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    INTRODUO AOS PROCESSOS QUMICOSNOES E CLCULOS BSICOS

    ISABEL BELO

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA BIOLGICA

    2004

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    PREMBULO

    It is not enough to have a good intelligence; the principal thing is to apply it well

    Discurso do Mtodo

    Descartes

    Este texto destina-se a apoiar a disciplina de Introduo aos Processos Qumicos da

    Licenciatura em Engenharia Biolgica da Universidade do Minho, bem como a

    disciplina de Introduo Engenharia de Processos do Mestrado em Biotecnologia da

    Universidade do Minho.

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    NDICE

    1 Unidades e Dimenses ............................................................................................. 1Objectivos..................................................................................................................... 11.1 Introduo aos sistemas de unidades................................................................ 11.2 Sistemas de unidades........................................................................................ 21.3 Sistema Internacional de Unidades SI ........................................................... 2

    1.3.1 Unidades de base ...................................................................................... 2

    1.3.2 Unidades derivadas................................................................................... 41.3.3 Equao de Dimenses............................................................................. 51.3.4 Prefixos do SI ........................................................................................... 61.3.5 Outras unidades aceites pelo SI ................................................................ 7

    1.4 Outros sistemas de unidades............................................................................. 71.4.1 Sistema CGS............................................................................................. 71.4.2 Sistema Ingls........................................................................................... 8

    1.5 Converso de unidades entre sistemas diferentes............................................. 81.5.1 Regra da multiplicao por factores iguais a 1......................................... 81.5.2 Unidades de presso ............................................................................... 101.5.3 Unidades de temperatura ........................................................................ 121.5.4 A unidade Mole ..................................................................................... 13

    1.6 Converso de unidades em equaes........................................................... 141.7 Anlise Dimensional....................................................................................... 16

    1.7.1 Importncia da anlise dimensional ....................................................... 16

    1.7.2 Mtodo de Rayleigh ............................................................................... 171.8 Exercicios propostos....................................................................................... 21

    2 Composio de misturas......................................................................................... 23Objectivos................................................................................................................... 232.1 Composio mssica e composio molar ..................................................... 23

    2.1.1 Converso de fraco molar para mssica:............................................. 232.1.2 Converso de fraco mssica para molar:............................................. 24

    2.2 Massa molar mdia ou peso molecular mdio: .............................................. 242.3 Misturas gasosas............................................................................................. 262.3.1 Massa volmica de gases ideais ............................................................. 272.3.2 Densidade relativa .................................................................................. 29

    2.4 Concentrao de solues lquidas................................................................. 29

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    2.4.1 Molaridade.............................................................................................. 292.4.2 Concentrao em g/L.............................................................................. 30

    2.5 Exerccios Propostos ...................................................................................... 313 Balanos Materiais ................................................................................................. 33

    Objectivos................................................................................................................... 333.1 Princpio da conservao da matria .............................................................. 333.2 Sistema e fronteira.......................................................................................... 34

    3.2.1 Processo.................................................................................................. 343.3 Equao genrica de balano material............................................................ 363.4 Estado estacionrio sem reaco qumica ...................................................... 38

    3.4.1 Metodologia............................................................................................ 383.4.2 Correntes de reciclagem, purga e curto-circuito..................................... 44

    3.5 Equao qumica e estequiometria balanos com reaco .......................... 483.5.1 Reagente limitante .................................................................................. 493.5.2 Reagente em excesso.............................................................................. 493.5.3 Converso ............................................................................................... 493.5.4 Rendimento............................................................................................. 50

    3.6 Exerccios propostos....................................................................................... 534 Introduo ao equilbrio de fases............................................................................ 57Objectivos................................................................................................................... 574.1 Definies....................................................................................................... 57

    4.1.1 Estado ..................................................................................................... 574.1.2 Propriedade............................................................................................. 584.1.3 Equilbrio................................................................................................ 584.1.4 Fase......................................................................................................... 58

    4.1.5 Gs Perfeito ............................................................................................ 584.1.6 Gs real ................................................................................................... 60

    4.2 Diagrama de fases de uma substncia ............................................................ 604.2.1 Presso de vapor ..................................................................................... 634.2.2 Variao da presso de vapor com a temperatura .................................. 65

    4.3 Misturas de gases e vapores condensveis ..................................................... 684.3.1 Definies............................................................................................... 70

    4.4 Equilbrio lquido-vapor em sistemas multicomponente................................ 704.4.1 Solubilidade de gases em lquidos.......................................................... 704.5 Misturas de dois ou mais lquidos .................................................................. 72

    4.5.1 Lei de Raoult .......................................................................................... 72

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    4.5.2 Diagrama de equilbrio de misturas binrias .......................................... 734.5.3 Volatilidade relativa ............................................................................... 78

    4.6 Exerccios propostos....................................................................................... 795 Bibliografia............................................................................................................. 81

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    Unidades e Dimenses

    1 Unidades e Dimenses

    Objectivos

    Neste captulo pretende-se que o aluno adquira as seguintes competncias:Identificar as dimenses de uma grandeza.Descrever as principais unidades e dimenses do sistema internacional deunidades, SI.Usar a anlise dimensional para relacionar unidades derivadas com asunidades fundamentais de um sistema.Converter unidades de sistemas diferentes.

    Aplicar a anlise dimensional no estabelecimento de equaes empricasentre vrias grandezas.

    1.1 Introduo aos sistemas de unidades

    Nas Cincias de Engenharia e na Tecnologia onde se descrevem fenmenos fsicos,qumicos e biolgicos, intervm maioritariamente grandezas quantificveis, i.e,

    grandezas dimensionais. A medida de uma grandeza dimensional constituda pelo

    valor numrico e a respectiva unidade.

    No universo cientfico de todas as reas de conhecimento infinito o nmero de

    grandezas que intervm e que so necessrias para descrever e quantificar os

    fenmenos.

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    Unidades e Dimenses

    Assim, tornou-se necessrio sistematizar a definio de unidades para as grandezas, de

    modo a generalizar o seu uso e compreenso nas comunidades cientficas, tecnolgicas

    e comerciais.

    1.2 Sistemas de unidades

    Os sistemas de unidades so constitudos por unidades de base ou fundamentais e

    unidades derivadas. Estas so obtidas atravs de combinaes das unidades de base.

    Os sistemas de unidades devem ter as seguintes propriedades:

    Usar terminologia clara e precisa

    Ser coerente, i.e., as unidades derivadas so obtidas atravs das unidades de base por

    relaes simples (produtos e divises)

    Ser exaustivo, i.e., permitir a medio de qualquer grandeza

    Apresentar unicidade entre unidades e grandezas

    Ser universal, i.e., deve ser aceite por toda a comunidade

    1.3 Sistema Internacional de Unidades SI

    1.3.1 Unidades de base

    O sistema internacional de unidades o sistema de medida mais generalizado,

    actualmente cerca 25 % dos pases do mundo (pases mais desenvolvidos) so seus

    signatrios, incluindo Portugal. O SI foi criado em 1960 na Conferncia Geral de Pesos

    e Medidas, tendo sofrido vrias modificaes ao longo dos tempos. Actualmente e

    desde 1983, o SI baseado em sete grandezas e unidades de base ou fundamentais

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    Unidades e Dimenses

    (Tabela 1.1) a partir das quais todas as outras unidades (unidades derivadas) podem ser

    definidas.

    Tabela 1.1 Grandezas, dimenses e unidades fundamentais do sistema internacional deunidades e smbolos respectivos.

    GRANDEZA DIMENSO UNIDADE SMBOLOComprimento L METRO mMassa M QUILOGRAMA kgTempo T SEGUNDO sTemperatura KELVIN KQuantidade de matria N MOLE molCorrente elctrica I AMPERE AIntensidade luminosa J CANDELA cd

    Cada grandeza de base apenas tem uma unidade, e esta definida por padres

    inalterveis e que permitem aferir instrumentos de medida. A seguir apresentam-se

    algumas definies de unidades do SI (Tabela 1.2).

    Tabela 1.2. Definies das unidades de base

    UNIDADE DEFINIO

    Metro comprimento do trajecto percorrido pela luz no vazio em1/299792458 de segundoQuilograma massa do prottipo internacional

    Segundo

    durao de 9192631770 perodos da radiao correspondente transio entre os dois nveis hiperfinos do estado fundamental dotomo de csio 133, em repouso a 0 K

    Kelvin temperatura igual a 1/273.15 da temperatura do ponto triplo dagua

    Mole

    quantidade de matria que contm um nmero de entidadeselementares igual ao nmero de tomos que existem em 0.012 kgde carbono 12.

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    1.3.2 Unidades derivadas

    As unidades derivadas so expressas algebricamente em termos das unidades de base ouem termos de outras unidades derivadas. Os smbolos das unidades derivadas so

    obtidas atravs de operaes matemticas simples de multiplicao e diviso das

    unidades de base (ver Anexo 1). Na Tabela 1.3 apresentam-se alguns exemplos de

    unidades derivadas.

    Tabela 1.3. Exemplos de unidades derivadas do sistema SI

    GRANDEZA UNIDADErea m2(m x m)

    Volume m3(m x m x m)

    Massa especfica kg/m3

    Massa molar kg/mol

    Algumas unidades derivadas do SI tm nomes e smbolos especiais conforme se ilustra

    na Tabela 1.4.

    Tabela 1.4. Exemplos de unidades derivadas no SI com nomes e smbolos especiais

    GRANDEZA UNIDADE SMBOLOFora Newton NPresso, tenso Pascal PaEnergia, trabalho Joule JPotncia Watt WPotencial elctrico Volt VCarga elctrica Coulomb CResistncia elctrica Ohm

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    1.3.3Equao de Dimenses

    A equao algbrica que relaciona uma unidade derivada com as unidades de base facilmente encontrada com a ajuda da anlise dimensional, estabelecendo-se

    inicialmente a equao de dimenses da grandeza, cuja forma genrica a seguinte:

    [ ] JINTMLdim gfedcba == QQ

    onde Q o smbolo da grandeza e os expoentes das dimenses so constantes reais

    As dimenses de qualquer grandeza Q podem ser determinadas atravs das dimenses

    de base, assim como as unidades. Assim, as unidades de Qno SI sero

    cdAmolKskgm gfedcba

    A equao de dimenses das grandezas estabelece-se com base numa equao dedefinio conhecida para a grandeza em causa. Considere-se por exemplo a grandezaderivada velocidade (smbolo aleatrio, v). Comea-se por escrever uma equao dedefinio:

    t

    sv

    =

    a velocidade definida como a razo entre o espao percorrido (s) num dado intervalo

    de tempo (t).

    Daqui, estabelece-se ento a equao de dimenses da grandeza

    [ ] -110000-101 TLJINTMLdim === vv

    Chega-se ento s unidades da grandeza vno SI: m s-1

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    Unidades e Dimenses

    Exerccio 1.1

    Para as seguintes grandezas derivadas, escreva as equaes de dimenses e estabelea arelao entre as unidades derivadas e as unidades de base do sistema SI.

