Jornal Locomotiva 63

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Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação Locomotiva 21 de abril - sábado - nº 63 - Distribuição Gratuita Márcio pode perder direitos políticos por improbidade| Pág 3 Vandalismo e prejuízo após Festa Nordestina Destruição na região central na madrugada após evento prejudica comerciantes | Pág s. 5 Vitória dos Masters do Brasil sobre jogadores de Franco foi uma conquista para todos |Pág 6 Moradores da Vila Palmares esperam há 15 anos pela prometida posse do terreno|Pág 7 Ratos infestam rua no Parque Vitória; município recomenda serviço privado|Pág. 4 Veículos utilizam rua central na contramão com riscos de acidentes | Pág . 8

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21 de Abril de 2012

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Page 1: Jornal Locomotiva 63

Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva21 de abril - sábado - nº 63 - Distribuição Gratuita

Márcio pode perder direitos políticos por improbidade| Pág 3

Vandalismo e prejuízo após Festa NordestinaDestruição na região central na madrugada após evento prejudica comerciantes | Pág s. 5

Vitória dos Masters do Brasil sobre jogadores de Franco foi uma conquista para todos | Pág 6

Moradores da Vila Palmares esperam há 15 anos pela prometida posse do terreno| Pág 7

Ratos infestam rua no Parque Vitória; município recomenda serviço privado| Pág. 4

Veículos utilizam rua central na contramão com riscos de acidentes| Pág . 8

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VandalismoOs atos de vandalismo na cidade, após o carnaval e a Festa Nordestina (leia na página 5), foram debatidos na Câmara Municipal, mas sem nenhuma conclusão. TG (PSDB) acha que podem ser frutos do preconceito contra os nordestinos. Toninho Lopes (PSD) discordou, e defendeu “peroba neles”.

E nossos direitos?A liberdade de imprensa, conquista da democracia, ainda não chegou a Franco da Rocha. Mesmo com prejuízos financeiros, muitos comerciantes não quiseram se manifestar para o jornal, temendo represálias por parte da prefeitura.

Continua preocupadoEm seu boletim eletrônico, que tem a bandeira do PSD e colaboração da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal, Toninho Lopes reitera que está atrás de recursos para a recuperação do viaduto central. Procurado pela nossa reportagem, se comprometeu a falar sobre o assunto na

Locomotiva é uma publicação semanal da

Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francis-

co Morato, Mairiporã e região.

E-mail: [email protected]

Impressão: LWC Gráfica e editora

Tiragem: 50 mil exemplares

Editor: Alessandro Soares

Reportagem: Valéria Fonseca, Thiago Lins e

Pedro Pracchia

Projeto gráfico: Feberti

Diagramação: Vinícius Poço de Toledo

Todos os artigos assinados são de responsa-

bilidade de seus autores e não representam,

necessariamente, a opinião do jornal.

Expediente

semana que vem.

Enfim?A Prefeitura Municipal anunciou em seu site, no dia 16, que a Avenida Israel está concluída. Não é a primeira vez que faz tal anúncio. Também não fez festa de inauguração.

ParadinhaE para não perder o costume, a Prefeitura culpou, novamente, o Governo Federal pela paralisação das obras da Praça da Paradinha. Mas diz que foram retomadas.

Mais saúdeO Hospital de Clínicas de Franco da Rocha anunciou nova especialidade: neurocirurgia para adultos. Muito bom. E a maternidade que o prefeito disse que seria instalada no referido? Além de entregar um ofício ao Secretário da Saúde, nada mais se falou.

Cidade de loucos?O aumento de moradores de rua com problemas de saúde mental em Franco da Rocha salta aos olhos. A cidade, que tem familiaridade com o problema, está perplexa com a falta de ação das autoridades municipais. Nem na área da prevenção – qual a origem dessas pessoas? –nem no tratamento.

NOS TRILHOS

Se a gente não reclamar...

A p ó s d e n ú n c i a p u b l i c a d a n o J o r n a l Locomotiva 59, a cratera que incomodou – por mais

de 60 dias – os moradores da Rua Gracinda Carvalho, no bairro Monte Verde, ganhou a atenção das autoridades

e foi eliminada. Segundo os moradores, a massa asfáltica foi passada no trecho da rua no dia 9 de abril.

