Jornal Locomotiva 27

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Romaria acaba em tragédia Rodrigo Federzoni é assassinado em Cajamar, no caminho para Pirapora |Pág7 Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação Locomotiva 6 de agosto - sábado - nº27 - Distribuição Gratuita Mariporã debate preservação de igreja histórica|Pág5 Avenida Israel, a obra que nunca termina |Pág 3 LUTO

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06 de Agosto de 2011

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Romaria acaba em tragédiaRodrigo Federzoni é assassinado em Cajamar, no caminho para Pirapora| Pág 7

Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva6 de agosto - sábado - nº27 - Distribuição Gratuita

Mariporã debate preservação de igreja histórica| Pág 5

Avenida Israel, a obra que nunca termina | Pág 3

LUTO

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Talvez a festa que mais tenha a cara da Franco da Rocha dos velhos tempos seja a Romaria à Bom Jesus de Pirapora. Todos

os anos, independentemente de propagan�da centenas de romeiros deixam a cidade e viajam por ruas de terra no que seria um evento predominantemente religioso. Mas, apesar de no início ter este objetivo, hoje a romaria perdeu o caráter santo. A romaria não é mais importante pelo ponto de chega�da, mas pelo itinerário recheado de bares e brincadeiras nem sempre muito saudáveis. O meio de transporte original também já se perdeu. Os antigos romeiros ainda fa�zem questão de cavalos e charretes, mas a maioria prefere veículos mais modernos.

O mais triste é que para a maioria o por�quê disso tudo pouco importa. Pirapora é a balada tradicional de agosto. E fim. É claro que ainda existem personagens que fazem a Romaria valer a pena, como Seu Tino Palma, por exemplo. Que faz da Ro�maria à Pirapora uma verdadeira devoção. Pessoas que sabem que a alegria do caminho só existe por causa do interesse da chegada. Este ano a saída da romaria estava bas�tante esvaziada. Poucos ainda resistem às brigas e algazarras etílicas proporcionadas por uma organização já deficiente. Mas não tem problema, ano que vem está aí e Pirapora vai bombar, como dizem os mais novos. Ano político, romeiros! E que Bom Jesus nos proteja.

A APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcio-nais – é uma sociedade civil e filantrópica que nasceu em 1954, no Rio de Janeiro que tem o objetivo de promover a atenção à pessoa com defici-ência, em especial aquela com deficiência mental.

Esta é uma instituição pionei-ra que está presente em 2 mil municípios em todo o território nacional. Talvez por este mo-tivo seja conhecida por cerca 87% dos brasileiros e tida como confiável por 93% deles.

Dentre as principais lutas da APAE destacam-se a incor-poração do Teste do Pezinho na Rede Pública de Saúde, a prática de esportes, a inserção das linguagens artísticas como instrumentos pedagógicos na formação das pessoas com

Os amarelinhosPara quem diz que a Prefeitura de Franco não trabalha, sempre temos os amarelinhos para desmentir. Raia o dia e já estão a postos canetando

Olha o teu rabo Mas a contrapartida que é bom, nada. É faixa de pedestre apagada, as placas de sinalização pendurada, e assim (não) caminha o franco-rochense.

Em causa própria E o que dizer do transporte, dos funcionários nos caminhões de carroceria aberta, junto com as ferramentas, sem os equipamentos de segurança, correndo risco de vida. É multa gravíssima. Será que nessa hora acaba a tinta da caneta?

SucessãoMarcelo Nega, do alto da presidência do PRB (o partido da Igreja Universal), anda dando seus pitacos no PSDB e nos aliados. Diz para quem quiser ouvir que o vice do Pinduca será Rodrigo Federzoni. Falta combinar com o PV.

Candidatura a vista

deficiência e a estimulação pre-coce como fundamental para o seu desenvolvimento.

Em Franco da Rocha a APAE iniciou suas atividades em 1985 e hoje ainda conta com um qua-dro pequeno de funcionários, mas muito importante para a população especial da cidade que, geralmente, não possui condições de pagar por esse trabalho tão específico. Aqui, o atendimento conta com a ajuda de psicóloga, fonoaudi-óloga, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e musicoterapeuta. Atende cerca de 125 crianças com deficiência mental, autismo e síndromes diversas.

