Dentro dos sacosmagnetesrvk.no-ip.org/casadaleitura/portalbeta/bo... · 2008-02-17 · Papagaio...

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Algumas das “coisas” que saíram de dentro dos Sacos Antes sonhava muito com coisas impossíveis e agora sei sonhar muito mais, ler livros e imaginar muito... muito... Joana As produções que aqui apresentamos foram desenvolvidas com grupos escolares, dinamizadas na biblioteca pelas técnicas que acompanharam os grupos, e na sala de aula, dinamizadas pelas docentes. Na coluna da esquerda estão as indicações e na da direita alguns dos resultados. As práticas que lhes estão associadas foram colocadas no final de cada Saco Andarilho. Optámos por apresentar apenas produções de crianças de primeiro ciclo, mas mais importante do que as produções, foram os processos que levaram à tomada de consciência que elas traduzem. | 1 | | 1 | | 1 | ��

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Algumas das “coisas” que saíram de dentro dos Sacos

Antes sonhava muito com coisas impossíveis e agora sei sonhar muito mais,

ler livros e imaginar muito... muito...

Joana

As produções que aqui apresentamos foram desenvolvidas com grupos escolares, dinamizadas na biblioteca pelas técnicas que acompanharam os grupos, e na sala de aula, dinamizadas pelas docentes. Na coluna da esquerda estão as indicações e na da direita alguns dos resultados. As práticas que lhes estão associadas foram colocadas no final de cada Saco Andarilho. Optámos por apresentar apenas produções de crianças de primeiro ciclo, mas mais importante do que as produções, foram os processos que levaram à tomada de consciência que elas traduzem.

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Eu gostava de ter asas para…

Texto de partida – Palavra que voa.

Texto construído para uma melodia específica – criação colectiva.

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Eu gostava de ter asas para voar, dançar e cantar. Eu gostava de saltar nas nuvens, de escorregar no arco-íris e, ao fim do dia, adormecer na lua.Depois, todos os dias quando acordasse haveria sempre a Natureza à minha espera!Teresa

Papagaio

PapagaioQue voas pelo ar…Como um anjo;Tem asas p’ra voar.

Bis / Bis

Voa, Voa,Papagaio voa.Voa, Voa,Voa pelo ar.

Saco Andarilho O POEMÁRIO

A análise da palavra “papagaio” trouxe a descoberta de novas palavras e esta, levou à criação de novos textos.

Condição: ter muitas das palavras descobertas.

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P A P A G A I O

P A P A

P A G A

P A

G A I O

A I O

P A I O

A I

A P A G A

P I O

P A I

– Pai, quero papa!– Pai, quero pio… pio!...– Ai, magoei-me!– O gaio está a brincar e eu vim ajudar-te e também vim brincar contigo.– Pai, queres brincar comigo?Joana Tavares - 2º ano

As Rimas

Gente Feliz com Lágrimas

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A papa eu como,A papa eu quero comer, Com pipa o gaio pia,O gaio que eu pago E eu também como o paio, Que muito adoro,Que o pai também tem de gostar! Eu vivo em Gaia,Onde eu gosto de estar, Sempre que o pai chega, Sempre que o pai chegar, E à noite as constelações no céu, Que estão a brilhar…Joana Carmelo- 2ºano

Dias…dias… e noites… passadas, um homem sonhaque o seu pai regressa à terra são e salvo. O homem paga para ver o pai lá no céu feliz!João Serra – 2º ano

Livro de partida – Histórias em verso para meninos perversos.

Proposta:Trabalhar desvios a histórias conhecidas.

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A Carochinha casou com o Gato…… O caso policial do Gato atropelado

Era uma vez um Gato que não tinha ninguém, até que um dia se cruzou com a Carochinha. Conversaram e, depois, casaram.Quando o Gato ia para a igreja foi atropelado. O vizinho foi preso porque tinha sido ele a atropelá-loVitória, vitória.Acabou-se a história!António e Pedro – 2º Ano

A Carochinha casou com o Cão…

Uma manhã bem bonitinha, a Carochinha estava a varrer a sua varandinha e, de repente, encontrou um anel com diamantes.– Já sou rica! Já sou rica! Tenho muito dinheirinho para comprar o meu vestidinho! Cantou, cantou e cantou até que se fartou… E depois começou a gritar: – Quem quer, quem quer, quem quer casar comigo?Passou um boi e a Carochinha disse:– Não és muito grande para mim?! Passaram muitos animais até que chegou um cão. Deu-lhe um aperto no coração e no dia seguinte casaram. Mas a Carochinha tinha-se esquecido de uma jóia importante! Então o cão foi buscá-la a casa, mas começou-lhe a cheirar a queimado. Era a casa que estava a arder. Ele começou a sentir-se tão mal que morreu e a Carochinha ficou muito triste.Joana Carmelo e Teresa

Proposta:Auto-retrato com matriz.

