Folha Metalúrgica nº 828

8
Filiado a CUT, CNM e FEM Nº 828 1ª edição de abril de 2016 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320 Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região Insalubridade Siderúrgica Jimenez perde processo em primeira instância EM DEFESA DA DEMOCRACIA Manifestação contra a Globo em Sorocaba e plenária com Lula no ABC foram alguns dos atos da semana PÁG. 3 Imposto sindical Sócios são isentos de mensalidade como compensação PÁG. 3 Saúde Vereador constata falta de médicos em UBS na zona norte PÁG. 7 O povo está atento aos seus direitos Manifestações pelo cumprimento das regras democráticas tem se intensificado e mostram que ao invés de ódio o que queremos é uma sociedade justa PÁGS. 4 E 5 Foguinho / SMetal Foguinho / SMetal Praça da Sé: Cerca de 60 mil pessoas se reuniram no centro de São Paulo na quinta-feira, dia 31 de março, para repudiar a manipulação midiática e lutar para que o golpe de 1964 não se repita Próximo ato Neste sábado, dia 9, a partir das 12h, o Vale do Anhangabaú, em São Paulo, será palco da Assembleia Popular em Defesa da Democracia e Contra o Golpe, com atividades culturais e aulas públicas CONTRA A INTOLERÂNCIA SMetal e CUT repudiam criminalização de movimentos sociais e suas lideranças PÁG. 6 PÁG. 5

description

1ª edição de Abril de 2016

Transcript of Folha Metalúrgica nº 828

Page 1: Folha Metalúrgica nº 828

Filiado a CUT, CNM e FEM

Nº 828 1ª edição de abril de 2016 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320

Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

Insalubridade Siderúrgica Jimenez perde processo emprimeira instância

EM DEFESA DA DEMOCRACIAManifestação contra a Globo em Sorocaba e plenária com Lula no ABC foram alguns dos atos da semana

PÁG. 3

Imposto sindical Sócios são isentos de mensalidade como compensação

PÁG. 3

SaúdeVereador constata falta de médicos em UBS na zona norte

PÁG. 7

O povo está atento aos seus direitosManifestações pelo cumprimento das regras democráticas tem se intensifi cadoe mostram que ao invés de ódio o que queremos é uma sociedade justa PÁGS. 4 E 5

Fogu

inho /

SMe

tal

Fogu

inho /

SMe

tal

Praça da Sé: Cerca de 60 mil pessoas se reuniram no centro de São Paulo na quinta-feira, dia 31 de março, para repudiar a manipulação midiática e lutar para que o golpe de 1964 não se repita

Próximo ato Neste sábado, dia 9, a partir das 12h, o Vale do Anhangabaú, em São Paulo, será palco da Assembleia Popular em Defesa da Democracia e Contra o Golpe, com atividades culturais e aulas públicas

CONTRA A INTOLERÂNCIA

SMetal e CUT repudiam criminalização de movimentos sociais e suas lideranças PÁG. 6

PÁG. 5

Page 2: Folha Metalúrgica nº 828

Será realizado nesta sexta-feira, dia 8, o leilão dos bens da empresa Metalplix, que fica no município de Piedade. Os bens estão avaliados em R$1.911.00,00 e toda a verba arrecadada será revertida para o pa-gamento de dívidas trabalhistas dos 129 funcionários da empresa. As atividades da fábrica foram encer-radas em 2014.

A Metalplix responde processos pelo não depósito de FGTS, resci-sões de contrato e mais um acumu-lado de dívidas trabalhistas.

A advogada do departamento jurídico do SMetal, Flávia Macha-do de Arruda Franques, afirma que como há mais de um tipo de pro-cesso trabalhista correndo na justi-ça contra a empresa, o destino do dinheiro da venda do maquinário e o tempo em que os pagamentos serão efetuados fica a critério do Juiz da Vara de Piedade. “Além de outras opções, o juiz poderá optar pelo depósito do processo do FGTS ou do processo cautelar, que é para resguardar os débitos dos trabalha-dores."

O leilão acontecerá na Central de Leilões, em Sorocaba, a partir das 11h, e poderá ser acompanhado pelo site www.lancejudicial.com.br

Fim das atividadesA empresa fechou as portas em

2014 e deixou 129 trabalhadores na rua. O SMetal, além de disponi-bilizar seu departamento jurídico, entrou com liminar, aprovada pela Justiça do Trabalho, assegurando o maquinário da empresa para o devido pagamento das verbas tra-balhistas atrasadas a esses meta-lúrgicos.

Os dirigentes sindicais também realizaram diversas manifestações públicas para denunciar os proble-mas enfrentados pelos funcioná-rios e seus familiares.

