologia de proteção e aconchego, e não de sofri-mento que fez ligar a ideia de hospital a alojamento de doentes, e paliativo a um significado de menor importância, indicando uma solução temporária e sem consistência.

Os cuidados paliativos não existem para abreviar a vida, como muitas vezes se pensa erroneamente. Ao contrário, determinam a atenção total e ativa aos pacientes que apresentam sintomas de-

sagradáveis de difícil controle, oferecen-do-se um sistema de suporte multipro-fissional que prioriza a melhor qualidade de vida possível, tanto ao doente como a seus familiares.

Allan Kardec em O que é o espiri-tismo explica que a morte não é senão a destruição do envoltório material; a alma abandona esse envoltório como a borboleta deixa sua crisálida.”

Geriatra, autor do livro Cuidados paliativos: dis-cutindo a vida, a morte e o morrer (Ed. Atheneu). Coordenador dos Cursos Cuidados paliativos e Ta-natologia –Educação para a morte e para a vida.http://www.saudeeducacao.com.br/content/cerebro-mente-e-alma-presencial

á quem diga que imaginar a vida sem conflitos é tornar inú-til a função do advogado, por

exemplo. No entanto, certamente isto está longe de acontecer e, sempre que houver mais de um ponto de vista em jogo, a iminência de ocorrer o litígio é grande. Daí a necessidade do bom senso e ponderação, alvos imprescindíveis na conduta de todo operador do direito. O conflito também pode estar dentro de cada um. O ideal é agir assim, ou de outra forma? Discussões éticas estão pre-sentes na vida de todos, especialmente no campo jurídico. Quais os limites e al-cance do comportamento ético? Dentro

deste contexto afigura-se possível a cons-trução do paradigma jurídico-espírita?

Estas e outras reflexões serão expostas por ocasião do I CONJURESP Con-gresso Jurídico-Espírita do Estado de São Paulo, dias 22 e 23 de outubro, em Ri-beirão Preto, SP. Entre os vários temas, Haroldo Dutra Dias, juiz de direito, MG, discorrerá sobre Justiça e Direito na obra de Chico Xavier (Emmanuel). Durante o evento será apresentada ainda a proposta da fundação da AJE-Brasil.

Espíritas operadores do direito e demais interessados estão todos convi-dados para participar deste evento, que construirá o ambiente necessário para

reflexões éticas, permitindo um balanço de atos pretéritos, atuais e perspectivas de mudanças. Qual o papel do advoga-do na fase pré-processual? Qual a fun-ção do juiz na audiência de tentativa de conciliação? Quais os pontos de contato entre a filosofia do direito e a filosofia espírita? Qual o paradigma adequado diante dos conflitos domésticos e a me-lhor postura jurídico-espírita? É possível ser espírita e promotor de Justiça? Qual, enfim, o compromisso ético-moral do espírita operador do direito?

Presidente da AJE-SP e promotor de Justiça, SP www.ajesaopaulo.com.br

A construção do paradigma jurídico-espíritaPor Tiago Essado

Page 4: Correio Fraterno 434

4 CORREIO FRATERNO JULHO - AGOSTO 2010

www.correiofraterno.com.br

ENTR

EVIS

TA O mundo espiritual ao alcance dos nossos olhos

Por PRISCILLA WILMERS BRUCE

A única certeza que temos ao nascer é de que vamos morrer um dia. Quase sempre cercada por temores e curiosidades, essa convicção nos acom-panha ao longo da vida. Como será o lado de lá? O que encontraremos?

São muitas as perguntas e, justamente por tratar o assunto de forma instigante, o livro Nosso lar, ditado pelo espírito André Luiz e psicografado por Chico Xavier, é destaque na preferência do público leitor, espírita ou não. Desde o lançamento de sua primeira edição (FEB editora), em 1944, já foram vendidos dois milhões de exemplares.

O romance que conta a trajetória espiritual do médico foi traduzido para os principais idiomas do mundo e mereceu um honroso primeiro lugar entre os dez melhores livros espíritas publicados no século 20.

Por ser um best-seller, pode-se imaginar o tamanho do desafi o enfren-tado pelo cineasta Wagner de Assis para colocar nas telas do cinema a obra com a dimensão doutrinária que possui.

A partir de 3 de setembro, esse trabalho – cujos números da produção ci-nematográfi ca parecem seguir a obra escrita – poderá ser conferido em todo o país. Mais de cinco mil pessoas participaram do projeto, com mais de mil fi gurantes. Os efeitos especiais passaram por 90 profi ssionais e foram feitos em Toronto, no Canadá, para que a colônia espiritual Nosso lar ganhasse as dimensões descritas no livro.

Espírita, o cineasta Wagner de Assis fala em entrevista exclusiva para o Correio Fraterno sobre os bastidores dessa superprodução que retrata a pro-blemática profunda do destino do ser.

Por que a história de Nosso lar foi escolhida para ir às telas? Wagner de Assis: Não há quem não leia Nosso lar e não tenha uma experiência única – desde a temática, passando pela força da narrativa, até a visualização de tamanhas novidades. É uma história po-derosa em inúmeros aspectos, mas que precisava da hora certa para ser feita no cinema, com a tecnologia correta e viá-vel. Acredito que o cinema refl ete muito o seu tempo – entre outras tantas quali-dades. Os tempos de hoje são os “chega-dos”, como já anunciado. Quais os desafi os de um fi lme que trata sobre uma questão de difícil assimilação para a maioria das pessoas, a imortalidade do espírito?Wagner de Assis: Antes de tudo, sabí-amos da importância do livro e respei-tamos em todos os momentos a obra.

Nunca pensamos em dar voos diferentes dos que já estavam nas páginas. Mas ci-nema é uma história contada em menos de duas horas. Há dezenas de histórias diferentes em Nosso lar. Tínhamos que exercitar a síntese, fazer as escolhas cer-tas, em função do protagonista, para a narrativa ser bem contada na tela. Es-pero que tenhamos acertado. O roteiro buscou a essência do livro – um homem acorda no mundo espiritual. Esse é o plot dramático – descobrir um novo mundo. Mas há inúmeras questões: que mundo é esse? O que acontece com ele? O que fazer a partir dali? Acho que ro-teirizar é ver o fi lme antes de todo mun-do e colocar no papel. E, dentro dessa jornada de descobertas, vemos que ela se transforma numa jornada de superação e aprendizado. Há pessoas que cruzam o caminho deste homem, há novos para-digmas a serem vividos e questões ainda não respondidas no passado.

Cineasta Wagner de Assis: das páginas do livro para as telas do cinema

DIV

ULG

ÃO

Page 5: Correio Fraterno 434

JULHO - AGOSTO 2010 CORREIO FRATERNO 5

www.correiofraterno.com.br

ENTR

EVISTA

Como foi a pós-produção?Wagner de Assis: Os efeitos são um ponto vital para a história. Precisávamos criar uma cidade no computador e lidar com ela durante as fi lmagens. Filmamos sempre no limite do cenário construído e do cenário virtual que seria acresci-do. Tivemos dias com mil fi gurantes, equipes de preparação enormes, viran-do 24 horas por dia para que tudo pu-desse ser feito. E isso apenas no mun-do encarnado!

Em quanto tempo se deu esse trabalho até a fi nalização?Wagner de Assis: Filmamos em oito semanas. Pré-produzimos em doze. E pós-produzimos em quase nove meses. Ao todo, desde que os direitos foram negociados, passaram-se quatro anos. Nem planejávamos estrear em 2010; não tínhamos consciência do grande momento em relação ao Chico Xa-vier. Mas estava tudo planejado na espiritualidade. Fomos apenas os me-canismos. Não houve um dia sequer durante este trabalho que não senti a magia presente em nossas vidas. Um aprendizado e tanto!