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Meu nome é Beatriz mas podia chamar-me Rita, porque é o nome da minha irmã e é pequenino.Tenho uns olhos castanhos como um tronco de árvore, uns cabelos castanhos e quando fico triste o meu coração vai-se abaixo. Se eu fosse um animal seria uma águia. Se eu fosse uma coisa seria uma estrela. Se eu fosse uma flor seria uma Margarida. Mas sou apenas uma menina chamada Beatriz que sonha com ir à lua. Nasci num dia em que estava muito frio e era Domingo. Gosto de ouvir o som da música de cheirar a morango e sentir a chuva a cair.Quando era mais pequena pensava que o Pai Natal existia. Contam-me que eu fazia muitas birras e que tinha medo do mar, mas agora adoro nadar. Os meus poemas preferidos são os que falam de amizade porque são bonitos e quando os leio em voz alta sinto-me feliz. Às vezes fecho os olhos e peço como desejo que a minha prenda de anos seja ir à Eurodisney.Meu nome é Beatriz mas podia chamar-me Rita.Rita – 2º Ano

A partir dos textos de O Brincador de Álvaro Magalhães.

Actividade do projecto Janelas de Leitura.

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Depois de visitar o projecto Janelas de Leitura a professora propõe que recortem também janelas sobre o texto A Viagem no Verde de José Jorge Letria.

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Recortam: Rio, outros peixes, azuis ou vermelhos, água turva, peixe, azul, barco.

Escrevem: Era uma vez um barco que navegava no rio e estava a poluir a água e os peixes azuis e vermelhos morreram. A água ficou turva.

Recortam: Muros, azul, mar, pássaro, fumo, céu.

Escrevem: Os pássaros azuis no céu a voar , as pessoas a cantar ao pé do mar e os barcos a navegar. Um fumo azul por cima do muro aparece e as pessoas vão buscar água para o apagar.

Recortam: Bicho, água, pedra, sol, círculo.

Escrevem: Brilhar para amar. A Água segue em círculo. O sol brilha sem parar, para a pedra brilhar e o bicho cantar.

Recortam: Sementes, estrelas, aves, mar, floresta.

Escrevem: A Natureza. As aves comem sementes e do outro lado é o mar. E aí vão beber água para se refrescarem e para as estrelas voarem.

O Abraço a Picasso como livro de partida.

Se eu estivesse dentro do quadro seria…

Se eu estivesse dentro do quadro seria…

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Uma mulher ao espelho. Via-me ao espelho e gostava de ter totós no meu longo cabelo, mas não seria apenas uma menina normal como todas as outras!Joana Teixeira

Um palhaço para poder sentir as palmas e o riso das pessoas. Subir ao palco e fazer rir as pessoas. Dar gargalhadas e dançar, saltar num trampolim como o vento, deixar-me ir levemente como uma pena. Claro que também seria uma estilista porque gosto de desenhar roupa.Joana Carmelo – 2ºano

Se eu estivesse dentro do quadro seria…

Se eu estivesse dentro do quadro seria…

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Um arlequim que cantava assim: Arlequim, arlequim aos molhos, por causa de ti choram os meus olhos. Arlequim, arlequim sem ti não sou nada para mim.Tiago Aiveca

desenhado com muita poesia engraçada, que fazia rir as crianças. Todos batiam palmas e eu ficava feliz. Depois ia para casa escrever mais poesia para eles rirem mais vezes com os meus livros, cheios de histórias maravilhosas.José Pedro - 2º Ano

Se eu estivesse dentro do quadro seria…

Se eu estivesse dentro do quadro seria…

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Seria um homem que estava a tocar violino e a música seria muito calma. O outro músico estava a segurar as notas da música. Quando a música acabasse começávamos outra vez.Pedro – 2ºano

Seria um peixe-dourado num aquário, Uns meninos a jogar,Um cachimbo a fumar, Uma garrafa a beber, As meninas a dizer: – Sou menina, e tu és igual? Não? Porquê?É que pareces igual a mim! Patrícia

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Título PALAVRA QUE VOA

Participantes Uma turma.

Palavras-chave Criatividade / poesia.

Material 1 exemplar de Palavra que voa, João Pedro Mésseder.Exemplar do texto, omitindo o título: “Papagaio“1 Exemplar do CD “Tanta Troca Tinta”, Artes Performativas de Beja – faixa instrumental 21.Leitor de cd’s.Quadro para registo de produções em grande grupo.Folhas de papel, lápis e borracha.

Descrição da actividade

Introdução No quadro de trabalho é desenhado um sol de ideias e são pedidas às crianças que enunciem palavras feitas para voar

Crianças Contributos orais que são registados no sol de ideias .

Indução 1 – Pois o poema que vamos provar hoje é também uma palavra feita para voar. Não sabemos que palavra é mas, se olharmos com atenção o que o poeta escreveu, talvez consigamos descobrir a palavra misteriosa de que ele está a falar.Distribuem-se pelos pares os exemplares do texto e convidam-se as crianças a fazer uma leitura silenciosa:

“Há palavras feitas para voar num céu de Maio““Leves palavras ao colo do vento”“Construídas com o papel colorido dos teus sonhos”“Tomas uma e soltas o fio que a prende à tua mão”“E a palavra ganha asas”“Eleva-se no ar com o seu ditongo voador”“Até encontrar, no mais alto de ti mesmo”“Um lugar imenso para morar”

– Que palavra será esta? O poeta diz que ela é leve?! Que é construída com o papel colorido dos nossos sonhos?! Uma palavra que, quando soltamos o fio que a prende à nossa mão, ganha asas?! Uma palavra que se eleva no ar?! Que a palavra tem um ditongo?!

