Folha Metalúrgica nº 776

4
Os metalúrgicos da Tecforja, em Iperó, pararam a produção nesta segunda-feira, 23, para exi- gir o pagamento do adiantamento salarial, que estava atrasado des- de sexta-feira. A empresa pagou o débito no mesmo dia e a paralisa- ção foi encerrada às 22h. A em- presa apresenta problemas finan- ceiros há cerca de um ano. Todos os associados do SMe- tal estão isentos da mensalidade sindical de março. O objetivo da isenção é compensar os sócios pelo desconto do imposto sindi- cal que, apesar do nome, não é de responsabilidade do Sindicato. O imposto existe desde 1940, é determinado por lei federal e tem seus valores distribuídos entre vá- rias instituições. O aumento de casos da dengue em Sorocaba tem causado afasta- mento de metalúrgicos do trabalho e já é motivo de preocupação para vá- rias empresas do setor na cidade. Na Johnson Controls, por exem- plo, o número de afastamentos vem aumentando a cada mês e já somam 47 desde janeiro. 4ª EDIÇÃO DE MARÇO / 2015 Semanário do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região - nº 776 - Rua Júlio Hanser, 140. Lajeado - Sorocaba/SP - CEP: 18030-320 Banco de Imagens Foguinho/Arquivo Os membros do SMetal eleitos para a FEM e seus respectivos cargos são Adilson Faustino, secretário-geral; Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), 1º secretário-geral; e Kelly Carmo da Silva (suplente da Executiva). O novo presidente da Federação é Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, metalúrgico do ABC. Congresso que elegeu a direção também definiu o plano de lutas da entidade. Município já registrou 22.675 casos desde janeiro; novo balanço deve ser divulgado nesta quarta FEM/CUT agora tem três metalúrgicos de Sorocaba na direção Dengue afasta metalúrgicos do trabalho em Sorocaba Trabalhadores protestam e Tecforja paga o vale atrasado Sócios estão isentos da mensalidade sindical de março PÁG. 3 PÁG. 3 PÁG. 4 PÁG. 4 Nova diretoria da federação foi eleita durante congresso estadual na semana passada www.smetal.org.br Facebook.com/smetalsorocaba E curta nossa página Fotos: Torres Foto e Vídeo

description

4ª edição de Março de 2015

Transcript of Folha Metalúrgica nº 776

Page 1: Folha Metalúrgica nº 776

Os metalúrgicos da Tecforja, em Iperó, pararam a produção nesta segunda-feira, 23, para exi-gir o pagamento do adiantamento salarial, que estava atrasado des-de sexta-feira. A empresa pagou o débito no mesmo dia e a paralisa-ção foi encerrada às 22h. A em-presa apresenta problemas finan-ceiros há cerca de um ano.

Todos os associados do SMe-tal estão isentos da mensalidade sindical de março. O objetivo da isenção é compensar os sócios pelo desconto do imposto sindi-cal que, apesar do nome, não é de responsabilidade do Sindicato. O imposto existe desde 1940, é determinado por lei federal e tem seus valores distribuídos entre vá-rias instituições.

O aumento de casos da dengue em Sorocaba tem causado afasta-mento de metalúrgicos do trabalho e já é motivo de preocupação para vá-rias empresas do setor na cidade.

Na Johnson Controls, por exem-plo, o número de afastamentos vem aumentando a cada mês e já somam 47 desde janeiro.

4ª EDIÇÃO DE MARÇO / 2015

Semanário do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região - nº 776 - Rua Júlio Hanser, 140. Lajeado - Sorocaba/SP - CEP: 18030-320

Banc

o de I

mage

ns

Fogu

inho/A

rquiv

o

Os membros do SMetal eleitos para a FEM e seus respectivos cargos são Adilson Faustino, secretário-geral; Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), 1º secretário-geral; e Kelly Carmo da Silva (suplente da Executiva). O novo presidente da Federação é Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, metalúrgico do ABC. Congresso que elegeu a direção também definiu o plano de lutas da entidade.