As questões transcendentais que sempre acompanharam a jornada humana se fazem agora mais presentes?Wagner de Assis: Acho que o cinema refl ete seu tempo. Não sei se é um novo fi lão. Também não entendo o que são “fi lmes espíritas” – criando um gênero que não sei muito bem como é. Até ago-ra, houve duas cinebiografi as (Bezerra de Menezes e Chico Xavier) e teremos um drama, que é o Nosso lar. O tema espiritualidade certamente veio para fi -car, sem medos, sem problemas em cele-brar a espiritualidade. Já ouvi que é uma nova “invasão organizada” da realidade da vida espiritual, assim como houve no século XIX com Allan Kardec e as pró-prias Irmãs Fox na América do Norte.

Para você, qual o ponto alto ao fazer esse fi lme? Wagner de Assis: Acho que sair de uma vontade pessoal e encontrar tantas pes-soas que tornem essa vontade real é um aprendizado para a vida toda. Aprender a acreditar cada vez mais, entender que somos apenas mecanismos e que cinema é a arte de todos juntos. Também per-

ceber que a espiritualidade permitiu que esse trabalho fosse feito, porque deduzi-mos que se não fosse para ser feito, cer-tamente não estaríamos aqui. Só isso já é um motivo de agradecimento eterno. Por isso, sempre haverá novas histórias e novos projetos. Afi nal, André ditou 16 livros. Que todos os espíritas sintam-se responsáveis por essa conquista, assistam ao fi lme e nos ajudem a divulgar. Pre-cisamos que essa “maioria silenciosa” de espíritas e simpatizantes que, acredito, existe no país, se manifeste agora para ir ao cinema. E isso não é só pelo fi lme. É pela temática – vida espiritual – e pelos novos tempos.

ENTR

EVISTA“ “Roteirizar é ver

o fi lme antes de todo mundo e colocar

no papelWagner de Assis

O telefone toca. Do outro lado dá para sentir o entusiasmo do ator Renato Prie-to quando ouve a proposta de

nossa entrevista: falar sobre seu personagem André Luiz, no fi lme Nosso lar. O capixaba, que mora no Rio de Janeiro, tem 25 anos de carreira em televi-são e teatro. Espírita, foi buscar na obra de Chico Xavier a inspiração para o papel: “À medida que iam se aproximando as fi lmagens eu a reli diversas vezes. Compor o personagem foi uma grande e amorosa batalha, já que ele é diametralmente diferente de mim. Foi necessário vivenciar cada passo da sua jor-nada.” Renato emagreceu dezoito quilos em 45 dias para viver a condição de André Luiz em seu despertar. Clima de harmonia e emoção dominava os bastido-res do fi lme e particularmente o ator nas cenas com a atriz Selma Egrei, que faz o papel da mãe do médico.Em reunião no início do ano com a Federação Espírita Brasileira, em Brasília, membros da equipe do fi lme Nosso lar narraram, segundo o secretário geral do Conselho Federativo Nacional da FEB, Antonio Cesar Perri de Carvalho, interessantes informações sobre a sensação de envolvimento espiritual que ocorreram durante as fi lmagens.O risco de que o grande público veja a desencarna-ção de André Luiz como regra geral e experiência única é questionado. Afi nal, dentre as cinco obras básicas que compõem a codifi cação espírita, está o livro O Céu e o inferno de Allan Kardec, que demons-tra, além da imortalidade do espírito, a consequente

condição do despertar de cada individualidade, em função do modo como viveu; a cada um segundo suas obras, como disse Jesus. Para Cesar Perri, Nos-so lar abrirá portas. Segundo ele, “a desencarnação, atendimentos iniciais e adaptações do espírito André Luiz não foram nada fáceis. Os que tiverem dúvidas poderão buscar a leitura das obras correlatas. Todo o fi lme provoca estímulo à leitura do livro que o gerou e de obras similares. Será um bom estímulo à leitura e à refl exão sobre as questões de vida e de morte. Caberá ao Movimento Espírita gerar uma onda de esclarecimentos e de analogias com obras sérias. Infelizmente, a obra O céu e o inferno é bem pouco estudada e divulgada entre os próprios espíritas e, sem dúvida, será um excelente momen-to de alavancar sua difusão.” O diretor Wagner de Assis concorda com Perri e revela que uma das preocupações foi justamente não deixar que as pessoas “rotulassem” o persona-gem. “Claro que sempre há riscos, quando se lida com meios de comunicação de massa. Para quem quiser se aprofundar, nada melhor que ler o Nosso lar e, quem sabe, os demais livros da série André Luiz”. Wagner recorre a uma afi rmação do próprio André Luiz, que vai mais longe em sua análise: “O simples baixar do pano não resolve transcendentes questões do infi nito. Uma existência é um ato. Um corpo, uma veste. Um século, um dia. Um serviço, uma experiência. Um triunfo, uma aquisição. Uma morte, um sopro renovador. Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?” O recado está dado.

REN

ATO

PRI

ETO

Um estímulo à leitura e à refl exão

Renato Prieto encarna, no fi lme, o papel de André Luiz

Page 6: Correio Fraterno 434

6 CORREIO FRATERNO JULHO - AGOSTO 2010

www.correiofraterno.com.br

“Dores e sofrimentos são, pois,

ao lado das experiências adqui-

ridas, fatores do progresso.”

“A aceitação do fenômeno

mediúnico como fato indis-

cutível nem sempre desperta

o interesse para o estudo da

doutrina, que é essencial.”

“Muitos intelectuais espíritas

trazem bagagens de filosofias

e religiões que adotaram no

passado e que ainda influen-

ciam seu entendimento na

atualidade.”

“A intolerância no seio do

Movimento é outro escolho

que prejudica enormemente as

relações entre os espíritas.”

*Esses são alguns dos pensamentos de Juvanir Borges de Souza, o penúltimo presidente da Federação Espírita Brasileira (1990-2001), que desencarnou no dia 5 de junho, na cidade do Rio de Janeiro. A essência de sua contribuição ao movimento espírita permanece registrada em seus livros e inúmeros artigos publicados, notadamente na revista Reformador (FEB) à qual Juvanir se dedicou por vários anos.

MO

SAIC

O

interesse do público pela co-municação com os espíritos, reencarnação e o plano espiri-

tual superam índices de vendas e audi-ências, num reflexo irrefreável da alta dos assuntos espíritas. Há atualmente uma insatisfação, uma busca de um não-sei-que que paira no ar. Desafian-do analistas, gerando polêmicas, esses temas existenciais rendem e renderão assunto, por muito tempo. Quem so-mos? Até onde podemos chegar?

Basta a notícia de algo ‘sobrena-tural’ para gerar comentários diver-sos. Numa visão simplista, muitos acontecimentos causam polêmicas e espanto. Analisados, porém, pelo lado espiritual da natureza, são aspectos normais da interação espírito e cor-po. A espiritualidade está em todas as situações, tocando em todos os ques-tionamentos humanos. Claro que há interesse na descoberta do que não se vê e não se toca, mas as respostas podem frustrar, quando consideradas provisórias para questões aparente-mente resolvidas.

O Além, na verdade, sempre pro-vocou o imaginário popular. Até que, a partir de 1857, quando foi lançado por Allan Kardec O livro dos espíritos, uma verdadeira enciclopédia do espírito, ape-nas uma das partes da realidade, que es-tava teoricamente escondida até então, envolta em mistérios, sem seus concei-tos e princípios lógicos encadeados.

