Introducao Ao Controle de Cupins Em Areas Urbanas

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    Introduo ao Controle de Cupins em reasUrbanas

    Eng.Agr. Sergio Luiz de AlmeidaDow AgroSciences Industrial Ltda.

    INTRODUO

    Cupins so insetos que se alimentam de madeira e (e outros componentes celulsicos)e, em seu habitat natural, desempenham uma importante funo na naturezarelacionada a converter rvores mortas em matria orgnica (hmus), que um doscomponentes enriquecedores do solo.

    Devido esta caracterstica, no entanto, estes insetos apresentam-se potencialmentedanosos ao homem quando encontram madeira ou outros materiais celulsicos deimportncia econmica, tais como madeiras com funo estrutural em residncias,livros, mveis, etc.

    Segundo Edward & Mill, 1986, estima-se que sejam gastos, por ano, cerca de US$ 1,92bilhes para controlar cupins ao redor do mundo. No Estados Unidos, os cupinscausam prejuzos anuais superiores aos causados por incndios ou furaces, sendo osprejuzos estimados em US$ 750 milhes ao ano, atacando cerca de 2 milhes deresidncias ao ano.

    No Brasil, existem poucas estatsticas dos prejuzos causados por cupins em reas

    urbanas. Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnolgicas, em SoPaulo, no perodo de Dezembro de 1973 a Dezembro de 1993, apontou que 47% dosedifcios inspecionados por aquele orgo estavam infestados por cupins subterrneos(C.havilandi), 15% por cupins de madeira seca (C.brevis) e 38% por ambas as espciesde cupim. O custo estimado para o tratamento destes edifcios foi calculado em cercade US$ 3,35 milhes.

    O QUE CUPIM

    Cupins so insetos sociais que vivem em comunidades geralmente populosas,formadas por indivduos que tm diferentes funes. Os cupins atacam plantas vivas,

    razes, sementes, cereais e tubrculos, mas podem alimentar-se tambm de objeto demadeira ou compensado, de papel, etc. , causando srios prejuzos. Tais cupins,causadores de prejuzos ao homem, que sero objeto deste estudo.

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    Cupins so classificados da seguinte maneira:

    Reino: AnimalFilo: ArtropodaClasse: InsectaOrdem: Isoptera (do grego, isos = igual, ptera = asas)

    Existem mais de 2000 espcies de cupins no Mundo, distribudos basicamente emreas tropicais e temperadas.

    No continente americano (Amrica do Sul, Central e do Norte), encontramos cerca de514 espcies, divididas em 84 gneros e 5 famlias, as quais apresentamos no quadroabaixo.

    Famlia Gneros EspciesKALOTERMITIDAE 15 112RHINOTERMITIDAE 8 34

    SERRITERMITIDAE 1 1TERMITIDAE 58 363TERMOPSIDAE 2 4

    No Brasil, encontramos cerca de 200 espcies de cupim, sendo a maioria benfica, poisdesempenha um papel auxiliar na decomposio de matria celulsica e aerao dosolo.

    Destas espcies, 2 so consideradas exticas, ou seja, no existiam no Brasil, sendotrazidas de outros pases por meio de caixas de madeira infestadas que chegaram aosnossos portos, rapidamente se espalhando em outras cidades.

    As principais espcies so o Coptotermes havilandi, ou cupim subterrneo, pertencente Famlia Rhinotermitidae e o Cryptotermes brevis, ou cupim de madeira seca,pertencente Famlia Kalotermitidae.

    BIOLOGIA E COMPORTAMENTO

    Cupins so insetos sociais, ou seja, formam colnias e apresentam indivduos comfunes especficas, ou seja, existe diviso de trabalho entre os membros da colnia,de tal sorte que um indivduo dependo do outro para sobrevivncia.

    assim que so definidas as castas, ou seja, grupos de indivduos com um objetivoespecfico.

    Um cupinzeiro adulto apresenta trs principais castas, que so:

    ReprodutoresSoldadosOperrios

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    Vejamos as principais funes de cada uma destas castas:

    Reprodutores

    Alados

    Os cupins alados, conhecidos popularmente como aleluias, so nada mais do quecupins sexuados (machos e fmeas) que tm o seu aparelho reprodutor desenvolvido,e tem a funo de reproduo e de disperso.

    Para levarem a cabo esta ltima funo (disperso), estes cupins so providos de doispares de asas as quais utilizam para buscar novos locais para a construo de ninhos.O vo de disperso d orgem ao fnomeno conhecido como revoada ou enxamagem.

