FACULDADE CAPIVARI FUCAP TRABALHO DE CONCLUSÃO … · 2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL: CONCEITO E...
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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
IMPLANTAÇÃO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO UTILIZANDO A
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO EM UMA EMPRESA COMERCIAL
Sulivan Vieira da Conceição
Prof. Alessandro Ramos Costa, Esp
RESUMO
Este artigo tem em vista demonstrar a utilidade do planejamento orçamentário nas tomadas de
decisões, como também a implantação de duas ferramentas, onde uma delas foi criada pelo
método de média simples e a segunda ferramenta pelo índice de crescimento, sendo as duas
aplicadas diante a Demonstração de Resultado de uma empresa de produtos esmaltados. Ao
decorrer do artigo, foram levantados dados reais da empresa em estudo e realizado uma
Demonstração de Resultados projetada. Após a projeção obtida foram realizadas análises
comparativas entre a média aritmética e índice de crescimento que foram as duas ferramentas
utilizadas bem como comparação entre o período realizado com o período orçado. Identificou-
se a partir das análises que as ferramentas implantadas obtiveram resultados distintos,
principalmente nos meses de novembro e dezembro, onde se percebeu que uma das
ferramentas demonstrou um grau de confiabilidade menor. Foi possível observar que
comparando as duas ferramentas, o índice de crescimento apresenta pontos negativos como:
quedas de receita bruta de vendas de 51,6% e aumento de cerca de 50% no custo de
mercadoria em determinados períodos das projeções. Comparada com a realizada a média foi
a que mais se aproximou dos fatos, pelo motivo de o índice ter causado muita discrepância
tornou-se uma ferramenta não confiável. Aconselha-se a entidade utilizar a ferramenta pelo
método de média simples, ajustando conforme a necessidade da empresa.
Palavras-chave: Planejamento orçamentário. Demonstração de Resultado. Tomadas de
decisões. Análise projetada.
1 INTRODUÇÃO
Não há como negar, que o mercado empresarial está se tornando cada vez mais
competitivo. Mais do que nunca, é possível perceber que a competitividade está cada vez mais
acirrada. Momentos de instabilidade financeira, crises políticas fazem com que o desafio dos
empresários seja cada vez maior.
O estudo realizado neste artigo foi desenvolvido na disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso 1, onde buscou levantar os dados da empresa de estudo, como também
desenvolver a pergunta pesquisa, além de busca informações a fim de formular o objetivo
geral e específico para o referido estudo. Durante a construção dos modelos de estudo, levou-
se em conta as características do empreendedorismo e da visão sistêmica aplica a gestão
empresarial, com enfoque, nos sistemas de controles financeiros.
O planejamento orçamentário além de ser uma a ferramenta que pode auxiliar nas
tomadas de decisões possibilita que administradores tenham uma previsão do que poderá
acontecer com as empresas futuramente.
Este artigo proporciona subsídios de grande valor no meio profissional, podendo
ser capaz de auxiliar tomada de decisão acerca da alocação de recursos em períodos com
intenso volume de obrigações pendentes de liquidação, bem como auxiliar na análise de
possíveis opções de investimento em períodos onde há considerável quantidade de recursos
disponíveis.
Uma ferramenta bem executada dentro de uma empresa pode vir ajudar a
sociedade, pois, se a empresa tem um bom desenvolvimento, gira a economia e gera empregos
pela região. Além disso, para o meio acadêmico o estudo de ferramentas para o planejamento
orçamentário agrega no conhecimento e desenvolvimento de novas técnicas e caminhos para
realização de estudos sobre esta temática.
Conforme o projeto de estudo a pergunta de pesquisa é: Quais as principais
contribuições do planejamento orçamentário no auxílio da tomada de decisão em uma
empresa do ramo comercial?
Diante do exposto, o seguinte estudo tem como objetivo geral apresentar as
principais contribuições do planejamento orçamentário no auxílio da tomada de decisão da
empresa Alfa Comércio de Utilidades Domésticas Ltda. – ME.
Este artigo tem como objetivos específicos: destacar as funções e utilidades do
planejamento orçamentário de acordo coma literatura; levantar dados da empresa Alfa no
segundo semestre de 2016; realizar um planejamento orçamentário com base nesses dados
levantados no segundo semestre de 2016; e apresentar projeções orçamentárias, a partir de
análise histórica da movimentação de caixa da entidade em formato de Demonstração de
Resultados.
O artigo delimitou-se no recolhimento de informações sobre como um
planejamento de orçamento pode auxiliar nas decisões dos administradores.
A seguir apresentam-se referências teóricas sobre contabilidade gerencial, e
finanças, nas mais diversas bibliografias, assim proporcionando melhor entendimento e
relevâncias nas decisões empresárias, procurando de alguma forma fazer com que o
administrador consiga identificar e corrigir tais problemas, visando à supressão de prejuízos
futuros.
Sequencialmente seguem as coletas teóricas, análise, discussão e resultados frente
ao problema proposto.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
Essa seção aborda um pouco da história da contabilidade, como surgiram as
primeiras técnicas contábeis e também irá tratar do objetivo desse ramo e seu vasto campo de
atuação, por fim, também irá tratar as ramificações Contábeis.
2.1 OS PRIMEIROS VESTÍGIOS DO SURGIMENTO DA CONTABILIDADE
Os primeiros vestígios da contabilidade surgiram 3.000 anos a.C. segundo
Schmidt e Santos (2006), foram localizados materiais usados por civilizações pré-históricas
que marcaram um sistema contábil utilizado entre 8.000 e 3.000 a.C. em sítios arqueológicos
do Oriente, formado de pequenas fichas de barro.
Comentando um pouco da história da contabilidade no Brasil, ela foi regulada por
leis específica como a Lei n. 10.406/76 e a lei 10.406/02, mas a partir de 2005, o país preferiu
seguir às regras internacionais. Esta estrutura conceitual teve início em 2005 por meio da
resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) n. 1.055, de 07 de outubro de 2005
(LUZ, 2015).
A contabilidade é uma área que estuda o patrimônio da entidade e possui um
grande ramo de atuação profissional. Para melhor entendimento serão abordados a seguir um
pouco mais do conceito como também o objetivo nessa área.
2.1.1 Conceitos, objetivos e Campos de Atuação do Ramo Contábil
Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, e tem
por objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio
(conjunto de bens, direitos e obrigações) das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que
possui um patrimônio) (MARQUES, 2010).
Na visão de Sá (1998), contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos
patrimoniais que podem ser conjuntos de bens, direitos e obrigações, de tal forma procurando
visualizar com realidade, evidências e comportamento do mesmo.
A contabilidade é um ramo profissional que estuda os acontecimentos ocorridos
no patrimônio das entidades, sendo assim, qualquer pessoa física ou jurídica que possui um
patrimônio. Mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva, a análise e a
interpretação desses fatos, com o fim de proporcionar informações e orientação, para que
assim, possam ter tomadas de decisões sobre o patrimônio, suas variações e o resultado
(FRANCO, 1997).
Jacinto (1990) diz que contabilidade fornece o máximo de informações úteis para
as tomadas de decisões, tanto dentro, quanto fora da empresa, estudando, registrando e
controlando o patrimônio, e que a contabilidade é o estudo do patrimônio e suas variações.
Logo pode se afirmar, que a contabilidade envolve um conjunto de técnicas para controlar o
patrimônio, sendo ela uma ciência que tem em vista estudar, e controlar a situação presente do
patrimônio da entidade.
A contabilidade procura em primeiro momento, alcançar, no sentido mais amplo
possível, e entender as alterações sofridas pelo patrimônio, buscando uma visão mais
avançada de possíveis variações. Essas transformações tanto podem proceder da ação do
homem quanto, apesar de que quase sempre, por consequência da natureza sobre o patrimônio
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2001).
Conforme Iudícibus (1995), o objetivo básico da contabilidade pode ser resumido
no fornecimento de informações para os diversos usuários, para que desta forma possam
tomar melhores decisões sobre suas entidades.