O outro lado de portas abertas

Por ELIANA HADDAD

O

Juvanir Borges de Souza*

Foram os próprios, os espíritos desencarnados, que contaram como era tudo isso e, aqui, os homens de ci-ência – como Kardec – participaram da empreitada fazendo a sua parte. Comprovaram através da experiência e da observação que a vida era mui-to mais, refletiram e concluiram que nada terminava para as consciências e a existência do espírito era repleta de emoções, conquistas e decepções. Tudo estava interligado – o antes, o agora e o depois, a alegria e a dor, numa teia indestrutível de idas e vin-das, onde a necessidade natural do progresso do espírito impulsionava as mais diversas realizações. Estava, as-sim, lançada para a humanidade ter-rena a Terceira Revelação, o Consola-dor Prometido por Jesus, a revelação escancarada da espiritualidade. O véu se abriu. Restava ao futuro, porém, não apenas espiar, mas participar do novo aprendizado.

Mais de um século se passou e, para quem já conhece e estudou a obra espírita, nada há mais de sobre-natural, havendo sempre muito a se pesquisar, estudar e – principalmen-te – realizar. Para os que não têm esse conhecimento, porém, a curiosidade e as dúvidas com relação ao fenômeno continuam. Há surpresas ainda com as manifestações mediúnicas, que fa-zem parte da natureza, há indignação com a dor, há a crença num Deus que

pune e castiga, premia e adoça. Há o temor pelo Inferno, a esperança do Céu. Há a culpa. Enfim, como nin-guém é perfeito, a humanidade vê-se atordoada e impotente com as dife-renças, as intempéries e permanece atrás da janela, sem afastar as cortinas, sentindo-se marionete indefesa de des-truição e sofrimento. De alegrias pas-sageiras – o espanto, a insegurança, a incredulidade. Qualquer coisa que saia da natureza da matéria causa reboliço, pois o homem, sem o aspecto espiri-tual, é incompreensível para a felici-dade plena, mantendo-se numa visão restrita que o amedronta e comove. É o bandido, o drogado, o irresponsável, o corrupto, a prostituição, a doença, a violência, o conflito, o desamor, a po-breza, a dor. Todos tentando ser feli-zes. E haja compromissos!

O espiritismo não é tão simples. É uma doutrina que precisa ser estu-dada e não está aí para ditar normas, nem ensinar ninguém a ser feliz como uma cartilha de lições a seguir. Jesus veio relembrar a Lei. A doutrina es-pírita, ao esmiuçá-la, antes de tudo, convida seus seguidores ao exercício da fé raciocinada: compreender e crer. Isso é muito mais e exige esforço da nossa parte. Foi o que fez Kardec. Ele compreendeu o convite.

Jornalista, expositora do IEEF - Instituto Espíri-ta de Estudos Filosóficos - www.ieef.com.br

Page 7: Correio Fraterno 434

JULHO - AGOSTO 2010 CORREIO FRATERNO 7

www.correiofraterno.com.br

BA

Ú D

E MEM

ÓR

IAS

Momentos com

Chico Xavierempre que me pedem para falar de Chico Xavier, meu pensamen-to é levado para sua modesta e

acolhedora casa, em Uberaba, e eu me vejo na cozinha, onde a gente conver-sava tomando café de chaleira e sabore-ando o famoso bolo de fubá e o pão de queijo mineiro.

Quando Chico aceitou conversar comigo, sem microfones, para acer-tarmos nossa primeira entrevista, eu estava apreensivo e muito emocionado. Afinal, depois de muito lutar, eu havia conseguido chegar próximo daquele homem que, para mim, representava um desafio.

Chico me recebeu com seu sorriso doce e amigo e me disse: eu já estava esperando você!

Conversamos, só nos dois, das 10:00 até as 4:00 horas da manhã. De vez em quando, me servia bolo e café, que ele mesmo preparava.

No dia seguinte, fomos autorizados a gravar com Chico. Chegamos com nossa equipe da TV Tupi, composta por nove homens, um caminhão de ex-terna, equipamentos que não acabavam mais, um emaranhado de fios, enfim, tudo o que hoje é substituído por um simples celular, para gravarmos nossa sonhada entrevista.

Chico nos recebeu na Comunhão Espírita Cristã e, depois da sessão, nos concedeu nossa almejada entrevista. A gravação durou aproximadamente duas horas e foi a primeira vez que Chico permitiu mostrá-lo psicografando.

A reportagem foi um sucesso!Em 1971 convidei Chico para uma

entrevista mais ousada, o Pinga-Fogo.

Não sei o que me impulsionava a que-rer dar àquele homem a chance de se mostrar por inteiro, sem censura e sem preconceitos, em um programa que, até então, era direcionado somente para grandes personalidades do mundo político, científico, editorial, artístico, empresarial e etc..

Chico só aceitou depois de se con-sultar com Emmanuel, pois dizia que não tinha competência para enfrentar tal programa e temia macular a dou-trina.

O programa foi cuidadosamente planejado; não queríamos passar a ideia de um programa espírita e procuramos ser imparciais. Por isso, convidamos entrevistadores de vários credos: ateus, evangélicos, espíritas e católicos.

Acredito que alguns até tinham a intenção de ‘desmascarar’ Chico, mas ficaram surpresos com suas respostas, diria eu, iluminadas.

João de Scatimburgo, lider católico, autor de vários livros, foi o entrevista-dor que mais questionou Chico Xavier e saiu da entrevista dizendo: “Chico Xavier se mostrou um homem sereno, seguro e muito me impressionou”.

Chico não deixou nenhuma per-gunta sem resposta e deixou os entre-vistadores perplexos!

Em meu livro, Pinga-Fogo com Chi-co Xavier (Ed. Intervidas), retratei os dois programas de 1971 na íntegra e coloquei notas explicativas para que os leitores não tenham dúvidas a respeito do programa de maior audiência de to-dos os tempos.

Minha convivência com Chico Xa-vier, durante mais de 30 anos, contarei

Por SAULO GOMES

S

O BAÚ DE MEMÓRIAS PODE SER FEITO POR VOCÊ!Envie para nós um fato marcante sobre o Espiritismo em sua cidade. Ele pode ser publicado aqui nesta seção.

E-mail: [email protected].

em um próximo livro: algumas passa-gens dessa nossa amizade, a correspon-dência entre nós, os programas em que participamos juntos, cenas comoventes que presenciei, a relação de amizade en-tre o repórter e o médium mais respei-tado de todos os tempos.

Mas posso antecipar aqui um episó-dio ocorrido quando Chico foi partici-par do programa de Dercy Gonçalves. Ele foi muito receoso porque, todos sabemos, Dercy encabulava seus con-vidados com seus ‘palavrões’, que eram

sua marca registrada. O programa cor-reu normalmente. Dercy procurou se controlar e até reverenciou a figura de Chico, mas não deixou de fazer uma ou outra galhofa. Ao retornarmos para casa, Chico me confidenciou: “aquela mulher é muito engraçada, sabe que eu gostei dela? É uma das pessoas mais sin-ceras que conheci”.

Jornalista, escritor, membro da ARL –Academia Ribeirãopretana de Letras e da OVJ – Ordem dos Velhos Jornalistas. E-mail: [email protected]

Em 1967, Chico concede a sua primeira entrevista ao jornalista Saulo Gomes

ACERVO SAULO GOMES

Page 8: Correio Fraterno 434

8 CORREIO FRATERNO JULHO - AGOSTO 2010

www.correiofraterno.com.br

Page 9: Correio Fraterno 434

JULHO - AGOSTO 2010 CORREIO FRATERNO 9

www.correiofraterno.com.br

Caminhos para o Espiritismo agita Ribeirão Preto

com propostas inovadoras

LIVROS & CIA.

