Instrumentos Financeiros: Orientação aos Pequenos e Médios ... · Essas ferramentas são...

16
VIII Convibra Administração Congresso Virtual Brasileiro de Administração www.convibra.com.br Instrumentos Financeiros: Orientação aos Pequenos e Médios Investidores Beatriz de Carvalho Araújo, Ivanildo Ribeiro de Sousa, Natalia Nunes Rodrigues Silva, José Moreira da Silva Neto e Rosilene Locks (Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Grupo de Estudos e Pesquisas em Organizações (GEPORG), Programa de Graduação em Ciências Contábeis e Programa de Mestrado em Administração). Resumo O mercado financeiro dispõe de várias ferramentas que investidores podem utilizar para decidir e aplicar seus recursos. Essas ferramentas são chamadas de instrumentos financeiros, cuja avaliação de riscos e de rentabilidade para cada uma das diversas opções de investimentos se tornam fundamentais para dar suporte às decisões daqueles que dispõem ou gerenciam tais recursos. Um aspecto crítico que tem impactado nos fatores de decisões consiste-se na identificação do perfil de cada investidor, pois haverá para cada um deles, um tipo de investimento mais apropriado às suas necessidades e situação temporal. Diante deste aspecto, o objetivo geral da pesquisa consistiu em analisar a necessidade de informações mais adequadas aos perfis dos investidores, principalmente, dos pequenos e médios investidores. Assim, o pequeno e médio investidor, podem utilizar também ferramentas que melhor maximize seu capital. Tais informações foram coletadas por meio de pesquisa exploratória descritiva e documental, onde o loco de aplicação se deu na instituição financeira Banco Bradesco S/A. Este estudo, embora ocorrido em um estágio acadêmico de iniciação científica, possibilitou concluir que os pequenos e médios investidores podem dispor de informações a cerca das modalidades de investimentos (ferramentas financeiras) que mais se aproximem aos seus perfis. Palavras-Chave: Perfil. Investimento. Rentabilidade. Risco. Abstract: The financial market has several tools that investors can use to decide and apply its resources. These tools are called financial instruments, whose profitability and risk assessment for each of the various investment options are key to support the decisions of those who possess or manage such resources. A critical aspect that has impacted on the factors of decisions, consists in identifying the profile of each investor, because there will be for each one of them, a type of investment most appropriate to your needs, and temporal situation. On this aspect, the overall objective of research was to examine the need for more appropriate information to the profiles of investors, especially small and medium-sized investors. Thus, the small and medium investors can also use tolls that best maximize their capital. Such information was collected through documentary and descriptive exploratory search, where the place of application in financial institution Bank Bradesco. This study, although it occurred in an academic scientific initiation stage, led to conclude that the small and medium investors can obtain information about the arrangements for investments (financial tools) that more closely to their profiles. Keywords: Profile. Investment. Profitability. Risk.

Transcript of Instrumentos Financeiros: Orientação aos Pequenos e Médios ... · Essas ferramentas são...

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Instrumentos Financeiros: Orientação aos Pequenos e Médios Investidores

Beatriz de Carvalho Araújo, Ivanildo Ribeiro de Sousa, Natalia Nunes Rodrigues Silva,

José Moreira da Silva Neto e Rosilene Locks (Universidade Federal de Rondônia (UNIR),

Grupo de Estudos e Pesquisas em Organizações (GEPORG), Programa de Graduação em Ciências

Contábeis e Programa de Mestrado em Administração).

Resumo

O mercado financeiro dispõe de várias ferramentas que investidores podem utilizar para

decidir e aplicar seus recursos. Essas ferramentas são chamadas de instrumentos financeiros,

cuja avaliação de riscos e de rentabilidade para cada uma das diversas opções de

investimentos se tornam fundamentais para dar suporte às decisões daqueles que dispõem ou

gerenciam tais recursos. Um aspecto crítico que tem impactado nos fatores de decisões

consiste-se na identificação do perfil de cada investidor, pois haverá para cada um deles, um

tipo de investimento mais apropriado às suas necessidades e situação temporal. Diante deste

aspecto, o objetivo geral da pesquisa consistiu em analisar a necessidade de informações mais

adequadas aos perfis dos investidores, principalmente, dos pequenos e médios investidores.

Assim, o pequeno e médio investidor, podem utilizar também ferramentas que melhor

maximize seu capital. Tais informações foram coletadas por meio de pesquisa exploratória

descritiva e documental, onde o loco de aplicação se deu na instituição financeira Banco

Bradesco S/A. Este estudo, embora ocorrido em um estágio acadêmico de iniciação científica,

possibilitou concluir que os pequenos e médios investidores podem dispor de informações a

cerca das modalidades de investimentos (ferramentas financeiras) que mais se aproximem aos

seus perfis.

Palavras-Chave: Perfil. Investimento. Rentabilidade. Risco.

Abstract:

The financial market has several tools that investors can use to decide and apply its resources.