Segundo Favero et al., (1997), os objetivos na contabilidade podem ser definidos
como os elementos que deverão ser determinados, para que os diferentes usuários possam
ficar cientes da situação da organização em determinado momento, com a intenção de tomar
as decisões que avaliarem necessárias.
Quanto à finalidade, a Ciência Contábil procura desenvolver suas funções em
torno do patrimônio como meio para alcançar sua finalidade. Franco (1997), sobre a função
da contabilidade, evidência que a função é registrar, classificar, demonstrar, auditar e avaliar
todos os acontecimentos que acontecem no patrimônio das entidades.Tendo como objetivo
fornecer informações, interpretações e orientação sobre a composição e as mutações do
patrimônio, para a tomada de decisões de seus administradores. Assim, tem por finalidade
registrar fatos e produzir informações que possibilitem ao dono do patrimônio o controle e de
como agir no seu patrimônio.
Quando se refere em campo de atuação nesta profissão, Charone (2009) comenta
que existem cargos com muita expansão, dentre a área privada ou pública, a qual a tendência
é o aumento constante desses cargos, conforme o crescimento de empreendimentos.
A contabilidade possui um mercado amplo com várias opções, de tal modo, que as
informações contábeis são mais valorizadas em regiões mais desenvolvidas (CHARONE,
2009).
Conforme Marques (2010), o contabilista possui inúmeras opções de atuação,
podemos citar como exemplos: Contador de custos; Contador Gerencial; Fiscal de tributos;
Auditor Fiscal; Perito Judicial; Auditor externo; Auditor interno; Contador; Perito
extrajudicial; Conferencista; Diretor Financeiro; Professor; ente outros cargos.
O contador, depois de formado, dispõe de muitas opções para exercer sua
profissão. Marion (2003) classifica e divide as potenciais áreas de atuação nos seguintes
setores: nas empresas, como autônomo, no ensino, em órgãos públicos e na logística.
Várias áreas se tornam escassas no ramo contábil, um dos cargos citado por
Charone (2009) é o profissional na área financeira, principalmente onde se refere informações
para tomada de decisões, onde os poucos profissionais especializados nesse ramo acabam
tendo uma remuneração boa e um melhor reconhecimento.
Charone (2009) ressalta que a profissão de Contador está regulamentada pelo
Decreto-lei nº 9.295/46 e suas atribuições definidas pela Resolução nº 560/83, do Conselho
Federal de contabilidade.
Administrar uma empresa pode não ser uma tarefa fácil, a contabilidade gerencial
é um ramo contábil que procura prover informações aos seus administradores. Para melhor
compreensão do assunto, será levantado a seguir seu conceito e aplicação.
2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL: CONCEITO E APLICAÇÃO
Conforme Marion e Iudícibus (2000), a contabilidade gerencial busca suprir os
gerentes de uma lista maior de informações, de maneira específica para a tomada de decisões.
Distinto da contabilidade financeira, a gerencial não se prende aos princípios fundamentais da
contabilidade.
A contabilidade gerencial é o processo de identificação, acumulação, análise,
preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela
administração para o planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para
assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos (PADOVEZE, 2000).
Padoveze (2000) afirma que é necessário que a contabilidade gerencial tenha um
sistema de informações abrangente, no sentido de obter elementos das mais distantes áreas da
contabilidade.
Conforme Crepaldi (2004), a contabilidade gerencial é uma das divisões da
contabilidade que tem como objetivo prover informações aos gerenciadores de empresas, que
os auxiliem em suas atividades gerenciais. Uma de suas funções é fazer com que o empresário
tenha um melhor aproveitamento dos recursos econômicos da entidade, por meio de um
controle de despesas e investimentos, realizado por um sistema de informação gerencial.
Martins (2009) diz que o crescimento da empresa proporcionou a criação desse
novo tipo de contabilidade, com o objetivo de aproximar os administradores, ativos e as
pessoas. Sendo assim, a contabilidade de custo abriu portas para a criação de uma nova
categoria contábil.
Em um sentido mais intenso, a contabilidade gerencial, está voltada única e
excepcionalmente para a gerência do empreendimento, buscando suprir informações que se
adequem de forma que seja válida e efetiva no modelo decisório do administrador
(IUDÍCIBUS, 1998).
Iudícibus (1998), diz que contabilidade gerencial, também pode ser aplicada em
outros campos de conhecimentos não limitados à contabilidade. Abrange e aplica conceitos da
administração da produção, da estrutura organizacional, bem como da administração
financeira, campos mais amplos, onde toda a contabilidade empresarial se estabelece.
Outro fato que proporcionou a criação dessa moderna contabilidade surgiu no
século XIX nos EUA, onde as emergentes empresas administradoras e hierarquizadas
possuíam dentro das empresas todas as etapas de produção onde necessitavam levantar
informações entre um processo ao outro, precisando formar um sistema de informação desde
o empresário do escritório até o trabalhador na fábrica (PADOVEZE, 2006).
Padoveze (2000), fala que a contabilidade gerencial pode ser vista como uma área
que possui um esforço de pesquisa, por ser uma área autônoma trazendo as informações
contábeis, procurando focalizar no planejamento, controle e nas tomadas de decisões.
Segundo Horngren et al., (2004), a contabilidade gerencial é o processo de
identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações quem
tem por objetivo auxiliar os administradores a atingir finalidades organizacionais.
A contabilidade gerencial contém o seu ponto de vista no futuro, esta
característica determina como estratégicas para a contabilidade gerencial nos campos de
orçamentos e projeções (PADOVEZE, 2000).
Padoveze (2000) ressalta que a contabilidade gerencial pode ser aplicada em todos
os setores da empresa, ela possui informações para todos os departamentos. Essa nova área
conseguiu suprir por intermédio de seu sistema de informação contábil todas as áreas. Como
dentro de uma empresa possui vários setores, essa nova forma de gerar informações deverá
providenciar que esse sistema contábil trabalhe de forma específica para cada departamento
da empresa.
Um dos papéis mais relevantes da contabilidade gerencial consiste em fornecer
informações competentes para a avaliação de desempenho. Este desempenho pode ser
avaliado não apenas em relação à apuração de resultados por produtos ou por serviço, mas
abrange uma apreciação dos vários departamentos da empresa em relação às metas previstas
(IUDÍCIBUS, 1998).
Contudo, Horngren, Datar e Foster (2004), afirmam que os gestores usam a
contabilidade gerencial também para definir suas estratégias, e, além disso, para definir como
será feito o projeto a execução da mesma.
Na área contábil um ramo profissional leva ao outro, é o caso da contabilidade
gerencial que engloba a área financeira, que é um novo ramo de estudo.
2.3 CONTABILIDADE FINANCEIRA
Contabilidade financeira tem como uns de seus aspectos proporcionarem à
informação contábil de forma estruturada para seus usuários, como acionistas, fornecedores,
bancos e agências regulatórias governamentais (HORNGREN; SUNDEM; STRATTON,
2004).
Ching, Marques e Prado (2010) dizem que a contabilidade financeira é objetiva,
confiável e precisa, e também a base para a contabilidade gerencial, ainda ressaltam que tanto
a contabilidade gerencial, quanto à financeira fornece informações base para estruturas de
ambas.
A demonstração de resultado é um ramo financeiro que consta a parte mais
interessante para o administrador o lucro, a seguir será abordado um pouco mais sobre este
documento contábil.
2.4 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO EXERCÍCIO
A Demonstração de Resultados do Exercício – DRE é exigida pela lei 6404/1976.
Esse demonstrativo apresenta apuração do resultado em um exercício, se a empresa obteve
lucros ou prejuízos no final do período (BRASIL, 1976).
Segundo Dantas (2015) a demonstração de resultado apresenta os ganhos e perdas
das entidades em um determinado período, onde este pode variar em um mês, uma quinzena
ou até um ano. Em sua estrutura ela apresenta suas origens e as aplicações indicando se a
empresa obteve lucro ou prejuízo, que são apurados sobre regime de competência.