Editora Allan KardecTel.: (19) 3242-5990www.allankerdec.org.br

Vivaluz EditoraTel.: (11) 4412-1209 www.vivaluz.com.br

Editora LachâtreTel.: (11) 2691-0507www.lachatre.com.br

Editora Correio FraternoTel.: (11) 4109-2939www.correiofraterno.com.br

A pena e o trovãode Yvonne do Amaral Pereira,psicografi a de Emanuel Cristiano136 páginas14x21 cm

A história triste – 3 volumes: Panda, Hatte e Jesusde Patience Worthpsicografi a de Pearl Lenore Currantradução de Her-minio C. Miranda288, 304 e 256 páginas14x21 cm

O que é fenônemo mediúnicode Herminio C. Miranda112 páginas14x21 cm

Eurícledes Formiga – de poeta a médiumde Miguel Formiga248 páginas14x21 cm

A pena e o trovãode Yvonne do Amaral Pereira,psicografi a de Emanuel Cristiano136 páginas14x21 cm

de Miguel Formiga248 páginas

A história triste – 3 volumes: Panda, Hatte e Jesusde Patience Worthpsicografi a de Pearl Lenore Currantradução de Her-minio C. Miranda288, 304 e 256 páginas14x21 cm

O que é fenônemo mediúnicode Herminio C. Miranda112 páginas14x21 cm

estaca Kardec em O que é o espiritismo que cada um jul-ga as coisas pelo seu ponto de vista e que do fato mais

positivo nem todo mundo tira as mes-mas consequências. Enaltece a ideia de que cada um é perfeitamente livre para aprovar ou criticar os princípios do espi-ritismo, cabendo ao crítico, porém, aten-tar para a primeira condição: não falar daquilo que não sabe.

E justamente com o objetivo de fo-mentar a cultura espírita na sociedade, a Associação Caminhos para o Espiritismo realizou em 29 e 30 de maio, na cidade de Ribeirão Preto, SP, o seu II Encontro, com a temática “do hoje ao amanhã”. Fiel ao pensamento de Kardec, que va-lorizava a pesquisa e a análise de todas as áreas do conhecimento, o evento englobou temas comuns aos encontros

espíritas, como mediunidade, evangelho, medicina e espiritualidade, fi losofi a, pe-dagogia e ciência, mas inovou na diver-sidade das abordagens apresentadas pelos expositores, que enriqueceram o fórum de discussão e pesquisa. Inovou também na organização, recorrendo a entrevistas em programas de televisão, outdoors e distribuição de mais de 27 mil panfl etos nos semáforos da cidade para chamar o público em geral para o evento. Contou com mais de 21 convidados, dentre eles Alexandre Caroli, Cristina Sarraf, Dora Incontri, Franklin Santana, Izabel Vitus-so, Klaus Chaves, Leopoldo Daré, Luiz Signates, Marcelo Daré, Otaciro Rangel, Saulo Gomes, que participaram de pales-tras, mesas-redondas e ofi cinas.

Para o médico endocrinologista, Gustavo Leopoldo Daré, presidente da Associação, o evento foi muito positivo.

“Muitos participantes fi caram maravi-lhados com o II Encontro, pelas opor-tunidades de se conviver com ideias tão deferenciadas e ao mesmo tempo bem fundamentadas e apaixonantes. A expe-riência tem demonstrado que precisamos aprimorar nossa linguagem de divulga-ção, sermos mais didáticos e sintéticos. Trazer o estudioso, o pesquisador, o líder não-espírita para dentro dos encontros também é necessário, mas que ele encon-tre um ambiente que valorize a dúvida como etapa fundamental da refl exão e do aprendizado humano. Temos aprendido que o melhor é abrirmos o espiritismo para a discussão com a sociedade, pois esta atitude é uma necessidade de grande parte dos que já são espíritas, e é a única forma com que muitos não-espíritas dia-logarão conosco.”

www.caminhosparaoespiritismo.com.br

A cobertura de eventos pelo Correio Fraterno tem o apoio da Forteplast Indústria de plásticos.

D

AC

OTEN

CEU

Encontros desafi adores, que buscam divulgar o espiritismo como parte da cultura humana, têm atraído espíritas, não-

espíritas, leigos, pesquisadores e curiosos para a livre discussão dos aspectos da doutrina – ciência, fi losofi a e religião

Da REDAÇÃO

Leopoldo Daré: Muitos não-espíritas dialogarão conosco

IZA

BEL

VIT

USS

O

Page 10: Correio Fraterno 434

10 CORREIO FRATERNO JULHO - AGOSTO 2010

www.correiofraterno.com.br

QU

EM P

ERG

UN

TA Q

UER

SA

BER!

possibilidade de vida em ou-tros planetas cria a expectativa de nosso encontro com eles.

No passado esse tema rendeu livros, como A Guerra dos mundos, do inglês H. G. Wells. Em 1938, o ator e dire-tor de cinema Orson Welles teve a ideia maluca de representar no rádio a inva-são dos marcianos baseada nessa obra, mas com tremenda realidade, como se a cobertura jornalística narrasse fatos reais. O resultado? Das seis milhões de pessoas ouvindo o rádio, pelo menos 1,2 milhão acreditaram que a repor-tagem era real. Muitos entraram em pânico, aglomeraram-se nas ruas para fugir do ‘perigo’.

Hoje, a mídia está forrada de fi lmes sobre invasores, com monstrinhos pe-rigosos e destruidores, alguns armados até os dentes, coisas esquisitíssimas e gosmentas. Há exceções pacífi cas, como o famoso ET, de Spielberg. Feio, mas adorável.

E o leitor já deve estar se pergun-tando o que o espiritismo tem a ver com tudo isso. E tem. Kardec tratou desse assunto com seriedade e, no lu-gar da imaginação, pesquisou o que os espíritos têm a explicar sobre a vida no Universo. As respostas que encontrou são bastante interessantes, e melhor: reconfortantes!

Em primeiro lugar, existe vida em todos os planetas. Além disso, as huma-nidades evoluem como os indivíduos, que passam da infância, adolescência até chegarem à maturidade. Em nosso planeta a infância foi o tempo primiti-vo, quando o homem se diferenciou aos poucos dos animais. Depois vem a evo-lução incompleta tecnológica e social. Mas o homem não age solidariamente.

Por seu egoísmo, há sofrimento, fome, exploração e ignorância. Enquanto ele é apegado à matéria, nega a existência do espírito e do mundo espiritual. Essa negação limita-o aos sentidos físicos, le-vando-o a olhar para o Universo como uma imensidão vazia e inabitada.

Kardec, porém, estudando a comu-nicação com os espíritos, foi informado de que os habitantes de outros planetas mais evoluídos têm a liberdade de ex-plorar o Universo. Pela capacidade de estender seus pensamentos a grandes distâncias, podem atuar como espíritos protetores de almas mais simples, de planetas como o nosso. Podem até reen-carnar aqui na Terra, servindo em mis-sões sociais, políticas e científi cas, com o objetivo de auxiliar o nosso progresso.

Em O Livro dos espíritos, por exem-plo, fi camos sabendo que muitos dos que viveram aqui na Terra foram reen-carnar em Júpiter. Na Revista Espírita de 1858, uma psicografi a revelou que Mozart foi morar naquele planeta. (Saiba mais sobre a vida em Júpiter pelo site www.correiofraterno. com.br).

Lá não há dúvida nem materialis-mo. A felicidade é uma conquista.

Pode dormir tranquilo, caro leitor. Deus deixou esta morada ao nosso cuidado. Cabe a nós, humanidade, cuidarmos do destino de suas plantas, terras, animais, rios e atmosfera. Cabe a nós, também, a educação e bem-estar de nosso povo. Até lá, por nossa responsabilidade, nos privamos da fe-licidade. E, então, meu amigo leitor? Mãos à obra!