These tools are called financial instruments, whose profitability and risk assessment for each

of the various investment options are key to support the decisions of those who possess or

manage such resources. A critical aspect that has impacted on the factors of decisions,

consists in identifying the profile of each investor, because there will be for each one of them,

a type of investment most appropriate to your needs, and temporal situation. On this aspect,

the overall objective of research was to examine the need for more appropriate information to

the profiles of investors, especially small and medium-sized investors. Thus, the small and

medium investors can also use tolls that best maximize their capital. Such information was

collected through documentary and descriptive exploratory search, where the place of

application in financial institution Bank “Bradesco”. This study, although it occurred in an

academic scientific initiation stage, led to conclude that the small and medium investors can

obtain information about the arrangements for investments (financial tools) that more closely

to their profiles.

Keywords: Profile. Investment. Profitability. Risk.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

INTRODUÇÃO

Contextualização

Atualmente, quando se fala em investimento não se pode deixar de analisar as

preocupações existentes dos investidores com relação ao melhor instrumento financeiro a ser

utilizado para que maximize seu capital. Investir recursos é uma prática conhecida

principalmente em outros países, como por exemplo, os Estados Unidos, mas que

ultimamente tem conquistado o mercado brasileiro. Várias são as empresas que já trabalham

aplicando seus recursos em fontes que proporcionam rentabilidade aliada a riscos altos, como

também, rentabilidade proporcionada por riscos médios ou baixos.

Em um ambiente de incerteza gerado por esses investimentos, os pequenos e médios

investidores necessitam de orientação sobre a captação dos melhores investimentos de acordo

com o seu perfil. Neste cenário existe a necessidade de um estudo mais aprofundado para

analisar os tipos de investimentos utilizados pelas pessoas físicas e jurídicas, oferecendo

informações úteis que possam contribuir com o seu desenvolvimento.

Este trabalho dará ênfase, em títulos de renda fixa, mais especificamente, Títulos

Públicos, Certificado de Depósito Bancário, Hiperfundos e Debêntures, e títulos de renda

variável, Ações Setoriais: Petrobrás e Companhia Vale do Rio Doce tendo como

administrador a BRAM – Bradesco Asset Management- devidamente registrada na CVM,

contando com uma estrutura especializada e dedicada a gestão de recursos de terceiros.

A utilização correta de um ativo financeiro é um indicador tanto nos pontos fortes da

organização como na necessidade de melhorar e mudar. Diante de tal questionamento

pergunta-se: Como adequar o melhor investimento ao perfil do pequeno e médio investidor?

Objetivos

Busca-se neste trabalho analisar e caracterizar, a princípio, os perfis dos pequenos e

médios investidores, a fim de orientá-los sobre as oportunidades existentes que possibilitam a

utilização daquela que melhor o satisfaça; e posteriormente, analisar e associar os tipos de

investimentos com os perfis caracterizados, considerando as melhores opções ao investidor de

acordo com o seu perfil; finalmente, demonstrar que o bom gerenciamento de risco contribui

para a administração do investimento.

REFERENCIAL TEÓRICO

Sistema Financeiro Nacional

Para que se compreenda melhor o universo dos investimentos se faz necessário o

conhecimento básico do Sistema Financeiro Nacional com seus órgãos normativos

reguladores, fiscalizadores e intermediários auxiliares financeiros.

Segundo os autores Jorge K. Niyana, Amaro L. Gomes (2005 p.1) citam que, “Até

1964, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) carecia de uma estrutura adequada às

necessidades e carências da sociedade. A partir de então, foi editada uma série de leis que

possibilitam esse reordenamento”:

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Lei da Correção Monetária (4.357 – 64);

Lei do Plano Nacional da Habitação (4.380 – 64)

Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.595 – 64)

Lei do Mercado de Capitais (4.728 – 64)

Lei da Comissão de Valores Mobiliários (6.385 – 76)

Lei das Sociedades Anônimas (6.404 – 76)

Esta estrutura foi baseada no modelo de especialização das instituições existentes nos

Estados Unidos da América (EUA), o Sistema Financeiro Nacional define-se como o conjunto

de instituições que possibilitam a transferência de recursos dos ofertadores para os tomadores,

sendo composto por órgãos normativos, fiscalizadores e intermediários ou auxiliares

financeiros. Para que a intermediação ocorra, existe uma estrutura que está representada pelo

organograma do Sistema Financeiro Nacional.

Figura 1 – Organograma do SFN

Fonte: Departamento de treinamento - Banco Bradesco. ANBIMA CPA 10 – Sistema

Financeiro Nacional.

Conselho Monetário Nacional

– CMN

Banco Central do Brasil -

BACEN Comissão de Valores

Mobiliários -CVM

Bancos Comerciais

Bancos Múltiplos

Bancos de Investimentos

Bolsa de Valores

Sociedades Corretoras

Sociedades Distribuidora

s

Intermediários financeiros Auxiliares Financeiros

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Órgãos Normativos

Conselho Monetário Nacional - CMN

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do SFN e tem por

finalidade formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda e o

desenvolvimento econômico e social do País.