Município já registrou 22.675 casos desde janeiro; novo balanço deve ser divulgado nesta quarta

FEM/CUT agora tem três metalúrgicos de Sorocaba na direção

Dengue afasta metalúrgicos do trabalho em Sorocaba

Trabalhadores protestam e

Tecforja paga o vale atrasado

Sócios estão isentos da

mensalidade sindical de março

PÁG. 3

PÁG. 3

PÁG. 4

PÁG. 4

Nova diretoria da federação foi eleita durante congresso estadual na semana passada

www.smetal.org.br

Facebook.com/smetalsorocabaE curta nossa página

Fotos

: Tor

res F

oto e

Víde

o

Page 2: Folha Metalúrgica nº 776

Pág. 2 Edição 776Março de 2015

Folha Metalúrgica

Diretor responsável: Ademilson Terto da Silva (Presidente)Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de AndradeRedação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda IkedoFotografia: José Gonçalves Fº (Foguinho)Diagramação e arte-final: Lucas Eduardo de Souza Delgado Cássio de Abreu Freire

Sede Sorocaba: Rua Júlio Hanser, 140. Tel. (15) 3334-5400

Sede Iperó: Rua Samuel Domingues, 47, Centro. Tel. (15) 3266-1888

Sede Regional Araçariguama: Rua Santa Cruz, 260, Centro. Tel (11) 4136-3840

Sede em Piedade: Rua José Rolim de Goés, 61, Vila Olinda. Tel. (15) 3344-2362

Site: www.smetal.org.brE-mail: [email protected]ão: Bangraf Tiragem: 43 mil exemplares

Informativo semanal do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

A economia e a estabilidade democráticaAs perspectivas

de emprego no setor metalúrgico na região de Sorocaba são, até o momento, bastante ra-zoáveis, especialmen-te devido à diversida-de do nosso parque industrial. Há setores produtivos com pers-pectivas de expansão ou, pelo menos, de manutenção dos níveis atuais de atividades. São exemplos desse cenário a Toyota e suas sistemistas; as fabri-cantes de autopeças e algumas produtoras de máquinas.

Outros segmen-tos, porém, ainda en-frentam dificuldades, como o setor de bens de capital. Mas a alta do dólar aponta uma oportunidade de recu-peração da produtivi-dade dessas indústrias.

Não se vê motivos para alarmes em nosso ramo de atividade por enquanto. O nível de emprego no segmento metalúrgico da região permaneceu estável, com 45 mil trabalha-dores, inclusive no pior período do ano passado para o País, que foi o segundo se-mestre. A cautela, po-rém, é a palavra chave para avaliar o momen-to econômico.

Munido de cautela e disposição para as negociações, o SMetal tem conseguido firmar alguns bons acordos de manutenção de postos de trabalho nas empresas que se pron-tificam a dialogar com

oportunistas, que tiram proveito de notícias negativas para propor ajustes internos pre-judiciais aos trabalha-dores mesmo que, de fato, não estejam so-frendo danos em sua produção ou no seu setor de mercado.

Há precedentes de empresas que se apro-veitam de cenários pessimistas para pra-ticar uma rotatividade abusiva, substituindo descaradamente fun-cionários mais valori-zados por trabalhado-res com salário menor para ocupar o mesmo posto de trabalho. Há também casos de empresas que usam a crise alheia como ar-gumento para negar reajustes salariais até em época de data-base da categoria.

Enfim, no resumo, temos atualmente em Sorocaba e região uma perspectiva de equi-líbrio no mercado de trabalho metalúrgico. Estamos trabalhando com um cenário de manutenção do nível de emprego. Mas para isso é necessário ter-mos no país um pano-rama de estabilidade econômica e política; o que inclui segurança absoluta em relação ao Estado Democrático de Direito.

Nenhum empre-endedor do setor pro-dutivo, nacional ou estrangeiro, faz inves-timentos quando há instabilidade nesses campos.

o Sindicato. Foi o caso da CNH Case, onde um acordo recente, ao re-duzir a jornada e criar um banco de horas tem-porário, evitou dezenas de demissões.

A ampliação da Toyota em Sorocaba também é um dado po-sitivo nesse cenário. Ela deve contratar de 400 a 500 novos funcionários este ano. Algumas for-necedoras da Toyota, como consequência, também planejam con-tratações.

Outra boa notícia é que, dias atrás, diretores do SMetal se reuniram com representantes de uma fábrica de máqui-nas industriais que deve se instalar em breve na região. Essa fábrica está vindo transferida de Guarulhos e deve gerar cerca de 150 novos pos-tos de trabalho.

