Eleições 2014 - 23 de agosto de 2014

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Especial MANAUS, SÁBADO, 23 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019 Eleições 2014 Eleições 2014 Especial Por conta de uma falha no programa de transmissão, no próximo domingo, dia 31, será reexibida a propaganda eleitoral no Amazonas no horário de 19h30 às 20h30 Programa eleitoral em pleno domingo O programa eleitoral gratuito que deveria ter ido ao ar na últi- ma quarta-feira (20), no horário da noite, será reexi- bido em horário ainda indefinido no próximo domingo, dia 31. Por um problema técnico no apare- lho de transmissão, as inserções não foram ao ar, e com isso os candidatos alegaram ter se sentido prejudicados. Segundo explicações do co- ordenador da Comissão de Fis- calização da Propaganda, Fued Cavalcante Filho, a previsão era que o programa fosse veiculado amanhã, no entanto, as emisso- ras de TV local precisam justificar às suas matrizes sobre a mudan- ça na grade da programação. “Essa transmissão será excep- cional, devido à falha técnica que impediu aqui no nosso Estado a veiculação do programa na quar- ta-feira. As emissoras alegaram que precisam consultar as grades na- cionais para definir como será feita essa nova transmissão, por isso de- cidimos adiar para o dia 31”. Segundo Fued, as emissoras locais precisarão apresentar um requerimento às suas matrizes, para justificar a reposição dos programas eleitorais gratuitos. De acordo com Feud, nessa próxi- ma semana o requerimento será levado ao pleno do TRE, apenas para homologação, e então as emissoras locais apresentarão suas justificativas. De acordo com Fued, os par- tidos entenderam a situação e não serão prejudicados, uma vez que não houve problema apenas com um ou outro, mas com to- dos. O programa eleitoral que será reprisado é referente aos candidatos ao governo, Senado e deputados estaduais. Francisco Souza perde novamente no TRE O pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em sessão de ontem (22), negou o recurso eleitoral que tentava reverter a decisão da corte que negou o pe- dido de registro de candidatura do deputado estadual Francisco Souza (PSC), que tenta a reelei- ção no pleito deste ano. Em sessão que indeferiu o pedido, a decisão se deu por unanimidade porque o candida- to não realizou o cadastramento biométrico no município de Iran- duba, seu domicílio eleitoral, no prazo do cadastramento. Por isso, o candidato estava sem domicílio eleitoral. No entanto, a defesa entende que o candidato, assim como outros eleitores, não recebeu comunicado chamando para o cadastramento e mesmo que continue com o título cancelado, Francisco Souza não poderia votar, mas poderia concorrer à reeleição, como defende o advogado Eduardo Ribeiro. “Trata-se de um procedimen- to meramente administrativo que apenas não permitirá que o deputado exerça seu direito constitucional da cidadania de votar. Por outro lado, o fato exposto não constitui impediti- vo algum para que o deputado Souza receba votos em sua can- didatura, quando concorre para a 5ª Legislatura de deputado estadual, no pleito de 2014”, explicou Ribeiro. Ele destacou ainda que como a corte entendeu por negar o recurso, a defesa entrará agora com recurso no Tribunal Su- perior Eleitoral e Souza segue candidato até que o recurso seja transitado em julgado. “O candidato segue normalmente, isso não é uma matéria difícil de resolver, basta a boa vontade de cidadania da própria corte em resolver no TSE”, finalizou. MOARA CABRAL Equipe EM TEMPO ELEIÇÕES 2014 - 01.indd 1 22/8/2014 22:48:54

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Eleições 2014 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, SÁBADO, 23 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

Eleições 2014Eleições 2014Espe

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Por conta de uma falha no programa de transmissão, no próximo domingo, dia 31, será reexibida a propaganda eleitoral no Amazonas no horário de 19h30 às 20h30

Programa eleitoral em pleno domingo

O programa eleitoral gratuito que deveria ter ido ao ar na últi-ma quarta-feira (20),

no horário da noite, será reexi-bido em horário ainda indefi nido no próximo domingo, dia 31. Por um problema técnico no apare-lho de transmissão, as inserções não foram ao ar, e com isso os candidatos alegaram ter se sentido prejudicados.