Regime de competência de acordo com Roberto (2014) é quando as receitas e as
despesas são reconhecidas pela ocorrência do fato gerador, independente se foram recebidas
ou pagas.
“A demonstração do resultado acumula as receitas, os custos e as despesas
relativas a um período de tempo, mostrando o resultado e possibilitando conhecermos seus
componentes principais” Silva (2001, p. 80).
Seguindo as palavras de Silva (2001) a DRE demonstra o resultado alcançado em
um determinado tempo de apuração, sendo que é observado seu desempenho durante aquele
período, e chegar de uma forma mais resumida no objetivo da empresa que é identificar se
houve lucro ou prejuízo.
Matarazzo (2010) diz que lucro ou prejuízo do período apurado é realizado por
meio da apuração das receitas, custos e despesas da empresa, também, conforme, deve-se
ressaltar que a DRE apresenta apenas o fluxo econômico do negócio.
Segundo a ótica de Marques (2015), a estrutura tem início com as receitas
operacionais líquidas onde nela é deduzido todo o custo de vendas para obtenção do lucro
bruto. Lembrando que a receita operacional líquida é o resultado onde já ocorreram as
deduções de cancelamentos de vendas, impostos faturados entre outras deduções. Ainda
complementa referenciando que a DRE apresenta, após a comparação entre as despesas e
receitas, a revelação dos lucros obtidos naquele período em que foi realizada a apuração,
tendo como objetivo demonstrar o desempenho da empresa naquele período.
Marques (2015) ainda ressalta que quando já se tem o lucro bruto é possível
deduzir desta conta às despesas de vendas, gerais e administrativas, assim obtendo o resultado
do lucro antes dos resultados financeiros.
Na conta de lucro antes do resultado financeiro, são abatidas as despesas e
adicionado as refeitas financeiras. Obtendo assim o lucro antes dos tributos onde são ajustadas
as provisões. Após esses ajustes e deduções é obtido o resultado após os tributos onde são
realizados ajustes finais determinados pelo Conselho Federal de Contabilidade – CPC, e por
fim é apresentado o resultado líquido do exercício podendo ser lucro ou prejuízo
(MARQUES, 2015).
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis representado pela sigla CPC foi criado
por meio da Resolução CFC nº 1.055/05, a mesma surgiu, para atender a necessidades de
harmonizar suas normas contábeis às normas internacionais (CONSELHO FEDERAL DE
CONTABILIDADE, 2009).
Este artigo tem por fim apresentar uma DR projetada e desta forma realizar um
planejamento, por este modo a seguir serão abordados o tema planejamento orçamentário
como também algumas áreas dentro do ramo financeiro.
2.5 PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO
Nesta seção será bordado o conceito de planejamento como também de
orçamento, suas etapas e definições.
2.5.1 Definição de planejamento
Planejar é organizar com antecedência as ações a serem realizadas, estabelecer
para serem empregados a fim de realizar um plano para um futuro determinado período, para
que sejam obtidos de maneira satisfatória os objetivos (SANVICENTE; SANTOS, 2000).
Conforme consta no dicionário de Ferreira (2010), planejamento é a ação ou efeito
de planejar, de elaborar um plano, com determinação das etapas e com propósitos atingirem
certos objetivos.
Lunkes (2009) comenta que apenas na segunda metade do século XIX, depois
Segunda Revolução Industrial, foi onde surgiu à palavra planejar, a mesma foi adaptada ao
contexto dos negócios, com a finalidade de criar uma vantagem competitiva.
Vantagem competitiva para Oliveira (2015) é a característica que a entidade pode
ter diante aos seus concorrentes, Oliveira (2015, p. 137) ainda ressalta que: “O importante é
estar ciente de que a vantagem competitiva é, sempre, identificada pela empresa em
comparação aos seus concorrentes”.
Casarotto (2015) assegura que planejamento significa formulação de objetivos e
de ações alternativas para escolhas das melhores ações.
2.5.2 Orçamento empresarial
Conforme consta no dicionário de Ferreira (2010), orçamento tem o mesmo
sentido de previsão, com o objetivo de alcançar uma nova situação projetada, ela pode ter dois
sentidos onde no primeiro apresenta que orçamento é o ato ou efeito de orçar e o segundo
onde diz que é o cálculo de receita e dos gatos.
O orçamento é utilizado nas maiorias das empresas inclusive as de grande porte
como instrumento de planejamento e também para que ocorra um controle de suas atividades,
por falta de conhecimento, talvez, as empresas de micro e pequeno porte o utilizam pouco,
como dizem Carneiro e Matias (2011).
Sá (2014) diz que o orçamento possibilita ao administrador realizar alocação
eficiente de recursos e tem como seu principal objetivo atingir um planejamento estratégico
da entidade com pouco esforço.
Vale ressaltar, que por meio do orçamento empresarial pode se definir que
projeções da receita, menos projeção de gastos, têm a projeção de lucro e consecutivamente o
lucro é o objetivo das organizações (CARNEIRO; MATIAS, 2011).
Na visão de Frezatti (2009), o orçamento surge como conjunto à instalação do
planejamento em prazo maior, ou melhor, planejamento estratégico, deixando focalizar e
identificar, num horizonte menor, de um exercício fiscal, os seus atos mais formidáveis, e
ainda comenta que orçamento existe para programar as decisões do plano estratégico.
Carneiro e Matias (2011) dizem que para realizar a projeção de um orçamento
dever ser definida normalmente um período para ser orçado, para que assim seja possível
projetar o período que irá se iniciar.
Orçamento de curto prazo pode ser considerado todo aquele que é projetado no
período de um ano, mais com a concorrência que vem aumentando Carneiro e Matias (2011),
afirmam que é necessário que a empresa também realize um planejamento de longo prazo que
são conhecidos como planejamentos estratégicos.
Todo projeto deve ser aplicado de forma correta caso contrário, não terá o mesmo
objetivo pretendido. Para iniciar uma projeção Carneiro e Matias (2011), comenta que em
primeiro momento deve-se definir em qual departamento da empresa que é responsável pela
implantação e controle do orçamento.
Seguindo os passos de Carneiro e Matias (2011), geralmente o departamento
financeiro que trabalha com os recursos financeiros. Certamente é o departamento que cuida
da parte de implantação e controle do orçamento, e vale ressalta que em empresas de grande
porte o departamento financeiro tem uma subdivisão como mostra a figura 01:
Figura 01- Subdivisão departamento financeiro em empresa de grande porte.
Fonte: Adaptado de Carneiro e Matias (2011)
Uma empresa de grande porte tem seu departamento financeiro gerido pelo
Diretor Financeiro. Deste modo, ele está subordinado pela parte de controladoria, ou seja, que
é o responsável controller (CARNEIRO; MATIAS, 2011).
Figueiredo e Caggiano (1997) definem controller como o gestor encarregado do
departamento de Controladoria onde tem como seu papel o gerenciamento de um eficiente
sistema de informação, que por sua vez deve zelar pela continuidade da empresa, viabilizando
as sinergias existentes, fazendo com que as atividades que vem sendo executadas possam
alcançar seus resultados.
Carneiro e Matias (2011), concluem que a outra parte da subdivisão que seria a
tesouraria, fica como responsável por este departamento o Gerente Financeiro.
2.5.3 Cenário econômico
No cotidiano empresarial, o conhecimento antecipado dos fatores mercadológicos
que podem influenciar no comportamento econômico possibilita a previsão de acontecimentos
futuros, auxiliando no planejamento, desenvolvimento e sobrevivência das entidades. Estes
acontecimentos causam inseguranças aos administradores perante suas instituições. É neste
conceito que surge a necessidade de saber como será a empresa futuramente, o que leva ao
desenvolvimento de técnicas, como também de construção de cenários (BUARQUE, 2003).