De acordo com os autores Jorge K. Niyana, Amaro L. Gomes (2005 p.4) afirma em

seu livro que “As principais atribuições do CMN estão prescritas nos arts. 3 e 4 da Lei n

4.595, de 31 de março de 1964, destacando-se as seguintes”:

Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia

nacional e seu processo de desenvolvimento;

Regular os valores interno e externo da moeda e o equilíbrio no balanço de

pagamentos do país;

Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras;

Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros;

Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;

Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida

pública, interna e externa;

Fixar as diretrizes e normas da política cambial;

Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em

todas as suas formas;

Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas

instituições financeiras;

Disciplinar as atividades das bolsas de valores e dos corretores de fundos

públicos.

Banco Central do Brasil - BACEN

O Banco Central do Brasil (BACEN) é uma autarquia federal que cumpri e faz

cumprir as disposições que lhe são atribuídas e as normas expedidas pelo CMN. Tem a

missão de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do SFN.

Conforme cita os autores Jorge K. Niyana, Amaro L. Gomes (2005 p.6) “A função clássica de

um banco central é a de controlar a oferta da moeda e do crédito, desempenhando a função de

executor das políticas monetária e cambial de um país”.

Em resumo, dentre suas atribuições, destacam-se:

Emitir moeda papel e moeda metálica;

Determinar os percentuais de recolhimento compulsório;

Conceder autorização para o funcionamento das instituições financeiras;

Fiscalizar e regular as atividades das instituições financeiras;

Controlar o Crédito;

Controlar capitais estrangeiros;

Executar a política monetária e cambial;

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Comissão de Valores Mobiliários – CVM

A Comissão de Valores Mobiliários tem por finalidade disciplinar, fiscalizar e

desenvolver o mercado de valores mobiliários, inclusive toda a indústria de fundos de

investimentos. Segundo os autores Jorge K. Niyana, Amaro L. Gomes (2005 p.8) a CVM foi,

“Criada pela Lei n 6.385, de 7 de dezembro de 1976, tem a função de regular, controlar e

disciplinar a emissão e a distribuição de valores mobiliários, bem como as atividades das

instituições e empresas participantes do mercado de capitais”.

As principais atribuições da CVM são:

Promover medidas que incentivam os poupadores a investirem no mercado de

capitais;

Estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras

do mercado de capitais, assegurando seu funcionamento eficiente e regular;

Proteger os investidores de mercado;

Divulgar informações para orientar os participantes do mercado;

Suspender a negociação de determinado valor mobiliário;

Decretar recesso das bolsas de valores;

Conceder registro para negociação em bolsa e no mercado de balcão.

Principais Intermediários Financeiros

Banco Comercial

Pode ser uma instituição financeira privada ou pública. Tem como objetivo principal

proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a

curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas

físicas. A atividade típica do banco comercial é a captação de depósitos à vista, que são

livremente movimentáveis. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e de sua

denominação deve constar a expressão “Banco”.

Os autores Jose A. Colli e Marino Fontana (1996 p.30) afirmam que:

Também denominados de depósitos e descontos, são aqueles que executam toda

uma gama de operações e serviços considerados peculiares aos estabelecimentos de

crédito, destacando-se: o desconto de títulos de crédito, a abertura de crédito, as

operações de câmbio, a cobrança de títulos, a guarda de valores, o recebimento de

depósitos, as ordens de pagamento, o recebimento de contas de água, luz, gás e

telefone, o recebimento de tributos federais, estaduais e municipais, o recebimento

das contribuições ao Instituto Nacional de Previdência Social, ao Fundo de

Investimento Social, ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, aos programas de

integração social PIS-PASEP, o recebimento de quotas e declarações de imposto de

Renda, o recebimento dos prêmios de apólices de seguros e outros.

Banco de Investimento

No Banco de Investimento ocorre o inverso do Banco Comercial, não é permitida a

captação de depósitos à vista. É uma instituição financeira privada especializada em

operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade

produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e da administração de recursos de

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

terceiros. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente,

em sua denominação social, a expressão “Banco de Investimento”.

Nesse sentido Jorge K. Niyana e Amaro L. Gomes enfatizam que,

Dentre as operações especiais, podemos destacar a administração de fundos de

investimento, a distribuição, a intermediação ou a colocação no mercado de títulos e

valores mobiliários, a realização de operações compromissadas, a concessão de

fiança e aval, a realização de operações de câmbio e de compra e venda no mercado

físico de ouro, (2005 p.12).

Banco Múltiplo

É uma instituição financeira privada ou pública que realiza as operações ativas,

passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das carteiras

comercial, de investimento, desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento

mercantil e de crédito. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco

público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma

delas obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de

sociedade anônima. Na sua denominação social deve constar a expressão “Banco”.

Segundo os autores Jorge K. Niyana, Amaro L. Gomes (2005 p.16) “Aos bancos

múltiplos é facultada a realização de todas as operações permitidas originalmente às

instituições financeiras que deram origem a esse tipo de instituição”.

Outros Intermediários e Auxiliares Financeiros

Bolsa de Valores

Conforme Jorge K. Niyana, Amaro L. Gomes, citam que:

São entidades constituídas como associações civis, sem finalidade lucrativa, cujos

principais objetivos são: manter local ou sistema adequado à realização de operações

de compra e venda de títulos e valores mobiliários; dotar o referido local ou sistema

de meios necessários à realização e transparência das operações; e estabelecer

sistemas de negociação que propiciem continuidade de preços e liquidez, (2005

p.17).

