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Frelimo pretende assassinar Daviz Simango Por Edwin Hounnou - A FIR foi convidada por Filipe Paúnde para atacar o MDM Elemtos de uma unidade da Força de Intervenção Rápida – FIR – irrompeu, na tarde de hoje, dia 16 de Novembro, por das 15 horas, no campo da Munhava, munidos de AKM-47 e granadas de gás lacrimogemeo, disparando armas de fogo para o ar e lançado granadas de gás lacrimogénio para o meio da multidão, criando, assim grande confusão terrível, gritos de socorro e as pessoas a pisarem-se umas sobre as outras, na sua desesperada busca de um lugar seguro para se esconderem. Isso aconteceu uns minutos depois de Filipe Paúnde, secetário-geral do partido Frelimo, não ter conseguido passar pela Rua Kruss Gomes, no sentido Chota-Munhava-Central, devido à enchente de viaturas e pessoas, tendo sido obrigado a voltar e tendo arrajado uma via alternativa que o levasse ao comité local do partido Frelimo, localizado próximo do campo onde programado para as pessoas ouvirem o discurso de encerramento da campanha de Daviz Simango, candidato do Movimento Democrático de Moçambique, MDM, para o cargo de presidente do Conselho Municipal da Beira. Secretário-geral da Frelimo provoca distúrbios na Munhava Não constitui verdade a versão da polícia segundo a qual foi a Renamo que provocou distúrbios, pois, nenhum membro da Renamo, pelo menos indificado, se fez presente ao campo da Munhava e naquele momento. Igualmente é falso dizer que a FIR foi chamada para separar grupos rivais (Frelimo/MDM) que se digladiavam. Não havia, naquele komento, nenhuma rixa entre os grupos da Frelimo e os do MDM. Estava tudo bem tranquilo, apenas estava muito dificil transitar por aquele troço para qualquer um que quisesse atingir o outro lado, tal como aconteceu com o cidadão chamado Filipe Paúnde que coincide ser o secretário-geral do partido Frelimo. Não lhe deram livre trânsito por ser da Frelimo, a situação estava difícil para todos.

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Frelimo pretende assassinar Daviz SimangoPor Edwin Hounnou

- A FIR foi convidada por Filipe Paúnde para atacar o MDM

Elemtos de uma unidade da Força de Intervenção Rápida – FIR – irrompeu, na tarde de hoje, dia 16 de Novembro, por das 15 horas, no campo da Munhava, munidos de AKM-47 e granadas de gás lacrimogemeo, disparando armas de fogo para o ar e lançado granadas de gás lacrimogénio para o meio da multidão, criando, assim grande confusão terrível, gritos de socorro e as pessoas a pisarem-se umas sobre as outras, na sua desesperada busca de um lugar seguro para se esconderem.

Isso aconteceu uns minutos depois de Filipe Paúnde, secetário-geral do partido Frelimo, não ter conseguido passar pela Rua Kruss Gomes, no sentido Chota-Munhava-Central, devido à enchente de viaturas e pessoas, tendo sido obrigado a voltar e tendo arrajado uma via alternativa que o levasse ao comité local do partido Frelimo, localizado próximo do campo onde programado para as pessoas ouvirem o discurso de encerramento da campanha de Daviz Simango, candidato do Movimento Democrático de Moçambique, MDM, para o cargo de presidente do Conselho Municipal da Beira.

Secretário-geral da Frelimo provoca distúrbios na Munhava

Não constitui verdade a versão da polícia segundo a qual foi a Renamo que provocou distúrbios, pois, nenhum membro da Renamo, pelo menos indificado, se fez presente ao campo da Munhava e naquele momento. Igualmente é falso dizer que a FIR foi chamada para separar grupos rivais (Frelimo/MDM) que se digladiavam.

Não havia, naquele komento, nenhuma rixa entre os grupos da Frelimo e os do MDM. Estava tudo bem tranquilo, apenas estava muito dificil transitar por aquele troço para qualquer um que quisesse atingir o outro lado, tal como aconteceu com o cidadão chamado Filipe Paúnde que coincide ser o secretário-geral do partido Frelimo. Não lhe deram livre trânsito por ser da Frelimo, a situação estava difícil para todos.