Administrador de empresas, autor do livro Mes-mer, a ciência negada e os textos escondidos. Ed. Lachâtre. E-mail: [email protected]

A invasão da Terra pelosextraterrestres

Por PAULO HENRIQUE DE FIGUEIREDO

A

Aparece sempre na internet visitas de extraterrestres, pousos, e até pessoas levadas por eles. Outros relatam coisas ainda mais estra-nhas como chupa-cabras! Confesso que em algumas noites tenho

pesadelos. O que há de verdade nisso?Pergunta de Vânia Aparecida Benitez, Campinas, SP

Desastres naturaisPor TATIANA BENITES

As crianças tinham que levar para a casa espírita alguma coisa que representasse uma mensagem sobre os desastres naturais que acontecem no mundo (terremotos, tsunamis, nevascas, etc.).Muitas delas levaram cartazes, maquetes, encenaram peças teatrais ou cantaram músicas.Laurinha resolveu levar um bolo, que pediu para fazer jun-to à sua avó.– Laurinha, o que você trouxe? – Eu trouxe esse bolo.– Mas o que tem a ver o bolo com os desastres? – perguntou Guilherme.– Tudo! Pra fazer o bolo usamos o liquidifi cador, que representa os tremores, os tsunamis. Todas as coisas são colocadas lá dentro, juntas e mudam de forma, como acontece num terremoto, que deixa tudo remexido. Depois a gente coloca mais ingredientes, que fazem as coisas e pessoas se unirem. Quando a gente coloca no forno, os ingredientes já estão juntos, vão crescer e construir algo novo. E bom!– Muito bem, Laurinha, gostei do seu exemplo – falou a professora.– Eu também, disse sua amiga Ana.– Agora pra mostrar que todo mundo é bonzinho, a gente reparte o bolo com todos da sala e faz aquele negócio ... “solidanidade”– diz Laurinha com ar de sabida.– Como?– Aquele negócio que falam na televisão!Eu não sei o que é direito, mas mi-nha mãe disse que se eu repartisse o bolo com cada um, seria essa palavra aí.Pedro, que ouvia tudo, foi logo dizendo:– Solidariedade!– Isso mesmo! – adiantou Laurinha – Foi o que eu disse.– Ah! Realmente, isso é solidariedade, dividir o que temos com quem não tem – disse a professora. – Tudo bem que a solidariedade acaba quando as pessoas começam a brigar pelo último pedaço, não é professora? – disse Ana.– Sim, brigar não é solidário.– Mas o bolo é um exemplo bom pra falar de desastres naturais, não é profes-sora? – aproveita Laurinha.– Sim, é um ótimo exemplo. E o seu bolo está muito gostoso!Enquanto todos se deliciavam com o seu pedaço, Laurinha desfechou:– Só não ia ser solidário se o bolo estivesse quente, professora. Porque dali a algumas horas depois da dor de barriga, poderia começar um outro desastre natural.

Conheça outras histórias de Laurinha no livro Tem espíritos no banheiro?www. correiofraterno.com.br

COISAS DE LAURINHA

Page 11: Correio Fraterno 434

JULHO - AGOSTO 2010 CORREIO FRATERNO 11

www.correiofraterno.com.br

ENSA

IO

Alice no país da terapiaenho uma prima que se chama Alice. Licinha, para os íntimos. Sua história de vida, desde o

momento que retornou a este planeta, faz dela uma das pessoas mais realistas, inteligentes, capazes e incompreendidas que conheço. Ela já se importou mui-to com isso. Agora, consegue enxergar cada vez melhor seu lugar no mundo, seu papel na presente encarnação. Está desenvolvendo, a cada dia, os “olhos de ver”. Conquistou isto com bastante re-fl exão, muito estudo do espiritismo, e também com o auxílio de terapia, o que recomenda. Tanto espiritismo e refl exão quanto terapia. Sua forma de analisar a humanidade, muitas vezes de forma bem divertida, tem me ajudado a tam-bém abrir os olhos para coisas que estão bem ali, na nossa cara, mas não enxerga-mos porque não queremos ver.

Desde que vim morar em São Pau-lo, troco e-mails quase que diariamente com Alice. O conteúdo é tão interes-sante que, na brincadeira, sugeri que os publicássemos em forma de livro. Está na moda. Segundo ela: “venderiam-se três: Um meu, outro seu e outro da tia. Nem mãe tenho mais”.

A tia a que ela se refere é a minha mãe, que acabou alimentando nosso debate sobre velhice e as manias que os idosos adotam, justifi cando muitas vezes o termo popularmente usado, como a segunda infância. Alice discorda: “since-ramente, não acho que tenha a ver com velhice, é da pessoa. É do ego exacerba-do, do tem que ser a minha maneira, e ‘nequinha’ de gratidão”. E dispara con-tra o preconceito aos idosos: “você acha que esse problema só ataca os velhos? E os crimes no trânsito? E os crimes ‘por amor’? E as brigas em família?”.

A questão do ego é capital para mi-nha prima: “O nosso ego é recalcado, mas nem por isso menor. O problema também está nas várias encarnações de mando, com tudo a nossa maneira, a tempo e a hora, com o respeito que impúnhamos de uma maneira ou de

TPor GEORGE DE MARCO

outra. Nossa palavra e ordens eram in-questionáveis e agora todo mundo tem a sua. Respeitar isso não é fácil, já que nossa autoridade não é mais reconhe-cida – logo nós, que sabemos de tudo, temos solução para tudo e fórmulas cor-retas para todos. Já se pegou achando que todo mundo é burro? Que não sabe como eles não enxergam o óbvio?”

Parece realmente que queremos sempre mais e mais, fi camos mais ar-rogantes, mais infelizes do que nunca e amando cada vez menos. E isso não tem mesmo a ver com a idade. “Não à toa”, – prossegue minha prima – “Francisco, o velho de Assis, pediu a Deus: Amar mais do que ser amado (...) Porque é morrendo (o ego) que nascemos para a Vida Eterna (aqui e lá)”. Precisamos estar mais cientes do nosso propósito e ir ao encontro dele, antes que a rabugi-ce, a dor e o medo tomem conta de vez de nossas vidas. Que medo seria esse? Minha prima responde: “Eu não tenho medo da velhice ou da morte. Só tenho medo de mim mesma. Porque se se tem medo, é porque a consciência acusa, e ela tem sempre razão. E vez por outra a minha me acusa (que modéstia, só vez por outra) de não estar me esforçando de fato; lembrando-me, enfi m, do que

MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO

(011) 4121-3774

[email protected]. José Benedetti, 170 - B. Santa Terezinha - São Bernardo do Campo - SP - CEP 09770-140

Alice sempre me dá conselhos valiosos, lembrando, por exemplo, o maior te-rapeuta de todos, Jesus: “‘Queres ser o maior? Seja aquele que mais sirva’. Pois é, primo, vou atrás dessa vontade inabalá-vel de servir, pois o que já reparei mesmo é que por ser mais velha, penso merecer mais direitos, mais considerações. Daí nascem as reclamações e ressentimen-tos, que por serem desprezíveis, não fazem parte de mim, mas só dos ou-tros”. Afi nal de contas, é mais fácil nos aceitar como pensamos ser e não como realmente somos. Mas precisamos desta verdade enquanto estamos a caminho. “É uma lição necessária, embora nem sempre estejamos preparados para sa-ber de algo escondido de nós mesmos. Precisamos de equilíbrio para lidar com o que percebemos e saber o que fazer. Senão a decepção é inevitável”. É as-sim que Licinha se despede em outro iluminado e-mail, com mais uma frase admirável: “A vida é realmente muito boa, se lembrarmos que é uma escola maravilhosa!”.

George De Marco é jornalista, publicitário e radia-lista. Realiza atividades como expositor e educador de mocidade espírita. E-mail: [email protected]

já imputei ao meu semelhante. Hoje a minha arma é a língua, que preciso tam-bém domesticar para não ferir mais nin-guém. Mudei de arma, mas tenho que mudar mesmo é o sentimento, trocar a ira e a dureza pela compaixão que todos os tempos pedem de nós. Estou, na con-tabilidade divina, pior do que qualquer velho rabugento que já vê a dona Morte apontando o dedinho em sua direção”.