    - Acelerao- Fora- Presso- Energia- Potncia

    - Carga elctrica

    1.3.4 Prefixos do SI

    O sistema internacional de unidades um sistema decimal e portanto admite mltiplos e

    submltiplos de base 10 das unidades SI. Desta forma evita a utilizao de valores

    numricos muito pequenos ou grandes. Por exemplo, alternativamente a escrever

    1000 m, usa-se 1 km. Na tabela 1.5 apresentam-se exemplos de mltiplos e

    submltiplos a utilizar no SI. Informao adicional encontra-se no Anexo 2.

    Tabela 1.5. Prefixos SI

    Mltiplo SubmltiploFactor Prefixo Smbolo Factor Prefixo Smbolo1012=(103)4 tera T 10-12=(103)-4 pico p109=(103)3 giga G 10-9=(103)-3 nano n106=(103)2 mega M 10-6=(103)-2 micro 103=(103)1 kilo k 10-3=(103)-1 mili M102 hecto h 10-2 centi c

    101

    deca da 10-1

    deci dNo SI recomenda-se a utilizao de prefixos de base 103

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    1.3.5 Outras unidades aceites pelo SI

    Algumas unidades apesar de no pertencerem ao SI, so de utilizao frequente egeneralizada pelo que o SI admite a sua utilizao a ttulo de excepo. Por exemplo:

    Para a grandeza tempo, admite-se o uso de dia (d), hora (h), minuto (min);

    Para a grandeza massa, admite-se o uso de tonelada (t, 1 t = 106 Mg);

    Para a grandeza presso, admite-se o uso de bar (1 bar= 105Pa);

    Para a grandeza volume, admite-se o uso de Litro (L ou l, 1 L = 10-3 m3)

    1.4 Outros sistemas de unidades

    1.4.1 Sistema CGS

    O sistema CGS difere do sistema SI, principalmente na unidades de base para massa ecomprimento (Tabela 1.6).

    Tabela 1.6. Grandezas, dimenses e unidades fundamentais do sistema CGS

    GRANDEZA DIMENSO UNIDADE SMBOLOComprimento L CENTMETRO cmMassa M GRAMA gTempo T SEGUNDO sTemperatura KELVIN

    (GRAUS CELSIUS)K

    (oC)Quantidade de matria N MOLE mol

    Algumas unidades derivadas so tambm diferentes, como por ex., dine para fora e ergpara energia.

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    1.4.2 Sistema Ingls

    O sistema ingls foi um sistema muito utilizado em cincias de engenharia e apesar de aInglaterra ser signatria do Sistema SI, este sistema ainda aparece muito em obras

    importantes da literatura em engenharia qumica. As principais unidades deste sistema

    esto resumidas na Tabela 1.7.

    Tabela 1.7. Grandezas, dimenses e unidades fundamentais do sistema Ingls

    GRANDEZA DIMENSO UNIDADE SMBOLOComprimento L P ftMassa M LIBRA lbTempo T SEGUNDO sTemperatura RANKIN

    (GRAUS FARENNHEIT)R

    (

    o

    F)Quantidade de matria N LIBRAMOLE lbmol

    Como por exemplos de unidades derivadas seja por exemplo a lbfpara fora e Btu para

    energia. Outras unidades podem ser encontradas na bibliografia aconselhada no final do

    captulo.

    1.5 Converso de unidades entre sistemas diferentes

    1.5.1Regra da multiplicao por factores iguais a 1

    Neste mtodo a converso feita atravs da multiplicao da unidade original porfactores que so adimensionais e iguais a um. Esses factores so designados de factores

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    Unidades e Dimenses

    de converso e so obtidos pela razo entre as relaes entre as vrias unidades de base

    dos diferentes sistemas ou entre unidades derivadas e de base dentro de um sistema.

    1.5.1.1 Exemplos de converso entre unidades de fora

    Exemplo 1-1

    1 dine =? N

    1 dine = 1 g cms-2= 1 2-23

    s1cm10

    m1cm1

    g10

    kg11g

    1 dine = 1 g cms-2= 1 N10s1m11kg10 -5-25 =

    Exemplo 1-2

    1 lbf= ? N Nota : 1 kgf= ? N

    1 lbf(peso de um corpo de massa 1 lb)

    -2

    sm9.8lb1 == gmPeso

    e sabendo que 1 kg = 2.205 lb

    (Consultar tabelas de factores de converso de unidades na bibliografia)

    N4.45smkg45.4sm9.8lb2.205

    kg1lb1lb1 2-2-f ===

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    Exerccio 1.2

    1. Converter a unidade de acelerao ft/s2em km/h2(1 ft = 0.3048 m).2. Determinar os factores de converso entre erg (sistema cgs) e J.

    1.5.2 Unidades de presso

    A grandeza presso definida como a razo entre a fora exercida sobre uma dada

    superfcie e o valor da rea da superfcie. Assim, a unidade SI de presso, Pa, pode ser

    relacionada com outras unidades do sistema SI.

    1 Pa = 1 N m-2

    Existem vrias unidades de presso no pertencentes ao sistema SI, como por exemplo:

    kgf/cm2, bar, Torr, mmHg, atm, psi, kmgua; etc.

    Alguns factores de converso entre unidades de presso:

    1 atm = 1.013E5 Pa; 1 bar = 1E5 Pa, 1 Torr = 1 mmHg

    Outros factores de converso podem ser determinados atravs da definio de presso.

    Exemplo 1-3

    Converter a unidade de presso psi (lbf/in2) para o sistema SI

    Notas: 1 lbf= 4.45 N (Exerccio 1.2) ; 1 ft=12 in = 0.3048 m

    Pa6895m

    N

    3048.0

    1245.4

    m0.3048

    ft1

    ft1

    in12

    lb1

    N4.45

    in1

    lb122

    22

    f2f =

    =

    10

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    Unidades e Dimenses

    Exemplo 1-4

    Converter a unidade de presso mmHg para o sistema SI

    Por definio a presso de 1 mmHg corresponde presso exercida por umacoluna de mercrio de altura 1 mm sobre a base da coluna.

    z=1 mmA

    Hg

    Equao de definio de presso: P = g z, onde P a presso, a massavolmica do mercrio (13 600 kg/m3) , g a acelerao da gravidade (9.8m/s2) e z altura da coluna.

    Substituindo na equao fica:

    P= 1 mmHg= 13 600 kg/m3x 9.8 m/s2x 1 mm x 1 m/(1000 mm) = 133.3 Pa

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    1.5.3 Unidades de temperatura

    Na Figura 1.1 apresentam-se as escalas de temperatura utilizadas nos vrios sistemas deunidades.

    Figura 1.1 Escalas de temperaturas

    As escalas absolutas (K e oR) tm origem no zero absoluto, enquanto que as escalas

    relativas (oC e oF) tm uma origem negativa.

    Converso de valores de temperaturas entre as vrias escalas

    T/ K = t/C+273.15 ; T/ K = (5/9) (t/F+459.67) ; T/ K = (5/9) T/RConverso das unidades: 1 K = 1 C = 1.8 R = 1.8 F 1 R = 1 F

    12

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    Unidades e Dimenses

    Exemplo 1-5

    Converter a unidade kg/K em lb/R

    R

    lb1.225

    R1.8

    K1

    kg1

    lb2.205

    K

    kg1

    K

    kg1 ==

    1.5.4A unidade Mole

    O conceito de mole foi introduzido por William Ostwasld em 1986. O nome da unidade

    deriva da palavra latina moles, a qual significa pilha ou monte, i.e, grande

    quantidade de...

    A definio precisa foi introduzida em 1969 no Comit Internacional de Pesos e

    Medidas, que aprovou o smbolo mol para esta unidade.Uma mole no sistema SI composta por 6.02x1023entidades ou partculas.

    Outras especificaes no padronizadas do conceito mole podem ser utilizadas noutros

    sistemas de unidades:

    Uma libra mole composta por 6.02x1023 x 453.6 entidades ou partculas.

    1 lbmol = 453.6 mol

    1.5.4.1 Peso Molecular

    Para calcular o nmero de moles de uma substncia a partir da massa, utiliza-se o peso

    molecular (PM), ou melhor massa molecular (MM), dessa substncia, cujas unidade SI

    kg/mol, sendo no entanto mais usadas as seguintes:

    13

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    Unidades e Dimenses

    1molg/g/

    mol/ = PMPM

    massaQuantidade

    1lbmollb/lb/

    lbmol/ = PMPM

    massaQuantidade

    A massa molecular duma substncia calculada com base nas massas atmicas doselementos. As massas atmicas so expressas em termos relativos massa do tomo de12C cuja massa 12 g. Define-se uma unidade de massa atmica como sendo igual

    massa de 121 da massa do tomo de 12C.

    Exemplificando para a molcula da gua,

    MM (H2O) = 2 x 1.008 + 15.999= 18.015 (peso ou massa de uma molcula)

    MM (H2O) = 18.015 g/mol = 18.015 lb/lbmol = 18.015 kg/kmol

    1.6 Converso de unidades em equaes

    As equaes que traduzem funes entre grandezas, contm normalmente parmetros(constantes reais) cujo valor numrico depende das unidades das grandezas. Se as

    unidades das grandezas forem alteradas, os valores dos parmetros devem ser

    recalculados. A metodologia a seguir na converso de equaes ilustrada a seguir.

    14

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    Unidades e Dimenses

    Exemplo 1-6

    Converta a equao Pasmkg1-3- P

    B

    AG

    += onde Ge Pso variveis e A e B so

    constantes reais, para a seguinte forma:psi

    sftlb 1-3- PD

    CG += onde C e D so

    outras constantes reais. Determine a relao entre as constantes das duasequaes.

    Passos a seguir: determinar os factores de converso das unidades,substituir na equao original e re-arranjar a equao

    1-3-3

    1-3- sftlb06.0ft1

    m3048.0

    kg1

    lb2.205smkg1 =

    e 1 Pa = 1.45 E-4 psi

    aplicando estas converses primeira equao, vem:

    psi4-1.45EPa1

    Pasftlb0.06

    smkgsmkg 1-3-

    -1-3

    1-3-

    +=P

    BAG

    Re-arranjando, fica

    psi

    67.806.0

    sftlb 1-3- PBE

    AG

    += ou sejapsi

    sftlb 1-3- PD

    CG +=

    onde C=0.06 A e D=8.7E-6 B

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    1.7 Anlise Dimensional

    A anlise dimensional baseia-se num conceito que consiste na Homogeneidade

    dimensionale que se traduz pelo seguinte:

    Numa equao que traduza uma relao entre grandezas dimensionais, existem apenas

    igualdades entre grandezas dimensionalmente iguais e todas as parcelas da equao tm

    as mesmas dimenses.

    Considere-se o seguinte exemplo que ilustra o conceito.