Estabelecem-se relações com as palavras do primeiro sol de ideias. O mediador faz uma leitura expressiva do texto, em voz alta.

Palavrasfeitas para

voar

avião pássaro

anjos folha

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Descrição da actividade (continuação)

Crianças Partilham as suas reflexões, constróem hipóteses sobre a palavra mistério.

Indução 2 – Vamos olhar as ilustrações ao som de uma música. Veremos se isto nos ajuda na descoberta?

Crianças Observação e comentários à ilustração.

Indução 3 Descoberto pelas crianças, ou revelado pelo mediador o grupo chega ao título do poema.

– Vamos agora fazer novo sol de ideias com a palavra que dá título ao poema: Papagaio.

Crianças As crianças vão lançando novas enquanto escutam a faixa do instrumental do cd “Tanta troca tinta “– que mais tarde vão utilizar.

Indução 4 – Vamos agora tentar criar uma letra para a melodia que estivemos a ouvir. Um poeta nosso, usando algumas palavras do nosso sol de ideias. Vamos escutar e fazer os batimentos/agora o ritmo/agora comecemos pela palavra principal: PAPAGAIO.Coloca a palavra sobre a melodia. Vai trauteando a melodia, farse musical a frase musical e recolhendo as sugestões .

Crianças Orientadas pelas induções do mediador, as crianças vão construindo um pequeno texto com uma métrica que encaixe na estrutura musical. Em alguns casos este trabalho pode ser feito em pequenos grupos.

Fecho A cantiga com a letra inventada pelo grupo é cantada e normalmente, repetidas várias vezes.

Tempo 40 a 50 minutos.

Observações Actividade inspirada em exercício desenvolvido por Gisela Cañamero. Foi testado com quartos anos de escolaridade no âmbito do saco andarilho “Poemário”. Tem muitas variantes e uma delas pode ser a produção em pequeno grupo na fase final do trabalho.

| Cristina Taquelim |

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Título AS PALAVRAS!

Participantes Uma turma.

Palavras-chave Reflexão metalinguística / Poesia / Escrita.

Material Um ou mais exemplares de O sabor das palavras, de Teresa Martinho Marques. Texto base: “Porquê”. Cópia do texto para cada criança.Quadro de registo para grande grupo.Vários envelopes com as letras de “PALAVRA”, ampliadas.Texto de Eugénio de Andrade: “As Palavras”.

Descrição da actividade

Introdução – “São como um cristal as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio, outras, orvalho apenas.” – hoje, começámos com esta poesia, ou melhor, o princípio de uma poesia que o poeta Eugénio de Andrade criou, para falar das palavras. Lembram-se do poema? “São como um cristal as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas.” Que palavras conhecem que sejam como cristal? E como punhal? E como incêndio? E que sejam orvalho apenas?

Crianças Partilha das reflexões em grande grupo.

Indução 1 – Há tantas palavras. Palavras de muitas formas: redondas, rectangulares, quadradas...Levar o jogo ao limite pedindo também palavras segundo outras características: cores, fáceis ou difíceis, tamanho.– Há palavras compriiiiidas! Quais? Há palavras pequeninas! Quais? Induzir o aparecimento de reflexão de palavras grandes cujo referente é pequeno e palavras pequenas cujo referente é grande; por exemplo: – A palavra Gigante é grande ou pequena? E a palavra libelinha?

Crianças Partilha das reflexões em grande grupo.

Indução 2 – Que confusão! E que difícil é ter que olhar as palavras, de tantas maneiras. Não pensem que esta confusão está só na nossa cabeça. Os poetas também se confundem com as palavras e colocam imensos quês e porquês? Pensam os poetas: Porque será que... a palavra GRANDE é mais pequena que PEQUENA.Confirmam, reflectem sobre as duas palavras que acabam de ser escritas no quadro – Porque será que ... a palavra MAIOR e MENOR são do tamanho da palavra IGUAL – continuam comparando os pares: Mais – Menos / Dez – Oito / Filho - Pai / Bolo – Biscoito / Enorme – Pequenino / Homem – Menino / Sol – Terra / Mar - Serra / Céu – Libelinha / Amor – Sonho - coraçãoEscrevem-se as palavras e reflectem sobre o seu tamanho – A escritora Teresa Martinho Marques fez um poema sobre a dificuldade de se perceber o porquê das palavras, serem assim como são. Escutem.Leitura do texto “Porquê”.

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Descrição da actividade (continuação)

Crianças Escuta e/ou leitura. Pode pedir-se a uma criança que faça uma segunda leitura. Podem ter o texto na mão e seguir a leitura do mediador, etc..

Indução 3 – Como eram os últimos versos?

Mas para um amorAssim tão pequenoEncontrei uma razão:Se fosse maiorComo poderiaMorar nas palavrasSonho e coração?

– Dentro das palavras moram realmente outras palavras. Vamos lá descobrir que palavras moram dentro da palavra “PALAVRA”.

São distribuídos envelopes com as letras da palavra “PALAVRA” e em pequenos grupos as crianças vão trabalhando. Pode usar-se o quadro e fazer-se esta descoberta em grande grupo.

