Didatica do ensino de portugues no ef

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DIDÁTICA DO ENSINO DA LINGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL

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Língua Portuguesa nos anos finais do ensino fundamental

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DIDÁTICA DO ENSINO DA LINGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL

SERRA – ES

1 EMENTA

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FASE – FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA SERRA

Conhecimento gramatical de acordo com o padrão culto da língua. Estrutura fonética: encontros vocálicos e consonantais, dígrafo, divisão silábica, ortografia, acentuação gráfica. Classes de palavras: classificação, flexões nominais e verbais. Teoria Geral da Frase e sua análise: orações, períodos e funções sintáticas. Sintaxe de concordância: concordâncias verbal e nominal. Colocação de pronomes: próclise, mesóclise, ênclise. Pontuação.Crase. Interpretação de texto.

2 OBJETIVOSDesenvolver competências e instrumentos básicos de operacionalização do conhecimento científico-didáctico, valorizando o rigor e a inovação. Adquirir uma adequada percepção das implicações da transitividade e da transversalidade da língua materna e do seu património cultural, em contexto escolar e extra-escolar. Exercitar a auto-reflexão como estratégia de formação, desenvolvendo a capacidade de teorização a partir das práticas e vice-versa.

3 conteúdo programático

INTRODUÇÃO - O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA SOCIEDADE DA INFORMACAO

UNIDADE I – LINGUAGEM FORMAL E LINGUAGEM INFORMAL

UNIDADE II – TEORIA GERAL DA FRASE E SUA ANÁLISE: ORAÇÕES, PERÍODOS E FUNÇÕES SINTÁTICAS.

UNIDADE III – PONTUAÇÃO

4 METODOLOGIA DE ENSINOA metodologia de ensino nos Cursos de Extensão permite ao aluno não presenciar aulas em um ambiente formal de ensino, com datas e horários marcados. Este método proporciona ao aprendiz mais liberdade de escolha quanto aos momentos que ele julga apropriados para os estudos. Estas condições do ensino à distância são definidas, basicamente, como separação espacial e temporal entre professor e aluno, no entanto, isso não implica na falta total de relação entre eles.

SUMÁRIO

Introdução

O processo ensino-aprendizagem na sociedade da informação..................................................04

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Unidade I Linguagem formal e linguagem informal.....................................................................................06

Unidade II

Teoria geral da frase e sua análise: orações, períodos e funções sintáticas................................28

Unidade IIIPontuação....................................................................................................................................45

Simplificando....................................................................................................................58

Bibliografia..........................................................................................................................59

A forma clássica de conhecimento presente nas escolas centrava-se na figura do professor, sendo este tratado como o “possuidor do conhecimento”. Compreendemos transformações nesse cenário. Na era da informação, num mundo globalizado, que o espaço de saber do docente foi dando espaço ao de mediador e problematizador do aprender ele passou a ser visto como aquele que provoca os alunos, mostrando-lhes, entre as várias probabilidades de aprendizagem, caminhos que poderão ser percorridos. O papel da escola e do professor não é divulgar informações, mas excitar o conhecimento. A escola da informação e da memorização deve dar lugar à escola do conhecimento e da descoberta.

A descoberta e a construção de modos criativos de conhecimento, usando as múltiplas e diversas modalidades de informação já disponíveis, devem ser o foco da educação escolar. O aluno e o professor

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apresentarão à sua disposição recursos tecnológicos atuais e de grande interesse. Esses recursos podem funcionar como mediadores culturais, isto é, instrumentos que permeiam significantemente a relação com o mundo. Um dos principais mediadores do processo de ensino-aprendizagem perante o uso da internet continua sendo o professor. A educação precisa de mediadores, de pessoas que saibam escolher o que é mais importante para cada um de nós em todas as áreas da nossa vida, que garimpem o essencial, que nos orientem sobre as suas consequências, que traduzam os dados técnicos em linguagem acessível e contextualizada.

Nesse cenário, o professor é o elemento essencial neste processo de mediação do aprendizado do aluno, sendo sua função ensinar ao aluno novas formas de leitura, possibilitando-lhe ler nas entrelinhas sem se impressionar com a aparência e a forma, permitindo-lhe também confirmar ou questionar as fontes e a veracidade ou a qualidade de citações e, acima de tudo, da informação. Dessa forma, tanto o papel do professor como o do aluno mudarão. Aquele passará a ser o intermediador, ajudando o aluno a analisar as fontes de informação que possuem as melhores evidências sobre um determinado fato ou assunto, centrando sua atenção não mais na função de transferência de informações, mas sim na de mediação do saber. Já o aluno deverá deixar a posição de passividade, na qual apenas recebia informações de livros e do professor, para se tornar um ser mais participante do seu processo educativo.Então, professor e aluno terão de aprender a lidar com as novas tecnologias e também com os modelos tradicionais para adquirir as informações necessárias para sua formação profissional e pessoal. Como se percebe, o desafio não é simples, requer que professores e alunos se preparem para trabalhar com um universo tecnológico no qual eles ainda estão se iniciando. Vivemos uma época em que o ensino presencial e a difusão pela internet acabarão se complementando. No processo educativo, as pessoas devem desaprender certos métodos, embora mantenham intactos o seu leque de conhecimentos. Novas estratégias de ensino-aprendizagem foram e estão sendo concebidas com o uso das novas tecnologias da informação e da comunicação no campo da educação. Com a internet, alunos e professores introduzem formas diferentes de lidar com a informação e com o conhecimento.

Assim, a internet começa a ser um meio privilegiado de comunicação entre professores e alunos de modo que exige postura dinâmica de ambas as partes. Ao professor cabe o papel de orientar, estimular e acompanhar as atividades e pesquisas realizadas pelos alunos. Aos discentes, cabe a função ativa no manuseio de informação digital para a construção de seu conhecimento pessoal. O objetivo é educar os estudantes para a autonomia, permitindo-lhes que criem seu próprio saber, de acordo com seu ritmo. Assim, ensinar ou aprender, na era da informação, exige mudanças nos paradigmas de ensino. O importante é utilizar as tecnologias de forma que nos ajudem a aprender, levando-nos a transformar informação em conhecimento e, mais ainda, em sabedoria, pois a interligação permite aperfeiçoar o pensamento reflexivo como instrumento de emancipação humana.

No que tange a aprendizagem e ao conhecimento, chegamos a uma transformação sem precedentes das ecologias cognitivas. A sociedade da informação, também considerada sociedade da aprendizagem, tem, nas novas tecnologias da informação e da comunicação, seus elementos essenciais para organizar o mundo. As novas tecnologias assumem um papel ativo e co-estruturante nas formas de aprender e de conhecer. Assim, o processo de conhecimento se transforma intrinsecamente em uma versatilidade de ações, escolhas, alternativas seletivas e comprovações de caminhos errados ou certos. O importante é

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que o aluno “aprenda a aprender” e a ter consciência de que tudo muda e que nada é seguro, pois o conhecimento/saber é uma aventura improvável que comporta em si mesma, permanentemente, o risco de ilusão e de erro. O que se destaca nesta definição é a importância de os professores se prepararem para ajudar seus alunos a lidar não com as verdades e certezas absolutas, mas sim com as incertezas do saber e da vida.