    [ ] [ ] [ ] =

    ==++= CP

    BAGC

    P

    BAG entose

    1.7.1Importncia da anlise dimensional

    A aplicao da homogeneidade dimensional a equaes permite identificar as

    dimenses dos termos ou grandezas das equaes.

    Tambm permite identificar erros de escrita das equaes por incoerncia dimensional

    dos seus termos.

    Outras das aplicaes da anlise dimensional consiste na gerao de grupos

    adimensionais ou no dimensionais, atravs da organizao das grandezas em

    quocientes em que todas as dimenses se anulam. Estes grupos tem muitas vezes

    significados importantes em diversas reas da engenharia qumica, como o caso do

    nmero de Reynolds (Re = D v/) na mecnica de fludos.

    16

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    Unidades e Dimenses

    Atravs da anlise dimensional e da criao de grupos adimensionais possvel

    estabelecer relaes empricas entre grandezas envolvidas num dado fenmeno fsico. O

    objectivo destas relaes consiste em estabelecer uma equao entre o menor nmero de

    variveis possvel para facilitar a determinao dos parmetros da equao.

    Existem vrios mtodos que sistematizam o estabelecimento destas equaes empricas

    entre grupos adimensionais, dos quais se destacam o mtodo de Rayleigh e o mtodo

    Buckingham.

    1.7.2Mtodo de Rayleigh

    1.7.2.1 Principio

    Se ngrandezas (Q1, Q2, Q3....Qn) esto envolvidas num determinado fenmeno fsico,

    ento, para efeitos de anlise dimensional, a sua dependncia pode ser expressa como,

    ann

    aa QQQKQ = 231

    21

    Onde Q1 a grandeza de maior interesse e K,a1,a2, ....an so constantes reais

    As unidades das Q1, Q2, Q3....Qn grandezas (ou variveis) so derivadas de runidades

    fundamentais. Aplicando a homogeneidade dimensional equao acima, as constantes

    a1,a2, ....an tm de obedecer a rcondies (restries), donde se obtm:

    Um sistema de r equaes a n-1 incgnitas com n-1-r constantes independentes e r

    constantes dependentes

    17

    U id d Di

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    Unidades e Dimenses

    1.7.2.2 Aplicao do mtodo

    Atravs da resoluo do sistema de equaes, arranjam-se a n variveis de modo a

    formar n-rgrupos adimensionais (G1, G2, ...Gn-r). O grupo contendo Q1ser igualado a

    um produto dos restantes grupos elevados a n-1-rconstantes.

    Nova forma da equao que relaciona as variveis

    rbnrn

    bb GGGKG =12

    31

    21

    Resulta um menor nmero de parmetros (constantes b1, b2, ...bn-1-r) a determinar

    Exemplo 1-7

    Exemplo de aplicao do mtodo de RayleighConsidere a queda de presso que ocorre no escoamento de fluidos emtubos, esquematizada na Figura 1.2:

    P2v D

    P1

    C

    Figura 1.2 Escoamento de fluidos

    P = P1 P2 depende de caractersticas do tubo, como o dimetro (D), o

    comprimento (C) e a rugosidade () da superfcie. Tambm depende daspropriedades fsicas do fludo, como a massa volumica () e viscosidade (),e ainda da velocidade de escoamento (v).

    18

    Unidades e Dimenses

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    Unidades e Dimenses

    Pretende-se encontrar a relao: ),,,,( = CDfP

    Segundo o mtodo de Rayleigh pode estabelecer-se a seguinte relao:

    fedcba vCDkP =Substituindo pelas dimenses das grandezas:

    M L-1T-2= LaLbLc(L T-1)d(M L-1T-1)e(M L-3)f

    Aplicando o conceito de homogeneidade dimensional:

    M: 1 = e + fL: -1 = a + b + c + d e 3 fT: -2 = - d e

    Sistema de 3 equaes a 6 incgnitas:

    Total de 6 constantes: a, b, c, d, e, fTotal de 3 restries: M, L, T 3 constantes independentes e 3

    dependentes

    Resolve-se o sistema de equaes em ordem s dependentes: sejam c, d, f

    Resulta: f = 1 -ec = -a b e

    d = 2 -e

    Substituindo na equao inicial, resulta:

    19

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    Unidades e Dimenses

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    Unidades e Dimenses

    1.8 Exercicios propostos

    1.3. O volt (V) a unidade SI de fora electromotriz, a qual pode ser determinada pela

    razo entre a potncia e a corrente elctrica. Decomponha o volt nas unidades de base dosistema SI.

    1.4. Converta a unidade cm H2O (4C) para a unidade SI da grandeza respectiva. A massavolmica da gua a 4C 1 g/mL.

    1.5. Uma dada grandeza pode ser expressa nas seguintes unidades: ft lbf/h

    a. Escreva a equao de dimenses dessa grandeza e diga de que tipo de grandeza se trata.b. Ache o factor de converso entre estas unidades e a unidade S.I. da grandeza.

    1.6. Considere a grandeza condutividade trmica cujas unidades no sistema SI soW m-1K-1.a. Escreva a equao de dimenses desta grandeza.b. Converta as unidades SI para Btu/(ft h oR) e para psi in3/(ft s oF)

    1.7. Sabendo que a constante dos gases ideais igual a 0.082 atm L mol-1K-1, determine ovalor dessa constante em:a. Btu/ (lbmol oR)b. psi ft3/ (lbmol oR)b. Qual a equao de dimenses desta constante?

    1.8. A capacidade calorfica especfica de uma dada substncia varia com a temperatura de

    acordo com a equao: Cp/(Btu/(lbo

    F)) = 21 + 5.3 T/o

    Fa. Exprima a equao em cal/(g oC) e oRb. Exprima a equao no sistema SI

    1.9. A potncia (P ) necessria para o funcionamento de um agitador mecnico colocado numtanque com um lquido, depende dos seguintes factores: Dimetro do agitador, D,velocidade de agitao, N/s-1, viscosidade do lquido, , massa volmica do lquido, ,Aplique o mtodo de Rayleigh para determinar os grupos adimensionais a relacionar na

    funo entre estas grandezas.

    21

    Unidades e Dimenses

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    Unidades e Dimenses

    1.10. A transferncia de energia de uma esfera slida para uma fludo em movimento caracterizada por 3 nmeros adimensionais:

    N de Reynolds, Re = D v/,N de Nusselt, Nu = h D / Cde n de Prandtl, Pr = Cp / Cd ,onde h/ (W m-2 K-1), Cd/(J s-1 m-1 K-1), Cp/(J kg-1 K-1), D/m, v/(m s-1), /(kg m-3) e /(kg m-1s-1).Demonstre atravs da anlise dimensional que existe uma relao entre estes trs gruposde variveis.

    1.11. Demonstre atravs da anlise dimensional aplicando por exemplo o mtodo de Rayleigh,como poderiam obter-se as equaes seguintes:

    a. Ep = m g h em que Ep a energia potencial que contm um corpo de massa (m) e que seencontra altura (h) relativamente ao nvel mdio do mar, sendo (g) a acelerao dagravidade.b. v2= P/onde se relaciona a velocidade (v) de um fluido com a variao de presso (P)aplicada e a massa volmica do fludo ().

    Dados para os exerccios propostos:

    1 m = 3.281 ft, 1 kg = 2.205 lb, 1 psi = 1 lbf/in2, 1 ft =12 in, 1 J = 9.478E-4 Btu = 0.239 cal

    22

    Composio de Misturas

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    p

    2 Composio de Misturas

    Objectivos

    Neste captulo pretende-se que o aluno adquira as seguintes competncias:Identificar as vrias formas de expressar a composio de misturas.Converter os dados de composio de umas formas para outras, ex:converso entre fraces molares e mssicas. Definir bases de clculo.Usar a forma mais adequada de expressar composies de acordo com oestado da matria (ex: particularidades de misturas lquidas e gasosas).

    2.1 Composio mssica e composio molar

    A composio de uma dada mistura gasosa, lquida ou slida pode ser expressa

    atravs da fraco molar (y), mssica (w) ou volmica (z) dos vrios componentes da

    mistura.

    =i

    i

    iin

    ny =

    i

    i

    iim

    mw =

    i

    i

    ii

    v

    v

    z

    2.1.1 Converso de fraco molar para mssica:

    Pretende-se determinar wiconhecendo-seyi.

    Base de clculo: 1 mol de mistura, nt=1 mol

    itii ynyn == e iii MMmn /= donde iii MMym =

    23

    Composio de Misturas

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    Ento,

    ==

    i

    ii

    ii

    i

    i

    ii

    MMy

    MMy

    m

    mw

    ondeMMi a massa molar do componente i.

    2.1.2 Converso de fraco mssica para molar:

    Pretende-se determinaryiconhecendo-se wi.

    Base de clculo: 1 kg de mistura, mt= 1 kg

    eitii wmwm == iii MMmn /= donde iii MMwn /=

    Ento,

    ==

    i i

    i

    i

    i

    i

    i

    ii

    MM

    w

    MMw

    n

    ny

    2.2 Massa molar mdia ou peso molecular mdio:

    A massa molar mdia de uma mistura (MM ) depende da composio e calculada a

    partir da mdia pesada das massas molares dos componentes da mistura, atravs da

    expresso:

    =i

    ii MMyMM

    Pode tambm ser calculada atravs det

    t

    m

    nMM =

    24

    Composio de Misturas

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    Exemplo 2-1

    Uma corrente de lavagem industrial consiste numa mistura de gua e NaOH

    com uma composio mssica de 50 % de cada componente. Qual a massamolar mdia dessa mistura?

    Componente 1: gua Componente 2: NaOH

    W1 = W2 = 0.5 MM1 = 18.015 g mol-1 MM2 = 39.997 g mol-1

    Clculo das fraces molares

    1-

    12

    11

    1

    molg851.24997.39311.0015.18689.0

    311.01

    689.0

    997.395.0

    015.185.0

    015.185.0

    =+==

    ==

    =+

    ==

    i

    ii

    ii

    MMyMM

    ento

    yy

    e

    MMwi

    MMw

    y

    ou

    Base clculo = 1 kg de mistura, ento m1=0.5 kg e m2=0.5 kg

    1-

    11-

    molg851.24

    )molg39.997/(g500)molg18.015/(g500

    g1000

    misturadamolesden

    misturadamassa

    =

    +===

    MM

    n

    mMM

    t

    t

    25

    Composio de Misturas

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    2.3 Misturas gasosas

    A equao de estado de gs perfeito ou ideal nRTPV= ou RTPv= , onde v=V/n o

    volume molar do gs, de dimenses L3N-1

    Esta equao vlida para gases cujas foras intermoleculares sejam desprezveis bem

    como o volume das molculas quando comparado com o volume em que se encontra o

    gs.

    Nas condies normais de presso e temperatura (PTN), definidas como T=273.15 Ke

    P=101.3 kPa= 1 atm, o volume molar de qualquer gs ideal dado por:

    v=V/n=RT/P=0.082 atm L mol-1K-1 x 273.15 K/1 atm

    v= 22.4 L mol-1= 359 ft3lbmol-1

    Para uma mistura gasosa com comportamento de gs perfeito demonstra-se que a

    composio molar igual composio volmica da mistura.

