Futebol nos Jogos Olímpicos: London 2012'

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Grupo A: Grã-Bretanha; Uruguai; EAU; Senegal Grupo B: República da Coreia; México; Suíça; Gabão Grupo C: Brasil; Nova Zelândia; Egipto; Bielorrússia Grupo D: Espanha; Japão; Marrocos; Argentina, a vencedora da competição olímpica de futebol em 2008.

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Análise às selecções olímpicas masculinas em prova na competição masculina destes Jogos Olímpicos de Londres.

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Grupo A: Grã-Bretanha; Uruguai; EAU; SenegalGrupo B: República da Coreia; México; Suíça; GabãoGrupo C: Brasil; Nova Zelândia; Egipto; BielorrússiaGrupo D: Espanha; Japão; Marrocos; Honduras

Argentina, a vencedora da competição olímpica de futebol em 2008.

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Brasil

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• Hipótese de reconciliação entre os adeptos brasileiros e a sua selecção, numa relação que desde 2010 se revela bastante “tremida”. Provavelmente, última oportunidade para Mano Menezes dar “um murro” na mesa, e assegurar aos responsáveis da Confederação Brasileira de Futebol de que podem confiar no seu trabalho e mantê-lo no cargo de seleccionador para o Mundial de 2014, que será jogado em casa. Não será tarefa fácil, uma vez que é sabido que quando contratado, a missão de Mano Menezes seria de certa forma fazer uma “triagem”, e introduzir novos jogadores para no futuro serem opções válidas para a selecção “Canarinha”, entendendo os responsáveis da CBF que o seu ciclo e a sua missão estará depois destes Jogos Olímpicos, independentemente do desfecho, terminada. De realçar que o ouro olímpico é o único título que falta a esta mais que consagrada selecção. Apenas um entrosamento bem trabalhado permitirá que o Brasil seja dos principais candidatos ao ouro olímpico, título tão desejado pelo povo brasileiro.

Brasil

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• A última série de quatro jogos amigáveis feita pela Seleção Brasileira serviu, como foi notório, para testar aquela que seria a Canarinha Olímpica.

• Tendo em conta os ‘onzes’ dos particulares, apostaria na seguinte formação para Londres, utilizando o esquema tático em 4-3-3: Rafael na baliza, linha defensiva entregue a Rafael Silva, Juan, Thiago Silva e Marcelo, meio campo com Sandro, Rômulo e Óscar e linha ofensiva pertencente a Hulk, Leandro Damião e Neymar.

• Avaliando no geral, o Brasil tem uma equipa suficientemente boa para chegar longe nos Jogos Olímpicos. Individualmente, talento tem de sobra, mas para ganhar é preciso um grupo forte e isso vai implicar a ‘criação’ de um entrosamento bem forte, nestas semanas que antecedem o início da competição.

Brasil

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Defesa

• Analisemos por partes. A baliza, quase com toda a certeza, será entregue ao jovem guarda-redes do Santos, Rafael Cabral, que, na verdade, apenas esteve no banco no primeiro jogo particular, frente à Dinamarca. Neto, da Fiorentina, será o seu substituto.

• Apesar de Mano Menezes ter apostado em Danilo nos três primeiros jogos particulares, acredito que o lado direito defensivo deverá ser entregue a Rafael. Não creio que Danilo tenha convencido o técnico brasileiro na totalidade, tanto que acabou por dar lugar ao defesa dos Red Devils, no jogo contra a Argentina, talvez muito por causa de algumas falhas de marcação um pouco críticas. O centro da defesa deverá ficar a cargo de Juan e, claramente, também do capitão Thiago Silva, presença indiscutível e a maior referência do Brasil Olímpico. Sem David Luiz na convocatória, que, para a maioria, seria o parceiro ideal de Thiago Silva, deverá ser Juan a preencher a posição. Nos últimos particulares, foi ele quem fez dupla com o defesa do Milan. Já Uvini, apenas foi utilizado como titular para substituir o capitão, que se encontrava lesionado. No entanto, nem um, nem outro acabam por ‘encher as medidas’ preteridas pelos adeptos brasileiros, verdade seja dita. Do lado esquerdo, não há dúvidas: Marcelo! Um dos jogadores chamados com mais de 23 anos. Com Rafael mais na marcação, o lateral do Real Madrid poderá subir no terreno e levar o jogo às linhas avançadas. Alex Sandro não terá grandes hipóteses.

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Meio-campo

• Como o esquema tático do Brasil opta pela utilização de três médios, Sandro, Rômulo e Óscar deverão ser os escolhidos. Rômulo, possuidor de um toque de bola bastante objectivo, ficará no centro, com Sandro do lado direito e Óscar do lado esquerdo, jogador inteligente nas movimentações. Recorde-se que, caso haja necessidade, Thiago Silva ou até mesmo Bruno Uvini poderão ser utilizados na zona intermediária do relvado, como já aconteceu em algumas situações.

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Ataque

• Por último, atenções centradas no ataque com Hulk, Leandro Damião e Neymar. O portista irá jogar pelo lado direito. A sua força e o seu ‘pontapé-canhão’ serão uma das mais valias desta Seleção. Difícil de parar, promete ser decisivo. Neymar, que estará do lado esquerdo, dispensa apresentações e tanto poderá fazer uma exibição incrível como uma exibição apagada. É possuidor de uma técnica notável e, quando o adversário ‘permite’, não deixa qualquer hipótese, no entanto, o ‘futebol arte’ que tanto gosta de mostrar, poderá ser um autêntico entrave e perda de tempo, se lhe aparecer um jogador bem forte na marcação. Aí, será difícil de se ver o santista. Leandro Damião deverá ser o matador de serviço. Alexandre Pato deverá ficar no banco e, em qualquer momento do jogo, poderá entrar e ser uma aposta bem ganha por Mano Menezes.