Segundo explicações do co-ordenador da Comissão de Fis-calização da Propaganda, Fued Cavalcante Filho, a previsão era que o programa fosse veiculado amanhã, no entanto, as emisso-ras de TV local precisam justifi car às suas matrizes sobre a mudan-ça na grade da programação. “Essa transmissão será excep-cional, devido à falha técnica que impediu aqui no nosso Estado a veiculação do programa na quar-ta-feira. As emissoras alegaram

que precisam consultar as grades na-cionais para defi nir como será feita essa nova transmissão, por isso de-cidimos adiar para o dia 31”.

Segundo Fued, as emissoras locais precisarão apresentar um requerimento às suas matrizes, para justifi car a reposição dos programas eleitorais gratuitos. De acordo com Feud, nessa próxi-ma semana o requerimento será levado ao pleno do TRE, apenas para homologação, e então as emissoras locais apresentarão suas justifi cativas.

De acordo com Fued, os par-tidos entenderam a situação e não serão prejudicados, uma vez que não houve problema apenas com um ou outro, mas com to-dos. O programa eleitoral que será reprisado é referente aos

candidatos ao governo, Senado e deputados estaduais.

Francisco Souza perdenovamente no TREO pleno do Tribunal Regional

Eleitoral (TRE), em sessão de ontem (22), negou o recurso eleitoral que tentava reverter a decisão da corte que negou o pe-dido de registro de candidatura do deputado estadual Francisco Souza (PSC), que tenta a reelei-ção no pleito deste ano.

Em sessão que indeferiu o pedido, a decisão se deu por unanimidade porque o candida-to não realizou o cadastramento biométrico no município de Iran-duba, seu domicílio eleitoral, no prazo do cadastramento. Por isso, o candidato estava sem domicílio eleitoral.

No entanto, a defesa entende que o candidato, assim como outros eleitores, não recebeu comunicado chamando para o cadastramento e mesmo que continue com o título cancelado,

Francisco Souza não poderia votar, mas poderia concorrer à reeleição, como defende o advogado Eduardo Ribeiro.

“Trata-se de um procedimen-to meramente administrativo que apenas não permitirá que o deputado exerça seu direito constitucional da cidadania de votar. Por outro lado, o fato exposto não constitui impediti-vo algum para que o deputado Souza receba votos em sua can-didatura, quando concorre para a 5ª Legislatura de deputado estadual, no pleito de 2014”, explicou Ribeiro.

Ele destacou ainda que como a corte entendeu por negar o recurso, a defesa entrará agora com recurso no Tribunal Su-perior Eleitoral e Souza segue candidato até que o recurso seja transitado em julgado. “O candidato segue normalmente, isso não é uma matéria difícil de resolver, basta a boa vontade de cidadania da própria corte em resolver no TSE”, fi nalizou.

MOARA CABRAL Equipe EM TEMPO

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José Melo cumpre agenda na área do Baixo SolimõesCandidato ao governo percorreu ontem as comunidades do município de Caapiranga ouvindo as demandas da população

O governador José Melo (Pros), can-didato à reeleição, e o ex-governador

Omar Aziz (PSD), candidato ao Senado Federal, retoma-ram a agenda da coligação Fazendo Mais Por Nossa Gen-te no interior do Estado. Nes-ta sexta-feira, a campanha mobilizou a população em três municípios na região do Baixo Solimões.

A primeira parada foi em Caapiranga (a 134 quilô-metros de Manaus). Acom-panhados de comitiva de postulantes aos cargos de deputado estadual e federal, José Melo e Omar Aziz fi ze-ram caminhada pelas ruas do bairro Couto Vale e pelo Centro do município.