O que se passou, na Munhava, com o secretário-geral da Frelimo aconteceu, também, com vários outros transeuntes que quisessem usar aquela via com uma única diferença – o cidadão comum não tem poderes para chamar a FIR a fim de virem bater e lançar granadas de gás lacrimogênio. Foi Filipe Paúnde que chamou a FIR para que fosse fazer a bagunça do dia 16 de Novembro, no campo municipal da Munhava, talvez, por se julgar que tivesse sido humilhado devido ao facto de não lhe terem aberto o caminho ara passar pela oposição, disse uma fonte do comando provincial da políca para repor a sua dignidade beliscada.

Se Filipe Paúnde fosse humilde...

Se Filipe Paúnde fose uma pessoa humilde, teria encontrado outras vias para chegar à sede do seu partido e evitaria meter-se entre membros de um partido rival ao seu, mas, ele escolheu o caminho de confrontação e deu no que deu – muita confusão, dor provocada nas pessoas, bens e infra-estruturas destruídos pela multidão furiosa com a postura violenta da FIR. A partir do lugar onde Filipe Paúnde “desconseguiu” prosseguir viagem, estão dois caminhos alternativos para se chegar ao

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comité da Frelimo, porém, ele preferiu convidar a FIR para bater no povo e pô-lo em debandada, tendo, assim, sabotado uma actividade política de um partido adversário.

Os lançamentos de granadas para o campo, eram pausados e cadenciados, com o objectivo essencial de não permitir que as pessoas se reagrupassemm mais, tendo feito, deste modo, abortar o concorrido comício do MDM aguardado por mais oito mil pessoas que, acompanahavam as caravanas de Daviz Simango, aguardavam ouvir as últimas palavras de alento político.

Daviz Simango retirado do palco às corridas

O candidato do MDM e sua família foram retirados, às corridas, pela segurança, para um lugar seguro. Uma fonte da polícia do comando provincial de Sofala, que não quis ser identificada, garantiu que o objectivo da operação visava atingir única e exclusivamente Daviz Simango, por ser um incómodo à Frelimo. Uma bala atirada, propositadamente, para aniquilá-lo passou muito próximo de Daviz Simango, que acabou por ferir uma senhora que, também, procurava um abrigo para se esconder dos ataques.

Mas, como a confusão era tanta, a esposa de Daviz Simango perdeu-se durante a fuga e reapareceu quando passa um pouco das 22 horas. Os disparos da polícia iniciaram um pouco depois das 15 horas, quando Daviz Simango acabava de subir ao palco. Uma unidade da FIR atirava granadas a partir da estrada e uma outra, a partir de trás da tribuna e algumas granadas caiam mesmo na tribuna onde o candidato do MDM se encontrava a cumprimentar os músicos e o público em geral.

Consequências dos ataques

Como consequência dos ataques da FIR, cerca de 25 pessoas deram entrada, para tratamento hospitar, no Posto de Saúde da Munhava, entre os inanimados, por terem inalado gás em excesso, e feridos e quatro viaturas que, na altura, ostentavam símbolos do partido Frelimo, como bandeiras e material de propaganda eleitoral, foram vandalizadas e ateadas fogo pela população furiosa, apesar dos intensos tiroteios da FIR. Para além disso, duas motorizadas, que faziam arte da caravana de Jaime Neto, candidato da Frelimo, foram queimadas, mesmo defronte do comité do partido dos camaradas.

Nossos informantes do Bairro da Munhava, onde aconteceram os distúrbios, disseram-nos, esta manhã de domingo, que a sede da Frelimo, antiga sede de bairro, expropriada ao conselho municipal numprocesso judicial viciado, localizada Maraza, foi saqueada e vandalizada pela população e os tiros continuaram pela noite adentro. Igualmente, constatamos, esta manhã, que a tribuna que a Frelimo havia montado para o comício do fecho da sua campanha, no campo da Escola Secundária Samora Machel, foi queimada e retirados todos os símbolos da Frelimo.