Em reunião conciliatória ocor-rida nesta terça-feira, dia 5, foi definido que 80% dos coletores de lixo devem retornar ao traba-lho, respeitando a determinação do Tribunal Regional do Traba-lho da 15ª Região, expedida dia 5. As negociações da campanha salarial entre os Sindicatos, a Prefeitura Municipal e as em-presas que integram o Consórcio Sorocaba Ambiental (CSA), con-tinuam na quarta-feira, dia 6, às 13h30. A data-base da categoria é 1º de março e a reivindicação

é de 12,35% de reajuste nos sa-lários e em todas as cláusulas ecônomicas, que inclui a partici-pação dos lucros, vale-refeição e prêmio por assiduidade.

Página 2 Folha Metalúrgica - Abril de 2016 - Ed. 828

Somos contra a criminalização dos movimentos sociaisNum sistema democrático é livre a manifesta-

ção de ideias. Por isso, as ruas são palcos de pro-testos de diversos segmentos e correntes de pensa-mento.

Mesmo quando manifestantes vão às ruas pedindo algo inconstitucional, que fere o Estado Democrático de Direito, como o impeachment sem crime (conforme juristas e intelectuais de diversos países confirmaram), não há proibição, nem perseguição.

Só que esse cenário é muito diferente para os que protestam por justiça social e clamam por res-peitos às regras democráticas, como o Movimen-to dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que tem como liderança o sociólogo Guilherme Boulos.

Ele, assim como o movimento, exige moradia e condições dignas para se viver e se posicionam contra o golpe das elites travestido de “impeach-ment”. Por isso, tem sofrido perseguições numa clara tentativa de criminalização. Boulos afirma que isso é uma reação da direita às intensificações das mobilizações em defesa da democracia.

No dia 31 de março, duas representações foram apresentadas à Procuradoria-Geral da República, de autorias do DEM e do PSDB. O pretexto é "in-citação ao crime" por Boulos ter feito uma fala na quarta-feira, dia 30, no palácio do Planalto (lança-mento do Minha Casa 3) dizendo que haverá resis-tência dos movimentos para não haver golpe.

Mas por qual motivo a direita – formada por grandes empresários e industriais, alguns donos de

documentos sobre a corrupção do metrô que os in-criminam.

É assim que a elite não suporta divergências e tenta reprimir movimentos sociais, sindicais e qual-quer manifestante que não faça pacto com essa ten-tativa de golpe.

Em 1964, quando a ditadura civil-militar teve iní-cio no Brasil, associações e sindicatos sofreram in-tervenções; movimentos e intelectuais sofreram re-pressão. Não existia a possibilidade de se manifestar nas ruas porque o aparato repressor não permitia. Es-tudantes, como o sorocabano Alexandre Vannucchi Leme, foram sequestrados, torturados e mortos por se posicionar contra o autoritarismo, por fazer teatro contra projetos da ditadura como a Transamazônica.

Recentemente, um ex-presidente foi 'sequestra-do' para depor, não enviaram comunicado, chega-ram com 30 policiais o tirando da casa num espe-táculo midiático. Entraram no Sindicato do ABC e grampearam telefones; entraram no Instituto Lula e levaram dados de criação de e-mail sem mandado judicial; a polícia baixou na Gaviões da Fiel, que vem protestando contra o roubo da merenda.

Qual país e sociedade queremos? Se não estamos satisfeitos com um governo democraticamente elei-to vamos cobrar e reivindicar, tomar as ruas pedin-do por mais justiça, nos mobilizar e nos unir contra a Reforma da Previdência Social e contra ajustes econômicos. Mas vamos pelas regras democráticas, porque senão não haverá a quem recorrer pelas ga-rantias individuais.

editorial

A elite não suporta

divergências e tenta reprimir qualquer movimento que clame por justiça

social

Leilão terá verba revertida para o pagamento de dívidas trabalhistas

80% dos coletores de lixo retornam ao trabalho

metalplix greve

Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de Andrade

Redação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda Ikedo Daniela Gaspari

Fotografia: José Gonçalves Filho (Foguinho)

Projeto Gráfico e Editoração: Lucas Delgado Cássio de Abreu Freire

Auxiliar de Redação: Gabrielli Duarte Vagner Santos

ComunicaçãoSMetal

Folha Metalúrgica, Portal SMetal, Revista Ponto de Fusão,

redes sociais, comunicação visual e assessoria de imprensa

Sindicato do Metalúrgicos de Sorocaba e RegiãoRua Júlio Hanser, 140 - Sorocaba SP - www.smetal.org.br

Diretoria Executiva SMetal

Presidente: Ademilson Terto da Silva

Vice Presidente: Tiago Almeida do Nascimento

Secretário Geral: Leandro Cândido Soares

Administrativo e de Finanças: Alex Sandro Fogaça

Secretário de Organização: João de Moraes Farani

Diretor Executivo: Joel Américo de Oliveira

Diretor Executivo: Silvio Luiz Ferreira da Silva

Sede Sorocaba: Tel. (15) 3334-5400

Sede Iperó: Tel. (15) 3266-1888

Sede Araçariguama: Tel. (11) 4136-3840

Sede Piedade: Tel. (15) 3344-2362

Folha Metalúrgica Impressão: Bangraf Publicação: Semanal Tiragem: 30 mil exemplares

veículos de comunicação e políticos financiados por eles – não aceita democraticamente uma resistên-cia pacífica ao seu projeto?