Os recursos vêm parte do Governo Federal, parte da Prefeitura e são complemen-tados com a realização de um bazar permanente na própria

instituição, festas, bingos e jan-tares. Também existem doadores mensais que entram em contato com a diretoria e fazem doações entre R$ 10 e R$ 350.

De acordo com a Coordena-dora Técnica, Geisa K. Hograefe Scagliante, a população pode ajudar a melhorar este trabalho participando das ações organi-zadas pela APAE, inclusive na organização desses eventos, além de aderir ao programa de doa-ção mensal. “Se todos ajudarem com R$ 10, a APAE poderá fazer ainda mais por essas crianças tão especiais”, completa.

Neste ano, a Semana do Excepcional, que será come-morada entre 21 à 28 de agosto, tem como lema “A pessoa com deficiência quebra a cultura da indiferença. Tenha coragem de ser diferente”.

EDITORIAL

APAE

Locomotiva é uma publicação quinzenal da

Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha, Caieiras,

Francisco Morato, Mairiporã e região.

E-mail: [email protected]

Tiragem: 10 mil exemplares

Editor: Ricardo Barreto Ferreira Filho

Reportagem: Fernanda de Sá

Colaboradora: Adriana Mendes

Projeto gráfico: Feberti

Diagramação: Vinícius Poço de Toledo

Todos os artigos assinados são de responsa-

bilidade de seus autores e não representam,

necessariamente, a opinião do jornal.

Expediente

Neiva Hernandez, presidenta do PV de Franco da Rocha, está articulando fortemente para sair como candidata a prefeita em 2012. A diretriz do partido é ter candidato no maior número de cidades possível.

Abaixo os forasteirosDú (PTB), presidente da Câmara Municipal de Mairiporã trabalha com a perspectiva de se lançar candidato a prefeito. Tem como um dos motes o ataque aos forasteiros, que “ameaçam” uma outra candidatura.

Lei é leiTodos os possíveis candidatos a vereador que ocupem cargos de confiança devem se desincompatibilizar até 1º de abril de 2012, sob pena de não poderem ser candidatos.

CofrinhoFrente de trabalho também conta. Será que tem alguém nessa condição? Se tiver é bom começa a fazer um pé de meia...

IntriganteGente da Prefeitura de Franco está ajudando a montar o PSD, o partido do Kassab. Mas, pelo que se comenta, o partido apoiaria Toninho Lopes para prefeito. A ver.

NOS TRILHOS

VOCÊ SABE?VOCÊ CONHECE?

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A placa da prefeitura, destacada logo no início da Avenida Israel, no bair-ro da Vila Bela, diz que a obra realizada naquele lo-cal terminaria na última segunda-feira, 01. Porém, a movimentação de máqui-nas e homens desmente o anúncio.

Esta obra já se prolonga por aproximadamente cinco anos, desde o seu início, segundo moradores. A ave-nida, antes de terra, recebeu asfalto e muro de arrimo, fato que gerou satisfação por parte dos residentes, pedestres e motoristas que finalmente puderam utilizar a avenida como alternativa de acesso ao bairro. Mas esta alegria durou muito pouco. Parecia estar tudo muito bem quando, a cer-ca de três meses, a avenida

Obra na avenida Israel causa transtornos a moradores

foi interditada novamente. Desta vez, o muro de ar-rimo cedeu, prejudicando também o asfalto. Era só o começo do transtorno.

A Prefeitura não expli-ca o porquê de problemas tão graves acontecerem em obras importantes como as da Avenida Israel e da Rua Benedito Fagundes Mar-ques. Em ambas, com as obras entregues, acontece-ram problemas estruturais que danificaram em pou-co tempo todo o trabalho realizado. E os moradores e comerciantes foram ex-postos a novos transtornos.