• O ‘mister’ promete arriscar. O facto de ter afastado David Luiz da convocatória (que iria permitir uma defesa bastante segura) e ter lançado Hulk, mostra que a Canarinha promete ir com tudo, nesta competição.

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Suplentes

• O guarda-redes que ao que tudo indica viverá na sombra de Rafael, será Neto, que defende as cores dos italianos da Fiorentina.

• Pelas laterais, dois jogadores do Porto serão suplentes de Rafael da Silva e Marcelo. Do lado direito, Danilo, que esteve durante este ano a contas com uma lesão grave que o afastou dos relvados durante bastante tempo, viverá na sombra de Rafael da Silva. Na mesma condição está o lateral-esquerdo cujo o seu passe pertence ao Porto: Alex Sandro.

• Na zona central da defesa, na condição de substitutos de Thiago Silva e Juan, estará apenas um defesa central de raiz. Trata-se de Bruno Uvini, jogador de 21 anos cujo passe pertence aos brasileiros do São Paulo.

• No sector intermediário, as opções são várias. Lucas, médio que tal como Bruno Uvini pertence ao São Paulo, figura como suplente de luxo, bem como o médio Paulo Henrique Ganso, bastante afectado por lesões e que provavelmente estará de saída do Santos.

• Também opção para jogar no meio-campo mas preferencialmente talhado para ocupar a posição de extremo no tridente ofensivo brasileiro, está Alexandre Pato, que tal como Ganso, é um jogador bastante afectado por lesões.

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Espanha

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Espanha

• Espanha, rumo à conquista de mais um título. A maior potência desportiva à escala global entra nestes Jogos Olímpicos tal como sucede em qualquer competição, seja qual for a modalidade: Com a ambição de ganhar. E no futebol, o desporto “rei”, Espanha é rainha e senhora da modalidade, reclamando para si absoluta hegemonia da mesma. Mais um “passeio” para “nuestros hermanos”? A ver vamos…

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Defesa

• Na baliza, David De Gea, guarda-redes do Manchester United, será muito provavelmente o titular. Na sua sombra, ficará Diego Mariño, jogador do Villareal.

• O quarteto defensivo será constituído por jogadores que, apesar de jovens, já têm uma certa maturidade derivado de terem experiência a nível de clubes importantes que jogam em campeonatos competitivos. Dois jogadores a actuar na Liga BBVA, um que se transferiu recentemente da mesma para a Bundesliga, e outro que actua na Ligue 1. Há também um jogador que recentemente se sagrou campeão da europa de séniores pela selecção espanhola. Falo de Jordi Alba, que depois de uma bela temporada no Valência, vive um momento de sonho. Sagrou-se campeão europeu por Espanha, foi contratado pelo Barcelona, e agora será peça importante rumo ao ouro olímpico, título esse que também poderá juntar ao seu palmarés. Já o jogador que recentemente se transferiu da Liga BBVA para a Bundesliga, é Álvaro Dominguez, que trocou o Atlético de Madrid pelo Borussia Monchengladbach. A seu lado, a fazer companhia no centro da defesa, estará provavelmente o defesa dos bascos da Real Sociedad Iñigo Martínez. Conhecida que está a dupla de centrais Álvaro Dominguez – Iñigo Martínez e o lateral-esquerdo Jordi Alba, falta apresentar o lateral-direito Azpilicueta, jovem que actua na Ligue 1 pela formação do Marselha.

• Em suma, trata-se de um quarteto defensivo bastante forte, e que se revelará “osso duro de roer” para os dianteiros adversários. E como se este não fosse já só por si forte, o duplo pivot defensivo que Luis Milla provavelmente utilizará, ajudará ainda mais na acção defensiva. Javi Martinez e Oriol Romeu, jogadores do Athletic Bilbao e Chelsea, respectivamente, serão a dupla encarregue por jogar à frente da defesa

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Meio-campo

• Analisemos o meio campo desta selecção candidata ao outro olímpico. Este, deverá ser constituído por Javi Martínez e Oriol Romeu, com Herrera mais na frente, apoiado por ambos. Bem, na verdade, Martínez foi utilizado no centro da defesa por Bielsa, no Athletic, no entanto, tal não deverá acontecer nesta seleção de Milla, ficando mais subido no terreno. Com uma grande capacidade de ganhar no um para um e sendo de passes precisos, é aposta ganha no sector intermediário. A seu lado, terá o atleta do Chelsea, Oriol Romeu, o jogador que promete equilíbrio e bastante sucesso nas coberturas e passes curtos. Um pouco mais na frente, Ander Herrera, o responsável por organizar a equipa. Possuidor de uma boa visão de jogo, acredito que muitas das jogadas de perigo começarão nos pés deste senhor.

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Ataque

• Para terminar, falemos do ataque. Mata, fortíssimo tanto no um contra um como no último passe, estará na direita. Do lado contrário estará Adrián, do Atlético de Madrid. Técnica elevada, rapidez e criatividade nas horas decisivas, eis as qualidades que, aparentemente, não irão dar hipótese às defesas contrárias. Acreditando que Milla tal como Del Bosque privilegiará o uso de um “falso 9”, a aposta deverá recair sobre Iker Muniain, médio do Athletic Bilbao que terá que se adaptar e adequar-se às novas funções.

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Suplentes• O próprio banco de suplentes da selecção espanhola é um autêntico luxo.