Simples. A prática dessa elite conservadora é o autoritarismo. Um exemplo fácil é o governador Geraldo Alckmin (PSDB) que não aceita dialogar com a sociedade, como na questão da reestrutura-ção do ensino, que fechou dezenas de escolas; como na questão da merenda – que por corrupção com-provada deixou milhares de crianças sem comida.

Ele e seu partido também impuseram sigilo aos

Fogu

inho /

Arq

uivo S

Metal

Fábrica: A empresa fica em Piedade

Paralisação: Greve teve início no dia 1º de abril

Page 3: Folha Metalúrgica nº 828

O economista e líder do Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, na última sexta-feira, dia 1, falou sobre a importância da reforma política e da unidade da classe trabalhadora, durante palestra na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).

Em sua leitura do momento atual do Brasil, Stédi-le ressaltou que se vive um período histórico comple-xo e que a crise – social, econômica e política – pela qual o país passa, é resultado dos modos de produção capitalista e pode ser comparada às crises de 1930, 1960 e 1980.

"Uma reforma política profunda é necessária para a saída da crise, mas para isso, são necessárias forças populares suficientes para se montar uma Constituinte exclusiva para essa reforma", enfatizou.

Comportamento das classesDurante uma hora de palestra, que se iniciou às 20h,

o líder do MST também abordou que não há consenso para a saída da crise entre as forças da sociedade. Ele explicou que a classe dominante, formada pela burgue-sia, representa 1% da população e que quer a volta do neoliberalismo, já vivenciado no Brasil por 15 anos. "Eles propõem o fim dos direitos trabalhistas. Fim das férias de 30 dias, querem a reforma da previdência".

Já a burguesia interna, como os proprietários de em-presas que dependem do mercado interno, está dividida na saída para a crise. "Representada por 8% da popu-lação eles não querem o neoliberalismo porque sabem que vão quebrar". São eles, segundo Stédile, que vão às ruas pedir "Fora Dilma", “situação que não mudaria em nada a crise em que vivemos".

Já para a classe trabalhadora ainda falta um projeto unitário e ela precisa ir para as ruas junto com os mo-vimentos sociais. "Nossa pauta ainda é defensiva e não propositiva".

A reportagem completa e galeria de fotos estão dis-poníveis em www.smetal.org.br

Página 3Folha Metalúrgica - Abril 2016 - Ed. 828

Stédile pede união dos trabalhadores em prol de um projeto pelo Brasil

palestra

SMetal ganha processo contra Siderúrgica Jimenez

O juiz do trabalho Alexandre Chedid Rossi, da 1ª Vara do Trabalho de Sorocaba, condenou em primei-ra instância a Siderúrgica Jimenez a pagar adicional de insalubridade em processo coletivo, promovido pelo departamento jurídico do Sindicato dos Meta-lúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).

A decisão saiu na sexta-feira, dia 1º, após a con-clusão de um perito que analisou o local e conferiu a existência de condições de traballho insalubre nos se-tores de Aciaria e Laminação/Desbaste, por exposi-ção às radiações não ionizantes e de poeiras minerais.

São devidos os reflexos do adicional de insalubri-dade em férias mais 1/3, décimo terceiro e FGTS, sendo que para aqueles dispensados sem justa causa, são devidos também reflexos em aviso prévio e multa de 40% sobre FGTS.

O vice-presidente do SMetal, Tiago Almeida do Nascimento, ressalta que a luta sindical é por am-biente de trabalho livre de prejuízo à saúde do traba-

lhador. “No caso de haver insalubridade, o mínimo que a empresa deve fazer é pagar todos os direitos trabalhistas”, afirma.

Segundo a advogada Érika Mendes, do SMetal, a empresa ainda pode recorrer da sentença.

Preenchimento do IR 2016

Sócios estão isentos da mensalidade sindical de março

Vai até o dia 27 deste mês o serviço de preenchimento de Imposto de Renda (IR 2016) nas sedes do SMetal em Sorocaba e Araçariguama. O atendimento custa R$ 20 para sócios e dependentes do SMetal e R$ 50 para não sindicalizados. Confira no site www.smetal.org.br a lista com todos os documentos necessários para realizar o preenchimento.

Em março, como acontece todos os anos, os trabalhadores com carteira assinada tiveram um desconto no holerite chamado de "contribuição sindical", também conhecido como "imposto sindical".