As Bolsas de Valores são locais que oferecem condições e sistemas necessários para

realização de negociação de compra e venda de títulos valores mobiliários de forma

transparente. Possuem também a atividade de auto-regulação que visa preservar elevados

padrões éticos de negociação, e divulgar as operações executadas com rapidez, amplitude e

detalhes. Sua essência é proporcionar liquidez aos títulos negociados. Para tanto, devem

apresentar todas as condições necessárias para o perfeito funcionamento dessas transações,

tais como organização, controle e fiscalização.

Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários

São instituições auxiliares do sistema financeiro que realizam a intermediação de

compra e venda de ações em bolsa de valores. As corretoras são credenciadas pelo Banco

Central, pela CVM e pelas próprias Bolsas, e estão habilitadas, entre outras atividades, a

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

negociar valores mobiliários nos meios disponibilizados pelas Bolsas de valores que é o

pregão eletrônico. De acordo com Jose A. Colli e Mariano Fontana (1996 p.33), “Nas

operações da Bolsa, só podem participar, além dos antigos corretores de fundos públicos, tais

sociedades, ao passo que as demais instituições financeiras, embora participem do mercado de

valores mobiliários, não têm o direito de, pessoalmente tomar parte nas negociações de

público pregão”.

Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários

Para Jorge K. Niyana e Amaro L. Gomes:

As distribuidoras têm, essencialmente, os mesmos objetivos das corretoras. No

entanto, não são autorizadas a operar no recinto das bolsas de valores ou em

sistemas mantidos por estas, a exercer as funções de agente emissor de certificados,

a intermediar operações de câmbio e a manter serviços de ações escriturais, (2005

p.17).

São basicamente instituições auxiliares do sistema financeiro que participam do

sistema de intermediação de ações e outros títulos no mercado, colocando-os à venda ao

público.

A credibilidade do SFN não depende exclusivamente do desempenho dos bancos,

bolsas, corretoras ou distribuidoras. É preciso que os participantes do sistema confiem que as

transações efetuadas serão liquidadas.

Instrumentos Financeiros

Segundo o Comitê de Pronunciamento Técnico 39, “instrumento financeiro é um

contrato que dá origem a um ativo financeiro em uma entidade e um passivo financeiro ou

instrumento patrimonial em outra entidade. Um ativo financeiro é um ativo com as

características de caixa, instrumento patrimonial de outra entidade (participação no

patrimônio líquido de outra entidade com ações, quotas, bônus de subscrição etc.), um direito

contratual de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade ou de trocar ativos ou

passivos financeiros de outra entidade em condições potencialmente favoráveis, um contrato

que pode ser liquidado em títulos patrimoniais da própria entidade. Já um passivo financeiro é

um passivo que estabelece uma obrigação contratual de entregar caixa ou outro ativo

financeiro de outra entidade, trocar ativos ou passivos financeiros em condições que são

potencialmente desfavoráveis, ou um contrato que podem ser liquidado em ações da própria

empresa”.

A partir desta definição o autor Iudicibus (2010 p.109) cita que:

Podemos ver que um instrumento financeiro ativo é um ativo cuja finalidade é

receber um ativo financeiro em uma data futura. Não é um bem de uso (como um

imóvel) e sim um instrumento de troca. Quando um investidor adquire uma ação de

uma companhia aberta ele não está interessado em qualquer valor intrínseco que a

ação possa ter. O que interessa são os dividendos e os ganhos de capital (ativos

financeiros). O mesmo ocorre com um investidor que adquire um CDB (certificado

de deposito bancário) de uma instituição financeira. A sua principal intenção é

receber fluxos de caixa em uma data futura, novamente não há o que se falar em

valor intrínseco do contrato. Assim, os instrumentos financeiros ativos estabelecem

uma relação entre o investimento realizado no momento presente (aspecto essencial

do contrato estabelecido) e os fluxos futuros de caixa ou outro ativo financeiro. Os

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

mesmo se dá (em sentido inverso, ou seja, há uma obrigação) no caso de

instrumentos financeiros passivos.

Compreende-se com base nas citações que instrumentos financeiros são mecanismos

contratuais que pessoas jurídicas utilizam da captação de recursos no mercado, em

contrapartida, o investidor adquire um direito de recebimento perante a empresa emissora em

troca do capital investido. De acordo com os riscos inerentes em todos os investimentos pode-

se obter uma variação de rentabilidade positiva ou negativa conforme as características do

mercado atual.

Gerenciamento de Riscos

De acordo com Antônio Marcos “Três conceitos importantes quando investindo no

mercado financeiro são: retorno, incerteza e risco. Retorno pode ser entendido como a

apreciação de capital ao final do horizonte de investimento. Infelizmente, existem incertezas

associadas ao retorno que efetivamente será obtido ao final do período de investimento.

Qualquer medida numérica desta incerteza pode ser chamada de risco”.