Este papel de mediador e instigador do conhecimento, que o educador passa a assumir na era da informação, não reduz nem minimiza sua responsabilidade com a formação do sujeito, muito pelo contrário, deve contribuir para uma formação humana e ético-social. Logo, a escola não deve ser oficina isolada onde se prepara o indivíduo, mas o lugar onde, numa situação real da vida, indivíduo e sociedade constituam uma unidade orgânica. Fazer o resgate de princípios humanísticos é também tarefa que cabe à escola realizar na figura de seus docentes.

Os conceitos de linguagem formal e linguagem informal estão sobretudo associados ao contexto social em que a fala é produzida. Num contexto em que o falante está rodeado pela família ou pelos amigos, normalmente emprega uma linguagem informal, podendo usar expressões normalmente não usadas em discursos públicos (palavrões ou palavras com um sentido figurado que apenas os elementos do grupo conhecem). Veja:

Esse menino é tão levado, que dá nó em pingo d’água.Cara, você é mais enrolado que fumo de rolo.

Veja que as frases acima não são formais e estão em sentido figurado, ou seja, fora de seu sentido comum. Na 1ª frase ‘’levado’’ significa bagunçeiro e ‘’ dá nó em pingo d’água’’ significa fazer bagunças impossíveis.

A linguagem formal, pelo contrário, é aquela que os falantes usam quando não existe essa familiaridade, quando se dirigem aos superiores hierárquicos ou quando têm de falar para um público mais alargado ou desconhecido. É a linguagem que normalmente podemos observar nos discursos públicos, nas reuniões de trabalho, nas salas de aula, etc. Veja:

Deveras, houve total êxito bilateral na homérica negociação.As palavras escolhidas na frase acima demostram uma grande preocupação com

formalidade, isto é a siginificação mais seletica e complexa do vocabulário. ‘’Deveras’’ significa ‘’de fato’’, ‘’êxito’’ significa ‘’sucesso’’, ‘’bilateral’’ para ‘’ambas as partes envolvidas’’ e ‘’homérica’’ significa ‘’grandiosa’’.

Conotação e denotação

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Nos textos literários nem sempre a linguagem apresenta um único sentido, aquele apresentado pelo dicionário. Empregadas em alguns contextos, elas ganham novos sentidos, figurados, carregados de valores afetivos ou sociais.

Quando a palavra é utilizada com seu sentido comum (o que aparece no dicionário) dizemos que foi empregada denotativamente.

Meu revólver foi comprado ontem.Quando é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum, dizemos que

foi empregada conotativamente. Este recurso é muito explorado na Literatura.Pedro, corte a manga que está sobre a mesa.

Veja que na frase acima a eficácia da comunicação fica comprometida, pois a palavra manga apresenta sentido conotativo. E se sobre a mesa estiver uma manga, a fruta, uma faca, uma camisa com manga e uma tesoura. Como Predro saberá o que necessita cortar?

A linguagem conotativa não é exclusiva da literatura, ela é empregada em letras de música, anúncios publicitários, conversas do dia a dia, etc.Ortografia

A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua.

As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal). As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando tem a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas, quando tem o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar).

Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras:

O fonema s:Escreve-se com S e não com C/Ç:

as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensualEscreve-se com SS e não com C e Ç:

os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou meter

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Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter - submissão

quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por sExemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir

no pretérito imperfeito simples do subjuntivoExemplos: ficasse, falasseEscreve-se com C ou Ç e não com S e SS:

os vocábulos de origem árabe:Exemplos: cetim, açucena, açúcar

os vocábulos de origem tupi, africana ou exóticaExemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique

os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço

nomes derivados do verbo ter.Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção

após ditongosExemplos: foice, coice, traição

palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorçãoO fonema z:Escreve-se com S e não com Z:

os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos.Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.

os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.Exemplos: catequese, metamorfose.

as formas verbais pôr e querer.Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.

nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão

os diminutivos cujos radicais terminam com sExemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho

após ditongosExemplos: coisa, pausa, pouso

em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisarEscreve-se com Z e não com S:

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os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivoExemplos: macio - maciez / rico - riqueza

os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)Exemplos: final - finalizar / concreto - concretizar

como consoante de ligação se o radical não terminar com s.Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinhoO fonema j:Escreve-se com G e não com J:

as palavras de origem grega ou árabeExemplos: tigela, girafa, gesso.

estrangeirismo, cuja letra G é originária.Exemplos: sargento, gim.

as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.Observação:Exceção: pajem

as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.

os verbos terminados em ger e gir.Exemplos: eleger, mugir.

depois da letra "r" com poucas exceções.Exemplos: emergir, surgir.

depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.Exemplos: ágil, agente.Escreve-se com J e não com G:

as palavras de origem latinasExemplos: jeito, majestade, hoje.

as palavras de origem árabe, africana ou exótica.Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.

as palavras terminada com aje.Exemplos: laje, ultrajeO fonema ch:Escreve-se com X e não com CH:

as palavras de origem tupi, africana ou exótica.Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.

as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).Exemplos: xampu, lagartixa.

depois de ditongo.

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Exemplos: frouxo, feixe. depois de en.

Exemplos: enxurrada, enxovalObservação:Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)Escreve-se com CH e não com X:

as palavras de origem estrangeiraExemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.As letras e e i:

os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra. os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue.

Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela

grafia i: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).

Uso dos porquês

O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.

Por queO por que tem dois empregos diferenciados:

Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:

Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)

Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.

Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)

Por quê

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Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão’’. Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.

PorqueÉ conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)

Porquê

É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.

Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)

Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)

Dúvidas ortográficas frequentes

Mal/ Mau

Mau- é o antônimo de bom.Mal – é o antônimo de bem.

O mal do século é a solidão.Ele não é um mau jogador.

Mas/ Mais

Mas- é conjunção de adversidade. Representa ideia contrária e pode ser substituída por porém, contudo, entretanto, todavia.

Mais- é advérbio de intensidade. Rpresente ideia de quantidade/ intensidade. Compramos mais pizza para o lanche.

Estudamos para a provas, mas não tiramos uma boa nota.

A, Ah, Há

A- Pode ser artigo ou preposição.A garota foi bem na prova.

Cheguei a sua casa.O partirá daqui a duas horas.

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Ah – é uma interjeição, que demostra sentimento, sensação, espanto. Ah, que calor insuportável?

Há- quando o verbo haver é impessoal ou quando demostra tempo decorrido.

Há quatro novos alunos em minha escola.Há meses isso vem acontecendo comigo.