O dia 19 de abril foi o Dia do Índio. Bom momento para lembrar a música Índios, que fala da fala do

processo de colonização das Américas e a assimilação da cultura indígena:

“Quem me dera ao menos uma vez Provar que quem tem mais do que precisa terQuase sempre se convence que não tem o

bastante Fala demais por não ter nada a dizer.

Quem me dera ao menos uma vez Que o mais simples fosse visto Como o mais importante Mas nos deram espelhos e vimos um mundo

doente.

Quem me dera ao menos uma vez

Acreditar por um instante em tudo que existe

E acreditar que o mundo é perfeito E que todas as pessoas são felizes...”

Renato Russo tinha razão. Mas quase não há mais índios. Outros assumiram o lugar deles. Mas mesmo assim, ainda tem gente que fala demais por não ter nada a dizer.

Índios e vândalos não são sinônimos, embora tenha gente que pensa o contrá�rio. O fato é que os índios não são capazes de destruição gratuita e sem motivo. Já os vândalos, povos germânicos que invadiram e saquearam Roma na Antiguidade, esses foram responsáveis por destruição pública.

Não dá para comparar alhos com bugalhos, mas nos deram espelhos, no fim de semana passado, e vimos um mundo doente.

Antes Depois

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Perda dos direitos políticos ameaça prefeito

I A contratação de 61 funcionários para cargos em comissão criados por leis complementares em 2005, mas em funções que exigem concurso público, pode deixar o prefeito de Franco da Rocha, Márcio Cecchettini (PSDB) sem seus direitos políticos por cinco anos. Ele foi condenado em primeira instância por improbidade administra-tiva, com base na Lei nº 8.429/92, com perda da função, segundo sentença do juiz Fernando Dominguez Guiguet Leal, datada de 10 de agosto de 2010. Como cabe recurso, ainda restam ou-tras instâncias para o prefeito recorrer.

Mas há um agravante: caso Cec-chettini seja condenado em segunda instância, por um colegiado de de-sembargadores no Tribunal de Justiça de São Paulo, ele seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Neste caso,

o prefeito poderia apelar até em ins-tâncias superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), mas não são todos os processos que chegam tão longe no Poder Judiciário.

A ação civil pública que levou à con-denação de Cecchettini em primeira instância foi proposta pelo Ministé-rio Público do Estado de São Paulo (MP-SP). O juiz Guiguet Leal citou o inciso V do artigo 37 da Constituição Federal, para definir procedente o mérito da ação. “As funções de con-fiança... e os cargos de comissão... destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento”. Na sentença, o magistrado comentou que “a maioria das nomeações (pelo pre-feito Marcio Cecchettini) é efetuada em desacordo com a Constituição

Federal, com nítida configuração de violação aos princípios que norteiam a Administração Pública”.

“Há assessores com funções como fiscal de comércio, de trânsito e de mo-torista, sem qualquer correspondência com características de chefia, direção e assessoramento”, escreveu o juiz na sentença. Ele comentou que cargos como médicos plantonistas, entre ou-tros, ”não prescindem do requisito de relação de confiança com o prefeito. Mas, mesmo assim, houve nomeação, ao arrepio da lei, o que atenta contra a moralidade da atuação pública.”

A perda dos direitos políticos entra em vigor após a sentença transitada em julgado, quando não couber mais recurso. Em primeira instância, o juiz afastou aplicação de multa, pedida pelo MP.

Jornal Locomotiva continua série sobre os processos de Márcio Cecchettini, condenado em primeira instância por contratar comissionados em funções que exigem concurso público

30 assessores de gabinete

1 ouvidor

geral

1 coordenador de vigilância

epidemiológica

1 coordenador de

assuntos relativos ao consumidor

2 agentes de

atendimento ao consumidor

25 médicos

plantonistas

1 coordenador

de programa de saúde da família.