    Por definio a fraco volmica dada por:

    =i

    ii

    V

    Vz onde

    P

    RTnV ii =

    Ento

    =i

    ii

    V

    Vz = i

    i

    i

    i

    i yn

    n

    PRTn

    PRTn==

    //

    Pela Lei de Dalton tm-se que pi =yiP,ondepi a presso parcial de cada componente

    na mistura gasosa. Assim, para um gs ideal, = ii

    i p

    p

    y .

    26

    Composio de Misturas

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    Para um gs que se desvia da idealidade no se verifica a igualdade entre composio

    volmica e molar. A equao de estado de gs real fica: nZRTPV= ou ,

    ondeZ o factor de compressibilidade, sendoZ=1 para gs ideal.

    ZRTPv=

    Ento

    =i

    ii

    V

    Vz = i

    ii

    ii

    ii

    ii yZn

    Zn

    PRTZn

    PRTZn=

    //

    Sendo Zi= f(substncia, T , P)= f (Tci,Pci) e Tci e Pci so a temperatura e presso

    crticas, respectivamente, que so propriedades caractersticas de cada substncia.

    2.3.1Massa volmica de gases ideais

    A massa volmica de um gs ideal pode ser determinada atravs da equao dos gasesperfeitos, conforme se indica a seguir:

    RT

    MMP

    V

    m==

    Exemplo 2-2Determine a massa volmica do ar seco nas condies PTN.O ar constitudo essencialmente por 21 % (molar ou V/V) de oxignio e 79% de azoto.

    1 Mtodo

    Calcular arMM arMM = =0.21x32 g mol iiMMy -1+0.79x28 g mol-1= 29 g mol-1

    27

    Composio de Misturas

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    Aplicar equao

    K273.15KmolLatm0.082

    molg29atm1

    11

    1

    ==

    V

    m =1.29 g L-1

    2 Mtodo

    Definir base de clculo em quantidade (mol ou L) de gs total

    Ex: 100 L de ar ento Voxignio= 21 L e Vazoto = 79 L

    Calcular a massa total correspondente, usando o volume molar nas condiesPTN

    noxignio= 21 L/(22.4 L mol-1) =0.94 mol e nazoto= 79 L/(22.4 L mol-1) = 3.53

    molmoxignio= 0.94 mol x 32 g mol-1= 30 g e mazoto=3.53 mol x 28 g mol-1= 99 g

    mtotal= moxignio+ mazoto = 129 g

    ento,

    1Lg1.29L100

    g129 ===V

    m

    28

    Composio de Misturas

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    2.3.2Densidade relativa

    Define-se como a razo entre a massa volmica da substncia e a massa volmica dasubstncia referncia ou padro.

    Para lquidos:COH

    lquido

    o

    d

    4,2

    = Para gases:

    TPar

    TPgsd

    ,,

    ,,

    =

    2.4 Concentrao de solues lquidas

    Para misturas lquidas, lem do uso das fraces molares, mssicas ou volmicas

    muito comum o uso de concentrao em mol/L e em g/L de um dado composto na

    mistura.

    2.4.1Molaridade

    A molaridade definida como a quantidade em mole de uma substncia (soluto)

    existente num litro de soluo. Para uma substncia pura pode ser calculada atravs da

    seguinte expresso:

    C /mol L-1= n/V = m/MM xm/ ou seja C/mol L-1= /MM

    Exemplo 2-3

    Determinar a molaridade da gua pura a 4oC.

    CH2O= 1 g mL-1

    x 1/(18 g mol-1

    ) x 103

    mL/1 L = 55.56 mol/L = 55.56 M

    Para solues de vrias substncias aplica-se a expresso seguinte:

    29

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    Composio de Misturas

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    2.5 Exerccios Propostos

    2.1. Sabendo que a constante R da equao de gs ideal 10.73 psi ft3lbmol-1oR, prove que

    vPTN= 359 ft3lbmol-1.

    2.2. Escreva as equaes que relacionam as propriedades de estado de uma gs ideal quandoeste est sujeito a processos isotrmicos, isobricos e isocricos. Aplique as equaes queache conveniente resoluo do seguinte problema: Um pneu de automvel enche-se presso manomtrica de 2.2 bar e temperatura de 5 oC. calcule a temperatura mxima aque pode estar o pneu sabendo que a presso absoluta no pode exceder 3.5 bar. Considere

    que o pneu no dilata.2.3. Determine a massa volmica (nas unidades SI) do amonaco gasoso a 270 oC e a 1.4 bar.

    2.4. Uma dada mistura gasosa apresenta a seguinte composio mssica: 70 % CH 4, 20 %C2H6e 10 % N2.a. Exprima a composio da mistura em percentagem molar.b. Determine a massa volmica e a densidade relativa da mistura nas condies PTN.

    c. Repita a alnea b para uma presso de 300 kPa e uma temperatura de 280 K.

    2.5. O cido sulfrico comercial contm 98 % (em massa) de H2SO4e 2 % de gua.a. Qual a composio molar da mistura.b. Qual a quantidade (mol) de mistura existente em 50 kg de soluo .

    2.6. Um recipiente contm uma soluo aquosa de cido ntrico com a concentrao de 1.7 lb

    de HNO3/lb de H2O.a. Qual a composio mssica da soluo?b. Sabendo que a densidade relativa temperatura ambiente 1.38, calcule a concentraodo cido em g L-1.c. Nestas condies, exprima a concentrao em molaridade.

    31

    Composio de Misturas

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    32

    Balanos Materiais

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    3 Balanos Materiais

    Objectivos

    Neste captulo pretende-se que sejam desenvolvidas as seguintescompetncias:Definir um sistema e respectivas fronteiras.Distinguir um sistema aberto de um sitema fechado.Aplicar o conceito de conservao de massa e aplicar na escrita do balanode matria a uma dado sistema.Definir as vriveis de projecto de um dado processo.Escrever o balano de matria em sistemas que envolvem reaces qumicas.

    Interpretar a estequeometria da reaco, definir reagente limitante,reagente em excesso, converso e rendimento da reaco.

    3.1 Princpio da conservao da matria

    A elaborao de um balano de matria num sistema ou processo baseia-se na aplicao

    do princpio da conservao de matria:

    A matria nem criada nem destrudaLavoisier

    O balano de matria aplicado a um sistema cuja definio deve ser claramente

    efectuada, bem como a respectiva fronteira.

    33

    Balanos Materiais

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    3.2 Sistema e fronteira

    Define-se sistema como a poro arbitrria ou a totalidade de um processo definidoespecificamente para anlise. Essa poro est limitada pela fronteira entre o sistema e o

    exterior.

    3.2.1 Processo

    Define-se processo como o conjunto de aces, operaes ou tratamentos, que levam a

    um determinado fim (produto), i.e., a alteraes fsicas e qumicas das substncias.

    Em engenharia qumica ou biolgica os processos podem ser de vrios tipos:

    Reaces qumicas

    Transporte de fludos

    Transferncia de massa

    Mudana de fase

    Produo e transferncia de calor

    Separao de substncias

    Os sistemas podem ser classificados em abertos e fechados, e os processos podem ser

    classificados em contnuos ou descontnuos de acordo com o tipo de trocas que se

    estabelecem entre o sistema e o exterior.

    Sistema aberto Processo contnuo

    Ocorre transferncia de matria atravs da fronteira do sistema.

    34

    Balanos Materiais

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    Sistema fechado Processo descontnuo

    No ocorre transferncia de matria atravs da fronteira do sistema, durante o perodo

    de tempo de interesse para a anlise

    Como exemplo de um sistema aberto pode referir-se a combusto contnua de um dado

    combustvel (Figura 3.1). Existe transferncia de reagentes (combustvel e oxignio)

    atravs da fronteira do exterior para o sistema e a contnua transferncia pela fronteirade produtos da reaco do sistema para o exterior.

    Cmara decombustoCombustvel

    O2

    Gases de Combusto

    Fronteira

    Figura 3.1- Combusto - sistema aberto

    Como exemplo de um sistema fechado pode referir-se o processo descontnuo de

    fermentao, para produzir vinho ou cerveja.

    35

    Balanos Materiais

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    3.3 Equao genrica de balano material

    Genericamente, o balano de matria a um daddo sistema traduz-se pela seguinte

    equao:

    +=sistema

    noConsumo

    sistema

    noProduo

    fronteirada

    atravsSada

    fronteirada

    atravsEntrada

    sistemano

    Acumulao

    onde sistemadodentromolesoumassadatemponoVariaosistemano

    Acumulao=

    Quando este termo nulo significa que o sistema se encontra em estado estacionrio,

    isto , a quantidade de matria no sistema constante no perodo de tempo

    seleccionado. Quando no ocorre variao de matria com o tempo, diz-se que o

    sistema est em estado estacionrio.

    A equao de balano de matria pode ser escrita em termos de massa total ou total de

    moles, massa ou moles de um determinado composto qumico, ou ainda de massa ou

    moles de uma determinada espcie inica.

    Os balanos materiais podem ser aplicados a uma larga variedade de produtos, de

    escalas de sistemas e com maior ou menor grau de complexidade.

    O balano de matria pode ser representado esquematicamente atravs de Diagramas

    de fluxo conforme o exemplo da figura seguinte (Figura 3.2).

    36

    Balanos Materiais

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    Figura 3.2

    37

    Balanos Materiais

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    3.4 Estado estacionrio sem reaco qumica

    Quando num sistema em estado estacionrio no ocorre reaco qumica aplicam-se asseguintes simplificaes equao de balano de matria.

    0sistema

    noConsumo

    sistema

    noProduo

    sistemano

    Acumulao===

    Assim, a equao de balano de matria fica reduzida seguinte expresso:

    =fronteirada

    atravsSada

    fronteirada

    atravsEntrada

    Esta equao traduz o conceito de que toda a massa que entra num sistema igual amassa que sai e vlida para sistema que envolvam ou no, reaces qumicas.

    3.4.1Metodologia

    A condio necessria para a resoluo de um problema de balano material que o

    nmero de variveis cujos valores so desconhecidos devem igualar o nmero de

    equaes independentes. Define-se nmero de variveis de projecto (Np), ou nmero de

    graus de liberdade, como o nmero de variveis cujos valores devem ser conhecidos

    para que o problema de balano material tenha soluo, i.e., todos os valores das

    restantes variveis possam ser determinados, de modo a obter um sistema linear de

    equaes com soluo nica.

    38

    Balanos Materiais

    E i d

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    Esquematizando vem:

    Np = Nv Ne Nv nmero total de variveis

    Ne nmero total de equaes

    Nv = Nf (1 +Nc) Nc nmero total de componentes

    Ne = Nc + Nf Nf nmero total de correntes

    Exemplo de processo: Evaporador, cristalizador, centrifuga, destilador,secador...