    Os cupins alados aparecem por ocasio da revoada, em dias quentes e midos,geralmente entre agosto e outubro. Eles so encarregados da formao de novoscupinzeiros, ou seja, da reproduo da colnia. Ao voltarem ao solo, perdem as asas,procuram um local para se abrigar e se acasalam, originando o casal real (rei e rainha)

    do novo ninho, responsvel pelo nascimento dos novos membros da colnia.

    Rei e Rainha

    Diferentemente das formigas, onde o macho morre logo aps o acasalamento, existeno cupinzeiro um rei que acompanha a rainha durante toda a sua vida e tem a funonica de acasalamento. A rainha, por sua vez existe apenas para ovopositar, podendoviver de 25 a 40 anos colocando os ovos que originaro novos indivduos no ninho.

    Durante toda a sua vida, a rainha coloca ovos, sendo que sua capacidade deoviposio aumenta com o passar dos meses. Em mdia, uma rainha coloca cerca1000 ovos por dia sendo que, dependendo da espcie, este montante pode variar de 12(espcies primitivas) a at 80.000 ovos por dia (Bellicosistermessp).

    Os ovos tm cerca de 3 mm de comprimento e ficam encubados duas semanas sob oscuidados dos operrios.

    Aps sarem dos ovos, as ninfas de cupins alimentam-se de resduos regurgitadospelos operrios por duas semanas.

    Neste processo de produo de ovos, a rainha sofre um processo de fisiogastria, ouseja, o abdome dilata-se de tal maneira que chega a atingir at 7 cm de comprimento,conforme podemos ver no desenho abaixo.

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    Operrios

    Operrios so tambm cupins estreis (no apresentam o aparelho reprodutordesenvolvido), que apresentam, no entanto, funes de: encontrar e buscar alimentos ealimentar a colnia, ou seja, o rei, rainha, soldados e alados, cuidar dos ovos, construir,reparar e limpar o ninho, eliminar cupins adoecidos ou mortos, assim como auxiliar os

    soldados na defesa da colnia.

    Pela diversidade das tarefas envolvendo funes rotineiras, os operrios formam acasta mas numerosa da colnia.

    FORMAO DA COLNIA

    A fundao da colnia tm incio com a revoada dos reprodutores alados, geralmenteno incio da primavera.

    A produo dos cupins alados est relacionada com a idade e tamanho da colnia.Colnias novas normalmente apresentam inicialmente operrios e, a seguir, soldados.Somente quando atinge um estgio de desenvolvimento mais avanado que temincio a produo das formas aladas.

    A sada dos alados depende de condies ambientais, tais como temperatura, umidade,velocidade do vento, etc. Normalmente existe uma relao entre revoada e manhs outardes quentes logo aps uma leve chuva. Os operrios so os responsveis pelaabertura do ninho para a sada dos alados.

    As aleluias so fracos voadores, permanecendo pouco tempo no ar e voando pequenasdistncias.

    Aps chegar ao solo a fmea e o macho perdem as asas, que so pressionadas contrao solo. No caso de no haver um companheiro, a fmea atrai omacho atravs daliberao de fermonios especficos. Com a chegada do mesmo, ambos partem procura de um local seguro para montarem o ninho, caminhando de uma maneiraparticular chamada de tandem, onde o macho segue a fmea em formao dupla.

    Somente aps encontrarem um local seguro que ento se acasalam. Dentro de 2 a 4semanas tem-se a primeira postura, com aproximadamente 20 ovos que eclodemdentro de 1 ms.

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    As ninfas passam do estgio larval para operrios e passam a coletar seus prpriosalimentos, aumentam o ninho e alimentam as novas larvas, soldadeos, rei e rainha porvia oral e de secreo.

    Mais tarde alguns operrios podem se transformar em soldados e reprodutores, sendoque o odor e mensagem qumica so transmitidos do rei e rainha para a colnia,determinando o desenvolvimento das funes.

    No caso da rainha vir a morrer ou pare de por ovos, alguns operrios, chamados dereprodutores suplementares desenvolvem a funo reprodutiva, garantindo acontinuidade do cupinzeiro.

    O ciclo de vida dos cupins encontra-se ilustrado na figura a seguir.

    Ciclo de vida dos Cupins

    CARACTERSTICAS DAS COLNIASComo colnia definimos o conjunto de indivduos que formam a sociedade dos cupins ea estrutura em que se encontram alojados. Quando falamos em ninho, nos referimosapenas estrutura que abriga os cupins.