Estrutura fonética: encontros vocálicos e consonantais, dígrafo, divisão silábica, acentuação gráfica

Vogal São as cinco já conhecidas - a, e, i, o, u -quando funcionam como base de uma sílaba. Em cada sílaba há apenas uma vogal. NUNCA HAVERÁ MAIS DO QUE UMA VOGAL EM UMA MESMA SÍLABA. Consoante Qualquer letra - ou conjunto de letras representando um som só - que só possa ser soada com o auxílio de uma vogal (com + soante = soa com...). Na fonética são consoantes b, d, f, g (ga, go, gu), j (ge, gi, j) k (c ou qu), l, m (antes de vogal), n (antes de vogal), p, r, s (s, c, ç, ss, sc, sç, xc), t, v, x (inclusive ch), z (s, z), nh, lh, rr. Semivogal São as letras e, i, o e u quando formarem sílaba com uma vogal, antes ou depois dela, e as letras m e n, nos grupos AM, EM e EN, em final de palavra -somente em final de palavra. Quando a semivogal possuir som de i, será representada foneticamente pela letra Y; com som de u, pela letra W. Então teremos, por exemplo, na palavra caixeiro, que se separa silabicamente cai-xei-ro, o seguinte: 3 vogais = a, e, o; 3 consoantes = k (c), x, r; 2 semivogais = y (i, i). Representando a palavrafoneticamente, ficaremos com kayxeyro. Na palavra artilheiro, ar-ti-lhei-ro, o seguinte: 4 vogais = a, i, e, o; 4 consoantes = r, t, lh, r; 1 semivogal = y (i). Foneticamente = artiĹeyro. Na palavra viagem, vi-a-gem, 3 vogais = i, a, e; 2 consoantes = v, g; 1 semivogal = y (m). viajẽy. M / NAs letras M e N devem ser analisadas com muito cuidado. Elas podem ser: Consoantes = Quando estiverem no início da sílaba. Semivogais = Quando formarem os grupos AM, EM e EN, em final de palavra - somente em final de palavra - sendo representadas foneticamente por Y ou W. Ressôo Nasal

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Quando estiverem após vogal, na mesma sílaba que ela, excetuando os três grupos acima. Indica que o M e o N não são pronunciados, apenas tornam a vogal nasal, portanto haverá duas letras (a vogal + M ou N) com um fonema só (a vogal nasal). Por exemplo, na palavra manchem, terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo manchar, teremos o seguinte: man-chem, 2 vogais = a, e; 2 consoantes = o 1º m, x(ch); 1 semivogal = y (o 2º m); 1 ressôo nasal = an (ã). mãxẽy. Encontros VocálicosÉ o agrupamento de vogais e semivogais. Há três tipos de encontros vocálicos: Hiato = É o agrupamento de duas vogais, cada uma em uma sílaba diferente. Lu-a-na, a-fi-a-do, pi-a-da Ditongo = É o agrupamento de uma vogal e uma semivogal, em uma mesma sílaba. Quando a vogal estiver antes da semivogal, chamaremos de Ditongo Decrescente, e, quando a vogal estiver depois da semivogal, de Ditongo Crescente. Chamaremos ainda de oral e nasal, conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou pela boca. Cai-xa = Ditongo decrescente oral.Cin-quen-ta = Ditongo crescente nasal, com a ocorrência do Ressôo Nasal. TritongoÉ o agrupamento de uma vogal e duas semivogais. Também pode ser oral ou nasal.A-guei = Tritongo oral.Á-guem = Tritongo nasal, com a ocorrência da semivogal m. Além desse três, há dois outros encontros vocálicos importantes: Lode

É o agrupamento de uma semivogal entre duas vogais. São aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu, em qualquer lugar da palavra - começo, meio ou fim. Foneticamente, ocorre duplo ditongo ou tritongo + ditongo, conforme o número de semivogais. A Iode será representada com duplo Y: ay-ya, ey-ya, representando o "y" um fonema apenas, e não dois como possa parecer. A palavra vaia, então, tem quatro letras (v - a - i - a) e quatro fonemas (v - a - y - a), sendo que o "y" pertence a duas sílabas, não havendo, no entanto, "silêncio" entre as duas no momento de pronunciar a palavra. Vau O mesmo que a Iode, porém com a semivogal W. Pi-au-í = Vau, com a representação fonética Pi-aw-wi. Com o "w" ocorre o mesmo que ocorreu com o "y", ou seja, representa um fonema apenas. Ocorrem, também, na Língua Portuguesa, encontros vocálicos que ora são pronunciados como ditongo, ora como hiato. São eles: SinéreseSão os agrupamentos ae, ao, ea, ee, eo, ia, ie, io, oa, oe, ua, ue, uo, uu.

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Ca-e-ta-no, Cae-ta-no; ge-a-da, gea-da; com-pre-en-der, com-preen-der; Na-tá-li-a, Na-tá-lia; du-e-lo, due-lo; du-un-vi-ra-to, duun-vi-ra-to. Diérese São os agrupamentos ai, au, ei, eu, iu, oi, ui. re-in-te-grar, rein-te-grar; re-u-nir, reu-nir; di-u-tur-no, diu-tur-no. Obs.: Há palavras que, mesmo contendo esses agrupamentos não sofrem sinérese ou diérese. Há que se ter bom senso, no momento de se separarem as sílabas. Nas palavras rua, tia, magoa, por exemplo, é claro que só há hiato. Encontros ConsonantaisÉ o agrupamento de consoantes. Há três tipos de encontros consonantais:Encontro Consonantal Puro = É o agrupamento de consoantes, lado a lado, na mesma sílaba. Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na Encontro Consonantal Disjunto É o agrupamento de consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes. ap-to, cac-to, as-pec-to Encontro Consonantal Fonético É a letra x com som de ks. Maxi, nexo, axila = maksi, nekso, aksila. Não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não são consoantes, e sim semivogais ou simples sinais de nasalização (ressôo nasal).

Dígrafos

Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema. Os principais dígrafos são rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, ch, qu, gu. Representam-se os dígrafos por letras maiores que as demais, exatamente para estabelecer a diferença entre uma letra e um dígrafo. Qu e gu só serão dígrafos, quando estiverem seguidos de e ou i, sem trema. Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs têm suas letras separadas silabicamente; lh, nh, ch, qu, gu, não.

arroz = ar-roz - aRos;assar = as-sar - aSar;nascer = nas-cer - naSer;desço = des-ço - deSo;exceção = ex-ce-ção - eSesãw;exsudar = ex-su-dar - eSudar;alho = a-lho - aĹo;banho = ba-nho - baÑo;cacho = ca-cho - kaXo;

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querida = que-ri-da - Kerida;sangue = san-gue - sãGe.

Dígrafo VocálicoÉ o outro nome que se dá ao Ressôo Nasal, pelo fato de serem duas letras com um fonema vocálico. sangue = san-gue - sãGe Não confunda dígrafo com encontro consonantal, que é o encontro de consoantes, cada uma representando um fonema. Divisão silábica

A divisão silábica das palavras integra os distintos postulados concebidos pela gramática, razão pela qual é norteada por traços específicos.

A divisão silábica das palavras obedece a critérios específicos além de representar um assunto que porventura se torna alvo de alguns questionamentos, concebe-se como fator de notável importância, dadas as habilidades que precisamos ter em situações específicas de interlocução, mais precisamente quando se trata da linguagem escrita.