Encontram-se palavras como: PALA / LAVRA / ALA / PA / LA / PARA.

E se alterarmos a ordem das letras ?

VALA / LAPA / RAPA / PARA / APARA / ALAR / PALRA / PARVA /... Que pequenas frases ou pequenos poemas, poderíamos construir com estas palavras?Ex: “Uma PALA. Uma LAVRA. Uma PALAVRA” – este até explica como se forma a palavra PALAVRA!EX: “No princípio, está a PALA. O LA, no meio está. No fim, pobre de mim, só o VRA.”Ex: “Lavra, lavra e semeia a palavra“

O mediador menos experiente deve ter na manga algumas soluções como as anteriormente apresentadas.

Crianças Produção de textos individuais ou em grande grupo.

P A L A V R A

P A L A V R A

P A L A V R A

P A L A V R A

P A L A V R A

P A L A V R A

P A L A V R A...

P A L A V R A

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Descrição da actividade (continuação)

Indução 4 – E se tentarmos fazer o mesmo, com outras palavras? Janela / Solidão / PapagaioDesenvolve-se como a situação anterior

Ex: JÁ! Quero-te JÁ, NELA! À JANELA EX: Um SOL! Não mo DÃO? Que SOLIDÃO!

Crianças Experimentam com uma palavra por grupo, ou tentam fazer colectivamente.

Fecho Os pequenos textos produzidos podem ser agrupados num livro de produções e ilustrados, com recortes de revistas, pintados com manchas de cor, etc.

Tempo 60 minutos.

Observações As produções serão tanto mais significativas quanto mais sugestivas forem as palavras escolhidas. Até à indução 2 a actividade pode dirigir-se para grupos de 1ºe 2º ano de escolaridade. A partir da indução 3, a actividade poderá desenvolver-se com grupos a partir do 3ºano. A competência leitora do grupo que temos em presença é mais determinante que o nível de escolaridade das crianças. Indução 3 Inspirada em Diário de Classe, Bartolomeu Campos Queirós.

| Cristina Taquelim |

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Título HISTÓRIAS COM DESVIOS

Participantes Um grupo até 25 crianças.

Palavras-chave Leitura em voz alta / Escrita / Desvios à narrativa.

Material Exemplar do livro Histórias em verso para meninos perversos, de Roald Dahl.Folhas A4 / lápis e papel.Chapéu de papel.Quadro para escrita em grande grupo.

Descrição da actividade

Introdução – Lembram-se das histórias que vos contavam quando eram mais pequeninos?

Crianças Verbalizam nomes de histórias conhecidas: Capuchinho Vermelho, Três porquinhos, Carochinha, etc.

Indução 1 – Pois dessas histórias todas, vamos partir hoje de uma que vocês conhecem muito bem: o Capuchinho Vermelho. Vamos contar essa história colectivamente usando este chapéu.Sentam-se em círculo e o mediador vai passando à volta do grupo e colocando aleatoriamente o chapéu de contador de histórias na cabeça de cada criança, de forma a que todas contem um pedacinho da história.

Crianças Reconto oral colectivo de história conhecida.

Indução 2 – Pois houve um escritor chamado Roald Dahl que escreveu um livro onde reconta de uma maneira muito engraçada essa história.Mostra o livro explorando a capa e faz a leitura em voz alta da história do Capuchinho incluído Histórias em verso para meninos perversos.

Crianças Escuta.

Indução 3 – Que diferenças tem a história de Roald Dahl da que vocês contaram? Vamos fazer um mapa com as diferenças.O mediador vai registando os contributos e induzindo a reflexão sobre o inicio e fecho da história, as diferenças no tipo de texto, carácter das personagens, objectos que surgem em cada uma das versões, reforçando a noção de desvio.

Crianças Reflectem sobre a proposta do mediador e vão dando contributos para o preenchimento do quadro com os desvios à história tradicional que todos conhecem.

Indução 4 – Agora vamos trabalhar em grupo. Escolhemos outra história bem conhecida e vamos reinventá-la colocando outros elementos como o escritor fez com a do Capuchinho Vermelho.Enquanto as crianças trabalham o mediador vai circulando pelo grupo.

Crianças Escolhem uma história, escrevem uma nova versão para depois ler em voz alta ao grupo, recorrendo ao chapéu do contador, desta feita chapéu de leitor.

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Fecho – Vamos agora em pares, ler em voz alta, uma das outras histórias do livro e descobrir que desvios o autor criou.

Tempo 50 minutos.

Observações Actividade testada com grupos de leitores iniciais e medianos no âmbito do projecto Livros Andarilhos.

| Cristina Taquelim |

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Título AUTO-RETRATO COM MATRIZ

Participantes Grupo até 25 crianças.

Palavras-chave Escrita com condições pré definidas.

Material Folhas com matriz.Lápis e borrachas.Imagens de retratos em pintura e/ou fotografia.

Descrição da actividade

Introdução – Vamos ver estas imagens. São retratos e de alguma forma contam coisas sobre as pessoas que foram pintadas ou fotografadas. O que podemos dizer ou adivinhar sobre elas?Induz a reflexão sobre as características físicas, sobre a postura, cores utilizadas que deixam antever características psicológicas.