Para se ter uma noção, a “La Rojita” terá opções de banco como Isco (que eventualmente até poderá ser titular, embora tenha a concorrência dos “maiores de 23” Adrián López e Juan Mata), Rodrigo, goleador do Benfica bem conhecido dos portugueses, o prodígio da “cantera” do Barcelona Cristian Tello, ou até mesmo Jorge Merodio, mais conhecido por Koke.

• O modelo de jogo espanhol é semelhante em todos os escalões de formação, e esta equipa não foge, evidentemente, aos padrões definidos pelos responsáveis da Federação Espanhola. Numas formações mais que noutras, o “tiki-taka” já está bem impresso no jogo, esse estilo pouco bonito para o espectador, mas altamente eficiente. Jogo de paciência que adormece ou enerva o adversário vai dando título atrás de título a Espanha… Resta saber até quando.

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Grã-Bretanha

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Uma Grã-Bretanha que apesar de jogar em “casa”, corre por fora na corrida ao ouro olímpico. É candidata a vencer uma medalha, mas o ouro parece não passar de uma miragem quando tem um Brasil que fará de tudo para conquistar a competição, e uma Espanha que também se assume como fortíssima candidata. A par do Uruguai, a selecção inglesa é, ainda assim, das mais fortes em prova.

Grã-Bretanha

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Defesa

• Na baliza, a Grã-Bretanha irá contar, ao que tudo indica, com Jason Steele, jogador que surpreendeu muita gente, depois de ‘aparecer’ ainda muito novo. Além da experiência, tem a seu favor o facto de ter sido titular, ao longo da última temporada.

• • Na lateral direita, eis um dos atletas com mais de 23 anos, Micah Richards, do Manchester City. Não fez

parte da convocatória para o Euro 2012, mas tem lugar praticamente assegurado no onze inicial britânico destes Jogos Olímpicos. Além de fazer grandes exibições no lado direito da defesa, pode ainda actuar no centro da mesma. Continuando a falar no centro da defesa, é exactamente aqui que surgem outros dois nomes: James Tomkins e Craig Dawson. Tomkins, titular no West Ham e peça fundamental na equipa, é o defesa central mais experiente desta convocatória, sendo, com grandes hipóteses, um dos titulares. A seu lado terá Dawson, também ele com um bom nível de experiência, na seleção sub-21, apesar de não ter actuado muitas vezes pelo seu clube, o West Bromwich. Para terminar esta análise à linha defensiva, falta falar do lateral esquerdo. Na verdade, é a posição que mais dúvidas me deixa, mas creio que seguirá Ryan Bertrand. O defesa do Chelsea tem sido uma presença nas seleções base já há muito tempo e a participação na final da Liga dos Campeões deverá ser um factor relevante. No entanto, Taylor também tem ‘uma palavra a dizer’. É que o galês foi titular, durante a última época, na lateral esquerda do Swansea, realizando um bom campeonato.

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Meio-campo

• Aos 38 anos Ryan Giggs será o patrão desta equipa, o seu treinador dentro de campo, e a voz do balneário. Inserido num conjunto jovem, a presença do médio galês do Manchester United é de importância capital. Na zona central do terreno, terá com parceiro o “Gunner” Aaron Ramsey, jogador com um enorme potencial e um dos “Wenger Boys”, que peca por estar várias vezes lesionado. Pelas alas, estarão duas promessas de Manchester United e Tottenham. Do lado direito, “Tommy” Cleverley, que aos poucos vai ganhando espaço no Manchester United, tentará desequilibrar, ficando na banda oposta o médio dos Spurs Danny Rose, que teve o momento mais alto da sua carreira quando em Abril do passado ano, marcou um golaço que fica para a história da Premier League em White Hart Lane ao rival Arsenal. Uma linha intermediária coesa e onde a experiência de Ryan Giggs terá peso e certamente influenciará o estilo de jogo. E esta experiência combinar-se-á com a irreverência de Cleverley, Ramsey e Rose, numa mistura em que os britânicos confiam e que poderá levar esta selecção a conquistar algo.

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Ataque

• A dupla de ataque deverá ser constituída por Daniel Sturridge e Craig Bellamy, duas figuras do futebol mundial. Enquanto que Craig Bellamy é já um “trintão” e figurará como a “raposa velha” deste ataque britânico, o jogador do Chelsea Daniel Sturridge que chegou a estar em dúvida para estes Jogos Olímpicos tentará fazer valer a sua irreverência, uma das suas principais características. No entanto, por vezes acusado pelos adeptos do Chelsea de inconsequente e individualista, terá que dosear esse seu lado mais “friky” para manter a titularidade. Na sombra desta dupla viverá Martin Sordell, avançado de 21 anos vinculado ao Bolton.

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Suplentes

• Jack Butland, do Birmingham, deverá ser o substituto de Steele. É, talvez o guarda-redes mais promissor das seleções base. No entanto, não joga com muita regularidade. Steven Caulker, defesa-central, também aparenta ser uma boa alternativa a Tomkins ou Dawson. Neil Taylor tem tudo para fazer frente a Ryan Bertrand, na luta pela conquista da lateral esquerda. Na verdade, como já foi mencionado, a grande dúvida na titularidade é capaz de se centrar nesta posição. O médio galês Joe Allen, do Swansea, é bom na troca de passes e na saída com a bola, podendo ser uma mais valia para os britânicos. Jack Cork, ex-jogador dos escalões jovens do Chelsea, onde jogava como lateral-direito, é outra opção para o meio-campo, bem como Scott Sinclair, que tem preferência em jogar pela esquerda. Para o ataque, temos ainda Marvin Sordell que, eventualmente poderá ser usado como um avançado mais centralizado.