Para compensar o desconto, há anos o SMetal isenta todos os associados da mensalidade sindical de março, que equivale a 1,5% do salário.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, bem como a CUT, são contrários ao imposto sindical, mas não podem impedir seu desconto por se tratar de uma lei federal.

O imposto sindical é descontado compulsoriamente de todos os trabalhadores brasileiros desde 1940. Ele equivale a um dia de salário. O imposto só vai deixar de existir quando o Congresso votar uma lei nesse sentido.

O valor descontado em março de cada assalariado é recolhido pelas empresas junto à Caixa Econômica Federal (CEF), que distribui a contribuição da seguinte forma: 60% para o sindicato que representa o trabalhador, 15% para a federação estadual, 10% para o Ministério do Trabalho, 10% para as centrais sindicais e 5% para a confederação nacional.

Se algum sócio tiver o desconto da mensalidade no holerite de março, deve procurar o Sindicato para ressarcimento do valor. Mais informações: (15) 3334-5422.

Público: Diversos segmentos da sociedade prestigiaram a palestra

Fogu

inho

Fogu

inho /

Arq

uivo S

Metal

Processo: A empresa foi condenada a pagar adicional de insalubridade

Page 4: Folha Metalúrgica nº 828

Página 4 Folha Metalúrgica - Abril 2016 - Ed. 828

contra o golpesorocaba

A universidade deve nortear seu objetivo pedagógico para im-pedir que se torne uma torre de marfim e seja capaz de criar vín-culos efetivos entre os alunos e professores e os vários setores da nação que refletem as demandas mais urgentes da população. Bus-car respostas a essas perguntas: como a universidade se relaciona com os sindicatos, as cooperati-vas, os movimentos sociais, os novos empreendedores? Como se prepara para as reformas econô-micas e sociais?

Tanto no mundo capitalista quanto no mundo socialista as universidades trafegaram do hu-manismo regado a água benta ao racionalismo cientificista abraça-do ao mito positivista da neutrali-dade científica. Ora, a bússola da ciência é a ética, como bem de-monstrou Aristóteles. E a ética é o leque de valores que incorpora-mos para tornar mais digno e feliz nosso breve período de vida a bordo desta nave espacial chama-da Planeta Terra.

Eis a questão central de um projeto estratégico pedagógico verdadeiramente revolucionário, capaz de deter as graves contradi-ções da razão instrumental que, em nome de acelerados avanços científicos e tecnológicos, ainda provoca devastação ambiental, a ponto de a natureza em nosso pla-neta perder a sua capacidade de autorregeneração, a menos que haja intervenção humana.

Em tempos de pós-modernida-de ameaçada de ter como para-digma, não a religião do período medieval, nem a razão do período moderno, mas o mercado, a mer-cantilização de todos os aspectos

da vida humana e da natureza, tão bem denunciada pelo papa Fran-cisco em sua encíclica socioam-biental Louvado sejas – sobre o cuidado da casa comum, a uni-versidade é interpelada por uma questão ontológica: como lidar com a experiência subjetiva de mundo de seus professores e alu-nos?

A experiência subjetiva de mundo de cada ser humano é uma questão que jamais a ciência po-derá equacionar. Nem mesmo a linguagem é capaz de traduzi-la, embora haja formas de expressão que tentam aprender o alfabeto dos anjos, como a filosofia, a reli-gião e a arte. Em fase de transição civilizacional, como a atual, pre-cisamos de uma nova ontologia ecossocialista.

É aqui que se coloca o desafio ideológico para o projeto estraté-gico pedagógico da universidade. Os profissionais que ela forma fa-zem uma experiência subjetiva do mundo centrada em valores alheios à universidade? Esses va-lores estão ancorados na solida-riedade, no altruísmo, na coope-ração, ou na ambição egocêntrica, no individualismo, na competiti-vidade?

Esse humanismo deveria ser a estrela-guia de nossas universida-des, capaz de nortear todas as pesquisas científicas, os inventos tecnológicos, a formação de pro-fissionais e de homens e mulheres devotados à política e à adminis-tração pública.

Militantes sindicais, sociais e es-tudantes, que integram o Comitê de Resistência Democrática de Soroca-ba e Região, realizaram na segunda--feira, dia 4, um ato contra a mani-pulação e o apoio, disfarçado, da Rede Globo de televisão ao golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.

Centenas de pessoas estavam presentes na manifestação, que aconteceu na Avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, em frente à TV TEM, que é afiliada à Rede Globo.

O ato teve início por volta das 18h, no estacionamento da Prefeitu-ra de Sorocaba, e seguiu até a TV TEM, onde os manifestantes grita-ram frases como “Globo Golpista” e “Rede Golpe de Televisão”, além de críticas ao proprietário da emissora em Sorocaba, J.Hawilla, que foi condenado nos Estados Unidos por extorsão, conspiração por fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.