Buarque (2003, p. 5) diz que: “Os estudos de cenários têm sido crescentemente
utilizados na área de planejamento estratégico, tanto de grandes empresas quanto de governos,
por oferecer um referencial de futuros alternativos em face dos quais decisões serão tomadas”.
Saber se planejar e se preparar para as situações futuras se torna uma tarefa
importante, Panegalli (2010) comenta que: “A sobrevivência empresarial depende, em grande
parte, do conhecimento dos fatos atuais e da previsão dos acontecimentos futuros, tanto no
plano nacional quanto no internacional”.
Nos dias atuais os empresários sabem que ocorrerão situações econômicas que
podem afetar sua empresa, Buarque (2003, p. 08) lembra que “[...] a expectativa em relação
ao futuro assume um papel importante como referência para as decisões e escolhas, tanto as
individuais quanto as coletivas (famílias, empresas ou nações)”.
As condições políticas sofrem mudanças constantemente. Tornando relevante a
observação da expansão econômica, inflação, taxa de juros entre outros aspectos que podem
influenciar na situação financeira da empresa.
2.5.4 Plano de contas
O Plano de contas ou elenco de contas como pode ser chamado também é
formado por uma estrutura que é utilizada de maneira regular para representar a situação
patrimonial da entidade (CFC, 2009).
Segundo Marion (2008, p. 164): “Plano de conta é o agrupamento ordenado de
todas as contas que são utilizadas pela contabilidade dentro de determinada empresa”.
Portando pode-se dizer que o plano de contas engloba as contas mais relevantes onde pode
alterar o patrimônio da empresa.
Cada empresa deve elaborar seu plano de contas conforme a necessidade ou
situação empresarial. Ribeiro (2010) ressalta que o plano de contas pode ser elaborado
conforme o administrador da entidade optar, porém deve obedecer à legislação pertinente.
Ribeiro (2010, p. 57) ainda ressalta que: “Todo contabilista, ao proceder à
escrituração contábil, deve ter em mãos uma relação de todas as contas necessárias ao seu
processo contábil”.
Conforme o CFC (2009, p. 80) “O plano de contas consiste em um conjunto de
títulos, apresentados de forma coordenada e sistematizada, previamente definidos [...]”, ou
seja, o plano de contas é padronizado, mais pode ser adaptado conforme a precisão de cada
empresa.
2.5.5 Gestão financeira
Saber como estará o caixa da empresa futuramente é uma questão relevante aos
empresários. Gomes (2013, p. 38) comenta que: “Para uma boa gestão financeira, a
ferramenta básica é o fluxo de caixa, que deve possibilitar a visão de curto, médio e longo
prazo”.
Uma projeção de caixa bem planejada acaba diminuindo o risco de prejuízos
futuros na empresa. Conforme as palavras de Marion (2010, p. 110): “Sem um fluxo de caixa
projetado a empresa não sabe antecipadamente quando precisará de um financiamento ou
quando terá, ainda que temporariamente, sobra de recursos para aplicar no mercado
financeiro”.
Segundo Gomes (2013, p. 45): “Essa busca desejada pelo futuro da empresa leva
a identificar as rotas a serem seguidas e as prováveis problemas a serem enfrentados”.
O objetivo do fluxo de caixa projetado em curto prazo é determinar o quanto a
empresa tem sobrando ou faltando no seu saldo de caixa, para Sá (2006, p. 60), o “fluxo de
caixa projetado de curto prazo tem como principal objetivo identificar os excessos de caixa e
a escassez de recursos esperados dentro do horizonte de projeção”.
Horizonte de projeto é uma projeção de tempo, que varia conforme a necessidade
e o tamanho da organização. Gomes (2013, p.137) fala que: “Horizonte do projeto seria de 10
anos de operação, então, considerando os dois anos de implantação teremos que elaborar
projeções de operação do terceiro ao décimo segundo ano”.
2.5.6 Funções e Utilidades do Planejamento Orçamentário
Conforme Macedo (2014) o orçamento empresarial tem como uma de suas
funções constituírem um plano futuro, estimando as receitas que serão alcançadas e as
despesas que ocorrerão na sua execução, sendo assim pode dizer que este plano será uma
orientação de suas ações ao logo do período orçado.
O planejamento pode ser considerado um período a qual vem a orientar a âmbito
empresarial a seguir por um caminho onde consigam atingir suas metas estabelecidas,
permitindo que o administrador possa alterar e alocar seus recursos de forma antecedente
(MACEDO, 2014).
O orçamento é uma forma de controlar e avaliar o desempenho dos gestores,
procurando identificar as falhas que ocorrem nos setores com intuito de prevenir
contratempos em seus planos estabelecidos, além disso, é considerado um sistema de
informações que procura atingir os objetivos da empresa, é uma ferramenta que requer
dedicação para obter um bom resultado desses controles (PADOVEZE, 2012).
Um orçamento abrange além de um plano com detalhamento, um objetivo de
lucro, ele é um processo do planejamento estratégico onde procura a melhor relação de
despesa e resultados (LUNKES, 2009).
Schier (2010) comenta que o plano orçamentário procura a melhor direção a ser
tomada pelos administradores com o objetivo de chegar ao melhor resultado financeiro e
econômico da empresa.
O planejamento orçamentário não apenas projeta o que será realizado
futuramente, ele estabelece e coordena fazendo com que todas as áreas trabalhem em
parcerias em busca dos planos de lucros (PADOVEZE, 2010).
2.5.7 Média
Existem vários tipos de médias, dentre elas estão: média aritmética, média
geométrica e média harmônica, entre várias outras. Segundo Crespo (2009) a média mais
utilizada é a média aritmética simples, além de ser como o próprio nome já diz simples, é a
mais utilizada no dia a dia.
A média aritmética ou somente a média, é a medida de tendência central mais
utilizada. Para obter-se o valor da média Vieira (2008, p.76) diz que se deve “somar os
valores de todos os dados e divide o total pelo número deles”.
Vieira (2008, p. 76) lembra que a média aritmética é considera uma medida de
tendência central, “porque dá a abscissa do ponto em torno do qual os dados se distribuem”.
Toledo (2008) diz que a média aritmética geralmente tem como uma de suas
principais funções de forma resumida apresentar uma distribuição de frequência.
As projeções realizadas neste artigo foram desempenhadas por intermédio de
médias aritméticas, desta forma, cabe levantar alguns estudos onde buscam compreender
melhor o assunto a ser analisado.
3 MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA
Essa seção trata do enquadramento metodológico e do procedimento
metodológico da pesquisa.
3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO
Quanto à natureza do objetivo, essa pesquisa se enquadra como exploratória, pois
segundo Perovano (2016) por meio dos estudos exploratórios, são avaliados fatos ainda não
conhecidos.
No que se refere à natureza da pesquisa tratasse de um estudo teórico e prático. Os
aspectos teóricos ficam a cargo da busca de conceitos e teorias em livros, revistas e demais
publicações que tratam do tema. Segundo Demo (2000, p. 20) a pesquisa teórica é "dedicada a
reconstruir teoria, conceitos, idéias, ideologias, polêmicas, tendo em vista, em termos
imediatos, aprimorar fundamentos teóricos".
Já quanto o aspecto prático o estudo investiga um único objeto em profundidade,
a empresa Alfa Comércio de Utilidades Domésticas Ltda. – ME. Para Demos (2000) a
pesquisa prática é uma pesquisa de conhecimento cientifico, sempre buscando colher dados e
informações de um determinado assunto, partindo de analises dos fatos reais.
A lógica da pesquisa se dá de forma dedutiva, pois parte dos conhecimentos gerais
para um estudo específico de uma implantação de planejamento orçamentário, conforme
Gonçalves (2005, p. 34) o método dedutivo “parte de verdades universais para obter
conclusões particulares”.
A coleta se dá a partir de dados secundários com a utilização de documentos e
relatórios do ano de 2016 da empresa explorada. Mattar (1996) lembra que dados secundários
são quando os dados já formam coletados e tem intuito de fazer com que tenham uma
compreensão a pesquisa em andamento.