    Ou distribuidor de correntes(neste caso a composio a mesma em todas as correntes)

    Supondo de 2 componentes: genericamente 1 e 2

    X21X22X11

    X12X31X32

    F2

    F3

    F1

    39

    Balanos Materiais

    N t t l d V i i

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    Nmero total de Variveis:

    Fj Caudal molar ou mssico da correntej M T-1

    ou N T-1

    Xji Fraco molar ou mssica do componente ina correntej

    Nv = Nf (1 + Nc)= 3 ( 1 + 2) = 9

    Nmero total de Equaes:

    Estequiomtricas - 3 equaes = Nf1=i

    jiX

    Balano material global (quantidade total): 321 FFF += Balano material ao componente 1: 331221111 FXFXFX +=

    Balano material ao componente 2: 332222112 FXFXFX +=

    No sistema acima, as 3 equaes so linearmente dependentes, pelo que s se podem

    utilizar 2, ou seja um nmero igual ao nmero de componentes.

    Ne = Nc + Nf = 5Np = Nv Ne = 9 5 = 4 4 graus de liberdade

    Os valores de 4 das variveis devem ser escolhidos priorie os valores das restantes

    variveis sero obtidos pela resoluo do sistema de equaes.

    40

    Balanos Materiais

    Exemplo 3 1

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    Exemplo 3-1

    Pretende-se concentrar, atravs de um evaporador, uma soluo aquosa de

    NaCl com 40 % em massa do sal. Determine a quantidade e composio dasoluo salina obtida, sabendo que por 100 kg/h de soluo alimentada aoevaporador, se obtem 40 kg/h de gua pura.

    X21X22=1X11=0.4X12

    X31X32

    F2=40 kg/h

    F3

    F1=100 kg/h

    Incgnitas: X12,X21,X31, X32, F3

    Equaes: X12 = 1 -X11= 1 0.4 = 0.6X21 = 1 X22= 1 1 = 0F3= F1 F2= 100 kg/h 40 kg/h = 60 kg/h

    X31F3= X11F1X21F2

    X31 67.0

    kg/h60

    kg/h400-kg/h1000.4=

    =

    X32 = 1 -X31= 1 0.67 = 0.33

    Exemplo 3-2

    Misturam-se duas solues aquosas de sacarose. Uma com 20 % em massade acar e outra com 3 %. Sabe-se que a quantidade final de soluo

    obtida o dobro da soluo a 3 % e que se utilizam 80 kg de soluo a 20 %.Realize o balano material a esta unidade.

    41

    Balanos Materiais

    1 sacarose 2 gua

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    1 sacarose, 2 - gua

    Misturador

    X21=0.03X22

    X11=0.2X12

    X31X32

    F2

    F3=2F2

    F1=80 kgRestrio+1 equao+1 incgnita

    Incgnitas:X12,X22,X31, X32, F2,F3

    Equaes: X12 = 1 -X11= 1 0.2 = 0.8X22 = 1 X21= 1 0.03 = 0.97

    F3= F1+ F2= 80 kg/h + F2 F2 = 80 kg/h

    F3= 2 F2 F3= 160 kg/h

    X31F3= X11F1+X21F2

    X31 115.0kg/h160

    kg/h800.03kg/h800.2=

    +=

    X32 = 1 -X31= 1 0.115 = 0.885

    Exemplo 3-3

    Exemplo de processo com mltiplas unidades.Considere o processo de recuperao de acetona representado

    esquematicamente no diagrama seguinte:

    42

    Balanos Materiais

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    ColunadeDesti-lao

    Ar hmido

    (0.5 % gua)

    3

    Gs,F1= 1400 kg/h

    Ar (1) 95 %Acetona (2) 3 %gua (3) 2 %

    Absor-vedor

    Condensador

    gua 81 %Acetona 19 %

    41

    2gua pura 6

    gua 1 %Acetona 99 %

    7

    5gua 96 %

    Acetona 4 %

    Realize o balano de massa a este processo sabendo que as composiesindicadas so mssicas.Resoluo: Estabelecer as equaes de balano material para cada unidade

    Absorvedor: Global: F1+ F2= F3+ F4Ar: 0.95 x 1400 kg/h = F3x 0.995 F3 = 1337 kg/h

    Acetona: 0.03 x 1400 kg/h = F4x 0.19 F4 = 221 kg/h

    Voltando ao 1 equao: F2 = 158 kg/h

    Condensador: F7= F6 A composio das correntes tambm igual

    Coluna de destilao:Global: F

    4= F

    5+ F

    6Acetona: 0.19 x 221 kg/h = F5x 0.04 + F6 x 0.99

    F5= 186 kg/h e F6= 35 kg/h = F7

    43

    Balanos Materiais

    Poder-se-ia ter utilizado a equao de balano de matria global que

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    Poder se ia ter utilizado a equao de balano de matria global, quepoderia ser estabelecida massa total das correntes ou a cada um dos

    componentes:

    F1+ F2= F3+ F5+ F6

    3.4.2 Correntes de reciclagem, purga e curto-circuito

    3.4.2.1 Reciclagem

    Corrente que devolve ao processo, matria de uma corrente a jusante do processo.

    Reciclagem

    Processo

    3.4.2.2 Purga

    Corrente que permite remover do processo, inertes ou substncias indesejveis, quepodem estar presentes na corrente de reciclagem.

    Reciclagem

    Processo

    Purga

    44

    Balanos Materiais

    3.4.2.3 Curto-circuito

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    Corrente que permite evitar a passagem de uma dada corrente por uma ou mais etapasdo processo, levando a matria para outra etapa mais a jusante.

    Processo

    Curto-circuito

    Nestes casos devem incluir-se na anlise do sistema, os separadores de correntes e osmisturadores.

    Exemplo 3-4A produo de vitaminas inclui normalmente uma etapa de separao dosslidos suspensos do lquido, atravs de centrifugao e filtrao.De acordo com o esquema seguinte (Figura 3.3), determine o caudal dacorrente de reciclagem.

    Figura 3.3 Etapas da produo de vitaminas (adaptado de Himmelblau, 1998).

    45

    Balanos Materiais

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    Esquema simplificado - componentes: 1-gua, 2- vitaminas

    Centrfuga Filtrocontnuo

    F1= 98 lb/hX12=0.2

    gua

    Reciclagem,X52=0.286,X51=0.714

    X42=0.6X41=0.4

    X62=0.96X61=0.04

    5

    461

    2

    3

    Nota: 0.4 lb (vit.)/(1 lb (gua) + 0.4 lb (vit.)) = 0.286

    Balano global:F1= F3+ F6 Vitaminas: 0.2 x 98 = 0.96 F6 F6 = 20.4 lb/h F3 = 77.6lb/h

    unidade filtro:Balano global: F4= F5+ F6 F4= F5+ 20.4

    Vitaminas: 0.6 x F4= 0.286 x F5+ 0.96 x 20.4

    F4 = 43.8 lb/h e F5 = 23.4 lb/h

    Determinar as restantes incgnitas do processoCompletar o balano material

    46

    Balanos Materiais

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    Exemplo 3-5

    Considere a seguinte etapa integrante de um processo de obteno degasolina (Figura 3.4). Esta etapa tem o objectivo de remover isopentano deuma corrente isenta de butano. Pretende-se saber que fraco destacorrente alimentada torre.

    Figura 3.4 Separao do isopentano (adaptado de Himmelblau, 1998).

    Resoluo resumida:

    Balano global: S + P = 100 kg S = 100-PBalano ao componente n-C5: 0.8 *100 = 0.9* P P = 88.9 kg

    Balano apenas Torre: X = S + Y = 100 - 88.9 + YBalano ao componente n-C5 : 0.8 * X = Y

    X = 11.1 + 0.8*X X = 55.5 kg X / F = 0.555

    47

    Balanos Materiais

    3.5 Equao qumica e estequiometria balanos com reaco

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    A equao qumica traduz, de forma qualitativa e quantitativa, as reaces qumicas queesto envolvidas num determinado processo.

    Genericamente: ...... dDcCbBaA +++

    Esta equao traduz o seguinte: a mol (kmol, lbmol, ou mol) de A reagem comb moldeB, originandoc mol deC ed mol deD,ondeA e B so reagentes, C eD so produtos

    e onde os coeficientes estequiomtricos, a, b, c ed estabelecem a proporo relativa

    entre a quantidade (mol) dos vrios compostos intervenientes na reaco.

    Considere-se o seguinte exemplo:

    Ex: C6H12O6+ O2 CO2+ H2O

    Informao qualitativa: da oxidao completa da glucose pelo oxignio,resulta a formao de dixido de carbono e gua.

    acertando a equao : C6H12O6+ 6 O2 6 CO2+ 6 H2O

    Informao quantitativa: para oxidar 1 mol de glucose necessrio 6 mol deoxignio, produzindo-se 6 mol de dixido de carbono e gua

    Diz-se que dois reagentes se encontram nas propores estequiomtricas quando a

    razo entre a quantidade (mol) de cada reagente iguala a razo entre os respectivos

    coeficientes estequiomtricos.

    48

    Balanos Materiais

    Exemplo 3-6

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    Determinar a quantidade estequiomtrica (em massa) de oxignio necessria para reagir

    com 10 kg de glucose.

    ( ) ( )

    ( )( )

    ( )( )( )

    ( )22

    2

    6126

    2

    6126

    61266126 Okg11Okmol1

    Okg32

    OHCkmol

    Okmol

    OHCkg180

    OHCkmol1OHCkg10 =

    1

    6

    3.5.1Reagente limitante

    Definine-se reagente limitante como aquele que se encontra em menor quantidade

    estequiomtrica, i.e., o reagente que desapareceria primeiro caso a reaco se desse.

    3.5.2Reagente em excesso

    Define-se reagente em excesso como o que est presente em quantidade excessiva

    relativamente ao reagente limitante. Define-se percentagem de excesso de um reagente

    pela seguinte forma:

    100mol/

    mol/mol/excessodemPercentage

    =

    necessrio

    necessriototal

    N

    NN

    3.5.3 Converso

    A converso definida como a fraco de um determinado reagente (ou alimentao

    total) que convertida em produtos.

    100mol/

    mol/

    conversodemPercentage = total

    reagiu

    N

    N

    49

    Balanos Materiais

    3.5.4Rendimento

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    O rendimento de uma reaco dado pela massa de um dado produto obtido por

    unidade de massa de um determinado reagente (ou alimentao total) que convertida.

    100rendimentokg/

    kg/=

    reagente

    produto

    m

    m

    Exemplo 3-7O cloro gasoso pode ser obtido atravs da oxidao do cloreto dehidrognio pelo oxignio. Sabendo que se utiliza 30 % de excesso de ar eque a converso de HCl 80 %, pretende-se determinar a massa de ar que necessrio fornecer ao reactor por mole de cloro produzido, bem como, acomposio mssica da mistura sada do reactor.