Além dos fato-res econômicos reais, o Sindicato mantém atenção constante às situações fantasiosas criadas por empresas

Nenhum empreendedor

do setor produtivo, nacional ou

estrangeiro, faz investimentos

quando há instabilidade econômica e

política

ARTIGO JURÍDICO

Homenagem da subsededa CUT às mulheres

Intervalo para repousoou alimentação

Mesmo com a forte chuva que caiu em Sorocaba na sexta-feira, dia 20, cerca de 100 pessoas par-ticiparam da homenagem ao Dia Internacional da Mulher, na sede do SMetal (foto). O evento, que contou com mesa de debates, dis-cotecagem e coquetel, foi promo-vido pela subsede de Sorocaba da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Para abordar o tema “violên-

cia contra a mulher” compuseram a mesa Conceição de Jesus Sil-viano da Silva, do Projeto Assis-tencial Educacional Resgatando Vidas (Paerv), a assistente social Elizabeth Pires Lima, do Centro de Integração da Mulher (CIM), a presidente do Sindicato dos Traba-lhadores do Vestuário, Paula Pro-ença, o coordenador da subsede da CUT, Joselito Mansinho da Silva e o vereador Izídio de Brito (PT).

O artigo 71 da CLT estabelece que em qualquer jornada de trabalho acima de seis horas, “é obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no míni-mo, de uma hora”.

Este limite mínimo (uma hora) poderá ser reduzido, caso haja auto-rização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Para que permita a redução do intervalo de refeição, o Ministério do Trabalho faz algu-mas exigências, que estão expressas na Portaria 1.095, de 10 de maio de 2010:

• A empresa não pode trabalhar sob regime permanente de horas extras;

• Tem que possuir refeitório;• Negociar esta redução do inter-

valo de refeição com o Sindicato.

Caso a empresa não possua a au-torização do Ministério do Trabalho e pratique intervalo para refeição inferior a uma hora, será, segundo o parágrafo 4º, do artigo 71, da CLT, condenada pela Justiça a pagar a di-ferença com um acréscimo de, no mínimo, 50%. Sendo que, em alguns casos, os juízes condenam, inclusive, no pagamento de 01 (uma) hora por dia de trabalho.

Para a empresa conseguir a au-torização do MTE para a prática da jornada de trabalho, com o intervalo

para refeição inferior à uma hora, ela deve procurar o Sindicato. Após ne-gociação, o Sindicato irá fazer uma assembleia com os trabalhadores. Caso a jornada seja aprovada, será re-digido um acordo coletivo, que será assinado pela empresa e pelo Sindi-cato. Este acordo, após ser transmi-tido para o site do MTE, será proto-colado pela empresa no Ministério do Trabalho, tudo isso conforme exi-gência da Portaria 1.095/2010. A au-torização poderá ser concedida pelo MTE, independentemente de inspe-ção prévia na empresa, após verificar a regularidade das condições de tra-balho nos estabelecimentos pela aná-lise da documentação apresentada.

Por fim, temos a considerar que, após a realização de acordo com o sindicato, ou autorização do Minis-tério do Trabalho, não mais serão devidas as horas extras, decorrentes da redução do horário de refeição. Em compensação, nas empresas que conseguiram a autorização para a re-dução do intervalo, os trabalhadores usufruem a folga aos sábados, ou, no mínimo, em sábados alternados, para poderem ficar com a família e es-treitar laços com amigos e vizinhos. Esta contrapartida social é a condi-ção para o Sindicato aceitar negociar um acordo desta natureza.

Fogu

inho

Imar Eduardo Rodrigues

Imar Eduardo RodriguesÉ advogado do Sindicato dos Metalúrgicosde Sorocaba e Região

Page 3: Folha Metalúrgica nº 776

A nova diretoria da Federação dos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo (FEM/CUT), para o mandato 2015-2019, foi eleita durante a 7ª edição do Congresso da entidade, realizada de 18 a 20 deste mês, em Campinas (SP).

Presidida pelo metalúrgico do ABC Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, a nova direção conta com três dirigentes do Sin-dicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal). Dois deles estão na diretoria Executiva: Adilson Faustino (Carpinha), secretário-geral; Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), 1º secre-tário-geral, além de Kelly Carmo da Silva que está como suplen-te da Executiva. Adilson é metalúrgico na Apex Tool, Valdeci e Kelly na Schaeffler.

No total, os metalúrgicos de Sorocaba enviaram 20 delegados e três observadores para o Congresso. Eles foram escolhidos em assembleia no dia 6 de fevereiro na sede de Sorocaba do SMetal.

A diretoria anterior da Fede-ração era composta por três di-rigentes do SMetal, mas apenas um na direção executiva. Os outros dois eram do conselho da executiva.

RepresentaçãoA FEM/CUT representa 15

sindicatos e três oposições, que por sua vez abrangem 49 muni-cípios. Juntos, os sindicatos da Federação representam 245 mil trabalhadores no Estado de São Paulo.

