Jornal Locomotiva 66

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Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação Locomotiva 12 de maio de 2012 - sábado - nº 66 - Distribuição Gratuita Protesto contra abandono de rua esburacada, com esgoto a céu aberto e ratos |Pág. 6 Mobilização muda trajeto de ônibus Moradores do Vila Elisa conquistaram feito inédito: itinerário até o centro de Franco da Rocha terá tempo reduzido | Pág 7 Exclusivo Promotor Serra Azul afirma: ‘Até o momento, ninguém provou origem lícita do dinheiro’ | Pág s. 3 a5 Ratos continuam infestando Franco da Rocha | Pág 6

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12 de maio de 2012.

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Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva12 de maio de 2012 - sábado - nº 66 - Distribuição Gratuita

Protesto contra abandono de rua esburacada, com esgoto a céu aberto e ratos | Pág. 6

Mobilização muda trajeto de ônibus

Moradores do Vila Elisa conquistaram feito inédito: itinerário até o centro de Franco da Rocha terá tempo reduzido | Pág 7

Exclusiv

o

Promotor Serra Azul afirma: ‘Até o momento,

ninguém provou origem lícita do dinheiro’ | Pág s. 3 a5

Ratos continuam infestando Franco da Rocha | Pág 6

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Aquela praçaA reconstrução da Praça da Paradinha vai custar cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos municipais, depois de perder os recursos do governo federal.

CPTMA Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) conseguiu na Justiça a reintegração de mais imóveis da Rua Cavalheiro Ângelo Sestini. Agora restam apenas duas empresas atuando na área, que ainda lutam na Justiça. Isso em área na qual a própria CPTM é a proprietária, imaginando que os locatários não teriam nenhum direito.

Povo não gosta de política?Cerca de 6.500 pessoas procuraram o cartório eleitoral de Franco da Rocha nos dez dias de plantão para regularizar sua situação. Isso mostra que a população está, sim, interessada nas eleições de 2012. São cerca de 12.000 eleitores a mais do que 2008.

Dura vida de candidatoA estimativa é que

Locomotiva é uma publicação

semanal da Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha,

Caieiras, Francisco Morato,

Mairiporã e região.

E-mail: [email protected]

Impressão: LWC Gráfica e editora

Tiragem: 50 mil exemplares

Editor: Alessandro Soares

Reportagem: Valéria Fonseca, Thiago Lins e

Pedro Pracchia

Projeto gráfico: Feberti

Diagramação: Vinícius Poço de Toledo

Todos os artigos assinados são de responsa-

bilidade de seus autores e não representam,

necessariamente, a opinião do jornal.

Expediente

cheguemos a 94 mil eleitores, 12 mil a mais que em 2008. O quociente eleitoral (número que define qual partido faz vereadores) chegaria a 6.750 votos.

DecidindoEm reunião do Diretório Municipal do PT de Franco da Rocha, foi decidida a indicação formal do nome do Kiko como candidato a prefeito, além da formação de uma coligação majoritária composta por nove partidos: PT, PMDB, PCdoB, PR, PPS, PSDC, DEM, PTdoB e PTC.

Arco de aliançasAs negociações continuam pela ampliação da coligação, mas foram excluídas alianças com o PSDB e com o PSD.

Coligação ProporcionalO PT decidiu também fazer uma coligação proporcional com o PSDC, que indicará 22 candidatos, sendo 15 homes e 7 mulheres.

Parabéns pra vocêSábado passado, Kiko realizou sua festa de aniversário, que teve a presença de cerca de mil pessoas. Talvez, a maior comemoração de aniversário da cidade.

NOS TRILHOS

No último minuto...

O Jornal Locomotiva flagrou longa fila na qua-dra do Cartório Eleitoral na quarta-feira, dia 9, último dia para os interessados providenciarem o primeiro título de eleitor, transfe-

rência de domicílio elei-toral e revisão cadastral. Mais uma vez, muita gente deixou para o último dia. A imagem foi feita às 17h57, a três minutos do encer-ramento do prazo, e a fila

ainda estava no quarteirão vizinho. O último integrante, que não quis se identificar, alegou esquecimento e, por isso, havia chegado naquele momento para garantir seu direito de cidadão.