Na reunião política no clu-be Calçadão, o governador e candidato à reeleição anun-ciou projetos para a cidade nas áreas de educação, infra-estrutura, saneamento bá-sico e desenvolvimento eco-nômico. Entre as propostas está a construção de nova Es-cola de Tempo Integral (Ceti), núcleo da UEA, a ampliação da rede de abastecimento de água e o apoio à pro-dução rural com a abertura de tanques escavados para

piscicultura, mecan iza-ção e for-nec imento de calcário.

“ N o s s o projeto é transformar a estrada e os ramais de Membeca na estrada da produção. Com abertura de tanques para pis-cicultura, plantio de frutas como o açaí e o incentivo à mecanização, podemos multiplicar por cinco o vo-lume dos produtos”, disse Melo, ao destacar que Caa-piranga é o maior produtor de cará da região.

Após o evento, o governa-dor vistoriou obras do sis-tema viário que estão em execução. No município, o go-verno estadual executa tam-bém obras de revitalização da estrada da comunidade do Membeca e está adaptando uma escola para estrutura de tempo integral.

“Essa estrada era um so-nho de Caapiranga e em quatro anos comecei a obra que o Melo vai terminar. Muitos vieram prometer, mas ninguém fez”, disse o ex-governador Omar Aziz, candidato ao Senado.

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Eduardo Braga percorreu as ruas do município acompanhado por um comboio de candidatos a deputado estadual e federal

A comitiva dos candidatos José Melo e Omar Aziz segue viagem hoje pelos municípios de Beruri, Manacapuru e Manaquiri

Carros, motos e muita gente com bandeiras e faixas marcaram a che-gada do senador Eduardo Braga (PMDB), candidato ao governo do Amazonas, ao município de Barreiri-nha. Acompanhado por sua candidata a vice, Rebecca Garcia, e pelo candidato ao Senado Francisco Praciano, Eduardo Braga realizou um comício na manhã de ontem no município. Candidatos a deputado federal e estadu-al também fi zeram parte da comitiva do senador.

Braga falou sobre a ne-cessidade de união dos amazonenses no momen-to pelo qual estamos pas-sando. “Nós, do Amazonas, somos pobres e moramos longe, não podemos fi car brigando uns com os outros por bobagens enquanto o povo fi ca sofrendo porque não trazemos investimen-tos para melhorar a vida da população”, afi rmou, aler-tando aos moradores de Barreirinha para não cair nessas armadilhas que sur-gem em época de eleição.

Cantando os jingles de campanha com animação e agitando bandeiras, faixas e cartazes, os moradores de Barreirinha ouviram aten-tamente os discursos dos candidatos e reagiam com gritos de incentivo e apoio a Braga e a seus aliados.

Rebecca Garcia agrade-ceu a expressiva votação que recebeu do povo de Barreirinha nas últimas eleições, quando foi a de-putada federal mais vota-da na cidade e explicou para o povo a essência da

chapa que formou com o senador. “Eduardo Braga é a experiência no nosso Es-tado. Agora nós queremos aliar a nossa renovação à experiência dele. Ter uma mulher pela primeira vez numa chapa majoritária já é uma mudança, uma reno-vação”, disse.

Praciano Praciano alertou para que

os cidadãos de Barreirinha

escolham com cuidado em quem votar. “Tem candida-to que vai querer comprar voto. E tem gente que vai pegar o dinheiro porque precisa. Mas esse candi-dato não merece o seu voto”, aconselhou.

Após a visita a Barreiri-nha, Eduardo Braga seguiu para a comunidade indí-gena do Marau, onde foi, como ele sempre repete, “ver com os olhos e sentir com o coração” as condi-ções em que se encontram os moradores da localidade e ouvir suas reivindicações. Em seguida, o candidato realizou comícios ainda nos municípios de Boa Vista do Ramos e Maués.

Eduardo Braga faz visita à cidade de Barreirinha

CAMPANHA

COMBOIO Acompanhado da candidata a vice-go-vernadora Rebecca Garcia e do candidato a Senado, Francisco Praciano, o candidato a governo Eduardo Braga, conversou com a população

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Agenda dos candidatos

Às 8h, candidato irá se reunir com um grupo da melhor idade no seu comitê central. Ao meio-dia, concede en-trevista a um programa de televisão local. Às 17h, tem reunião com os coordenadores de campanha e às 21h tem reunião com moradores do Viver Melhor.