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Invasão de ratos assusta moradores do Parque Vitória

Cerca de R$ 66 mil em dinheiro foram apreendidos na Prefeitura; prefeito alegou que verba mensal para obras é de pouco mais de R$ 300 mil; segundo o MP, esquema movimentaria R$ 200 mil por mês

Prefeitura não tem programa de desratização e Vigilância Sanitária recomenda serviço privado

Espécies mais comuns nas cidadesCamundongo

Rattus norvegicus- espécie mais comum de roedor urbano, destaca-se por olhos e orelhas pequenas, nariz arredondado, cauda mais curta que o corpo pesado e pelagem cinza. Acostumado com cidades, não teme o ser humano e é responsável por ataques e surtos de leptospirose.

Rato de telhado

Rato de esgoto (ratazana)

Rattus rattus - habita locais altos, como sótãos, forros e armazéns. Sobe em fios elétricos, galhos de arvores e escala superfícies verticais. Possui grandes olhos e orelhas, nariz afilado e a cauda é maior que o corpo. Geralmente tem pelagem preta.

Mus musculus - é o menor das espécies urbanas. Presa fácil de ratoeiras, costuma fazer ninhos em armários, fogões e despensas. Como as espécies maiores, traz riscos a saúde humana.

Leptospirose – causada por bactérias da espécie Leptospira, que vivem nos rins dos ratos. Liberadas com a urina, contaminam o ser humano pelas mucosas, pele e ferimentos.

Peste bubônica – ou peste negra, é causada pela pulga-do-rato infectada pela bactéria Yersinia pestis. O infectado pode morrer de 3 a 5 dias ao contrair a doença.

Tifo murino – ou febre murina, é

transmitida pela picada da pulga-do-rato infectada pela bactéria Rickettsia typhi.

Febre da mordida do rato – Causada por bactérias presentes na boca dos ratos. Também pode ser transmitida por ingestão de alimentos contaminados.

Triquinose – causada pela Trichinella spiralis, alojada no corpo de suínos que ingerem fezes ou cadáveres de ratos infectados, passa para o ser humano

que consome a carne de porco sem o devido cozimento.

Sarnas e micoses – efeitos da ação de ectoparasitos. Os ratos disseminam mecanicamente esses agentes causadores.

Hantavirose – ratos também transmitem o hantavírus pela urina e saliva. O agente causa uma virose mortal.

Doenças que têm roedores como vetores

Moradores da Rua An-tonio Nascimento, no Parque Vitória, enfrentam há sema-nas uma infestação de ratos. Suspeita-se que os roedores se reproduzem em um terreno com mato alto, na esquina com a Rua Copenhagen, a partir do lixo depositado de forma irregular. A Prefeitura não possui serviço de desrati-zação e a Vigilância Sanitária recomenda à população pro-curar o serviço particular.

Para a dona de casa Maria Madalena Costa Vieira, os ra-tos vêm dos terrenos baldios e se proliferam nas residências. “Vi ratos quatro dias seguidos. A cozinha foi o principal foco”, afirma. Também moradora da rua, Zuleide Homero dos Santos pede solução. “Será que vão esperar alguém mor-rer de alguma doença pra fazerem algo?”.

A dona de casa Rosana Apa-recida Souza já trocou vários

emails com a ouvidoria mu-nicipal e o problema continua sem solução. “Informaram que os ratos estão saindo do bueiro da esquina da rua. Na ‘suposta calçada’, existe um bueiro sem proteção, de onde possivelmen-te os ratos vêm e sobem pelas paredes à noite”.

Quanto às grades na boca de lobo, os órgãos competentes alegam que estas apenas reterão o lixo nas ruas e dificultarão a entrada de água na tubulação, causando inundações. O bairro fica em uma área elevada. “É um absurdo acharem que te-remos inundação aqui. É um total despreparo em atender ao cidadão, que eles tratam como contribuinte. Não podemos contar com uma simples des-ratização? Inaceitável”.

Rosana improvisou telas em todas as saídas de água da casa. “Não impedem a água, mas impedem a entrada dos ra-tos”, conta. Ela diz que o mato

alto e o lixo foram apontados como berçário de roedores na visita feita por um biólo-go indicado pela Prefeitura. O Jornal Locomotiva tentou ouvir o profissional, mas ele não foi localizado.