    Cl2,restantes produtos

    HCl

    Reactor

    2 HCl +2

    1O2Cl2

    + H2O

    Ar

    Oxignio necessrio = 1mol Cl2x mol de O2/ mol de Cl2Oxignio em excesso = 0.3 x mol de O2Oxignio fornecido = 1.3 x mol de O2= 0.65 molAzoto fornecido = 79/21 x 0.65 mol = 2.44 mol

    Massa total de ar fornecida = 0.65 mol x 32 g/mol + 2.44 mol x 28 g/mol =89 g

    50

    Balanos Materiais

    Clculo dos produtos de reaco

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    Clculo dos produtos de reacoProdutos moles Massa (g)= n * MM X=mi/mtotalHCl 0.5 18.25 0.10

    Cl2 1 71 0.39

    H2O 1 18 0.10

    O2 0.3 x 0.5 4.8 0.03

    N2 2.44 68.32 0.38

    Total 180.37 1.00

    Exemplo 3-8

    A corroso de tanques pelo oxignio pode ser evitada pela utilizao desulfito de sdio que remove todo o oxignio dissolvido na gua, atravs daseguinte reaco:

    Na2SO3 + O2 Na2SO4

    Determine a massa de sulfito de sdio que necessrio adicionar a 1 t degua, na qual existe 0.001% (em massa) de O2dissolvido, de modo a eliminartodo o oxignio e a manter uma quantidade final de Na2SO3 de 0.01 % (emmassa).

    Resoluo:

    n(O2)= 0.001/100x1000kgx1/32 (kg/kmol) = 0.3E-3kmol=0.3 mol de O2 pela estequiometria:n(Na2SO3) = 2x0.3 mol = 0.6 mol, m(Na2SO3) = 0.6 mol x Msulfitom(Na2SO3)reagiu=0.6 molx 126 g/mol =75.6 gm(Na2SO3)final=0.01/100x1000kg = 0.1kg = 100 gm(Na2SO3)adicionada= m(Na2SO3)reagiu + m(Na2SO3)final = 75.6g+100g=175.6 g

    HCl convertido = 2 mol 80 % converso 80 = n. conv/ n. Total x 100 n. Total = 2.5 mol

    51

    Balanos Materiais

    Exemplo 3-9

    O hid id d t i (KOH) d btid f d i K CO

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    O hidrxido de potssio (KOH) pode ser obtido fazendo reagir o K2CO3

    com o Ca(OH)2. Estes reagentes entram no reactor em duas correntesseparadas: uma de 100 Kg contendo K2CO3 e 2 % (percentagem mssica)de inertes slidos e outra que contm 40 % de gua e Ca(OH)2. Do reactorobtm-se uma mistura que contm KOH, CaCO3, inertes slidos e gua.Determine a composio da mistura que sai do reactor.

    Resoluo:

    K2CO3 + Ca(OH)2 2 KOH + CaCO3 sada do reactor no existem reagentes, logo a reaco completa

    M (K2CO3) = 138 kg/kmol , n (K2CO3)= 0.71kmol138kg/kmol

    100kg0.98=

    sada do reactor temos uma mistura com: CaCO3, KOH, gua e inertes

    m (KOH) = 2 x 0.71 kmol x 56 kg/kmol = 79.5 kg

    m (CaCO3) = 0.71 kmol x 100 kg/kmol = 71 kg

    m (inertes) = 2 kg

    m (gua) = 74kg/kmol0.71kmol60

    40m

    60

    402)OH(Ca

    = = 35 kg

    m total= 187.5 kg

    w(KOH)= %421005.187

    5.79= ,w(CaCO3)= 38 %, w(gua)=19 %, w(inertes)= 1 %

    52

    Balanos Materiais

    3.6 Exerccios propostos

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    p p

    3.10. No processo de fabrico de sabo, uma das fases finais a secagem. No secadorpretende-se reduzir o contedo em gua do sabo de 25 % (em massa) para 15 %. Para issoutiliza-se uma corrente de ar seco com 0.3 % (molar) de vapor de gua. Sabe-se que osecador opera eficientemente quando a razo entre os caudais mssicos de ar seco e sabo, entrada, igual a 3.a. Diga qual o nmero de variveis de projecto deste problema e identifique-as nos dadosdo problema.b. Realize o balano de massa a esta unidade para 1200 lb/h de sabo seco.

    3.11. Uma soluo composta por 50% (em massa) de etanol, 10% de metanol e 40% de gua alimentada a um separador a um caudal de 100 kg/h. O separador produz 60 kg/h de umamistura com 80% (em massa) de etanol, 15% de metanol e 5% de gua e uma outra misturade composio desconhecida. Caracterize esta mistura em composio e caudal.

    3.12. O concentrado de sumo de laranja (com 20 % em massa de gua) obtem-se atravs de

    um processo evaporao de gua de sumo de laranja com 80 % (massa) de gua.a. Determine a quantidade de gua evaporada por kg de concentrado obtido.b. Sabe-se que o processo de evaporao mais eficiente se parte do sumo de laranjaoriginal for curto-circuitado ao evaporador e misturado ao sumo concentrado que sa doevaporador, de modo a obter-se um concentrado final com 20 % de gua. Determine ocaudal e composio da corrente que sa do evaporador neste caso.

    3.14. Uma unidade de evaporao de triplo efeito (3 evaporadores) utilizada para reduzir

    a gua numa soluo salina, de 25% (em massa) para 3%. Cada evaporador produz umacorrente de gua pura que se retira do processo e uma soluo de sal que alimentar oevaporador seguinte. sada do 1 evaporador e do 2 evaporador obtm-se solues com33% de sal e 50% de sal, respectivamente. Determine a quantidade de soluo a 25% de salalimentada ao processo de modo a obter 14 670 lb/h de soluo salina final, bem como atotalidade de gua removida.

    3.15. Numa unidade de produo de acar concentra-se uma soluo com 20 % em peso desacarose, atravs de processos de evaporao, cristalizao e secagem, conforme se indicano diagrama seguinte. Realize o balano material ao processo global.

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    Balanos Materiais

    Sacarose gua

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    3.16. Considere o esquema seguinte que representa um processo de remoo de benzeno doar atravs da absoro em leo. Realize o balano de matria a este processo, sabendo quese purga 2 % do caudal de leo que sai do aquecedor.

    3.17. Num reactor biolgico contnuo utiliza-se uma cultura bacteriana para degradar fenol(C6H6O). Tratando-se de um processo aerbio, fornece-se ar ao reactor a uma taxa de10 m3/h (medido nas condies PTN). Considerando que o reactor alimentado com 10 kg/hde uma soluo aquosa de fenol a 1 % (em massa) e que a converso de oxignio de 1 %,determine:a. O grau de converso de fenolb. O CO2produzido expresso em L(PTN)/hc. A composio da mistura gasosa sada

    Evaporador Cristalizador Secador

    1000 kg/h

    sacarose 20 %

    Sacarose

    52 %

    Sacarose 38 %

    gua

    6 %

    gua1 %

    guagua

    Absorvedor

    Aquecedor

    F=47 kg/h

    ar 86 %, benzeno 14 %

    leo 90 %benzeno 10 %

    ar 99.7 %benzeno 0.3 %

    benzeno puroleo puro

    leo puro

    54

    Balanos Materiais

    3.18. O TiCl4pode ser obtido atravs da reaco do TiO2com HCl. O TiO2disponvel estna forma de um minrio com 22% (em massa) de inertes e o HCl fornecido ao reactor com

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    20% de excesso, numa soluo aquosa a 45% de HCl (em massa). A converso do TiO2 de

    75%. Os produtos de reaco passam por um separador que produz 3 correntes: uma deTiCl4puro, outra de TiO2puro que reciclado corrente de minrio que alimenta o reactore a terceira corrente contm os restantes produtos de reaco. A equao que traduz areaco a seguinte TiO2+ 4 HCl TiCl4+ 2 H2OPor 1 kg de de TiCl4utilizado, determine:a. A massa de minrio utilizadob. A massa de soluo cida alimentada ao reactor

    c. A massa de TiO2reciclado3.19. Um dado gs combustvel tem a seguinte composio volumtrica:

    CH4 70 %, C2H6 10 %, CO 5 %, N2 10 %, O2 5 %Determine a composio mssica (em base seca) da mistura gasosa resultante dacombusto do gs com 20 % de excesso de ar relativamente ao necessrio oxidaocompleta do gs. Sabe-se no entanto, que as condies de operao limitam a converso doetano a 90%.

    3.20. Na reaco do carboneto de clcio (CaC2 (s)) com o azoto gasoso forma-se CaCN2(s) eC (s). O carbono formado oxida-se a CO (g) na presena de oxignio.

    Se se carregar um reactor com 100 Kg de CaC2 98 % em massa (o resto so inertesslidos) e se for fornecido ar (79 % (molar)-N2 e 21 %-O2) com a quantidade de azotonecessria reaco completa de CaC2, determine:a. A massa de ar fornecida ao reactor.

    b. A massa e composio da corrente slida de produtos e massa de CO (g) produzido.3.21. Pode preparar-se CO2puro tratando calcreo com H2SO4. O calcreo contm CaCO3,MgCO3 e inertes insolveis. O cido utilizado tem 12 % em peso de H2SO4, sendo orestante gua. Da reaco obtm-se duas correntes: um resduo que contm 55.7 % (empeso) de CaSO4, 34 % de MgSO4, 6.8 % de H2SO4e 3.5 % de inertes; e uma corrente deH2CO3aquoso. Esta corrente aps aquecimento origina CO2gasoso puro e gua lquida com5 % (em peso) de CO2dissolvido. Determine por 100 kg de resduo:

    a. A composio mssica do calcreo.b. A massa total da corrente de cido utilizada.c. A quantidade de CO2gasoso produzido.

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    Balanos Materiais

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    Introduo ao Equilbrio de Fases

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    4 Introduo ao Equilbrio de Fases

    Objectivos

    Neste captulo pretende-se que sejam desenvolvidas as seguintescompetncias:Descrever os estados da matria. Interpretar o diagrama de fases de umasubstncia pura. Descrever os processos de mudana de fase e representaros processos no diagrama de fases.Relacionar as fases em equilbrio lquido-vapor para substncias puras emisturas com um ou dois componentes.

    Utilizar a lei de Henry e a lei de Rauolt. Calcular pontos de ebulio e deorvalho de misturas binrias ideais.

    4.1 Definies

    4.1.1Estado

    O estado de um sistema caracterizado pelo conjunto de valores que as suas

    propriedades assumem num determinado tempo. Dependendo da presso e temperatura,

    as substncias podem encontrar-se num dado estado, ou para determinados valores de P

    e T,podem coexistir diferentes estados, consistindo em mais do que uma fase.