Em relação à abordagem da pesquisa o estudo se clássica como qualitativo, pois
não se utiliza de cálculos estatísticos complexos para que o resultado seja alcançado, porém
cabe destacar alguns aspectos quantitativos devem ser considerados, pois foram utilizados
médios simples e índices para a projeção de despesas e receitas. Segundo Casarin (2012, p.
32) pesquisa qualitativa “explora uma metodologia predominante descritiva deixando em
segundos planos modelos matemáticos e artísticos”.
Quanto resultado da pesquisa pode-se afirmar que se trata de um estudo aplicado,
pois gera conhecimento em resposta a solução da pergunta: Quais as principais contribuições
do planejamento orçamentário no auxílio da tomada de decisão em uma empresa do ramo
comercial?
Marconi e Lakatos (2015, p. 6) dizem que estudo aplicado “caracteriza-se por seu
interesse prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou utilizados imediatamente, na
solução de problemas que ocorrem na realidade”.
Os procedimentos técnicos perpassam por uma pesquisa bibliográfica e pelo
estudo de caso. Bibliográfica, pois objetivo de enaltecer o conhecimento sobre o tema e
despertar a visão sistêmica na ciência contábil.
Para Gil (2002) a pesquisa bibliográfica é a pesquisa que tem como base matérias
já existente, geralmente são de livros e artigos científicos. Estudo de caso, pois envolve estudo
profundo da empresa pesquisada. Para Silva (2003) estudo de caso tem por objetivo um
estudo mais detalhado ou amplo, procurar analisar os fatos com mais profundidade.
O instrumento utilizado para a coleta de dados foi pesquisa documental, Gil
(2002) fala apesar de ser muito parecido com a bibliográfica este tipo de pesquisa é de fonte
que ainda não sofreram alguma revisão analítica que a pesquisa documental vale-se de
materiais que não recebem ainda um tratamento analítico.
3.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
No artigo apresentado serão demonstrados dados reais da empresa, por este
motivo o nome da empresa de estudo será omitido e substituído pelo nome fictício Alfa.
Com o objetivo de demonstrar a relevância da implantação de um planejamento
orçamentária na empresa Alfa várias etapas foram necessárias.
Inicialmente foram obtidas as fundamentações teóricas bibliográficas como,
livros, periódico, documentos publicados na internet e web site da empresa, com o intuito de
firma de acordam com a teoria o assunto.
Por meio do acesso aos documentos da empresa pode-se facilmente localizar os
documentos necessários para realizar a coleta de dados do segundo semestre de 2016 para dar
continuidade na implantação do projeto.
Para a realização do projeto foram coletados dados das demonstrações de
resultado da empresa no período 2016, separados por colunas mensalmente consolidadas,
assim pode-se ser observado o comportamento da empresa mensalmente.
Com base dos dados extraídos do sistema foram aplicadas as médias aritméticas,
gerando o resultado projetado.
3.3 CÁLCULOS
Os cálculos realizados foram planejados para proporcionar uma maior segurança
nas decisões empresarias, tendo como base o desempenho histórico podendo assim comparar
o resultado passado para projetar o futuro.
Para obtenção dos resultados projetados foram realizados cálculos específicos
com o auxílio da média aritmética simples e pelo índice de crescimento e assim aplicados com
os dados das demonstrações de resultado de julho a dezembro de 2016.
Antes de realizar a projeção a DR foi compilada e foram agrupados mensalmente
os resultados de 2016. Em seguida escolheram-se quais métodos seriam aplicados para dar
continuidade, entre os inúmeros métodos foi escolhido dois: por crescimento e pela média
aritmética simples.
Para melhor compreensão dos métodos, os mesmos foram calculados
individualmente e a Demonstração de Resultados (DR) dividida em receitas e o lucro bruto.
Para realizar a projeção a cada mês pelo método de média aritmética foi aplicado o resultado
de dezembro de 2016 somado com o mês que iria ser projetado divido pelo total da soma,
sendo replicadas para em todas as contas sucessivamente.
Figura 02: Fórmula de aplicação da Média Aritmética
Julho de 2016 + Dezembro 2016
2= Média aritmética
Fonte: Elaborado pelo autor.
A fim de obter o índice de crescimento a cada mês no período de 2016 foram
realizados dois cálculos. Primeiramente utilizou-se o faturamento tendo como base o mês de
julho, sendo utilizada a fórmula passada menos o presente dividido pelo passado obtendo
assim o índice de crescimento daquele período.
Após achar o índice foi aplicado da mesma forma que as médias, assim os
resultados foram ajustados obtendo o índice sobre as contas.
Figura 3: Fórmula de aplicação do índice de crescimento
PRESENTE − PASSADO
PASSADO= Índice de crescimento
Fonte: Elaborado pelo autor.
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Essa seção irá tratar acerca do tema planejamento orçamentária, a fim de
demonstrar as funções e utilidades de acordo com a literatura, como também apresentará os
dados levantados da empresa Alfa no segundo semestre de 2016, bem como desenvolver um
modelo de planejamento orçamentário realizado com base nos dados levantados nesse
período; por fim, apresentar projeções orçamentárias conclusas, a partir de análise histórica da
movimentação de caixa da entidade em formato de DR.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO1
Com abertura de suas portas em 31/03/2010, Alfa Comércio de Utilidades
Domésticas Ltda. – ME é uma empresa privada que é optante pelo simples nacional, para fins
de tributação ela é uma empresa de Pequeno Porte - EPP.
A Alfa é uma empresa localizada no estado de Santa Catarina. Sua loja encontra-
se em Braço do Norte - SC, sendo que esta é estabelecimento único e possui como atividade
econômica principal o comércio varejista de artigos de uso doméstico.
A empresa em estudo é especializa em produtos esmaltados. Na linha de artigos
podem ser encontradas mercadorias de usos domésticos como utensílios de mesa (caixa para
1As informações aqui contidas foram retiradas da web site da empresa, como também do JB sistema e com o
auxílio do funcionário da Tell Contabilidade que é responsável pela contabilidade da empresa em estudo.
chás, faqueiros, farinheira), linhas de café (bules, cafeteiras, chaleiras, xícaras) entre outros
itens domésticos.
Atualmente, a organização emprega três pessoas. A figura 04 mostra como é
realizado a divisão departamental da empresa.
Figura 04 - Subdivisão departamental da empresa alfa.
Fonte: Adaptado pelo autor.
A empresa possui um diretor geral e dois empregados. Um fica responsável pelo
departamento administrativo, onde cuida das contas a receber, a pagar e da parte financeira, e
o outro colaborador está direcionado ao setor de vendas que é o responsável por toda parte de
comércio online.
A empresa almeja ser a maior loja virtual de venda de produtos esmaltados do
Brasil. Esta organização possui um único fornecedor onde realiza todo o processo de seus
produtos e tem como seus principais clientes as pessoas físicas, já que se trata de uma
empresa de vendas por internet.
Em busca de sua meta em se tornar a maior loja virtual de produtos esmaltados,
uma ferramenta de orçamento que será criada por meio da Demonstração de Resultado
auxiliará em suas estratégias futuras, para que se diminuam as incertezas e riscos que podem
atrapalhar seu desempenho.
