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Mantenedora ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO OBJETIVO Mantida UNIVERSIDADE PAULISTA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Vol. I São Paulo SP

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Mantenedora

ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO

OBJETIVO

Mantida

UNIVERSIDADE PAULISTA

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

DE

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Vol. I

São Paulo – SP

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Sumário

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................. 5

1.1 Denominação do curso ..................................................................... 5

1.2 Modalidade ....................................................................................... 5

1.3 Local da oferta .................................................................................. 5

1.4 Regime de matrícula ........................................................................ 5

1.5 Duração do curso ............................................................................. 5

1.6 Carga horária do curso ..................................................................... 5

1.7 Base legal ......................................................................................... 5

1.7.1 Do credenciamento .................................................................... 6

2 DADOS INSTITUCIONAIS ..................................................................... 6

2.1 Da instituição de ensino e da entidade mantenedora ...................... 6

2.1.1 Histórico da IES .......................................................................... 6

2.1.2 A missão institucional ................................................................. 7

2.1.3 Vocação da Universidade ........................................................... 7

2.1.4 A educação a distância na Universidade Paulista ..................... 8

2.1.5 Metodologia de ensino-aprendizagem ..................................... 11

3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA .................................................... 13

3.1 Instalações dos campi .................................................................... 13

3.2 Os polos de apoio presencial ......................................................... 14

3.3 Sede da UNIP Interativa ................................................................. 15

3.4 Da tecnologia .................................................................................. 15

3.5 Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA ..................................... 17

3.5.1 Blackboard ................................................................................ 18

3.5.2 Moodle ...................................................................................... 18

4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE

ENSINO-APRENDIZAGEM ..................................................................... 19

4.1 Sistema de comunicação ............................................................... 22

4.1.1 Sobre os meios ......................................................................... 22

4.1.2 Material didático ....................................................................... 22

4.1.3 Concepção de avaliação .......................................................... 27

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4.1.4 Gestão acadêmico-administrativa ............................................ 30

4.1.5 Biblioteca .................................................................................. 30

5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA ......................................................... 32

5.1 Coordenação de curso ................................................................... 32

5.1.1 Estrutura organizacional ........................................................... 32

5.2 Coordenador do curso .................................................................... 33

5.3 Composição e funcionamento do Colegiado de Curso .................. 33

5.4 Atenção ao discente ....................................................................... 35

5.4.1 Apoio aos discentes ................................................................ 37

6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ......................... 37

6.1 Formação acadêmica e profissional ............................................... 37

6.2 Regime de trabalho ........................................................................ 38

6.3 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa .................................. 39

6.4 Apoio didático-pedagógico aos docentes ....................................... 41

6.4.1 Apoio didático-pedagógico ....................................................... 41

6.4.2 Capacitação .............................................................................. 41

6.5 Núcleo Docente Estruturante ......................................................... 41

6.5.1 Corpo técnico-administrativo .................................................... 42

6.6 Atividades acadêmicas articuladas com a formação – pesquisa e

extensão ............................................................................................... 43

7ORGANIZAÇÃO DO CURSO ................................................................ 45

7.1 Projeto Pedagógico do Curso ......................................................... 45

7.1.1 Relevância social do curso de Licenciatura em Matemática .... 45

7.1.1.1 Metas do Plano Nacional de Ensino (PNE) ........................... 51

7.1.1.2 Demanda do Curso ............................................................... 54

7.1.1.3 Matrículas – Ensino Fundamental ......................................... 55

7.1.1.4Matrículas – Ensino Médio, Normal/Magistério e Integrado ... 57

7.1.1.5Formas de acesso ao curso ................................................... 59

7.1.2 Concepção do curso ................................................................. 60

7.1.2.1 Concepção geral ................................................................... 60

7.1.2.2 Justificativa da utilização da informática ............................... 61

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7.1.3 Objetivos do curso .................................................................... 64

7.1.3.1 Objetivos gerais ..................................................................... 64

7.1.3.2 Objetivos específicos ............................................................. 64

7.1.4 Perfil do egresso ....................................................................... 65

7.1.4.1 Competências ........................................................................ 66

7.1.5 Mercado de trabalho ................................................................. 67

7.1.6 Estrutura curricular ................................................................... 68

7.1.6.1 Eixos estruturantes ................................................................ 68

7.1.6.2 Matriz curricular ..................................................................... 77

7.1.6.3 Carga horária ......................................................................... 80

7.1.7 Atividades complementares ..................................................... 80

7.1.7.1 As Atividades Acadêmicas, Científicas e Culturais ............... 80

7.1.8 O Laboratório de Educação Matemática – LABEMATECA ...... 81

7.1.9 Estudos Disciplinares ............................................................... 82

7.1.10 Estágio supervisionado .......................................................... 82

7.1.11 Prática como componente curricular ...................................... 85

7.1.12 Trabalho de Curso .................................................................. 89

7.1.13 Autoavaliação do curso .......................................................... 91

7.1.14 Disciplinas Optativas .............................................................. 93

8. Disciplinas de Nivelamento ................................................................ 93

REFERÊNCIAS ................................................................................. 95

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1 APRESENTAÇÃO

1.1 Denominação do curso

Curso Superior de Licenciatura em Matemática

1.2 Modalidade

Educação a distância (EaD).

1.3 Local da oferta

O curso de Matemática na modalidade EaD é oferecido nos polos de

apoio presencial, distribuído em todo o território nacional.

1.4 Regime de matrícula

Seriado semestral.

1.5 Duração do curso

O curso tem duração de 3 anos.

1.6 Carga horária do curso

Carga horária do curso: mínimo de 2.800 horas.

1.7 Base legal

O curso de licenciatura em Matemática da Universidade Paulista foi

autorizado pela Resolução CONSUNI 03/88, publicada em 10/11/88, e

reconhecido pela Portaria nº 1.838 – 11/12/92, publicada em 14/12/92. Foi

projetado em conformidade com a Resolução CNE/CES 3, de 18 de

fevereiro de 2003, que estabelece as diretrizes curriculares para os cursos

de Matemática, tendo em vista o disposto na Lei 9.131, de 25 de novembro

de 1995 e, ainda, o Parecer CNE/CES 1.302/2001.

A carga horária do curso de Matemática obedece ao disposto na

Resolução CNE/CP 2/2002, resultante do Parecer CNE/CP 28/2001, que

normatiza a oferta dessa modalidade e a carga horária da licenciatura, com

adequação de seus conteúdos curriculares às exigências do Decreto nº

5.626/2005, que trata da oferta da Língua Brasileira dos Sinais – LIBRAS.

A infraestrutura institucional apresenta plenas condições de acessibilidade

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para portadores de necessidades especiais, em observância ao Decreto nº

5.296/2004.

1.7.1 Do credenciamento

O credenciamento da UNIP para a oferta da modalidade de educação a

distância, conforme as portarias MEC nº 3.633, de 9 de novembro de 2004, e

MEC nº 3.475, de 22 de outubro de 2004, resultou das experiências

anteriores da IES e possibilitou que a Universidade Paulista ampliasse sua

atuação na educação a distância.

2 DADOS INSTITUCIONAIS

2.1 Da instituição de ensino e da entidade mantenedora

A Universidade Paulista (UNIP) é atualmente mantida pela ASSUPERO,

Associação Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo, CNPJ n.º

06.099.229/0001-01, associação civil sem fins lucrativos e com fins

educacionais, com sede e foro na cidade de São Paulo, no Estado de São

Paulo, situada na Avenida Paulista, 900, 1º andar, no Bairro da Bela Vista,

CEP 01310-100. A ASSUPERO é pessoa jurídica de direito privado, sem fins

lucrativos, com estatuto registrado e protocolado em microfilme no Quarto

Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo, em 04/02/2004, sob o

número 477740. A UNIP possuía como mantenedora anterior a SUPERO,

Sociedade Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo, tendo sua

transferência de mantença analisada e aprovada pelo Ministério da

Educação.

2.1.1 Histórico da IES

A iniciação da UNIP no ensino superior ocorreu em 1972, por meio do

IUP, Instituto Unificado Paulista, com a oferta dos cursos de Letras,

Pedagogia, Comunicação Social e Psicologia, reconhecidos pelo Decreto

Federal n.º 77.546/76. Posteriormente, foi autorizado a funcionar, como

habilitação do curso de Letras, o curso de Tradutor e Intérprete, também

reconhecido pelo Decreto n.º 77.546/76.

A partir do IUP, a organização, em permanente processo de crescimento,

solicitou e obteve do Conselho Federal de Educação, em 1975, a autorização

para o funcionamento do IEEP, Instituto de Ensino de Engenharia Paulista,

nas habilitações Civil, Mecânica e de Produção Mecânica. Todas essas

habilitações foram reconhecidas pela Portaria n.º 26/82, publicada em

12/01/1982.

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O curso de Ciência da Computação foi criado por meio do Decreto n.º

95.005, de 05/10/87, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial n.º

1.201/92. O curso de Tecnologia em Processamento de Dados foi criado por

meio do Decreto n.º 95.484, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial n.º

2.023/91.

O curso de Odontologia, elaborado junto ao IOP – Instituto de Odontologia

Paulista, foi autorizado a funcionar pelo Decreto Federal n.º 85791, de 9 de

março de 1981, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial n.º 456/84.

Vinculado ao IOP, foi solicitado o funcionamento do curso de Farmácia,

autorizado a funcionar pelo Decreto Federal n.º 95.239, de 13/11/87,

reconhecido pela Portaria n.º 984/93, publicada em 08/07/93.

Em 9 de novembro de 1988, por meio da Portaria Ministerial n.º 550, foi

autorizado pela via do reconhecimento o funcionamento da Universidade

Paulista – UNIP, integrada, inicialmente, pelos cursos até então vinculados

aos três institutos mencionados e pelos cursos de Estudos Sociais, com

habilitação em História e Geografia, e Ciências, com habilitação em

Matemática, recebidos por transferência de mantença da Universidade São

Francisco.

2.1.2 A missão institucional

Conforme citado no PDI atualmente em vigor na UNIP, a missão de uma

universidade está intrinsecamente relacionada a um compromisso

permanente com princípios e propósitos que lhe imprimam um caráter,

diferenciando-a de outras instituições congêneres.

A UNIP tem como missão promover o ensino, a pesquisa e a extensão,

aplicando-os a serviço do progresso da comunidade que vive em sua área de

abrangência e influência, contribuindo para o fortalecimento da solidariedade

entre os homens e para o esforço de desenvolvimento do País.

Na busca por seus objetivos, a instituição obedece estritamente aos

princípios de respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos

fundamentais, proscrevendo quaisquer formas de discriminação.

2.1.3 Vocação da Universidade

Conforme descrito no Projeto Pedagógico Institucional (PPI), a

vocação da Universidade é “preparar profissionais competentes, com

sólida formação humanística e técnico-científica, conscientes do seu

papel social e do compromisso com a cidadania”. Assim, a UNIP trilha

seu caminho, como instituição de ensino superior, “contribuindo para o

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desenvolvimento sustentável não apenas dos estados em que atua, mas

também de todo o País”. O mesmo documento traça o perfil das ações e

padrões de conduta pelos profissionais envolvidos direta e indiretamente

no cotidiano da Universidade.

Valendo-se dos preceitos do PPI, documento que fixa os propósitos e

metas a serem alcançados durante a formação dos alunos, os critérios

norteadores para a definição do perfil do egresso pautam-se por uma visão

humanista, que internaliza valores como responsabilidade social, justiça e

ética profissional. O intuito da seleção de tais valores reside na maneira de

integrar produtivamente conhecimentos, competências, habilidades e

talentos na formação do futuro profissional.

A consagrada articulação entre ensino, pesquisa e extensão é

fundamental para a sustentação da instituição. A qualidade do ensino

vincula-se fortemente à competência em pesquisa, enquanto as atividades

de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino.

A participação de alunos em atividades de extensão, entre outras,

constitui situação essencial do conhecimento acadêmico e profissional. A

participação discente nos projetos e em atividades de pesquisa e extensão

completa a formação integral do aluno.

A Universidade Paulista é uma universidade multicampi, que atende à

demanda educacional de 130 mil estudantes. Os campi da UNIP

encontram-se localizados em 11 unidades na cidade de São Paulo e em 13

cidades do Estado de São Paulo. A UNIP também está presente nos

municípios de Manaus, Brasília e Goiânia, oferecendo cursos na modalidade

presencial.

Em relação à modalidade EaD – Educação a Distância –, a UNIP conta

hoje com 598 polos, em todos os estados da Federação, distribuídos pelas

regiões Norte, com 38 polos; Nordeste, com 94 unidades; Sul, com 68 polos;

Sudeste, com 328 unidades e Centro-Oeste, com 70 polos, além de um

estabelecimento de ensino localizado no Japão, na cidade de Hamamatsu.

2.1.4 A educação a distância na Universidade Paulista

A modalidade EaD, como um sistema específico de ensino-aprendizagem,

necessita de uma gestão acadêmico-administrativa distinta daquela que

atende à modalidade presencial, visto que a modalidade, as ferramentas e os

processos são outros devido à distância física entre os atores. Por essa

razão, a UNIP instituiu o Centro de Educação a Distância – UNIP Interativa,

órgão suplementar da universidade, responsável pela coordenação,

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supervisão, assessoramento e prestação de suporte técnico à execução de

atividades pedagógicas e da formação na educação a distância pelos

institutos que compõem a Universidade Paulista.

No intuito de atender às demandas específicas das diversas regiões, a

UNIP Interativa oferece os seguintes formatos na modalidade EaD: o

Sistema de Ensino Interativo (SEI), o Sistema de Ensino Presencial Interativo

I (SEPI I) e o Sistema de Ensino Presencial Interativo II (SEPI II). Embora os

formatos apresentem características diferentes, todos mantêm a qualidade

exigida pela UNIP para os seus cursos.

Os formatos encontram-se assim configurados:

a) Sistema de Ensino Interativo (SEI): esse formato privilegia o ensino no

Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). No AVA, o aluno acessa todo o

conteúdo disponibilizado a qualquer momento pela internet. Isso

possibilita ao estudante a organização do seu ritmo de estudo. O SEI

prevê, ainda, momentos presenciais que perfazem 20% (vinte por cento)

da carga horária total do curso.

A interação com o professor ocorre por meio do fórum, que acontece

durante a disciplina. Esse espaço é utilizado para debates entre alunos,

professores, e tutores a distância, que atuam na mediação das ações

pedagógicas por e-mails, telefone, pelo feedback postado no AVA, bem

como para o acompanhamento dos trabalhos realizados e das avaliações

dos alunos.

Nesse formato, é disponibilizado o plantão tutorial presencial, realizado

por profissional habilitado na área específica de atuação. Ele orienta os

alunos com relação ao AVA, auxilia na organização dos estudos, na

realização dos estágios, nas atividades complementares e facilita a interação

dos alunos com o polo, onde o aluno deve realizar suas avaliações,

atividades e participar dos encontros programados.

Cada disciplina está dividida em unidades, e, para cada uma, o aluno

deve assistir à teleaula sem a obrigatoriedade de data e horário, devendo

estudar o conteúdo referente a cada unidade, realizar as atividades

propostas pelo professor, responder aos questionários no AVA, respeitando

o período preestabelecido em calendário acadêmico.

Os slides utilizados pelos professores nas teleaulas, contendo os

principais tópicos da unidade, também ficam disponíveis no AVA. O aluno

deve desenvolver todas as atividades previamente descritas antes avançar à

unidade subsequente.

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Os momentos presenciais que o aluno deve cumprir estão no calendário

acadêmico e na plataforma acadêmica. São eles:

• módulo de Introdução à EaD;

• aula inaugural com o coordenador do curso;

• palestras sobre temas pertinentes ao curso;

• atendimento pedagógicoà elaboraçãodo Projeto de Conclusão de

Curso, às práticas docentes e às práticas como componentes

curriculares;

• avaliações;

• atendimento e supervisãodas atividades que envolvem estágios;

• entrega de documentos, trabalhos, atividades complementares.

b) Sistema de Ensino Presencial Interativo I (SEPI I): esse formato prevê

momentos de atividades no AVA, bem como encontros presenciais

semanais no polo de apoio presencial. Nesse formato, o aluno deve

comparecer ao polo para acompanhar de forma síncrona a exibição das

teleaulas e interagir com o professor no decorrer das aulas. Também

são propostas atividades presenciais, as quais o aluno deverá

desenvolver com os colegas, além de encaminhar via chat as soluções

ou dúvidas sobre o tema sugerido. Essas tarefas são acompanhadas

por tutores presenciais. O discente participa ainda do plantão tutorial

presencial semanal.

O estudante deve realizar suas avaliações, atividades e encontros

programados pela legislação no polo de apoio presencial no decorrer do

curso. Deve participar também do módulo de Introdução à EaD, da aula

inaugural e das palestras.

Cada disciplina está dividida em unidades. Em cada unidade, o aluno

deve: assistir à teleaula no polo no qual está matriculado, seguindo o

calendário escolar; ler os conteúdos oferecidos e responder aos

questionários; participar dos encontros com os tutores no polo, interagir nos

chats e realizar as demais atividades previstas para a unidade. Os slides

utilizados pelos professores na teleaula permanecem disponíveis no AVA.

c) Sistema de Ensino Presencial Interativo II (SEPI II):esse formato

privilegia dinâmicas acadêmicas presenciais com o aluno, a fim de

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promover a flexibilidade, interdisciplinaridade e articulação entre a teoria

e a prática. O planejamento é feito pelos docentes das disciplinas e

coordenadores. A orientação fica a cargo dos tutores presenciais e/ou

professores consultores. Além dos encontros presenciais, há algumas

atividades acadêmicas a serem realizadas no AVA.

O AVA do SEPI II é um sistema formado por soluções integradas de

gerenciamento de aprendizagem, conhecimento e conteúdos on-line, que

proporcionam a interação entre alunos e tutores. Por meio do AVA, são

disponibilizados aos alunos textos e questionários que deverão ser

desenvolvidos no decorrer do semestre. Por meio desses questionários, os

discentes acompanham e avaliam o seu progresso no processo de

ensino-aprendizagem.

O aluno conta com o apoio da equipe da tutoria a distância, que o orienta

no desenvolvimento de seus estudos no decorrer do semestre letivo. A

ferramenta utilizada no AVA é o fórum de discussão, que promove a

comunicação, a aprendizagem colaborativa e a interação entre alunos e

tutores. Os fóruns são acompanhados diariamente pela tutoria (a distância),

e as dúvidas são respondidas em no máximo 48 horas.