Conforme a citação do autor todo investimento é atrelado a um risco, até mesmo o

mais simples. Este assunto é uma das preocupações dos Bancos, que possuem por sua vez um

gerenciamento de riscos para minimizar os mesmos.

Segundo Antônio Marcos Duarte Jr. “Zelar pelos recursos dos acionistas e de

terceiros, requer não somente a busca pelos melhores retornos, igual ênfase deve ser dedicada

à gestão dos riscos corporativos garantindo a Instituição Financeira e seus stackholders a

confiabilidade necessária”.

A transcrição abaixo, retirada do website de relações com investidores do banco

Bradesco, uma das principais instituições financeiras privadas do Brasil, evidencia a

importância do tema gerenciamento de riscos para as Instituições Financeiras, ressaltando,

inclusive, que esta atividade agrega valor ao negócio.

O Bradesco considera o gerenciamento de riscos essencial em todas as suas

atividades, utilizando-o com o objetivo de adicionar valor ao seu negócio, à medida

que proporciona suporte às áreas de negócios no planejamento de suas atividades,

maximizando a utilização de recursos próprios e de terceiros, em benefício dos

acionistas e da sociedade.

Entendemos ainda que a atividade de gerenciamento de riscos é altamente relevante

em virtude da crescente complexidade dos serviços e produtos ofertados pela

Organização e também em função da globalização de seus negócios. Por essa razão,

o Bradesco aprimora continuadamente suas atividades relacionadas ao

gerenciamento de riscos, buscando as melhores práticas utilizadas

internacionalmente, porém, devidamente adaptadas à nossa realidade.

A Organização realiza consideráveis investimentos nas ações relacionadas ao

gerenciamento de riscos, especialmente na capacitação do quadro de funcionários.

Tem-se o objetivo de elevar a qualidade de gerenciamento de riscos do

Conglomerado e de garantir o necessário foco a estas atividades, que produzem forte

valor agregado. (Fonte: http://www.bradesco.com.br/ri).

A definição de risco é dada pelo autor Antônio Marcos Duarte Jr. Segundo ele risco é

uma medida de incerteza associada aos retornos esperados de investimentos e está presente na

rotina de qualquer investimento, financeiro ou não.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Risco é um conceito com várias dimensões que abrange grupos como: risco de

mercado, risco operacional, risco de crédito e risco legal.

Em seu artigo Duarte Jr. trata dos quatro riscos separadamente, conforme abaixo:

Risco de mercado: medida de incerteza relacionada aos retornos esperados de um

investimento em decorrência de variações em fatores de mercado como taxas de juros, taxas

de câmbio, preços de commodities e ações.

Risco operacional: medida das possíveis perdas em uma instituição caso seus

sistemas, práticas e medidas de controle não sejam capazes de resistir a falhas humanas ou a

situações adversas de mercado.

Risco de crédito: medida das possíveis perdas em uma instituição caso uma

contraparte em um contrato, ou um emissor de dívida, tenha alterada sua capacidade de honrar

suas obrigações.

Risco legal: medida das possíveis perdas em uma instituição caso seus contratos não

possam ser legalmente amparados por falta de representatividade e ou autoridade por parte de

um negociador, por documentação insuficiente, insolvência, ou ilegalidade.

Outro risco inerente aos investimentos que não foi citado pelo autor é o risco de

liquidez definição retirado do website relação com investidores do banco Bradesco “Risco de

Liquidez é a possibilidade da não existência de recursos financeiros suficientes para que a

Organização honre seus compromissos em razão dos descasamentos entre pagamentos e

recebimentos, considerando as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e

obrigações”. Ou seja, é o grau de agilidade na conversão de um investimento em dinheiro,

sem perda significativa de valor. Um investimento tem maior liquidez, quando mais fácil for à

conversão em dinheiro e quando menor for à perda de valor envolvida nesta transação.

No Banco Bradesco existem vários departamentos de controle interno para

acompanhamento dos riscos e com implantação de sistemas tecnológicos integrados para o

gerenciamento dos mesmos.

Em seu artigo Antônio Duarte recomenda “A implementação do gerenciamento de

risco deve ser uma decisão de quem efetivamente detêm o poder decisório na instituição. Esta

é uma necessidade de forma a obter resultados que tenham impacto imediato, com influência

máxima na rotina diária da instituição. Por exemplo, o gerenciamento de risco pode envolver

mudanças internas de percepção de qualidade e lucratividade, e como tal requer

comprometimento total da diretoria. Uma vez estabelecido o gerenciamento de risco interno,

os envolvidos com este devem estabelecer e aprovar controles que garantam a saúde

financeira da instituição, até mesmo em situações catastróficas”.

Análise dos Investimentos

De acordo com Regis da Rocha Motta e Guilherme Marques Calôba, (2006 p.34),

“Considera-se investimento a situação na qual ocorre inversão de capital de alguma forma,

buscando com isso a criação de valor, recuperando o valor investido (principal), mais a

rentabilidade o investimento (taxa de juros)”.