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Uruguai

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• O pequeno país sul-americano que alberga apenas 3M de pessoal está todo ele envolto num clima de loucura relativamente às suas selecções, depois da recente conquista da Copa América por parte da selecção A, que deixou o Uruguai em êxtase. Agora, esta selecção olímpica, tentará também alcançar o seu momento de glória, sendo candidata a vencer uma medalha.

Uruguai

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Defesa

Presente no campeonato mundial de sub-20 em 2009, o guarda-redes qua actualmente se encontra ao serviço do Racing Montevideo Martin Campaña, deverá ser o titular na baliza uruguaia. O seu suplente deverá ser Leandro Gelpi, jogador de 21 anos do Peñarol.

No quarteto defensivo, Sebastián Coates é o nome mais sonante. O central que deixou o Nacional de Montevideo precisamente no ano em que conquistou a Copa Libertadores (2011) para rumar ao Liverpool, será o patrão do sector mais recuado uruguaio. A seu lado, terá Alex Rolín, jogador que se estreou pelo mesmo Nacional Montevideo, precisamente no ano em que Coates rumou a Inglaterra.

A desempenhar funções de lateral-direito estará o baixinho Emiliano Albín, de 23 anos e ainda a actuar no país natal, mais precisamente num dos maiores clubes uruguaios: O Peñarol. E no seu palmarés, já conta com uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos do último ano.

Do lado contrário poderá estar Diego Polenta, jogador com experiência a nível de selecção sub-20 cujo passe pertence ao Genoa, mas no último ano esteve emprestado aos também italianos do Bari. Já chamado à selecção A por Óscar Tábarez mas sem ainda se ter estreado, Polenta tentará neste europeu convencer o seleccionador da principal selecção a apostar em si novamente.

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Meio-campo• Esta seleção candidata a ser medalhada, deverá contar com quatro atletas no

sector intermediário. Analisemos o meio campo da direita para a esquerda, naturalmente, e comecemos por Jonathan Urretavizcaya. O jogador assumiu a titularidade no jogo de preparação dos uruguaios, frente ao Chile, e a sua boa exibição provavelmente dar-lhe-á lugar no particular com o Panamá, bem como nas partidas a realizar nos Jogos Olímpicos. A sua rapidez e grande vontade de dar tudo em campo são pontos bastante favoráveis para a seleção uruguaia, já para não falar da sua polivalência, podendo jogar tanto do lado direito como do esquerdo. Arévalo Ríos, um dos vencedores da Copa América 2011, é o senhor que se segue. Foi um dos escolhidos com mais de 23 anos. É um atleta forte na marcação e tem muita qualidade com a bola. A sua experiência internacional a nível de selecção é outra mais valia para assumir um lugar no onze inicial desta equipa. A seu lado terá Maximiliano Calzada, jovem de 22 anos que chegou a ser cotado como uma das grandes promessas do Nacional (clube uruguaio). O lado esquerdo deverá ser entregue a Nicolás Lodeiro, do Botafogo. Lodeiro, de 23 anos, também pode ser utilizado como médio ofensivo ou como avançado a actuar na zona centro.

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Ataque

• O ataque é, com quase toda a certeza, o principal destaque do Uruguai Olímpico, não fosse ele constituído pela dupla Luis Suárez e Edinson Cavani, jogadores tão bem conhecidos no mundo futebolístico. Suárez é um futebolista com grande força física, o que o leva, na grande parte das vezes, a não dar hipóteses ao adversário no um contra um, e é também possuidor de um remate bem forte e colocado. Além disto, nunca dá uma jogada por perdida, mostrando bem a sua ‘raça’. Com ele, estará Cavani, do Nápoles. Também é forte fisicamente e, tendo em conta a sua altura, domina com facilidade o jogo aéreo. Excelentes remates e bons movimentos táticos são mais duas das suas armas. Sabe como criar espaços para os colegas, o que acaba por ser uma mais valia para toda a equipa. A par de Suárez, mais um matador que promete ser uma dor de cabeça para as defesas adversárias.

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Suplentes•  • No banco de suplentes, o maior destaque, a não confirmar-se a sua titularidade, será

para Abel Hernández. O avançado dos italianos do Palermo que integrou a selecção Uruguai que no passado ano conquistou a Copa Libertadores, será provavelmente alternativa à dupla Cavani-Suárez. A promessa Tabaré Viudez, bi-campeão uruguaio pelo Nacional, também se sentará no banco de suplente. Viudez pode desempenhar todas as funções da frente de ataque, e na próxima temporada jogará pelo América do México. Também Gastón Ramirez, mais um elemento desta selecção com contrato com um clube italiano (no caso o Bologna), será alternativa válida para o seleccionador “celeste”. E no futebol italiano está também Matías Aguirregaray, que possui também nacionalidade espanhola e é filho do ex-jogador Oscar Aguirregaray. Pode fazer todo o corredor direito. Para terminar, resta falar sobre outro jogador que possui também dupla nacionalidade: Diego Martín Rodríguez Berrini, que é também cidadão italiano. A actuar Defensor Sporting e com passagens por vários escalões jovens das selecções uruguais e até já com chamadas à selecção A, Berrini joga preferencialmente como trinco puro, e daí não ter lugar com estatuto de titular nesta selecção. Ainda assim, será um substituto de Arévalo Ríos à altura.

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Suíça

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Suíça

• A Suíça é mais uma das selecções que chega a estes Jogos Olímpicos com um conjunto recheado de bons valores. Mesmo sem Shaqiri uma vez que o Bayern estabeleceu um acordo com a Federação Suíça no qual impedia que o jogador fosse convocado, a selecção suíça apresentar-se-á com jogadores com imenso potencial, como Ricardo Rodriguez, Valon Berahmi, Granit Xhaka ou Fabian Frei. E os jogadores maiores de 23 anos desta selecção, são os seguintes: Diego Benaglio, Timm Klose e Valon Behrami.