Crianças Partilha de reflexões.

Indução 1 – De que coisas gostaria esta pessoa? Quais seriam os seus poemas favoritos? Se fosse um animal, coisa ou flor o que seria? Que nome teria?O mediador vai fazendo algumas perguntas que depois serão retomadas em relação a cada criança, no texto matriz.

Crianças Partilham reflexões. Constroem hipóteses para a história dos retratados.

Indução 2 – Vamos agora fazer um retrato. O nosso auto-retrato. Não será através de uma imagem, mas através de palavras que nos contam e vamos escrever com umas regras bem definidas.Distribui as folhas com o texto matriz e circula pelo grupo apoiando as produções. Exemplo:

Meu nome é ________________ mas podia chamar-me ________________, porque ___________________________ .Tenho uns olhos ______________ como _______________________,uns cabelos ________________ e quando fico triste _______________________________________. Se eu fosse um animal seria ______.Se eu fosse uma coisa seria ______________. Se eu fosse uma florseria _______________. Mas sou apenas ________________ chamada ______________ que sonha com _______________ . Nasci num dia em que _____________________________________ Gosto de ouvir o som _____________________________________ , de cheirar ____________________e sentir _____________________.Quando era mais pequena pensava que ________________________.Contam-me que eu fazia ____________________________________.Os meus poemas preferidos são os que falam de ____________________________________________ porque _________________________________________________________________ e quando os leio em voz alta sinto ____________________________________.Às vezes fecho os olhos e peço como desejo que ___________________________________________________________.O meu nome é ____________mas podia chamar-me ______.”

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Crianças Produzem texto individual a partir da matriz apresentada.

Indução 3 – Vamos ler agora o que escrevemos!

Fecho Leitura em voz alta dos textos produzidos.

Tempo 50 minutos.

Observações Proposta desenvolvida com grupos de leitores iniciais e medianos. O grau de dificuldade da matriz é determinante na escolha que se fizer do grupo. Estratégia desenvolvida a partir de uma outra de Montserrat Sarto, in Animación a la lectura con nuevas estrategias.

| Cristina Taquelim |

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Título O BRINCADOR

Participantes Uma turma.

Palavras-chave Escrita / leitura em voz alta.

Material Um exemplar de O BRINCADOR, de Álvaro Magalhães.Um quadro para registo em grande grupo.7 envelopes com palavras do texto (grande / médico / professor / trabalhar / noite / escola / aprender / pensar / fazer/ brincar/ sonhar / imaginar/ imaginador / mãe / ser / profissão / crescida / suspirar / vida / acreditar/ quero / crescer / morte / porta / não / verde / rabiar / sepultura / escrever / brincador / simples / cedo / manhãs / palavras).6 cartolinas, lápis, cola e borrachas.

Descrição da actividade

Introdução Reflectir sobre o livro: título, ilustração, autor, ilustrador, o recorte da capa.– Vocês sabem o que é um brincador?

Crianças Partilha de reflexões em grande grupo.

Indução 1 – O primeiro texto deste livro dá o titulo ao livro : “O brincador”. Nele encontramos imensas palavras. Vou distribuir algumas dessas palavras por todos.

– É um texto que fala do mundo das crianças e do mundo dos adultos. Gostava de vos convidar a dizer se, a palavra que têm na mão, pertence ao mundo das crianças ou ao mundo dos adultos – traça no quadro duas colunas.

Crianças Cada criança lê a sua palavra em voz alta, diz em que mundo a quer colocar e porquê. Dirige-se ao quadro e coloca-a na coluna que escolher. Por vezes, há crianças que não querem justificar e essa vontade deve ser respeitada.

Indução 2 – Vamos lá ler agora em voz alta todas as palavras que vocês colocaram no mundo dos adultos. E agora as que colocaram no mundo das crianças.

Crianças Leitura em voz alta.

Indução 3 – Usando as palavras do autor, vamos agora tentar construir um novo texto. – formam-se grupos para sua produção. – Podem usar só as palavras do mundo das crianças, só as do mundo dos adultos ou ambas. Podem também ir buscar outras que necessitem para unir o texto.

Crianças Produção escrita. As palavras são ordenadas e as ligações entre elas são escritas a lápis. Obtém-se uma mancha gráfica com colagem e texto escrito. Procede-se de seguida à leitura das produções de cada grupo, pelos próprios ou pelo mediador.

Fecho Leitura expressiva do texto do autor. Relacionar as produções infantis com o texto lido.

Tempo 60 minutos.

Observações Exercício testado com crianças a partir do 2º ano de escolaridade. Pode ter muitas variantes em função da competências do grupo, pelo que bastará variar o número de palavras, para já se conseguir bons resultados a partir do 2º ano de escolaridade.

| Cristina Taquelim |

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Título COMO O PICASSO...

Participantes Grupo até 25 crianças.

Palavras-chave Expressão artística / Escuta / Criatividade / Jogo cooperativo.