    De um modo geral os estados da matria podem ser classificados em:

    57

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    Nome Tipo de estrutura entre as molculas

    Gs perfeito Inexistente

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    Gs real Quase inexistenteLquido Tnue, relativa

    Amorfo (slido) Fraca

    Cristal (slido) Completa, elevada

    4.1.2 Propriedade

    Caracterstica quantificvel de uma substncia (fludo ou slido) que pode ser calculada

    ou deduzida, como por exemplo: Presso, temperatura, volume, energia interna, etc.

    4.1.3Equilbrio

    Estado de um sistema em que no existe tendncia espontnea para a ocorrncia de

    variao das propriedades de estado.

    4.1.4 Fase

    A matria diz-se numa s fase quando se encontra num estado uniforme, i.e.,completamente homognea.

    4.1.5 Gs Perfeito

    O termo gs perfeito utilizado para definir o estado de uma substncia que se encontraem condies tais que a distncia mdia entre as molculas suficientemente grande

    58

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    para que as foras intermoleculares sejam desprezveis, bem como o volume das

    molculas comparado com o volume do sistema. Um gs nestas condies ideais

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    obedece seguinte equao, j referida na seco 2.3:P V = n R T ou P v = R T

    Onde P a presso total, V o volume, n o nmero de moles da substncia, T a

    temperatura e v=V/n e designa-se de volume especfico ou volume molar.

    Esta relao entre as propriedades de estado de gs ideal d origem superfcie da

    Figura 4.1.

    Figura 4.1- Relao entre as propriedades de estado de qualquer gs ideal(Himmelblau, 1996)

    59

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    4.1.6 Gs real

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    O comportamento de maioria dos gases em condies de presso e temperatura

    diferentes das condies de idealidade, isto , medida que presso aumenta, a

    temperatura e o volume diminuem, afasta-se do comportamento descrito pela equao

    de gs perfeito e esta deve ser corrigida de modo a prever o desvio idealidade. Assim,

    a equao generalizada que relaciona as propriedades de estado de um gs real pode ser

    Pv=ZRT, onde se introduziu o factor de compressibilidade (seco 2.3) Quanto mais

    afastado da unidade for o valor deZ, mais longe das condies de idealidade se encontra

    o gs. ComoZdepende da substncia, a relao entra as propiedades de estado nica

    para cada gs real.

    4.2 Diagrama de fases de uma substncia

    Na Figura 4.2 ilustra-se a relao entre as propriedades de estado para a gua. A

    projeco da superfcie em cada um dos planos, Pconstante, Tconstante e vconstante,

    d origem aos diagramas de fase. A figura seguinte (Figura 4.3) representa o diagrama

    de fases da gua para um dado volume especfico constante.

    60

    Introduo ao Equilbrio de Fases

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    Figura 4.2 Superfcie e diagramas de fases da gua (Himmelblau, 1996).

    61

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    Introduo ao Equilbrio de Fases

    vaporizao, existindo 2 fases em equilbrio at que termina a vaporizao e o ponto E

    representa vapor sobreaquecido.

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    O ponto triplo da gua assinalado no diagrama, representa o ponto em que se estabeleceo equilbrio entre slido, lquido e vapor.

    O ponto crtico caracteriza-se por algumas das propriedades fsicas das substncias

    neste ponto serem idnticas na fase lquida e gasosa.

    Um fludo supercrtico encontra-se num estado em que as propriedades de estado se

    encontram acima do ponto crtico, e o estado do fludo assume propriedades de gas elquido. Por exemplo, os fluidos supercrticos tm densidade prxima dum lquido e

    difusividade prxima de um gs.

    O termo vapor utiliza-se para uma substncia que encontrando-se no estado gasoso, est

    abaixo do seu ponto crtico, podendo facilmente condensar.

    O termo gs utiliza-se para uma substncia que encontrando-se no estado gasoso, estacima do seu ponto crtico e portanto est afastado das condies de condensao.

    4.2.1 Presso de vapor

    Define-se presso de vapor como a presso qual, a uma dada temperatura, a fase

    lquida de um componente puro est em equilbrio com a fase vapor, e que corresponde

    ao ponto B do diagrama de fases da gua acima descrito.

    A mudana de fase A-B-C pode ser ainda ilustrada pelo esquema seguinte (Figura 4.4).

    63

    Introduo ao Equilbrio de Fases

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    Figura 4.4 Condensao a temperatura constante(adaptado de Himmelblau, 1996).

    A condensao inicia-se quando a presso exercida pelas molculas na fase gasosaatinge o valor da presso de vapor a 20 C, que para a gua 17.5 mmHg. O vapor neste

    ponto, definido como ponto de orvalho, diz-se saturado.

    O ponto de orvalho pode ainda ser definido como a temperatura qual a presso de

    vapor do lquido iguala a presso parcial do componente na fase gasosa, que no caso deuma substncia pura igual presso total, e corresponde sempre ao inicio da

    condensao.

    A vaporizao C-D-E a presso constante pode ser ilustrada pelo esquema seguinte

    (Figura 4.5):

    64

    Introduo ao Equilbrio de Fases

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    Figura 4.5 Vaporizao a presso constante (adaptado de Himmelblau, 1996)

    A vaporizao inicia-se quando a temperatura atinge o valor ao qual a presso de vapor

    do lquido igual presso total (101.3 kPa). Este ponto define-se como ponto de

    ebulio e corresponde ao incio da vaporizao. Neste ponto o lquido encontra-sesaturado. O ponto de ebulio normal definido presso total de 1 atm = 760 mmHg =

    101.3 kPa.

    4.2.2 Variao da presso de vapor com a temperatura

    A presso de vapor uma propriedade especfica da substncia e de um modo geral,

    aumenta com o aumento da temperatura. A relao da variao da presso de vapor, PS,

    com a temperatura pode ser descrita pela equao de Antoine:

    TC

    BAP

    S

    +=ln

    ondeA, B e C so constantes reais, dependentes da substncia.

    65

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    Exemplo 4-1

    a. Determinar a presso de vapor da gua a 25 C, usando a equao deo

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    Antoine, sabendo que para a gua A = 18.3036, B = 3816.44, C = - 46.13, comTem K e Pem mmHg.s

    mmHg6.2315.29813.46

    3816.443036.18expexp =

    +

    =

    +

    =TC

    B-AP

    S

    b. Determinar o ponto de ebulio normal da gua.

    K15.37313.46760ln3036.18

    3816.44=+

    ==

    CT

    sPA

    B

    ln

    c. Determinar o ponto de orvalho da gua a 700 mmHg.

    K9.37013.46700ln3036.18

    3816.44 =+

    =

    = Cs

    PA

    BT

    ln

    Exerccio 4.1Sabendo que as constantes da equao de Antoine para o benzeno so A=15.9008,B=2788.51 e C=-52.36

    a. Calcule a presso de vapor do benzeno a 25o

    Cb. Calcule o ponto de ebulio normal do benzenoc. Compare a volatilidade do benzeno relativamente gua

    66

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    A dependncia da presso de vapor com a temperatura e a substncia normalmente

    representada graficamente atravs do grfico de Cox ().

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    Figura 4.6 Diagrama de Presses de vapor (Hougen, Watson e Ragatz, 1984)

    Exerccio 4.2Usando o diagrama de presso de vapor determine:

    a. A presso de vapor do lcool etlico a 30

    o

    C.b. O ponto de ebulio normal do tolueno.c. O ponto de orvalho a 2000 mmHg do ter etlico

    67

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    4.3 Misturas de gases e vapores condensveis

    Quando um gs no-condensvel (ex: ar, CO2, N2) entra em contacto com um lquido

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    puro (ex: gua, acetona, etanol) ocorre vaporizao do lquido para o gs at se atingir o

    ponto de saturao, i.e., o ponto em que a presso parcial que a substncia vapor exerce

    na fase gasosa iguala a presso de vapor (equilbrio) do lquido. A partir daqui por cada

    molcula de lquido evaporada, condensa-se outra molcula de vapor, atingindo-se

    assim o equilbrio. Este fenmeno ilustrado pelo esquema seguinte (Figura 4.7):

    Figura 4.7 Vaporizao de um lquido para um gs (adaptado de Himmelblau, 1996)

    Podem estabelecer-se as seguintes relaes entre presses parciais e fraces molares

    dos componentes na mistura gasosa:

    pgua =ygua* P , P=pgua+par , pgua/par = ngua/nar

    Onde P a presso total.

    68

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    No ponto de saturao ou ponto de orvalho, pgua=PS(gua), onde PS(gua) depende

    da temperatura epguadepende da quantidade de gua que o ar contm.

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    Nos fenmenos de vaporizao-condensao a quantidade de gs no alterada no

    processo, apenas varia a quantidade da substncia vapor na fase gasosa. Conforme se

    ilustra na Figura 4.8, num processo de vaporizao a presso varivel a presso parcial

    de gs tambm permanece constante aumentando a presso total medida que se d a

    vaporizao. Na vaporizao a presso constante, a presso total no alterada e como a soma das presses parciais de gs e vapor, a presso parcial do gs decresce medida

    que aumenta a presso parcial do vapor.

    Figura 4.8 Variao da presso com o tempo na vaporizao de um lquido para umgs (adaptado de Himmelblau, 1996)

    69

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    4.3.1Definies

    4 3 1 1 S l i h id d ( d ) l i SR

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    4.3.1.1 Saturao relativa ou humidade(quando o vapor gua) relativa, SR

    SR= Svapor

    P

    p

    4.3.1.2 Saturao absoluta ou humidade(quando o vapor gua) absoluta, SA

    SA=

    =vaporT

    S

    T

    S

    vapor

    S

    vapor

    pP

    PP

    P

    p

    n

    n

    4.3.1.3 Humidade molar ou mssica, H

    H/(mol de vapor por mol de gs) =gs

    vapor

    n

    n

    H/(kg de vapor por kg de gs) =gs

    vapor

    m

    m

    4.4 Equilbrio lquido-vapor em sistemas multicomponente

    4.4.1 Solubilidade de gases em lquidos

    O equilbrio lquido-vapor envolve a vaporizao de um lquido para um gs, e por sua

    vez o gs no condensvel pode dissolver-se no lquido em contacto com o gs+vapor,

    conforme se ilustra no seguinte esquema.

    70

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    Gs +vapor

    2 d f

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    Lquido +molculas dogs dissolvido

    2 componentes em cada fase

    A Lei de Henrypermite determinar a presso parcial na fase gasosa de um soluto (gs)

    muito diludo numa mistura em equilbrio, sendo dada pela seguinte expresso:iiji xHp =

    Ondepi a presso parcial do soluto diludo (gs) ina fase gasosa,xi a fraco molar

    do soluto na fase lquida em equilbrio, i.e., xi a solubilidade do gs no lquido

    solvente eHij a constante de Henry do gs ino lquidoj. Esta constante funo das

    substncias (solvente e soluto) e da temperatura.

    Quanto maior for o valor de H menor ser a solubilidade do gs no lquido. De um

    modo geralHaumenta com a temperatura.

    Por exemplo, a 40 oC em gua: H (CO2)= 69.6 atm e H (O2)= 5.5E+4 atm, logo o CO2

    mais solvel em gua que o O2.