Todo material relativo ao conteúdo ministrado está disponível nos

seguintes formatos de arquivo: interativo (Flash e Silverlight), documento do

Word, documento PDF e slides em Powerpoint, entregues aos alunos por

meio de CDs e também disponibilizados no AVA.

2.1.5 Metodologia de ensino-aprendizagem

Os princípios metodológicos são estabelecidos em consonância com as

Diretrizes Curriculares Nacionais. Não obstante, em congruência com essa

orientação, esse método articula os espectros dos valores humanísticos,

difundindo a inserção teórica na realidade, promovendo a interação do

homem com o mundo. Inspirados nessa filosofia, os cursos superiores de

licenciaturasdesenvolvem seus conceitos educacionais pautados na

abordagem sociointeracionista, que concebe a aprendizagem como um

fenômeno que realiza a interação com o outro, portanto, a aprendizagem

possui dimensão coletiva. Segundo Vygotsky, a aprendizagem deflagra

vários processos internos de desenvolvimento mental, que tomam corpo

somente quando o sujeito interage com objetos e sujeitos em cooperação.

Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do

desenvolvimento. Assim, um processo interpessoal é transformado num

processo intrapessoal.

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Como metodologia de ensino-aprendizagem, ocurso superior de

licenciatura adota algumas atividades, como: aulas expositivas, aulas

dialogadas, dinâmicas de grupo, leituras comentadas, visitas técnicas,

palestras, pesquisa bibliográfica e outras atividades

acadêmico-científico-culturais visando à oferta de experiências diversificadas

aos discentes. O curso busca o desenvolvimento de programas que

privilegiem o enlace entre a teoria e a prática, enfocando o uso e a

adequação de recursos audiovisuais, tecnológicos, de novos métodos e

técnicas de ensino, buscando o aperfeiçoamento do trabalho acadêmico e

sua aplicação profissional. A integração entre estudos teóricos, aulas e

atividades práticas é exercida nas atividades complementares, trabalhos

individuais e em grupo, nos estágiose atividades de extensão.

A educação a distância (EaD) é uma modalidade educacional cuja

característica principal é a forma de interação, tendo como instrumento

facilitador a comunicação baseada em recursos diversificados. Nessa

perspectiva, a UNIP Interativa oferece o contato visual, auditivo e verbal

direto e frequente por meio de suas aulas, recursos didáticos e dialógicos,

que promovem a interatividade e estimulam a aprendizagem dos estudantes.

Levando em consideração as demandas específicas, motivadas pelo

processo de ação e reflexão, confluentes e divergentes, de pessoas oriundas

de diversas regiões, a UNIP Interativa utiliza teleaulas, materiais impressos,

chats, fóruns, textos complementares, slides de teleaula, atividades

complementarese questionários, para efetivar uma interação de qualidade, a

fim de proporcionar a dialogicidade necessária, contribuindo para a

construção do conhecimento entre os agentes envolvidos no processo de

ensino-aprendizagem.

No curso de Matemática, as atividades seguem uma dinâmica que

pressupõe, além dos momentos de interação com o professor, o

autoaprendizado (aprendizagem independente).

De acordo com Barreto (2007), o enfoque da autoaprendizagem ou

aprendizagem independente surgiu no mundo inteiro a partir dos anos 1970,

com o objetivo de criar um modelo de organização mais flexível no processo

de ensino-aprendizagem e buscando ofertar não um programa universitário

padronizado, mas programas alternativos capazes de atender necessidades

e interesses mais específicos ou, ainda, voltados para o desenvolvimento de

competências. É sob esse contexto que podemos ressaltar que a EaD pode,

mesmo sendo uma forma de aprender que afasta fisicamente o aluno do

professor, aproximar o discente de cursos de seu interesse e proporcionar a

formação continuada em diversos setores da sociedade.

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Diante disso, entende-se que o aluno deve ser incentivado a estudar e

pesquisar de modo independente e com atividades extras, buscando o

fortalecimento do aprendizado colaborativo, a dinamização da comunicação

e a utilização das ferramentas existentes. Saber comunicar-se, descrever,

analisar e sintetizar fatos e informações da vida cotidiana, das relações na

família, na comunidade, no curso e na empresa, bem como saber trabalhar

em grupo de maneira participativa é parte das estratégias de maior

investimento do aluno em sua formação, pois isso fortalece o saber científico

e o que advém da experiência. Estratégias de ensino que incorporem a

experiência de vida dos alunos os ajudam a ter um maior rendimento em seu

processo de aprendizagem. Assim, nossos alunos são orientados a

desenvolver o hábito de estudo independente. O perfil do professor deve

acompanhar os movimentos e transformações na sociedade em decorrência

dos avanços científicos e tecnológicos identificados.

3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA

3.1 Instalações dos campi

A Universidade conta, em cada campus, com uma estrutura

organizacional própria para cuidar do planejamento, execução e controle

necessários para o adequado funcionamento dos cursos da unidade e para o

desenvolvimento das atividades propostas em seus respectivos projetos

pedagógicos. Para tanto, destacam-se:

• salas de aulas amplas, iluminadas e ergonômicas;

• bibliotecas com acervos atualizados e salas de estudos anexas, que

oferecem condições de pesquisa e acesso aos bancos de dados

diretamente pelo sítio da UNIP;

• laboratórios de informática que oferecem, além das máquinas, o apoio

técnico especializado para os alunos, tanto em horários de aula como

em horários livres. Todas as máquinas estão interligadas em rede, com

acesso à internet.

• teatros e auditórios, na maioria dos campi, utilizados tanto para

apresentações artísticas como para ciclos de palestras e seminários;

• amplos espaços de convivência dos alunos, como: livrarias,

lanchonetes, reprografias e caixas eletrônicos.

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3.2 Os polos de apoio presencial

Os polos de apoio presencial da UNIP Interativa, distribuídos em todo o

território nacional, são os espaços físicos nos quais acontecem os encontros

presenciais, as orientações de estudos e as atividades. Esses locais

fornecem a estrutura material e contam com equipes qualificadas para

atender o aluno.

A infraestrutura é composta por equipe administrativa (monitor de

informática, secretária, manutenção e zeladoria) e uma equipe pedagógica

(coordenador e tutor presencial na área específica dos cursos). O espaço

dos polos de apoio presencial atende aos requisitos de dimensão, limpeza,

iluminação, acústica, segurança, conservação e comodidade necessárias

nas instalações administrativas, salas de aula, salas de coordenação, tutoria,

instalações sanitárias, área de convivência, sala de estudo, laboratório de

informática e biblioteca.

Todos os espaços devem estar devidamente identificados e em

conformidade com o Decreto nº 5.296/2004, que trata da acessibilidade. O

polo apresenta equipamentos de suporte local:

• projetor multimídia datashow, com a resolução adequada;

• acesso à internet;

• instalação elétrica apropriada e suficiente para as necessidades dos

equipamentos de suporte instalados com proteção;

• microcomputadores com sistemas operacionais e aplicativos

devidamente licenciados.

No caso de utilização de satélite, o conjunto de recepção é composto por:

• antena parabólica VSAT;

• servidores adequados e compatíveis com ambiente operacional

institucional;

• transmissor tipo Rádio Anúbis Banda KU;

• amplificador de sinal.

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No caso de não utilização de satélite, a comunicação é feita por meio de

internet banda larga, que é provida pelo polo de apoio presencial para os

respectivos equipamentos de suporte.

3.3 Sede da UNIP Interativa

Na sede, o espaço destinado aos coordenadores, professores e tutores é

amplo, permitindo sua integração. Todos os setores encontram-se

devidamente equipados e possuem espaço adequado para seu

funcionamento.

A UNIP Interativa possui sala de coordenação, sala para os tutores e

professores. Também há sala multimídia para professores e tutores a

distância equipadas com projetores, computadores para acompanhamento

das aulas ministradas na sede e para a interação com os alunos via chat. Há

espaços específicos dimensionados para toda a equipe de apoio

técnico-administrativo, com toda a infraestrutura necessária para o

desenvolvimento das suas funções.

A sede dispõe de espaço para arquivamento de toda a

documentação pessoal e acadêmica dos estudantes. Possui, ainda, 5

(cinco) estúdios com toda tecnologia adaptada ao modelo pedagógico.

3.4 Da tecnologia

A partir dos três formatos ofertados, nota-se que os componentes

tecnológicos empregados pela UNIP Interativa e que podem ser adotados

são: internet, satélite, CD-ROM, DVD e webcast. As teleaulas são produzidas

na sede da UNIP em São Paulo. A transmissão é feita via satélite, e o polo

de apoio presencial pode recebê-la via satélite ou via internet.

Toda a infraestrutura tecnológica desenvolvida pelo NUTEC – Núcleo de

Tecnologia da UNIP – está consolidada em conceitos de comunicação

baseada em bancos de conteúdos distribuídos por dispositivos multimídia

(conectados ou não). A fundamentação técnico-teórica para isso está nos

conceitos de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC1, em que todos

os recursos tecnológicos estão organizados em estruturas computacionais

gerenciadas por bancos de dados, assegurando que os conteúdos

programáticos dos cursos sejam distribuídos de forma sistêmica e

controlada. Com base nisso, é necessária a organização desses conteúdos

1TIC:Tecnologias de Informação e Comunicação. As tecnologias e métodos para

comunicar surgidas no contexto da Revolução Informacional. A comunicação de

informações organizadas em bases de conteúdos mediadas por computador.

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dentro de uma base informatizada, que garanta a produção e distribuição do

conhecimento em um ambiente monitorado e acompanhado por professores

e tutores de forma interativa. Tradicionalmente, o banco de dados era o

repositório de informações, e atualmente evoluiu para o controle das mídias

textuais e audiovisuais, transformando-se de fato em um banco de conteúdos

multimídias. As modernas técnicas de BI2 asseguram que esse sistema de

base de conteúdos possa ser acompanhado, medido e controlado,

possibilitando à instituição o monitoramento dos processos de interatividade

e dialogicidade do corpo docente e discente no interior do modelo

pedagógico proposto para cada um dos formatos – SEI e SEPI.

Para sustentar essa proposta, a UNIP mantém uma estrutura de

servidores e uma equipe de desenvolvedores que avalia as ferramentas

existentes no mercado, utilizando aquelas que melhor se adaptam ao projeto

pedagógico da instituição, desenvolvendo novas ferramentas e aplicativos

que integrem todos os softwares próprios e de terceiros.

Como ambiente virtual de aprendizagem, utilizamos o Conteúdo On-line –

COL3, uma ferramenta própria que gerencia informações textuais e produtos

multimídia, que, associados a exercícios, ajudam na aquisição do

conhecimento proposto. Para controlar toda entrega de trabalhos dos alunos,

atividades complementares, documentos, relatórios de estágio e trabalhos de

curso, disponibilizamos para os alunos o ATOL4 – Atividades On-line, que

armazena nos banco de dados todo o gerenciamento dos locais onde estão

guardados os trabalhos dos alunos. O Blackboard e o Moodle são utilizados

como plataformas de distribuição de conteúdos em diferentes suportes, tais

como: textos, teleaulas, vídeos (entre os principais), integrando recursos de

interação entre professores, tutores e alunos.

Para o controle da produção gráfica dos materiais impressos, a instituição

utiliza o Metrics5. Destaca-se, ainda, o BIE

6, uma ferramenta própria, que,

2 BI (Business Intelligence ou inteligência em negócios). Conceitos e métodos para

melhorar a capacidade de tomada de decisões, utilizando sistemas baseados em regras de

negócio.

3 COL NUTEC-UNIP: Conteúdo on-line. Ferramenta que gerencia informações

textuais e produtos multimídia.

4 ATOL NUTEC-UNIP: Atividades on-line. Controla e acompanha a entrega de

trabalhos dos alunos.

5Software de controle da produção gráfica.

6 BIE NUTEC-UNIP. Adaptação dos procedimentos de BI (Business Intelligence ou

inteligência em negócios) aplicados ao controle dos alunos.

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por meio de ferramentas de BI, relaciona todas as bases de dados de todas

as etapas de produção, distribuição e controle dos conteúdos em um único

ambiente. Para o controle acadêmico, a UNIP Interativa utiliza o Lyceum7.

Para distribuição dos conteúdos, a UNIP conta com sólida estrutura de

Telecom, baseada no tripé: acessibilidade, segurança e redundância, que

são requisitos primordiais para que os alunos recebam os conteúdos com

acesso adequado ao AVA.

A Universidade possui um conjunto de tecnologias composta por:

• satélites com cobertura nacional – Panasat, em operação conjunta com

o Multicast HUGHES;

• internet – com link de alto desempenho de acesso ao backbone88

nacional e internacional;

• redundância em cinco data centers: dois locais (Cidade Universitária e

Paulista) e três externos de grande porte (o TIC da Telefônica, o da

Embratel e o do Terremark) – todos ligados via conexão óptica.

Essa composição de recursos tecnológicos viabiliza aos alunos de todo o

Brasil acesso ao conteúdo educacional da forma prevista no projeto

pedagógico.

3.5 Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA

O suporte tecnológico distribui-se em três dimensões: uma dimensão

ampla (que congrega os meios necessários para o desenvolvimento

pedagógico dos cursos), uma dimensão de recursos de interação para o

acompanhamento dos alunos e uma de avaliação.

No projeto pedagógico, elucidam-se as especificidades da EaD, que

originam demandas de interação entre todos os envolvidos no processo.

Para tanto, destacaremos a seguir os sistemas de informação utilizados na

veiculação dos conteúdos pertinentes.

7Software de controle acadêmico da Techen Sistemas.

88Conjunto da rede de internet.

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3.5.1 Blackboard

O Blackboard é uma plataforma utilizada pela UNIP Interativa como

espaço de publicação de conteúdos e de centralização das demais

plataformas desenvolvidas. Dispõe de ferramentas que permitem a interação

do alunado com todo o corpo docente, bem como a publicação dos

conteúdos pedagógicos de forma clara e acessível. Além dos dispositivos

oferecidos pelo programa, a instituição o utiliza para integrar o acesso às

demais plataformas desenvolvidas, a fim de centralizar o acesso em um

único login, o que viabiliza a auditoria completa da vida acadêmica do aluno

e do corpo docente.

Ao acessar a plataforma, o aluno terá disponível o conteúdo necessário

para a realização de seu curso. Além das disciplinas, o discente terá acesso

a diversos ambientes, como: avisos gerais, avisos da disciplina, guia do

aluno, vídeos instrucionais, manuais explicativos, brinquedoteca, calendário

acadêmico, secretaria virtual (Lyceum) e demais ferramentas personalizáveis

pelo aluno, como calendário de tarefas e até o próprio layout da plataforma.

Ao visualizar o Guia do Aluno, é possível entender a funcionalidade de cada

ferramenta, bem como o roteiro de estudo a ser seguido.

O material pedagógico é disponibilizado por disciplina e por turma. Nas

disciplinas, são propostos fóruns de discussão que permitem o debate entre

os alunos – e entre os alunos e o corpo docente – sobre temas específicos.

Para tratar de assuntos gerais, o estudante utiliza a ferramenta “mensagens”,

que permite o envio de recados a um ou a todos os usuários matriculados na

disciplina. Os prazos e a ordem das disciplinas seguem o calendário

acadêmico.

3.5.2 Moodle

A plataforma utilizada para a publicação de conteúdo no SEPI II é o

Moodle. Ele conta com as principais funcionalidades disponíveis nos

ambientes virtuais de aprendizagem e é composto por ferramentas de

avaliação, comunicação, disponibilização de conteúdo, administração e

organização. Por meio dessas funcionalidades, é possível dispor de recursos

que permitem a interação e comunicação entre o alunado, professores e

tutoria, a publicação do material de estudo em diversos formatos de

documentos, a administração de acessos e a criação de relatórios.

No Moodle, o aluno tem acesso ao material pedagógico, disponibilizado

por disciplina, além dos recursos de interação que permitem o diálogo entre

os discentes, professores e a equipe de tutoria.

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O material de cada disciplina é publicado pelo professor responsável por

ela no Moodle, seguindo a proposta do calendário acadêmico de realização

dos encontros presenciais. A publicação de material pelo docente módulo a

módulo facilita o acompanhamento do aluno no AVA.

4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE

ENSINO-APRENDIZAGEM

De acordo com o PDI, a “educação ao longo de toda a vida” organiza-se

em torno de quatro aprendizagens fundamentais, que constituem os pilares

do conhecimento:

1) Aprender a conhecer significa, antes de tudo, o aprendizado dos

métodos que nos ajudam a distinguir o que é real do que é ilusório e,

assim, ter acesso aos saberes de nossa época. A iniciação precoce na

ciência é salutar, pois ela dá acesso, desde o início da vida humana, a

não aceitação de qualquer resposta sem fundamentação racional e/ou

de qualquer certeza que esteja em contradição com os fatos.

2) Aprender a fazer é um aprendizado da criatividade. “Fazer” também

significa criar algo novo, trazer à luz as próprias potencialidades

criativas, para que venha a exercer uma profissão em conformidade

com suas predisposições interiores.

3) Aprender a viver junto significa, em primeiro lugar, respeitar as normas

que regulamentam as relações entre os seres que compõem uma

coletividade. Contudo, essas normas devem ser verdadeiramente

compreendidas, admitidas interiormente por cada ser, e não sofridas

como imposições exteriores. “Viver junto” não quer dizer simplesmente

tolerar o outro com suas diferenças, embora permanecendo convencido

da justeza absoluta das próprias posições.

4) Aprender a ser implica em aprender que a palavra “existir” significa

descobrir os próprios condicionamentos, descobrir a harmonia ou a

desarmonia entre a vida individual e social.

Focada nessas premissas norteadoras, a UNIP incorpora aos seus cursos

abordagens que busquem:

• a construção coletiva expressa na intenção e prática de cada segmento

institucional, levando em conta a articulação dialética, diferenciação e

integração, globalidade e especificidade;

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• a interação recíproca com a sociedade caracterizada pela educação e

desenvolvimento econômico-social sustentáveis, reafirmando o seu

compromisso como potencializadora da formação humana e

profissional;

• a construção permanente da qualidade de ensino – entendida e

incorporada como processual e cotidiana da graduação e da

pós-graduação, indagando continuamente sobre o tipo de sociedade

que temos e queremos, a função dos cursos superiores frente às novas

relações sociais e de produção, e sobre o perfil do profissional a formar

frente às exigências do mercado de trabalho;

• a integração entre ensino, pesquisa e extensão, objetivando a

construção de um processo educacional fundado na elaboração e

reelaboração de conhecimentos, para poder alcançar a apreensão e

intervenção em uma realidade dinâmica e contraditória;

• a extensão voltada para seus aspectos fundamentais, como tornar a

coletividade beneficiária direta e imediata das conquistas do ensino e

da pesquisa, socializando o saber e a coleta do saber não científico

elaborado pela comunidade para, estruturando-o em bases científicas,

restituí-lo a sua origem;

• o desenvolvimento curricular contextualizado e circunstanciado,

expressão da concepção de conhecimento como atividade humana

processualmente construída na produção da vida material; e

• a unidade entre teoria e prática mediante o desenvolvimento, por parte

de professores e alunos, em atividades de pesquisa e iniciação

científica.