Edição 776 Pág. 3Março de 2015

SMetal aumenta representação na Federação dos Metalúrgicos da CUT

Trabalhadores da Gerdaurepudiam demissões

A Gerdau de Pindamonhangaba vem demitindo trabalhadores desde 2014 e, no mês passado, 90 traba-lhadores perderam seus empregos arbitrariamente. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, cerca de 300 demissões já foram feitas, gradativamen-te, em um ano.

Conforme a diretoria da entidade sindical, já fo-ram feitas propostas para garantir os postos de traba-lho como a suspensão temporária dos contratos dos funcionários (lay-off) e férias coletivas para parte da produção. Mas a empresa não demonstra disposição para negociar.

Além do acúmulo de funções, a empresa também colocou estagiário em função de risco, operando so-zinho nos acabamentos de laminação. Neste mês, tra-balhadores junto com a diretoria do Sindicato promo-veram várias paralisações para repudiar as demissões.

Os cerca de 200 delegados presentes no 7º Con-gresso da FEM-CUT/SP aprovaram na sexta-feira, dia 20, último dia do congresso, uma moção de re-púdio às demissões na Gerdau e apoio à luta dos tra-balhadores.

A Gerdau produz laminados de aço e, atualmente, conta com cerca de dois mil trabalhadores na unidade de Pindamonhangaba.

PINDAMONHANGABA

Valdeci Henrique (esq.); Kelly Carmo; Luizão, novo presidente da FEM; e Adilson Faustino

A nova direção da FEM-CUT/SP eleita para o mandato 2015-2019 teve uma ampla renovação, com o aumento da participação de mulheres

Após protesto, Tecforjapaga vale atrasado

Os metalúrgicos da Tecforja, em Ipe-ró, pararam a produção da empresa o dia todo nesta segunda-feira, dia 23, para exi-gir o pagamento do adiantamento salarial (vale), que estava atrasado desde o dia 20. A paralisação começou no primeiro turno e encerrou-se na entrada do terceiro turno, às 22h, após os trabalhadores confirmarem o depósito do vale em suas contas bancárias.

O protesto foi liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos (SMetal). A empresa ale-gou dificuldades financeiras.

A Tecforja tem aproximadamente 80 funcionários e vem demonstrando proble-mas administrativos há mais de um ano.

O Sindicato dos Metalúrgicos já teve que intervir para garantir pagamentos de salá-rios atrasados, regularização de depósitos de FGTS, entre outros direitos trabalhistas.

A direção do Sindicato não ignora o fato de o setor de forjarias estar com a produção desaquecida nos últimos meses, mas res-salta que os atrasos trabalhistas na Tecforja são anteriores às dificuldades econômicas atuais do segmento.

Na negociação com o Sindicato, a dire-ção da empresa afirmou que recentemente recebeu novos pedidos de produção e que existe a tendência de melhora da situação nos próximos meses.

Arqu

ivo S

Metal

/ Fog

uinho

Forjaria instalada em Iperó apresenta problemas financeiros há mais de um ano

Fotos

: Tor

res F

oto e

Víde

o

Page 4: Folha Metalúrgica nº 776

Pág. 4 Edição 776Março de 2015

SAÚDE

Sócios estão isentos da mensalidade sindical de março

Em março, como acontece todos os anos, os trabalhadores com carteira assinada terão um desconto no holerite chamado de “contribuição sindical”, também conhecido como “imposto sindical”. Por outro lado, para com-pensar esse desconto, os metalúrgicos sindicalizados estão isentos da mensa-lidade sindical este mês.

O imposto sindical é descontado compulsoriamente de todos os traba-lhadores brasileiros desde 1940. Ele equivale a um dia de salário. O im-posto só vai deixar de existir quando o Congresso votar uma lei nesse sentido.

O valor descontado em março de cada assalariado é recolhido pelas empresas junto à Caixa Econômica Federal (CEF), que distribui a contri-buição da seguinte forma: 60% para o sindicato que representa o trabalha-dor, 15% para a federação estadual, 10% para o Ministério do Trabalho, 10% para as centrais sindicais e 5% para a confederação nacional.

CUT e SMetal são contra o imposto

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, bem como a CUT, são contrários ao imposto sindical, mas não podem impedir seu desconto por se tratar de uma lei federal.