‘Não existe’O Locomotiva entrou em

contato com a Vigilância Sa-nitária municipal. Segundo o funcionário que atendeu a ligação, compete ao órgão informar sobre como evitar infestações de pragas. Serviço público de desratização não existe no município. O funcio-nário sugeriu a contratação de uma empresa privada.

O Locomotiva procurou empresas que fazem o servi-ço no município. Em média, desratizar uma casa de quatro cômodos não sai por menos de R$ 200, e as dedetizadoras não podem intervir nos bueiros públicos nem na rede de esgoto.

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Vandalismo na madrugada: Centro vira terra de ninguém

Pelo menos dez lojas da Rua Amália Sestine tiveram portas amassadas, vidros destruídos e até furtos após passagem de bando de arruaceiros

O que era pra ser uma noite de festa para a população franco-rochense acabou em uma madrugada de distúr-bios e vandalismo na região central da cidade no último sábado, dia 14, com prejuízo para comerciantes.

Durante uma hora, aproxi-madamente, pelo menos dez lojas na Rua Amália Sestine ti-veram suas portas amassadas, vidros destruídos e algumas mercadorias furtadas. O esto-pim da confusão teria sido o conflito entre jovens e a polícia na saída da 2ª Festa Nordesti-na, no Parque da Cidadania. E preparem-se, pois neste fim de semana a festa continua.

O evento em Franco da

Rocha, que acontece neste fim de semana sob o viaduto, atrai uma multidão, inclusive adolescentes que, se não conso-mem álcool no espaço em que acontece a festa, conseguem fa-cilmente bebidas nos arredores.

A falta de estrutura da fes-ta já era bastante criticada nas redes sociais. Usuários do Facebook relatavam em suas páginas pessoais a discre-pância de uma festa chamada “nordestina” sem nenhum prato típico nas barracas que vendem as comidas e bebidas no local.

Porém, após o ataque dos delinquentes no último sába-do, a revolta ficou evidente. Mais de 20 compartilhamentos

da foto de uma banca de jornal depredada circulava pela rede com comentários indignados com a situação.

Não é a primeira vez que atos dessa natureza acontecem na cidade. Na festa de car-naval – montada no mesmo espaço da festa nordestina – houve casos semelhantes e a impunidade reinou, dando oportunidade para fatos la-mentáveis como os do último final de semana se repetirem outras vezes.

Medo - O sentimento de medo impera na cidade, prin-cipalmente entre comerciantes que tiveram suas lojas danifi-cadas na onda de depredação. Procurados pela reportagem para comentarem sobre o as-sunto, muitos não quiseram comentar alegando receio de retaliações.

Somente a gerente comer-cial Nadir, da loja Lumi Shoes,

que fica na Rua Amália Ses-tine, aceitou conversar com a reportagem. “Falta estrutu-ra para esse tipo de festa. Eu estive lá. Do lado de dentro tem organização, mas lá fora, onde se concentram muitos garotos, é uma bagunça com-pleta.” Nadir acredita que a distribuição do efetivo policial da cidade foi empregada de maneira equivocada no dia do evento. “Tinha bastante

policiamento na festa, mas no resto da cidade não”.

Nadir contou com a soli-dariedade de comerciantes vizinhos que a avisaram dos estragos no estabelecimento. “Ninguém da Prefeitura ofere-ceu nenhum tipo de ajuda. Se não fosse pelos outros comer-ciantes eu ficaria o domingo todo com a porta quebrada e correndo riscos de ser atacada novamente”, finalizou.

•Um conflito entre jovens e o policiamento na saída da 2ª Festa Nordestina teria dado início aos atos de vandalismo

•A festa ocorre debaixo do viaduto e as críticas são quanto à falta de estrutura e pouco policiamento

•Muitos jovens sem opção de lazer são atraídos para lá•Cerca de 10 comerciantes tiveram seus estabelecimentos

danificados. Apenas um quis comentar a ação•No Facebook, imagem de banca de jornal destruída (foto)

teve vários comentários a respeito do vandalismo

Comerciantes arcam com prejuízo dos ataques que teriam começado graças ao conflito entre policiais e jovens na saída da 2ª Festa Nordestina em Franco da Rocha

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Marco Antônio Salgado mu-dou-se com a família para Franco da Rocha aos 6 anos. Foi nessa mesma época, no final da década de 1950, que Marquinhos do Guincho, como é conhecido na cidade, descobriu sua grande vocação e sua paixão pelos carros. “Eu morava em frente a uma oficina mecânica. Eu chegava da escola e corria pra lá, onde passava a tarde toda.”, conta Marquinhos.