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Defesa

Na baliza, Diego Benaglio, experiente guarda-redes que já passou pelo Nacional e maior de 23, será muito provavelmente o titular. No centro da defesa, também há um jogador maior de 23: Timm Klose, defesa do Nuremberga que terá em seu auxílio outro jogador a actuar na Bundesliga, principal escalão do futebol alemão. Trata-se de François Affolter, jogador cujo passe pertence ao Basileia mas se encontra emprestado ao Werder Bremen e até já foi cobiçado pelo Liverpool.Pelas laterais, dois jogadores altamente prometedores. Pela esquerda, Ricardo Rodriguez do Wolfsburgo, jogador que tem a admiração do seu rigído treinador Felix Magath tal como é de conhecimento público, será titular. Do lado contrário, Michel Morganella, produto da “cantera” do Basileia e uma das maiores promessas do futebol suíço, tentará mostrar o porquê da aposta do Palermo em si para a nova temporada. 

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Meio-campo

•  • No meio-campo, surge o último dos jogadores maiores

de 23 convocados. Trata-se de Valon Behrami, jogador que dispensa apresentações actualmente na Fiorentina. No centro, na condição de organizador de jogo, um jogador do Borussia Monchengladbach que é também um jovem prodígio suíço, falo de Xhaka. Em seu auxílio terá Amir Abrashi e pela esquerda jogará Fabian Frei, que disputou a Liga dos Campeões deste ano ao serviço do Basileia deixando vários colossos europeus de olho em si.

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Ataque e Suplentes

• Dupla de ataque constituída por Emeghara, do Lorient, e Mehmedi, do Dínamo Kiev. Enquanto que Emeghara é um portento físico, Mehmedi é um jogador cuja sua principal característica é o remate forte que possui, contando já com internacionalizações pela selecção A, de resto, tal como Emeghara.

• No banco de suplentes, provavelmente figurarão Fabio Daprelà e Fabian Schar. Ambos opções para a defesa, o primeiro enunciado ocupa preferencialmente a posição de lateral-esquerdo, privilegiando o segundo um lugar na zona mais central da defesa. Pajtim Kasami, do Fulham, que joga preferencialmente nas costas do avançado, será muito provavelmente desviado para uma das alas para ser opção. No ataque, Drmic e Zuber são as alternativas à disposição.

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Bielorrússia

• A seleção de futebol olímpica da Bielorrússia já conseguiu uma grande conquista: a presença nos Jogos Olímpicos de Londres que é, pois bem, a primeira.

• Para esta competição, os três jogadores com mais de 23 anos chamados são Aleh Veratsila, 24 anos, defesa do Dinamo Minsk; Stanislaw Drahun, também de 24 anos, médio do Dinamo Minsk; e Sergei Kornilenko, o mais velho plantel com 29 anos, avançado do clube russo Krylia Sovetov Samara. Os dois primeiros atletas mencionados contam ainda com várias passagens pelas seleções base deste país.

• Na lista dos 22 pré-convocados, apenas dois jogadores não actuam nos campeonatos bielorrussos. São eles Filip Vaytekhovic, guarda redes do clube sueco IK Frej, e, como já foi mencionado, Sergei Kornilenko, pertencente aos russos do Krilia Sovetov.

• Com rigorosamente todos os jogadores na casa dos vinte, esta seleção terá que enfrentar o poderoso Brasil, a Nova Zelândia e o Egipto. Será que serão a prova de que a quantidade (de presenças) não é qualidade?

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EAU

• Eis uma das seleções menos conhecidas, mas que realizou um grande trabalho ao longo das eliminatórias para os Jogos Olímpicos de Londres. Depois de terem passado mais de um ano a disputar os derradeiros jogos, os Emirados Árabes Unidos conseguiram um lugar nesta competição. Em 10 partidas conquistaram sete vitórias e três empates.

• Tal como as restantes seleções olímpicas, também esta poderia ter escolhido três jogadores com mais de 23 anos. No entanto, o selecionador optou por levar apenas um. Ismail Matar, de 29 anos, pertencente ao clube Al Wahda. Com bastante experiência na seleção, este avançado promete ser a referência deste plantel olímpico e, em si, estarão depositadas muitas das esperanças do ‘seu povo’, não fosse o grande goleador da equipa.

• Algo que também merece destaque é o facto de, entre os 22 jogadores pré-convocados (a única lista que obtivemos), apenas um deles actua fora dos Emirados Árabes. Hamdan Al Kamali foi, este ano, emprestado aos franceses do Lyon, após um longo tempo de negociações. Este jovem de 23 anos esteve na lista dos 100 melhores jovens jogadores, realizada pela respeitável revista futebolística espanhola, Don Balon.

• Inseridos no grupo A, juntamente com a Grã-Bretanha, Uruguai e Senegal, os Emirados Árabes Unidos não são favoritos. Provavelmente, os dois primeiros lugares irão pertencer aos uruguaios e aos britânicos. No entanto, tudo é possível e, no futebol, constantemente aparecem surpresas.

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Rep. Coreia

• Depois da boa prestação a nível de selecção A no Mundial 2010 onde só caiu aos pés do Uruguai nos oitavos-de-final, a selecção da República da Coreia parte para este europeu com estatuto de país a ser respeitado, tendo em conta que essa prestação a nível de campeonato do mundo deixou indicações de que no país se está a desenvolver um bom trabalho. O seleccionador coreano Myung-Bo optou pelos seguintes jogadores maiores de 23, curiosamente todos nascidos no ano de 1985: Sung Ryong (guarda-redes); Chang-Su (defesa) e Park Chu Young (avançado).