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    As colnias podem variar em tamanho e formato. J foram reportadas colnias quecontm apenas 100 indivduos a colnias com mais de 1.000.000 de indivduos. Em umlevantamento feito com colnias de Coptotermessp chegou-se a estimar a populaode cupins em 3.300.000 indivduos se alimentando em uma rea de cerca de 1100 m 2.Em uma outra colnia de Reticulitermesspp foram estimados 810.000 indivduos sealimentando em uma rea de aproximadamente 280 m2. (Edwards and Mill, 1986).

    Quanto ao formato, j foram encontradas colnias com os formatos os mais variadospossveis, a exemplo do prprio cupim-de-montculo, que no ataca estruturasconstrudas pelo homem, cujo ninho apresenta-se na forma de um montculo (da onome) em reas agrcolas, que sai do nvel do solo. Outros ninhos apresentam ostneis e cmaras dispersos no solo, sendo denominados de ninhos difusos por estemotivo. Podemos encontrar tambm ninhos arbreos, construdos em cima de rvoresou ninhos subterrneos, edificados de maneira a ficarem totalmente imersos no solo, aprofundidades variveis.

    Os ninhos podem estar ainda restritos prpria madeira atacada, como o caso doscupins de madeira seca, que escavam tneis e cmaras na prpria madeira.

    As colnias crescem lentamente, podendo levar de 5 a 7 anos at que os estragoscausados pelo consumo de materiais celulsicos prximos se tornem visveis. Estacaracterstica de apresentar sinais tardios de infestao um dos principais problemasem seu controle, uma vez que quando os mesmos aparecem, o ataque j grande e oprejuzo j existe.

    COMUNICAO QUMICA

    Com exceo dos cupins alados (reprodutores) os cupins no so dotados de olhos, ouseja, so todos cegos. Toda a comunicao entre a colnia feita atravs de

    feromnios, ou seja, comunicao qumica.

    Feromnios so substncias excretadas por um indivduo que afeta o comportamentode outro indivduo. Muito ainda necessita ser estudados sobre a influncia destesferomnios no comportamento da colnia, mas sabe-se que os mesmos so muitoimportantes para definirem quando os cupins alados devem se desenvolver, quando umoperrio tm que se transformar em soldado ou at mesmo para demarcar fontes dealimento.

    Assim, por exemplo, a abundncia de uma determinada casta, por exemplo deoperrios, pode fazer com que exista a predominncia de um determinado feromnio e,essa quantidade de produto faz com que tenha incio a produo de cupins alados para

    formarem outros ninhos.

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    A influncia dos feromnios na demarcao de fontes de alimentos est bem estudada. sabido que os cupins procuram alimento aleatoreamente na rea em que seencontram. No entanto, quando uma fonte de alimento encontrada, os cupinsoperrios voltam ao ninho marcando o caminho com feromnio de marcao (vejafigura a seguir), o qual ser seguido por outros cupins at a fonte de alimentos. Estes,por sua vez, novamente marcaro o caminho ao voltarem ao ninho, tornando a trilha

    cada vez mais forte.

    posio normalglndulade feromonio

    d e p o s i t a n d o f e r o m o n i o

    Quando a fonte de alimento se esgota, a trilha passa a ficar mais fraca naturalmente eos cupins deixam de segu-la em busca de alimento.

    Tambm atravs de odores qumicos que os cupins reconhecem os membros de suascolnias, distinguindo-os de membros de outras colnias ou at mesmo invasores.

    COMO OS CUPINS ENTRAM EM UMA ESTRUTURA?

    Quando estudamos o comportamento dos cupins em sua busca de alimentos,chegamos concluso que os cupins entram nas edificaes por rachaduras e frestasna estrutura, principalmente quando as mesmas se apresentam em uma rea decontato com o solo ou prximas ao solo. Como frestas existentes na estrutura podemoscitas os blocos ocos (tijolo baiano), juntas de dilatao, juntas frias existentes entreduas estruturas de concreto, inseres de canos hidrulicos e condutes eltricos,rachaduras existentes em pisos de concreto, etc.

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    As formas aladas dos cupins tambm podem dar orgem a uma infestao na estrutura,embora esta possibilidade seja particularmente pouco expressiva quando comparadacom infestaes originadas por colnias localizadas no solo. Neste particular,novamente as rachaduras e frestas na estrutura desempenham um papel fundamental

    na proliferao desta infestao para outros locais da estrutura.