Contra a manipulaçãoLideranças de vários sindicatos

também acompanharam a manifes-tação e expressaram suas opiniões sobre a postura que a emissora vem desempenhando contra a sociedade.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Soro-caba e Região (SMetal), Ademilson Terto da Silva, “além de manifestar-mos nossa indignação contra o P.I.G (Partido da Imprensa Golpista), es-tamos aqui de forma pacífica para

protestar também contra o Poder Judiciário e esse Congresso reacio-nário que se encontra hoje. Esses três poderes querem promover o golpe e acabar com a democracia brasileira”, afirma.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Têx-teis de Sorocaba, Marco Antonio de Almeida, também comentou sobre o assunto. “Somos contra esse golpe que a Rede Globo quer dar, não só na presidenta Dilma, mas também na população. Esse golpe fere toda a classe trabalhadora e os seus direitos conquistados até hoje”.

A secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Sorocaba e Região, Marcia Viana, questionou a credibi-lidade da emissora. “Este ato em de-fesa da democracia é muito impor-tante, somos contra os empresários golpistas, contra a Rede Globo que são, em sua maioria, corruptos e não têm moral alguma para pedir o im-peachment”, diz.

Após o protesto em frente à sede da afiliada da Globo, os manifestan-tes seguiram até o Centro das Indús-trias do Estado de São Paulo (Ciesp), onde também fizeram críticas à enti-dade. O encerramento da atividade aconteceu por volta das 20h.

O Comitê de Resistência Demo-crática é composto por mais de 50 entidades do movimento sindical, social e estudantil de Sorocaba e região.

Cooperaçãoou competição?Por Frei Betto

Frei Betto é escritor, autor de “A obra do artista – uma visão holística do Universo” (José Olympio).

artigo Movimentos realizam ato contra a Rede Globo

Fotos

: Fog

uinho

Protesto: Manifestantes portavam cartazes e faixas recriminando a manipulação da emissora

Afiliada: Ato ocorreu em frente à TV TEM de Sorocaba, afiliada da Rede Globo

Page 5: Folha Metalúrgica nº 828

Página 5Folha Metalúrgica - Abril 2016 - Ed. 828

contra o golpe

Lula se reúne com trabalhadoresdo ABC em ato pela democracia

Ato reúne60 mil pessoas na Praça da Sé

Cerca de 60 mil pessoas se reu-niram na quinta-feira, dia 31 de março, na Praça da Sé, em São Paulo, para repudiar a tentativa de golpe jurídico-midiático, que tenta derrubar o governo de Dilma Rousseff.

Ao mesmo tempo, militantes sociais e sindicais cobraram novas medidas contra o ajuste fiscal e também uma nova política por par-te do governo.

A data 31 de março é emblemá-tica porque foi o dia em que se completou 52 anos do golpe de es-tado que tirou o presidente João Goulart (Jango) do poder, em 1964.

Diversas faixas e cores pude-ram ser vistas durante o ato na Pra-ça da Sé, região central da capital paulista. Os manifestantes repu-diaram a aliança da mídia com o setor empresarial que apoia, histo-ricamente, o golpe no Brasil.

De acordo com o secretário-ge-

ral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, é preciso unir os trabalhadores e alertar que quem está apoiando o golpe – chamado de impeachment – são setores con-servadores como a Fiesp e o PMDB, que têm a redução de di-reitos como projeto para o Brasil.

“Há um jogo de interesses e quem está dando apoio irrestrito ao processo de impeachment não está pensando em beneficiar a classe trabalhadora”, afirma Soares. “Até porque impeachment sem crime de responsabilidade é golpe”, com-pleta.

Em todo o BrasilNa data, houve repúdio aos ata-

ques à democracia brasileira em todos os cantos do país. Diversas capitais tiveram atos, que no total, reuniram cerca de 800 mil pessoas preocupadas com o futuro do siste-ma democrático.

Com o objetivo de ocupar o Vale do Anhangabaú, em São Paulo, com atividades culturais e aulas públicas, acontece neste sábado, dia 9, a partir das 12h, uma Assembleia Popular em Defesa da Democracia e Contra o Golpe. A atividade é promovida pela Frente Brasil Popular e faz parte da jornada de luta pela democracia. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já confirmou presença no evento. Segundo os organizadores, há também a possibilidade da presença da presidenta Dilma Rousseff no ato.

Ato no Vale do Anhangabaú

Em mais um ato em defesa da democracia, na noite desta segunda--feira, dia 4, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (foto) apontou o caráter golpista do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), durante manifestação organi-zada pela Frente ABC Contra o Gol-pe, em São Bernardo do Campo.

Na atividade, que reuniu cerca de cinco mil pessoas na sede do Sin-dicato dos Metalúrgicos do ABC, Lula falou sobre a atitude “irrespon-sável” de paralisar o país em nome de um projeto de poder.