T empos difíceis estes. Ao mesmo tempo em que se constata a abundância de dinheiro na praça, descobre-se

também uma abundância de falcatruas.Se desde muito tempo a imprensa tem rece-

bido a alcunha de “Quarto Poder”, podemos inferir que há também o “Quinto Poder”, representado pelos bastidores da política, Brasil afora. Se a enroscada CPI do Cachoeira deslanchar em algum momento e conseguir ir a fundo nas histórias do contraventor, talvez nos revele um mundo que os simples mortais nem imaginam existir.

A influência de Carlos Cachoeira parece

não ter limites. São grandes empreiteiras e prefeitos, passando por governadores, depu-tados, senadores e tantas outras instâncias que enxergar até onde vai esse emaranhado está além da compreensão. Como é possível se estabelecer uma rede de crimes e corrup-ção como essa? Desde quando ela existe? Da mesma forma que é onipresente, com certeza é também impessoal. Partidos ou ideologias não são limites.

“Assim como é em cima, é embaixo”, proclamava o sábio Hermes Trismegisto. Brasília, Goiânia, São Paulo e também Franco da Rocha.

EDITORIAL

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‘Ninguém provou origem do dinheiro’

Franco da Rocha ainda não acordou do pesadelo que viveu na terça-feira, dia 7 de julho de 2009. Naquele dia fatídico, o Ministério Público (MP) apreendeu em dois gabinetes da Prefeitura cerca de R$ 66 mil em di-nheiro, cheques de empresas suspeitas de superfatura-mento e listas de “receitas” e “despesas” onde se liam “Marcio – 7.145 terreno”, “Pinduca – 5.000”, “Nega – 2.000”, indicando suposta propina. O processo corre

no Tribunal de Justiça de São Paulo.

À época, o promotor Da-niel Serra Azul Guimarães estava à frente do caso. Hoje, ele atua na Promo-toria de Justiça de Diadema. Para ele, “o material apreen-dido confirmou a suspeita que tínhamos” e a suposta existência de esquema de corrupção se tornou “fora de qualquer dúvida”. Leia a seguir trechos da entre-vista exclusiva ao Jornal Locomotiva:

Material apreendido na Prefeitura de Franco da Rocha torna claro o esquema de superfaturamento e pagamento de propina, segundo promotor Daniel Serra Azul Guimarães

Serra Azul: ‘As provas vão muito além disso’

Dia das Mães“Mãe: palavra pequena, mas com um significado infinito, pois quer dizer amor,

dedicação, renúncia a si própria, a força e sabedoria. Ser mãe não é só dar a luz e sim, participar da vida dos seus frutos gerados ou criados. Obrigado por termos você.”

Edson BalaTexto de Pearl S. Buck

É provável afirmar, com base nos dados apreendidos, que houve desvio de dinhei-ro público e pagamento de propina e por quê?

O desvio de verbas pú-blicas e o pagamento de propina estão devidamente comprovados, principalmen-te pela apreensão de elevada quantia de dinheiro em en-velopes nos gabinetes dos secretários municipais que, segundo as suspeitas iniciais, tinham a função de recolher e distribuir a propina. Com eles também foram encontra-das listas com as indicações das empresas que pagaram e dos agentes públicos que receberam.

As agendas com despesas e receitas anotadas à mão são a principal prova da denúncia? Cite exemplos, por favor.

As agendas traziam infor-mações precisas sobre quem pagava e quem recebia a pro-pina, mas as provas vão muito além disso.

Qual foi o resultado da perícia nos notebooks, di-nheiro, cheques e demais dados obtidos?

Todo o material apreen-dido confirmou a suspeita que tínhamos. Havia farto material não só documental, mas também de informática tornando fora de qualquer dúvida a existência de es-quema de superfaturamento e corrupção.

À época, os secretários ti-nham 30 dias para provar a origem lícita dos valores encontrados. Já o fizeram?