Por ressaltarmos tal modalidade, torna-se conveniente compreendermos que não só a divisão das sílabas, como também os demais elementos inerentes aos postulados gramaticais, estão submetidos a regras predeterminadas de composição. Em virtude desse aspecto é que o referido artigo tem por finalidade discorrer acerca de como se dá essa divisão. Assim, vejamos:* Os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”, “gu” e “qu” pertencem a uma única sílaba. Observe:chu – vamo – lhoguer – raquei – joni – nho ...

* As letras que formam os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs” e “xc” devem ser separadas. Note:

car – ropás – sa – ronas – cernas – çoex – ce – toex – su – dar ...* Ditongos e tritongos pertencem a uma única sílaba. Confira:

U – ru – guaiPa – ra – guai

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col – mei – a (No que se refere a este vocábulo, devemos lembrar que ele perdeu o acento em virtude da nova reforma ortográfica)he – roi – co (Idem ao comentário anterior) ...

* Os hiatos são separados em duas sílabas distintas. Atenha-se a alguns exemplos:

di – aca – de – a – domú – tu – o ...

* Os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas devem ser separados, com exceção daqueles em que a segunda consoante é representada pelas letras “l” ou “r”. Constate:

pra – toblu – saas – tú – ciaad – mi – nis – trarob – tu – rar ...Em se tratando de tais postulados, vale lembrar que alguns grupos consonantais que iniciam palavras não se separam. Entre eles, alguns casos representativos:pneu – má – ti – cognós – ti – co...Acentuação gráfica A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta compõe-se de algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, consequentemente, colocando-as em prática na linguagem escrita. À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas competências, e tão logo nos adequamos à forma padrão. Em se tratando do referido assunto, devemos nos ater à questão das Novas Regras Ortográficas da Língua Portuguesa, as quais entraram em vigor desde o dia 1º de janeiro de 2009. E como toda mudança implica em adequação, o ideal é que façamos uso das novas regras o quanto antes. O estudo exposto a seguir visa aprofundar nossos conhecimentos no que se refere à maneira correta de grafarmos as palavras, levando em consideração as regras de acentuação por elas utilizadas. Lembrando que elas já estão voltadas para o novo acordo ortográfico.

Regras básicas – Acentuação tônica A acentuação tônica implica na intensidade com que são pronunciadas as sílabas das

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palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica.As demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas. De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como:Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível

Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na antepenúltima sílaba.Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus Como podemos observar, mediante todos os exemplos mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados, apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos observar no exemplo a seguir:

“Sei que não vai dar em nada,Seus segredos sei de cor”.

Os monossílabos ora em destaque, classificam-se como tônicos; os demais, como átonos (que, em, de).

Os acentos Acento agudo (´) – Colocado sobre as letras "a", "i", "u" e sobre o "e" do grupo “em” indica que estas letras representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. Ex.: herói – médico – céu

Acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o”, indica além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs Acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles O trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de Müller) O til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais.

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Ex.: coração – melão – órgão – ímã

Regras fundamentais

Palavras oxítonas:Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: "a", "e", "o", "em", seguidas ou não do plural(s):Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)

Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:Monossílabos tônicos terminados em "a", "e", "o", seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há Formas verbais terminadas em "a", "e", "o" tônicos, seguidas de lo, la, los, lãs.

Ex: respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo

Paroxítonas:

Antes Agora

assembléia assembleia

idéia ideia

geléia geleia

jibóia jiboia

apóia (verbo apoiar) apoia

paranóico paranoico

Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: - i, is táxi – lápis – júri - us, um, uns vírus – álbuns – fórum - l, n, r, x, ps automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps - ã, ãs, ão, ãos ímã – ímãs – órfão – órgãos -ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”. água – pônei – mágoa – jóquei

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Regras especiais

Os ditongos de pronúncia aberta "ei", "oi", que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a nova regra.

Observação importante – O acento das palavras herói, anéis, fiéis ainda permanece. Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados ou não de "s", haverá acento:

Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís

Observação importante:Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de ditongo:

Antes Agora

bocaiúva bocaiuva

feiúra feiura

Sauípe Sauipe

O acento pertencente aos hiatos “oo” e “ee” que antes existia, agora foi abolido.

 

Antes Agora

crêem creem

lêem leem

vôo voo

enjôo enjoo

Não se acentuam o "i" e o "u" que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz Não se acentuam as letras "i" e "u" dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha. Não se acentuam as letras "i" e "u" dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba No entanto, tratando-se de palavra proparoxítona haverá o acento, já que a regra de acentuação das proparoxítonas prevalece sobre a dos hiatos: fri-ís-si-mo, se-ri-ís-si-mo As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i" não serão mais acentuadas.

Antes Depois

apazigúe (apaziguar) apazigue

averigúe (averiguar) averigue

argúi (arguir) argui

Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural de:

ele tem – eles têmele vem – eles vêm

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A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster.

ele contém – eles contêmele obtém – eles obtêmele retém – eles retêmele convém – eles convêm

Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes. Apenas em algumas exceções, como:

A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular do presente do indicativo).

O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da preposição por. Palavras homógrafas pola (ô) substantivo – pola (ó) substantivopolo (s) (substantivo) - polo (s) (contração de por + o)pera (substantivo) - pera (preposição antiga)para (verbo) - para (preposição)pelo(s) (substantivo) - pelo (do verbo pelar)pela, pelas (substantivo e verbo) - pela,pelas (contração de preposição +artigo)

Classe de Palavras: classificação, flexões nominais e verbais

A Primeira gramática do Ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, advérbio e conjunção. Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.

Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.

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Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:

SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.

Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.

Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.

Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.

Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.

VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.

Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.

ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.

Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.

Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.

PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.

Exemplo: em, de, para, por, etc.

CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.

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Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.

INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.

Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!

Estrutura das palavrasAs palavras são constituídas de morfemas.

São eles:

Radical

É o elemento comum de palavras cognatas, também chamadas de palavras da mesma família. É responsável pelo significado básico da palavra.

Ex.: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre...

Atenção:

Às vezes, ele sofre pequenas alterações. Ex.: dormir- durmo; querer- quis As palavras que possuem mais de um radical são chamadas de compostas.

Ex.: passatempo

Afixos

São partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois tipos de afixos:

Prefixos: colocados antes do radical.

Ex.: desleal, ilegal

Sufixos: colocados depois do radical.

Ex.: folhagem, legalmente.

Infixos

São vogais ou consoantes de ligação que entram na formação das palavras para facilitar a pronúncia. Existem em algumas palavras por necessidade fonética. Os infixos não são significativos, portanto, não sendo considerados morfemas.

Ex.: café-cafeteira, capim-capinzal, gás-gasômetro

Vogal Temática

Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber outros elementos. Fica entre dois morfemas. Existe vogal temática em verbos e nomes. Ex.: beber, rosa, sala.

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Nos verbos, a VT indica a conjugação a que pertencem (1ª, 2ª ou 3ª).