    Desta maneira, quer a infestao seja originada de colnias estabelecidas no solo oude cupins alados que formaro seus ninhos na estrutura, rachaduras e frestas sofundamentais para que o cupim adentre a estrutura e devem ser, por este motivo,corrigidos.

    FATORES QUE FAVORECEM O ATAQUE

    Dentre os fatores que favorecem a intensidade de infestao por cupins em umaestrutura quando se encontram nas proximidades da mesma, podemos citar:

    1. Sepultamento de entulhos

    muito comum em prdios, durante a construo, que restos de madeira utilizados nasformas de concreto, sejam deixados nos chamados caixes perdidos, espaos entreum andar e outro sem funo especfica, a fim de diminuir custos com o descarte deentulhos. Da mesma maneira, o solo ao redor da estrutura utilizado para o enterriodeste material, rico em celulose, que se transforma em fonte de alimento para oscupins, favorecendo a proliferao destes insetos ao redor da construo. Em suabusca contnua por novas fontes de alimento, os cupins encontraro passagensnaturais para infestarem a estrutura.

    2. Espaos entre estruturas, tais como vos livres e frestas

    Estes espaos, muitas vezes pouco ventilados, permitem um abrigo til aodesenvolvimento de uma colnia sem que seja perturbada por fatores externos. Muitascolnias em prdios so encontradas nestes espaos disponveis na estrutura.

    3. Solos orgnicos (com razes abaixo das construes)

    Da mesma maneira, razes deixadas abaixo de construes so fonte de materialcelulsico, servindo de alimento para cupins.

    4. rvores cortadas ou agredidas (mal podadas)

    Quando os troncos de rvores so cortadas e seus raizames so deixados no solo, elesse tornam fonte de alimento para cupins. Muitas vezes, em inspees, encontramosninhos de cupins associados ao raizame morto de uma rvore cortada. Nestassituaes vale a pena retir-los do solo por ocasio do corte do tronco.

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    J rvores mal podadas ou agredidas, apresentam ferimentos onde os cupins aladospodem se alojar e, a partir da, desenvolverem uma colnia.

    5. Condies de Umidade

    reas mal drenadas em gramados e outras condies que favorecem a umidadeexcessiva em um determinado local (tal como colocar pneu em volta de rvores, reascom torneiras gotejando, etc.), podem favorecer o desenvolvimento de cupins pelo fatodos mesmos necessitarem de umidade para sobreviver. Estas condies de umidadedevem ser corrigidas para um efetivo controle da infestao.

    Tais fatores sero descritos com mais detalhe no mdulo de Inspeo de Cupins.

    PRINCIPAIS ESPCIES DE CUPINS NO BRASIL

    Agora que conhecemos um pouco da biologia e comportamento dos cupins, vamosestudar as principais espcies de cupins que infestam estruturas no Brasil, ou seja, oCryptotermes brevis, ou cupim de madeira seca e o Coptotermes havilandi, ou cupimsubterrneo.

    A seguir apresentamos as principais caractersticas destas espcies.

    Cryptotermes brevis(cupim de madeira seca)

    Classificao

    Famlia: KalotermitidaeGnero: CryptotermesEspcie: Cryptotermes brevis(Walker, 1853)

    Descrio

    O cupim de madeira seca, chamado cientificamente de Cryptotermes brevis, umcupim que apresenta colnias pequenas, normalmente restritos pea atacada,apresentando sinais externos de ataque bastante discretos.

    O seu ataque encontra-se em expanso no Brasil, onde acredita-se tenha sidointroduzido em , atravs de importao de estruturas de madeira infestadas.Provavelmente de orgem na Jamaica, este cupim vm espalhando-se, atravs denavios, para o resto do mundo.

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    O soldado deste cupim apresenta uma cabea dura e volumosa (cilindride e truncadana frente, do tipo fragmtica), de cor castanho avermelhada, escura a quase negra, queconstrata com o colorido esbranquiado do resto do corpo. A cabea utilizada paraobstruo dos canais, quando necessrio defender o ninho. Os canais decomunicao no interior dos ninhos so, por este motivo, estreitos.

    O C. brevis tpico de construes humanas, ou seja, nunca so encontrados emrvores ou mesmo em madeiras abandonadas no exterior de construes humanas.

    Estes cupins so sensveis umidade e, portanto, perda de gua. Esta sensibilidade tamanha que excretam pelotas fecais secas, a fim de no perder gua no processode eliminao de impurezas orgnicas. Estas fezes ficam armazenadas por um tempoem uma cmara no ninho e podem ser usadas para fechar canais que eventualmenteno estejam mais sendo utilizados.