Até este momento, nin-guém provou a origem lícita do dinheiro apreendido, até mesmo porque a origem é a corrupção, conforme descrito na ação proposta e plenamen-te demonstrado nos autos do processo.

Existem dados que apon-tam para o envolvimento do prefeito Marcio Cecchettini no esquema de propinas?

O envolvimento do Prefeito

está devidamente descrito na petição inicial e se reforçou com os empecilhos criados à investigação. O Ministério Público pede também sua condenação por improbi-dade administrativa, dada a gravidade de sua conduta.

Cerca de uma semana depois da ação policial em julho de 2009, a Pre-feitura Municipal afirmou em nota oficial que havia determinado “abertura de sindicância para a apu-ração dos fatos de sua responsabilidade, afas-tando, temporariamente, os servidores cujos nomes foram apontados; Após a conclusão de sindicância serão adotados (sic) as pro-vidências cabíveis.” Pode comentar, por favor?

Deixei a comarca de Franco da Rocha aproximadamente seis meses após a operação e nunca tive ciência do re-sultado de tal sindicância interna da prefeitura. Um dos envolvidos supostamente

afastados, no entanto, conti-nuou exercendo suas funções na Prefeitura Municipal. A inverdade da informação também foi objeto da ação proposta, assim como a falta de colaboração e a criação de embaraços para o escla-recimento dos fatos.

A Prefeitura continua não

colaborando com as inves-tigações do MP?

Após a operação, houve embaraços à investigação por parte dos investigados. Ago-ra a produção de prova está sob os cuidados do Poder Judiciário.

Quais são os próximos

trâmites judiciais?O processo está na fase

postulatória. Após a citação de todos os réus, haverá a fase de produção de provas e a sentença. O processo deve demorar mais que o normal, pela complexidade do caso.

Zanone Fraissat

Se condenados, terão de devolver R$ 6 milhões

Os promotores do MP e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investigaram denúncia de corrupção feita pelo vere-ador Carlinhos – assassinado em 2008. Os envolvidos seriam o prefeito Márcio Cecchettini (PSDB), o vice, três secretários e vereadores. Como não explica-ram a origem do dinheiro apreen-dido, foram encaminhados à de-legacia para prestar depoimento e ninguém foi preso.

Cecchettini afirmou ao SPTV, da Rede Globo, que “Franco da Rocha é um dos mais pobres municípios do Estado”, que tem “R$ 3.850 milhões para obras de infraestrutura por ano, o que dá cerca de R$ 300 mil por mês”.

Os documentos apreendidos, segundo o MP, demonstram que o esquema teria desviado mais de R$ 200 mil por mês. Se forem condenados, os envolvidos te-rão de devolver mais de R$ 6 mi-lhões, incluindo multa de 200%.

Leia mais nas pags. 4 e 5

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Agendas comprometedorasDividida claramente em ‘receitas’ e ‘despesas’, listas de agendas indicam beneficiários e empresas

Nas agendas encontra-das junto com o dinheiro nas gavetas dos gabinetes dos secretários na Prefeitura, no-mes dos supostos envolvidos aparecem junto a anotações de despesas e gastos, ao lado

de 24 nomes de empresas que seriam responsáveis pela receita do esquema fradu-lento. Entre elas, aparecem nomes como Mega Farma, Serget Engenharia de Trân-sito, Compec Comercial,

Expert material para escri-tório, Oxiluz Comercial e CIMF Radiofiagnóstico. Na lista, constam nomes como “Pinduca”, “Nega”, “Diego”, “Marcio”, “Câmara” entres outros recebem dinheiro

mensalmente. Alguns che-gariam a receber mais de R$ 5 000 por mês. Despesas de cunho pessoal, como pa-gamento de IPVA, viagens de ônibus, multas, paga-mento de 13º de seguranças

particulares e almoços de R$ 1000 estão entre os tópicos da lista. Em uma anotação, R$ 13 500 seriam destinados aos “vereadores”. Outra indica quantia de R$ 2000 ao “PSDB”.