• • Desta selecção, apenas quatro jogadores actuam na Europa. Dois deles em Inglaterra, na Premier League, um

na Escócia, na Scottish Premier, e outro na Alemanha, na Bundesliga. Dong-Won e Chu-Young são os jogadores a actuar no principal escalão inglês no Sunderland e no Arsenal (respectivamente), Sueng-Yueng é jogador do Celtic, e o passe de Ja-Cheol pertence ao FC Augsburg. Os restantes jogadores, distribuem-se pelos campeonatos japonês e sul-coreano, exceptuando Tae-Hee, a jogar no Qatar.

• • Os jogadores mais mediáticos desta selecção serão mesmo os que estão a actuar em “terras de sua

Majestade”. Dong-Won teve o seu momento de glória quando este ano deu a vitória ao Sunderland no Stadium of Light diante do Manchester City já em cima do fim do encontro, e Chu-Young é um dos “Wenger Boys”, uma promessa do Arsenal.

• • Inserida no Grupo B com México, Suíça e Gabão, esta selecção tem qualidade para seguir em frente, e o

México e a Suíça deverão ser os seus rivais directos na luta por um lugar na fase seguinte. O Gabão é, muito provavelmente, a selecção mais fraca do grupo e terá que contrariar o estatuto de “outsider”.

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México

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México

• México em Londres com a ambição de alcançar uma medalha. Selecção jovem e muito promissora, com muitos talentos à procura de darem o salto para a Europa e sedentos por uma boa prestação que convença os colossos europeus. A recente conquista do Torneio de Toulon mostrou o quão forte é esta selecção, que até se dá ao luxo de deixar um jogar como Alan Pulido de fora da convocatória para os Jogos Olímpicos. A ver vamos como será a prestação Olímpica desta selecção sul-americana! Os três jogadores com mais de 23 anos selecionados são: José Corona, Carlos Salcido e Oribe Peralta.

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Defesa

• O guardião das redes mexicanas deverá ser, quase com toda a certeza, José Corona. Este guarda-redes, que actua no Guadalajara, é um dos jogadores com mais de 23 anos chamado para representar o México, em Londres, e tem sido aposta nos particulares.

• Como lateral direito é provável que jogue Néstor Araújo, jovem promissor que

defende o Cruz Azul. Na verdade, a sua posição de raiz é no centro da defesa, no entanto, também pode actuar na zona direita da mesma. Com os seus 187 centímetros, revela ser um atleta forte no jogo aéreo. Outros pontos fortes apontados são a sua rapidez e a facilidade na recuperação da sua posição. O centro da defesa contará, eventualmente, com a dupla formada por Carlos Salcido e Diego Reyes. Carlos Salcido, também ele com mais de 23 anos, tem a seu favor a experiência e o facto de poder alinhar em qualquer posição da linha defensiva e a seu lado terá Diego Reyes, do CF América, jovem de 19 anos que já chegou a ser apontado a clubes europeus. Por último, abordemos a lateral esquerda, possivelmente a pertencer a Miguel Ponce, do Guadalajara, jogador de 23 anos que também pode alinhar como lateral direito ou até mesmo num sector mais avançado, como médio defensivo.

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Meio-Campo

• O México deverá apresentar-se num 4-3-3. Hector Herrera, jogador que pode desempenhar funções em ambas as alas mas joga preferencialmente no centro do sector intermediário, deverá ser o “playmaker” de serviço. Detentor de boa visão de jogo, o jovem jogador é também bastante bom de bola. Nas alas, enquanto que pela direita jogará Javier Cortés, dono de um remate bastante potente, na banda contrária, actuará Jorge Aquino, jogador no qual os mexicanos depositam muitas esperanças, e têm razões para isso. Bons “dribles”, velocidade e bom cruzamento, tudo o que um ala tem que ter.

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Ataque

• O trio da frente de ataque contará com o mais mediático jogador desta selecção: Gio Dos Santos. O jovem que já passou pelo Barcelona e cujo passe está hoje na posse do Tottenham, tem-se revelado uma das eternas promessas não só do futebol mexicano como do futebol mundial, e tem agora nova hipótese de afirmação para convencer André Villas-Boas a integrá-lo no plantel dos “Spurs”. Gio actuará pela direita. Pela esquerda estará Marco Fabián, jogador de 22 anos do Chivas que é um dos melhores jogadores do campeonato mexicano, e também uma enorme promessa. Finalmente, na posição mais avançada da frente de ataque, surge Raúl Jiménez, jogador do América do México que “atirou” para fora da convocatória Alan Pulido.

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Suplentes

• Visto o onze titular que deverá alinhar em Londres, eis os suplentes. O substituto de José Corona será José Rodriguez, de 20 anos que, curiosamente, também alinha pelo Guadalajara. Como opções para a linha defensiva, o México poderá contar com Néstor Vidrio, mais um do Guadalajara, para o centro da defesa. Na verdade, esta posição pode ainda ser reforçada por Israel Jiménez, que também poderá dar o ‘ar de sua graça’ na lateral esquerda, e Hiram Mier, do CF Monterrey. Dárvin Chávez será a outra aposta para o lado esquerdo de Miguel Ponce. Jorge Enríquez , é opção para o centro do meio-campo e, por último, Oribe Peralta, do Santos Laguna, poderá substituir Raúl Jiménez na frente de ataque.