“Se é verdade que o impeach-ment está na Constituição, também é verdade que só pode ser colocado quando há crime de responsabilida-de e a Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade. Eles (golpistas) é que estão cometendo ao tentar chegar ao poder sem dis-putar eleição e sem respeitar o voto popular que elegeu a Dilma”, afir-mou o ex-presidente.

Lula sugeriu ainda que os movi-

mentos sindicais questionem de onde vêm os recursos utilizados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) para a campanha a favor do golpe.

“Paulo Skaf está fazendo campanha pública na Avenida Paulista e o movimento sindical precisa perguntar se aquele é di-nheiro público do sistema ‘S’. O movimento sindical deve cobrar, porque sistema ‘S’ cobra 2,5% da folha de pagamento para se sus-tentar”, ressaltou.

Direitos trabalhistasO presidente da CUT, Vagner

Freitas, alertou que o golpe é contra os trabalhadores e os di-reitos trabalhistas conquistados nos últimos anos. “O que é im-portante é que vocês percebam que o golpe não é contra a Dil-ma, é contra nós”, alertou. “O que eles querem não é só derru-bar o governo, é derrubar o 13º, é derrubar as férias remuneradas e tantos outros direitos”, comple-tou Freitas.

Foto:

Rica

rdo S

tucke

rt/ In

stitut

o Lula

Foto:

Rica

rdo S

tucke

rt/ In

stitut

o Lula

Page 6: Folha Metalúrgica nº 828

Defesa: Guilherme Boulos, líder do MTST, tem sofrido perseguição de políticos do PSDB e DEM

Invasão em sede de torcida

Mapa da Democracia

Economiasolidária

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) repudia a ação das polícias Civil e Militar que, um dia após a Gaviões da Fiel protestar na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) contra a Máfia da Merenda, invadiram a sede da organizada no Bom Retiro, região central da cidade. A invasão aconteceu no início da tarde de sexta-feira, dia 1. De acordo com o site Jornalistas Livres, os policiais, com apoio da Tropa de Choque, colocaram os funcionários deitados e com o rosto colado no chão enquanto vasculhavam a sede da torcida. Os motivos da ação não foram esclarecidos. A Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 entidades, também divulgou nota repudiando o ocorrido.

Para deixar claro que o processo de impeachment é político e não legal foi criado um Mapa da Democracia para pressionar os deputados a votarem contra o processo que está na Câmara. O site www.mapadademocracia.org.br disponibiliza os contatos de todos os deputados e explica que esse pedido é como se julgasse a presidente Dilma por ter atrasado a fatura do cartão de crédito (ou seja, recursos para executar os programas sociais) e os bancos públicos (Caixa Econômica e Banco do Brasil) tivesse emprestado os recursos para não fechar a conta no vermelho. Se fosse coerente, 16 dos 27 governadores estaduais também teriam que deixar seus cargos.

A Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Previdência Social (Senaes/MTPS) e o Dieese lançaram, em março, o portal do Observatório Nacional da Economia Solidária e do Cooperativismo (Onesc). A página reúne informações sobre economia solidária e cooperativismo. Os dados são organizados em indicadores e disponibilizados em tabelas e mapas, que podem ser desagregados até o nível dos municípios. O endereço é ecosol.dieese.org.br

Página 6 Folha Metalúrgica - Abril 2016 - Ed. 828

CUT e SMetal repudiam ataques a movimentos

contra a intolerância

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, tem sofrido perseguição por suas falas a favor da democracia e por justiça social.

No dia 31 de março, foram feitas duas representações na Procuradoria-Geral da Repúbli-ca, assinadas pelos deputados Antônio Imbassahy (PSDB-BA) e José Carlos Aleluia Costa (DEM-BA).

Os textos pedem a abertura de investigação contra Boulos por incitação à violência e, ain-da, formação de milícia armada por ele ter dito que o Brasil será “incendiado” por greves e ocu-pações caso a presidente Dilma Rousseff sofra um impeach-ment.

Há uma coleta de assinaturas em apoio ao Boulos e contra a criminalização dos movimen-tos sociais. Basta acessar o link e preencher o formulário: bit.ly/manifestomovimentos

Para a diretoria do SMetal, crime é proibir e querer recrimi-nar os movimentos sociais que estão no direito de se posiciona-

GOVERNO ALCKMIN

Desvios na merenda escolarpodem chegar a R$ 20 milhões

Arqu

ivo: O

swald

o Cor

neti/

Fotos

Púb

licas

notas

rem contra a tentativa de golpe e de defenderem as regras democráticas. “O ódio que está sendo incitado contra os trabalhadores e contra po-bres que defendem uma sociedade democrática representa um perigo para o futuro do Brasil”.