Com a falta de chuva, os moradores da avenida sofrem com a poeira, re-sultado da terra espalhada na rua. “Eu mesma fiquei doente esses dias por cau-sa da poeira. Sem contar

com o incômodo que traz a movimentação constante de carros e caminhões na rua de cima, que é a entrada principal de várias casas daqui”, diz a moradora Ca-cilda Damaceno Mota, que reside na avenida há mais de 50 anos, referindo-se à

rua General Rondon. Outro problema encon-

trado na casa da Dona Cacilda é o esgoto. “Já estouraram dois canos de esgoto e a água suja veio cair dentro da minha casa. O cheiro ficou horrível, fora o perigo de contrair

doenças”, completa, chateada com a situação.

Quando terminávamos a entrevista com a Dona Ca-cilda, começou a chover, trazendo outra preocupação “Agora a terra que levantava poeira, vai virar lama”, disse a senhora desolada.

Nova interdição prejudica quem mora no local, impede o acesso de veículos e dificulta passagem de pedestres

Placa indica a data de término da obra. Prazo não foi cumprido.

Cacilda Damaceno Mota reside nas proximidades da obra.

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Os moradores do Jar-dim Alegria já podem ver as placas de investimento do Governo Federal para a construção do Centro Integrado da Municipal (CIM), em uma articula-ção direta e indireta do vereador Anderson Silva (PT) e a Prefeitura Muni-cipal. O valor declarado é

de R$ 938 mil (R$ 600 mil em Turismo e R$ 338 mil para o Esporte e Lazer) para a construção e manutenção de um local que, segundo as placas, beneficiará mais de 4 mil famílias diretamente.

No projeto, esta unidade do CIM reunirá num só espaço todos os órgãos do serviço de atendimento à

Os Centros Integrados Municipais mostram a prioridade de Francisco Morato com a Educação

Governo Federal confirma verba para construção do CIM Alegria

comunidade, como Unida-de Básica de Saúde (UBS), creche para 50 crianças e pré-escola para 200 crian-ças, Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Es-pecializado de Assistência Social (CREAS), Centro de Referência do Idoso (CRI) e Centro de Qualificação para o Trabalho.

O CIM também con-tará com equipamentos

públicos de esporte e lazer. De acordo com a Prefeitura, que elaborou o projeto, o local abrigará ainda duas quadras poliesportivas, pis-cina semiolímpica e Teatro. Segundo o prefeito Zezinho Bressane, a construção dos CIM está sendo executada em etapas, de acordo com a liberação dos recursos pelos diversos órgãos de governo e cita-se como exemplo a solicitação de três unidades de proinfância para o CIM Alegria, ainda não aprova-das pelo Governo Federal.

“No CIM Alegria foram liberados recursos pelo Governo Federal para construção de 02 (duas) quadras descobertas no valor de R$ 292.500,00 e a contrapartida municipal de R$ 95.884,00 com prazo de execução de 90 dias e um parque no valor de R$ 390.000,00 pelo Governo Federal e a contrapartida municipal de R$ 33.427,34 com prazo de execução

de 270 dias, obras essas em construção”, explica o prefeito.

O Centro será criado em um terreno localizado na Avenida Ouro Preto com uma área de 222 mil metros quadrados.

Outras unidadesForam previstos sete CIMs

nas seguintes regiões: Ale-gria, Vassouras, 120, Lions (Vila Guilherme), Morum-bi, Água Vermelha e Casa Grande.

O mais adiantado e o CIM Vassouras, tendo sido licitado com recursos da Prefeitura na ordem de R$ 9.000.000,00, duas unidades de creches e educação infan-til com capacidade para 500 alunos, conjunto aquático com três piscinas, teatro para 304 lugares, bibliote-ca, centro de capacitação de professores e funcionários da educação, administração, portaria, centro ecumênico e estacionamento.

a) Governo Federal Educação: 02 (duas) unidades de proinfância no

valor de R$ 2.600.000,00 (dois milhões e seiscen-tos mil reais), com capacidade para 500 alunos;

Saúde: Unidade Básica de Saúde da Família no valor de R$ 490.000,00 (quatrocentos e noventa mil reais), para implantação de 03 (três) equipes;

Esporte, Turismo, Lazer, Trabalho, Assistência Social: Praça do PEC no valor de R$ 2.200.000,00 (dois milhões e duzentos mil reais).b) Governo Municipal

Educação: 02 quadras descobertas poliespor-tivas no valor de R$ 420.000,00 (quatrocentos e vinte mil reais).