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Japão

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Japão• No Japão, nem Keisuke Honda nem Kagawa incluídos nesta selecção Olímpica. Os três maiores de 23 eleitos

eleitos são os defesas Yuhei Tokunaga e Maya Yoshida, jogadores do FC Tokyo e VVV-Venlo respectivamente, e o avançado Hayashi, do Shimizu S-Pulse.

• O jogador mais mediático da selecção do país do sol nascente talvez seja mesmo Takashi Usami, jogador cujo

passe pertence ao Gamba Osaka, mas tem estado recentemente pelo futebol alemão. Na temporada 2011/12, o Bayern Munique solicitou o seu empréstimo que foi aceite, tornando-se Usami o primeiro jogador japonês da história do clube bávaro. Com muita concorrência, o médio nipónico fez apenas três jogos na Bundesliga, sendo posteriormente relegado para a equipa B. Este ano, jogará no Hoffenheim também por empréstimo. De realçar que Usami conta com passagens por todas os escalões de formação da selecção japonesa, desde a sub-15 até à A.

• O Japão está inserido no grupo D, em conjunto com a fortíssima Espanha, Marrocos, e Honduras. Evidentemente, à partida, a “La Roja” é a selecção mais forte e passará eventualmente sem dificuldades de maior em primeiro, com as outras três selecções a disputar a segunda vaga. Talvez Japão e Marrocos estejam num patamar semelhante, ficando as Honduras mais atrás na corrida ao acesso à fase seguinte.

• Curioso verificar que nesta selecção japonesa, cinco dos seus jogadores estão no futebol alemão. Efeito Kagawa? Provavelmente. As prestações do jogador japonês pelo campeão Borussia Dortmund que o levaram a assinar pelo Manchester United talvez tenham despertado os clubes germânicos para o mercado japonês. Enfim, país do sol nascente a provar que não é só nos seus animes que existem heróis, e cada vez estão mais no seu futebol.

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Marrocos

• Marrocos actuará nos Jogos Olímpicos sem a sua estrela maior a actuar no Montpellier Younes Belhanda, aquele que é o jogador no qual os marroquinos mais esperanças depositam. Devido a lesão, o médio ofensivo campeão em França falhará a competição, constituindo uma baixa de peso.

• Os jogadores maiores de 23 que serão parte integrante desta selecção são os seguintes:

Houssine Kharja e Nordin Amrabat, sendo que o seleccionador Pim Verbeek, segundo os dados que recolhemos, recorreu apenas à chamada de dois jogadores com idade superior aos 23 anos, sendo que a lei deixa que sejam até três jogadores convocados. Kharja joga actualmente na Fiorentina, e conta com um longo trajecto na sua carreira em que esteve sobretudo no futebol italiano, representando Ternana, Roma, Piacenza, Siena, Genoa, Inter e actualmente Fiorentina. De realçar também que o jogador em causa já passou por Portugal, onde representou o Sporting e o Lourinhanense, à entrada para o novo milénio. Já Amrabat, de 25 anos, começou a sua carreira no futebol holandês onde representou VVV-Venlo e PSV (onde conquistou uma Supertaça na época 2008/09), transferindo-se depois para o futebol turco onde jogou duas épocas no Kayserispor, sendo reforço do Galatasaray para a nova época.

• O maior destaque desta selecção e sobretudo aos olhos dos portugueses em geral e dos

Sportinguistas em particular, irá para Zakaria Labyad, jovem de 19 anos que se transferiu recentemente do PSV para o Sporting. Apesar de jovem, é expectável que Labyad seja titular.

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Gabão

• Gabão. Apontado por muitos como a selecção mais fraca da competição olímpica. Não sendo favorita a seguir em frente, cabe à selecção deste país contrariar as opiniões e mesmo que não consiga seguir em frente, no mínimo, fazer boa figura assentando nos seus princípios: Embora seja uma equipa com pouca técnica, que haja muita entrega.

• Os três jogadores maiores de 23 anos convocados são o guarda-redes do Metz Didier Ovono, o defesa Charly Moussono do Tuks FC e o também defesa Ecuele Manga que actua igualmente em França, no Lorient.

• Nesta selecção, sem destaques de maior, há a realçar a quantidade de jogadores que se encontra a actuar no campeonato francês. São sete os clubes gauleses representados, sendo Marselha e Auxerrer os mais representados com dois atletas cada. Ainda na Europa, temos o médio Lévy Madinda do Celta de Vigo. Os restantes, actuam no país natal, fugindo à regra Charly Moussono, a actuar na África do Sul, mais concretamente no Tuks FC.

• Como se sabe, as hipóteses que o Gabão tem de seguir em frente são reduzidas, embora

esteja inserido num grupo sem “tubarões”. A tarefa de contrariar o estatuto de “outsider” na corrida à fase seguinte será hercúlea, e só o tempo dirá se possível ou não.

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Honduras

• Inserida no Grupo D, a selecção das Honduras não é tida em conta como uma das favoritas a seguir em frente. Pesando embora esse facto, tal como as restantes selecções com estatuto de “outsiders”, este conjunto tentará o acesso à fase seguinte.

• Liderados por Maynor Figueroa, um dos jogadores maiores de 23 convocados e

igualmente o mais mediático da mesma, os hondurenhos jogam na sua maioria no campeonato do seus país, exceptuando portanto Figueroa (Inglaterra) , os outros dois jogadores também maiores de 23 que são Espinoza e Bengtson (a jogar no Estados Unidos), Najar também a actuar nos Estados Unidos, e Anthony Lozano, dos espanhóis do Alcoyano.

• A selecção das Honduras, que até é um país sem tradição a nível de futebol, estará pela terceira vez a actuar na competição de futebol olímpica, depois dos Jogos de 2000 e de 2008.

