Economia e Finanças Públicas Aula T13
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Economia e Finanças PúblicasAula T13
3.4 O sistema fiscal português (conclusão)
3.4.3 Imposto geral sobre o consumo (IVA) 3.4.5 Impostos especiais sobre o consumo
(IEC’s) 3.4.6 Benefícios fiscais e “despesa fiscal” 3.4.7 Breve avaliação
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Bibliografia
Obrigatória: Livro de EFP, Cap. 9, Pgs. 280 – 296
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Conceitos a reter
IVA - características Impostos especiais s/ o consumo - idem Benefícios fiscais Despesa fiscal Nível de fiscalidade Estrutura fiscal
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Imposto sobre o valor acrescentado - IVA
Principais características:
O IVA é um imposto geral sobre as transmissões de bens, as prestações de serviços, as importações, as aquisições intracomunitárias de bens e de meios de transporte novos, sendo aplicável, grosso modo, em todas as fases do circuito económico ocorrido no território português.
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IVA - taxas
Taxa reduzida de 5% aplicável aos bens alimentares essenciais, à água,
electricidade, transportes de passageiros, actividades desportivas, etc.
Taxa intermédia de 12% aplicável a alguns produtos para alimentação
humana, às flores e plantas ornamentais, à prestação de serviços de alimentação e bebidas (restauração), etc.
Taxa normal de 21% aplicável a todas as transmissões de bens e
prestações de serviços não abrangidas anteriormente ou que não beneficiem de isenção.
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Impostos sobre o consumo - IEC e outros
ISP - Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (“incorporado” no preço dos combustíveis)
IT - Imposto de consumo sobre o tabaco IABA - Imposto sobre o álcool e o consumo de
bebidas alcoólicas (incluindo a cerveja) ISV e IUC – Impostos sobre a aquisição e
utilização de veículos (automóveis, motociclos, barcos, etc.)
IS - Imposto do selo (sobre diversos actos e documentos)
Os impostos especiais podem justificar-se por razões de eficiência ou de equidade (ou ambas), ou ainda de puro encaixe financeiro .
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Benefícios fiscais
Podem traduzir-se em isenções, reduções de taxas, deduções ao rendimento ou à colecta de imposto, e estão orientados para áreas como: poupança de médio/longo prazo criação de emprego investimento produtivo habitação sistema financeiro e o mercado de capitais sector da economia social
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Benefícios fiscais (cont.)
Os benefícios fiscais representam, também, e num primeira análise, uma “não receita” de imposto
Pelo que haverá implicitamente uma “não despesa” associada Donde serem designados por “despesa
fiscal” (ou “receita cessante”)
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Benefícios fiscais (conclusão)
A razão de ser dos benefícios fiscais é essencialmente relacionada com:
Eficiência (pigouviana) ou equidade.
Não é, contudo, de excluir razões adicionais, como, por ex.:
Competição fiscal internacional Satisfação de grupos de interesse
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S.F. Português - análise quantitativa
Numa perspectiva quantitativa, a análise do sistema fiscal português pode ser feita:
1. Em termos agregados, usando os conceitos de nível de fiscalidade e estrutura fiscal.
2. Em termos desagregados, considerando cada tipo de imposto ou benefício fiscal de per si.
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S.F. Português - análise (cont.)
Nível de Fiscalidade (conceito)
NF = RFT/PIB p.m. (em %)
Relação percentual entre o total dos impostos cobrado a todos os níveis de Governo e uma grandeza que dê a medida da capacidade económica/riqueza criada num país (normalmente, o PNB ou PIB a preços de mercado).
Em Portugal o NF vem rondando nos últimos anos os 35% - ver quadro seguinte
Nota: Uma análise mais detalhada será feita na aula prática.
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Nível de Fiscalidade
Ano: 1980 Ano: 1990
Ano: 2004
Tipo de receitas %PIBEstrutur
a %PIBEstrutur
a%PIB
Estrutura
Impostos 15,5 67,7 20,2 72,9 23,5 68,2
Cont. Seg. Soc. 7,4 32,3 7,5 27,1 11,0 31,8
Receitas fiscais totais
PORTUGAL 22,9 100,0 27,7 100,0 34,5 100,0
Média UE - 15 35,1 - 38,4 - 39,7 -
Quadro- 1
Fonte: OCDE (2006)
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S.F. Português - análise (cont.)
Estrutura Fiscal (conceito)
EF = IMPi /RFT (em %), IMPj /RFT (em %),...
Importância que os principais tipos ou grupos de impostos assumem no total das receitas fiscais (em %)
Em Portugal o grupo de impostos mais importantes em termos de receita é o dos impostos sobre o consumo (quase 40% do total) – ver quadro seguinte.
Nota: Uma análise mais detalhada será feita na aula prática.
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Portugal UE15
Estrutura Fiscal (%) 1990 2004 1990 2004
Tipo de impostos
Imp. s/ Rendimento 25,7 24,2 34,2 32,8
Imp. s/ Património 2,7 4,6 4,4 5,3
Imp. s/ Despesa 43,8 38,6 31,5 29,0
Contrib. p/ Seg. Soc. 27,2 31,8 28,3 28,7
Outros impostos 0,6 0,8 1,6 4,2
Quadro - 2
Fonte: OCDE (2006)
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S.F. P. - Breve avaliação
Do ponto de vista da eficácia financeira: IRS, IRC, IVA e CSS, são os impostos mais produtivos ao gerarem a maior parte da receita fiscal.
Do ponto de vista da equidade: o IRS é o mais adequado (sobretudo, sem evasão fiscal).
Do ponto de vista da eficiência: o IVA é um “imposto” relativamente eficiente (sobretudo, sem evasão fiscal).
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Na lógica da eficiência (pigouviana):
Os impostos especiais sobre o consumo (ex: sobre o Tabaco, Automóveis, Produtos Petrolíferos) são instrumentos desejáveis.
Certos benefícios fiscais justificam-se numa lógica de eficiência económica.
Outra “despesa fiscal” justifica-se numa lógica de equidade.
S.F. P. - Breve avaliação (cont.)
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Na lógica da eficiência e equidade:
o IMI (ex-Contribuição Autárquica) encontra a sua justificação enquanto forma de tributação da riqueza imobiliária e/ou de aplicação do princípio do benefício.
O IMT (ex-Sisa) constitui uma tributação especial sobre a transmissão de propriedade imobiliária, não sujeita a IVA no caso português.
Contudo, apresenta deficiências, quer em termos de equidade (face a doações, por ex.), quer de eficiência (imposto cumulativo IVA+IMT; pode reduzir a mobilidade territorial, etc.).
S.F. P. - Breve avaliação (conclusão)