Posicionamento da CUTA Central Única dos Trabalha-

dores emitiu duas notas oficiais nas quais repudia investidas dos setores retrógrados, com apoio da mídia, a duas lideranças dos trabalhadores:

Guilherme Boulos, coordenador do MTST e de Aristides Veras Santos, secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que teve sua fala distorcida pela mídia.

“A CUT repudia a maneira dis-torcida como parte da mídia na-cional edita e publica as falas dos sindicalistas e representantes dos movimentos sociais durante os atos em defesa da democracia”. Confira as íntegras das notas no portal do SMetal: www.smetal.org.br

O Ministério Público paulista investiga a possibilidade de que o esquema de fraude nos contratos da merenda escolar em prefeitu-ras paulistas e no governo Geraldo Alckmin (PSDB) chegue a R$ 20 milhões, sendo R$ 2 milhões desse valor voltados à propina.

Segundo o promotor de Justiça Leonardo Romanelli, documentos apreendidos na segunda fase da Operação Alba Branca, mostram que a Cooperativa Orgânica Agrí-cola Familiar (Coaf), que operava o esquema, assinou ao menos R$ 7 milhões em contratos com 20 ci-dades paulistas, entre 2013 e 2015, para fornecer alimentos para a me-renda das escolas estaduais paulis-tas.

“A gente tem certeza de que os valores são muito maiores do que os calculados até agora. Certamen-te atingem, só de propina e comis-

sões ilegais, de R$ 700 mil até R$ 2 milhões. E sobre os contratos com o poder públi-co, nós acreditamos que essa estimativa de R$ 7 milhões possa até triplicar”, afirmou Romanelli, ao portal G1.

As novas denúncias con-tra a cooperativa apontam que a instituição desviou ain-da dinheiro federal, que de-veria indenizar os produtores pelos alimentos que sobravam.

A força-tarefa que investiga o esquema quer saber se agentes públicos facilitaram a fraude nas licitações. Na quinta-feira, dia 31, o lobista Marcel Júlio, tido como o principal elo entre os políticos do PSDB de São Paulo e a máfia da merenda, se entregou à Polícia Civil em Bebedouro, interior do estado.

Seu pai, o ex-presidente da As-

sembleia Legislativa de São Paulo Leonel Júlio, foi um dos presos na segunda fase da operação. Marcel seria o encarregado dos contatos junto às prefeituras.

A investigação aponta ainda para o suposto envolvimento do atual presidente da Alesp, depu-tado Fernando Capez (PSDB), do ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Alckmin Luiz Rober-to dos Santos, o Moita, e de outros parlamentares no esquema.

Page 7: Folha Metalúrgica nº 828

Relatório: Izidio (acima) cobrará da Prefeitura ações imediatas sobre os problemas encontrados na unidade de saúde

Descaso: No momento da visita, cerca de 100 pessoas aguardavam atendimento médico

Izídio comprova falta de médicosna UBS do Lopes de Oliveira

‘Panama Papers’ atingepolíticos brasileiros

Página 7Folha Metalúrgica - Abril 2016 - Ed. 828

saúde

A falta de médicos e a demora no agenda-mento de consultas foram comprovadas pelo vereador metalúrgico Izídio de Brito Correia (PT) durante visita surpresa na Unidade Bá-sica de Saúde (UBS) do Lopes de Oliveira, na segunda-feira, dia 4.

No momento da visita, que aconteceu por volta das 7h40, aproximadamente 100 pesso-as, entre idosos, crianças e gestantes, estavam na unidade à espera de atendimento médico.

No quadro de funcionários da unidade constava que, no período da manhã, seis mé-dicos estariam atendendo os pacientes. Po-rém, durante a vistoria, o vereador constatou que havia somente um deles na unidade.

Questionada sobre a ausência dos outros cinco profissionais, a enfermeira e coordena-dora da unidade, Roseli Aparecida Guerra, alegou que dois médicos estavam afastados, um de férias e o outro por questão médica, e que a unidade não tinha como repor os mes-mos.

Já os outros quatros profissionais, a coor-denadora alegou que eles iniciariam o turno entre 8h e 8h15. Por volta das 9h, a Imprensa SMetal constatou que havia ainda apenas um médico atendendo e a coordenadora alegou que não sabia informar o motivo da ausência dos profissionais.

Segundo o vereador Izídio de Brito, será feito um relatório com todas as demandas encontradas na unidade, que será encami-nhado ao prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) solicitando ações imediatas. “Esses problemas que estão acontecendo são graves, é um desrespeito à população, é inaceitável que isso continue”, disse.

Confira matéria completa no site do SMe-tal: www.smetal.org.br

Políticos de pelo menos sete par-tidos brasileiros têm contas em em-presas offshores no exterior abertas pela companhia panamenha Mossack Fonseca, especializada em camuflar ativos usando companhias sediadas em paraísos fiscais. São eles: PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB.