E, como boa tutora que se apresente,

Page 12: Correio Fraterno 434

12 CORREIO FRATERNO JULHO - AGOSTO 2010

www.correiofraterno.com.br

AG

END

A

Cursos de Filosofi a no IEEF O IEEF –Instituto Espírita de Estudos Fi-

losófi cos – está com as inscrições abertas para os cursos abaixo, com duração de agosto a novembro de 2010:A Philosophia como therapeia da alma:

“O ser e a serenidade” à luz da tradição fi losófi ca (An-tonio Carlos Tarquino); A visão humanista nos sécu-los XV e XVI (Rebeca Cahliman); Os fi lósofos dos primeiros tempos do cristianismo (Ricardo Baptista Madeira); Um dever-ser do triunfo paulino (Walter Barreto de Almeida) Site: www.ieef.com.br

Laboratório de Radiofonia EspíritaAs Associações de Divulgadores do Espiritismo,

de São Paulo e Campinas realizarão em 25 de setembro, em Campinas, o I Laboratório Paulista de Radiofonia Espírita, como in-centivo aos comunicadores para maior uso

da radiodifusão espírita. Inscrições até o dia 13/09, pelos sites www.adesaopaulo.org.br e www.adecampinas.org.br.

6º Congresso Espírita Mundial já tem programaNos dias 10 a 12 de outubro, a cidade de Va-

lencia, na Espanha, irá sediar o 6º Congresso Espírita Mundial. O programa, com base no tema central “Somos Espíritos Imor-tais”, inclui comemoração pelo Centenário

de Chico Xavier e conta com convidados de diversos paí-ses, dentre eles a pesquisadora americana Carol Bowman. Promoção: Conselho Espírita Internacional. Inscrições: www.congressoespirita.com.br; www.espiritismo.cc

Encontro Estadual de MediunidadeDia 19 de agosto, a partir das 08:30h, acontece-

rá o Encontro Estadual de Mediunidade, or-ganizado pelo Departamento de Orientação Doutrinária da USE. Local: USE – San-tana. Rua Dr. Gabriel Piza, 433. Equipe:

Neyde Schneider, Julia Nezu, Paulo Ribeiro e Wladisney Lopes da Costa. Informações: www.use-sp.com.br

Concurso de Poesia com Temática EspíritaA Arte Poética Castro Alves deu início ao

20º Concurso de Poesia com Temática Espírita. Cada concorrente poderá parti-cipar com uma poesia (digitada ou da-tilografada em duas cópias), que deverá

ser assinada com pseudônimo, colocada em envelope lacrado, juntamente com dados pessoais: nome, en-dereço, CEP, fone, e-mail, cópia do RG e resumo da biografi a. Deverá ser enviada com 15 selos no valor de R$ 1,00, até o dia 30 de setembro para: Concurso de Poesia com Temática Espírita. Caixa Postal 65077, São Paulo (SP), CEP 01318-970.

SOLUÇÕES

Acesse a Agenda Eletrônica Correio Fraterno e fi que atuali-zado com o que acontece no meio espírita. Participe.

www.correiofraterno.com.br

qualquer hora, em qualquer lugar

Dia 19 de agosto, a partir das 08:30h, acontece-rá o Encontro Estadual de Mediunidade, or-AGO

19

Nos dias 10 a 12 de outubro, a cidade de Va-lencia, na Espanha, irá sediar o 6º Congresso OUT

10

O IEEF –Instituto Espírita de Estudos Fi-losófi cos – está com as inscrições abertas AGO

a NOV

As Associações de Divulgadores do Espiritismo, de São Paulo e Campinas realizarão em 25 de SET

25

ENIGMAAntes de se tornar

espírita, Allan Kardec estudou durante muitos

anos dois assuntos ligados ao Espiritis-mo. Que assuntos

são esses?

CRUZADA DO CORREIOElaborado por Tatiana Benites e Hamilton Dertonio, especialmente para o Correio Fraterno

Resposta do Enigma:

Kardec estudou o mag-netismo e o hipnotismo.

Saiba mais www.correiofraterno.com.br

Jantar Dançante Benefi centeDia 10 de setembro, às 20 horas

Local: Restaurante São Judas Tadeu – na rota tradicional do “Fran-go com Polenta”. Av. Maria Servidei Dermarchi, 1749 – São Bernardo do Campo-SP. Você se diverte e ainda colabora!Informações e convites: (11) 4109-8938.

www.laremmanuel.org.br

A Arte Poética Castro Alves deu início ao 20º Concurso de Poesia com Temática SET

30

Dia 10 de setembro, às 20 horasLocal: Restaurante São Judas Tadeu – na rota tradicional do “Fran-SET

10

Um dos livros da

codifi cação

Um dos livros da

codifi cação

Primeira nota

conexão

Laço fl uídico,

cordão de prata

Imperador romano

Consoante de “Lei”

Partedo olho

Utilizado em construção

Cobalto

Preposição que indica

lugar

Glória– – – – –,especilaista em moda

Personagem do livro

“Nosso Lar”

Um dos tipos de me-diunidade

Nome masculino americano

Substitui o usado

Consoantes de DONA

Sílaba de agilidade

Moeda brasileira

Instrumento musical

Preposição que indica

motivo

Sílaba de

“circular”

Novo México

Vogais de “laje”

Raymundo– – – – – – –

autor do livro O pensamento de

Richard Simonetti

Aquele que é adepto ao espiritismo

O mantra mais im-

portante do hinduismo

Substâncias sutis

“Ideia”em

inglês

“Esquerda”em inglês

Oposto de

“não”

Oposto de

“macho”

Interjeição de espanto

Povoa o universo imaginário infantil

4 em algarismos romanos

Satélite natural da

Terra

Desleal

Dá cor aos objetos

EsporteClube

Dupla

Primordial

Término

Redução popular de “senhor”

Relativo à alma

Feminino de “pais”

Educador responsável pela codifi cação espírita

– – – –Meye,

pesquisador e fi lantropo suíço

– – – – –Celulari,

ator

Vogaisde “álcool”

E V E N T O S D O

Page 13: Correio Fraterno 434

JULHO - AGOSTO 2010 CORREIO FRATERNO 13

www.correiofraterno.com.br

AC

ON

TECEU

ealizado em 17 e 18 de julho, no Clube Sírio Libanês, em Uberaba, MG, o III Encontro

Nacional dos Amigos de Chico Xavier reuniu cerca de 1.800 pessoas, com objetivo de resgatar a memória e os ensinamentos deixados pelo médium mineiro.

Promovido pelas Alianças Munici-pais Espíritas de Pedro Leopoldo e de Uberaba, contando com o patrocínio e apoio de diversas entidades, o encontro teve a participação de espíritas de várias regiões do Brasil e também de outros países – Portugal, Espanha e Alema-

R

Amigos mantêm viva a memória de Chico Xavier

nha – apresentando palestras de Sô-nia Maria Barsante Santos, Alexandre Caroli Rocha, Nena Galves, Osvaldo Cordeiro, João Elias, Izabel Mazucatti, Haroldo Dutra Dias e Walter Barcelos. Houve também lançamento de livros e DVDs, homenagens, apresentações musicais e peça teatral.

Os assuntos abordados despertaram atenção pela diversidade em torno do tema que incluiu, por exemplo, evange-lização infantil, a análise de estilos dos autores espirituais em Parnaso de além-túmulo, mediunidade e a comprovação histórica dos romances ditados por

EM HOMENAGEM AOS

100 ANOS DE CHICO XAVIER

Distribuidora e Livraria Espírita UniãoAv. Rangel Pestana, 233/243 - Tel./Fax: (11) 3106-2768Praça da Sé - São Paulo - CEP 01017-000www.ceu.com.br [email protected]

Livros a partir de

R$ 3,00

Emmanuel há mais de 70 anos.Para a amiga Nena Galves, de São

Paulo, encontros como esse são impor-tantíssimos para se preservar a memória de Chico Xavier. “Se os amigos de Chi-co tiverem que se reencontrar, há de ser em Pedro Leopoldo e Uberaba, cidades onde ele nasceu e viveu” – observa.