Segundo Paulo Henrique Sardinha, (1999 p.13), “investimento de capital é todo

desembolso de dinheiro no presente, visando a um recebimento futuro de um fluxo de

benefícios”.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Existem diferentes tipos de instrumentos financeiros para captação de ativos, levando

em conta o perfil de cada empresa, e determinando o investimento propício para cada caso.

Tradicionalmente são divididos os instrumentos para captação dos ativos financeiros

em dois tipos: títulos de renda variável e títulos de renda fixa.

Iran Siqueira Lima (2004 p.59) cita que “Os títulos de renda fixa são aqueles cujos

rendimentos e prazos de resgate são estabelecidos por ocasião da emissão do papel do título,

sendo que os rendimentos podem ser prefixados, pós-fixados ou flutuantes.”

Conforme Iran Siqueira Lima (2004 p. 120), “títulos de renda variável são títulos

nominativos e escriturais emitidos sem prazo determinado para resgate, ou seja, não existe um

prazo de validade”.

Títulos Públicos

Segundo Iran Siqueira Lima (2004 p.59), “os títulos públicos são emitidos pelo

governo federal (Bacen/Tesouro Nacional) estadual e municipal, via Banco Central do

Brasil”.

O Tesouro Nacional utiliza emissão de títulos públicos como uma das formas de

captação de recursos para financiar atividades do Governo Federal, tais como educação, saúde

e infraestrutura. Os títulos públicos são uma opção de investimento para a sociedade e

representam a dívida mobiliária da união. As emissões dos títulos são utilizadas para

antecipação de receita fiscal e financiamento do déficit orçamentário.

Estes títulos são resgatados em data predeterminada por um valor específico,

atualizado ou não, por indicadores de mercado, como por exemplo, índices de preços. A

venda de títulos públicos no Brasil pode ser realizada por meio de três modalidades, sendo,

oferta pública com ou sem a realização de leilão e emissões diretas para atender as

necessidades específicas determinadas em lei.

Certificado de Depósito Bancário

O CDB – Certificado de Depósito Bancário é um título emitido por Bancos

Comerciais, de Investimentos ou Múltiplos que representa um depósito a prazo efetuado pelo

cliente. A remuneração desses títulos pode ser prefixada ou pós-fixada e a sua rentabilidade é

composta diretamente por um percentual do CDI.

O Certificado de Depósito Bancário é indicado para o investidor com perfil

conservador, que busca rentabilidade diretamente relacionada à taxa de juros para o Mercado

Financeiro.

Segundo o autor Iran Siqueira Lima (2004 p.89) “A emissão dos CDBs tem como

objetivo a obtenção de recursos para suprir necessidades de caixa para possíveis

financiamentos das instituições financeiras”.

O CDB possui prazos mínimos e indexadores, conforme Figura 2.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Figura 2 – Taxas versus prazos

Fonte: Departamento de Treinamento – Banco Bradesco. ANBID CPA 10 –

Modulo VI – Demais produtos de investimentos.

De acordo com Edgar Abreu em seu site, “o CDB pode ser negociado no mercado

secundário e pode ser resgatado antes do prazo final caso o banco emissor concorde em

resgatá-lo, neste caso é respeitado os prazos mínimos”.

Referenciado de Hiperfundo

O Fundo destina-se ao público em geral que busca rentabilidade e que acompanhe as

variações das taxas do CDI. Tendo por objetivo proporcionar aos seus cotistas rentabilidade

que visam acompanhar as variações das taxas de juros praticadas no mercado de depósitos

interbancários (CDI), através da atuação preponderante no mercado de taxa de juros

doméstica.

Segundo o website da shopinvest do Bradesco:

O Fundo pretende atingir seu objetivo investindo no mínimo 95% de seu Patrimônio

em cotas de Fundos de Investimentos Referenciados DI, que possuam como política

de investimento aplicar, no mínimo, 95% de seus recursos em ativos financeiros

operacionais de forma a acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do CDI,

devendo o percentual residual ser aplicado somente em operações permitidas para

fundos de investimentos de curto prazo.

Para as decisões de investimento em renda fixa, a metodologia empregada consiste

na utilização de uma avaliação macroeconômica fazendo uso da análise quantitativa, para

monitorar o risco de mercado, e da análise fundamentalista para definir e controlar o risco de

crédito.

Debêntures

Conforme Iran Siqueira Lima (2004 p.90) “as debêntures são títulos emitidos pelas

sociedades por ações que asseguram, a seu titular, um direito de crédito contra a companhia,

nas condições constantes da escritura de emissões e do certificado”.

As companhias podem utilizar a emissão de debêntures para captar recursos no

mercado. No entanto, a captação por meio de debêntures só pode ser feita por Sociedades

Anônimas abertas ou fechadas, porém, somente as companhias de capital aberto com registro

na CVM podem efetuar emissões públicas de debêntures e as instituições financeiras não

podem realizar sua emissão.

Elas podem ser classificadas em conversíveis, que são aquelas que podem ser

trocadas por ações da companhia emissora, e simples que se caracterizam por representarem

unicamente um direito de crédito junto à empresa emissora.

