Itaú
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Desafios da Economia BrasileiraComissão de Assuntos Econômicos do Senado
Ilan Goldfajn Economista-chefe e Sócio Itaú Unibanco
Setembro, 2013
Roteiro
Competitividade e mudança no câmbio.
Banco Central e intervenções.
Inflação e repasse cambialInflação e repasse cambial.
Atividade e crescimento de longo prazo.
2
Brasil precisa se tornar mais competitivo
Ranking de competitividade(World Economic Forum 2013)(World Economic Forum, 2013)
1
2
Suíça
Singapura
3
29
34
Finlândia
China
Chile
44
53
55
Turquia
África do Sul
México
56
60
61
Brasil
Índia
Peru
64
104
134
Rússia
Argentina
Venezuela
3Fonte: World Economic Forum
148Chade
Câmbio: como tem se comportado o real em relação ao resto?
O real se depreciou 13% desde maio e, apesar das intervenções do Banco Central, teveuma das maiores depreciações dos mercados emergentes;Se compararmos desde 2007 quando o real chegou a 1 73 o real não se depreciou tantoSe compararmos desde 2007, quando o real chegou a 1.73, o real não se depreciou tantoquanto alguns de seus pares.
Movimento de moedas emergentes: desde 2007
Movimento de moedas emergentes: desde maio/2013
-18% Índia -43% Turquia
-13%
-13%
-13%
Brasil
Indonesia
Turquia
-40%
-38%
-31%
Índia
Ucrânia
África do Sul
-10%
-7%
-7%
África do Sul
México
Chile
-26%
-24%
-24%
Rússia
Polônia
Hungria
-6%
-6%
-3%
Rússia
Colômbia
Polônia
-23%
-17%
-16%
Brasil
México
Indonesia
4
0%
0%
Ucrânia
Hungria
-2%
3%
Chile
Colômbia
Fonte: Itaú Unibanco, Bloomberg
Preços no Brasil são elevados
Medidas de valorização (+) ou desvalorização (-) da moeda
Nível de preços relativo Câmbio real efetivo ( l ti à édi 04 11 Big Mac Indexp ç
aos EUA (PPP) em 2012 (relativo à média 04-11, em julho/2013)
g(em julho/2013)
África do Sul -34.0% -14.9% -60.0%
Coreia do Sul -28.0% -7.6% -24.6%
Índia -61.0% -7.2% -67.1%
México -33.0% -2.0% -37.3%
Emergentes Chile -16.0% 4.4% -13.6%
Brasil 2.0% 4.6% 16.0%
Colômbia -27.0% 13.7% -1.8%
Rússia -20.0% 16.5% -42.0%
China -34.0% 26.0% -42.8%
Desenvolvidos
Japão 29.0% -18.3% -29.8%
Reino Unido 4.0% -11.3% -11.8%
Zona do Euro 9.0% -6.8% 2.3%
5Fonte: Itaú Unibanco, FMI, The Economist, BIS
Zona do Euro 9.0% 6.8% 2.3%
Austrália 59.0% 7.6% 1.4%
Custos elevados para o nível de produtividade
S lá i ( dól ) S lá i B fí i t b lhi t ( dól )Salário (em dólares) Salário + Benefícios trabalhistas (em dólares)
Índia
precos de hoje precos de 2012
Índia
precos de hoje precos de 2012
México
China
Índia
México
China
Índia
Brasil
Rússia
Brasil
Rússia
Produtividade (% da norte-americana, 2012) PIB per capita (PPP, 2012)
0 5 10 15 20 25 30 0 10 20 30 40 50 60
China
Índia
China
Índia
México
Brasil
México
Brasil
6Fonte: Itaú Unibanco, KPMG, FMI, Conference Board
0% 10% 20% 30% 40%
Rússia
0% 5% 10% 15% 20%
Rússia
Qual é o câmbio de equilíbrio? 3 visões
Equilíbrio 1: Paridade do poder de compra (PPP): em mercados competitivos, na ausênciade custos de transportes e outras fricções, bens homogêneos devem ser negociados ao
l ímesmo preço em qualquer país.Câmbio de equilíbrio = R$2,63 (Big Mac Index); R$3,02 (Câmbio real médio 1982-2012).
Equilíbrio 2: “Current rate”: supõe que a taxa de câmbio responde ciclicamente a uma sériede variáveis (passivo externo liquido, CDS, termos de troca).
Câmbio de equilíbrio = R$2.24.
Equilíbrio 3: Abordagem do equilíbrio da conta corrente: câmbio equilibra mercado depoupança e investimento.
Câmbio de equilíbrio = R$2.30 (supondo financiamento externo = 1,5% do PIB).
Câmbio de equilíbrio
Câmbio de equilíbrio R$2.30 (supondo financiamento externo 1,5% do PIB).