EDUARDO BRAGA

Candidato faz caminhada às 7h30 na Zona Oeste. Às 10h, grava programa eleitoral e no fi m da tarde tem reunião com apoiares de campanha da Zona Norte.

MARCELO RAMOS

Candidato dedicará o dia para fazer gravações do seu programa eleitoral. À noite, realiza reunião com militantes na sede do partido.

HERBERT AMAZONAS

Candidato não divulgou agenda.

ABEL ALVES

Candidato realiza caminhadas e comícios nos municí-pios de Manaquiri, Manacapuru e Beruri.

JOSÉ MELO

Candidato fará caminhada no bairro Alvorada pela ma-nhã. Ao meio-dia tem um Encontro Popular com irmãos da igreja Batista da Chapada. No fi m da tarde, concede entrevista a uma emissora de televisão local.

CHICO PRETO

Candidato fará caminhada na cidade de Iranduba.

NAVARRO

Fernando Collor agora é um alvo da operação Lava Jato Supremo pede à Procuradoria-Geral da República que apure repasses do doleiro Alberto Yousseff para a conta do senador

Candidato à reeleição, o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) está às

voltas com nova investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Quatro meses depois de ter se livrado da última acusa-ção a que respondia na corte ainda referente à sua turbulenta passagem pelo Planalto, Collor agora é alvo de um inquérito para apurar suas relações com o doleiro Alberto Yousseff , preso na operação Lava Jato sob a acusação de ser um dos chefes de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou ilegal-mente R$ 10 bilhões no país e jogou a Petrobras para o centro de duas CPIs no Congresso.

A suspeita sobre o ex-presi-dente foi remetida ao Supremo, onde correm as investigações en-volvendo parlamentares federais e outras autoridades, pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sér-gio Fernando Moro, após a Polícia Federal identifi car comprovan-tes bancários que mostravam depósitos feitos pelo doleiro, no valor de R$ 50 mil, na conta do senador. Segundo a PF, o repasse foi dividido em oito depósitos em espécie: R$ 1,5 mil, R$ 9 mil, R$ 1,5, R$ 9 mil, R$ 8 mil, R$ 9 mil, R$ 8 mil e R$ 4 mil.

RevelaçõesQuando a notícia sobre os

depósitos foi revelada, Collor reagiu. “Não sou alvo de nenhu-ma investigação, menos ainda suspeito naqueles inquéritos”, disse o senador da tribuna do Senado em 26 de maio. De lá para cá, a situação mudou. O Congresso em Foco localizou na página do Supremo na in-ternet o Inquérito 3883, até então desconhecido do público em geral. O procedimento foi aberto no dia 7 de julho pelo ministro Teori Zavascki, depois que a Justiça Federal do Para-ná enviou para o Supremo 67 páginas de documentos.

Zavascki designou o juiz Már-

cio Schiefl er para cuidar do caso. Há duas s e m a n a s , foi publica-da a decisão de Schiefl er para mandar a papelada à Procuradoria-Geral da Repúbli-ca, que vai começar o trabalho de apuração de fato. O inquérito contra Collor não tem ligação com a nova fase da operação Lava Jato, iniciada nesta sexta-feira (22) e que tem como princi-pal alvo o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

Sem explicaçãoCollor nunca explicou a

origem do dinheiro em suas contas, mas garantiu não ter relações com Yousseff . Em maio, disse que pediria “da-dos mais concretos” a Moro e Zavascki antes de prestar esclarecimentos. “Não convém, de forma prematura, alimentar uma contenda”, disse ele, ao criticar a revista “Veja”, que noticiara os fatos.

Passados três meses, o Con-gresso em Foco procurou Collor novamente. Mas, na quinta-fei-ra (21), o site não obteve ne-nhuma explicação dele e de seus assessores sobre a origem dos depósitos de Yousseff ou mes-mo dos “dados mais concretos” que o ex-presidente buscava.