Durante sua palestra, apresentou um vídeo de 1973, de seu acervo par-ticular, com a entrevista que Chico Xavier concedeu à apresentadora Hebe de Camargo, na qual revela detalhes importantes sobre sua ligação espiri-tual com Emmanuel e o compromisso milenar da dupla com a divulgação do consolador prometido.

– Como seria se o seu guia espiritual,

Emmanuel, reencarnasse em outro cor-po? – pergunta um telespectador.

– Isso tem sido objeto de conversa-ção entre ele e nós. Emmanuel costu-ma dizer que nos espera no mundo do Além para em seguida retornar à vida física. Ele costuma me dizer “quando eu estiver na vida física e você estiver fora do corpo físico, vai ver como é di-fícil entrarmos em contato com vocês e como é difícil orientá-los para o bem”– respondeu Chico.

Nena disse também que Chico acompanhou daqui a preparação de Emmanuel para essa troca. “Mas Chico teve tantas moratórias, demorou tanto, que Emmanuel veio antes”– observou.

Chico desencarnou em 2002.

Nossas crianças também têm esperança

www.laremmanuel.org.br

Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 2955São Bernardo do Campo-SPFone (11) 4109-8938Saiba como ajudar

Por ELIANA HADDAD

DIV

ULG

ÃO

Page 14: Correio Fraterno 434

14 CORREIO FRATERNO JULHO - AGOSTO 2010

www.correiofraterno.com.br

FOI A

SSIM

… Meu fi lho sonhou e descreveu a

própria mortePor PRISCILLA WILMERS Por ALTAMIRANDO CARNEIRO

Rui Barbosa inspirou-se no espiritismo?

le sabia! Ele sabia!” – a voz da minha nora Aline soava angustiada do outro lado da

linha. Pedia para eu checar meus e-mails. Para minha surpresa, lá estava a mensa-gem do meu fi lho, Fernando, datada de 23/01/2007, às 8h50. Três meses depois, no dia 4 de abril, ele desencarnava aos 23 anos, num acidente de avião.

Tudo aconteceu exatamente como ele relatara na mensagem enviada ao celular da esposa, Aline, que só a viu bem depois do fatídico acidente.

Eles estavam casados há cinco me-ses e Nando mostrava-se impressio-nado com um sonho que tivera. Ele era tenente e piloto de caça da Força Aérea Brasileira e estava servindo no esquadrão Escorpião, baseado em Boa Vista, RO. Na mensagem, clara e cheia de detalhes, contava o sonho:

“Ejetei, mas não deu certo. Não sen-ti nada, foi sem trauma. Mas vi que não podia fi car contigo; entrei em depressão. Algumas pessoas diziam que, se a gente se amava, não devia me preocupar por-que era temporário. Um dia você fi caria velha e iria para onde eu estava. Não consegui fi car lá e vim te ver – tu tava toda amorosa no telefone com ‘um cara’ – fi quei mal e voltei. Quando, então, me disseram que na Terra o tempo passava mais rápido que lá. Você tinha superado. Me arrependi daquele voo... foi muito triste e real. Acordei sem o despertador.”

Depois do acidente, foi instituído um inquérito militar, que apurou que a morte do meu fi lho havia sido de fato causada durante a ejeção da cadeira do avião, um Super Tucano. Ao cair, em função da posição e altitude em que estava, o paraquedas não abriu.

Até mesmo o sentimento de ciú-me do sonho, relatado por Nando na mensagem, acabou se confi rmando cerca de um ano e meio depois de sua partida. Presenciei minha nora aten-dendo a um telefonema de um rapaz que estava gostando dela. Naquele momento, senti meu fi lho ao meu lado. Seu campo fl uídico invadiu o meu, assim como o seu perfume. Me emocionei e comecei em pensamento a dizer a ele que era necessário aceitar e compreender que Aline precisava con-tinuar a viver, pois seguiam em planos diversos. Procurei tranquilizá-lo e, assim, também pude ser a amiga que minha nora necessitava naquela hora.

Passados três anos, releio a men-sagem premonitória do meu fi lho e sinto o conforto e o consolo de uma pequena frase colocada logo no iní-cio da mensagem: “não senti nada, foi sem trauma”. Isso é tudo o que qualquer mãe, com o instinto natural de proteção, gostaria de desejar para um fi lho muito amado na hora de sua partida! E foi assim que aceitei o que me cabia, am-parada pelo entendi-mento que a doutrina diariamente me traz, lembrando que a dor sofrida consciente-mente não embrutece, mas eleva. Nos faz en-xergar melhor a vida, esse presente que Deus nos dá sempre em seu imenso amor.

Rui Barbosa tomou conhecimento do Espiritismo quase no térmi-no de sua existência física, graças ao estudo de obras científi cas de sua época, de pesquisadores como William Crookes, Oliver Lodge, Alexandre Aksakof, Ernesto Bozzano, Conan Doyle, Léon Denis, Ca-mille Flammarion, Charles Richet, e que trataram da fenomenologia espírita através de experiências realizadas nos países cultos.

Jurista, político, fi lósofo e escritor, Rui Barbosa de Oliveira nas-ceu em Salvador (BA), em 5 de novembro de 1849 e desencarnou em Petrópolis (RJ), no dia 1º de março de 1923, acreditando numa força divina que governava o Universo.

No livro Escritores e Fantasmas (Ed. Correio Fraterno), o autor Jorge Rizzini cita que na vastíssima biblioteca de Rui, no Rio de Janeiro, exposta à visitação pública, pôde constatar a existência de tais obras científi cas, na língua original, grifadas por Rui Barbosa com tinta vermelha e anotações feitas às margens.

Rui Barbosa não só traduziu a obra O Papa e o Concílio, do pesquisador alemão Joseph Ignaz Von Döllinger (Ed. Leopoldo Ma-chado), como escreveu um prefácio, cuja extensão supera a própria obra. Ele concluiu a tradução da obra (escrita em 1869) em 1877, com apenas 28 anos de idade.

O Papa e o Concílio constitui-se num dos maiores golpes sofridos pela Igreja de Roma. Com tal poder combativo, só se conhece a História dos Papas, do dicionarista Maurice La-châtre. Ambas as obras tiveram suas edições perseguidas pelo Vaticano , quando foram queimados todos os exemplares encontrados, como nos velhos tempos da Inquisição.

Em sua última obra, Oração aos moços –1921 –, dedicada aos ba-charelandos da Faculdade de Direito de São Paulo –, Rui demonstra a sua convicção na impotência da morte.

“E

Uma das páginas do original Oração aos moços. Por ela se pode ver a ânsia de Rui, emendando e reemendando, em busca da forma perfeita. [Arquivo da FCRB.]

Page 15: Correio Fraterno 434

JULHO - AGOSTO 2010 CORREIO FRATERNO 15

www.correiofraterno.com.br

bastante comum o encantamento dos espíritas com o relato de como a vida se resolve nas cidades espiri-

tuais onde o nível moral é mais elevado do que na Terra. Não por acaso o livro Nosso Lar, do Espírito André Luiz, psi-cografado por Chico Xavier em 1944, encontra-se em sua 58ª edição e deve-rá em breve alcançar a impressionante marca – para os padrões brasileiros – de dois milhões de exemplares vendidos. Com o lançamento do filme inspirado no livro, teremos certamente a popula-rização de Nosso Lar em uma escala sem precedentes, o que é algo extremamente positivo do ponto de vista da divulgação da doutrina e das informações alusivas à realidade pós-desencarne.