Material Exemplar do livro Diário Inventado de uma Menino já Crescido, de José Fanha. Exemplar do livro O Abraço de Picasso, de José Jorge Letria.Reproduções de pinturas de Picasso sequenciadas de forma a iluminar o texto de José Jorge Letria e ilustrar a evolução artística do pintor e os seus dados biográficos. Tintas, pincéis de média dimensão, folhas grandes. Um espelho médio.O mediador necessita de fazer uma leitura sobre a biografia do pintor.

Descrição da actividade

1ª Sessão Introdução – Conhecem o vizinho Orlando? Não? Pois eu apresento. O vizinho Orlando mora dentro deste livro – mostra Diário Inventado de uma Menino já Crescido – e tem um filho. Conta o José Fanha, o autor deste livro, que o miúdo é um convencido. Vejam lá o que um dia aconteceu – lê em voz alta o texto «Como o Picasso».

Crianças Escutam a leitura em voz alta.

Indução 1 – E vocês, sabem quem foi o Picasso? Pelo texto que acabaram de escutar conseguiram descobrir alguma coisa? O que pintou?

Crianças Partilham reflexões e registam-se as produções orais das crianças.

Indução 2 – Preparámos um conjunto de imagens que nos vão ajudar a conhecer melhor este pintor e encontrei um livro de José Jorge Letria que tem um poema lindo sobre Picasso. Vamos ver umas imagens e ler uns fragmentos deste poema para conhecermos quem foi e o que pintou.O mediador apoiado nas imagens vai apresentando o pintor e a sua evolução, lendo fragmentos do texto, previamente seleccionados, ou pedindo a colaboração de uma criança. Interessa uma apresentação participada, viva, pouco expositiva, induzindo comparações entre obras, temas, criando histórias dentro dos quadros, até se chegar ao cubismo e ao quadro Mulher ao Espelho.

Crianças Partilham reflexões, associam, relacionam informação, buscam explicações para, por ex: certos quadros serem tão escuros, com cores azuis, tão frias, tristes, etc....

Indução 3 – Eu acho que o filho do vizinho Orlando não conhecia bem o Picasso. Vejam este quadro: – mostra uma ampliação da Mulher ao espelho sem revelar o título. – Este quadro tem um segredo. Descobrir o seu título ajuda-nos a revelar esse segredo.

Crianças Levantam hipóteses de títulos e tentam adivinhar o segredo da pintura em questão.

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Indução 4 O animador vai conduzindo o olhar para as diferentes formas geométricas utilizadas, as cores, o número de figuras representadas até chegarem a ao tema do quadro: – Como está esta mulher? Que forma tem o espelho? Qual das figuras será a da mulher? Que diferenças existem entre as duas figuras representadas? Não estão iguais?!... Porque terá o pintor feito assim? Quando pinta, Picasso vai para além da realidade, pinta o que existe e o que quer exagerar, acrescenta coisas que não estão no espelho mas que ele quer ver... ou quer mostrar na sua pintura.

Crianças Partilham reflexões.

Indução 5 Formam pares e dividem as tarefas: uns fazem de pessoa outros fazem de espelho: Um faz de espelho. Outro faz de menino. O menino movimenta-se muito devagar e o espelho reflecte-lhe os movimentos. Não se tocam. Temos de fazer tão devagar que pareça mesmo uma imagem reflectida. Trocam de papéis.

Crianças Seguem as indicações e desenvolvem a actividade.

Indução 6 – Agora vamos ser cubistas como o Picasso e pintar o nosso retrato. Vamos mirar-nos num espelho verdadeiro e depois pintamos o nosso retrato usando figuras geométricas como ele fazia!Interessa que o mediador acompanhe a produção, estabelecendo comparações com as imagens que viram, chamando atenção para o preenchimento total da folha, para o uso das figuras geométricas. Pode pôr música de suporte à actividade plástica. Pode tirar partido das produções para salientar elementos que caracterizam o trabalho de Picasso: – Olha que bem, estás a usar as cores que ele usava! Usas muito o azul como ele fazia na fase azul, ou tantas formas geométricas... estás mesmo cubista!

Fecho Observam todas as produções como se estivessem numa galeria e comentam as produções uns dos outros.

2ª Sessão Indução 1 – Vamos regressar os nossos retratos e olhar para elas com atenção.

Crianças Comentam as suas produções, avaliando o produto final e o seu grau de satisfação com o mesmo.

A propósito do Diário Inventado de um Menino já crescido, de José Fanha foi criado um outro diário onde se pudessem escrever as histórias secretas de cada um. Por serem diários e secretos apresentam-se apenas pequenos excertos...

(...) a história mais bonita de todas é a do dia em que eu nasci. Basta pedir à minha mãe: – Conta-me uma história... e ela começa assim: – Era uma vez eu, era uma vez tu... Diário Inventado de um menino já crescido”

Proposta:Mãããe...., Paaaai ...!Que coisas me podes ajudar a escrever sobre o dia em que eu nasci?

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Saco dos segredos

Proposta: Em segredo… escreve sobre as coisas que te fazem medo… escreve… mas não contes a ninguém!

“… Eu cá tenho medo que me farto! Às vezes até gosto de ter medo. Mordo os lábios. Fecho as mãos com muita força. Encolho muito o pescoço e fico à espera. E o medo cresce e cresce e cresce.Em: “Diário Inventado de um menino já

crescido”

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Título Diários

Participantes Um grupo até 25 crianças.