Para a Polícia Federal, o do-leiro era o verdadeiro dono do Laboratório Labogen, que fi r-mou parcerias no Ministério da Saúde com o apoio do ex-vice-presidente da Câmara André Vargas (ex-PT-PR), que, para o Conselho de Ética da Casa, deve ter seu mandato cassado. A PF suspeita que um dos sócios do doleiro na empresa seja Pedro Paulo Leoni Ramos, amigo e ex-integrante do governo Collor.

O ex-presidente não nega o bom relacionamento que man-tém com seu ex-ministro de Assuntos Estratégicos.

A operação Lava Jato resul-tou na prisão de doleiros e de diversos clientes deles, como o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Collor não era alvo da apuração, mas as ações de busca e apreensão nos ende-reços de Yousseff encontraram os comprovantes de depósito. Por isso, o juiz Sérgio Moro enfatizou ao STF que, naquele

momento, não havia “qualquer indício do envolvimento” do senador nas oito ações crimi-nais em andamento em sua Vara no Paraná.

Para Collor, as declarações do juiz foram entendidas como um salvo conduto. “O prin-cipal teor do expediente do juiz Sérgio Moro ao ministro Teori Zavascki foi sua taxa-tiva declaração de que não

há qualquer envolvimento meu nos oito inquéritos da Polí-cia Federal vinculados àquela operação”, disse o senador em maio passado.

Mas, conforme apurou o Congresso em Foco, as afi rma-ções são apenas parte das for-malidades do processo. Moro fez questão de explicitá-las por dois motivos. Primeiro, porque realmente o nome de Collor

apareceu no caso inesperada-mente. Segundo, porque, ainda que acreditasse haver provas de participação do senador em qualquer crime, ao mencionar isso Sérgio Moro traria para si um batalhão de advogados dos réus pedindo que toda a operação Lava Jato fosse anulada. Afi nal, parlamentares só podem ser investigados e julgados pelo STF.

Ações incluíram até presidente da Petrobras

AG SENADO

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Impacto de Marina leva pânico ao PT e ao PSDB

Dilma (PT) e Aécio Neves (PSDB) receberam em dias diferentes, esta semana, no-tícias igualmente inquietan-tes sobre pesquisas inter-nas mostrando que apenas um deles estará no segundo turno, porque a outra vaga já estaria assegurada a Marina Silva (PSB), a subs-tituta de Eduardo Campos na disputa presidencial. O impacto maior é percebido na campanha tucana, mas Marina deixou o comando do PT atônito.

Tomando pulsoCampanhas realizam

pesquisas diárias que chamam de tracking, não registradas no TSE, por telefone, entrevistando ao menos 500 eleitores.

Fogo de palhaOs tucanos fi caram tão

nervosos que o candidato Aécio Neves teve de reunir aliados para pedir calma, apostando que Marina é fogo de palha.

Onda MarinaNo PT, coube a Lula e ao

marqueteiro João Santana assegurar a Dilma e aos alia-dos que essa “onda Marina” não irá se sustentar.

Ibope na terçaO estado de ânimo nas

campanhas do PT e do PSDB somente vai se estabilizar após a divulgação de nova pesquisa Ibope, terça (26).

Lava Jato pode fazer o país refundar a República

Muitos políticos graúdos tomam desde ontem doses industriais de tranquilizan-tes, após a decisão do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de fazer acordo de delação premia-da, e contar tudo. Ao lado do mega-doleiro Alberto Yous-sef, Paulo Roberto Costa

seria um dos chefes do “ban-co central” de caixa dois, pagamento de propinas e fi nanciamento eleitoral. Se a dupla abrir a boca, a Re-pública cai inteira.

Rede de lavanderiasA PF cumpriu mandados de

busca e apreensão em onze empresas usadas por Paulo Roberto Costa para “lavar” dinheiro da corrupção.

Lavando bilhõesO esquema de corrupção

tocado pela dupla Youssef-Costa “lavou” mais de R$ 10 bilhões, segundo estimati-vas da Polícia Federal.