A Universidade Paulista, ao longo de seu percurso histórico como

entidade educacional, sempre empregou ferramentas tecnológicas de

comunicação em seu processo de construção e disseminação do

conhecimento. Isso propiciou um conjunto de experiências individuais e

coletivas para o corpo discente e docente e para com a própria instituição.

Ao iniciar o desenvolvimento de atividades acadêmicas em educação a

distância, a IES apoiou-se na experiência adquirida nos últimos 20 (vinte)

anos. Os desafios presentes no contexto socioeducacional e tecnológico

atual possibilitaram aprimorar algumas das práticas pedagógicas que a

Universidade desenvolveu ao longo do tempo.

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Um dos motivos que levou a UNIP a propor cursos em EaD foi a

compreensão de que a construção do conhecimento se dá a partir da

interação entre todos os elementos envolvidos no processo de

ensino-aprendizagem, ou seja, em uma dimensão conjunta. Nessa interação,

estimula-se a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno.

As estratégias pedagógicas selecionadas visam proporcionar a

construção do conhecimento individual e coletivo, por meio da elaboração

de projetos e de discussões pautadas e mediadas, que desafiam o aluno,

levando-o a refletir sobre os conceitos apresentados e sua aplicabilidade

em diferentes contextos.

O processo de ensino-aprendizagem se baseia na construção de relações

intra e interpessoal. Em outras palavras: aluno e material didático; alunos

entre si; alunos e professores; alunos e tutores; alunos e instituição,

professores e tutores. Estimulando-se essa interação, valoriza-se o

conhecimento já adquirido pelos discentes ao longo de suas vidas,

estreitando o vínculo afetivo e acadêmico necessário para o cotidiano da

educação a distância. Essa interação é viabilizada pelo uso de estratégias

dialógicas como os chats, fóruns e orientação de trabalhos interdisciplinares.

Esse processo desenvolve-se continuamente, mantendo um enfoque

pedagógico consistente e coerente com as diretrizes curriculares e as

propostas dos cursos, de suas metas e critérios de avaliação.

A aprendizagem é cooperativa e a sala de aula é vista como um AVA

criativo e incentivador. O professor desempenha o papel de orientador de um

processo de ensino-aprendizagem proativo e investigativo, no qual há

autonomia quanto aos métodos pedagógicos por parte dos lados envolvidos

na execução das tarefas, com mais ênfase no processo do que no resultado.

Consequentemente, a aprendizagem acontece em grupo, proporcionando

transformações significativas nas pessoas envolvidas.

Na evolução da EaD, a UNIP, em coerência com a sua missão e sua

vocação, tem aprimorado seus modelos, estratégias, materiais e atividades,

visando à participação ativa dos alunos e professores no processo de

ensino-aprendizagem. Dessa forma, fomenta a democratização da educação

no país, possibilitando o acesso a uma metodologia de ensino inovadora e

utilizando uma tecnologia avançada.

Os serviços de apoio relacionados à modalidade estão reunidos na UNIP

Interativa de modo que cada uma das equipes esteja integrada em suas ações.

Sendo assim, a UNIP Interativa, entendida como sistema de EaD, organiza-se

por meio de sistemas interdependentes entre si: comunicação,

acompanhamento e avaliação.

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4.1 Sistema de comunicação

4.1.1 Sobre os meios

O sistema de comunicação da UNIP Interativa tem base em serviço de

tecnologia da informação e comunicação, responsável por prover e dotar

recursos de interação por meio de AVA, para que professores, alunos e

tutores mantenham relação no processo da formação. Organiza e dispõe

informação fundamentada nos conteúdos afins aos programas, cursos e

projetos desenvolvidos na modalidade a distância. Os projetos pedagógicos

dos cursos oferecidos nas modalidades presenciais e a distância são os

mesmos, no entanto, as especificidades da modalidade EaD tornaram

necessária a criação de serviços que suportem as demandas por interação

entre os envolvidos no processo ensino-aprendizagem. O sistema de

comunicação atende, prioritariamente, a essa interação.

4.1.2 Material didático

O material didático utilizado na UNIP Interativa é desenvolvido consoante

os princípios epistemológicos, metodológicos e políticos explicitados no PDI

da Instituição, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e nos Projetos

Pedagógicos dos Cursos – PPCs. Seu uso é precedido de avaliação por

especialistas externos, que sugerem e orientam a adoção de medidas

almejando o seu aperfeiçoamento.

O conjunto de mídias, selecionado para desenvolver as competências

específicas propostas para cada curso, respeita as características

socioeconômicas dos diferentes grupos de alunos. A produção do material

impresso e disponibilizado no AVA atende às lógicas distintas de concepção,

produção, linguagem e tempo. A convergência e a integração entre as

diversas mídias são garantidas pelas equipes multidisciplinares, constituídas

por especialistas em conteúdos, em desenvolvimento de páginas web, em

desenho instrucional, em ilustração, em diagramação, em revisão do material

produzido, etc.

a) Livro-texto

Os materiais produzidos pela Instituição possuem um papel muito

importante, pois:

• exercem a função de um mediador privilegiado, atuando como roteiro

de estudos;

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• contêm sugestões de atividades que fomentam reflexões, pesquisas e a

sistematização de ideias;

• ensejam relações com o campo de conhecimento, além de outros

“olhares” e possíveis saberes que esse campo incita;

• compõem “trilhas” com várias possibilidades de acesso, instigando o

aluno à procura de outros tipos de fontes para estudo;

• inserem-se em uma rede de diferentes tipos de materiais – livros,

filmes, artigos, etc. – cuja composição permite atingir os objetivos

propostos para a formação dos alunos;

• utilizam ícones padronizados;

• inserem imagens e gráficos;

• apresentam ao menos dois exercícios por módulo, que estimulam a

reflexão, a aplicação e a ampliação do conhecimento, oferecendo a

resposta de um exercício no próprio livro e de outro na plataforma.

A elaboração do livro-texto é realizada de forma dialógica, ancorada no

tripé educador-educando-objeto do conhecimento, permitindo aos alunos

agir, refletir e interagir no desenrolar da ação pedagógica. Esse material

deve fomentar a reflexão do discente, levando-o a buscar informações em

outras fontes, realizar novas leituras, descobrir novos caminhos e

apropriar-se dos conhecimentos criados e adquiridos. Esse processo

contínuo considera o aluno como um agente ativo e capaz de autoavaliar o

seu progresso no decorrer do curso.

O texto dialógico estabelece uma conversa amigável entre o autor e o

leitor, desenvolvendo o senso crítico do estudante e levando-o a

compreender a relevância do conteúdo do texto para seu cotidiano e prática

profissional. O conteúdo deve contemplar a ementa da disciplina e compor

um todo coeso, integrando de forma contínua e complementar as suas

diferentes partes: unidades, tópicos, reflexões, atividades, bibliografia,

gráficos e imagens.

O Docente Conteudista é o profissional especialista que redige o

material didático da disciplina e/ou produz material para o Ambiente Virtual

de Aprendizagem e/ou grava o conteúdo nas mídias, áudio e vídeo (quando

for o caso). Ele recebe orientações sobre a utilização das diversas mídias e

participa de treinamentos e workshops.

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A Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos – CQA,composta

por professores especialistas, submete o livro-texto a uma criteriosa análise

de seu conteúdo. Dessa análise, resulta um parecer que é enviado ao

coordenador do curso para retroalimentar as partes envolvidas no processo

de produção, até que o livro-texto seja aprovado.

No Departamento de Revisão são verificadas a originalidade,

padronização do texto, a coesão, coerência, clareza, “vícios de linguagem”,

uso incorreto da língua portuguesa, ortografia e adequação aos padrões

estruturais adotados pela UNIP Interativa.

O Departamento de Educação Digital reúne profissionais com

conhecimentos técnicos de produção e configuração de possibilidades de

estruturação visual e responsável pela diagramação do texto. Uma vez

diagramado, o livro-texto passa por uma última revisão e é enviado ao

coordenador do curso, que, juntamente com o docente conteudista, verifica o

material finalizado, liberando-o para impressão e envio ao Departamento de

Planejamento – Controle de Materiais, que o disponibilizará ao docente que

produzirá os materiais didáticos da disciplina e ao departamento responsável

pela inserção dos materiais no AVA.

b) Materiais didáticosdas disciplinas

Todos os materiais utilizados numa determinada disciplina, tais como

slides, questionários, exercícios, textos complementares, fóruns, Estudos

Disciplinares (ED), entre outros.

O Departamento de Planejamento é responsável pelo planejamento e

coordenação das gravações dos cursos no formato SEI, pela produção de

livros-textos e calendários acadêmicos, pela publicação de informações

referentes às atividades complementares, além da produção dos materiais

das aulas.

São suas atribuições: liberar os materiais para a transmissão de aulas ao

vivo no formato SEPI, para a tutoria a distância, para inserir os conteúdos no

AVA e controlar as atividades, avaliações e informações na disciplina e na

atividade do tutor de sala.

O material recebido é submetido às seguintes etapas:

• recebimento e controle dos materiais recebidos;

• revisão ortográfica e uso correto da língua portuguesa;

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• diagramação;

• liberação para inserção no AVA;

• geração de imagens;

• liberação para gravação das teleaulas;

• liberação para a Tutoria.

O Departamento de Planejamento possui profissionais qualificados para

realizar todas as etapas do processo.

c) Teleaulas

As teleaulas contêm a ementa e o programa da disciplina e seu conteúdo

é elaborado por um professor escolhido pelo coordenador do curso em

conjunto com o líder da disciplina.

O professor distribui o conteúdo da disciplina nas unidades, respeitando a

carga horária definida na matriz curricular, e organiza a sua apresentação

aos alunos. As teleaulas são gravadas de acordo com a organização

elaborada pelo professor.

As teleaulas, com duração de uma hora, são divididas em quatro blocos

de quinze minutos cada, sendo que, ao final de cada bloco, o professor

propõe uma questão referente ao tema abordado. O bloco seguinte inicia-se

com um comentário do professor referente à atividade proposta no bloco

anterior. A separação em blocos tem o objetivo de tornar a aula mais

dinâmica e interativa.

É importante ressaltar que todas as teleaulas possuem intérprete de

libras, o que permite aos alunos portadores de necessidades especiais

acompanharem o conteúdo ministrado pelo professor.

As teleaulas são gravadas em estúdio e editadas pelos profissionais da TV Web. Após a edição, as teleaulas são enviadas ao departamento de

Educação Digital,que prepara o link e realiza a sua inserção no AVA. O

docente da teleaula é acompanhado no estúdio por um tutor da área da

disciplina, tanto nas teleaulas gravadas como nas teleaulas transmitidas ao

vivo.

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d) Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA

Foi possível compreender que o aluno necessita de orientações claras

quanto ao entendimento e possibilidades da educação a distância, do

funcionamento do curso, dos mecanismos de interações e comunicação

disponíveis para uma aprendizagem colaborativa. Para introduzir o aluno ao

universo da EaD, elaboram-se teleaulas, diversos vídeos, normas e

calendários acompanhados de manuais e guias digitalizados no AVA. E

esses elementos:

• abordam a plataforma utilizada (AVA);

• apresentam as abas e ferramentas disponíveis;

• orientam a navegação dos fóruns e do sistema de mensagem;

• disponibilizam o calendário acadêmico;

• disponibilizam as disciplinas e conteúdos programáticos, bem como as

atividades e exercícios propostos.

Os docentes coordenadores de cada curso elaboram as aulas inaugurais

e instrucionais, nas quais os alunos, além de conhecer as particularidades do

seu curso, interagem com o coordenador e com os docentes de apoio.

Nessas aulas, realizadas com a presença do aluno no polo de apoio

presencial, os coordenadores:

• explicitam o processo de ensino-aprendizagem a ser desenvolvido no

semestre;

• apresentam as disciplinas;

• informam como a equipe de docentes acompanhará o processo

pedagógico;

• informam ocomo interagir com a equipe multidisciplinar;

• explicam como interagir com a equipe multidisciplinar;

• transmitem informações sobre o calendário, atividades, critérios e

mecanismos de avaliação;

• expõem as funções das pessoas que acompanharão os alunos no

polo–equipe presencial, tutoria a distância, docentes e coordenadores.

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Alinhada a sua missão e vocação, a UNIP Interativa contribui para a

inclusão digital do aluno, inserindo-o no contexto educacional, social e

cultural do ensino superior do Brasil. O esforço de inclusão norteia a equipe

da EaD no desenvolvimento e planejamento das ações pedagógicas

utilizadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Da mesma forma,

o desenvolvimento do material didático busca ultrapassar barreiras

geográficas e regionais. Em suma, a perspectiva interacionista é vista como

essencial para a modalidade de educação a distancia.

A equipe de docentes desenvolve os materiais didáticos do AVA,

atendendo às necessidades específicas de cada disciplina, respeitando os

referenciais de qualidade propostos para a educação de ensino superior a

distância.

Fluxograma do desenvolvimento do material didático

4.1.3 Concepção de avaliação

A avaliação do aluno não deve apenas medir seu rendimento acadêmico,

mas principalmente estimulá-lo a sustentar um desempenho positivo. O

crescimento intelectual do discente ao longo do processo de sua formação

deve ser valorizado, considerando-se os objetivos do curso e as qualidades

desenvolvidas, apontando-se as insuficiências observadas e os caminhos

para superá-las.

O sistema de avaliação é concebido na perspectiva de garantir o

desenvolvimento de competências no processo de formação. Nesse sentido,

a avaliação destina-se a induzir a aprendizagem dos alunos, de modo a

favorecer seu percurso e regular as ações que orientam e incentivam sua

formação. Desse modo, a avaliação nãotem por objetivo punir os que não

alcançam o que se pretende atingir, mas a ajudar cada aluno a identificar

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melhor as suas carências de formação e empreender o esforço necessário

para realizar sua parcela de investimento no próprio desenvolvimento

profissional.

O sistema de avaliação não deve incidir sobre elementos a serem

memorizados, mas na verificação da capacidade de refletir sobre o

conhecimento, de questioná-lo e de (re)construí-lo do ponto de vista

científico, metodológico e político.

O que se pretende avaliar não é só o conhecimento adquirido, mas a

capacidade de acioná-lo e de buscar outros saberes para realizar o que é

proposto. Avaliar significa verificar não apenas se os alunos adquiriram os

conhecimentos necessários, mas também, o quanto e como fazem uso deles

para resolver situações-problemas (reais ou simuladas) relacionadas, de

alguma forma, com o exercício da profissão.

Dessa forma, a avaliação é realizada mediante critérios explícitos e

compartilhados com os alunos, uma vez que o objeto de avaliação

representa uma referência importante para quem é avaliado, tanto para a

orientação dos estudos como para a identificação dos aspectos considerados

mais relevantes para a formação em cada momento dos cursos.

A avaliação é entendida com um processo a ser desenvolvido durante o

período letivo. Apresenta determinadas especificidades que são

regulamentadas pela instituição. As formas de avaliação no curso seguem os

Critérios de Avaliação e Promoção da UNIP e são adequadas às

especificades de formação do futuro educador.

Para isso, são utilizados instrumentos variados, tais como: prova escrita

individual presencial, produção e apresentação de textos, pesquisa

bibliográfica de campo, relatório e fichas de leituras de textos, comentários

escritos de livros lidos, resolução de exercícios, desenvolvimento de

atividades que relacionam teoria e prática,instrumentos contemplados nos

planos de ensino das disciplinas do curso, trabalhos individuaise em grupo.

A avaliação da aprendizagem no AVA leva em conta todo o percurso

acadêmico do aluno e permite o acompanhamento de frequência e nota, a

partir do desenvolvimento de questionários e atividades, entre outros,

possibilitando, ainda, a oportunidade de evolução e melhoria contínua por

meio da revisão e feedback.

Estimula-se a autoavaliação, possibilitando a autocorreção dos exercícios,

questionários e atividades, de modo que o aluno possa acompanhar a sua

evolução e rendimento escolar. Para tanto, o sistema oferece as respostas

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comentadas das atividades propostas (assim que o aluno desenvolve as

tarefas e as salva no sistema, ele tem a oportunidade de verificação de seu

rendimento). Incentiva-se, ainda, o aluno a buscar esclarecimentos e avançar

em seu conhecimento, revendo os materiais disponíveis e recorrendo aos

tutores a distância, tutores presenciais e docentes sempre que necessário. O

acesso ao AVA permite ao professor acompanhar o discente e, a este,

avaliar o seu progresso nas disciplinas, atividades, exercícios e trabalhos.

As ferramentas de interação e comunicação com o corpo docente são

compostas por e-mails, chats, fóruns de discussão, utilização do contato

telefônico ou ainda presencialmente (no polo de apoio presencial), por meio

dos professores consultores e/ou tutores presenciais. A partir desses

instrumentos, é possível traçar um perfil das dificuldades vividas pelo aluno e

promover orientações individualizadas, constituídas formalmente pelos

docentes e tutores, acompanhando o desenvolvimento do discente em seu

curso.

Uma vez detectadas dificuldades específicas, promovem-se aulas de

apoio com a disponibilização de material complementar, seja uma teleaula ou

texto complementar, assim como um acompanhamento mais individualizado

por parte dos tutores e professores.

A avaliação presencial complementa o processo. Ela é feita

bimestralmente no polo presencial de apoio no qual o aluno está matriculado,

seguindo o calendário acadêmico de cada curso. No formato SEPI II, a

avaliação presencial é semestral.

Para garantir a segurança das avaliações presenciais, a equipe de TI da

UNIP desenvolveu um sistema que permite a randomização das questões de

prova no ato de sua impressão, o que possibilita a confecção de provas com

diferentes questões para cada estudante de um mesmo grupo. Na sede, as

questões de prova são elaboradas por professores e encaminhadas a um

departamento específico, que recepciona, organiza e as insere no sistema.