Batizada de “Panama Papers”, na lista divulgada constam nomes de milhares de figuras mundiais – entre empresários, políticos, esportistas e personalidades culturais - titulares de offshores.

Os documentos foram obtidos pelo Consórcio Internacional de Jor-

nalismo Investigativo. No domingo, dia 3, veículos brasileiros ligados ao Consórcio começaram a divulgar os nomes dos correntistas, com desta-que para políticos do PMDB: o pre-sidente da Câmara, Eduardo Cunha (foto), e o senador Edison Lobão – ambos investigados pela Operação Lava Jato.

Ao menos 57 brasileiros já rela-cionados à investigação da Polícia Federal aparecem nos documentos, ligados a mais de cem offshores criadas em paraísos fiscais. Cunha e Lobão negam a titularidade das em-presas.

Fogu

inho

Foto:

Mar

celo

Cama

rgo/

Agên

cia B

rasil

Page 8: Folha Metalúrgica nº 828

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) regulamentou a gratuidade para jovens de baixa renda de 15 a 19 anos em viagens interestadu-ais no transporte rodoviário e ferroviário por meio da Resolução nº 5.063/16. A regra entrou em vigor na quinta-feira, dia 31. A concessão do benefício, no en-tanto, é condicionada à emissão da identifi cação do benefi ciário pela Secretaria Nacional da Juventude.

Agora as prestadoras deverão reservar duas vagas gratuitas e outras duas com desconto de 50% em cada veículo ou comboio ferroviário de serviço convencio-nal. O benefício não inclui tarifas de pedágio, de em-barque nos terminais ou despesas com alimentação.

Identidade JovemPara solicitar a gratuidade, o benefi ciário deverá

apresentar a Identidade Jovem, documento emitido pela Secretaria Nacional de Juventude e que atesta que o portador é um jovem de baixa renda. O benefí-cio somente será concedido com a apresentação dessa

identidade, com prazo de validade vigente, e de um documento de identidade ofi cial com foto válido em todo o território nacional.

PrazosO benefi ciário deverá solicitar um único “Bilhete

de Viagem do Jovem” com antecedência mínima de três horas em relação ao horário de partida do pon-to inicial da linha podendo solicitar, quando possível, a emissão do bilhete de retorno. Após esse prazo, as prestadoras poderão colocar esses bilhetes à venda, mas, enquanto não comercializados, continuarão dis-poníveis para os benefi ciários da resolução. O mesmo se aplica aos assentos com desconto mínimo de 50%.

Não-emissão de bilhete Caso haja recusa do benefício vpor parte das pres-

tadoras dos serviços, o benefi ciário poderá solicitar documento à empresa em que devem constar a data, a hora, o local e o motivo da recusa.

Página 8 Folha Metalúrgica - Abril 2016 - Ed. 828

Jovens de baixa renda tem gratuidade no transporte interestadual

governo federal

Transportemunicipal

Cartórios eleitoraisabrem mais cedo

LINC está com inscrições abertas

A Câmara Municipal de Sorocaba aprovou, por unanimidade, em segunda discussão na terça-feira, dia 5, o projeto de lei do vereador Carlos Leite (PT) que garante a todo defi ciente residente no município o direito ao transporte público gratuito, de forma a garantir sua integração social, cultural, educacional e seu acesso ao sistema de saúde. O projeto também garante a gratuidade ao acompanhante do defi ciente, quando este for dependente de outrem para sua locomoção. Agora, o texto segue para o Prefeito Antônio Carlos Pannunzio (PSDB), para ser sancionado ou vetado.

Desde segunda-feira, dia 4, os seis cartórios eleitorais de Sorocaba ampliaram o horário de funcionamento e passaram a atender das 9h às 18h, três horas mais cedo. A ação tem como objetivo ampliar o serviço para que o cidadão que ainda não tirou o título de eleitor, ou deseja regularizar sua situação com o TSE, possa ser atendido. Já a partir do dia 21 de abril, até o dia 4 de maio, quando termina o prazo para alistamento eleitoral e transferência, os cartórios terão expediente aos sábados, domingos e feriados, com o horário estendido.

Estão abertas as inscrições aos munícipes interessados em apresentar projetos culturais para concorrer à verba da Lei de Incentivo à Cultura (LINC) de Sorocaba em 2016. O investimento total será de R$ 900 mil. Os trabalhos artísticos devem ser das seguintes áreas: Artes Cênicas; Artes Visuais; Cinema e Vídeo; Letras; Música; Formação Cultural; Patrimônio Histórico e Cultural; e Festivais Artísticos e Culturais. As inscrições poderão ser feitas até o dia 10 de maio ou até atingir o número máximo de 130 projetos inscritos. Mais informações pelo telefone (15) 3212-7288.

notas