O investimento total no CIM Vassouras nessa etapa atingirá aproximadamente R$ 15 milhões.

O objetivo dos CIM s é desenvolver integralmen-te as crianças, jovens, adolescentes e adultos, por meio da oferta de educação de qualidade, ativi-dades sócio-culturais, esportivas, recreativas, de promoção e prevenção à saúde e de assistência social. O projeto ainda pretende oferecer ativida-

des de cultura, esportes e lazer aos alunos matri-culados na rede municipal de ensino no período de pré e pós-aula e fortalecer a comunidade para o seu desenvolvimento, promovendo articulação e organização de programas sociais e ações de interesse local.

Enquanto a cidade aguarda a construção e finalização dos CIM s, a Prefeitura informa que está em andamento a implantação do programa Segundo Tempo que atenderá 800 (oitocentas) crianças em diversos bairros do município.

Outros prédios serão construídos no CIM Vassouras com recursos já liberados:

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Revitalização do centro e histórias antigas de Mairiporã

A primeira grande mu-dança na região central da cidade envolveu a mudança da igreja matriz e posteriormen-te a construção da rodoviária antiga entre os anos 70 e 80. Como consequência indire-ta desta remoção da igreja ocorreu a “excomunhão” do prefeito da época, que adoe-ceu logo em seguida, por uma doença rara, e nunca mais se recuperou. Isto assustou os moradores locais. Lenda ou mito, este adoecimento é tido pelos mais antigos como penalização por conta da mu-dança da igreja.

Para tentar reparar o mal, uma réplica da Igreja Matriz, um pequeno santuário, foi

construída para substituir a antiga igreja demolida. En-tretanto, com a reformulação do centro da cidade, existe a possibilidade da réplica ter o mesmo destino.

Do ponto de vista legal não há objeção à reforma

Projeto Pura: dinheiro do contribuinte no ralo da SABESP

A Sabesp criou mais um mecanismo para retirar dinhei-ro do povo, agora por meio das prefeituras municipais da região, através do Projeto Pura (Projeto de Uso Racional da Água).

O projeto, mesmo com par-ceiros idôneos e propósitos nobres, está sendo feito por

meio de contratos sem o de-vido processo licitatório por uma empresa denominada Sabesp Soluções Ambientais, utilizando-se de recursos do FEHIDRO, até mesmo sem a contrapartida da SABESP. Ou seja, retiram dinheiro já escas-so do FEHIDRO, não gastam nada, mas ainda cobram para

realizar o projeto. Há suspeitas de que a Sabesp

esteja enganando as prefeitu-ras de todo o Estado. A causa parece nobre e muitos pre-feitos com boas intenções já assinaram o convênio. Até o governador chegou a prestigiar a celebração dos contratos.

Mas, se não bastasse ausência

A cidade de Mairiporã sempre foi palco de algumas histórias interessantes. Algumas já se tornaram lendas e passam de boca a boca entre os moradores.

da praça, como afirma a procuradora municipal Ieda Maria Ferreira Pires: “Sob o aspecto da legali-dade, a reforma da praça é absolutamente admissí-vel, abrangendo ou não a retirada ou a reforma da

réplica da igreja”.Entretanto, a remoção do

pequeno santuário não é assunto necessariamente da legislação administrativa, estaria mais para o direito canônico, como afirma a procuradora: “Quanto a

necessidade de prévia auto-rização da Igreja Católica, esta não está vinculada a questões jurídicas.”

A dúvida agora é se o pre-feito atual vai se indispor com a Igreja e autorizar a retirada.

de saneamento básico, pois a região tem um dos piores ín-dices do Brasil, a Sabesp ainda permitiu o alagamento da ci-dade de Franco da Rocha, sem nem mesmo avisar o Delegado de Policia.

Uso racional ou venda de marketing

O nome do projeto PURA (Projeto de Uso Racional da Água) é um excelente exercício de marketing, mas um péssimo negócio para os contribuintes. Na verdade, mais parece algum tipo de “negócio” para a Sabesp e seus gestores.