Um dos pioneiros a trabalhar com guincho na cidade, Marquinhos, de 58 anos, está no ramo há mais de três décadas. Além de trabalhar socorrendo motoristas, ele também tem sua oficina mecânica onde monta e faz manutenção de guinchos de toda região.

O serviço funciona 24 horas todos os dias da semana e atende toda a região e até outros Estados. “Guincho é como ambulância, não pode parar nunca”, compara. Marquinhos tem dois guinchos e conta com a ajuda de seu filho pra tocar o negócio.

Com tanto tempo na função, Mar-quinhos relembra dos problemas e dificuldades enfrentados. “Antes não

Um serviço que nunca para

Esta nova sEção do Locomotiva é dEdicada ao comércio dE Franco da rocha, o mais FortE da rEgião. Em cada Edição, vamos mostrar um produto ou sErviço quE é prEstado aqui, do Lado dE casa.AQUI TEM

Marquinhos do Guincho: serviço mecânico 24 horas. Tel.: (11) 9707-3239

havia Corpo de Bombeiros na cidade e a gente carregava ferramentas para ajudar no socorro dos feridos em acidentes”, revela. Um dos momentos mais marcantes foi no fim da década de 1980, em um acidente em Caieiras, quando ajudou no resgate de uma criança presa nas ferragens. “A gente vê tanta coisa quando trabalha com isso, mas com criança, as lembranças são mais marcantes.”

Uma preocupação que o ve-terano mecânico tem é a falta de um posto de perícia na região. “Muitas vezes, quan-do infelizmente há acidentes fatais, é preciso esperar a perícia chegar, espera não raro enorme. Franco da Rocha deveria lutar para trazer esse serviço pra cidade e acabar com esse descaso que traz mais sofrimento para as famílias das vítimas”, diz Marquinhos.

No último domin-go, dia 15, pais e filhos tomaram conta do Clube Atlético Expedicionários para assistir ao jogo en-tre a Seleção Brasileira de Masters e um selecionável de Franco da Rocha. Para essa grande oportunidade de ver de perto craques do passado os torcedores só precisaram doar um quilo de alimento não perecível. A arrecadação foi encami-nhada pelos organizadores do evento para instituições de caridade do município.

Em campo, muito to-que de bola e categoria de craques como Zé Maria, Romeu Cambalhota, Ser-ginho Chulapa, entre outros comandados pelo ex-goleiro Tobias, que venceram por 3 a 1. O evento foi organizado por Kiko Celeguim e contou

Seleção de Masters vence, mas todos saem ganhando

com presença do deputado federal Vicente Candido (PT), que também é vice--presidente da Federação Paulista de Futebol.

Caroline dos Santos, estudante de 21 anos,

palmeirense, aprovou. “Foi muito legal ver de perto jo-gadores de quem meus pais e avós sempre comentaram. Esse tipo de evento poderia acontecer mais vezes.” Após o jogo, as feras do passado

posaram para fotos e distri-buíram autógrafos.

A APAE de Franco da Ro-cha também foi contemplada. Ganhou dos organizadores, com apoio do comércio local, camisas dos quatro grandes

clubes paulistas – Corin-thians, São Paulo, Palmeiras e Santos – autografadas pelos respectivos elencos. Serão ri-fadas e o dinheiro arrecadado será revertido para ações da instituição.

Pioneiro do reboque na cidade está há mais de três décadas no socorro mecânico

Craques do passado e jogadores de Franco da Rocha deram show de bola e solidariedade

6 21 de abril - sábado - nº63 Distribuição gratuita Locomotiva

Page 7: Jornal Locomotiva 63

Uma longa espera pela regularização

Os mais de 1.500 mora-dores, das 388 casas da Vila Palmares, esperam desde 1995 – ano de liberação de construção no bairro – pela regularização de seus lotes. O terreno ocupa área desa-propriada legalmente, após uma grande enchente que atingiu o município, para um projeto de habitação popular emergencial.