    Periodicamente, por causa do acmulo de fezes, os cupins as eliminam sob a forma deuma chuva tpica. As fezes se acumulam, assim, logo abaixo do orficio de eliminao,ao largo da pea atacada. Este o mais tpico sinal de infestao por cupins de

    madeira seca. Aps a eliminao das fezes, o orifcio formado (de formato circular comdimetro de cerca de 1-2 mm) ento novamente tapado por uma membrana dematerial lenhoso.

    As fezes apresentam um formato de pequenos grnulos (0,5 mm de comprimento) ,ovalados e, quando observados com lupa, possvel observar 6 reentrncias causadaspela impresso dos msculos retais nas paredes das fezes.

    Os orifcios de eliminao so posteriormente fechados com uma membrana fina que periodicamente aberta para novas eliminaes. Assim eles no perdem gua outampouco permitem a passagem de invasores.

    O cupins desta espcie, C. brevis, formam pequenas colnias, com cerca de 300indivduos a alguns milhares, mas podem haver centenas de colnias convivendo nomesmo ambiente.

    Suas revoadas so geralmente noturnas (incio da noite), sendo que, pelo fato de terempoucos indivduos, so revoadas pequenas e discretas. Os casais formados aps arevoada instalam-se em furos de prego, encaixe de peas, frestas, etc.

    Uma colnia de C. breviscresce lentamente. Para se ter uma idia, um ninho formadopor um casal de cupins, apresenta um ano aps o acasalamento, cerca de 3 a 4 ninfas,1 a 2 ovos e nenhum soldado.

    No entanto, no se deve subestimar os danos potenciais causados por este cupim, poisquando se percebe efetivamento o dano, o prejuzo j grande.

    Como cupins so espcies sensveis, dificilmente infestam peas de madeira queapresentem movimento constante, uma vez que este movimento pode esmag-losantes de conseguirem abrigo atravs de uma fresta. Assim objetos como cadeiras,portas e janelas normalmente no so atacadas pelo mesmo.

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    Quando infestam peas que so mveis, o ataque discreto, podendo formar colniascompletas no interior da pea, mesmo as de menor tamanho. Esta capacidade dehabitar peas facilmente transportveis, sem apresentar sinais externos de ataque,favorece sua disperso quando as peas so transportadas a diferentes regies

    geogrficas.

    Dentre as peas mais comumente atacadas pelo cupim de madeira seca, destacamos obatente de portas e janelas (que ficam fixo, sem movimento, em contato com a parede),mveis e armrios embutidos, rodaps e forros de madeira.

    Estantes com livros que no so movimentados podem ser objeto do ataque destescupins, sendo que um dos procedimentos aconselhados para a manuteno de acervosculturais, a sua constante movimentao e limpeza, a fim de evitar o estabelecimentode colnias nestas peas.

    Coptotermes havilandi(cupim subterrneo)

    Classificao

    Famlia: RhinotermitidaeGnero: CoptotermesEspcie: Coptotermes havilandi Holmgren, 1911.

    Descrio

    O Coptotermes havilandi uma das espcies de cupins denominados de cupinssubterrneos pelo fato dos ninhos serem construdos no solo, abaixo da superfcie,sendo, sem sombra de dvida, a espcie invasora de estruturas de maior importnciano Brasil.

    Hoje sabemos que esta espcie tambm constri ninhos acima do solo, particularmenteem caixes perdidos no interior de estruturas. No entanto, manteremos a denominaoconvencional de cupim subterrneo pelo fato da mesma encontrar-se difundida entrepesquisadores no mundo todo.

    Dentro da famlia Rhinotermitidae encontram-se os cupins que mais prejuzos causam amdeira, em todo o mundo. Existem cerca de 45 espcies de cupins descritas e, dentreelas, o Coptotermes havilandi, que infesta estruturas no Brasil. Nos Estados Unidosexiste uma espcie diferente, denominada Coptotermes formosanus, que ainda noocorre no Brasil. Recentemente foi identificado o Coptotermes havilandiem um bairrode Miami, uma cidade porturia localizada no Estado da Flrida, no sudeste dosEstados Unidos, fato este que tem causado grande preocupao aos norte-americanos.

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    No Brasil, acredita-se que o C. havilandi foi introduzido em 1923, atravs deimportaes de materiais infestados que chegaram por cidades porturias. Ou seja, damesma maneira que ele acabou sendo introduzido nos Estados Unidos em 1996: denavio.