Perguntamos ao pessoal de serviço no Posto de Saúde se havia dado entrada algum óbito, em consequência das escaramuças com a FIR, pelo que nos respondeu que não e já passavam das 19 horas. Esta segunda-feira, os familiares de Augusto Moisés António nos informaram que ele está de baixa no Hospital Central da Beira, está na Medicina, Quarto 20, cama 2, devido à inalação excessiva de gases tóxicos. A esposa de Daviz Simango, Clara Simango, havia desparecido por mais de sete horas e o seu filho, Clayton Simango, uma criança de 12 anos, teve que ser socorrido e internado na Clínica Avicena. Está fora de perigo e já regressou para o seio familiar.

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Sede da Frelimo protegida pela polícia

Logo a seguir aos taques, um contingente foi mobilizado para proteger as instalações da sede do partido Frelimo onde continua até ao presente moimento. Enquanto isso, uma parte dos furiosos se dirigiram ao comité local da Frelimo (na Munhava) empunhando pedras e material inflamável para queimar as instalações. O contingente policial foi reforçado com polícia de protecção (cinzentinhos) e a tarefa de arremassar granadas de gás lacrimogénio contra o povo e fazer tiros com balas de borracha e reais ficou reservada à FIR, uma força de eleite considerada como um braço armado do partido Frelimo, por ser bastante subserviente às ordens dos dirigentes do partido no poder.

A população agredida gritava para a FIR que, se se sente suficientemente forte e capaz, então, que vá à Muxungue e Gorongosa para se confrontar com homens armados da Renamo e deixasse a população em paz, pois, a política é exclusivamente para os partidos políticos e povo e nenhum partido deveria deveria ser apadrinhado pelas forças armadas do Estado ou pela polícia. A FIR nem queria ouvir os apelos do povo para irem lutar contra homens armados da Renamo, continuavam, indiferente, a lançar granadas de gás lacrimogéneos contra a população.

Nenhuma capital provincial para oposiçã

Correm informações seguras segundo as quais o partido Frelimo não vai permitir que nenhuma autarquia de uma capital provincial fique nas mãos da oposição e, caso seja necessário, será o partido Frelimo usará a FIR e muito sangue será derramado, se for preciso. É, exactamente, o que se pode assistir e o ciclo de violência contra o povo e a oposição já começou com a tentativa de decapitar o MDM, tomado como um grande obstáculo aos desígnios do partido governamental.

Verónica Macamo, chefe da brigada central do partido Frelimo para a província da Zambézia, avisou que poderá ser derramado sangue para evitar que Quelimane não volte a cair nas mãos da oposição. Esta declaração é interpretada como sendo a vontade da Frelimo que se impõe aos munícipes e os resultados eleitorais servem para agradar alguém e não reflectem, de modo algum, a escolha que os eleitores tiverem feito.

Tal como no passado...

Vale lembrar que para a actual crise militar por que o País stá a atravessar foi a FIR que tomou a iniciativa da guerra que, para o efeito, atacou a Renamo enquanto concentrada na sua sede tanto em Gondla, na província de Manica, quanto em Muxúngue, na província de Sofala, culminando com o ataque e ocupação de Satunjira, a 21 de Outubro. A cena se repete na Munhava. O partido no poder atenta contra a vida de Daviz Simango, sempre com a mesma Fir, como forma de reassumir a administração da autarquia da Beira. Com tais actos de violência, fica demonstrado que a Frelimo não é um partido de paz nem é pela paz. Quem é pela paz não ataca os seus adversáios políticos usando meios do Estado nem promove violência contra quem pensa diferente.

Daviz Simango sai às ruas...

Depois de correrem notícias sobre o desaparecimento de Daviz Simango, em consequência dos ataques da FIR, no domingo, dia 17, decidiu sair por uma passeata pelas ruas da cidade de cimento e pelos bairros periféricos, acompanhado de enorme multidão, apelando, constantemente, para que

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os eleitores afluam, em massa às mesas de votação. Pediu que ninguém deveria ficar em casa porque a abstenção pode fazer cair a cidade aos pés daqueles que estão a destruir Moçambique.

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