A Sabesp não realiza sa-neamento básico na região, pois temos um dos piores índices do país, mas sabe vender projetos. Vejam que os gestores de plantão da Sabesp sabem perfeita-mente destes índices, porém preferem ensinar os prefei-tos a como conduzir seus governos.

O deputado estadual Alencar (PT) está de posse destes documentos e pro-mete analisar o teor desses contratos.

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Empresa de confecção presta serviços para marcas renomadas

Esta nova sEção do Locomotiva é dEdicada ao comércio dE Franco da rocha, o mais FortE da rEgião. Em cada Edição, vamos mostrar um produto ou sErviço quE é prEstado aqui, do Lado dE casa.

O ramo da confecção sem-pre chamou a atenção das irmãs Amanda e Cintia. A parceria das duas com uma tia, que já conhe-cia um pouco da atividade, fez com que o sonho se tornasse realidade. “Nossa intenção era montar uma loja, onde vende-ríamos roupas produzidas por nós mesmas”, diz a gerente da empresa de confecção Corte e Costura, Amanda Ramos de Oliveira.

Entretanto, após um ano e dois meses do início das ativi-dades, a empresa já é destaque na região, prestando serviços para grandes lojas como Marisa, Riachuelo e Renner. “Desde o início eu sabia que chegaríamos nesse patamar, pois temos força de vontade e uma equipe muito boa”, declara Amanda, que faz questão de citar a irmã Cintia Ramos de Oliveira como a prin-cipal idealizadora.

Querendo alcançar outros

horizontes, a empresa, que está localizada na Avenida Giovani Rinaldi, no bairro do Parque Vitória, e conta com 30 costu-reiras, está focando as atividades em serviços diferenciados. “Es-tamos acostumadas a produzir em massa, ou seja, em grande quantidade. Agora buscamos uma produção diferenciada, produzindo peças com maior qualidade. Para tanto, nosso olhar está voltado para marcas como Adidas, Fila, Puma, entre outras”, destaca Amanda, que completa “Ainda queremos ter a nossa loja e a nossa marca, com modelos diferenciados de outros magazines”.

AQUI TEM

Girandolá realiza espetáculos em toda a regiãoGrupo teatral de Francisco Morato tem como principal peça o “Conto de todas as cores”

Levar alegria para as crianças disseminando a arte e a cultura. Com esse objetivo, em 2007, surgiu, em Francisco Mo-rato, o grupo teatral Girandolá, inicialmente formado por 4 in-tegrantes. “Estreamos o nosso

primeiro espetáculo no mês de março de 2008, com a peça Conto de todas as cores, que hoje é nosso ‘carro chefe’. Com o decorrer do tempo, a peça, que era apresentada em Mo-rato, foi ganhando repercussão

Exclusiva Corte e CosturaAvenida Giovani Rinaldi, 64, Pq Vitória Telefone: 4819 – 4318

e começamos a levar o espe-táculo para várias cidades, inclusive no interior traba-lhamos com várias unidades do CEU (Centro Educacional Unificado) e do SESC, o que nos rendeu um prêmio da

Secretaria do Estado da Cultura”, diz Fábia Pierangeli, integrante do grupo.

Projetos- O Girandolá mantém uma oficina de sensibilização artística, onde 25 crianças do bairro moratense Suiça têm

a oportunidade de aprender dança, música e teatro. Outro projeto interessante do grupo é o “Girandolá recebe”. “Uma vez por mês recebemos grupos de teatro, música e de exposição que são nossos amigos e parceiros. Eles apresentam as peças aqui no nosso espaço e nos ajudam a fazer o trabalho de formação de público na região”, diz Fábia.

No ano passado, 2010, o gru-po estreou o espetáculo adulto “Aruê!”, que trata de assuntos como prostituição e violência contra a mulher.

Apesar das dificuldades ainda encontradas, o grupo faz questão de deixar uma mensagem. “Se você quer ser ator, não desista do seu sonho”, finalizou o ator André Arruda.

O Girandolá disponibiliza na internet (www.teatrogirandola.com.br) sua programação, por meio do informativo eletrôni-co, assim como informações sobre teatro e outras atividades artísticas.