Reais importadosO doleiro Youssef abaste-

cia o esquema de corrupção comprando no Paraguai cé-dulas de reais gastos por brasileiros naquele país.

Esqueceu rápidoMarina Silva esqueceu

rápido o compromisso de preservar o legado de Edu-ardo Campos. Quase não há referências a ele no site ofi cial dela. Substituíram até as cores do PSB. Nem mesmo atribuem a Campos sua frase “Não vamos de-sistir do Brasil”, destacada no site.

Só uma hóspedeCarlos Siqueira, ex-coor-

denador da campanha de Eduardo Campos, usou mal a expressão “hospedeira” para defi nir o papel de Mari-na Silva no PSB. Hospedeira é quem hospeda. Marina é “hóspede”.

Vaga de JoaquimAécio Neves (PSDB) e

Eduardo Campos (PSB) haviam concordado, numa conversa, que em caso de vitória de um deles, pedi-riam a Dilma para não indi-car o substituto de Joaquim Barbosa no Supremo Tribu-nal Federal. Após a eleição,

restarão dois meses para o fi m do governo.

Assim é, se lhe pareceNúmeros do próprio go-

verno mostraram que o Brasil teve o pior mês de julho dos últimos 15 anos, em termos de geração de empregos, mas a presidente Dilma atribui a má notícia ao “uso eleitoral” do fato.

Caso de polícia“Porraloucas” ligados ao

sindicato dos funcionários invadiram ontem a sala de trabalho do presidente da estatal de águas Caesb, em Brasília, e o mantiveram em cárcere privado por 40min., até a PM resgatá-lo.

Transparência opacaApenas na penúltima se-

mana de agosto, o Portal da Transparência, que estava parado desde maio, atu-alizou os dados de 2014. Agora estão discriminados os gastos para os meses de janeiro a julho.

Disputa paraenseUma das eleições mais

disputadas ocorre no Esta-do do Pará, onde o gover-nador tucano Simão Jate-ne tenta manter a família Barbalho bem distante dos cofres públicos. Seu rival é Helder Barbalho (PMDB).

Veto ilegalA propaganda da ex-pre-

feita de Fortaleza Luizianne Lins (PT) não tem aparecido na TV. Seria uma represália de Ciro Gomes, que coman-da a campanha de Cami-lo Santana. Luizianne não pede votos para Camilo.

DebandadaApós o ex-diretor da Pe-

trobras Paulo Roberto Costa aceitar “delação premiada”, políticos graúdos embar-cando para o exterior em plena campanha eleitoral pode ser fuga mesmo.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Traição no Congresso

www.claudiohumberto.com.br

“Não vou aos palanquesonde já não estava indo”

MARINA SILVA (PSB), ignorando os acordos fechados por Eduardo Campos nos Estados

O saudoso embaixador José Aparecido de Oliveira, testemunha de tantas lutas políticas – dos presidentes Jânio Quadros, de quem foi secretário particular, a Itamar Franco, em quem mandava – nunca teve a menor dúvida: “Na cabine indevassável, o homem trai!” O falecido presidente Tancredo Neves, por exemplo, detestava votações secretas no Congresso. Por quê?

- Dá uma vontade de trair... – dizia ele, com jeito moleque.

Coordenadora da campanha da candidata do PSB reafi rma agenda de compromissos assumidas por Eduardo Campos

Marina acena ao mercado com lei para BC autônomo

Maria Alice Setubal, a Neca, coordenado-ra do programa de governo de Marina

Silva, afi rma que a candidata a presidente pelo PSB reafi rmará os compromissos feitos ante-riormente por Eduardo Campos a respeito de conceder autono-mia formal, por lei, ao Banco Central. Em entrevista à “Folha de São Paulo”, Neca disse que, ao longo da campanha, mais economistas “estarão se apro-ximando” e terão mais o perfi l de “operadores” do mercado, para compensar a característica mais acadêmica da maioria dos atuais conselheiros.