Soebe Construção e Pavimentação

Transcolar Loc. de Veículos Ltda. (Silvio)

Serget Com. e Sev. de Eng. Trânsito Ltda Comercial J. Strambeck Ltda EPP JJ Com. e Distr. de Gên. Alimentícios Ltda Aparecida Galilan Rocha EPP Tratalix Ambiental Ltda Cecam Consult. Econ. Contábil e Adm. Mun. SC Forma Escrita Projeto Editorial Ltda King Limp Com. de Produtos de Limpeza Ltda Calvo Comercial Importação e Exportação Ltda Oxiluz Comercial Ltda

Fornecedores da Prefeitura

Pinduca - Vice prefeito

Câmara dos Vereadores Márcio -

Prefeito

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Um esquema de corrup-ção envolveria empresas que prestam serviços para a Pre-feitura de Franco da Rocha. Em julho de 2009, o Ministé-rio Público encontrou R$ 52 mil no gabinete do secretário de Assuntos Jurídicos e R$ 10 mil com o secretário de Governo, parte em dinheiro

vivo, parte em cheques das empresas. Além do dinheiro, foi apreendido um caderno com anotações a mão que re-gistram o destino do dinheiro, como despesas pessoais dos envolvidos. A acusação é improbidade administrati-va, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A DENÚNCIA do MPComo funcionava o esquema?Dinheiro pago para empresas executarem obras públicas vira propina, indo parar no bolso de funcionários da alta cúpula da Prefeitura.

Quem pagava?As empresas que venciam licitações para obras públicas, nas áreas de merenda escolar, transporte escolar, transporte público, coleta de lixo, pa-vimentação e revitalização urbana.

O esquema seria finan-ciado por empresas e em-presários da cidade. Os ope-radores seriam o secretário de Governo Marcelo Nega, o ex-secretário de Assuntos Jurídicos Marco Antônio Do-nário e o assessor Osmaior Anzelotti. O prefeito, o vice, secretários e vereadores se-riam beneficiários.

Entre as anotações en-contradas, as inscrições “Márcio – 7.145 – terreno”, que aparecem em vários meses, e “Márcio – doc. carro – 1.000”, sugerindo despesas pessoais, além de “Pinduca – 5.000” e “Nega – 2.000”, indicando retiradas periódicas, alêm de sugestões de aquisi-

Esquema ‘Relógio R$ 3.000’ e ‘Terreno R$ 7.145’

Suposta corrupção na Prefeitura teria desviado R$ 2 milhões em 15 meses

Em julho de 2009, promo-tores apreenderam R$ 66 mil e anotações com dois secretá-rios na Prefeitura. Ninguém foi preso, mas o MP pediu quebra de sigilo bancário do prefeito

Márcio Cecchettini, de sua irmã dele, sua secretária

e do diretório muni-cipal do PSDB. Em

outubro, Cecchettini atacou o Locomotiva

após matéria sobre a falta de colaboração do prefeito

nas investigações. O esquema teria desviado R$ 2 milhões e movimentaria R$ 200 mil por mês. Pedidos de arquivamento das investigações e devolução do dinheiro foram negados pelo Judiciário a Marcelo Nega, por falta de provas de origem lícita. Em janeiro de 2010, o MP mo-veu ação civil pública pedindo o afastamento dos envolvidos. As mortes de dois ex-presiden-tes da Câmara também teriam relação com o caso.

Prefeito: 8 processos, 2 sentenças

Além da denúncia do MP, outras três ainda estão corren-do, junto com dois mandatos de segurança. As denúncias por improbidade administrati-va são contratação irregular de empresa de transporte de pa-cientes (Márcio alegou urgên-

cia, mas a Justiça considerou irregular); contratação irregu-lar de funcionário em cargo de comissão (processo em fase de instrução); e distribuição irre-gular de propaganda eleitoral (ação foi julgada improceden-te, mas o MP recorreu).

Média de um por ano de mandato

Quem recebia?Segundo o Ministério Público, 10 dos 11 vereadores recebiam a propina, o que garantia a aprovação dos projetos no poder executivo. O restante seria dividido entre o prefeito, o vice e quatro secretários.