Amanda, gerente da Exclusiva Corte e Costura, visa expandir os negócios

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Vereador Rodrigo Federzoni é morto a tirosRodrigo teria sido assassinado pelo seu colega de bancada, Léo, após discussão. Outras duas pessoas estão feridas

Na tarde de sexta, dia 5, no caminho da roma-ria a Pirapora do Bom Jesus, uma discussão apa-rentemente fútil destruiu famílias, encerrou uma amizade e colocou uma cidade inteira para chorar.

O vereador Leozildo Aristaque Barros, o Léo, atirou e matou o colega de bancada Rodrigo da Cruz França, o Rodrigo Federzo-ni. Léo ainda teria atingido outras duas pessoas antes de fugir.

Segundo testemunhas, os disparos teriam ocorrido por volta das 15h. Testemu-nhas relataram que os dois estavam em uma das para-das da romaria quando Léo reagiu a um comentário do companheiro, chegando a agredi-lo, no que foi con-tido pelos outros romeiros.

Mais adiante, quando eles já deixavam o local, Léo desceu do carro e disparou contra Rodrigo, que estava a cavalo.

Léo ainda teria dispardo

outras vezes, com Rodri-go já caído. Em seguida, ele ainda atingiu outras duas pessoas que tentaram contê-lo.

Rodrigo levou quatro tiros e chegou a ser en-caminhado ao Hospital Regional de Polvilho, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Até o fechamento desta edição, Léo estava foragido. A polícia localizou o carro dele horas depois, abando-nado. O caso foi registrado na Delegacia Seccional de Franco da Rocha.

AmigosOs vereadores eram

companheiros de Câma-ra Municipal desde 2004; Léo estava em seu segun-do mandato, e Rodrigo no terceiro. De acordo com relatos, os dois seriam amigos.

As outras duas pessoas baleadas são Evandro Fe-derzoni e Silvio Menegatti,

Quem precisa pegar di-nheiro em caixas 24 horas na cidade de Franco da Rocha já está sentindo o reflexo da onda de assaltos a caixas fortes que vêm crescendo todos os dias no Estado de São Paulo.

Postos de gasolina,

supermercados e outros es-tabelecimentos que antes ofereciam este serviço, com medo de atentados acabaram por desativar os caixas.

No dia 30 de junho, o Mer-cado Gonçalves, no Lago Azul, foi invadido por quatro

assaltantes, em motos, que além de render funcionários e clientes, fecharam a rua para impedir o acesso de mora-dores Às proximidades do local. A explosão, realizada por meio de dinamite causou mais de R$ 20 mil de preju-ízo ao proprietário Jeferson Gonçalves. “Na verdade, o meu maior prejuízo foi a fuga dos clientes que demoraram mais de um mês para ter co-ragem de voltar a frequentar meu estabelecimento”, explica o comerciante que, também assustado, já havia solicitado a retirada do caixa há mais de um mês antes do ataque.

O comerciante explica que os bandidos escolheram o horário entre as 7 e 7h30 porque é o período em que os policiais militares fazem a

Caixas eletrônicos viram artigo de luxo na cidadetroca de turno. Apesar de ter escola nas proximidades do mercado, nenhuma viatura da guarda municipal fazia a ronda na região no momento do atentado.

O mais recente ataque a caixas eletrônicos, tam-bém aconteceu próximo à nossa região, em um

supermercado de Taipas, na Zona Norte de São Paulo, e terminou com seis mor-tes, assustando ainda mais os comerciantes e clientes, uma vez que vem compro-var que o Estado não tem o menor controle sobre essas ações criminosas, em espe-cial na Grande São Paulo.

No Lago Azul assaltantes explodiram o caixa eletrônico do Mercado Gonçalves

Rodrigo Federzoni:

O jovem franco-ro-chense Rodrigo da Cruz França, mais conhecido como Rodriguinho Fe-derzoni, tinha 33 anos e estava em seu terceiro mandato como vereador. Ele foi presidente da Câ-mara entre os anos de 2003 e 2004. Rodrigo foi o segundo vereador mais votado nas últimas elei-ções, com 1.996 votos.