Elas são disponibilizadas ao polo de apoio presencial apenas nas datas

preestabelecidas pela sede, conforme o calendário acadêmico.

Depois de realizadas, as avaliações presenciais são enviadas ou

digitalizadas pelo polo de apoio presencial e encaminhadas para a sede da

instituição para serem corrigidas pelos docentes.

O sistema e a logística do processo de avaliação foram verificados por

meio de um projeto-piloto desenvolvido no segundo semestre de 2010 e, em

2011, foram introduzidos de forma gradativa nos diferentes cursos. O

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30

detalhamento dos mecanismos do processo avaliativo consta no Regimento

Geral (disponível em: <www.unip.br>).

4.1.4 Gestão acadêmico-administrativa

A secretaria acompanha a vida escolar dos alunos desde o seu ingresso

na IES, orientando os procedimentos relacionados às matrículas e

renovações de matrículas, a verificação da documentação e dos pedidos de

emissão de serviços solicitados pela secretaria virtual. Também controla os

documentos referentes à conclusão do curso, o encaminhamento para

execução e registro de diplomas, assim como a sua retirada.

Para o bom funcionamento da secretaria, foram padronizados alguns

procedimentos. Após a aprovação no processo seletivo, o próprio candidato

deve realizar sua matrícula. Neste ato, ele recebe o contrato e, ao aceitá-lo,

torna-se responsável pelo acesso ao sistema e pela impressão do boleto. A

matrícula somente é efetivada após o pagamento da primeira parcela do

curso, a entrega do contrato de prestação de serviços educacionais

devidamente assinado e a entrega dos documentos pessoais e de

escolaridade.

A UNIP Interativa utiliza, para gerenciamento do sistema de controle

acadêmico, o Lyceum.

4.1.5 Biblioteca

As bibliotecas da UNIP (central, setoriais e dos polos de EaD)

desempenham um importante papel na execução da missão organizacional

da instituição. O desenvolvimento das coleções das bibliotecas UNIP vem

acompanhando as novas tecnologias da informação, adquirindo acervos

impressos e digitais em vários suportes, como livros, plataformas de leitura

de livro na web, periódicos, DVDs e CD-ROMs, bases de dados nacionais e

internacionais, atendendo às necessidades geradas pelas atividades de

ensino, pesquisa e extensão da universidade.

a) Gestão das bibliotecas e do acervo dos polos EaD: a biblioteca sede

da EaD encontra-se na Avenida Torres de Oliveira, 330, no bairro

Jaguaré, cidade de São Paulo, dentro do campus da UNIP, denominado

Cidade Universitária. Lá são tomadas as decisões sobre tratamento

técnico, expansão de acervo e serviços oferecidos para os alunos EaD

nos campi UNIP, nas bibliotecas setoriais e polos de apoio presencial.

As bibliotecas setoriais estão localizadas em polos distribuídos nas

capitais dos estados de todo o Brasil. Elas dão suporte de catalogação,

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classificação e de referência para os polos próximos, além de integrar o

seu acervo ao serviço de intercâmbio de materiais.

b) Serviço de processamento técnico: todo o acervo da UNIP é

registrado em conformidade com os seguintes padrões internacionais:

• Classificação Decimal Universal (CDU);

• Table Cutter-Sanborn;

• Código de catalogação anglo-americano (AACR-2);

• Machine-ReadableCataloging (MARC-21).

c) Informatização do acervo e serviços: o sistema de gestão

utilizado é o Pergamum, que permite o controle do acervo e da

circulação em ambiente on-line, dispensando a necessidade de

instalação de softwares nos polos e possibilitando que a consulta ao

catálogo seja feita a partir de qualquer computador conectado à

internet. O sistema Pergamum integra-se ao Sistema Sisun de

Biblioteca, da biblioteca central da UNIP, que foi desenvolvido pela

universidade e deposita os registros de todos os livros da instituição,

desde os mais antigos até as coleções raras. O catálogo on-line dos

sistemas Pergamum e Sisun permite consulta por filtros de assunto,

autor, título e biblioteca e fica disponível no site acadêmico 24 horas

por dia na internet. Além de permitir a consulta multicampi, a

comunidade da UNIP EaD pode utilizar todos os recursos

disponíveis em qualquer biblioteca da própria mantenedora e

instituições coligadas. Com o suporte dos sistemas Pergamum e

Sisun, o serviço de referência das bibliotecas UNIP disponibiliza

para o corpo discente e docente os seguintes serviços:

• pesquisa bibliográfica;

• orientação e normalização de trabalhos acadêmicos seguindo as

normas da ABNT. Visando o melhor atendimento à demanda desse

serviço, foi elaborado o Guia de Normalização para Apresentação de

Trabalhos Acadêmicos, que está disponível na página da internet da

instituição:

<http://www2.unip.br/servicos/biblioteca/download/manual_de_norma

lizacao.pdf>;

• empréstimo domiciliar;

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• renovação on-line (feita pelo próprio aluno na internet);

• reserva on-line (feita pelo próprio aluno na internet);

• intercâmbio de material entre bibliotecas;

• consulta local;

• elaboração de referências bibliográficas (ABNT);

• COMUT – Programa de comutação bibliográfica que visa facilitar a

obtenção de cópias de documentos independentemente de sua

localização (no Brasil ou no exterior), provendo o acesso aos

documentos exclusivamente para fins acadêmicos e de pesquisa;

• treinamento de usuários.

d) Acervo

• Material impresso: atualmente, o acervo dos campi da UNIP conta

com mais de 1.000.000 de itens. Além disso, os polos de apoio

possuem cerca de 400.000 itens. O aluno de EaD pode utilizar todo o

material, realizando o empréstimo presencial ou solicitando o

intercâmbio de títulos.

• Material on-line: no ambiente on-line, todos os alunos da UNIP

podem acessar os bancos de dados de periódicos, inclusive da

CAPES e do EBSCO. Recentemente, foram incorporados ao acervo

materiais virtuais de várias editoras, tendo como destaque a

Biblioteca Virtual da Pearson (BV), com cerca de 1.600 títulos. Estes

podem ser lidos pelos alunos por computador, celular, tablet, etc. A

BV permite também a impressão de partes dos livros.

5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA

5.1 Coordenação de curso

5.1.1 Estrutura organizacional

A coordenação do cursoé exercida pelo Coordenador Geral, que conta

com o apoio de coordenadores auxiliares que se encarregam da supervisão

acadêmica da realização dos cursos. Compete a cada coordenador, entre

outras funções, o papel de definir e gerenciar a equipe docente do curso sob

sua responsabilidade.

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33

Na educação a distância, há um coordenador que realiza plantões na

sede da UNIP interativa. A coordenação de curso conta ainda com o apoio

de líderes de disciplina, competindo a estes, entre outras funções, a

responsabilidade de definir e manter atualizados os planejamentos didáticos

de suas respectivas disciplinas (objetivos, planos de ensino, conteúdos

programáticos, bibliografia, etc.).

Os planos de ensino e os planejamentos didáticos completos elaborados

pelos líderes de disciplinas constituem o padrão que é adotado pelo curso,

cabendo às equipes docentes fazer as adequações necessárias. Em resumo,

a coordenação do cursoé exercida pela estrutura matricial, por meio da qual

os docentes respondem hierarquicamente para seus respectivos

coordenadores e, em termos funcionais, obedecem às orientações dos

líderes de disciplina. Tanto os coordenadores auxiliares como os líderes de

disciplina respondem ao Coordenador Geral do curso.

5.2 Coordenador do curso

A coordenação do curso é exercida por um profissional designado pelo

Reitor e homologado pela Mantenedora (Regimento Geral da Universidade,

art. 23).

Para exercício do cargo de Coordenador, são exigidos os seguintes

requisitos:

• titulação acadêmica compatível com a sua missão de liderar

educadores do ensino superior;

• experiência profissional;

• experiência acadêmica suficiente para permitir uma visão adequada da

realidade do ensino superior;

• acompanhamento continuado e abrangente da evolução do mundo,

tanto no que diz respeito às carências das organizações como nos

avanços nas práticas de gestão;

• capacidade de liderar equipes.

5.3 Composição e funcionamento do Colegiado de Curso

Devido às características de atuação multicampida Universidade, o

Colegiado do Curso é formado por dois tipos de colegiados

complementares entre si: o Colegiado Geral e os colegiados locais. O

Colegiado Geral é composto pelo Coordenador do curso e pelos

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34

coordenadores locais, enquanto cada colegiado local é composto pelo

coordenador e sua respectiva equipe de docentes. Ambos os tipos de

colegiado contam com uma representação discente. Os colegiados locais

atuam simultaneamente como fomentadores e

disseminadores/multiplicadores das decisões e orientações do Colegiado

Geral.

Ao Colegiado de Curso, na forma como ele está instituído, e de acordo

com o Regimento Geral da Universidade (art. 29), compete o seguinte:

• propor e executar atividade, bem como promover a articulação interna e

das relações entre os cursos da mesma área que localizados em outros

campi;

• aprovar o plano de atividades de curso;

• promover a articulação e a integração das atividades docentes;

• propor providências de ordem didática, científica e administrativa aos

órgãos da Administração Superior;

• opinar sobre a realização de programas de ensino, pesquisa e

extensão;

• responsabilizar-se pela elaboração de projetos de pesquisa de

extensão na área de competência e coordenar e supervisionar sua

execução;

• desenvolver e aperfeiçoar metodologias próprias para o ensino das

disciplinas de sua competência;

• distribuir encargos de ensino, pesquisa e extensão aos membros do

corpo docente;

• responsabilizar-se pelo oferecimento das disciplinas relacionadas ao

setor específico do saber que define o âmbito de sua competência;

• elaborar as ementas, os programas e os planos de ensino para as

disciplinas de sua competência;

• avaliar o desempenho individual de cada docente;

• participar de programa ou projetos de pesquisa e extensão de natureza

interdisciplinar;

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• promover e coordenar seminários, grupos de estudos e outros

programas para o aperfeiçoamento docente;

• ao final do semestre, avaliar os programas relativos ao curso;

• constituir comissões especiais para assuntos específicos;

• acompanhar a expansão do conhecimento nas áreas de sua

competência, por meio de intercâmbio com centros de pesquisadores

que desenvolvam trabalhos inovadores e, ainda, por meio do incentivo

à participação dos docentes em eventos científicos e culturais nas

respectivas áreas de especialização;

• exercer as demais atribuições que se incluam, de maneira expressa ou

implícita, no âmbito de sua competência;

• fazer indicação para admissão do pessoal docente.

Presidido pelo Coordenador de Curso, o Colegiado Geral reúne-se

ordinariamente, no mínimo, uma vez por semestre. Cada colegiado local,

presidido pelo respectivo coordenador, também se reúne nas mesmas

condições. As normas para funcionamento desses colegiados são as que

estão estabelecidas no art. 31 do Regimento Geral da Universidade.

5.4 Atenção ao discente

Os polos possuem profissionais com formação universitária específica

para cada área do conhecimento, considerando os cursos ofertados pela

UNIP Interativa. Eles orientam, conduzem e facilitam o processo de

ensino-aprendizagem junto aos alunos. A equipe de apoio é formada por:

a) Coordenador do polo: responsável pelo funcionamento dos processos

administrativos e pedagógicos que se desenvolvem na unidade. O

coordenador deve conhecer os projetos pedagógicos dos cursos

oferecidos no polo de apoio presencial, estar atento às ações previstas

nos calendários, especialmente àquelas que tratam das atividades de

tutoria presencial. Deve, também, zelar pela disponibilidade de

equipamentos e atualização da infraestrutura, viabilizando as

atividades. O coordenador deve ter, no mínimo, titulação de graduação

e formação específica em EaD.

b) Secretaria do polo: responsável pelo atendimento aos alunos do polo

de apoio presencial quanto ao recebimento, conferência e envio de

documentos à secretaria acadêmica da universidade. É responsável,

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36

ainda, pela recepção e entrega de documentos solicitados pelo aluno

por meio da secretaria virtual.

c) Tutor presencial: o papel do tutor na modalidade EaD é fundamental

para o desenvolvimento dos estudantes. Ele deve acompanhá-los

quanto ao entendimento dos conteúdos propostos, desenvolvimento de

atividades e outros aspectos pertinentes ao processo de

ensino-aprendizagem.

Os principais meios e mecanismos de interatividade, atendimento,

orientação e suporte da UNIP Interativa são:

• Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): são disponibilizados

manuais, aulas instrucionais, guia do aluno, manuais explicativos,

calendário acadêmico, secretaria virtual, material pedagógico,

conteúdos para nivelamento, fórum e chat;

• secretaria virtual: ferramenta que permite acesso às informações

acadêmicas e financeiras, além de proporcionar permissão para

solicitação de serviços e consultas. Dentro da secretaria virtual, é

disponibilizado o Manual de Informações Acadêmicas;

• material didático impresso: o livro-texto atua como roteiro de estudo e

fomenta reflexões, pesquisas e a sistematização de ideias,

incentivando a continuidade do processo de ensino-aprendizagem no

AVA por meio da realização de exercícios, participação em fóruns de

discussão e chats;

• polo de apoio presencial: são os espaços físicos onde acontecem os

encontros presenciais, orientações de estudos e atividades. Possui

equipe de apoio capacitada para atender às demandas do alunado;

• central de atendimento ao aluno: orienta os discentes sobre os

procedimentos acadêmicos e financeiros, esclarece dúvidas sobre as

atividades a serem desenvolvidas e provê orientação quanto aos

calendários escolares;

• tutoria a distância: acompanha as teleaulas, medeia a interação com os

alunos, auxilia o professor e o coordenador do curso no

desenvolvimento das atividades didáticas e participa dos chats e fóruns;

• participação dos discentes da EaD nas atividades de iniciação

científica;

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37

• parcerias ou convênios da UNIP com prefeituras de vários estados para

a realização de estágios (opcionais) para os cursos superiores de

tecnologia;

• disponibilização de palestras on-line à comunidade acadêmica da EaD

e à comunidade em geral;

• disponibilização de softwares gratuitos aos discentes da EaD;

• sistema próprio de postagem de trabalhos acadêmicos e de atividades

complementares;

• acordo de cooperação da UNIP com empresas para a atribuição de

descontos aos alunos.

5.4.1 Apoio aos discentes

O coordenadordo polo de apoio presencial realiza o atendimento pessoal

ao aluno, esse o observa e procura descobrir os obstáculos que o impedem

de ter um resultado favorável no processo de aprendizado.

Se o problema for exclusivamente de aprendizado, o coordenador

do polo de apoio presencial se apoia no coordenador do curso do

aluno para um “programa personalizado de avaliação do estudante”.

Caso o problema seja de ordem psicológica, o coordenador de polo de

apoio presencialatua como um mediador junto ao estudante e, muitas vezes,

junto aos pais do aluno, o encaminha para as clínicas do curso de Psicologia

da UNIP ou mesmo para clínicas específicas, a fim de obter alguns tipos de

tratamentos fora da IES, dentro do maior sigilo profissional possível.

6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

6.1 Formação acadêmica e profissional

O corpo docente é constituído por profissionais cujas trajetórias de

formação e experiências são coerentes com as disciplinas ministradas e com

o projeto do curso. Os professores são estimulados à educação continuada,

tanto pelooferecimento, pela UNIP, de cursos de extensão e pós-graduação

(com descontos), como pelo subsídio em participações em eventos e

apresentações e publicações de trabalhos em geral.

A UNIP também oferece programas de apoio à pesquisa como o

Programa Individual de Pesquisa Docente, que tem por objetivo promover o

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desenvolvimento de investigações científicas e destina-se aos professores

dos programas de mestrado e/ou integrantes dos grupos de pesquisa da

UNIP que possuam o título de doutor. No entanto, a atuação do professor

ultrapassa os limites dos conteúdos das disciplinas, pois este deve estar

atento ao cumprimento da missão da UNIP, com atitudes de “respeito à

dignidade da pessoa e aos seus direitos fundamentais, proscrevendo

quaisquer formas de discriminação”.

O corpo docente participa ativamente dos eventos de extensão da

Universidade, tanto em sua concepção como em sua realização, envolvendo

toda a comunidade acadêmica em programas sociais e culturais. Para

ingressar na Universidade, os professores são selecionados localmente

pelos coordenadores e suas indicações são submetidas às instâncias

superiores para aprovação. Os requisitos exigidos para a docência são:

• titulação acadêmica: privilegiam-se os candidatos com melhor titulação,

compatível com as disciplinas a serem ministradas. A titulação mínima

aceitável é a de especialista;

• formação não acadêmica: privilegiam-se os candidatos com maior

formação, ainda que não acadêmica (treinamentos empresariais, cursos

de extensão, cursos de atualização, entre outros);

• experiência acadêmica: privilegiam-se candidatos com maior e melhor

experiência acadêmica;

• experiência profissional: para disciplinas mais específicas, o requisito

experiência é fundamental. Já para as disciplinas de formação geral, ela

não é um requisito eliminatório, mas ainda assim é desejada.

6.2 Regime de trabalho

Todos os professores são contratados no regime de Consolidação das

Leis do Trabalho. No PDI da Universidade Paulista, estão relacionados os

requisitos necessários para o ingresso em cada categoria:

a) Professor auxiliar – ser portador de diploma superior, com

habilitação na área pretendida ou área afins, e ter iniciado o

processo de produção científica e intelectual por meio de publicação

de textos, notas de aula, artigos, monografia de projetos de pesquisa

ou extensão, livros ou material congênere.

b) Professor assistente – possuir os requisitos do auxiliar; ter

experiência profissional e/ou magistério superior na área pretendida

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39

de, pelo menos, três anos; ter concluído todos os créditos ou

disciplinas exigidas para o programa regular de Pós-Graduação, em

nível de mestrado, ou ser portador de Certificado de Conclusão de

Curso de especialização nos moldes da legislação, na área

pretendida; ter uma produção científica e intelectual compatível com

suas funções e julgada suficiente por uma Comissão de Docentes

indicada pelo reitor e haver vaga no Departamento.

c) Professor adjunto – ter experiência profissional e/ou no magistério

superior na área pretendida de, pelo menos, seis anos; possuir

diploma com grau de Mestre, obtido em instituição credenciada e

reconhecida nos moldes da legislação; ter uma produção científica e

intelectual compatível com suas funções e julgada suficiente por

uma Comissão de Docentes indicada pelo reitor; haver vaga no

Departamento.

d) Professor titular – possuir diploma com grau de Doutor obtido em

instituição credenciada e reconhecida nos moldes da legislação e

haver vaga no Departamento.