Essa é uma tentativa de Marina se qualifi car mais como uma candidata confi ável aos olhos do establishment fi nanceiro e empresarial. O programa de go-verno da campanha presidencial do PSB deve ser lançado no pró-ximo dia 29. A candidata também estuda fazer um discurso ou um documento mais sucinto a respei-to de seus compromissos.

Perfi lNeca tem 63 anos e é uma

das acionistas do Banco Itaú. Tornou-se amiga de Marina desde a campanha de 2010. Com que frequência conver-sam? “Quase todo dia”. A par-tir da consolidação de Marina como candidata a presiden-te, revela Neca, cresceram as ofertas de doações. Quando fala da presidente Dilma, ava-lia que a petista “tem uma incapacidade de ouvir”.

Neca diz que muitas vezes, Marina falava: “Bom, isso não era a minha posição, mas foi a posição do Edu-ardo e a gente concordou com isso”. Então, ela vai assumir essas posições. “Mas o programa foca pon-tos muito claros. Destaca metas da infl ação, o tripé (macroeconômico). Destaca fortemente a reforma tri-butária, a responsabilidade fi scal muito grande da qual o Eduardo falava. Marina manterá isso”.

Experiência “Hoje, temos uma presi-

dente cujo perfi l é de gestão, pragmático, racional. Talvez o oposto da Marina. E o resultado que nós temos é bastante insatisfatório. Toda essa fala da Dilma gestora se desfez ao longo de quatro anos. O mercado, visualizando as pessoas que estão ao lado dela, vai ter muito mais insegurança. Ela já tem vários economistas. Terá outras, mais operado-ras”, declara Neca.

Lei seria uma proposta imediata

Neca (à esq.) e Marina Silva: parceria em campanha eleitoral

DIVULGAÇÃO

Irregularidades nas inspeções do interior

Pelo menos 20 irregularida-des foram encontradas pelas equipes técnicas da Secreta-ria Geral de Controle Externo (Secex) do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), durante as duas etapas de inspeções realizadas, este ano, entre os meses de maio e agos-to. Ao todo, foram fi scalizados 61 municípios. As improprieda-des mais comuns encontradas nos órgãos da administração direta e indireta do interior serão inseridas nos relatórios de inspeção das contas dos gestores e serão alvo de pos-síveis multas. Atualmente, os técnicos do TCE trabalham na conclusão dos relatórios.

Entre as irregularidades mais comuns encontradas constam o atraso no encaminhamen-to dos balancetes mensais, via sistema de Auditoria de Contas Públicas (ACP).

TCE/AM

Aécio: mais investimento em acessibilidade no país

Em visita à Associação Bra-sileira Benefi cente de Reabi-litação (ABBR), na Zona Sul do Rio de Janeiro, o candi-dato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, prometeu ontem (22) que, se for eleito, aumentará os investimentos anuais feitos em programas de acessibi-lidade e em instituições de reabilitação. Para Aécio, as aplicações atuais são insu-fi cientes e estão concentra-das nas grandes cidades. “No nosso programa de governo, temos o projeto Brasil Aces-sível. O governo federal vai fi nanciar todos os municípios brasileiros que apresentarem projetos de acessibilidade. Do ponto de vista de habilitação, é preciso apoiar de forma muito mais expressiva enti-dades como a ABBR, entida-des estaduais. Vamos criar uma linha de fi nanciamen-to e de compra de equipa-

mentos de última geração”, anunciou o candidato.

Aécio disse também que, caso seja eleito presiden-te, terá ao fi m do mandato, em 2018, taxa de investi-mento da economia em torno de 24%. A taxa hoje varia de 18% a 19%.

FosterAécio comentou ainda a

possibilidade de bloqueio dos bens da presidente da Petro-bras, Graça Fortes, por causa da denúncia de irregularida-des na compra da Refi naria de Pasadena, no Estado nor-te-americano do Texas. Aécio disse que o Tribunal de Contas da União (TCU) deve julgar com isenção o caso. A decisão foi anunciada quarta-feira. “O TCU não é um órgão subordi-nado ao Poder Executivo. Sua função é fi scalizar as ações do governo e não pode sofrer ne-nhuma pressão”, ressaltou.

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