Palavras-chave Memória / Histórias de vida / Diários

Material 1 exemplar de Diário Inventado de um Menino já Crescido, de José Fanha.Foto de cada criança.Folhas de papel com imagem colada e lápis ou cadernos simples para começar o seu diário.

Descrição da actividade

Introdução (Pediu-se previamente que cada criança trouxesse uma fotografia sua de quando era bebé)

– Quero apresentar-lhes um livro novo. – mostra a capa do livro oferecendo-a à leitura do grupo, chamando a atenção para a ilustração da capa, o título e autorias. – Vejam a ilustração. Tem um rosto de um menino como se tivesse sido desenhado e depois tivesse levado uma aguada de tinta, uma aguarela. O que estará a fazer, ou a pensar este menino? Se é um diário que histórias guardará dentro? Se é inventado serão histórias que aconteceram de verdade ou são inventadas pelo escritor?Explora todo o exterior do livro e faz a leitura do texto de apresentação da contracapa, convidando as crianças, a partir desta leitura, a construírem hipóteses sobre o que vão encontrar.

Crianças Partilham reflexões.

Indução 1 – Vou ler duas ou três histórias para ver se são como imaginámos.Faz a leitura de alguns títulos e lê em voz alta algumas histórias do livro: “De manhã”, “A escola”, “Barba na Cara”, “As gajas são lixadas...” (importa fazer uma leitura em voz alta, bem marcada, expressiva e parar antes que o grupo dê sinais de cansaço).– Que tipo de histórias serão estas?

Crianças Partilham reflexões.

Indução 2 – São histórias um pouquinho verdadeiras e um pouquinho inventadas que falam da família, dos amigos, dos medos e das coisas que o escritor pensava. São histórias que fazem parte da memória do escritor. A fotografia que vocês trouxeram também conta um bocadinho da vossa história, de quando eram bebés e isso faz parte da vossa memória. Querem mostrar a vossa fotografia e falar um bocadinho dela ou até contar uma história engraçada que tenha acontecido quando vocês eram mais pequeninos?

Crianças Partilham as fotografias e oralmente contam as suas histórias.

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Indução 3 – Tantas histórias que guardamos na memória e que podem ser guardadas num diário. Eu também trago uma imagem que não sendo uma fotografia, fala da pessoa que mais histórias me contava.Mostra a imagem. – É uma imagem, redonda e perfumada, pintada por Klint e por aqui podem adivinhar quem era a pessoa que mais histórias me contava? O José Fanha diz assim no seu livro: “Eu era capaz de passar cem anos a ouvir contar histórias ... Gosto de todas elas... e a mais bonita de todas é a do dia em que eu nasci. Basta pedir à minha mãe: – Conta-me uma história... E ela começa assim: – Era uma vez eu, era uma vez tu...”

Fecho – Que história poderia a vossa mãe contar sobre o dia em que vocês nasceram? Vamos perguntar-lhe e pedir que vos ajude a escrever essa primeira história. A primeira do nosso diário de meninos ainda meninos.

Tempo 60 minutos.

Observações Esta actividade foi desenvolvida num grupo de trabalho continuado de leitores iniciais (2º ano de escolaridade) com quem se trabalhou o Saco dos segredos e onde estão 25 exemplares do Diário Inventado de um menino já crescido. Este livro, e o cruzamento com outros textos e livros, deu origem a um diário individual que designámos de Diário inventado de um menino ainda menino, e no qual se foram associando pinturas e pequenos excertos indutores de novas memórias e histórias. O facto de ser um diário e secreto, foi particularmente bem aceite pelas crianças e um precioso pretexto para o exercício da escrita.

| Cristina Taquelim |

Na busca de relações inter-textuais chegamos a um cavalo marinho seco e ao texto de José Eduardo Agualusa “O pai que se tornou mãe” do livro Estranhões & Bizarrocos.Criam-se novos pontos de partida para ler e escrever.

Proposta: «Quando eles nascerem mostra-lhes o mar.»

... e se tu fosses um desses cavalos marinhos? Que contarias sobre os lugares que visitaste, os encontros que tiveste, os medos e as alegrias que sentiste. Dá um título ao teu texto.

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Os meus pequeninos cavalos-marinhos

Era uma vez 24 cavalos-marinhos e um deles era eu! Tinha a pele colorida.Um dia o meu pai lembrou-se que a Maria lhe tinha pedido para nos mostrar o mar e assim foi… Vi outros cavalos-marinhos, visitei uma gruta, tive muito… muito medo, mas quando saí senti um alívio e encontrei um peixe a quem perguntei:– Queres ser meu amigo?Ele disse que sim e tive o meu primeiro amigo nesse dia tão especial.Aiveca - (E.B.1 Nº1 de Beja/2ºA)

O mar da ilha secreta

Eu sou um pequeno cavalo-marinho.A minha cor é amarelo-torrado e o meu pai diz que os meus olhos são castanhos da cor da canela. Na visita pelo mar encontrei alforrecas e estrelas-do-mar.Passei pela ilha secreta e vi milhares de alforrecas! Aquele lugar secreto era cheio de sol e à noite, na escuridão, brilhavam palmeiras que pareciam cantar…Joana - (E.B.1 Nº1 de Beja/2ºA)