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Egipto

• Seleção Egípcia, mais uma do grupo C destes Jogos Olímpicos, competição na qual vai fazer a sua décima primeira participação.

• Para que se façam boas exibições olímpicas, o selecionador Hany Ramzy escolheu aqueles que lhe dão garantias para isso, claramente, sendo os jogadores com mais de 23 anos, os seguintes: os médios Ahmed Fathi e Mohamed Aboutrika e o avançado Ermad Ibrahim. Fathi, jogador que pertence ao Ah-Ahly desde 2007 (tendo sido emprestado por uma época), conta já com uma grande experiência a nível da seleção, desde 2001. Aboutrika, um dos principais nomes da história do futebol egípcio, é o grande destaque para o povo do respectivo país, possuindo, também, um grande palmarés. Quanto a Ibrahim, segundo aquilo que recolhemos, neste momento não pertence a qualquer clube. Aliás, o mesmo se sucede com Aboutrika que, segundo algumas informações, abandonou o Al-Ahly depois dos trágicos incidentes em Port Said.

• Nestes convocados, destaque ainda para os jovens Ahmed Hegazy, de 21 anos, e Mohamed Salah, de 20, ambos pertencentes a clubes da Europa, desde este ano 2012. Fiorentina e FC Basel são as equipas, respectivamente.

• Os egípcios terão que enfrentar Brasil, Nova Zelândia e Bielorrússia. Quem sabe se não é desta que voltam a ter boas prestações, tal como fizeram em Olímpiadas passadas? Na verdade, excluindo o Brasil que, aparentemente, será o líder do grupo, tudo pode acontecer entre as restantes três comitivas.

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Senegal• Centremos agora atenções na seleção senegalesa. Tendo em conta as restantes seleções a participar, esta

faz parte do rol das menos mediáticas e das menos candidatas à conquista de uma medalha olímpica e, no seu caminho, terá jogos com a Grã-Bretanha, Uruguai e Emirados Árabes Unidos.

• Para esta aventura olímpica, em Londres, o selecionador convocou, com mais de 23 anos, o defesa central Papa Gueye, do Metalist, que pode ainda jogar como médio defensivo; o médio Mohamed Diamé que, recentemente, se transferiu do Wigan Athletic para o West Ham United; e o avançado Dame N’Doye, actualmente a jogar no FC Copenhaga. Precisamente de todos os 18 convocados, estes três atletas referidos são aqueles com maior projecção no universo futebolístico. Gueye é dos jogadores mais utilizados no Metalist, tanto em jogos da Liga Ucraniana como nas competições europeias, Liga Europa, neste caso, o que o torna um dos mais experientes desta seleção olímpica senegalesa. Diamé também tem a sua ‘notoriedade’, não fosse jogador da famosa Premier League. Por último, N’Doye, jogador de 27 anos, que chegou a pertencer ao plantel da Académica de Coimbra, tendo, desde 2009, se fixado no campeonato dinamarquês, pelo FC Copenhaga, também é um dos grandes responsáveis por projectar o nome do seu país além fronteiras. Outro dado que merece destaque é o facto de apenas dois futebolistas desta comitiva alinharem em equipas do Senegal. São eles o guarda-redes Ousmane Mané, guardião das redes do Diambars, e o médio Stéphane Badji, pertencente ao Casa Sport.

• Esta é a primeira vez que a Seleção Senegalesa de Futebol participa nos Jogos Olímpicos, e enfrenta logo grandes adversários, na fase de grupos. Na verdade, neste grupo A o favoritismo recai no Uruguai e na Grã Bretanha, a anfitriã. No entanto, os senegaleses já fizeram questão de surpreender a poderosa Espanha Olímpica, num jogo particular realizado faz pouco tempo, conseguindo a vitória. Será que vão ser também a surpresa desta competição?

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Nova Zelândia• Passemos agora à apresentação de uma das seleções do grupo C destes Jogos Olímpicos, a Nova Zelândia.

• Para que esta seleção faça o melhor possível, o selecionador Neil Emblen escolheu o experiente defesa-central Ryan Nelsen (34 anos) e os avançados Michael McGlinchey e Shane Smeltz (25 e 30 anos, respectivamente), como os jogadores a levar para Londres com mais de 23 anos.

• O jogador que deverá ter mais influência neste plantel é mesmo Ryan Nelsen, provavelmente aquele que também tem mais destaque e o mais velho desta comitiva. Com 34 anos e uma já vasta experiência em representar a sua seleção, este atleta é o capitão da Nova Zelândia AA e, certamente, o mesmo se irá repetir nas Olimpíadas. Depois de defender as cores do Blackburn Rovers durante mais de seis anos, mudou-se para os Spurs no mercado de Inverno de 2012, para substituir Sébastien Bassong. No entanto, no passado mês de Junho, Ryan assinou um contrato de um ano com o Queens Park Rangers.

• Dez dos dezoito jogadores que vão representar a Nova Zelândia, em Londres, actuam em equipas do seu país. Dois dos restantes oito representam clubes norte americanos, seis actuam em equipas inglesas e outro defende as cores do Panathinaikos. De realçar que, neste plantel, existem ainda dois jogadores bastante jovens. Cameron Howieson, de 17 anos, e Tim Payne, de 18. Curiosamente, ambos os jovens mudaram-se em 2012 para clubes de terras de sua Majestade, Burnley e Blackburn Rovers, respectivamente.

• Os neozelandeses vão encontrar o Brasil, o Egipto e a Bielorrússia, no seu grupo, nestes Jogos Olímpicos. Com o Brasil a, ao que tudo indica, garantir um dos dois primeiros lugar, a disputa pelo segundo estará bem presentes nas restantes três seleções.