“Acreditamos na liberdade e au-tonomia sindical; na auto-sustenta-ção dos sindicatos a partir das con-tribuições dos associados, sem taxas obrigatórias atreladas ao governo. Mas também essa mudança depende de votação no Congresso Nacional”, explica Ademilson Terto da Silva, presidente do SMetal.

Para compensar o desconto, há anos o SMetal isenta todos os asso-ciados da mensalidade sindical de março, que equivale a 1,5% do salá-rio. Se algum sócio tiver o desconto da mensalidade no holerite de março, deve procurar o Sindicato para res-sarcimento do valor.

Por enquanto os afastamentos do trabalho devido à dengue não che-garam a prejudicar a produção de empresas contatadas pela imprensa SMetal. Mas a perspectiva de aumen-to de casos da doença na cidade já preocupa alguns setores de recursos humanos. “Até agora o absenteísmo (falta ao trabalho) devido à dengue tem sido contornado com remaneja-mentos rotineiros. Mas se a situação se agravar, como indicam alguns ru-mores, poderá haver comprometi-mento de linhas de produção”, afirma uma fonte da área de recursos huma-nos da Johnson Controls.

A Johnson Controls, fabricante de baterias automotivas instalada na zona industrial, registrou 47 afasta-mentos de trabalhadores por dengue desde o início do ano. A fábrica tem 1.300 funcionários. Do total de afas-tamentos devido à doença, um ocor-reu em janeiro, 11 em fevereiro e 35 em março (até o dia 24, fechamento desta edição).

Na Metalac, fabricante de parafu-sos localizada na zona norte de So-rocaba, aconteceram 23 afastamentos por dengue desde janeiro. No dia 24, por exemplo, dois funcionários es-tavam afastados devido à doença. A

fábrica emprega 290 trabalhadores e o afastamento tem durado, em média, sete dias.

Na Johnson, o afastamento de-vido à dengue dura em média cinco dias. “Chegamos a ter cinco ou mais afastados no mesmo dia por conta da doença. Por enquanto está dentro do aceitável no planejamento da empre-sa no que se refere ao absenteísmo. Mas se houver aumento de casos, teremos complicações na rotina”, in-forma o RH da empresa.

O responsável pelo RH de uma metalúrgica da cidade, que preferiu não se identificar, mas confirma a pre-ocupação empresarial com a doença, disse que a situação hoje é tolerável, mas que trabalha com a hipótese de um aumento exponencial de casos na cidade. “Já ouvimos previsões de chegar a 60 mil casos em breve”, afir-mou o representante da fábrica, que emprega mais de mil trabalhadores.

Balanço da cidadeNo último balanço divulgado

pela prefeitura, dia 18, Sorocaba ti-nha registrado 22.675 casos desde o início do ano (um para cada 28 habitantes), com seis mortes confir-madas.

Dos 22.675 casos, 22.583 (99,6%) são autóctones; o que sig-nifica que os pacientes contraíram dengue em Sorocaba mesmo. Ape-nas 92 casos (0,4%) são importa-dos; que é quando o morador local contrai a doença em outras regiões.

A maior concentração de casos está na zona norte de Sorocaba, mas a doença tem atingido moradores de todas as regiões do município.

Um novo balanço da doença deve ser divulgado nesta quarta- feira, 25.

Serviço de IR vai até 27 de abril

Clube fecha na Sexta-feira Santa

O serviço de preenchimento de Imposto de Renda (IR 2015) na sede do SMetal, em Sorocaba, segue até o dia 27 de abril. O aten-dimento é de segunda a sexta, das 9h às 18h. O serviço custa R$ 20, somente para metalúrgicos sindicalizados e dependentes. Os interessados em utilizar o serviço devem ficar atentos aos docu-mentos necessários para preenchimento do IR. Mais informações pelo telefone: (15) 3334-5409 e/ou pelo site: www.smetal.org.br. As sedes do SMetal em Iperó (15) 3266-1888 e Araçariguama (11) 4136-3840 também terão serviço de Imposto de Renda.

O Clube de Campo do SMetal não abrirá na Sexta-feira Santa, dia 3 de abril. Mas no sábado, dia 4, ele reabre normalmente. O Clube funciona das 9h às 18h, na avenida Victor Andrew, 4.100, no Éden, Sorocaba.

O Clube conta com piscinas para adultos e crianças, salão de jogos, ginásio poliesportivo, sauna e quiosques com churrasquei-ra (necessário fazer reserva com antecedência). Mais informações pelo telefone: (15) 3225- 3377.

Afastamentos por dengue já preocupam metalúrgicas de Sorocaba