De família tradicional e bastante conhecido na ci-dade, Rodrigo era um dos proprietários do Depósito de Materiais de Constru-ção França e Carvalhaes.

Era casado com Ana Ca-rolina de Palma e França e pai do pequeno Pietro, de apenas um ano.

que permanecem inter-nados e passariam por cirurgia para retirada dos projéteis; o primeiro foi transferido para o Hospi-tal Paulo Sacramento, em Jundiaí, e o segundo para o Hospital Municipal An-tonio Giglio, em Osasco.

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O símbolo de uma tradição Não há como se lembrar

da Romaria a Pirapora sem falar de Tino Palma. Um dos fundadores do evento mais famoso de Franco da Rocha, Gentil de Palma, o Seu Tino, é o que pode se chamar de uma lenda viva para os romeiros.

Vindo de Itatiba para Franco da Rocha com apenas e oito anos de idade, Tino costumava andar a cavalo pelo Hospital do Juquery junto com os amigos Ladislau Corrêa Leite (Baú) e Altino Anzelotti. Há exatos 68 anos os amigos tiveram a ideia de fazer uma viagem até a ci-dade de Bom Jesus de Pirapora e, sem querer deram início a uma tradição que ainda hoje passa de pai para filho. “Na-quela época ainda tem tinha a

Anhanguera e a gente chegou a dormir em um paiol para de-pois vermos a Maria do Samba dançar”, relembra.

Para os três amigos, a viagem foi mais do que uma aventura. “Chegamos aqui e contamos nossa façanha. No ano seguin-te, outros amigos quiseram ir junto. Depois mais outros. E foi assim que começou. Hoje, o povo de Pirapora é nosso irmão por causa disso”, se emociona.

Até o conhecido “Bar das Vacas” foi apelidado dessa maneira por Seu Tino que conta que no local matavam um boi para fazer churras-co. “Era nossa parada para o almoço”

Casado com Dona Candi-nha, Seu Tino ensinou aos

filhos – Vilma, Vera e Gentil – o amor pela romaria e a devoção a Bom Jesus. Os netos e até bisnetos tam-bém seguem a tradição e acompanham Seu Tino to-dos os anos até a cidade de Pirapora.

Para Seu Tino, a Romaria à Pirapora vai durar para sempre, talvez não para to-dos com o mesmo propósito. “Eu sou muito católico e vou até lá para homenagear o santo, mas tem gente que só gosta mesmo da bagunça. É muita moto, muito carro, perdeu um pouco daquela devoção de antes. Mas vai continuar e eu e minha fa-mília iremos até lá todo mês de agosto”, completa.

NOSSA GENTE nEsta sEção vamos rEgistrar as histórias, os “causos”, a vida dos homEns E muLhErEs quE FizEram E FazEm, a cada dia, a nossa cidadE.

Várzea Paulista organiza Festa de Orquídeas – a Orquivárzea

Em 2005, a Prefeitura de Várzea Pau-lista descobriu um grande potencial no cultivo de orquídeas na cidade, que já abriga quatro orquidários: Flores Vivas, Fioresi, Emanuel e o Biorchids, um dos maiores matrizeiros de orquídeas da América Latina. Com o objetivo de valorizar esse potencial produtor e criar uma identidade para o município, a Prefeitura daquela cidade desenvolveu ações de incentivo ao cultivo da planta, entre elas a Orquivárzea, a Festa das Orquídeas de Várzea Paulista.

Neste ano, o evento realizado entre os dias 19 e 21 de agosto conta com uma programação cultural bastante variada. A exposição é realizada no Espaço Cidadania

e os palcos de shows e barracas ficam ao lado, na Avenida Projetada.

A ambientação com jardinagem, iluminação, climatização especial, além de proporcionar bem estar aos visitantes, oferece conservação adequada às flores, que estarão expostas em ‘ilhas’. Neste ano os grandes shows serão com Elba Ramalho (no sábado, dia 20) e Jorge Vercillo (no domingo, dia 21). A entrada para o evento e as atrações são gra- tuitas. A programação completa está no site www.varzeapaulista.sp.gov.br/orquivarzea-2011

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