Quantos de nós já não nos imagi-namos ocupando um espaço, ainda que pequeno, nesta cidade bem planejada, arborizada, protegida espiritualmente, com espetáculos gratuitos em paisagens deslumbrantes, com transporte público de massa que não gera poluição, en-saiando aqui e ali exercícios de volitação (quem volita, segundo o livro, o faz por necessidade, sempre com o cuidado de não se exibir para aqueles que não con-seguem ainda) consagrando a maior parte do tempo à nobre tarefa de nos de-senvolvermos ética e moralmente? Difí-cil não encontrar no movimento espírita quem não tenha se deliciado com essa perspectiva.

Mas precisamos calibrar bem essas expectativas em favor de nosso próprio processo evolutivo. Deslumbramento com o futuro que não chegou é arma-dilha. Dispersão é risco. Nossa realida-de é aqui e agora. Nosso lar planetário reclama cuidados urgentes e postergá-los significa risco iminente de a “casa cair”. Nossos hábitos, comportamentos e padrões de consumo constituem nos

MU

ND

O SU

STENTÁ

VEL

Nosso Lar é aqui e agoraPor ANDRÉ TRIGUEIRO

dias de hoje um conjunto de agressões ambientais em escala global só compa-rável ao bombardeio de meteoros que dizimou a biodiversidade do planeta – e a extinção definitiva de várias espécies, entre as quais os grandes répteis – há 65 milhões de anos. A Humanidade não existia nesse período, mas a atual crise ambiental tem a nossa digital, o nosso DNA, é “crime de lesa-planeta”.

Uma das missões mais importan-tes de todos nós que temos o privilégio de regressar à Terra neste momento tão singular da História é assegurar que as gerações futuras – e provavelmente nós mesmos em sucessivas reencarnações – tenham a chance de viver em um mundo de regeneração ambientalmente saudável. Já parou para pensar que este mundo de regeneração, apesar de mais evoluído moralmente, poderá ser um lu-gar hostil à presença humana em função das mudanças climáticas, da escassez de água doce e limpa, da desertificação do solo, da destruição sistemática da bio-

É

diversidade, da transgenia irresponsável e de outros legados que estaríamos dei-xando para nossos descendentes – e para nós mesmos – num futuro próximo? Se o nosso livre-arbítro é soberano, e nossas

escolhas coletivas forem nesta direção, assim será.

Nosso Lar, no momento, é aqui. E o que está em jogo para nós, os encarna-dos nestes primeiros anos do século 21, é desarmar a bomba-relógio que amea-ça os ecossistemas planetários cada vez mais degradados e exauridos. Por mais fugaz e transitória que seja nossa per-manência neste plano, o mesmo se dá do outro lado da vida, onde estaremos igualmente de passagem. A jornada é longa e em cada etapa desta viagem sere-mos convidados a agir onde estivermos, em favor não apenas de nossa própria evolução, mas também daqueles que nos acompanham a marcha, e do meio que nos acolhe generosamente em cada um das muitas moradas do Pai.

Jornalista, de rádio e tv, André Trigueiro é criador e professor do curso de Jornalismo Ambiental da PUC, RJ. Autor dos livros Mundo sustentável – abrindo espaço na mídia para um planeta em transforma-ção (Globo) e Espiritismo e ecologia (FEB). Site: www.mundosustentavel.com.br.

ESCRITÓRIO

BRASIL

CONTABILIDADE E SERVIÇOS S/C LTDA.

Tel.: (11) 4126-3300Rua Santa Filomena, 305

1º andar - CentroSão Bernardo do Campo - SP

[email protected]

Page 16: Correio Fraterno 434

16 CORREIO FRATERNO JULHO - AGOSTO 2010

www.correiofraterno.com.br

LEIT

UR

A

obra de Tatiana Benites nasceu de um projeto ousado. É dife-rente em tudo: no título, no vi-

sual, na linguagem, na forma divertida e inteligente de comunicar temas nem tão simples, pinçados do grande universo espírita. Tem espíritos no banheiro? não é um livro dedicado a crianças, mas é justa-mente uma – bem sapeca, por sinal – que envolve toda a trama como personagem central. Seu nome: Laurinha.

Com deduções óbvias, peculiares de um mundo infantil e cheio de verda-des atemporais, Laurinha se confunde e se supera a cada história. É ela quem pergunta, responde, argumenta e refl ete sobre temas como psicografi a, médiuns e passagens evangélicas, dentre outros temas, que vão recheando e conduzindo sua caminhada no aprendizado sobre a doutrina espírita.

Aos jovens,Tem espíritos no banheiro? vai fazer rir. Aos adultos, além de diver-tir, vai também provocar uma revisão de conceitos, pela quebra do paradigma da austeridade, convidando-os ao aprendi-zado com humor, num desafi o de se bus-car explicações simples para coisas que são analisadas quase sempre de forma complicada.

Tatiana Benites trabalha com crianças desde 15 anos de idade. E tem um conta-to de mão dupla com suas turmas de edu-cação espírita. Enquanto leva para as salas de aula a alegria, motivação e poder de comunicação, as crianças lhe devolvem um rico material de refl exão e inspiração para os questionamentos de sua persona-gem. A autora confessa que essa criança astuta, na verdade, já fazia parte da sua vida. “Todo mundo tem uma Laurinha dentro de si, que deseja fazer perguntas, muitas perguntas, se expor, criticar, e nem sempre tem coragem”, comenta.

Baseados nessa vivência com crianças e jovens, com seus comentários, dúvidas e questionamentos, nasceram há três

anos os textos que fazem sucesso na seção “Coisas de Laurinha”, no jornal Correio Fraterno. Divertindo e infor-mando os leitores, muitos centros os utilizam também como material de apoio nas aulas de educação espírita para crianças. Essas e outras histórias agora estão reuni-das em livro, num projeto inovador que inaugura um jeito diferente de se falar em espiritismo de uma forma dinâmica e moderna. Afi nal, tudo o que Laurinha diz se encaixa ‘como uma luva’ a todos os espíritos, que em constante processo evolutivo trazem ansiedades, dúvidas e alegrias, crianças de sem-pre que somos, de qualquer tempo e idade.

Já afi rmaram os espíri-tos a Kardec que convicção não se impõe. E mais: que é preciso ensinar a exemplo de Jesus, pela doçura e per-suasão, e não pela força. E é assim mesmo que Laurinha aprende, com a simplicidade natural que tenta desfazer as confusões em que se coloca, nas quais mergulha num processo genuíno de cons-trução do seu aprendizado. Para ela, o espiritismo não é difícil. Nem pesa. É prazeroso, diver-tido, porque nele encontra uma fonte inesgotável de respostas para seus eternos questionamentos. Ela descobre a alegria do processo do conhecimento, aquele que só quem busca e participa pode ter. Tudo traduzido em ares de bom humor, sagacidade e singeleza, sem perder, entre-tanto, o principal: a seriedade intrínseca e indispensável do conteúdo.

Tem espíritos no banheiro?

Por ELIANA HADDAD

A

PROGRAMA UNIVERSO ESPÍRITAPensar e viver com liberdade. A visão espírita dos mais variados e interessantes assuntos. Lançamentos literários, entrevistas e promoções para os ouvintes.Rádio Boa Nova 1450 AM (SP) – Sextas às 14hRádio Rio de Janeiro 1400 AM (RJ) – Sextas às 20h com reprise aos sábados, 23h.

Pensar e viver com liberdade. A visão espírita dos mais variados e interessantes assuntos. Lançamentos literários,

– Sextas às 20h

CORREIO NA RÁDIO. OUÇA E PARTICIPE!

Correio Fraterno: Sempre atual, com o melhor do conteúdo espírita