Taxas Prazo mínimo

Prefixada ou Pós-fixada A partir de 1 dia

Indexados a TR ou TJLP 1 mês

Indexado a TBF 2 meses

Indexado a índice de preços 1 ano

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Títulos de Renda Variável: Ações Setoriais

De acordo com Iran Siqueira Lima, (2004 p.120), “Ações são títulos emitidos por

empresas que representam frações ideais de seu capital social”.

Segundo o website da ANBIMA, “A ação é a menor fração do capital social de uma

empresa. No entanto, nem todas as empresas têm seu capital dividido em ações”.

As ações classificam-se em preferenciais (assim chamadas por apresentarem certas

vantagens para seus detentores) ou ordinárias (os detentores têm direito de voto nas

assembleias gerais de acionista).

Independentemente da espécie de ações que possuam, os acionistas tem alguns

direitos essenciais os quais nem o Estatuto Social nem a Assembleia Geral podem retirar:

Participar dos lucros sociais;

Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;

Fiscalizar, na forma prevista na Lei das S.A., a gestão dos negócios sociais;

Preferência para a subscrição de ações, partes beneficiárias conversíveis em

ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição;

Retirar-se da sociedade nos casos previstos na Lei das S.A.

Fundo de Investimento Ações da Petrobras

Segundo ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiras

e de Capitais- classifica o fundo de ações como ações setoriais, e destina exclusivamente a

investidores pessoas físicas e pessoas jurídicas que buscam rentabilidade que acompanhe as

variações das ações de emissão da Petróleo Brasileiro S.A – Petrobras.

As ações entram nos investimentos de renda variável devido às oscilações de

rentabilidade, como mostra o gráfico abaixo com as ações analisadas de 2005 a 2011, segundo

informações da BRAM.

Tabela 1 – Rentabilidade em anos

Fonte: BRAM – Bradesco Asset Management.

Ano Fundo Petr3 Ibovespa

2005 55,35% 59,99% 27,06%

2006 35,42% 38,22% 33,73%

2007 89,62% 98,99% 43,68%

2008 -45,56% -45,74% -43,55%

2009 51,37% 55,62% 82,66%

2010 -25,45% -24,33% 1,05,%

2011 -5,05% -4,57% -4,58%

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

Fundo de Investimento Ações da Companhia Vale do Rio Doce

Segundo ANBID – Associação Nacional dos Bancos de Investimentos - classifica o

fundo de ações como ações setoriais, e o destina exclusivamente a investidores pessoas físicas

e pessoas jurídicas que buscam rentabilidade que acompanhe as variações das ações de

emissão da Companhia Vale do Rio doce.

A rentabilidade das ações varia de acordo diversos fatores, por esse motivo esse tipo

de investimento e indicado para clientes com perfil arrojado, isto é, clientes que não temem

por resultados e procuram investimentos que quanto maior o risco maior será o seu retorno.

Diante fatos, o quadro abaixo demonstra as oscilações da rentabilidade das ações da

Companhia Vale do rio Doce de 2005 a 2011, segundo informações da BRAM.

Tabela 2 – Rentabilidade em anos

Fonte: BRAM – Bradesco Asset Management.

Observando os quadros demonstrativos dos números de rentabilidade das ações

setoriais da Petrobras e da Companhia Vale do Rio Doce, observa-se que pelo fato das ações

pertencerem aos ativos de renda variável, não oferecem ao investidor uma rentabilidade

garantida, previamente conhecida.

A rentabilidade desse instrumento financeiro é composta de dividendos ou

participação nos resultados e benefícios concedidos pela empresa emissora, além do eventual

ganho de capital auferido na venda da ação no mercado secundário (Bolsa de Valores). O

retorno do investimento dependerá de uma série de fatores, tais com desempenho da empresa,

comportamento da economia brasileira e internacional etc.

Justamente porque não há garantia de rentabilidade em ações, podendo ocorrer

prejuízo na aplicação, este é considerado um investimento de risco. Por esse motivo, e

aconselhável que o investidor não dependa do recurso aplicado para gastos imediatos e que

tenha um horizonte de investimento de médio e longo prazo, quando eventuais

desvalorizações das ações poderão ser revertidas.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente artigo terá como foco a relevância da informação na escolha de

investimentos para pequenos e médios investidores e os riscos que cada investimento traz. O

lócus da pesquisa é a instituição Financeira Banco Bradesco S/A, sendo que os embasamentos

Ano Fundo Vale3 Ibovespa

2005 29,03% 30,76% 27,06%

2006 33,15% 36,41% 33,73%

2007 85,56% 88,90% 43,68%

2008 -52,51% -51,72% -43,65%

2009 79,30% 83,39% 82,66%

2010 12,09% 13,75% 1,05%

2011 -5,24% -4,77% -4,58%

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

para todas as teorias e informações aqui citadas terão como referência pesquisa bibliográfica e

exploratória descritiva, iniciando-se através de leitura de textos de orientações, utilizando para

isso de método Indutivo. Conforme Marconi e Lakatos (2000, p. 53) “Método indutivo é um

processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente

constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contidas nas partes examinadas”

Os investidores estudados terão características diversas, sendo os mesmos definidos

por Edgar Abreu como “Conservadores clientes que buscam segurança acima de tudo em seus

investimentos, moderados que estão dispostos a correr um pouco de risco para obter ganhos

maiores que a inflação e os arrojados que são clientes que estão dispostos a correr risco para

obter ganhos no médio e longo prazo”.