Ex.: partir- verbo de 3ª conjugação

Há formas verbais e nomes sem VT. Ex.: rapaz, mato (verbo)

Dicas:A VT não marca nenhuma flexão, portanto é diferente de desinência.TemaTema = radical + vogal temáticaEx.: cantar = cant + a, mala = mal + a, rosa = ros + a

DesinênciasSão morfemas colocados no final das palavras para indicar flexões verbais ou nominais.Podem ser:

Nominais: indicam gênero e número de nomes (substantivos, adjetivos, pronomes, numerais).Ex.: casa – casas; gato - gata

Verbais: indicam número, pessoa, tempo e modo dos verbos. Existem dois tipos de desinências verbais: desinências modo-temporal (DMT) e desinências número-pessoal (DNP). Ex.: Nós corremos, se eles corressem (DNP); se nós corrêssemos, tu correras (DMT)

Verbo-nominais: indicam as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerúndio e particípio). Ex. beber, correndo, partido

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AVALIACAO I

1) Assinale a alternativa que apresenta uma frase em que a linguagem informal foi utilizada de maneira abusiva.

a) ‘’Disse que mentiras não levam ninguém a nada.’’b) ‘’A lorota contada por ele deu um bode tão grande que rodou gente na empresa.’’c) ‘’Era sempre a mesma coisa todos os dias: contar vantagens e mais vantagens.’’d) ‘’Disse-me que era fácil resolver: uma mentira e nada mais.’’e) ‘’Desceu a escada,deu adeus e nunca mais foi visto.’’

2) Assinale a alternativa cujo termo grifado NÃO é linguagem conotativa:a) “... mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço ”b) “Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste”c) “A natureza parece estar chorando a perda irreparável ...”d) “... no discurso que proferiu à beira da minha cova.”e) ‘’... foi embora para nunca mais voltar.’’

3) Identifique a alternativa em que há um vocábulo cuja grafia não atende ao previsto no Acordo Ortográfico:

a) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir – averiguemos;b) cinquenta – aguemos – linguística – equestre – eloquentemente;c) apaziguei – frequência – arguição – delinquência – sequestro;

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d) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça – quinquênio;e) sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente – bilíngue.

4) O uso do acento diferencial, consoante as novas regras, é facultativo nos seguintes casos, exceto em:

a) fôrma (significando molde) b) pôde (no pretérito perfeito do indicativo);c) cantámos (no pretérito perfeito do indicativo);d) amámos (no pretérito perfeito do indicativo);e) dêmos (no presente do subjuntivo).

5) A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio são:

a) adjetivo - advérbio - verbo. b) verbo - interjeição - conjunção. c) conjunção - numeral - adjetivo. d) adjetivo - verbo - interjeição. e) interjeição - advérbio - verbo.

Frase – É todo enunciado linguistico dotado de significado, ou seja, é uma comunicação clara, precisa e de fácil entendimento entre os interlocutores, seja na língua falada ou escrita.

Neste caso, temos a frase nominal e verbal. A frase nominal não é constituída por verbo.Ex: Que dia lindo!Já na frase verbal há a presença do verbo.Ex: Preciso de sua ajuda.

Oração - É todo enunciado linguístico dotado de sentido, porém há, necessariamente, a presença do verbo ou de uma locução verbal. Este verbo, por sua vez, pode estar explícito ou subentendido.

Ex: Os garotos adoram ir ao cinema e depois ao clube.

Podemos perceber a presença do sujeito e do predicado.

Período – É um enunciado linguístico que se constitui de uma ou mais orações. Este se classifica em:- Período simples: formado por apenas uma oração, também denominada de oração absoluta.

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Ex: Os professores entregaram as provas. - Período Composto: formado por duas ou mais orações Ex: Hoje o dia está lindo, por isso os garotos irão ao cinema, ao clube e depois voltarão para casa felizes.

Funções sintáticas das oraçõesNum período composto, se a oração principal for semântica e sintaticamente completa, a subordinada terá a função de substantivo, adjunto adverbial ou adjunto adnominal:

1. Se a oração subordinada tiver a função de adjunto adnominal, ela pertencerá ao grupo das orações subordinadas adjetivas.

2. Se a oração subordinada tiver a função de adjunto adverbial, ela pertencerá ao gurpo das orações subordinadas adverbiais

3. Se a oração subordinada tiver a função de substantivo, ela pertencerá ao grupo das orações subordinadas substantivas

Orações subordinadas substantivasFuncionam como substantivo da oração principal. Geralmente iniciadas por um 'que' (integrante), pois integra o sentido da oração principal. Dica:Se for possível substituir a oração subordinada pela palavra 'isto' ou 'isso', ela será uma substantiva (maior parte dos casos)Ela quer que ele venha à sua festa. (= ela quer 'isso') Para compreender a classificação das orações substantivas basta conhecer as funções que exercem os próprios substantivos: Oração subordinada substantiva subjetiva - funciona como sujeito da oração principal: Importa que as pessoas sejam cidadãos honrados. Oração subordinada substantiva objetiva direta - funciona como objeto direto da oração principal: Maria quer que o livro seja entregue hoje ainda. Oração subordinada substantiva objetiva indireta - funciona como objeto indireto da oração principal: Lisa gosta de que tudo esteja em ordem na sua gaveta. Oração subordinada substantiva completiva nominal - funciona como complemento nominal da oração principal: Tenho necessidade de que me ouçam. Oração subordinada substantiva apositiva - funciona como aposto da oração principal: O professor ideal do professor é sempre este: que os alunos sejam aprovados. Oração subordinada predicativa - funciona como predicativo da oração principal: O desejo dele é que você volte o quanto antes.

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Orações subordinadas adjetivasFuncionam como adjetivo da oração principal. Geralmente iniciadas por um 'que' (relativo = o qual, a qual). Ver também Oração subordinada adjetiva As subordinadas adjetivas classificam-se em restritivas e explicativas. Explicativas - Explica o termo antecedente e é acompanhada de pontuação (vírgula): A mulher, que carregava a mala pesada, pediu para descansar. (só havia uma mulher e esta carregava a mala) (o termo entre vírgulas pode ser retirado, sem prejuízo) Restritiva - Restringe a ideia do termo antecedente (sem pontuação). A mulher que carregava a mala pesada pediu para descansar. (havia várias mulheres, apenas uma carregava a mala pesada). Orações subordinadas adverbiaisFuncionam como advérbio da oração principal. Geralmente indicam a circunstância em que as coisas acontecem. As adverbiais podem ser classificadas em: Causais - explica a causa, o motivo do acontecimento:Voltou tarde porque estava na festa. Comparativas - a subordinada é comparada com a principal:Paulo é tão estudioso quanto Luana. Consecutivas - a subordinada exprime a consequência do que aconteceu na principal:A criança tanto pulou que caiu e mordeu a língua. Concessivas - quando a subordinada exprime um impedimento, mas mesmo assim, a declaração da principal não se afetará: Mesmo que chova, eu irei à festa. Condicionais - a subordinada exprime uma condição para que seja efetuado ou não o evento declarado na principal: Se tivesse feito o trabalho, teria conseguido aprovação no curso. Conformativas - o fato expresso na subordinada está de conformidade com a declaração da principal:Luana conseguiu redigir o texto conforme a professora pediu. Finais - a subordinada indica a finalidade do que foi expresso na principal:Fizeram a excursão para conhecer os costumes daquela gente. Locativas - localizam as ocorrências expressas, tais como: onde, quem?Onde não há pão todos brigam e ninguém tem razão. Proporcionais - quando a subordinada se manifesta em proporção à principal:Quanto mais rezo, mais fantasmas me aparecem. Modais - a subordinada indica o modo em que ocorrem as expressões da principal. Geralmente reduzidas de gerúndio:Relatou os acontecimentos, contando todos os detalhes.