Segundo fontes ligadas à Prefeitura na época, o projeto inicial era criar uma reserva destinada a moradores de

áreas de risco que seriam re-movidos pela Defesa Civil. Em situação de emergência, a União liberou verba para a cidade – que teve muitos prejuízos com a enchente – e parte desses recursos foi des-tinada à construção de casas na Vila Palmares.

As casas foram erguidas em mutirão. Para isso foi criado o Conselho Municipal de Ha-bitação, que administrava o Fundo Municipal de Habita-ção. Moradores de baixa renda que adquiriam o lote deveriam

pagar uma quantia a ser de-positada na conta do Fundo Municipal de Habitação, crian-do condições para uma política habitacional na cidade.

A moradora Edite do San-tos explica que a emergência resolveu uma parte do proble-ma. “Quando cheguei, havia apenas dois lotes ocupados. Sou uma das primeiras mo-radoras. Vi o bairro crescer e as pessoas se sentirem seguras com seu próprio terreno. Mas até agora não temos docu-mento de regularização.”

Mais de 15 anos se pas-saram, e as administrações que se sucederam não deram continuidade ao projeto. Não há informações precisas sobre a aprovação do loteamento nem sobre o trabalho atual, com recursos do Cidade Le-gal – programa do governo estadual. O que pode ser visto apenas é asfalto chegando ao bairro. “Todo ano o pessoal da Prefeitura passa por aqui recadastrando a gente. Mas ninguém fala nada sobre a regularização”, conta Edite.

Maria Aparecida da Silva é comerciante na Vila Pal-mares. Para ela, falta linha de ônibus, escola, creche e diversos outros serviços para os moradores, além do mais importante: o título definiti-vo do terreno. “Cansamos de promessas. Não temos pro-blemas em pagar IPTU, mas queremos nossos direitos de cidadãos”, desabafa.

Procurada pelo Jornal Lo-comotiva, a Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta edição.

Há mais de oito anos a Rua Juvenal Gomes do Monte, região central, enfrenta um grave problema. O fluxo de automóveis no sentido bair-ro-centro é proibido, porém todos os dias milhares de mo-toristas desrespeitam a placa e invadem o local na contramão. A rua, que liga a Vila Bazu ao Centro, também dá acesso ao Jardim Cruzeiro.

O horário com maior con-centração de veículos é No período de entrada e saída

de estudantes nas escolas. Um morador que pediu para não ser identificado disse que pe-diu providências na Prefeitura, sem resultado. “Ninguém res-peita a placa de contramão e muitos carros sobem a rua em alta velocidade”, relata.

Na opinião do morador, uma solução seria transfor-mar a rua em mão dupla, para evitar um iminente acidente entre os automóveis por lá. “Quando transformaram a rua em mão única tinha pessoal

do trânsito orientando os mo-toristas, mas isso faz tempo.”

Os próprios moradores da via, para ganhar tempo, não fazem o trajeto correto para chegar a suas residên-cias – que seria utilizar a Rua Dr. Osório Cezar e fazer o retorno no começo da Ha-milton Prado, próximo ao Posto Zebrinha.

Muitas crianças brincam na rua, quando não estão na escola, e há risco de tragédia se nenhuma medida for tomada.

Enchente tirou moradores de área de risco, e recursos da União foram usados na construção de casas no bairro

Moradores da Vila Palmares tentam, há mais de 15 anos, obter documento que regulariza posse de terreno ocupado emergencialmente

Rua virou contramão, mas moradores têm outra proposta

Tráfego não respeita orientação de trânsito; risco para crianças é grande

721 de abril - sábado - nº63 Distribuição gratuitaLocomotiva

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Um rebanho para cuidar

NOSSA GENTE nEsta sEção vamos rEgistrar as histórias, os “causos”, a vida dos homEns E muLhErEs quE FizEram E FazEm, a cada dia, a nossa cidadE.