Condenado em primeira ins-tância por propaganda eleitoral com uso de dinheiro, Márcio terá de devolver aos cofres municipais o valor gasto com convites, inserções de notícias e carnês de IPTU em 2008, ano em que foi reeleito.

Propaganda ilegal

ção de bens pessoais, como “Relógio – 3.000”. Segundo a promotoria, a demora na comprovação da origem do dinheiro colabora com a sus-peita de material ilícito. O valor apreendido totaliza R$ 66.512 mil, sendo R$ 56.062 no gabinete de Marco Donário e R$ 10.450 em um cofre no gabinete de Marcelo Nega.

A contratação de 61 funcionários sem concurso público pode custar a Cec-chettini cinco anos sem di-reito político. Cecchettini foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa, com base na

Lei nº 8.429/92, com perda da função, segundo sentença do juiz Fernando Dominguez Guiguet Leal, datada de 10 de agosto de 2010.

Como cabe recurso, ain-da restam outras instâncias para o prefeito recorrer.

Perda de direitos políticos

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A Serralheria Potigua é uma grande conquista para seu proprietário Francisco Costa, empreendedor que mora no bairro da Vila Elisa desde 1979, quando se mu-dou para Franco da Rocha. Seu estabelecimento comer-cial fica na mesma região.

Chico Costa, como é mais conhecido, conta com ajuda de quatro empregados para atender toda a região. Mas o serralheiro sonha alto: “Quero chegar também a cidades como Várzea Paulista e Jundiaí, onde trabalhei muitos anos como caldereiro em metalúrgica e

Serralheria para toda obra

Esta nova sEção do Locomotiva é dEdicada ao comércio dE Franco da rocha, o mais FortE da rEgião. Em cada Edição, vamos mostrar um produto ou sErviço quE é prEstado aqui, do Lado dE casa.AQUI TEM

Serralheria Potigua - Rua Pernambuco, 117, Vila Elisa, Franco da Rocha. De seg. a sáb. das 7h às 17h.Filial em Caieiras – Rua Monteiro Lobato, 298, Jardim VictoriaTel: 4449-3780 – Cel: 7371-1760

conheço bem o lugar”. Além da serralheria, Chico também atua em manutenção predial.

Os preços da Serralheria Po-tigua variam muito e vão de acordo com a preferência dos fregueses. Portões com material galvanizado são os campeões de venda. “Como é mais difícil de enferrujar as pessoas preferem”, explica Chico.

Outro serviço é o atendi-mento a domicílio, com mais comodidade para seus clien-tes de segunda a segunda, sem cobrança de orçamento. “Como muitos fregueses tra-balham durante a semana a

Descaso, revolta e promessas vaziasMoradores da Rua Pretória fecharam a via e tocaram fogo em objetos para chamar atenção da Prefeitura, sem sucesso

No último sábado, dia 5, mais de 50 moradores da Rua Pretória, no Parque Vi-tória Baixo, revoltados com o descaso das autoridades municipais de Franco da Rocha, fizeram manifes-tação contra o estado de abandono. A via principal que dá acesso a linha de ônibus foi fechada duran-te três horas de protesto. Moradores atearam fogo a móveis velhos, pneus e madeira. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros

foram chamados. Apesar da exaltação, ninguém fi-cou ferido.

Os moradores queriam atenção dos governantes, com pouco sucesso. “Fun-cionários da Prefeitura se prontificaram a resolver já na segunda-feira (dia 7), mas ficou tudo na promessa e ninguém apareceu”, conta Wesley de Oliveira, de 29 anos. Alguns dos problemas citados: péssima condição do asfalto nos mais de três quilômetros da rua, esgoto a

céu aberto e presença cons-tante de ratos.

Com os buracos o pe-rigo é grande. “Parece pista de rally. Motoristas desviam de buracos e às vezes perdem o controle e podem atropelar pedestres e crianças”, desabafa Wesley. Não existem lombadas, o asfalto é danificado pelo tráfego de veículos pesados (ônibus e caminhões), que causam danos estruturais nas residências. Valdemir Antônio Silva, de 51 anos,

teve sua casa afetada. “Eles (governantes) vêm aqui e dizem que é área de risco. Só corremos risco porque ninguém faz nada”.

