Espiritismo é telepatia intervivos

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Espiritismo é telepatia intervivos . Meu irmão foi em uma médium e sem dizer nada ela lhe disse que nossa mãe estava ali (em espírito) e queria lhe falar sobre o que ela sentiu quando agonizava no hospital e mandar beijos para familiares dela. Há espírito fora do corpo e eles voltam para falar conosco. Ponto final? Uma das coisas que a médium disse é que havia um cão (já falecido) que correu para o colo do meu irmão. Já a mãe, ela ainda estava com as características dela quando morreu: cabelo preso e rosto e corpo inchados. Mas, por que o cão estava correndo quando nos seus últimos anos ele mal se arrastava? E por que o espírito da nossa mãe não se apresentaria sem inchaços adquiridos no leito do hospital? Não seriam estas as imagens mais fortes que meu irmão guardava em seu cérebro? Há um fato que parecem justificar a minha crença de que a médium nada mais fez do que ler pensamentos e imagens que estão guardadas na mente de meu irmão e de todos os clientes dela: eu estava caminhando e pensei no outro cão (ainda vivo) do meu irmão, um “sharpei” e sem saber uma quadra depois apareceu um “sharpei”. Como? Eu não poderia tê-lo visto, nem ouvido (“sharpei” são quase mudos, não latem para nada!), nem mesmo poderia ter sentido seu cheiro, nem gosto e tato, obviamente. Previ o futuro? Algum espírito me avisou? Por que apresentar respostas tão absurdas, quando podemos pensar que as sensações convertidas no cérebro em impulsos elétricos não ficam presas na cabeça e se espalham pelo meio a nossa volta tal qual as ondas dos nossos aparelhos de tv e rádio. Índios que vivessem longe de nossa civilização ocidental diriam provavelmente que um aparelho de tv tem espíritos, mas nós não. Riríamos deles, não? Mas, o que acontece é que somos como índios que crêem que espíritos falem dentro de nossos corpos e cabeças e não somos capazes de perceber uma explicação mais próxima.

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Aqui expomos nossa reflexão filosófica sobre uma pseudofilosofia, o espiritismo buscando não convencer os espiritas ferrenhos, mas oferecer um antídoto contra a ignorância para aqueles que se virem hipnotizados pelas ideias dos seguidores do platônico Alan Kardec e evitar, assim, que ignorantes conduzam outros para o precipício da imbecilidade.

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Espiritismo é telepatia intervivos.

Meu irmão foi em uma médium e sem dizer nada ela lhe disse que nossa mãe estava ali (em espírito) e queria lhe falar sobre o que ela sentiu quando agonizava no hospital e mandar beijos para familiares dela. Há espírito fora do corpo e eles voltam para falar conosco. Ponto final?

Uma das coisas que a médium disse é que havia um cão (já falecido) que correu para o colo do meu irmão. Já a mãe, ela ainda estava com as características dela quando morreu: cabelo preso e rosto e corpo inchados. Mas, por que o cão estava correndo quando nos seus últimos anos ele mal se arrastava? E por que o espírito da nossa mãe não se apresentaria sem inchaços adquiridos no leito do hospital? Não seriam estas as imagens mais fortes que meu irmão guardava em seu cérebro?

Há um fato que parecem justificar a minha crença de que a médium nada mais fez do que ler pensamentos e imagens que estão guardadas na mente de meu irmão e de todos os clientes dela: eu estava caminhando e pensei no outro cão (ainda vivo) do meu irmão, um “sharpei” e sem saber uma quadra depois apareceu um “sharpei”. Como? Eu não poderia tê-lo visto, nem ouvido (“sharpei” são quase mudos, não latem para nada!), nem mesmo poderia ter sentido seu cheiro, nem gosto e tato, obviamente. Previ o futuro? Algum espírito me avisou? Por que apresentar respostas tão absurdas, quando podemos pensar que as sensações convertidas no cérebro em impulsos elétricos não ficam presas na cabeça e se espalham pelo meio a nossa volta tal qual as ondas dos nossos aparelhos de tv e rádio.

Índios que vivessem longe de nossa civilização ocidental diriam provavelmente que um aparelho de tv tem espíritos, mas nós não. Riríamos deles, não? Mas, o que acontece é que somos como índios que crêem que espíritos falem dentro de nossos corpos e cabeças e não somos capazes de perceber uma explicação mais próxima.

Não vou debater aqui outros absurdos, mas saiba o leitor que: 1) alma e corpo não podem ocupar o mesmo lugar, 2) como um espírito moveria algo físico? 3) alma é a causa da vida, então por que precisamos nos alimentar? 4) quando morremos foi porque a alma foi embora? (teoria de René Descartes).

Em minha opinião é quando um parente próximo morre que temos mais desejo de que exista vida após a morte. A morte não é a causa do filosofar, mas a criadora da religião!

Finalmente, não peço que os espíritas pensem nestas questões que levantei, pois é impossível que eles mudem de idéia, assim como, é impossível que um drogado abandone seu vício. Peço apenas que eles não chamem de filosofia sua religião. É uma falta de respeito aos filósofos. Na filosofia questionamos tudo, inclusive a própria filosofia. Não há verdades inquestionáveis.