    O soldado desta espcie apresenta a cabea arredondada, de cor amarelo claro, commandbulas proeminentes e dotados de um poro logo atrs das mandbulas que conectado a uma glndula ceflica. Esta glndula produz um lquido viscoso do tipocola que usado para defesa, sendo excretado em grande volume (proporcionalmente)quando encontram-se em perigo.

    Esta espcie de cupim infesta domicilios, rvores ornamentais, madeiras em geral(parques, jardins), formando colnias com mais de 100.000 indviduos (pode chegar aat muitos milhes). Os ninhos so volumosos e normalmente so construdos emlocais OCULTOS E MIDOS tais como em pores, caixes perdidos, lajes duplas,frestas em construes, etc.

    Este cupim no necessita de contato com solo para se desenvolver, desde que tenhacontato com a gua (h casos de infestao em prdios nos andares mais altos e noslogo abaixo no). No entanto, o foco pode at estar no prprio solo.

    Uma das principais caractersticas deste cupim que no esto restritos peaatacada. Para passar de um local outro, o C. havilandiusa fezes e partculas de solocimentadas com saliva, na construo de galerias de comunicao, formando longostneis que os protegem do ataque de inimigos naturais e da perda de umidade.

    Estes cupins so to vorazes que chegam a fazer 30 a 50 metros de galerias a procurade alimento, transitando pelos espaos formados por fiaes eltricas, condutes

    telefnicos, frestas de instalaes hidrulicas e prumadas de esgoto, tpicas de prdios.

    Tambm apresentam um comportamento vido por espaos vazios, o que facilita ainfestao de grandes construes ou instalaes como caixas de luz, onde a madeiraque suporta as chaves eltricas ou relgios de medio ficam protegidas do ambienteexterno pelo vidro colocado nas caixas. O preenchimentos dos espaos vazios rpidoe mesmo que no haja frestas, se o reboque se apresentar fresco ou estiver fraco, oscupins podem remover os mesmos da parede e controir a colnia (caso localize umtnel isolado na parede experimente quebrar a parede para localizar frestas).

    Os ninhos so construdos da mesma maneira das galerias, ou seja com o uso dasfezes midas que so colocadas uma sobre a outra, formando estruturas tipicamente

    do tipo cartonado, repleto de galerias internas.

    O crescimento da colnia muito mais rpido do que o crescimento da colnia decupim de madeira seca. O ninho formado por um casal apresenta, um ano aps oacasalamento, cerca de 40 indivduos entre soldados e operrios.

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    Da mesma maneira que os cupins de madeira seca, quando os sinais de infestaotornam-se aparentes, muitas vezes o prejuzo j de grande monta, nada maisrestando ao proprietrio do imvel que controlar a infestao e consertar os locaisatacados.

    Por apresentarem colnia muito grande, as revoadas dos C.havilande, de grandeporte e ocorre normalmente entre 17 e 20 horas, quando a umidade favorece (pode noentanto revoar mais tarde).

    MTODOS DE CONTROLE

    TRATAMENTO DE CUPINS DE MADEIRA SECA

    Os mtodos de controle de cupins de madeira seca basicamente consistem em:

    1. Remoo da madeira atacada

    2. Fumigao

    3. Tratamento da madeira

    No primeiro caso, mencionamos uma medida mecnica, que no envolve a colocaode produtos qumicos mas que normalmente no possvel de ser feita. No obstante,acreditamos ser importante apresentarmos as alternativas viveis para o controle destapraga.

    O segundo caso - fumigao, o ideal em situaes onde o ataque deste inseto

    encontra-se disseminado de maneira extensiva na estrutura inspecionada, tornando-sepraticamente impossvel o tratamento de cada madeira infestada por estes insetos.

    Nos Estados Unidos, a Dow AgroSciences possui um produto denominado Vikane*, umgs a base de sulfuryl fluoride que eficientemente controla este tipo de cupim, assimcomo outras pragas invasoras de estruturas. Para este tipo de aplicao, a casa coberta por uma lona plstica impermevel ao gs, sendo o mesmo aplicado apenaspor profissionais devidamente treinados.

    A grande vantagem do uso do gs a sua disperso rpida e uniforme em toda a reaa ser tratada, penetrando em todos os vos estruturais que potencialmente podemestar infestados pela praga.

    No Brasil, o uso de gases no utilizado para este tipo de tratamento, sendo maiscomum o tratamento de madeira. Algumas cmaras com CO2 (gs carbnico) podemser utilizadas para o controle de cupins de madeira seca em algumas peasespecficas.