4.2 LEVANTAMENTOS DOS DADOS FINANCEIROS DA EMPRESA ALFA
Para elaborar o estudo de caso na empresa Alfa, foram recolhidos dados
financeiros do segundo período de 2016 como mostra quadro 03. Tendo acesso as
informações foram geradas balancetes mensais e consolidados em uma planilha, desta forma
JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRODEZEMBRO
60.037,94 55.363,04 47.975,08 45.986,74 68.503,29 46.479,33
60.037,94 55.363,04 47.975,08 45.986,74 68.503,29 46.284,93
60.037,94 55.363,04 47.975,08 45.986,74 68.503,29 46.284,93
(8.298,19) (7.956,29) (7.290,37) (7.736,60) (8.990,10) (9.832,64)
(8.288,36) (7.897,20) (7.290,37) (7.070,59) (8.990,10) (6.919,85)
(8.288,36) (7.897,20) (7.290,37) (7.070,59) (8.990,10) (6.919,85)
51.739,75 47.406,75 40.684,71 38.250,14 59.513,19 36.646,69
(36.104,22) (21.452,22) (15.971,87) (15.020,26) (22.386,15) (15.679,86)
(20.588,46) (21.452,22) (15.971,87) (15.020,26) (22.386,15)
(22.386,15)
(15.679,86)
(20.358,12) (21.344,11) (15.971,87) (14.986,09) (15.293,12)
(230,34) (108,11) (34,17) (386,74)
15.635,53 25.954,53 24.712,84 23.229,88 37.127,04 20.966,83
(21.304,18) (25.847,05) (32.902,30) (30.996,63) (36.393,39) (41.242,79)
(20.537,56) (24.651,07) (32.088,92) (29.865,18) (35.371,20) (40.345,66)
(800,00) (129,90) (500,00) (500,00) (500,00) (357,51)
(19.737,56) (24.521,17) (31.508,92) (29.365,18) (34.871,20) (39.988,15)
(2.691,03) (4.981,82) (8.997,14) (10.808,17) (15.984,27) (19.696,33)
(880,00) (880,00) (880,00) (880,00) (880,00) (880,00)
(1.811,03) (1.811,03) (1.811,03) (1.811,03) (1.811,03) (1.811,03)
(783,60) (601,26) (601,26) (987,76) (1.117,64)
(1.507,19) (7.515,88) (7.515,88) (8.962,52) (9.315,67)
(3.384,89) (3.697,10)
(17.046,53) (19.539,35) (22.511,78) (18.557,01) (18.886,93) (20.291,82)
(9.939,68) (10.516,31) (10.516,31) (10.516,31) (10.516,31) (10.516,31)
(2.572,75) (2.572,75) (2.489,75) (2.572,75) (2.503,68) (2.686,08)
(4.244,64) (6.333,93) (6.818,96) (5.041,72) (5.291,32) (5.746,13)
(94,14) (96,04) (92,91) (92,91) (100,11) (93,55)
(20,32) (20,32) (20,32) (20,32) (20,51) (20,97)
(175,00) (1.811,03)
(762,50) (205,00) (455,00) (455,00)
(108,00)
(773,78)
RECEITA BRUTA DE VENDAS
VENDA DE MERCADORIAS
VENDA DE MERCADORIAS EM GERAL
SIMPLES
( =) RECEITA LIQUIDA DE VENDA
CUSTOS DE PRODUCAO, VENDAS E SERVIÇOS
( - ) DEDUCOES DA RECEITA BRUTA
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE
(=) LUCRO BRUTO
(+ -) RESULTADO OPERACIONAL
DESPESAS OPERACIONAIS
DESPESAS COM VENDAS
DESPESAS TELEFÔNICAS
ENERGIA
SEGUROS
SERVIÇOS DE TERCEIROS
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
FRETES
BENS NÃO IMOBILIZAVEIS
MANUTENÇÃO DE PRÉDIO E
DEPRECIACOES
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
GASTOS COM PESSOAL
PRO-LABORE
SEGURO DE VIDA EM GRUPO
FGTS
SALARIOS
13o SALÁRIO
DESPESAS GERAIS ADMINISTRATIVAS
ALUGUEL E CONDOMÍNIO
DESPESAS POSTAIS - MALOTE CORREIOS
(189,99) (574,29) (785,40) (1.118,02) (1.003,39) (858,65)
1.000,01 648,62 376,83 59,90 83,95 171,62
1.000,00 648,62 376,83 59,90 83,95 171,62
(1.190,00) (1.222,91) (1.162,23) (1.177,92) (1.087,34) (1.030,27)
(360,98) (384,81) (342,75) (351,15) (330,40) (287,05)
(829,02) (838,10) (819,48) (826,77) (756,94) (743,22)
(576,63) (621,69) (27,98) (13,43) (18,80) (38,48)
(576,63) (621,69) (27,98) (13,43) (18,80) (38,48)
(600,69)
(576,63) (21,00) (27,30) (13,43) (18,80) (38,48)
(0,68)
(5.668,65) 107,48 (8.189,46) (7.766,75) 733,65 (20.275,96)
40.513,16 40.513,16 40.513,16 40.513,16 40.513,16 40.513,16
40.513,16 40.513,16 40.513,16 40.513,16 40.513,16 40.513,16
40.513,16 40.513,16 40.513,16 40.513,16 40.513,16
34.844,51 40.620,64 32.323,70 32.746,41 41.246,81 20.237,20
34.844,51 40.620,64 32.323,70 32.746,41 41.246,81 20.237,20
34.844,51 40.620,64 32.323,70 32.746,41 41.246,81 20.237,20
IMPOSTOS E TAXAS DIVERSAS
OUTROS IMPOSTOS E TAXAS ESTADUAIS
OUTROS IMPOSTOS E TAXAS FEDERAIS
(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO
OUTRAS RECEITAS
CONTRIB. SOCIAL
PROVISÕES
IOF/IOC
(=) RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO
(+ -) RESULTADO DE OUTRAS RECEITAS E
OUTRAS RECEITAS
(=) RESULTADO LIQUIDO ANTES DO IRPJ E
(=) RESULTADO DO PERÍODO APÓS AS
COMISSÕES E DESPESAS BANCARIAS
JUROS PAGOS OU INCORRIDOS
DESPESAS TRIBUTÁRIAS
RECEITAS DA APLICAÇÕES
FINANCEIRAS
DESPESAS FINANCEIRAS
(+ -) RESULTADO FINANCEIRO
RECEITAS FINANCEIRAS
pode-se ter uma base comportamental financeira da empresa mês a mês ao decorrer do
segundo semestre de 2016.
Quadro 01 - Dados financeiros da empresa Alfa
Fonte: Adaptado de JB Cepil (2017).
JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
53.258,64 54.310,84 51.142,96 48.564,85 58.534,07 52.506,70
53.161,44 54.262,24 51.118,66 48.552,70 58.527,99 52.406,46
53.161,44 54.262,24 51.118,66 48.552,70 58.527,99 52.406,46
(9.065,42) (8.510,85) (7.900,61) (7.818,61) (8.404,35) (9.118,50)
(7.604,11) (7.408,53) (7.105,11) (6.995,22) (7.954,98) (6.919,85)
(7.604,11) (7.750,65) (7.520,51) (7.295,55) (8.142,83) (7.531,34)
45.557,33 46.511,59 43.598,15 41.257,15 50.385,17 44.875,12
(25.892,04) (23.672,13) (19.822,00) (17.421,13) (19.903,64) (17.791,75)
(18.134,16) (18.566,04) (15.825,87) (15.350,06) (19.033,01) (17.356,43)
(17.825,62) (18.318,62) (15.632,50) (15.139,61) (18.839,64) (17.066,38)
(308,54) (247,43) (193,37) (210,46) (193,37) (290,06)
18.301,18 22.127,86 23.420,35 23.325,11 30.226,08 25.596,45
(31.273,49) (28.560,27) (30.731,28) (30.863,96) (33.628,67) (37.435,73)
(30.441,61) (27.546,34) (29.817,63) (29.841,41) (32.606,30) (36.475,98)
(578,76) (354,33) (427,16) (463,58) (481,79) (419,65)
(29.862,86) (27.192,01) (29.350,47) (29.357,82) (32.114,51) (36.051,33)
(18.669,18) (19.104,26) (20.808,02) (19.682,52) (19.284,72) (19.788,27)
(10.516,31) (10.516,31) (10.516,31) (10.516,31) (10.516,31) (10.516,31)
(2.629,42) (2.601,08) (2.545,42) (2.559,08) (2.531,38) (2.608,73)
(4.995,39) (5.664,66) (6.241,81) (5.641,76) (5.466,54) (5.606,34)
27.540,86 34.080,75 33.202,22 32.974,32 37.110,56 28.673,88
SIMPLES
RECEITA BRUTA DE VENDAS (OPERACIONAL)
VENDA DE MERCADORIAS
VENDA DE MERCADORIAS EM GERAL
( - ) DEDUCOES DA RECEITA BRUTA
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS
E
ALUGUEL E CONDOMÍNIO
( =) RECEITA LIQUIDA DE VENDA
CUSTOS DE PRODUCAO, VENDAS E SERVIÇOS
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
FRETES
(=) LUCRO BRUTO
(+ -) RESULTADO OPERACIONAL
DESPESAS OPERACIONAIS
DESPESAS COM VENDAS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
DESPESAS GERAIS ADMINISTRATIVAS
DEPRECIACOES
DESPESAS POSTAIS - MALOTE CORREIOS
(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO
As informações a cima foram baseadas nas demonstrações de resultado, e com
base nesses dados financeiros serão realizadas as projeções do segundo semestre de 2017.