A UNIP possui plano de carreira do corpo docente, que está implantado e

possui critérios de progressão que privilegiam a titulação acadêmica, a

experiência profissional no magistério e fora dele, e a produção intelectual.

Além dos professores que integram os quadros de carreira docente, a

UNIP pode contar com professores colaboradores, conferencistas,

substitutos, visitantes, cooperados e conveniados, todos não integrantes dos

quadros de carreira.

6.3 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa

A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa é responsável pela

organização dos cursos. Ela é composta por:

a) docente conteudista: profissional especialista que redige o material

didático da disciplina e/ou produz o material para o Ambiente Virtual de

Aprendizagem e/ou grava o conteúdo nas mídias, áudio e vídeo

(quando for o caso);

b) docente da disciplina: profissional que faz o planejamento da ação

pedagógica, interage e orienta os alunos nos momentos programados

com os tutores a distância e presenciais, se necessário. Elabora os

instrumentos de avaliação do aluno; efetua a correção das questões

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discursivas com a equipe de tutores a distância. Organiza e participa de

fóruns e chats;

c) docente de apoio: profissional que executa diferentes atividades para

complementar o trabalho do docente da disciplina e contribui para o

bom desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem;

d) docente supervisor: profissional capacitado em EaD, que supervisiona

as atividades acadêmicas que permeiam o processo

ensino-aprendizagem junto aos polos;

e) professor consultor: profissional que acompanha e orienta

presencialmente os alunos nos polos de apoio presencial;

f) docente coordenador de curso: profissional responsável pela

coordenação de toda a equipe de docentes da área. Conduz, direciona

e orienta os profissionais envolvidos no processo de EaD. Trabalha de

forma integrada com o grupo, estimulando a reflexão crítica sobre os

conteúdos e as demais ações;

g) docente coordenador do polo: profissional responsável por todas as

ocorrências que envolvem o processo acadêmico-administrativo no

polo;

h) tutor a distância: profissional especializado na área de atuação, que

trabalha diretamente ligado à coordenação do curso e aos docentes.

Auxilia os alunos no processo de ensino-aprendizagem e no uso das

diversas tecnologias, como e-mail, telefonia, material didático, Ambiente

Virtual de Aprendizagem, etc. Em suma, o tutor atua como facilitador do

contato entre o estudante, a instituição e o conteúdo, podendo mediar

discussões com os docentes das disciplinas e com os alunos

devidamente matriculados em tais espaços;

i) tutor presencial: profissional habilitado na área específica de atuação

e com conhecimento tecnológico. Orienta os alunos com relação ao

Ambiente Virtual de Aprendizagem de forma síncrona ou não, e os

auxilia na organização dos estudos. Facilita a interação dos alunos no

polo. Auxilia a realização dos estágios e das atividades

complementares e esclarece os discentes quanto aos procedimentos

acadêmicos.

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6.4 Apoio didático-pedagógico aos docentes

6.4.1 Apoio didático-pedagógico

A UNIP Interativa dispõe de departamentos que oferecem apoio direto ao

docente, tais como: setor de revisão (conteúdo e ortografia), planejamento

pedagógico (agendamento de teleaulas, treinamento audiovisual aos novos

professores e diagramação do material eletrônico) e tutoria a distância

(acompanhamento em estúdio das teleaulas e chat-atividade).

6.4.2 Capacitação

A UNIP proporciona aos docentes e ao corpo técnico administrativo a

oportunidade de aprimoramento profissional contínuo, oferecendo desde

curso de capacitação até pós-graduação lato sensu, nas modalidades

presencial e adistância, bem como stricto sensu na modalidade presencial.

A UNIP Interativa dispõe, além do curso de Formação em Educação a

Distância (EaD), cursos de capacitação e aperfeiçoamento, ofertados

exclusivamente aos professores, aos tutores e aos funcionários da UNIP e

dos polos de apoio presencial, a fim de ampliar o conhecimento da

modalidade bem e garantir a normatização das informações e procedimentos

utilizados.

6.5 Núcleo Docente Estruturante

O Núcleo Docente Estruturante (NDE) é um órgão consultivo de

coordenação didática, que será responsável pela concepção do projeto

pedagógico dos cursos. Tem por finalidade propor, elaborar, implantar,

atualizar e complementar a política de ensino e sua execução.

São atribuições do Núcleo Docente Estruturante:

• tomar conhecimento dos Planos Pedagógicos Curriculares e Planos de

Ensino já existentes;

• elaborar o Projeto Pedagógico do curso, definindo sua concepção e

fundamentos;

• atualizar periodicamente o Projeto Pedagógico do curso;

• conduzir os trabalhos de reestruturação curricular, sempre que

necessário;

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• promover a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os

eixos estabelecidos pelo Projeto Pedagógico;

• acompanhar as atividades do corpo docente;

• coordenar a elaboração e recomendar a aquisição de lista de títulos

bibliográficos e outros materiais necessários ao curso;

• sugerir providências de ordem didática, científica e administrativa que

sejam necessárias ao desenvolvimento das atividades do curso;

• zelar pela regularidade e qualidade do ensino ministrado pelo curso.

Os coordenadores de curso também participarão do Núcleo Docente

Estruturante sempre que houver necessidade. Esse departamento

reunir-se-á ordinariamente pelo menos uma vez por semestre e,

extraordinariamente, sempre que convocado pelo Coordenador Geral. A

UNIP, em conformidade com a Resolução Conaes n° 1 de 17/06/2013, por

meio de seu órgão colegiado superior, normatizou o funcionamento do NDE.

O Regulamento do Núcleo Docente Estruturante (NDE) encontra-se no

Apêndice II.

6.5.1 Corpo técnico-administrativo

O corpo técnico-administrativo é constituído por profissionais qualificados

para as funções exercidas.Esses funcionários são selecionados pelo

Departamento de Recursos Humanos da entidade mantenedora, atendendo

à solicitação dos numerosos setores de atividades da Instituição.

Na modalidade EaD, a equipe técnico-administrativa da sede é a

seguinte:

• secretaria – secretária setorial e auxiliares;

• tesouraria – tesoureira setorial e auxiliares;

• setores de apoio: auxiliares;

• revisores;

• técnicos responsáveis pela inserção do material no Ambiente Virtual de

Aprendizagem (AVA);

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• pessoal administrativo responsável pelo agendamento de estúdio,

recebimento de materiais e controle do calendário acadêmico;

• equipe técnica responsável pelo estúdio de gravação e transmissão das

teleaulas, palestras, videoconferências, etc;

• equipe de TI;

• central de atendimento – responsável pelo processo seletivo, secretaria,

tesouraria e informações gerais;

• marketing – responsável pela elaboração e divulgação, material

publicitário nas diversas mídias, bem como participação em feiras e

eventos;

• assessoria – responsável pelo polo de apoio presencial,

supervisionando as atividades acadêmicas e administrativas;

• setor de regulação, avaliação e supervisão;

• central Lyceum – responsável pelo suporte ao sistema de controle

acadêmico;

• gráfica e expedição – responsável pela impressão do material didático

impresso e pelo envio do material para o polo de apoio presencial;

• recursos humanos – responsável pela seleção e realocação de

empregados.

6.6 Atividades acadêmicas articuladas com a formação – pesquisa e

extensão

Devido às características do mundo atual, no que diz respeito à evolução

do conhecimento, é obrigação da Universidade orientar e estimular seus

alunos à continuidade dos estudos.

Às atividades de pesquisa e pós-graduação da UNIP, cabe o papel de

propiciar condições para esse aprendizado continuado, não só focalizando

os conhecimentos existentes, mas estimulando também a produção de

novos conhecimentos.

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Programa de Iniciação Científica

A Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UNIP promove

anualmente um concurso que prevê a atribuição de bolsas de Iniciação

Científica UNIP, bem como bolsas de Iniciação Científica PIBIC – CNPq para

alunos da graduação e para cursos superiores de tecnologia.

Para participar, o aluno deve procurar um professor da Universidade,

portador de, no mínimo, o título de mestre, que possua conhecimentos

na área em que pretende desenvolver o projeto e solicitar a sua

orientação. Após a aceitação do orientador, o discente deve apresentar

formulário próprio devidamente preenchido, anexando seu projeto de

pesquisa, histórico escolar da graduação e encaminhá-lo ao setor de

pesquisa da Universidade. As solicitações são julgadas e classificadas

por uma comissão, indicada pela Vice-Reitoria, de Pesquisa e

Pós-Graduação da UNIP.

Pesquisa

A UNIP incentiva continuadamente a investigação científica pelos seus

grupos de pesquisa e pelos programas UNIP de apoio à pesquisa.

A Universidade Paulista conta, atualmente, com 49 grupos de pesquisa cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil do CNPq, sendo 11 em Ciências Exatas e Tecnologia, 8em Ciências Humanas, 18 em Ciências da Saúde e 12 em Ciências Sociais e Comunicação (incluindo-se aqui os grupos específicos da área de Administração), com vasta produção científica atestada por publicações em livros e periódicos indexados. Os temas desenvolvidos estão relacionados com cidadania, meio ambiente, aplicações tecnológicas e outros. Os grupos de pesquisas com foco específico em Administração podem ser identificados, a qualquer momento, no site <http://www.unip.br>.

Pós-graduação stricto sensu

A Instituição conta com cinco programas de mestrado, nas áreas de Administração, Comunicação, Engenharia da Produção, Patologia Ambiental e Experimental e Odontologia, e três programas de doutorado, nas áreas de Comunicação, Engenharia da Produção e Patologia Ambiental e Experimental, recomendados pela Capes e reconhecidos pelo CNE/CES.

Pós-graduação lato sensu

A UNIP ofereceum conjunto de cursos de especialização – lato sensu –,

cuja finalidade é permitir aos graduados um aprofundamento de

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conhecimentos em áreas específicas. Assim, os cursos de pós-graduação –

lato sensu – podem ser consultados a qualquer tempo no site:

<http://www.unip.br>.

Projeto de extensão

A Universidade Paulista, por meio da Vice-Reitoria de Extensão

Comunitária, realiza atividades com o objetivo de colaborar com o

desenvolvimento local, regional e nacional. Assim, a Instituição abre suas

portas para a comunidade, no intuito de efetivar seu compromisso com a

melhoria das condições de vida das pessoas, por meio de um saber ligado

aos seus interesses e necessidades.

Para contribuir com essa filosofia, os cursos desenvolvem eventos de

extensão semestralmente, envolvendo a comunidade nos campi e polos.

Escolhe-se um tema central, que abrange as diversas áreas de

conhecimento. Este é elaborado pela coordenação auxiliar, colocado em

prática pelos professores e alunos, documentado e posteriormente avaliado

quanto ao seu impacto na comunidade. O Regulamento de Extensão se

encontra no Apêndice II.

7ORGANIZAÇÃO DO CURSO

7.1 Projeto Pedagógico do Curso

7.1.1 Relevância social do curso de Licenciatura em Matemática

Para demonstrarmos a relevância social do curso de Matemática no país,

recorremos inicialmente aos documentos oficiais, principalmente aos

Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática para o Ensino

Fundamental. Já na apresentação do documento constatamos que:

o ensino de Matemática costuma provocar duas

sensações contraditórias, tanto por parte de

quem ensina, como por parte de quem aprende:

de um lado, a constatação de que se trata de

uma área de conhecimento importante; de outro,

a insatisfação diante dos resultados negativos

obtidos com muita frequência em relação à sua

aprendizagem (BRASIL, PCNs Matemática

Ensino Fundamental, 1997, p. 12).

Ao analisarmos esse ponto de vista inicial, já temos algumas pistas da

importância do professor de Matemática no cenário nacional. Afinal, se há a

Page 46: Mantenedora ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE … I.pdf · de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino. A participação de alunos em atividades de extensão,

46

constatação de que temos resultados negativos em relação à aprendizagem

é porque a formação desse profissional precisa ser repensada. Em seguida,

o documento nos fornece algumas pistas para compreendermos melhor a

situação, conforme pode ser observado a seguir:

A constatação da sua importância apoia-se no

fato de que a Matemática desempenha papel

decisivo, pois permite resolver problemas da

vida cotidiana, tem muitas aplicações no mundo

do trabalho e funciona como instrumento

essencial para a construção de conhecimentos

em outras áreas curriculares. Do mesmo modo,

interfere fortemente na formação de

capacidades intelectuais, na estruturação do

pensamento e na agilização do raciocínio

dedutivo do aluno (BRASIL, PCNs Matemática

Ensino Fundamental, 1997, p. 12).

A informação que destacamos denota a importância que o ensino da

Matemática tem no contexto da atualidade, uma vez que o papel da

educação atual é formar o indivíduo para o exercício da cidadania e

qualificá-lo para o trabalho. Considerando-se que a qualificação para o

trabalho pode estar relacionada à resolução de problemas da vida

cotidiana, a Matemática representa, neste caso, um elemento importante

para a consecução desse objetivo. Não obstante, o próprio texto do

documento enfatiza que a insatisfação revela que há problemas a serem

enfrentados, tais como a necessidade de reverter um ensino centrado em

procedimentos mecânicos, desprovidos de significados para o aluno. Há

urgência em reformular objetivos, rever conteúdos e buscar metodologias

compatíveis com a formação que hoje a sociedade reclama, e é papel da

formação inicial, ou seja, da Licenciatura em Matemática, dotar seus

egressos de competências para a superação desses obstáculos.

Sabemos, contudo, que a decisão pela elaboração de Projeto

Pedagógico de Curso não se restringe ao olhar da Instituição de Ensino

Superior (IES). Ao contrário, deve ser amplamente ancorado em

documentos oficiais e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, principalmente a LDB 9394/96. No caso específico do curso

de Matemática, a Resolução CNE/CES nº 3, de 18 de fevereiro de 2003,

estabelece que o Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em

Matemática deve ser formulado a partir das diretrizes curriculares

integrantes do Parecer CNE/CES nº 1.302, de 6 de novembro de 2001.

Portanto, as características para o licenciado listadas nesse Parecer

Page 47: Mantenedora ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE … I.pdf · de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino. A participação de alunos em atividades de extensão,

47

devem servir de parâmetros para uma análise da relevância social do

curso de Licenciatura em Matemática.

Após a leitura do Parecer, contamos que a relevância social da

Matemática pode ser analisada segundo diversas perspectivas. Apontamos

algumas perspectivas para que possamos compreender melhor a

importância do curso de Matemática no contexto atual:

a) sua constituição histórica;

b) classificações que se impõem a partir da produção de seus conteúdos;

c) a importância do trabalho dos pesquisadores e daqueles que

disseminam seus estudos;

d) a importância do trabalho dos estudiosos, que estão localizados em

suas diversas subáreas;

e) sua relação com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia;

f) sua influência na estruturação da linguagem;

g) classificação das pessoas (ou filtro social), segundo o conhecimento

que possuem em matemática, etc.

Como se vê, todas essas perspectivas, em sua maioria, instauram, em

uma discussão sobre a relevância social da Matemática, problemáticas sobre

patamares de importância em que estão situados aqueles que fazem parte

desse campo – sejam como produtores ou disseminadores – e aos que irão

fazer uso desse conhecimento (consumidores).

Podemos ir além e até mesmo dizer que na verdade são questionamentos

não propriamente sobre a utilidade da ciência Matemática, que, por si só, é

inquestionável. Esses múltiplos olhares tornam a constituição do perfil do

futuro professor bastante polêmico, e cabe ao curso de licenciatura

estabelecer análises sistemáticas em todas as disciplinas de sua matriz

curricular para que o estudante desenvolva no decorrer da sua formação a

capacidade de precisar possíveis e necessárias distinções em relação às

diversas perspectivas.

Espera-se que, ao adotarmos essa postura, estejamos proporcionando

aos estudantes do curso de Matemática uma formação crítico-reflexiva, que

vise a uma atuação profissional consciente, pois assim como D’Ambrosio

(2004), acreditamos que a matemática “permite uma análise crítica sobre seu

Page 48: Mantenedora ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE … I.pdf · de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino. A participação de alunos em atividades de extensão,

48

papel na melhoria da qualidade de vida, com inúmeras interpretações sobre

o que representa a ciência para o bem-estar do ser humano”.

Portanto, desde a origem de um curso de licenciatura, quando se

iniciam os trabalhos de instauração de um curso (no caso, da

propositura de se ensinar matemática com o objetivo de formar

professores de matemática), uma ação intencional é estabelecida.

Ademais, como toda instituição, a Universidade está imersa no mundo,

e a importância social do curso vai se constituir à medida que der

respostas aos seus estudantes de como se posicionar diante das

múltiplas situações desafiadoras que a vida pessoal, social e

profissional impõem. Ou seja, respostas sobre seu papel social de

educador e de como se inserir em diversas realidades, com

sensibilidade para interpretar as ações dos seus futuros educandos.

Assim, a tarefa de defender a importância social de um curso de

Licenciatura em Matemática inicia-se pela opção por uma formação que

privilegia os porquês das diversas escolhas. Por sua vez, essas opções,

em decorrência do enorme manancial de conhecimento acumulado pela

humanidade, visam à constituição de um caminhar interdisciplinar,

utilizando o diálogo interáreas. O objeto do curso constituído evidencia

sua importância a partir de seu produto, ou seja, do futuro profissional

docente em sua posição no mundo e para o mundo, no exercício de sua

cidadania. Enfim, a relevância social do curso é categorizada na medida

em que seus membros atuantes são capazes de explicitar uma visão de

mundo que contribua para a construção de uma cultura da paz e do

desenvolvimento da dignidade humana.

Frente ao exposto, fica evidente queo educador matemático é um

profissional indispensável ao atendimento dos grandes desafios da

atualidade brasileira. Sua formação implica a compreensão crítica dos

problemas educativos e sociais presentes nos diferentes contextos do país.

Nesse sentido, considerando tal demanda da sociedade, toda a infraestrutura

de que dispõe, a experiência no uso de tecnologia de informação e

comunicação, a Universidade Paulista (UNIP), oferece o curso de

Licenciatura em Matemática na modalidade a distância (EaD).

Entendemos que a oferta do curso na EaD se justifica com base nos

indicadores de formação docente no país. Para ilustrar o exposto, tomamos

como referência a sinopse dos professores da Educação Básica do ano de

2009, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (INEP). Para compreendermos essa situação, comparamos a

quantidade de matrículas no país com o número de professores em

exercício.