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    O tratamento direto da madeira infestada, por sua vez, mais recomendado parainfestaes mais restritas. Neste caso, a soluo cupinicida injetada diretamente namadeira, atravs de furos feitos na mesma, procurando-se atingir as galeriascolonizadas pelos insetos. Com este objetivo, vrios furos variando de 0,5 ou menores,

    so feitos na madeira, sendo posteriormente utilizados para a injeo da soluocupinicida.

    Aps a colocao do cupinicida, os furos na madeira devem ser fechados, minimizandoaspectos relacionados a odor. Para este tratamento, normalmente so utilizadassolues com solventes orgnicos (querosene por exemplo) em vez de solues comgua, uma vez que a gua na madeira pode criar condies para a proliferao defungos.

    Outras opes de controle, quando possvel, envolvem o tratamento trmico. Cupins demadeira seca podem morrer se mantivermos as estruturas infestadas expostas ao calorde 66oC por 1h30min ou por quatro horas em uma cmara 60oC. Da mesma forma,

    cupins submetidos ao frio podem morrer, como por exemplo, quando peas atacadasso expostas a uma temperatura de 9oC negativos por quatro dias.

    Medidas Preventivas

    Existem ainda, uma srie de medidas que podem ser consideradas preventivas doataque de cupins de madeira seca, a saber:

    a. Uso de madeiras tratadas na construo

    b. Colocao de telas (20 mesh) para prevenir a entrada de alados nas reas internasda estrutura.

    d. Uso de madeiras naturalmente mais resistentes

    e. Proteo da superfcie exterior das madeiras com tintas, vernizes ou outrascoberturas apropriadas, com o objetivo de tapar frestas e ranhuras onde os cupinspossam se alojar.

    TRATAMENTO DE CUPINS SUBTERRNEOS

    Cupins subterrneos necessitam de umidade para sobreviver; por causa disto colniasso geralmente encontradas no solo. Os operrios deixam a colnia em busca de

    alimentos retornando colnia em busca de umidade. Locais onde pisos de madeira ououtras estruturas de madeira encontram-se em contato constante com o solo mido,provem fcil acesso entre o local da colnia e a fonte de alimento. A necessidade deumidade uma caracterstica que pode, assim, ser utilizada para ajudar no controledestes insetos.

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    Alteraes mecnicas, incluindo eliminao de pontos de contato madeira-solo,substituio de madeira ou objetos atacados, remoo de sugeiras de celulose ereduo do excesso de umidade na estrutura podem ajudar no manejo de infestaesde cupins.

    Mtodos de Controle

    Quatro estratgias bsicas devem ser consideradas para se controlar cupinssubterrneos:

    a. Alterao mecnica

    b. Tratamento de Solo

    c. Tratamento da Fundao

    d. Tratamento da Madeira

    Alteraes Mecnicas

    Chamamos de alteraes mecnicas qualquer medida que torne a estrutura menossusceptvel ao ataque de cupins. Estas medidas podem incluir:

    a. Modificao estrutural com o objetivo de evitar o acesso de cupins ao alimento ou umidade. Por modificao estrutural assumimos que a estrutura j estejaconstruda, no restando outra alternativa seno corrigir situaes que levem proliferao da populao de cupins, como corrigir pontos de umidade, vos

    estruturais, etc.

    b. Instalao de barreiras mecnicas (como chapas metlicas), para impedir a entradade cupins.

    c. Remoo de entulhos de celulose ou excesso de umidade do ambiente

    d. Criao de mecanismos que facilitem a inspeo de reas crticas ou vulnerveis daestrutura.

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    Tratamento de Solo

    Definimos como tratamento do solo a aplicao de cupinicidas no solo imediatamenteadjacente estrutura com o objetivo de prevenir o acesso de cupins estrutura.

    Tratamento da Fundao

    Por tratamento da fundao definimos a aplicao de produtos qumicos em qualquertipo de fundao estrutural com o objetivo de evitar o acesso dos cupins a estrutura.Este procedimento envolve a aplicao de cupinicidas nos vos existentes internamenteou entre fundao.

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    Tratamento de Madeira

    O tratamento de madeira com produtos qumicos uma prtica bastante comum paraconferir mesma uma maior resistncia ao ataque de cupins e pode ser feita dediferentes maneiras, conforme a necessidade.

    Assim, o tratamento de madeira varia desde o tratamento sob presso feito na madeiraantes de ser utilizada na estrutura at a perfurao e injeo de cupinicidas nasgalerias formadas pelo ataque de cupins, assunto este comentado anteriormentequando nos referimos aos cupins de madeira seca.