RESULTADO E DISCURSÃO DOS DADOS

De acordo com cada tipo de investimento é necessário que se defina um perfil que

caracterize o investidor, conforme tabela abaixo:

Figura 3 – Perfil versus Investimento

Fonte: os autores

Conforme os dados apresentados na figura 3 se observa que para cada perfil do

investidor há uma oportunidade de investir adequada. Foram analisados os seguintes perfis:

Conservador, Moderado e Arrojado e com base nas suas características definiu-se

instrumentos compatíveis com sua personalidade.

Para o perfil conservador foram indicados: CDB, Hiperfundo e Títulos Públicos, uma

vez que as opções oferecem baixo risco e uma rentabilidade segura. Os investimentos em

CDB estão garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), o Hiperfundo é um fundo

que proporciona uma rentabilidade atrelada ao CDI (certificado de deposito interbancário)

com sorteios de prêmios aos seus cotistas, além de ambos possuírem a possibilidade de

resgate a qualquer momento. Já os títulos públicos refletem o risco de crédito do governo que

Perfil do Investidor Investimento adequado

CONSERVADOR

CDB

Hiperfundo

Títulos Públicos

MODERADO CDB

Ações

Debêntures

ARROJADO Ações

Debêntures

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

costuma sempre honrar com os seus compromissos, normalmente são papeis considerados de

risco zero.

Para o Moderado foram indicados: CDB, ações e debêntures por oferecerem médio

risco, pois o investidor procura diversificar seus investimentos para minimizar os riscos.

Foram indicados para o investidor Arrojado: Ações e Debêntures, a sugestão foi feita

com base nas suas características, pois possuem alto risco e seus rendimentos dependem dos

resultados futuros do emitente. Em virtude das ações pertencerem ao grupo de títulos de renda

variável a sua rentabilidade se dá a médio e longo prazo, portanto os investidores estão

dispostos a correr um risco maior em troca de uma rentabilidade mais atrativa com resultados

em longo prazo.

CONCLUSÃO

Entende-se ao término deste artigo que a informação sempre terá papel fundamental

no processo decisório, e que o mercado financeiro graças a sua variação inconsistente

necessita que o investidor tenha maior atenção aos dados coletados e análise dos riscos

eminentes, pois somente através de todos esses cuidados os riscos poderão ser minimizados,

levando em consideração que riscos sempre farão parte dos investimentos financeiros.

Evidenciou-se que para cada tipo de investidor existem vários tipos de investimento,

cabendo ao mesmo escolher aqueles que mais lhe garantirão rentabilidade, sendo que cada

investidor merece seu reconhecimento e credibilidade, pois o mercado necessita de todos para

continuar seu fluxo produtivo.

Para os iniciantes a busca da informação é fundamental para manter negócios

produtivos e rentáveis e com isso paulatinamente mudar seu perfil investidor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

Apostila CPA 10. Acesso em 2011, mai. 20. Disponível em: HTTP://www.edgarabreu.com.br

Bradesco Relações com Investidores. Governança Corporativa. Bradesco. Acesso em 2011,

abr. 25. Disponível em: http://www.bradesco.com.br/ri

COLLI, Jorge Alexandre. Contabilidade Bancaria / Jorge Alexandre Colli, Marino Fontana.-

5. Ed.- São Paulo: Atlas, 1996.

DUARTE JR., ANTONIO MARCOS, “A importância do gerenciamento de riscos

corporativos em bancos,” em Antônio M. Duarte Jr. E Gyvogy Varga (eds), Gestão de Riscos

no Brasil, Rio de Janeiro: Financial Consultoria, 2003.

DUARTE JR., ANTONIO MARCOS, “Risco: Definições, Tipos, Medições e

Recomendações para seu Gerenciamento,”

IUDICIBUS, Martins, Gelbcke e Santos – Manual de Contabilidade Societária 2010.

LAKATOS, EVA MARIA. Metodologia Cientifica / Eva Maria Lakatos, Marina de Andrade

Marconi. – 3. ed. – São Paulo: Atlas,2000.

VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

LIMA, Iran Siqueira de Fundos de Investimentos: aspectos operacionais e contábeis – São

Paulo: Atlas 2004.

MOTTA, Regis da Rocha/Guilherme Marques Calôba. 1. Ed.-. reimpr.-São Paulo: Atlas,

2006.

NIYAMA, Jorge Katsumi. Contabilidade de Instituições Financeiras/ Amaru L. Oliveira

Gomes, Jorge Katsumi Nyama – 3. Ed. – São Paulo: Atlas, 1996.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Cientifica. Projetos de Pesquisa,TGI,

TCC, Monografias, Dissertação e Teses. São Paulo: Pioneira,2004.

SARDINHA, Paulo Henrique. Manual de Analise de Investimentos – Rio de Janeiro: 1999