nEsta sEção, trarEmos sEmprE as pEssoas, LugarEs E EvEntos quE briLham na vida sociaL dE nossa cidadE E rEgião. SOCIAIS

De vendedor de pão a mi-nistro evangélico, o Pastor Antonio Miguel vê um reba-nho de problemas pela frente, quando se trata de encarar Franco da Rocha, mas também vê soluções. Nascido em 5 de outubro de 1951, em Macarani, na Bahia, Antonio Miguel do Nascimento mudou-se para Franco da Rocha em julho de 1977, quando se casou com Sônia do Rosário, com quem tem seis filhos e oito netos. Sua ocupação principal é no setor de vendas, mas também já foi comerciante, por oito anos, ganhando a vida vendendo pães na Vila Elisa, bairro onde mora até hoje. Bastante religioso,

Aniversariantes

Lorena H. de Souza, 23 de abril

Sebastião Plácido, 17 de abril

Valéria Gomes, 17 de abril

Ana Paula , 14 de Abril

tornou-se pastor da Assem-bléia de Deus – Ministério de Belém, igreja que começou a frequentar desde os 17 anos. Além disso, participa da funda-ção de outras igrejas em bairros da cidade e é dirigente de mi-nistério no Lago Azul Ortiz. Mas o Pastor Antonio Miguel também se preocupa com os problemas que Franco da Rocha enfrenta, com conhe-cimento de quem vivencia as dificuldades dos menos favore-cidos e de já ter sido candidato a vereador – no ano de 2008 – visitando diversos bairros do município. Antonio é bas-tante crítico com o descaso. “Nós estamos atrasados no

mínimo 10 anos em relação a outras cidades da região e de Jundiaí. Não temos indústrias, não temos empregos na cidade. Falta segurança”, desabafa. As aflições da nossa socieda-de são motivo de dedicação.

Por meio de projetos sociais, juntamente com o Pastor Jo-sué, o Pastor Antonio Miguel ajuda alcoólatras e viciados em drogas, encaminhando--os ao Centro Recanto Boas Novas, projeto mantido com

doações e esforço da comu-nidade. “Lá elas recebem tratamento. Também fazemos aconselhamento e reintegra-ção na base familiar. Pastores não são psicólogos, mas a nossa obrigação é ensinar”.

SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS E AUTÁRQUICOS DE FRANCO DA ROCHA E CAIEIRASCNPJ: 01.306.258.0001-83 Insc. Estadual – Isento.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE SUPRESSÃO DE BASE TERRITORIAL E ALTERAÇÃO DO ESTATUTO SOCIAL DO SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS E AUTÁRQUICOS DE FRANCO DA ROCHA E CAIEIRAS – CNPJ/MF 01.306.258/0001-83,A SER REALIZADA EM 03/05/2012:

A DIRETORIA EXECUTIVA do Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de Franco da Rocha e Caieiras, representada por sua Presidente KATIANE SANTOS SOBRAL, no uso de suas atribuições e prerrogativas legais e em conformidade com os artigos 15, 17, 18 e 23, inciso II do ESTATUTO SOCIAL, convoca a todos os servidores públicos associados aoServidores Públicos Municipais e Autárquicos de Franco da Rocha e Caieiras para Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 03/05/2012, às 18:00 .horas, na sala de reuniões da sede do Sindicato, na Avenida Sete de Setembro, n.º 168, 1.º andar, sala 02, CEP: 07851-120, Franco da Rocha/SP, para deliberar sobre os seguintes itens:

I – Aprovação da alteração do Estatuto Social do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de Franco da Rocha e Caieiras, com a redução ou supressão do Município de Caieiras da base territorial; e,

II – Consequente alteração na denominação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de Franco da Rocha e Caieiras e alterações nos artigos necessários do Estatuto Social da entidade.

Franco da Rocha,21 de abril de 2.012.

SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS E AUTÁRQUICOS DE FRANCO DA ROCHA E CAIEIRAS

KATIANE SANTOS SOBRALDiretora Presidente do Sindicato, representando a Diretoria Executiva

Edital

Pastor Antonio Miguel se dedica à comunidade

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