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Temporais - a subordinada marca o tempo ocorrido na principal:Saiu antes que a esposa chegasse.

Sintaxe de concordância: concordâncias verbal e nominal

Concordância Verbal

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.Exemplos:Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.Casos de concordância verbal:1) Sujeito simplesRegra geral: O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.Ex.: Nós vamos ao cinema.O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).

Casos especiais:a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular.Ex.: A multidão gritou pelo rádio.Atenção: Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo concorda com o antecedente do pronome.Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome.Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.

f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quantos de..., etc. - o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós).

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Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis?

Dicas: Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda com eles em pessoa e número.Ex.: Qual de vós me punirá.

g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.

Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.

h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda com o numeral.

Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula.

i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, etc. - o verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa).

Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram.

j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo.

Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.

2) Sujeito composto

Regra geralO verbo vai para o plural. Ex.: João e Maria foram passear no bosque.

Casos especiais:

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a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes - o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.

Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.

Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.

Atenção: No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.

Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.

Ex.: Irei eu e minhas amigas.

b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por “e” - o verbo concordará com os dois núcleos.

Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.

Atenção: Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.

Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.

c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).

Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar.

d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.

Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concordará com

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o aposto resumidor.

Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.

f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro... - o verbo poderá ficar no singular ou no plural.

Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.

g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o singular quando a ideia for de exclusão, e para o plural quando for de inclusão.Exemplos:

Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)

h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só... mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.Exemplos:

Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo.Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.Outros casos:1) Partícula “SE”:a - Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito passivo.Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará, obrigatoriamente, no singular.Exemplos:Precisa-se de secretárias.Confia-se em pessoas honestas.

2) Verbos impessoais

São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.Exemplos:Havia sérios problemas na cidade.

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Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.Deve haver sérios problemas na cidade.Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.

Dicas: Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.O verbo existir não é impessoal. Veja:

Existem sérios problemas na cidade.Devem existir sérios problemas na cidade.

3) Verbos dar, bater e soar

Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele devem concordar. Exemplos:O relógio deu duas horas.Deram duas horas no relógio da estação.Deu uma hora no relógio da estação.O sino da igreja bateu cinco badaladas.Bateram cinco badaladas no sino da igreja.Soaram dez badaladas no relógio da escola.

4) Sujeito oracional

Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular.

Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura.

5) Concordância com o infinitivo

a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração:

- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono.Ex.: Esperei-as chegar.

- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo

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(ver, ouvir, sentir e sinônimos).Exemplos:Mandei sair os alunos.Mandei saírem os alunos.

- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono e determinante de verbo não causativo nem sensitivo.

Ex.: Esperei saírem todos.

b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto

- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio.Ex.: Passamos horas a comentar o filme. (comentando)

- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração principal.Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu) responderes, (tu) lerás o texto. - é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e está indicado por algum termo do contexto.Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e não está indicado por nenhum termo no contexto.Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.

c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal

- não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal, quando em virtude da ordem dos termos da oração, sua ligação com o verbo auxiliar for nítida.

Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal, quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto.Exemplos:Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar dela.Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e reclamarmos dela.

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6) Concordância com o verbo ser:

a - Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo - o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com o predicativo.Exemplos:Tudo são flores.Aquilo parecem ilusões.

Dicas: Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.

Ex.: Aquilo é sonhos vãos.

b - O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos: que ou quem.Exemplos:Que são gametas?Quem foram os escolhidos?

c - Em indicações de horas, datas, tempo, distância - a concordância será feita com a expressão numéricaExemplos:São nove horas.É uma hora.

Dicas: Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende-se a palavra dia.Exemplos: Hoje são 24 de outubro.Hoje é (dia) 24 de outubro.

d - Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome.Ex.: Aqui o presidente sou eu.

Dicas: Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.

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Ex.: Eu não sou tu

e - Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.

Ex.: O menino era as esperanças da família.

f - Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc., o verbo fica sempre no singular.Exemplos:Cento e cinquenta é pouco.Cem metros é muito.

g - Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o verbo e o adjetivo pode ficar invariável (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto.Exemplos:É necessário aqueles materiais.São necessários aqueles materiais.

h - Na expressão: é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo “ser” e o “que”, ficará invariável. Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.Exemplos:Eles é que sempre chegam atrasados.São eles que sempre chegam atrasados.

Concordância nominal

Concordância nominal nada mais é que o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número com o substantivo.Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira, merecendo um estudo separado de concordância verbal.

REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo.- A pequena criança é uma gracinha.- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima.

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a) Um adjetivo após vários substantivos1 – Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.2 – Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.- Ela tem pai e mãe louros.- Ela tem pai e mãe loura.3 – Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural.- O homem e o menino estavam perdidos.- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos1 – Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais próximo.Comi delicioso almoço e sobremesa.Provei deliciosa fruta e suco. 2 – Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural.Estavam feridos o pai e os filhos.Estava ferido o pai e os filhos. c) Um substantivo e mais de um adjetivo1- antecede todos os adjetivos com um artigo.Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. 2- coloca o substantivo no plural.Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. d) Pronomes de tratamento1 – sempre concordam com a 3ª pessoa.Vossa santidade esteve no Brasil. e) Anexo, incluso, próprio, obrigado1 – Concordam com o substantivo a que se referem.As cartas estão anexas.A bebida está inclusa.Precisamos de nomes próprios.Obrigado, disse o rapaz. f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)1 – Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural.Renato advogou um e outro caso fáceis.Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.

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g) É bom, é necessário, é proibido1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.Canja é bom. / A canja é boa.É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida. h) Muito, pouco, caro1- Como adjetivos: seguem a regra geral.Comi muitas frutas durante a viagem.Pouco arroz é suficiente para mim.Os sapatos estavam caros.2- Como advérbios: são invariáveis.Comi muito durante a viagem.Pouco lutei, por isso perdi a batalha.Comprei caro os sapatos.i) Mesmo, bastante1- Como advérbios: invariáveisPreciso mesmo da sua ajuda.Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. 2- Como pronomes: seguem a regra geral.Seus argumentos foram bastantes para me convencer.Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. j) Menos, alerta1- Em todas as ocasiões são invariáveis.Preciso de menos comida para perder peso.Estamos alerta para com suas chamadas. k) Tal Qual1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o conseqüente.As garotas são vaidosas tais qual a tia.Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. l) Possível1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.A mais possível das alternativas é a que você expôs.Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade. m) Meio1- Como advérbio: invariável.

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Estou meio insegura. 2- Como numeral: segue a regra geral.Comi meia laranja pela manhã. n) Só1- apenas, somente (advérbio): invariável.Só consegui comprar uma passagem. 2- sozinho (adjetivo): variável.Estiveram sós durante horas.