Big Mac Index 2.63
PPP (câmbio real médio) 3.02
7
“Current rate” 2.24
Equilíbrio da conta corrente (1,5% do PIB) 2.30
Depreciação leva a redução do déficit em conta corrente no longo prazo
Resultado em transações correntes - % PIB
2%
3%
1%
2%
1.5%-1%
0%
1.5%
-3%
-2%
-4%
8Fonte: Itaú Unibanco, BCB
-5%2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020
Câmbio ajuda competitividade, mas há risco de afetar o salário real
Salário real vs. taxa de câmbio
120
13060
80
110100
120
90
100140
160
80180
200
Taxa de câmbio real (escala invertida)
Salário real (t-12, direita)
701999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013
9Fonte: Itaú Unibanco, BCB, IBGE
Intervenções para evitar depreciação devido à inflação
Posição do BCB em swaps (bilhões de dólares)Taxa de câmbio
2,40
2,45
Compras
Af t t l d it l10
20
2 25
2,30
2,35 Afrouxamento nos controles de capital
Vendas 0
2 15
2,20
2,25
-20
-10
2,05
2,10
2,15
-30
1,95
2,00
,
-50
-40
2011 2012 2013
10
set-12 dez-12 mar-13 jun-13 set-13
Fonte: Itaú Unibanco, BCB
2011 2012 2013
Como estamos posicionados para este choque?
2013T2 2013
Principais indicadores antes do choque Valores máximos observados (desde maio)
Dívida Externa/PIB 13.8%
Reservas/PIB 16 2%
2013
Câmbio (R$/US$) 2.45
Reservas/PIB 16.2%
Dívida Externa Líquida/PIB -3.4%
CDS 5 anos 220
ICI-Inflação em USD (YoY) -12%
Inflação (acumulada em 4T) 6.7%
Selic 8.00%
ICI-Inflação em BRL (YoY) 2%
US$ bilhões % da dívida % das
Intervenções no mercado de câmbio
US$ bilhões externa reservas
Swaps 42(76)
13% (24%)
11% (21%)
11
Linhas 3.9 1.2% 1.0%
Fonte: Itaú Unibanco, BCB
Inflação corrente mais baixa, mas riscos de repasse cambial
IPCA – trajetória mensal
7,0%0,90%
Mensal 12 meses
jan/13 0.86% 6.2%
fev/13 0.60% 6.3%
6 0%
6,5%
0,60%
0,75% mar/13 0.47% 6.6%
abr/13 0.55% 6.5%
mai/13 0.37% 6.5%
5,5%
6,0%
0 30%
0,45%jun/13 0.26% 6.7%
jul/13 0.03% 6.3%
ago/13 0.24% 6.1%
5,0%0,15%
0,30%set/13 0.40% 5.9%
out/13 0.66% 6.0%
nov/13 0.77% 6.2%
4,5%0,00%jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13
Mensal 12 meses (direita)
dez/13 0.80% 6.2%
12Fonte: Itaú Unibanco , IBGE
Reajuste da gasolina pode pressionar IPCA
Necessidade de reajuste – gasolina e dieselVariação últimos 30 dias
31.8%30.9%30%
40%
10%
20%
Se toda a defasagem fosse corrigida, isso levaria a cerca de
-10%
0%
g ,0.75 p.p. a mais de inflação
-30%
-20%
-50%
-40%
2009 2010 2011 2012 2013
13Fonte: Itaú Unibanco, Bloomberg
% Refinaria Diesel % Refinaria Gasolina
Crescimento moderado à frente
Variação do PIB ante o trimestre anterior (com ajuste sazonal)
Simulações de PIB trimestral
2,0%7,5%
7%
8%
1,5%
1 0%
1,5%5,7%6,1%
5,2%5%
6%
0,5%0,6%
0,5%
1,0%
3,2%
3,9%
2,7%2,3%
3%
4%
0,3%
0,0%
1,2%0,9%
1,7%
1%
2%
-0,5%-0,5%
2010 T1 2011 T1 2012 T1 2013 T1 2014 T1
-0,3%-1%
0%
2003 2005 2007 2009 2011 2013
14Fonte: Itaú Unibanco, BCB
Crescimento no longo prazo depende mais da produtividade
Fim do impulso vindo da redução da taxa de desemprego de equilíbrio.População economicamente ativa cresce mais lentamente.Se não houver crescimento da produtividade, o PIB deve crescer menos.
Crescimento do PIB potencial (%)
Se não houver crescimento da produtividade, o PIB deve crescer menos.
3,5%
4,0%
3,5%
4,0% 3.7%
3.3%
2,5%
3,0%
2,5%
3,0%
2.2% 2.1%
2.8%
1 0%
1,5%
2,0%
1 0%
1,5%
2,0%
0,0%
0,5%
1,0%
0,0%
0,5%
1,0%
15
1997-2004 2005-2012 2013-2020
Trabalho Capital Produtividade
1997-2004 2005-2012 2013-2020
Trabalho Capital Produtividade
Fonte: Itaú Unibanco
Melhoria da educação pode gerar mais crescimento
PISA 2009 – média dos indicadores (matemática, ciências, leitura)
550
496500PIB médio até 2020: 4.0%
450
PIB médio até 2020: 2 4%
PIB médio até 2020: 3.1%
408
400
PIB médio até 2020: 2.4%
350
16Fonte: CNI, OECD, Itaú Unibanco, Hanushek e Woessmann (2010)