Page 49: Mantenedora ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE … I.pdf · de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino. A participação de alunos em atividades de extensão,

49

Número de Matrículas (Brasil) versus Quantidade de Professores de

Matemática em maio de 2009. Fonte: INEP/MEC, 2011

No Brasil, em maio de 2009, o número de matrículas nos anos finais do

Ensino Fundamental era de 14.409.910 e, considerando uma média de 40

alunos por classe, teríamos 360.247 classes (agrupamentos de alunos). Se

as matrizes curriculares do Ensino Fundamental ofereçam cinco aulas

semanais, teremos um total de 1.801.235 aulas para atribuir aos professores

de Matemática. Partindo-se do pressuposto que, em um período (manhã,

tarde ou noite), o professor tem condições de ministrar 25 aulas,

precisaríamos de 72.049 professores, ou seja, um número 56,3% acima do

que o país oferece, isto é, 40.583. É claro que essa situação é extrema, pois

as orientações são para que as classes de Ensino Fundamental tenham até

35 alunos.

Por outro lado, sabemos que em geral o docente não ministra aulas em

apenas um período. Portanto, numa situação possível, poderíamos imaginar

todos os professores com duas jornadas iniciais, ou seja, 20 aulas semanais,

como é o caso da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Todavia,

com classes de 35 alunos, ainda precisaríamos de 51.464 professores.

Com base nessa análise, é possível destacar a importância que o curso

de Licenciatura em Matemática tem para o país no momento. Quando

analisamos a situação no âmbito regional, o quadro fica mais complexo. Para

tanto, a análise recairá também sobre os anos finais do Ensino Fundamental.

No caso da região Norte, serão necessários 8.306 professores para

ministrar as aulas em apenas um período, e 4.153 se todos optarem pela

dupla jornada. Portanto, a carência nessa região, com base na quantidade

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50

atual, é de 951 docentes. Na região Sudeste, a quantidade de professores

em dupla jornada será de 13.602, 65%, além do número constante em 2009.

Nas regiões Sul e Sudeste, ou seja, as mais ricas do país e, portanto, com

o maior número de instituições de ensino, o déficit é de, 8,5% e 9,5%,

respectivamente.

Proporção número de matrículas versus número de professores por

região geográfica

Região Geográfica Matrículas Professores 40 alunos/classe

Norte 1.329.085 3.202 33.227

Nordeste 4.352.695 8.936 108.817

Sudeste 5.665.515 17.725 141.637

Sul 2.011.099 7.387 50.277

Centro-oeste 1.051.516 3.333 26.288

Fonte: elaborado a partir dos dados da Sinopse Ensino Educação Básica de

maio 2009 – INEP/MEC.

Com base nos indicadores apresentados, entende-se que a EaD poderá

oferecer oportunidades de estudo a milhões de brasileiros, de diferentes

idades e que não conseguem frequentar presencialmente, cinco dias por

semana, um curso superior, em virtude de vários fatores: horário ou jornada

de trabalho incompatível com a rigidez do sistema presencial e com o curso

que o candidato pretende realizar; a longa distância entre sua cidade e a

instituição de ensino superior (IES) mais próxima e, especialmente, os custos

dos cursos presenciais, ainda inacessíveis a boa parte da população

brasileira (CASTRO, 2008).

Partindo-se do pressuposto de que este curso é oferecido na modalidadea

distância, é prudente dizer quea postura metodológica no processo de

ensino-aprendizagem deve estar em sincronia com a ausência de

neutralidade, que deve qualificar toda e qualquer prática pedagógica. Dessa

forma, o curso se constituirá em uma prática social relevante, no movimento

que constrói um espaço colaborativo, em que a aprendizagem possibilita às

pessoas trocar experiências entre si – e não apenas experiências

matemáticas –, tornando o conhecimento (neste caso, o matemático), na

medida do possível, acessível a todos.

Page 51: Mantenedora ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE … I.pdf · de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino. A participação de alunos em atividades de extensão,

51

Para justificar esse olhar em relação à Licenciatura em Matemática, a

primeira perspectiva (a constituição histórica da Matemática) já é bastante

elucidativa: a constituição do saber matemático foi se pautando

historicamente pelas necessidades e preocupações dos grupos sociais; a

sociedade e a cultura em todas as épocas adaptaram-se a um mundo em

transição. Portanto, a importância do curso não se resume ao ensino da

Matemática e nem à sua didática; propiciandoà sociedade, homens e

mulheres a capacidade para interrogar as necessidades humanas –

independentemente de origem social, econômica e cultural, ou de gênero, de

etnia, ou de grupos constituídos por minorias –, a fim de superar

preconceitos (traduzidos pela angústia, inércia ou rejeição), e, ao

compreender as múltiplas realidades que constantemente são criadas,

dissolvidas e recriadas, poderão buscar possibilidades de inclusão e justiça

social.

Além disso, o desenvolvimento de tecnologias interativas possibilita

contato em tempo real entre estudantes de locais distintos, geograficamente

distantes, originando um novo tipo de espaço de aprendizagem,

proporcionando ao aluno a possibilidade de interação com as diferentes

realidades e o acesso ao conhecimento sem ter que se deslocar diariamente

até uma sala de aula (KENSKI, 2007).

Dessa forma, o compromisso assumido pela UNIP é o de oferecer, aos

futuros professores de Matemática,uma formação profissional básica e

sólida, a fim de capacitá-los a atuar nas diferentes situações que emergem

do cotidiano da população, bem como responder de forma competente às

demandas preexistentes.

7.1.1.1 Metas do Plano Nacional de Ensino (PNE)

A participação do ensino privado no nível superior aumentou, sobretudo a

partir da década de 1970. Nos últimos vinte anos, o setor privado tem

oferecido quase dois terços das vagas.

De 1994 para cá, o número de alunos subiu 36,1% nas instituições

privadas, contra 12,4% nas federais, 18,5% nas estaduais e 27,6% nas

municipais. Segundo o Plano Nacional de Educação, a manutenção das

atividades de pesquisa e extensão típicas das universidades, suporte

necessário para o desenvolvimento científico, tecnológico e cultural do país,

não será possível sem o fortalecimento do setor público. Paralelamente, a

expansão do setor privado deve continuar, desde que a qualidade seja

assegurada. Os objetivos do plano são, entre outros: oferecer, até o final da

década, educação superior para pelo menos 30% da população entre 18 e

24 anos; diminuir as desigualdades de oferta de vagas entre as diferentes

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52

regiões do país; estabelecer sistema interativo de educação a distância;

assegurar efetiva autonomia didática, científica, administrativa e de gestão

financeira para universidades públicas; institucionalizar sistema de avaliação

interna e externa que englobe os setores público e privado; instituir

programas de fomento para as instituições de educação superior

constituírem sistemas próprios e articulados de avaliação; diversificar o

sistema, favorecendo e valorizando estabelecimentos não universitários, que

atendam a clientelas específicas; estabelecer, em nível nacional, diretrizes

curriculares que assegurem a necessária flexibilidade e diversidade;

incentivar a criação de cursos noturnos.

Todas essas metas que destacamos fazem parte do PNE para o período

de 2001 a 2010. Em 2010, foi apresentada pelo Conselho Nacional de

Educação – CNE a proposta de um novo PNE para o período 2011-2020.

Essa proposta foi amplamente debatida na Conferência Nacional de

Educação – CONAE no ano de 2010, que é um espaço de discussão sobre

os rumos que o país deve tomar em todos os níveis de ensino. Foram

discutidas e indicadas diretrizes e estratégias de ação para a configuração

deste novo PNE.

O novo PNE apresenta dez diretrizes, que preveem:

I – erradicação do analfabetismo;

II – universalização do atendimento escolar;

III – superação das desigualdades educacionais;

IV – melhoria da qualidade do ensino;

V – formação para o trabalho;

VI – promoção da sustentabilidade

socioambiental;

VII – promoção humanística, científica e

tecnológica do País;

VIII – estabelecimento de metas de aplicação de

recursos públicos em educação como proporção

do produto interno bruto;

IX – valorização dos profissionais da educação;

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53

X – difusão dos princípios da equidade, do

respeito à diversidade e a gestão democrática

da educação (BRASIL, 2010).

O Plano Nacional de Educação em tramitação no Congresso Nacional

estabelece vinte metas para educação nos próximos dez anos, e duas delas

estão diretamente relacionadas ao curso de Licenciatura em Matemática.

São elas: 2, 8, 12 e 13.

No caso da meta 2, que determina a universalização do Ensino

Fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos,

entendemos que tal fato obterá êxito somente se houver professores

formados nas diferentes áreas, dentre as quais inclui-se a de Matemática,

para atender às futuras demandas, seja do setor público ou privado.

As metas 8, 12 e 13 estão atreladas aos nossos propósitos. Elas buscam:

• elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos, para

alcançar um mínimo de 12 anos de estudo para as populações do

campo, da região de menor escolaridade do país e dos 25% mais

pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não

negros, com vistas à redução da desigualdade educacional (meta 8);

• elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a

taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a

qualidade da oferta (meta 12);

• elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de

mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%;

desse total, ao menos 35% devem ser de doutores (meta 13).

Para cada meta, há várias estratégias para se planejar. Isso ocorre para

que elas sejam obtidas dentro do prazo da vigência do PNE (2011/2020),

desde que não haja prazo inferior definido para as metas específicas.

As metas previstas deverão ter como referência os censos nacionais da

Educação Básica e superior mais atuais, disponíveis na época da aprovação

do plano como lei.

Esse novo PNE, por estabelecer uma política de Estado, deverá ser

tratado como principal prioridade por todos. Deverá, ainda, propiciar a

correção das deficiências e lacunas do Plano anterior (que vigorou entre

2001 e 2010), bem como contribuir para o aprimoramento e avanço das

políticas educacionais em curso no País, e muito contribuirá para a

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54

superação da visão fragmentada que tem marcado a organização e a gestão

da educação nacional.

Assim, no que se refere ao PNE, o atual momento é de transição. Não há,

portanto, PNE vigente, o que leva à necessidade de refletir sobre o PNE

proposto e em discussão, no que tange aos aspectos da política pública

educacional inerente ao curso.

A oferta do curso de Licenciatura em Matemática da UNIP segue o PNE

2011-2020, em especial para atendimento da meta de número 13, que trata

da elevação das taxas bruta e líquida de matrícula na Educação Superior da

população de 18 a 24 anos.

Segundo o censo da educação superior MEC/INEP 2009, os cursos de

graduação tiveram crescimento de 13% em relação a 2008. Dentre eles, os

cursos oferecidos na modalidade a distância aumentaram 30,4% versus

12,5% dos cursos presenciais. A partir da análise do perfil dos estudantes de

ensino superior (MEC/INEP), constamos que o aluno de graduação de EaD

ingressa na educação superior mais tarde e, por conseguinte, a conclusão do

curso a distância ocorre, em média, aos 36 anos.

Frente ao exposto, a oferta do curso de Licenciatura em Matemática por

parte da UNIP integra-se perfeitamente no contexto educacional brasileiro.

7.1.1.2 Demanda do Curso

De acordo com a sinopse da Educação Básica realizada pelo Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), com

base no ano letivo de 2009, constatou-se que para formar 14.409.910

discentes nos anos finais do Ensino Fundamental, o país conta com 40.583

professores de Matemática e Estatística.

Se considerarmos que cada professor ministrará apenas um período com

25 aulas, que é o comum nas matrizes curriculares para Educação Básica,

serão necessários em todo o território nacional 72.050 docentes. Ou seja, há

um déficit atual de 31.4367 para esse componente curricular.

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55

7.1.1.3 Matrículas – Ensino Fundamental

Ensino Fundamental – Anos Finais

Unidade Federação Total Federal Estadual Municipal Privada

Brasil 14.409.910 17.994 7.226.722 5.531.930 1.633.264

Norte 1.329.085 2.520 670.094 573.410 83.061

Rondônia 138.461 – 88.525 42.155 7.781

Acre 62.209 223 48.767 10.209 3.010

Amazonas 324.139 825 181.879 122.018 19.417

Roraima 38.017 203 33.577 2.162 2.075

Pará 584.735 1.269 184.302 359.039 40.125

Amapá 57.731 – 48.387 5.015 4.329

Tocantins 123.793 – 84.657 32.812 6.324

Nordeste 4.352.695 2.434 370.489 2.531.336 448.436

Maranhão 569.454 297 140.932 393.340 34.885

Piauí 244.862 22 62.474 156.146 26.220

Ceará 697.769 539 106.988 499.028 91.214

R. G. do Norte 246.479 – 89.329 122.718 34.432

Paraíba 297.640 – 121.859 143.609 32.172

Pernambuco 707.771 840 314.775 296.412 95.744

Alagoas 295.982 – 83.618 186.111 26.253

Sergipe 165.790 276 69.947 74.165 21.402

Bahia 1.126.948 460 380.567 659.807 86.114

Sudeste 5.665.515 8.476 228.495 1.642.704 785.840

Minas Gerais 1.439.670 1.870 928.118 390.118 119.564

Espírito Santo 253.549 – 82.821 141.236 29.492

Rio de Janeiro 1.078.014 6.606 347.218 504.375 219.815

São Paulo 2.894.282 – .870.338 606.975 416.969

Sul 2.011.099 2.030 1.340.467 495.233 173.369

Paraná 818.758 521 725.453 20.838 71.946

Santa Catarina 443.996 302 242.225 163.704 37.765

R. G. do Sul 748.345 1.207 372.789 310.691 63.658

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56

Ensino Fundamental – Anos Finais

Unidade Federação Total Federal Estadual Municipal Privada

Centro-Oeste 1.051.516 2.534 617.177 289.247 142.558

M. G. do Sul 184.997 628 87.729 80.833 15.807

Mato Grosso 236.515 – 133.112 83.247 20.156

Goiás 444.764 244 255.488 125.167 63.865

Distrito Federal 185.240 1.662 140.848 – 42.730

Fonte: Sinopse do professor 2009 / MEC/INEP, 2009.

Com base nesses indicadores, não há dúvidas quanto à necessidade de

ampliação da área de formação de docente em Matemática.

Quando a análise é feita no âmbito regional, a situação torna-se mais

complexa. Por exemplo, para atendermos às regiões Norte e Nordeste,

seriam necessários 28.409 professores, considerando classes com 40 alunos

e um professor ministrando 25 aulas para cada período. Não obstante, o país

contava em 2009 com apenas 9.531 profissionais em exercício. Isso equivale

a um déficit de 18.878. Mesmo com a hipótese de todos os professores

dobrarem o período (manhã e tarde, manhã e noite ou tarde e noite), ainda

teríamos uma carência de 9.347 docentes.

No caso das regiões Sul e Sudeste, há um total de 7.676.614

alunos, o que equivale a 191.915 classes. Portanto, seriam

necessários 38.383 professores para atender a todos os discentes.

Entretanto, as duas regiões somam juntas 25.112. Com isso , a única

condição para que os alunos não fiquem sem professor é a

necessidade de que um mesmo profissional ministre aulas em pelo

menos dois períodos. Mas como nem todos fazem isso, o que

observamos são escolas que passam quase todo o ano letivo sem

professor ou com profissionais leigos sem qualificação para lecionar.

A seguir, apresentamos alguns indicadores do curso de Matemática no

Ensino Médio. A compreensão desses dados é fundamental para

justificarmos a existência do curso na modalidadea distância, principalmente

por causa da carência de professores para esse componente curricular em

todo o território nacional.

Conforme pode ser identificado na tabela a seguir, existiam no país, em

maio de 2009, 8.337.160 estudantes matriculados no Ensino Médio (regular

e magistério), o que equivale a 185.270 classes, com 45 alunos cada.

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57

Portanto, seriam necessários 37.054 professores. Considerando-se que o

país tinha nesta mesma época, 30.839 profissionais em exercício, caso não

houvesse professores dobrando período, haveria uma carência de 6.215

docentes.

7.1.1.4Matrículas – Ensino Médio, Normal/Magistério e Integrado

Ensino Médio, Normal/Magistério e Integrado

Número de matrículas por localização e dependência administrativa – 2009

Unidade da Federação

Localização / dependência administrative

Total

Total

Total

Urbana

Federal Estadual Municipal Privada Federal Estadual Municipal Privada

Brasil 8.337.160 90.353 7.163.020 10.780 73.007 8.060.799 75.984 6.926.480 94.074 964.261

Norte 723.760 8.619 667.781 520 46.840 680.640 7.555 627.827 246 45.012

Rondônia 61.066 484 55.631 129 4.822 57.957 149 53.641 - 4.167

Acre 34.765 132 32.556 - 2.077 31.310 132 29.101 - 2.077

Amazonas 160.642 2.694 149.239 17 8.692 144.060 2.694 132.862 - 8.504

Roraima 17.512 964 15.181 30 1.337 14.716 692 12.721 - 1.303

Pará 346.796 2.963 319.469 269 24.095 336.642 2.963 309.749 246 23.684

Amapá 37.013 - 34.416 - 2.597 33.485 - 31.179 - 2.306

Tocantins 65.966 1.382 61.289 75 3.220 62.470 925 58.574 - 2.971

Nordeste 2.512.783 32.200 2.180.447 51.814 248.322 2.391.634 26.720 2.080.292 38.237 246.385

Maranhão 319.649 3.151 281.758 11.122 23.618 273.741 2.309 239.970 8.301 23.161

Piauí 178.778 2.920 155.276 2.813 17.769 170.452 2.920 148.336 1.754 17.442

Ceará 416.922 2.887 366.360 1.488 46.187 412.867 2.121 363.130 1.488 46.128

R. G. do Norte 152.326 3.772 129.597 - 18.957 150.341 3.103 128.334 - 18.904

Paraíba 149.432 1.908 121.628 4.772 21.124 147.119 1.649 119.967 4.379 21.124

Pernambuco 437.260 7.293 373.152 9.036 47.779 413.790 6.161 352.191 7.733 47.705

Alagoas 133.638 2.823 110.364 3.084 17.367 129.254 2.823 106.321 2.743 17.367

Sergipe 84.822 1.565 69.742 793 12.722 81.187 805 66.917 793 12.672

Bahia 639.956 5.881 572.570 18.706 42.799 612.883 4.829 555.126 11.046 41.882

Sudeste 3.356.293 31.750 2.816.431 49.796 458.316 3.298.688 28.367 2.767.093 47.941 455.287

Minas Gerais 824.798 12.822 702.835 21.002 88.139 806.845 10.262 689.556 19.598 87.429

Espírito Santo 138.733 2.958 116.444 98 19.233 133.814 2.215 113.243 - 18.356

Rio de Janeiro 635.418 14.249 504.510 8.264 108.395 622.731 14.169 492.833 8.011 107.718

São Paulo 1.757.344 1.721 .492.642 20.432 242.549 1.735.298 1.721 1.471.461 20.332 241.784

Sul 1.134.602 12.272 981.767 7.970 32.593 1.099.479 9.541 951.209 7.304 31.425

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Paraná 474.114 3.560 418.117 – 52.437 457.074 3.560 401.826 – 51.688

Santa Catarina 244.167 3.016 204.649 1.105 35.397 236.868 1.742 199.035 843 35.248

R. G. do Sul 416.321 5.696 359.001 6.865 44.759 405.537 4.239 350.348 6.461 44.489

Centro-Oeste 609.722 5.512 516.594 680 86.936 590.358 3.801 500.059 346 86.152

M. G. do Sul 91.662 496 78.917 116 12.133 87.513 496 75.369 - 11.648

Mato Grosso 145.253 1.458 129.944 96 13.755 135.786 614 121.445 36 13.691

Goiás 267.858 1.964 229.520 468 35.906 263.994 1.247 226.709 310 35.728

Distrito Federal 104.949 1.594 78.213 - 25.142 103.065 1.444 76.536 - 25.085

Fonte: MEC/Inep/Deed.