Quando chove a lama toma conta. Ricardo Silva, 19 anos, não vê perspec-tivas. “A gente liga para a Sabesp, eles dizem que temos que acionar a Pre-feitura; falamos com a Prefeitura, eles falam para ligar para a Sabesp. Jogam de um para o outro e nada é resolvido”.

Portões são campeões de venda, diz Chico Costa

visita aos domingos é bastan-te solicitada”, explica.

O prazo para a entrega dos serviços da Potigua fica entre 20 e 30 dias após o pedido. O pagamento pode ser parcelado em até três vezes no cheque.

Ratos ainda infestam Pq.Vitória

Camundongo (Mus musculus)

Chamado de ratazana, é acostumado a cidades e não teme o ser humano. Responsável por ataques e surtos de leptospirose.

Rato de telhado (Rattus rattus)

Rato de esgoto (Rattus norgevius)

Tem grandes olhos e orelhas, nariz afilado e cauda maior que o corpo. Escala até superfícies verticais.

Menor das espécies urbanas, se entoca em armários e fogões. É presa fácil de ratoeiras.

Infestações de ratos ainda são uma constante para os moradores do Parque vitória. Sem um serviço público de desratização, a Prefeitura de Franco da Rocha sugeriu que os moradores procurem serviços parti-culares de desratização. O convivívio com os roedores pode trazer uma série de doenças aos seres humanos. Veja abaixo os tipos mais comuns de ratos:

Asfalto esburacado, esgoto a céu aberto, ratos, risco de atropelamento, lama quando chove: não falta problema na via

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Vitória da mobilização: Vila Elisa conquista itinerário

Os moradores da Vila Elisa conquistaram um feito inédito. Após cinco meses de reivindicações e reuniões, conseguiram uma mudança significativa no itinerário do único meio de transporte pú-blico municipal que atende o bairro. A partir da próxima semana, entra em vigor um itinerário experimental.

O novo itinerário foi sugerido pelos próprios mo-radores. O percurso circular bairro-centro passa agora pela Estação de Baltazar Fidelis (Paradinha) e segue direto (sem paradas) até o Centro de Franco da Rocha. “É um ganho de nove minutos que faz muita diferença para o trabalhador”, explica o pro-fessor Cláudio Fernando, o Nando, um dos lideres da mobilização para a mudança.

A Avenida Arco-Íris, uma das maiores da cida-de, no bairro Lago Azul, termina em pote de barro intransitável. A via tem iní-cio na Rua Tonico Lence com Avenida Ouro Preto e segue, em formato de arco, até a Rua Tubagi. Asfalto só até a altura da Rua Gua-rará, depois só terra.

Segundo a moradora Erika da Silva, a via é cha-mada de “Avenida Arco-Íris de terra”. Entregadores ale-gam não achar o endereço ou que a rua é muito com-plicada pra caminhão”.

Alcides de Jesus Rocha,

proprietário do depósito Rocha, sofre com a via. “Tivemos um caminhão atolado ali quase um dia inteiro. Sempre aviso aos moradores que com chuva é impossível entrar na rua”.

Alberto Ribeiro convive com o problema há 12 anos. “Sempre foi um abando-no. Uma ambulância não desceu pra atender meu pai. Cansado da situação, publiquei imagem de um caminhão atolado em fren-te de casa no Facebook do prefeito. Ele só respondeu que a pavimentação estava em projeto”, desabafa.

Na quarta-feira, dia 9, um veículo terceiriado da Vivo (antiga Telefônica) tentou transitar a via. O motorista-instalador Ever-son Rodrigues sofreu para sair dali. “Lugares como este são muito complica-dos, pois não têm nem estabilidade para colocar a escada”, comenta.

A Prefeitura apenas co-meçou a colocar guias no final do trecho. Procurada, não se pronunciou até o fechamento desta edição. Aos moradores da rua, res-ta a espera por solução e tempo sem chuva.