Os dados apresentados do quadro 02 são a projeções realizadas pelo método de
média aritmética, em seguida no quadro 03 são a projeções realizadas pelo método de índice
de crescimento, ambas tiveram como base para cálculos os dados dos períodos do segundo
semestre de 2016.
Os cálculos realizados no quadro 01 foram realizados por meio da fórmula que
apresenta a figura 05 e aplicados sucessivamente nos meses seguintes, sendo aplicados os
meses de Julho de 2016 somado com Dezembro de 2016 realizando a média e assim obtendo
o resultado de Julho de 2017.
Figura 05: Fórmula de aplicação da Média Aritmética
60037,94 + 46479,33
2= 53258,64
Fonte: Elaborado pelo autor.
Quadro 02 - Dados financeiros da empresa Alfa projeto pelo método de média aritmética
Fonte: Elaborado pelo autor.
-0,08 -0,13 -0,06 0,51 -0,36JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
50.934,00 41.738,32 43.227,54 103.439,97 29.746,77
- - - - -
50.934,00 41.738,32 43.227,54 103.439,97 29.622,36
50.934,00 41.738,32 43.227,54 103.439,97 29.622,36
(7.319,79) (6.342,62) (7.272,40) (13.575,05) (6.292,89)
(7.265,42) (6.342,62) (6.646,35) (13.575,05) (4.428,70)
(7.265,42) (6.342,62) (6.646,35) (13.575,05) (4.428,70)
43.668,57 35.395,70 36.581,18 89.864,92 25.193,65
(19.736,04) (13.895,53) (14.119,04) (33.803,09) (10.035,11)
(19.736,04) (13.895,53) (14.119,04) #VALOR! (10.035,11)
(19.636,58) (13.895,53) (14.086,92) (33.803,09) (9.787,60)
(99,46) - (32,12) - (247,51)
23.878,17 21.500,17 21.836,09 56.061,83 13.418,77
(23.779,29) (28.625,00) (29.136,83) (54.954,02) -
(22.678,98) (27.917,36) (28.073,27) (53.410,51) (25.821,22)
(119,51) (435,00) (470,00) (755,00) (228,81)
(22.559,48) (27.412,76) (27.603,27) (52.655,51) (25.592,42)
(17.976,20) (19.585,25) (17.443,59) (28.519,26) (12.986,76)
(9.675,01) (10.516,31) (10.516,31) (10.516,31) (10.516,31)
(2.366,93) (2.166,08) (2.418,39) (3.780,56) (1.719,09)
(5.827,22) (5.932,50) (4.739,22) (7.989,89) (3.677,52)
37.370,99 28.121,62 30.781,63 62.282,68 12.951,81 (=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
FRETES
(=) LUCRO BRUTO
(+ -) RESULTADO OPERACIONAL
DESPESAS OPERACIONAIS
DESPESAS COM VENDAS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
DESPESAS GERAIS ADMINISTRATIVAS
ALUGUEL E CONDOMÍNIO
DEPRECIACOES
DESPESAS POSTAIS - MALOTE CORREIOS
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
RECEITA BRUTA DE VENDAS (OPERACIONAL)
VENDA DE MERCADORIAS
VENDA DE MERCADORIAS EM GERAL
( - ) DEDUCOES DA RECEITA BRUTA
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS
E SIMPLES
( =) RECEITA LIQUIDA DE VENDA
CUSTOS DE PRODUCAO, VENDAS E SERVIÇOS
As projeções do quadro 03 foram realizadas pela fórmula que apresenta a figura
06 e aplicada sucessivamente nos meses seguintes, sendo aplicado agosto de 2016 subtraindo
julho de 2016 e fazendo a divisão por julho 2016 obtendo o índice de crescimento do período.
Figura 06: Fórmula de aplicação do índice de crescimento
55363,04 − 60037,94
60037,94= −0,08
Fonte: Elaborado pelo autor.
Quadro 03 - Dados financeiros da empresa Alfa projeto pelo método de Índice de crescimento
Fonte: Elaborado pelo autor.
4.3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Com base nos dados levantados serão realizadas análises comparativas do período
base (resultado de 2016) com o período orçado, sendo os mesmos representados pela linha
azul e vermelha consecutivamente. Como também uma análise comparativa entre os dois
métodos utilizados, comparados aos mesmos períodos do ano anterior onde neste caso o
índice de crescimento será representado pela linha verde.
Em relação ao mesmo período do ano anterior da receita bruta, pode-se perceber
na figura 07 que alguns meses obtiveram um crescimento diante a projeção. Os meses de
setembro e outubro resultaram 6,2% e 5,3% de crescimento respectivamente comparado a
setembro e outubro de 2016. Na sequência, o mês de novembro devido à receita ter sido a
mais alta no período de 2016 ocorreu um decrescimento de 17%.
Figura 07 - Projeção da receita bruta de vendas pela média aritmética
Fonte: Elaborado pelo autor.
Analisando os dados da figura 08 o método utilizado foi índice de crescimento
que teve o mês de Julho como base de contrapartida para calcular os períodos seguintes. Por
meio deste método foi possível visualizar que o período de novembro obteve um crescimento
de 33,8% e no mês seguinte um decréscimo de 56,3%.
-12,7% -1,9%
6,2% 11,5%5,3% - 17%
-5.000,00
15.000,00
35.000,00
55.000,00
75.000,00
2016
2017
Figura 08 - Projeção da receita bruta de vendas pelo índice de crescimento
Fonte: Elaborado pelo autor.
Observando a figura 09, foi possível analisar que os métodos obtiveram uma
projeção um pouco distintas, deixando os cálculos utilizados na pesquisa com uma variação
controversa.
Figura 09 – Comparação de projeção conta receita bruta pela média aritmética com o índice
de crescimento
Fonte: Elaborado pelo autor.
Essas oscilações que apresentam a figura 09 de receita bruta alta se tornam um
ponto positivo visto que as empresas procuram sempre obter lucro, desta forma pode-se dizer
que a empresa possui um quadro de vendas em estado bom.
Já a queda brusca que o índice de crescimento apresenta no mês de dezembro, este
sim pode ser um problema. Nestes casos sugere-se que a empresa verifique quais motivos a
levaram para a perda de vendas, para que assim possam identificados os principais fatores
desta oscilação e agir para evitar a queda na receita bruta.
-8,7%-14,9%
33,8%
-56,3%-6,4%
-15.000,00
10.000,00
35.000,00
60.000,00
85.000,00
110.000,00
2016
2017
-15.000,00
10.000,00
35.000,00
60.000,00
85.000,00
110.000,00
2016
Média artimética 2017
indice de crescimento
2017
Observando os dados da figura 10 às projeções realizadas na conta receita líquidas
novamente apresentou controversa, demonstrando que pela média aritmética as projeções
indicam um aumento nos meses de setembro, outubro e novembro, o contrário do método dos
índices de crescimento.
