Estratégias de persuasão

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ESTRATÉGIAS DE PERSUASÃO Ethos Costume, hábito Refere-se ao caráter do orador. Quando Aristóteles fala em ethos não se refere ao caráter real do orador mas a uma técnica retórica. O orador procura causa boa impressão, fazendo crer que possui racionalidade, excelência e benevolência. Racionalidade porque só um pensamento desenvolvido é capaz de descobrir soluções para os problemas dos cidadãos. Excelência e Benevolência para mostrar que possui experiência e sabedoria e que além disso é incapaz de deturpar os acontecimentos. Pathos Está relacionado com o auditório . Refere-se aos sentimentos que o orador provoca nos ouvintes. O orador, para captar a atenção dos ouvintes, tem de apelar diferentes tipos de emoções, fazendo crer aos ouvintes que o discurso é espontâneo. Logos Palavras, Razão, Pensamento, Discurso. Refere-se àquilo que é dito, ou seja, discurso argumentativo ou conjunto de argumentos que o orador utiliza na defesa das opiniões. O poder convincente do discurso exige que o argumentador assuma um estilo especial no decorrer da argumentação, e deve obedecer ao seguinte: O discurso deve ser brilhante, surpreendente e divertido mas deve parecer sereno, claro e natural para se tornar convincente; Deve usar metáforas pouco banais e pouco obscuras e compreensíveis pelos ouvintes; O discurso deve ter ritmo sem rima; Não deve ser pomposo, evitando palavras complexas e epítetos (cognomes) desnecessários; Deve ser claro, adequado e pronunciado de forma viva e convincente; A intensidade da voz, o ritmo e os gestos são importantes, pois tornam o discurso espontâneo. Para Aristóteles, o discurso engloba o tema, a tese, os argumentos e a conclusão, bem como a ordem específica.

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ESTRATÉGIAS DE PERSUASÃO

Ethos – Costume, hábito

Refere-se ao caráter do orador.

Quando Aristóteles fala em ethos não se refere ao caráter real do orador mas a

uma técnica retórica.

O orador procura causa boa impressão, fazendo crer que possui racionalidade,

excelência e benevolência.

Racionalidade porque só um pensamento desenvolvido é capaz de descobrir

soluções para os problemas dos cidadãos.

Excelência e Benevolência para mostrar que possui experiência e sabedoria e

que além disso é incapaz de deturpar os acontecimentos.

Pathos – Está relacionado com o auditório.

Refere-se aos sentimentos que o orador provoca nos ouvintes.

O orador, para captar a atenção dos ouvintes, tem de apelar diferentes tipos de

emoções, fazendo crer aos ouvintes que o discurso é espontâneo.

Logos – Palavras, Razão, Pensamento, Discurso.

Refere-se àquilo que é dito, ou seja, discurso argumentativo ou conjunto de

argumentos que o orador utiliza na defesa das opiniões.

O poder convincente do discurso exige que o argumentador assuma um estilo

especial no decorrer da argumentação, e deve obedecer ao seguinte:

1º O discurso deve ser brilhante, surpreendente e divertido mas deve parecer

sereno, claro e natural para se tornar convincente;

2º Deve usar metáforas pouco banais e pouco obscuras e compreensíveis pelos

ouvintes;

3º O discurso deve ter ritmo sem rima;

4º Não deve ser pomposo, evitando palavras complexas e epítetos (cognomes)

desnecessários;

5º Deve ser claro, adequado e pronunciado de forma viva e convincente;

6º A intensidade da voz, o ritmo e os gestos são importantes, pois tornam o

discurso espontâneo.

Para Aristóteles, o discurso engloba o tema, a tese, os argumentos e a conclusão, bem

como a ordem específica.