Para atender a todos os alunos na região Nordeste, seriam necessários

11.168 professores. Entretanto, a região contava com apenas 7.267, ou seja,

65% da demanda real. Isso relata que, ou os professores dobram período

para atender às necessidades das escolas, ou boa parte dos alunos ficam

sem aulas de Matemática.

Ressalta-se que a oferta do curso de Matemática visa à qualificação de

profissionais para as diferentes regiões brasileiras, para o exercício da

docência nos anos iniciais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Com

base nos indicadores apresentados pelo INEP (2009), fica evidente que o

Brasil, de modo geral, apresenta grande necessidade de formação de

professores de Matemática para a atuação na Educação Básica.

Um conjunto de fatores contribui para inserir a formação de professores

na pauta das políticas educacionais nas três esferas governamentais, ou

seja, federal, estadual e municipal.

No Brasil, a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional estimularam a implementação de medidas importantes

para a gestão, o financiamento e a organização pedagógica da Educação

Básica, quais sejam:

• municipalização, descentralização e democratização da gestão

educacional;

• criação do FUNDEF, inaugurando um regime de colaboração entre

União, Estados e Municípios para a gestão e o financiamento do Ensino

Fundamental;

• formulação de diretrizes e parâmetros curriculares para a Educação

Básica, consoante à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

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(LDBEN nº 9394/96) e às características e demandas da sociedade do

conhecimento;

• criação do FUNDEB, para substituir o FUNDEF e ampliar a abrangência

do financiamento da Educação Básica no país;

• aprovação da ementa constitucional 59/2009, que, entre outras

medidas, torna a Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro)

aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurando, inclusive, sua oferta

gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;

• introdução da tecnologia da informação nas escolas e o

aperfeiçoamento dos critérios de seleção e aquisição dos insumos

didáticos e pedagógicos.

Frente ao exposto, o curso de Licenciatura de Matemática da UNIP

pretende atender a essas inúmeras demandas, bem como proporcionar um

ensino de qualidade, humano, ético e cidadão. E, ainda, em seu processo

de implantação, além do Estado de São Paulo, privilegiou as regiões com

grande carência de vagas no Ensino Superior, em especial na área

específica de formação de professores para atuar nos anos finais do EF e

no EM, como é o caso da região Norte (Manaus) e Centro-Oeste (Goiânia

e Brasília), com instalações nos mesmos formatos da capital paulista,

inicialmente apenas na modalidade presencial.

Em 2007, o curso de Matemática da UNIP passou a ser oferecido também

na modalidade EaD, prevalecendo as diretrizes e o número de vagas

estabelecido pelos conselhos superiores da UNIP, em todo o território

nacional e em cada um dos polos presenciais programados para tal tarefa.

Na decisão de oferecer o número de 60 (sessenta) vagas por polo, leva-se

em conta que o curso em EaD está dimensionado e plenamente adequado

em relação ao corpo docente e à tutoria, bem como às condições de

infraestrutura da IES nos polos de apoio presencial. O número de vagas

oferecido poderá ser ampliado para atender à demanda de uma determinada

região, considerando-se indicadores do MEC/INEP. Em função da demanda,

as vagas podem ser remanejadas entre cursos e/ou entre polos. Em caso de

inviabilidade operacional de um polo, o total das vagas oferecidas será

remanejado para outras dependências.

7.1.1.5Formas de acesso ao curso

O acesso ao curso de Licenciatura em Matemática da UNIP ocorre por

meio de processo seletivo, cabendo ao Conselho Superior deliberar sobre

critérios e normas de seleção de estudantes, considerando os atos editados

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pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino, observada a legislação em

vigor.

Conforme estabelecido no capítulo III do Regimento Geral da

Universidade Paulista, as formas de acesso ao curso estão definidas a

seguir:

Art. 58 O processo seletivo aberto a candidatos que tenham escolarização

completa de nível médio ou equivalente tem como objetivo verificar sua

aptidão intelectual e selecioná-los para o ingresso nos cursos de graduação.

§ 1º O processo seletivo considera os conhecimentos comuns às diversas

formas de Ensino Médio, mas sem ultrapassar seu nível de complexidade.

§ 2º O processo seletivo pode ser unificado em sua execução para todos

os cursos da Universidade.

§ 3º O processo seletivo é supervisionado pela Vice-Reitoria de

Graduação, e é organizado e coordenado pela Diretoria de Admissão

discente.

Art. 59 O processo seletivo é disciplinado por edital, que poderá ser

divulgado de forma resumida, indicando-se os locais onde os interessados

poderão ter acesso às informações completas.

Art. 60 O processo seletivo é válido para o período letivo a que se destina,

tornando-se nula a aprovação obtida se o candidato deixar de requerer

matrícula ou de apresentar a documentação necessária nos prazos fixados

no Edital.

Art. 61 Pode ser exigida dos candidatos a aprovação em testes ou

exames de habilidades específicas, antes do processo seletivo, para os

cursos que o justifiquem.

7.1.2 Concepção do curso

7.1.2.1 Concepção geral

O curso de Licenciatura em Matemática da UNIP está voltado para a

formação de professores de matemática fundamentada em diversas

metodologias pedagógicas, como o uso de novas tecnologias, resolução de

problemas, exercício da interdisciplinaridade, trabalho em equipe e incentivo

à pesquisa. É de fundamental importância ter acesso às teorias educacionais

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e às mais recentes pesquisas nessa área, a fim de atuar de forma eficiente,

alterando, assim, as condições de ensino e aprendizagem vigentes.

O curso de Matemática propicia ao discente o conhecimento de recursos

tecnológicos que irão auxiliá-lo a exercer sua docência de forma eficaz,

atendendo às exigências do mercado de trabalho e contribuindo para a

superação, por parte de seus futuros alunos, das dificuldades de

aprendizagem e preconceitos, historicamente presentes no

ensino-aprendizagem da disciplina.

Assim, a filosofia do curso de Matemática da UNIP contextualiza as ações

e diretrizes curriculares no sentido de resgatar o comprometimento com um

ensino e aprendizagem de excelência, pelo que se desenvolve uma

educação sintonizada com o tempo e a sociedade que se busca transformar,

integrando ao processo as múltiplas linguagens contemporâneas e,

simultaneamente, cumpre sua missão como Universidade. Essa missão está

intrinsecamente relacionada a um compromisso permanente com princípios e

propósitos que lhe imprimam um caráter, diferenciando-a de outras

instituições congêneres.

7.1.2.2 Justificativa da utilização da informática

É indiscutível e notória a presença cada vez mais intensa da tecnologia no

cotidiano da humanidade. Além disso, o desenvolvimento e progresso

tecnológico crescem vertiginosamente, obrigando o alinhamento constante,

não só das práticas e posturas sociais, mas também da educação e suas

metodologias como um todo.

O ensino de Matemática ocupa lugar de destaque nesse processo, pois

contribuiu decisivamente no desenvolvimento da área tecnológica, em

especial a da informática. A Matemática, como ciência dinâmica e em

constante evolução, também é influenciada pela informática, tanto no que diz

respeito aos problemas que apresenta como aos métodos que usa na sua

investigação.

No entanto, é necessário observar que os avanços no campo da

informática também colaboram no desenvolvimento na Matemática como

ciência, o que vincula esses dois campos de estudo numa via de mão dupla

em relação ao intercâmbio na produção de conhecimento. Dessa forma, se

faz necessário incluir no planejamento pedagógico de um curso de

Matemática atividades que favoreçam esse intercâmbio, por meio do uso da

informática e de seus inúmeros recursos computacionais no processo de

ensino-aprendizagem da Matemática como um todo.

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O Parecer nº1.302/2001 do CNE/CES orienta que desde o início do curso,

o licenciando deve adquirir familiaridade com o uso do computador como

instrumento de trabalho, incentivando-se sua utilização para o ensino de

Matemática, em especial para a formulação e solução de problemas. É

exatamente nesse sentido que é dada a informática em nossa Licenciatura.

A Universidade Paulista tem na informática uma importante ferramenta para

viabilizar a integração e articulação dos conhecimentos, colocando docentes

e discentes em busca e construção permanente de processos que visam à

interdisciplinaridade e à contextualização. Com essa abordagem, temos

buscado superar a tradição de se conceber a licenciatura em Matemática

com uma organização curricular apoiada em disciplinas isoladas.

No Portal do MEC há indicações para a Construção de um Projeto

Curricular Interdisciplinar:

Ao longo de anos, a organização do trabalho escolar tem-se dado por

meio das disciplinas, cujo enfoque preserva a identidade, a autonomia e os

objetivos próprios de cada uma delas. Assentados sobre a base ético-política

do projeto escolar, e sobre o princípio da interdisciplinaridade, acredita-se

que o currículo, como dimensão especificamente epistemológica e

metodológica deste projeto, pode mobilizar intensamente os alunos, assim

como os diversos recursos didáticos disponíveis e/ou construídos

coletivamente. Pressupomos, com isto, a possibilidade de se dinamizar o

processo de ensino-aprendizagem numa perspectiva dialética, em que o

conhecimento é compreendido e apreendido como construções histórico-

sociais. [...] Os estudos das ciências da natureza e da matemática devem

destacar a educação tecnológica básica e a compreensão do significado da

ciência. Um eixo de organização dos conteúdos pode ser a complexidade e o

equilíbrio dinâmico da vida no processo de desenvolvimento dos indivíduos e

da sociedade (MEC, 2012).

A exploração do universo de recursos computacionais aplicados à

Matemática permite ao aprendiz o contato com distintos ambientes e formas

de representação matemática, favorecendo, assim, a interdisciplinaridade e o

desenvolvimento de inúmeras habilidades cognitivas9.9Na verdade, estudos

já indicam que o exercício do uso da Informática em cursos dedicados à

Matemática motiva o desenvolvimento conceitual em maior escala quando

comparados àqueles ministrados na forma tradicional10

.10

99WILLIAMSON, S.; KAPUT, J. Mathematics and virtual culture: an evolutionary

perspective on technology and Mathematics education. Educational Studies in

Mathematics, v. 37, n. 2, pp. 97-119, 1999.

1010RODDICK, C. Differences in learning outcomes: calculus &mathematica vs.

traditional calculus, Primus, v. 11, n. 2, pp. 161-184, 2001.

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O curso de Matemática ora proposto reconhece e respeita os aspectos

benéficos dessa combinação, priorizando no plano de ensino do curso bem

como o ciclo Matemática-Informática-Matemática ao longo de todo o curso. Ou

seja, a informática não se apresenta de forma concentrada em um conjunto de

disciplinas isoladas, mas sim diluídaepresente no conjunto das disciplinas

centrais que dão corpo ao curso. Buscamos evitar, assim, a prática bancária de

ensino11

,11

levando à maximização de oportunidades de aprendizado conjunto de

ambas as frentes de conteúdo.

O uso cada vez mais intensivo de computadores para o processamento e

transmissão de informação está levando ao surgimento de novos conceitos e

novas práticas na investigação nessa ciência e em sua aplicação em sala de

aula. No curso que oferecemos, consideramos relevante o aspecto de

preparação dos alunos para serem ótimos professores de Matemática. A

utilização da informática nas aulas de Matemática pode ter várias finalidades,

tais como: fonte de informação; auxílio no processo de construção de

conhecimento; um meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares

que possibilitem pensar, refletir e criar soluções; estimular diversas formas de

raciocínio; diversificar estratégias de resolução de problemas; permitir que o

aluno desenvolva uma prática reflexiva, investigativa e colaborativa, mediada

por recursos computacionais.

Nesse sentido, ao discutir a Tecnologia para a Matemática, os PCNs

apontam que:

há programas de computador (softwares) nos

quais os alunos podem explorar e construir

diferentes conceitos matemáticos, referidos a

seguir como programas de expressão. Os

programas de expressão apresentam recursos

que provocam, de forma muito natural, o

processo que caracteriza o “pensar

matematicamente”, ou seja, os alunos fazem

experimentos, testam hipóteses, esboçam

conjecturas, criam estratégias para resolver

problemas. São características desses

programas: a) conter certo domínio de saber

matemático – a sua base de conhecimento; b)

oferecer diferentes representações para um

mesmo objeto matemático – numérica, algébrica,

geométrica; c) possibilitar a expansão de sua

base de conhecimento por meio de

1111FREIRE, P. Educação e mudança,22. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

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macroconstruções; d) permitir a manipulação dos

objetos que estão na tela (PARÂMETROS

CURRICULARES NACIONAIS ENSINO MÉDIO,

2002, p. 88).

Ao apoiarmos a reflexão matemática e os softwares matemáticos, como

“Wimplot”, “Maxima”, “Wingeom”, entre outros, viabilizamos que os futuros

professores contextualizem e investiguem seus próprios saberes. A

adequada utilização-reflexiva de pacotes computacionais pode ser

considerada um grande aliado do desenvolvimento cognitivo dos alunos,

principalmente por possibilitar o desenvolvimento de um trabalho que se

adapta a distintos ritmos de aprendizagem e favorece que o discente

aprenda com seus erros. A introdução de aplicativos em informática implica

mudanças tanto no relacionamento professor-aluno, quanto nos objetivos e

métodos de ensino.

Finalmente, cremos que o aprendiz que passar por um processo de

ensino e aprendizado, tal como esse, que valoriza a complementaridade

dos tópicos por meio de ações pedagógicas interdisciplinares, estará,

sem dúvida, mais capacitado e alinhado com a realidade tecnológica

corrente e futura.

7.1.3 Objetivos do curso

7.1.3.1 Objetivos gerais

O curso de Matemática da UNIP tem como objetivo principal a formação

acadêmica do educador matemático, que domine o uso de novas

tecnologias, sendo professor do EF e EM e agente de transformação da

sociedade.

7.1.3.2 Objetivos específicos

O curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Paulista (UNIP)

tem como objetivos específicos formar profissionais que possam:

• atuar no processo de desenvolvimento da sociedade e contribuir para o

bem-estar e qualidade de vida de seus cidadãos;

• desenvolver o senso crítico e lógico na solução de problemas da

sociedade;

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• tornar-se educadores competentes, pautados nos valores e princípios

éticos, articulando estes saberes com os conhecimentos de sua

formação;

• tornar-se educadores com perfil empreendedor;

• saber trabalhar em equipe;

• tornar-se educadores comprometidos com as transformações

político-econômico-sociais, adequando sua prática pedagógica às

contínuas exigências do mundo contemporâneo;

• tornar-se educadores comprometidos com os valores da solidariedade e

da cidadania, capazes de refletir, expressar e construir, de modo crítico

e criativo, novos contextos de pensamento e ação;

• desenvolver o hábito da manutenção do aprendizado continuado,

almejando a aquisição e utilização de novas ideias e tecnologias,

criando e adaptando métodos pedagógicos pertinentes ao seu

ambiente de trabalho, para poder despertar o hábito de estudo e

criatividade dos estudantes;

• ser comprometidos com a pesquisa e autoaperfeiçoamento, a fim de

contribuir para a melhoria das condições do desenvolvimento da

Educação Básica;

• ter uma visão crítica da Matemática, que o capacite a avaliar

livros-textos, a estruturação de cursos e tópicos de ensino,

expressando-se sempre com precisão e objetividade.

7.1.4 Perfil do egresso

O egresso do curso de Matemática, em consonância com a estrutura

curricular e com os objetivos do curso, deve ser um profissional:

• competente, com consciência ética aprimorada, empreendedor e

preocupado com a qualidade dos serviços prestados, além de ter o

compromisso com o desenvolvimento regional e nacional;

• com formação ética, preparado para a cidadania crítica, explicitando

valores e atitudes por meio de atividades que desenvolvam a vida

coletiva, a solidariedade e o respeito às diferenças culturalmente

contextualizadas;

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• preparado para fazer do processo de ensinar e aprender a Matemática

uma forma de oferecer aos alunos contribuições que o capacitem para

o mercado de trabalho, atendendo às novas demandas econômicas e

de emprego;

• com convicção de que o processo de ensino-aprendizagem da

Matemática deve ser acessível a todos, de modo que seu aprendizado

colabore para a superação de preconceitos manifestados pela angústia,

inércia ou rejeição, que frequentemente, estão presentes nesses

processos.

7.1.4.1 Competências

Entende-se por competência a combinação do saber, do saber-fazer e do

saber-ser na realização de uma atividade.

As competências profissionais em formação são construídas

processualmente com práticas de ação-reflexão-ação. Assim, é

necessário que os currículos se articulem na perspectiva metodológica de

ação-reflexão-ação e/ou reflexão-ação-reflexão. Para dinamizar o

desenvolvimento das competências, devem ser criadas condições que

possibilitem o contato com experiências diferenciadas.

O profissional formado em Matemática deve ter desenvolvido

competências para:

• trabalhar em equipes multidisciplinares e exercer liderança, assumindo

o papel abrangente do educador;

• expressar-se com precisão e objetividade;

• avaliar livros-textos e estruturar cursos e tópicos de ensino numa visão

crítica da Matemática;

• estabelecer relações entre a Matemática e outras áreas do

conhecimento, utilizando essas informações como elemento para uma

melhor compreensão do mundo;

• despertar o hábito da leitura e do estudo independente, bem como

incentivar a criatividade dos alunos;

• desenvolver a capacidade de aprendizagem continuada, e sua atuação

profissional também deve ser fonte de produção de conhecimentos;

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• ter uma visão histórica e crítica da Matemática, no seu estágio atual e nas

várias fases de sua evolução;

• analisar o saber escolar, por meio da seleção de conteúdos e da

organização de situações de aprendizagem, a partir da leitura da

realidade e de experiências dos alunos, respeitando a diversidade

própria da comunidade educativa.