Colocação de pronomes: próclise, mesóclise, ênclise

PRÓCLISE

Usamos a próclise nos seguintes casos:(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.- Nada me perturba.- Ninguém se mexeu.- De modo algum me afastarei daqui.- Ela nem se importou com meus problemas.(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.- Quando se trata de comida, ele é um “expert”.- É necessário que a deixe na escola.- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.(3) Advérbios- Aqui se tem paz.- Sempre me dediquei aos estudos.- Talvez o veja na escola.OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.- Aqui, trabalha-se.(4) Pronomes relativos , demonstrativos e indefinidos . - Alguém me ligou? (indefinido)- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)(5) Em frases interrogativas.- Quanto me cobrará pela tradução?(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

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- Deus o abençoe!- Macacos me mordam!- Deus te abençoe, meu filho!(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.- Em se plantando tudo dá.- Em se tratando de beleza, ele é campeão.(8) Com formas verbais proparoxítonas- Nós o censurávamos.MESÓCLISE Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …)- Convidar-me-ão para a festa.- Convidar-me-iam para a festa.Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.

ÊNCLISE Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.- Tornarei-me……. (errada)- Tinha entregado-nos……….(errada)Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.- Entregar-lhe (correta)- Não posso recebê-lo. (correta)Outros casos:- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise:- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.- Havia-lhe contado a verdade.- Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.

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AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.Infinitivo- Quero-lhe dizer o que aconteceu.- Quero dizer-lhe o que aconteceu.Gerúndio- Ia-lhe dizendo o que aconteceu.- Ia dizendo-lhe o que aconteceu.Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.Infinitivo- Não lhe quero dizer o que aconteceu.- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.Gerúndio- Não lhe ia dizendo a verdade.- Não ia dizendo-lhe a verdade.

AVALIACAO II1) Na oração: “Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha”, o núcleo do sujeito é:

a) todos;b) fazenda;c) vizinha;d) vaqueiros;e) pressas.

2) (MACK) "Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na realidade." A oração "como ela devia ter sido na realidade" é: a) adverbial conformativa b) adverbial proporcional C) adjetiva d) adverbial causal e) adverbial consecutiva 3) Para que se respeite a concordância verbal, será preciso corrigir a frase:

A) Têm havido dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano.B) Têm sido levantadas dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano.C) Será que o sistema de saúde cubano tem suscitado dúvidas sobre sua eficácia?D) Que dúvidas têm propalado os adversários de Cuba sobre seu sistema de saúde?E) A quantas dúvidas tem dado margem o sistema de saúde de Cuba?

4) Substituindo o termo grifado pelo pronome átono correspondente, marque a alternativa em que houve erro na colocação pronominal.A) Entreguei O BILHETE AO GUARDA. Entreguei-LHO.B) Ninguém exigiu-ME O SEGREDO. Ninguém exigiu-MO

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C) Dariam UM PRÊMIO AO VENCEDOR. Dar-LHO-iam.D) Meu irmão NOS emprestou a bicicleta. Meu irmão NO-LA emprestou.E) ndr

5) Substituindo o termo grifado pelo pronome átono correspondente, marque a alternativa em que houve erro na colocação pronominal.

A) Entreguei O BILHETE AO GUARDA. Entreguei-LHO.B) Ninguém exigiu-ME O SEGREDO. Ninguém exigiu-MOC) Dariam UM PRÊMIO AO VENCEDOR. Dar-LHO-iam.D) Meu irmão NOS emprestou a bicicleta. Meu irmão NO-LA emprestou.E)NDR

Vejamos aqui alguns empregos de sinais de pontuação: Vírgula (,)

É usada para:

a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O menino berrou, chorou, esperneou e, enfim, dormiu.

Nessa oração, a vírgula separa os verbos.

b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais o que se dizer!

c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comissão, veio assistir à reunião.

d) isolar termos antecipados, como complemento ou adjunto:

1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele copo suado! (antecipação de complemento verbal)

2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de adjunto adverbial)

e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.f) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 de janeiro de 2009.g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito mais do que esperava.

Pontos Ponto-final (.) É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:

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a) Não quero dizer nada.b) Eu amo minha família.E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., obs.

Ponto de Interrogação (?)O ponto de interrogação é usado para:a) Formular perguntas diretas:Você quer ir conosco ao cinema?Desejam participar da festa de confraternização?

b) Para indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de expectativa diante de uma determinada situação:

O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação)Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa) Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino? (expectativa)

Ponto de Exclamação (!)

Esse sinal de pontuação é utilizado nas seguintes circunstâncias:

a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos, tais como: entusiasmo, surpresa, súplica, ordem, horror, espanto:

Iremos viajar! (entusiasmo)Foi ele o vencedor! (surpresa)Por favor, não me deixe aqui! (súplica)Que horror! Não esperava tal atitude. (espanto) Seja rápido! (ordem)

b) Depois de vocativos e algumas interjeições:

Ui! que susto você me deu. (interjeição)Foi você mesmo, garoto! (vocativo)

c) Nas frases que exprimem desejo:Oh, Deus, ajude-me!

Observações dignas de nota: * Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo tempo, questionamento e admiração, o uso dos pontos de interrogação e exclamação é permitido. Observe: Que que eu posso fazer agora?!

* Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou qualquer outro sentimento, não há problema algum em repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note: Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em perigo.

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Ponto e vírgula (;)É usado para:a) separar itens enumerados:A Matemática se divide em:- geometria;- álgebra;- trigonometria;- financeira.b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.

Dois-pontos (:)É usado quando:a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala:Ele respondeu: não, muito obrigado!b) se quer indicar uma enumeração:Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com seus colegas e não responda à professora.

Aspas (“”)São usadas para indicar:a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09)b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada pode com a propaganda de “outdoor”.

Reticências (...)São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao que se estava falando:a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,O bem que neste mundo mais invejo?O brando ninho aonde o nosso beijoSerá mais puro e doce que uma asa? (...)b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...

Parênteses ( )São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações.Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o predomínio de vírgulas).

Travessão (–)

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O travessão é indicado para:a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:- Quais ideias você tem para revelar?- Não sei se serão bem-vindas.- Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo para a elaboração deste projeto.b) Separar orações intercaladas, desempenhando as funções da vírgula e dos parênteses: Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que tudo irá dar certo.Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser arriscado.c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra:O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa bastante esforçada. Gostaria de parabenizar a pessoa que está discursando – meu melhor amigo.

Crase

Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:

Vou a a igreja.Vou à igreja.

No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos:

Conheço a aluna.Refiro-me à aluna.

No primeiro exemplo, o verbo é transitivo (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.

Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a":

1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino.

Veja os exemplos:

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Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.

2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.

Veja os exemplos:

- Penso na aluna.- Apaixonei-me pela aluna.

- Começou a brigar. - Cansou de brigar.- Insiste em brigar.- Foi punido por brigar.- Optou por brigar.

Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a", é preciso provar que existem os dois.

Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:

- diante de substantivos masculinos:

Andamos a cavalo.Fomos a pé.Passou a camisa a ferro.Fazer o exercício a lápis.Compramos os móveis a prazo.Assisitimos a espetáculos magníficos.

- diante de verbos no infinitivo:

A criança começou a falar.Ela não tem nada a dizer.Estavam a correr pelo parque.Estou disposto a ajudar.Continuamos a observar as plantas.Voltamos a contemplar o céu.

Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.

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- diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:

Diga a ela que não estarei em casa amanhã.Entreguei a todos os documentos necessários.Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho.Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo.Isso não interessa a nenhum de nós.Aonde você pretende ir a esta hora?Agradeci a ele, a quem tudo devo.

Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase.

Por exemplo:

Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)

- diante de numerais cardinais:

Chegou a duzentos o número de feridos.Daqui a uma semana começa o campeonato.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:

- diante de palavras femininas:

Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.Sempre vamos à praia no verão.Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.Sou grata à população.Fumar é prejudicial à saúde.Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

- diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):

O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. Usava sapatos à (moda de) Luís XV.Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

- na indicação de horas:

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Acordei às sete horas da manhã.Elas chegaram às dez horas.Foram dormir à meia-noite.Ele saiu às duas horas.

- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:

à tarde às ocultas às pressas à medida que

à noite às claras às escondidas à força

à vontade à beça à larga à escuta

às avessas à revelia à exceção de à imitação de

à esquerda às turras às vezes à chave

à direita à procura à deriva à toa

à luz à sombra de à frente de à proporção que

à semelhança de às ordens à beira de

Crase diante de Nomes de Lugar

Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição "a". Para saber se um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino "a", deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição "de" ou "em". A ocorrência da contração "da" ou "na" prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:

Vou à França. (Vim da França. Estou na França.)Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.) Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. Estou em Pernambuco.)Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. Estou em São Paulo.)

ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:

Retornarei à São Paulo dos bandeirantes.Irei à Salvador de Jorge Amado.

Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a". Por exemplo:

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Refiro-me a aquele atentado.Preposição Pronome

Refiro-me àquele atentado.

O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição, portanto, ocorre a crase.

Observe este outro exemplo:

Aluguei aquela casa.

O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja outros exemplos:

Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.Quero agradecer àqueles que me socorreram.Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.Não obedecerei àquele sujeito.Assisti àquele filme três vezes.Espero aquele rapaz.Fiz aquilo que você disse.Comprei aquela caneta.

Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais

A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por exemplo:

A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.

Veja outros exemplos:

São normas às quais todos os alunos devem obedecer.Esta foi a conclusão à qual ele chegou.Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder nenhuma das questões.A sessão à qual assisti estava vazia.

Crase com o Pronome Demonstrativo "a"

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FASE – FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA SERRA

A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada através da substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja:

Minha revolta é ligada à do meu país.Meu luto é ligado ao do meu país.As orações são semelhantes às de antes.Os exemplos são semelhantes aos de antes.Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa.Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa.Suas perguntas são superiores às dele.Seus argumentos são superiores aos dele.Sua blusa é idêntica à de minha colega.Seu casaco é idêntico ao de minha colega.

A Palavra Distância

Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:

Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está determinada.)Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.)

Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo:

Os militares ficaram a distância.Gostava de fotografar a distância.Ensinou a distância.Dizem que aquele médico cura a distância.Reconheci o menino a distância.

Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:

Gostava de fotografar à distância.Ensinou à distância.Dizem que aquele médico cura à distância.

Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA

- diante de nomes próprios femininos:

Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:

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Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.

Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto.Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Roberto.

Contei a Laura o que havia ocorrido na noite passada.

Contei a Pedro o que havia ocorrido na noite passada.

Contei à Laura o que havia ocorrido na noite passada.

Contei ao Pedro o que havia ocorrido na noite passada.

- diante de pronome possessivo feminino:

Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:

Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando por você.A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está esperando por você.

Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.

Diga a sua irmã que estou esperando por ela.

Diga a seu irmão que estou esperando por ele.

Diga à sua irmã que estou esperando por ela.

Diga ao seu irmão que estou esperando por ele.

- depois da preposição até:

Fui até a praia. ou Fui até à praia.Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.

A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra vai até às cinco horas da

tarde.

AVALIACAO III

1) A frase em que deveria haver uma vírgula é: a) Comi frutas e legumes. b) Comprei batatas bananas e pastéis. c) Ela tem lábios e nariz vermelhos. d) Não limparam a sala.

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FASE – FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA SERRA

2) Indique o erro de pontuação: a) Diga-me quantas horas são? b) Dorme, que eu penso. c) Os soldados agacharam-se, e ele saltou. d) As nuvens, as folhas, os ventos não são deste mundo.

3) Assinale a pontuação errada:

a) Falei com ele com tanta segurança, que nem discordou de mim. b) Porque falei com ela, para mim não há mais dúvidas. c) Falei com ela que eu, estaria aqui cedo hoje se tudo corresse bem. d) Falei ao chefe que, se o plano corresse bem, estaríamos salvos.

4) Assinale a alternativa que apresenta redação CORRETA em relação à pontuação.

a) O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego, mas, por si só também, não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. b) O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego mas, por si só, também, não é suficiente, para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. c) O crescimento econômico, é o melhor remédio para as doenças, do desemprego mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. d) O crescimento econômico, é o melhor remédio para as doenças do desemprego, mas, por si só também, não é suficiente para reduzir a pobreza e, nem as disparidades sociais.

5) Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo?

a) Minhas idéias são semelhantes às suas. b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz c) Dei um presente à Mariana. d) Fizemos alusão à mesma teoria. e) Cortou o cabelo à Gal Costa.

Comumente vemos em editais de concursos públicos o título deste capítulo e nos perguntamos: o que devemos estudar? Este capítulo propõe algumas questões de língua portuguesa diretamente ligadas ao uso cotidiano e, por consequência, importantes e necessária em concursos e exames. Tratamos de conhecimento gramatical de acordo com o padrão culto da língua, estrutura fonética das palavras e estudo de classes de palavras.

O capítulo 2 versa acerca da Teoria geral da frase e sua análise; orações, períodos e funções sintáticas; Sintaxe de concordância; concordância verbal e nominal; e Colocação de pronomes: próclise, mesóclise, ênclise.

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FASE – FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA SERRA

O capítulo 3 versa sobre a importância dos sinais de pontuação para uma construção textual coerente e coesa, além de trabalhar com regras gerais para a utilização da crase. Ao final do capítulo, tem-se alguns exercícios de interpretação de texto.

ALI, M. Said. Gramática secundária da língua portuguesa. Revisada e

Comentada conforme a NGB por Evanildo Bechara. São Paulo: Melhoramentos,

1964 .

AZEREDO, J. C. Iniciação à sintaxe do português. 5ª ed. – Rio de Janeiro: Jorge

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BARBOSA, Jerônimo Soares (1866). Gramática Philosophica da língua

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4ª edição Lisboa, Typographia da Academia Real das Ciências ( pp. 242-247 ),

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FASE – FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA SERRA

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__________ . Lições de Português pela análise sintática. – 15ª ed. – Rio de

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