Figura 10 - Comparação de projeção conta receita líquida pela média aritmética com o índice
de crescimento
Fonte: Elaborado pelo autor.
A receita líquida alta também não seria um problema, pois ela é apenas a
diferença entre a receita bruta, os tributos sobre vendas sendo assim quanto maior o índice da
receita bruta comparada com o faturamento, melhor a entidade está financeiramente isso após
as deduções dos tributos.
Referindo-se a receita líquida baixa pode vir a se torna um ponto negativo. Caso
isso venha a ocorrer como apresentam as projeções, seria interessante que a empresa
analisasse suas tributações, adotando critérios lícitos como também o enquadramento
tributário das mercadorias/produtos que vendem e verificar se estão sendo tributados da
maneira correta.
Analisando a figura 11, pode-se ser observado mediante aos cálculos de média
aritmética, que em relação ao Custo de Mercadoria Vendida comparado ao ano anterior no
mês Julho obteve queda 39,4% de custo, porém a empresa aumentou 9,4%, 19,4% e 13,8%
nos meses seguintes respectivamente como também em dezembro.
2.000,00
22.000,00
42.000,00
62.000,00
82.000,00
2016
Média Aritmética
Indice de crescimento
Figura 11 – Projeção do Custo de Mercadoria Vendida pela média aritmética
Fonte: Elaborado pelo autor.
Já pelo índice de crescimento foi possível visualizar alguns meses obteve uma
queda de 8% no Custo de Mercadoria Vendida, porém em novembro a empresa atingiu 51%
de aumento em relação ao mesmo período do ano anterior como é possível ver na figura 12.
Figura 12 - Projeção do Custo de Mercadoria Vendida pelo índice de crescimento
Fonte: Elaborado pelo autor.
Realizando uma comparação dos métodos utilizados com o Custo de Mercadoria
Vendida, o índice de crescimento se mantém com altas e baixas diante as projeções, diferente
da média aritmética que obteve oscilações, mas não foram de forma drásticas como é possível
observar na figura 13.
39,4%
9,4%19,4%
11,9%
12,5%
13,8%
0
10000
20000
30000
40000
2016
2017
0,00
-8%-13% -6%
51%
-36%
0
10000
20000
30000
40000
2016
2017
Figura 13 - Comparação de projeção do Custo de Mercadoria Vendida pela média aritmética
com o índice de crescimento
Fonte: Elaborado pelo autor.
Um fator preocupante é quando o CMV tem um aumento como podemos verificar
na figura 13 nas projeções em determinados meses. Em relação ao CMV estar muito alto, a
sugestão é para que a empresa consiga estratégias onde possa ocasionar na diminuição dos
custos de sua mercadoria/produto. Deste modo, para que uma redução seja executada, é
necessário que a empresa analise os preços das mercadorias que estão sendo compradas de
seus fornecedores, para que possa comparar com outros com o intuído de baixar o preço de
compra.
Outro procedimento seria a compra de produto em maior quantidade, porém
sempre verificando a disponibilidade financeira da empresa, como também período do ano
que se está assim verificando-se com os fornecedores um eventual desconto para compra de
grandes quantidades de mercadorias.
Deve-se lembrar que a análise para a compra de mercadoria em quantidade
elevada, deve levar em consideração uma análise na projeção de vendas, para que seja
possível uma total absorção pelo seu mercado de clientes e não ocasionando um acumulo de
estoque.
Em relação ao resultado operacional a figura 14 demonstra que a projeção
apresenta um aumento de 31,9% e 9,5% nos meses de julho e agosto respectivamente. Nos
meses seguintes comparados ao ano anterior o resultado obteve um decrescimento, lembrando
que nesta conta constam as subcontas de despesas, sendo elas as despesas operacionais, com
vendas e as administrativas.
0
10000
20000
30000
40000
2016
2017
Indice de crescimento
Figura 14 - Projeção do resultado operacional pelo método da média aritmética
Fonte: Elaborado pelo autor.
Por meio da DR pode-se observar que a maior parte do resultado operacional
consta nas despesas gerais administrativas. Sendo assim foi realizando uma média do período
projetado das subcontas (aluguel, despesas postais e demais despesas) como apresenta a figura
15.
Figura 15 - Distribuição percentual das subcontas das despesas administrativas
Fonte: Elaborado pelo autor.
Na figura 15 pode-se se observado que o aluguel corresponde 52% das despesas
administrativas sendo que é um valor constante e 29% de despesas postais, lembrando que
essa porcentagem correspondente às despesas postais se dá pelo motivo da empresa atuar no
ramo de atividade de vendas virtuais, onde parte de suas entregas são realizadas por meio dos
correios.
31,9%9,5%
-7,1% -0,4% -8,2%-10,2%
0
10000
20000
30000
40000
50000
2016
2017
54%29%
19%
Despesas Gerais Adminitrativas R$ 17.046,53
ALUGUEL E CONDOMÍNIO
DESPESAS POSTAIS - MALOTE
CORREIOS
DEMAIS DESPESAS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prever o que poderá acontecer dentro da empresa daqui a algum tempo é algo
essencial. Não apenas para a empresa em estudo, como também a todos que possuem um
empreendimento. Planejar torna as decisões dos empresários mais seguras e precisas, além de
fazer com que o empreendimento esteja preparado para o futuro.
Com bases nas informações levantadas, é possível observar que pesquisa
proporcionou a aplicação de uma ferramenta, que pode ser essencial para o as decisões
empresarias, e também apresentou a importância do planejamento, que era um dos objetivos
desta pesquisa.
Fica claro que realizar uma projeção futura para qualquer tipo de ramo
empresarial é indispensável. Com base na DR projetada pode-se já realizar um planejamento
onde as projeções negativas são analisadas e permite-se tomar uma série de decisões que
permitirão a alteração da relação negativa, dando outro rumo e evitando um período de
instabilidade para a empresa.
Os resultados confrontados entre os realizados e os orçados obtiveram altos e
baixos, momentos positivos como também negativos, contudo os métodos utilizados seguiram
uma linha de orçamento controverso.
O ponto que este método apresenta mais imprevisível para o empresário e que foi
algo preocupante, esta em relação ao aumento de mais de 50% em um determinado período
no CMV. Isso faria com o que o empresário revisse toda sua compra de mercadoria,
fornecedores, pesquisa de mercado, comparação de preço e negociações de compras para que
este custo viesse a ter uma queda.
A ferramenta criada torna-se um instrumento confiável ao ser comparado com o
mesmo período projeto ao período realizado de 2017, desta forma os resultados obtidos na
projeção realizada pela média aritmética simples tiveram uma maior proximidade aos dados
reais, fazendo com o que a ferramenta seja uma peça segura.
Assim percebe-se que por meio do método de índice de crescimento comparado
ao da média, ao longo da análise obteve muita discrepância deixando a pesquisa com um
rumo um pouco fora de realidade, tornado o método não confiável.
Conclui-se que para melhor fim de estudo a ferramenta elaborada pela média
aritmética é a mais confiável. Pelo fato do índice de crescimento ter ocorrido uma
discrepância em relação à média e ao período base, como se pode perceber por meio dos
gráficos, comparada com o resultado real da empresa não houve, por este motivo acabou
causando insegurança e tornando o estudo para fins de planejar o futuro um pouco mais
complexo.
Sugere-se que a empresa deve dar continuidade com a ferramenta, como também
outras empresas, sendo que estas medidas de planejamento venham a dar melhorias para o
desempenho financeiros das entidades.
Além disso, o presente artigo abre caminho para empresas possam introduzir esta
ferramenta no ambiente empresarial e realizar seus planejamentos estratégicos, visando
sempre à melhoria tanto nas despesas quantos nas receitas, evitando contratempos e prejuízos
futuros.
Este instrumento também poderá ser adaptado para que outros empresários, para
que possam usar, conforme a estruturas de cada empresa, realizando os devidos ajustes, para
que o mesmo se adeque ao perfil da empresa que irá utilizá-lo.
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