Moradores sugeriram trajeto e terão nove minutos a menos até o centro, iniciando na Paradinha

Abandono na ‘Arco-Íris de terra’

Rato de esgoto (Rattus norgevius)

O novo itinerário experi-mental traz esperança de mais mudanças para cerca de 500 famílias no bairro. Para Dona Maria Maura, moradora há 30 anos no bairro, o próximo passo é inclusão de horários no período matutino. “Foi um passo importante, mas o trabalhador que precisa de condução às 4h da manhã – caso da minha filha – ainda precisa caminhar muito para chegar até o ponto do ônibus intermunicipal. Ele poderiam experimentar incluir um ho-rário novo”.

Além do itinerário ex-perimental, os moradores contarão com outro, por meio da linha que atende o bairro Nova Era, que passará pela Vila Elisa no sentido ao município vizinho de Caiei-ras. Cleide Santos comemora

Grandes expectativas: ônibus começam percurso experimental na próxima semana

Dia das MãesQue no dia das mães, todos sintam orgulho de suas mães batalhadoras.Eu tenho muito orgulho da minha.Cada uma a seu tempo, cada uma com suas sutis armas,Deram a nós os rumos que tomamos E dos quais, esperamos, elas também se orgulhem.Kiko Celeguim

a conquista e espera com-preensão e participação dos moradores. “Acho que o pessoal vai estranhar um

pouco, mas é importante pensar na facilidade que os trabalhadores terão. Além do mais, contamos com a

facilidade de embarcar na Paradinha e garantir nosso lugar no trem”, comenta, entre sorrisos.

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Futebol na veia e na vida

NOSSA GENTE nEsta sEção vamos rEgistrar as histórias, os “causos”, a vida dos homEns E muLhErEs quE FizEram E FazEm, a cada dia, a nossa cidadE.

nEsta sEção, trarEmos sEmprE as pEssoas, LugarEs E EvEntos quE briLham na vida sociaL dE nossa cidadE E rEgião. SOCIAIS

Aniversariantes

O futebol, depois da famí-lia, é a coisa mais importante para o empresário Alexsander dos Santos, de 40 anos. “A gen-te tem grandes lições de vida pelo futebol, é uma coisa que eu gosto, me dedico”, relata. E os amigos conquistados também surgiram nos campos da vida. “A maioria das amizades que eu fiz e tenho até hoje foi por causa do futebol”, finaliza.

Casado, pai de três filhos, vive há 30 anos na Paradinha, bairro de Franco da Rocha em que mora desde que chegou de Jundiaí. Foi ferramenteiro durante uma década até se tornar empresário do ramo de Automação (16 anos) e também no futebol (5 anos),

empresariando futuros craques.Sua ligação com o futebol

vem desde os jogos na várzea nos bairros da cidade. Hoje é presidente do Nóis Num Liga F.C., mas ainda bate uma bo-linha se faltar jogador: “Joguei durante 12 anos na ponta direita do time, e se precisar eu ainda brinco”. O clube tem mais de 200 troféus, mas o título mais importante, para Alexsander, foi o do Campeonato Centenário do Juquery.

A fanática torcida, chamada “Número Um”, sempre apoia a equipe em todos os jogos na região. “Em uma final no Expe-dicionários levamos dois ônibus lotados de torcedores e fizeram

uma grande festa”, conta .A ligação de Alexsander com

o futebol não se resume só no Nóis Num Liga. O empresário já colaborou com mais de dez times da cidade e contribui com diversos campeonatos doando uniformes, premiações e até financiando a arbitragem. Foi ainda diretor da Liga Indepen-dente de Futebol que existiu no município, quando realizou um torneio municipal. Além disso, ajuda projetos de fute-bol que tiram crianças das ruas oferecendo diversão e lazer. E essa deve ser a próxima meta de Alexsander: formatar um proje-to para ajudar crianças através do esporte.

Empresário Alexsander dos Santos jogou bola na várzea e hoje preside o time Nóis Num Liga

Renata Sene,7 de maio

Larissa Lambert, 3 de maio

Lilian Santana, 2 de maio

Regina Tozato, 8 de maio

Antônio Carnaúba,9 de maio

Prof. Geanette,13 de maio

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