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As minhas aventuras

Eu sou um cavalo-marinho da cor do arco-íris.Quando visitei o mar vi peixes, mas tive medo dos tubarões!Gostei muito de conhecer os golfinhos e as focas que eram muito bonitos.Enrolado nas algas verdes fui parar a uma praia com palmeiras muito lindas e cocos deliciosos. Havia animais bonitos e simpáticos, fofinhos e peludos com olhos lindos. Também havia árvores com maçãs muito vermelhas.Rita - (E.B.1 Nº1 de Beja/2ºA)

Os cavalos-marinhos bebés

Nós somos 24 cavalos-marinhos e o nosso pai leva-nos a sítios espantosos.Já visitámos barcos antigos dos piratas, castelos afundados e até fizemos amizade com algumas meninas e meninos.Um dia apaixonei-me por um lindo cavalo-marinho. Casámos e tivemos dezenas de filhos…Beatriz - (E.B.1 Nº1 de Beja/2ºA)

O cavalo-marinho e as profundezas do mar

Eu sou um cavalo-marinho e chamo-me Leninha.Nasci no mar, sou da cor das estrelas-do-mar e em mim há um brilho que me faz amar.Meu pai mostrou-me o mar e quase fiquei a delirar. Vi como é lindo e disse ao meu pai que queria lá voltar.– Porque não?Vi como o mar é mágico e belo, cheio de segredos e emoções.As sereias mostraram-nos o tesouro das profundezas do mar e quando voltei escrevi um livro sobre este dia magnífico…Joana - (E.B.1 Nº1 de Beja/2ºA)

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No fundo do mar

«Quando eles nascerem mostra-lhes o mar.» Estava ansiosa por nascer para poder nadar! Finalmente nasci e fui conhecer o mar…Vi bonitos peixes azuis, amarelos e vermelhos. Depois fui apanhar conchas de vários feitios, muito giras e vi golfinhos azuis e cinzentos. Também vi um tubarão e tive muito… mas muito medo e corri a esconder-me atrás de uma rocha onde havia muitas algas.Madalena - (E.B.1 Nº1 de Beja/2ºA)

Os cavalos-marinhos bebés

Eu moro numa praia.Eu gostei muito… muito de ver o mar quando o meu pai me levou, mas foi pena não conhecer a minha mãe!Carolina - (E.B.1 Nº1 de Beja/2ºA)

Era uma vez

Fui passear com o meu pai E conheci o mar.Vi algas roxas e batatas, Vi professoras e estrelas, Vi aparas e canetas, Vi cordas do general António, Vi afias em forma de canetas E oficinas de formas esquisitas.António - (E.B.1 Nº1 de Beja/2ºA)

A construção de relações entre textos e imagens proposta no projecto Janelas de Leitura, foram o pretexto para a produção de frases e pinturas ruidosas – 1º ano.

Nadir Afonso

Está tanto barulho O amigo não acha? Vou já apagá-lo Com uma borracha .Luísa Ducla Soares

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1º Ano / EB1 Nº 3

1º Ano / EB1 Nº 3

Saco Andarilho UMA MÃO CHEIA DE HISTÓRIAS

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1º Ano / EB1 Nº 3

1º Ano / EB1 Nº 3

Texto de partida: “O laranja e a laranja” de António Torrado e Maria Alberta Menéres. A descoberta de outras palavras homónimas leva à criação de novos textos.

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O Rosa e a Rosa

O rosa encontrou a rosa e pediu-lhe uma rosa. E ela deu-lhe um texto em prosa.

O texto era tão lindo, Que o rosa foi indo.

O rosa encontrou a rosa e pediu-lhe um texto em prosa E ela deu-lhe uma rosa

Não fez mal terem trocado as coisas Os rosas e o texto ficaram muito amigosAndré e Tiago – 4ºano

Ama

Eu tenho uma ama Que se chama Ana

Eu tenho uma mana Que se chama Diana.

Eu tenho uma Liliana Que é minha ama.

Eu tenho uma amaQue ama a minha mana.Luís – 4ºano

SACO DE AUTOR, criado sobre António Torrado

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A rosa cor-de-rosa

Dentro do meu coração há uma rosaque me fazsoltar a paixão.

A rosa cor-de-rosa que me faz soltar a minha alegria todos os dias.

Na costa do marVejo um rosa bonita rosa que me faz sonhar

Rosa cor-de-rosa cabeça no arRaquel - 4ºano

Los Mistérios de Mister Burdick foi o livro que serviu de pretexto para escrever segundo condições pré-determinadas e experimentar a ilustrar a carvão.

A Biblioteca do Senhor Linden

Ele tinha-a prevenido sobre o livro. Agora era demasiado tarde

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4ºano / EB1 Nº5

O menino maravilha

Uma vozinha perguntou: - É ele?

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4ºano / EB1 Nº5

A casa da Rua Rosa

Foi uma descolagem perfeita.

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4ºano / EB1 Nº5

Debaixo do tapete

Passaram duas semanas e voltou a acontecer

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O capitão Tory

Moveu o seu farol três vezes e lentamente apareceu a barca.

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