    Neste texto, daremos uma nfase maior ao tratamento de solo e da fundao, visandoo estabelecimento de barreiras lquidas, impermeveis ao ataque de cupins.

    BARREIRAS LQUIDAS

    Um controle mais eficiente da infestao de cupins pode ser conseguido com oestabelecimento de barreiras lquidas entre as colnias e as fontes de alimento.

    O controle qumico de cupins subterrneos usualmente envolve o tratamento do soloabaixo e ao redor da fundao da estrutura, de modo que o solo em ambos os lados dafundao sejam tratados.

    As intervenes necessrias para se fazer este tratamento em estruturas envolvem umtrabalho intensivo, apresentando muitas vezes necessidade de se furarem pisos eparedes. Desta maneira, as melhores oportunidades para se tratar cupins aparecemdurante as reformas de imveis, quando tm-se maior liberdade para realizarem-se asintervenes necessrias. Outra oportunidade antes do imvel ser construdo.

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    BARREIRAS LQUIDAS - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

    Os principais procedimentos operacionais que podem surgir em um tratamento de soloso descritos a seguir de uma maneira coordenada. Sempre leia e siga as instruesdo rtulo dos produtos para utiliz-los de maneira correta.

    1. ESTABELEA UMA BARREIRA CONTNUA AO REDOR DOS SUPORTES DAFUNDAO:

    Esta barreira contnua caracteriza-se pela aplicao da soluo cupinicida emprofundidade, ao redor de suportes da fundao, paredes estruturais, reas crticas(fendas no cimento), etc.

    Presso: 25-50 psi (ou aplicao por gravidade)

    Dosagem:

    5 l de soluo / metro linear / 30 cm profundidade

    Notas:

    a. Profundidade a distncia entre a superfcie do solo e o topo da fundao.

    b. Para algumas construes tpicas, temos as seguintes profundidadespadres:- Concreto - 30 cm- Estruturas sob pilastras - 60 a 90 cm- Pores - 180 a 240 cm

    c. Tipos de aplicao:

    - Trincheira (rea externa da casa, quando ouver gramados) - Quando otopo da sapata encontra-se em profundidades entre 30 - 40 cm.

    - Haste Injetora - Quando a profundidade for maior que 40 cm.- Espaamento dos furos: 30 - 60 cm. (variando com o tipo de solo /

    umidade)

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    1.1. CASO AS PAREDES ESTRUTURAIS SEJAM COMPOSTAS DE BLOCOS OCOS,PROCEDA AO TRATAMENTO DA FUNDAO:

    PAREDES DE BLOCOS OCOS

    Perfurar na 2a./3a. linha de blocos (de baixo para cima); Espaamento: 30 cm.

    Dosagem: 2,5 l de soluo / metro linear de parede

    Nota:

    - O objetivo desta barreira fazer com que a soluo atinja a base do bloco,onde o suporte estrutural se encontra, a fim de tratar espaos ou fendas naestrutura.

    - Este tipo de aplicao muito comum em casas que possuam poro.

    Pontos de Penetrao no concreto, frestas no piso e outros vos devem ser tratadostambm.

    1.2. TRATAMENTO DE TERRA SOLTA

    Para o caso de tratar reas crticas, retire o solo do local e o trateseparadamente, sobre uma manta impermevel. Aplique 4 litros de soluo paracada 0,03 m3 de terra (equivalente a 30 litros de solo / terra)

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    2. ESTABELEA UMA BARREIRA CONTNUA SOBRE O LOCAL ONDE O PISOSER CIMENTADO:

    Uma vez que o piso de concreto ainda no foi colocado (quando a estrutura ainda estsendo construda), uma barreira contnua deve ser estabelecida, com a aplicao da

    soluo cupinicida superficialmente, onde o cimento ser colocado ou os suportes dafundao construdos, assim como no solo abaixo de: escadas, ptios, garagens, etc.

    Presso: 25 psi (baixa presso) ou por gravidade Dosagem:

    Enchimento sujo - 4 l de soluo / m2

    Enchimento pedregoso - 6 l de soluo / m2

    Notas:a. A aplicao da soluo deve ser a ltima operao feita antes da colocao

    do concretob. Caso o concreto no possa ser colocado de imediato, cobrir a rea de

    aplicao com uma lona plstica de polietileno.c. A baixa presso evita formao de neblina e respingos durante a aplicao,

    assim como permite uma maior vida til ao equipamento de aplicao.

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