    Limites de validade: A lei de Henry aplica-se a solutos diludos (xi < 0.03) e para

    presses baixas pi< 5 bar a 10 bar.

    As unidades SI deHij Pa mas poder ser Pa L mg-1quando a expresso

    iiji CHp = ,

    onde Ci a solubilidade (expressa em mg/L) do gs no lquido.

    71

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    Exemplo 4-2

    A solubilidade (C s) do oxignio em gua a 25 oC 8 mg/L e no ar existe 21% ( l) d O D d H

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    % (mol) de O2. Determinar a constante de Henry.

    H=p/ C s= yiPt /C s= 0.21 x 1 atm / 8 mg L-1= 0.026 atm L mg-1

    xoxignio= 8 mg /L x 1/ (32 mg/mmol) x 1L/1000 g x 18 g mol-1x 1 mol/1000mmolxoxignio= 0.0000045 = 4.5E-5 = 4.5E-3 % (gs pouco solvel)

    H=p/ xi= yiPt /xi= 0.21 x 1 atm / 4.5E-5= 4.7E+3 atm4.5 Misturas de dois ou mais lquidos

    Quando o equilbrio lquido-vapor envolve mais que um componente na fase lquida,

    conforme o esquema seguinte, cada componente na fase lquida estar em equilbrio

    com o mesmo componente na fase vapor. Para sistemas ideias, a relao de equbrio

    entre as fases descrita pela Lei de Raoult.

    Vapor 1 + Vapor 2

    Lquido 1+ Lquido 2

    2 Componentes em cada fase

    4.5.1Lei de Raoult

    No equilbrio, permite determinar a presso parcial na fase gasosa do solvente, i.e, de

    um componente cuja fraco molar na fase lquida prxima da unidade, ou para

    componentes de natureza qumica muito semelhante, e que por isso formam sistemas

    ideais.

    72

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    i

    S

    ii xPp =

    Ondepi a presso parcial do componente ina fase gasosa, a presso de vapor do

    lq ido i e x

    S

    iP

    i a fraco molar desse componente na fase lq ida em eq ilbrio com a

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    lquido i exi a fraco molar desse componente na fase lquida em equilbrio com afase gasosa. Quando S

    iii Ppx 1

    A relao entre a fraco molar de um componente na fase gasosa ( ) com a sua

    fraco molar no lquido ( ) em equilbrio, obtm-se expressando em funo da

    presso total, obtendo-se:

    iy

    ix ip

    i

    S

    iTi xPPy =

    onde a presso total. Esta dada porTP 2211 xPxPPSS

    T += para misturas de dois

    componentes.

    4.5.2Diagrama de equilbrio de misturas binrias

    Para misturas binrias (2 componentes) ideal, isto , aplica-se a lei de Raoult, os pontos

    de ebulio de qualquer mistura dois lquidos intermdio aos pontos de ebulio dos

    componentes puros, assim como os pontos de orvalho. A Figura 4.9 ilustra

    genericamente a representao grfica dos pontos de ebulio e de orvalho de todas as

    misturas possveis entre dois componentes, isto o diagrama de fases a presso

    constante ou a temperatura constante.

    73

    Introduo ao Equilbrio de Fases

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    Figura 4.9 Diagrama temperatura-composio e diagrama presso-composio para umsistema ideal.

    4.5.2.1 Determinao da temperatura de ebulio

    A temperatura de ebulio a temperatura em que se inicia a vaporizao. Conhecendo-

    se xi (a composio da fase lquida) e a presso total, PT, deve-se determinar yi cuja

    soma igual unidade. Ento a temperatura de ebulio ter de satifazer seguinte

    equao:

    A resoluo numrica desta equao permite obter Teb

    1

    exp

    1 =

    +

    === i

    ebT

    iC

    iB

    iA

    ii tP

    ix

    tP

    si

    Pi

    x

    iy

    74

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    4.5.2.2 Determinao da temperatura de orvalho

    Temperatura de orvalho a temperatura a que se inicia a condensao (ou termina a

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    vaporizao). Conhecendo-se yi (a composio da fase gasosa) e a presso total, PT.,

    determina-se xi cuja soma igual unidade. Ento a temperatura de orvalho ter de

    satisfazer a seguinte equao:

    1exp

    1 =

    +

    ===

    i

    orvT

    iC

    iB

    iA

    ii

    tPi

    y

    si

    P

    tPi

    y

    ix

    A resoluo numrica desta equao permite obter Torv

    Nota: Resoluo numrica das equaes acima pelo mtodo de Newton:xi+1=xi-f(xi)/f(xi)

    ou por tentativas comeando por arbitrar valores de Tintermdios aos valores das Teb

    dos componentes puros.

    Exemplo 4-3Sabe-se que para o sistema binrio benzeno-tolueno se aplica a lei deRaoult. Determine a temperatura de ebulio normal de uma mistura com40% (molar) de benzeno. A que temperatura termina a vaporizao?

    PS/mmHg; T/K

    A B C Teb

    Benzeno 15,9008 2788,51 -52,36 80 C

    Tolueno 16,0137 3096,52 -53,67 111 C

    Dados:

    TC

    B

    APs

    +=ln

    75

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    Teba 760 mmHg?Fase lquida: xb=0.4 e xt=0.6Vapor em equlibrio: yb=? e yt=1-yb=?

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    Pela lei de Raoult: yb= xb* PbS/ P onde P=760 mmHge yt= xt* PtS/ P

    1760

    67.53

    52.30960137.16exp6.0

    760

    36.52

    51.27889008.15exp4.0

    1

    1

    =

    +

    +

    +

    =

    +

    +=

    ebeb

    S

    tt

    S

    bb

    tbi

    TT

    P

    Px

    P

    Px

    yyy

    Resolvendo (numericamente) obtm-se, Teb=368 K =95 oC

    Por tentativas: estimativa inicial= Teb = 0.4 x 80 oC + 0.6 x 111 oC = 98.6 oCSubstituir na eq. Teb por 98.6 + 273.15 K = 371.75 KTeb= 371.75 K somatrio = 1.105, ento descer a temperaturaTeb= 365 K somatrio = 0.907, ento subir a temperatura

    Ou interpolando: 368.17 K = 95 oC

    Agora tambm pode calcular-se a composio do vapor:

    =

    =

    P

    Pxy

    S

    bbb 62.0

    760

    36836.529008.15exp4.0

    =

    +

    51.2788

    38.062.01

    ==yt

    76

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    Temperatura a que termina a vaporizao = temperatura de orvalho

    Torva 760 mmHg?

    Fase lquida: xb=? e xt=?

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    85/89

    Fase lquida: x =? e x =?Vapor em equlibrio: yb=0.4 e yt=0.6Pela lei de Raoult: xb= ybP / PbS e xt= ytP / PtS

    Agora (expresso em T, resolver numericamente) =1ix

    1

    67.53

    52.30960137.16exp

    7606.0

    36.52

    51.27889008.15exp

    7604.0

    1

    1

    =

    +

    +

    +

    =+

    +=

    orvorv

    S

    t

    t

    S

    b

    b

    tbi

    TT

    P

    Px

    P

    Py

    xxx

    Resolvendo a equao obtm-se, Torv=374.7 K =101.4 oC

    Agora tambm pode calcular-se a composio do lquido:

    =

    =S

    b

    bb

    P

    Pyx 22.0

    36836.52 51.27889008.15exp

    =

    +

    7604.0

    78.022.01 ==ty

    Nota: O vapor tem mais benzeno (mais voltil) e o lquido tem mais tolueno(menos voltil).

    77

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    4.5.3 Volatilidade relativa

    A volatilidade (ij) de um componente i define-se relativamente a outro componentej

    t i t t d l i t

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    86/89

    presente na mistura atravs da relao seguinte:

    )1(

    )1(

    1

    1binriasmisturaspara

    yx

    xy

    x

    y

    x

    y

    x

    y

    x

    y

    i

    i

    i

    i

    ij

    j

    j

    i

    i

    ij

    =

    ==

    Onde o componentej normalmente o componente menos voltil.

    A volatilidade relativa varia pouco com a temperatura, pelo que se trata normalmente

    como uma constante igual ao valor mdio dos valores de volatilidade na gama de

    temperatura prentendida. um conceito muito til pois permite obter uma relao

    simplificada para as fraces molares das fases em equilbrio.

    xxy

    xy

    +

    =1

    Para o sistema benzeno-tolueno a 760 mmHg varia entre 2.39 e 2.55 em toda a gama de

    temperaturas do diagrama de equilbrio. Valor mdio = 2.47

    Exerccio 4.3: Calcular a volatilidade relativa presso normal do benzeno-tolueno paraduas temperaturas intermdias aos pontos de ebulio dos componentes puros.

    78

    Introduo ao Equilbrio de Fases

    4.6 Exerccios propostos

    4.4 Utilizando o diagrama de presses de vapor (grfico de Cox), determine o ponto deebulio normal do lcool metlico, bem como a presso de vapor do clorofrmio a 100 oC,

    sabendo que para esta substncia a presso de vapor 0 oC e 50 oC, a 61 mmHg e 526H ti t

  • 8/13/2019 Industria de Processos Quimicos -Livro

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    p p pmmHg, respectivamente.

    4.4. Num cilindro de 1 m de dimetro e de altura, inicialmente vazio, introduziram-se 25 gde gua a 25 oC. Indique a presso no interior do cilindro e o volume ocupado pelo vapor.

    4.5. Pretende-se destilar cido propinico a 200 oC e 740 mmHg, com vapor de gua

    sobreaquecido. Suponha que os vapores de cido esto a 80 % da saturao. Determine amassa de vapor de gua necessria por grama de cido destilado.Nota: A 200 oC a presso de vapor do cido 14.5 mmHg.

    4.6. Se for colocada gua num recipiente com ar seco a 15 oC e 100.5 kPa de modo a saturara mistura. Sabendo que a temperatura e o volume do recipiente permanecem constante,qual ser a presso total no final.

    4.6. Um gs saturado com vapor de gua est contido num tanque de 1 L, a 17.5 oC e 106.2kPa. Qual o volume do gs medido nas condies PTN? Qual a massa de vapor presentena mistura gasosa?

    4.7. Um gs a 200 oF e 30 in Hg tem uma humidade de 0.1 mol(vapor)/mol (gas). Calcule apercentagem de humidade, a humidade relativa e o ponto de orvalho.

    4.8. Ar saturado com vapor de gua a 80o

    F e 745 mmHg, passa atravs de um compressorde ar e depois armazenado num tanque a 25 psig e 80 oF. Qual a percentagem de guainicial que foi removida do processo?

    4.9. Pretende-se construir um secador para eliminar 100 g de gua por hora. O ar introduzido no secador a 66 oC e 760 mmHg e o seu ponto de orvalho 4.5 oC. Calcule ovolume de ar que necessrio fornecer por hora, sabendo que o ar deixa o