Esse conjunto de competências deve promover no aluno a capacidade de

desenvolver-se intelectual e profissionalmente, de forma autônoma e

permanente. Além das competências citadas anteriormente, o licenciado em

Matemática deverá:

• elaborar propostas de ensino-aprendizagem de Matemática para a

Educação Básica;

• analisar, selecionar e produzir materiais didáticos;

• analisar criticamente propostas curriculares de Matemática para a

Educação Básica;

• desenvolver estratégias de ensino que favoreçam a criatividade, a

autonomia e a flexibilidade do pensamento matemático do educando,

buscando trabalhar com mais ênfase nos conceitos do que nas

técnicas, fórmulas e algoritmos;

• perceber a prática docente de Matemática como um processo dinâmico,

carregado de incertezas e conflitos, um espaço de criação e reflexão,

em que novos conhecimentos são criados e modificados

continuamente;

• contribuir para a realização de projetos coletivos dentro da escola

básica.

7.1.5 Mercado de trabalho

O licenciado em Matemática poderá atuar como professor nas escolas de

EF e EM de natureza pública ou privada. Nessas instituições de ensino, ele

poderá também exercer a função de coordenação na área de Matemática.

A sólida formação que o curso oferece propicia ao aluno estar apto a

utilizar seus conhecimentos matemáticos para resolver problemas elaborar

modelos interpretar e analisar dados Essas competências o credenciamainda a ingressarem cursos de Pós-graduação(especialização, mestrado e

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ou doutorado) em Matemática e em áreas afins e assim poder também

ministrar aulas e/ou seguir a carreira de pesquisador em universidades.

Os profissionais egressos poderão ocupar posições nas mais diferentes

instituições de ensino e pesquisa de nível superior, principalmente na área

de Matemática, assim como em mercados de trabalho que abrangem áreas

de computação e engenharia. Em empresas e organizações financeiras,

como bancos, financiadoras, seguradoras e corretoras, poderão atuar em

áreas que exijam conhecimentos matemáticos de estatística, informática,

entre outros.

7.1.6 Estrutura curricular

A matriz curricular do curso de Licenciatura em Matemática foi planejada

para atender à formação do professor de EF e EM. Assim, a matriz curricular

estruturada coloca o aluno em contato com disciplinas das áreas de

Educação, que permearão todo o curso, e Matemática, de conteúdos

específicos, como: Álgebra, Geometria e Cálculo, etc, que desenvolvem

competências básicas nos futuros professores, para que realizem uma ação

de ensino-aprendizagem adequada a seus alunos.

Conforme a matriz curricular, desde o início do curso, o futuro profissional

deve adquirir familiaridade com o uso do computador como instrumento de

trabalho, sendo incentivada sua utilização para o ensino de Matemática por

meio do uso da informática – instrumento facilitador do processo

ensino-aprendizagem. A matriz curricular oferece ao licenciado uma formação

complementar, propiciando contato com o núcleo de disciplinas de formação

específica a outro campo do saber que o complemente: Interpretação e

Produção de Textos, Homem e Sociedade, Comunicação e Expressão, Gestão

e Empreendedorismo, entre outras.

7.1.6.1 Eixos estruturantes

O curso de Licenciatura em Matemática da UNIP apoiou-se no Parecer

CNE/CES 1.302/2001 para criar os eixos estruturantes que norteiam o

currículo. Assim, o curso encontra-se organizado em quatro grandes eixos, a

saber:

a) eixo de formação geral;

b) eixo pedagógico e de prática profissional;

c) eixo da pesquisa e de produção do conhecimento;

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69

d) eixo de conhecimentos matemáticos e formação específica.

Esses eixos são estruturantes e funcionam como elementos norteadores

do currículo, sendo uma ferramenta de sustentação para o desenvolvimento

de competências nos educandos, conforme consta nos objetivos previstos

pelo curso e em consonância com o perfil do egresso definido no PPC.

Também atuam no aprimoramento do educador matemático, na perspectiva

da formação do educando-cidadão, em todas as suas dimensões,

perpassando os quatro pilares da educação para a sociedade emergente do

século XXI, que são expressos no Relatório da UNESCO denominado

Educação, um tesouro a descobrir, sob a coordenação de Jacques Delors,

como segue: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver e

aprender a ser (DELORS, 2001).

Considerando os eixos estruturantes definidos pelo curso de Licenciatura

em Matemática desta universidade, entendemos que conseguiremos

contemplar as PCNs sem perder de vista a identidade do curso construída no

decorrer de sua história. Para compreender melhor essa proposta,

apresentamos o desenho estrutural desses eixos a seguir:

Eixos Carga Horária

Formação Geral 200

Formação Pedagógica e Prática Profissional 1100

Pesquisa e Construção do Conhecimento 400

Conhecimentos Matemáticos e Formação Específica 1220

Total 2920

Apresentamos as intenções de cada eixo norteador do curso de

Licenciatura em Matemática da UNIP:

Formação geral: oferece ao licenciando em Matemática interfaces com

campos de conhecimentos voltados à formação geral e da cidadania.

Constituído por disciplinas e conteúdos do núcleo comum da Universidade

Paulista, os conhecimentos desse eixo se integram em uma perspectiva que

busca dar subsídios para que os estudantes aprimorem a forma de

argumentar, articular ideias, de refletir sobre suas investigações, de agir na

realidade socioeducacional e de expressar seu pensamento por meio de uma

linguagem apropriada. Veja as disciplinas e/ou campos de conhecimento

desse eixo:

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70

Formação Geral Carga Horária

Introdução à EaD 20

Interpretação e Produção de Textos 40

Homem e Sociedade 40

Comunicação e Expressão 40

Optativa 20

Ciências Sociais 40

Total 200

A disciplina Homem e sociedade busca instrumentalizar o corpo discente

para analisar e interpretar a realidade social em suas dimensões

antropológicas. Possibilita uma compreensão crítica do ser humano em sua

relação com a herança cultural e as constantes transformações da

sociedade. Mas essa compreensão deve ultrapassar a perspectiva

construtivista, pois esta não transcende os aspectos mais complexos da

constituição do social.

As disciplinas Interpretação e produção de textos, Comunicação e expressão,

Introdução à educação a distância, disciplina optativa e Ciências sociais

complementam o que é proposto em Homem e sociedade, quando busca “aprimorar as

habilidades de percepção das linguagens envolvidas na leitura; ler e analisar diversos

estilos e gêneros discursivos com senso crítico; identificar as ideias centrais do texto”.

Essas habilidades propostas pelas duas disciplinas podem possibilitar ao estudante

desenvolver as primeiras percepções necessárias, tanto para buscar entender o

significado do conhecimento em si quanto na reflexão de como ele é articulado em

relações de poder. Assim, a leitura do mundo e de suas coisas pode ultrapassar a

perspectiva antropológica e revelar os critérios que sustentam a veracidade de tais

leituras, ao desvendar as implicações concretas e cotidianas da linguagem sobre a

vida do homem e sobre a evolução da sociedade.

Com os conteúdos e reflexões propiciadas pelas disciplinas deste eixo,

oferece ao estudante a oportunidade de desenvolver o espírito crítico e a

autonomia intelectuais voltados à formação geral e cidadã, para que, por

intermédio da leitura e questionamento de seu contexto sociocultural, o futuro

profissional possa contribuir para atender, ou quando necessário, possa contribuir

para transformar as “realidades” sociais e educacionais de seu meio.

Eixo Formação pedagógica e prática profissional: segundo as

Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Matemática,

Bacharelado e Licenciatura, os cursos de Licenciatura em Matemática

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71

têm como objetivo principal a formação de professores para a Educação

Básica. Portanto, é com base nesses princípios que esse eixo foi

organizado. Veja as suas disciplinas e\ou campos de conhecimento:

Formação pedagógica e prática profissional Carga horária

Prática de Ensino: Introdução à Docência 20

Prática de Ensino: Observação e Projetos 20

Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem 40

Estrutura e Funcionamento da Educação Básica 20

Didática Geral 20

Prática de Ensino: Integração Escola e Comunidade 20

Prática de Ensino: Vivência no Ambiente Educativo 20

Didática Específica 20

Planejamento e Políticas Públicas da Educação 20

Prática de Ensino: Trajetória da Práxis 20

Estágio Curricular Supervisionado 400

Prática como Componente Curricular 400

Prática de Ensino: Reflexões 20

Tópicos de Atuação Profissional 40

Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) 20

Total 1100

Ao refletir sobre a docência, concordamos com Evangelista e Triches

(2008), para quem essa práxis transcende a dimensão da sala de aula.

Dessa forma, faz-se necessário oferecer ao futuro docente de Matemática

uma formação ampla, que lhe permita uma constante e sistemática reflexão

sobre a sua própria prática. Assim, esperamos que os discentes, além de

construir os conhecimentos teóricos, possam vivenciar e/ou refletir sobre

experiências e práticas criativas, construídas no cotidiano da sua formação,

viabilizando, dessa forma, a ligação teoria-prática-teoria.

Uma reflexão crítica sobre educação, sobre a escola, a educação

matemática e sobre a sociedade pode possibilitar uma formação plena, ética

e socialmente comprometida ao futuro professor de Matemática.

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72

Eixo Pesquisa e de produção do conhecimento: a prática cotidiana da

pesquisa é o elemento de significação maior para reconhecimento de nossa

identidade. Cabe ressaltar que a pesquisa, em suas múltiplas experiências

metodológicas, acolhe diferentes correntes do pensamento e promove a

participação ativa de docentes e discentes para a produção do conhecimento.

No curso de Licenciatura em Matemática da UNIP, a pesquisa e a produção do

conhecimento estão presentes nos diferentes componentes curriculares, em

especial no trabalho de conclusão de curso (TCC). Veja as disciplinas desse

eixo:

Pesquisa e construção do conhecimento Carga horária

Estudos Disciplinares 80

Atividades Acadêmico-científico-culturais 200

Metodologia do Trabalho Acadêmico 40

Métodos de Pesquisa 40

Monografia de Conclusão de Curso 40

Total 400

As disciplinas Metodologia do Trabalho Acadêmico e Métodos de

Pesquisa não só proporcionam as ferramentas necessárias à elaboração

da monografia de conclusão de curso, mas também não perdem de vista

que um curso de graduação não tem se constituído no fim da escolaridade

em todas as profissões. Em particular, a área da educação tem exigido que

a graduação seja apenas parte de um continuum a que todas as áreas do

conhecimento têm se submetido, face à enorme produção atual da

humanidade.

Concordamos com Fazenda (2001), para quem, ao assumir a tarefa de

investigar, o educador se depara com muitas dificuldades, e é com base nesse

princípio que acreditamos que o licenciado em Matemática deva ser um

profissional comprometido com o ato investigativo, e que somente por meio de

um trabalho sistemático e comprometido ele poderá vencer os obstáculos

quando estiver no exercício da profissão.

Pesquisa é o ato pelo qual procuramos obter informações sobre

alguma coisa. Com definição tão ampla, podemos dizer que estamos

sempre pesquisando. Contudo, num sentido mais estrito, visando à

criação de um corpo sistemático de conhecimentos sobre certo assunto,

o ato de pesquisar deve apresentar certas características específicas.

Não buscamos, com ele, qualquer conhecimento, mas um conhecimento

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73

que ultrapasse nosso entendimento imediato na explicação ou na

compreensão da realidade que observamos. Neste caso, estamos

fazendo pesquisa para construir o que entendemos por ciência, ou seja,

tentando elaborar um conjunto estruturado de conhecimentos, que nos

permita compreender em profundidade aquilo que à primeira vista o

mundo das coisas e dos homens nos revela nebulosamente ou sob uma

aparência caótica. Vamos então percorrendo aqueles caminhos que nos

parecem, segundo critérios, mais seguros para construir uma

compreensão aproximada dos homens, da natureza, das relações

humanas, etc. (GATTI, 2002).

Acreditamos que o ensino deva ser compreendido como o espaço da

produção do saber, tendo a investigação como centro do processo de

formação para compreender fenômenos, relações e movimentos de

diferentes realidades. Se necessário, e caso for possível, cabe ao futuro

estudante-futuro profissional contribuir para transformar tais realidades.

Dessa forma, o eixo articula-se com os demais eixos de forma geral,

principalmente com o anteriormente apresentado: o pedagógico e de

prática profissional.

Eixo Conhecimentos matemáticos e formação específica: o curso de

Licenciatura em Matemática da UNIP busca a articulação por eixos para que

o futuro educador matemático construa uma formação matemática e

pedagógica com postura investigativa consistente, de modo que possa atuar

nas diversas áreas de sua vida social, cultural e profissional. Visamos à

construção de conhecimentos matemáticos que possam ser ferramentas de

análise de seu contexto de vida. Dessa forma, a abordagem rigorosa deixa

de ser o núcleo central, e a abordagem axiomática constitui a base do rigor

necessário para estruturação dos conceitos matemáticos envolvidos.

O Parecer CNE/CES 1.302/2001 declara que os conteúdos: de Cálculo

diferencial e integral; Álgebra linear; Fundamentos de análise; Fundamentos

de álgebra; Fundamentos de geometria; Geometria analítica e conteúdos

matemáticos presentes na Educação Básica (nas áreas de Álgebra,

Geometria e Análise) devem estar incluídos no currículo das Instituições de

Ensino Superior, e que os mesmos devem ser distribuídos ao longo do curso.

Veja as disciplinas desse eixo:

Conhecimentos matemáticos e formação específica Carga horária

Matemática 80

Informática 80

História da Matemática 40

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Cálculo Diferencial de uma Variável 60

Lógica Matemática 40

Geometria Plana 60

Cálculo Integral de uma Variável 80

Geometria Espacial 60

Teoria dos Números 40

Geometria Analítica e Álgebra Linear 60

Matemática Interdisciplinar 40

Tópicos de Cálculo Numérico 20

Cálculo Diferencial e Integral de Várias Variáveis 80

Física Geral 80

Matemática Integrada 40

Probabilidade e Estatística 40

Álgebra 80

Análise Matemática 40

Complementos de Álgebra Linear 80

Complementos de Análise 40

Complementos de Física 80

Total 1220

Em relação aos conteúdos matemáticos, o curso encontra-se articulado em

quatro grandes áreas: conteúdo/conhecimentos referente a matemáticas da

Educação Básica, à Geometria, à Álgebra e à Análise.

Ao sistematizar as formas de conhecimento que a humanidade acumulou

na área da Matemática, buscamos não perder de vista as análises dos

contextos social, histórico e cultural, que proporcionam a possibilidade de

compreensão da ciência de modo mais abrangente e, em consequência,

uma ação política mais efetiva na esfera da educação. Essa ressalva é

importante, porque na sociedade há uma visão arraigada de que a

abordagem que a maioria dos professores de Matemática defende

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75

(conscientemente ou não) é a abordagem internalista12

,12

que privilegia

somente o conhecimento do ponto de vista interno da própria Matemática,

levando os estudantes a crer que o desenvolvimento da área sempre esteve

pautado pela racionalidade, negligenciando a possibilidade de formação

política que, ao não ser exercitada pela escola, condenará provavelmente o

indivíduo aos ditames de uma sociedade de produção e consumo, sem

capacidade de discernimento para o que é realmente importante para si e os

ambientes em que terá influência.

O estudo proporcionado pela Estatística e Análise Combinatória e suas

ferramentas (necessárias a possíveis pesquisas quantitativas e exercício do

pensamento não determinístico) explora diversos conceitos, aplicando-os

mais pontualmente. As disciplinas que envolvem conhecimentos de

informática (informática e aplicativos) buscam familiarizar o aluno com

terminologias e conceitos básicos em informática, [...] além de possibilitá-lo

desenvolver habilidades na utilização de softwares e aplicativos que possam

servir como ferramentas de trabalho nas diversas áreas de aplicação

tecnológica da Matemática, de outras disciplinas e em sua vida profissional;

conteúdos esses que, em uma “sociedade do conhecimento”, são

indispensáveis ao docente. A disciplina de Física, por sua vez, busca dar

suporte e intimidade à sua interligação com a Matemática, constituindo-a em

instrumento para generalização desses conhecimentos.

A disciplina História da Matemática deve ser conduzida para que o

estudante perceba que ela não se constitui em um material estanque, sem

vinculação pedagógica com disciplinas específicas, e que não deve ser

utilizada como mero atrativo inicial para conteúdos específicos. A História da

Matemática é, sobretudo, uma forma de orientação aos profissionais

docentes a respeito da origem de questões ideológicas que perpassam o

ensino, notadamente à força da visão eurocêntrica da Matemática. Assim, a

sua abordagem no curso busca criar um ambiente denso de significados, que

instigue o estudante a se questionar sobre a realidade dos objetos

matemáticos. Ou seja, busca constituir um ambiente de investigação de

como determinados discursos na produção do conhecimento matemático

deixam de fora, por não fazer parte do núcleo fechado da denominada

matemática pura, muito da sabedoria que poderia ser valiosa nas práticas

dos futuros docentes.

1212Campos (2006, p.18) argumenta de forma bem fundamentada que o debate

internalismo-externalismo não fui superado, nem aprofundado na história da matemática e

apoia-se em Epple (apud KJELSEN, 2000, p. 14) ao alegar que a “escassez de textos que

abordem a matemática de um ponto de vista social, ou cultural, seria um indício” deste fato.

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76

As disciplinas Matemática, Matemática integrada e Matemática

Interdisciplinar são os meios de desenvolvimento dos conhecimentos em

Matemática presentes na Educação Básica que encontram destaque

necessário para capacitar o estudante a um pensar sistemático, tanto em

relação aos conceitos envolvidos quanto na capacidade de dar significado a

eles, seja em situações reais ou em situações matematicamente modeladas.

Destacamos que até o início do século XIX, a Álgebra era considerada

apenas como aritmética simbólica, visão ainda muito comum ao estudo da

física e ao estudo da matemática. No entanto, o rompimento da Álgebra com

a aritmética ocorreu a partir das cinco propriedades dos números naturais

(para adição e multiplicação) e da ampliação para os números inteiros e

outros sistemas de elementos diferentes. Essa ampliação e suas

consequências são tratadas em Teoria dos números, posicionando a Álgebra

como um campo de estudos hipotético-dedutivo formal. Esta posição será

consolidada a partir da emergência da ideia de estruturas algébricas e um

projeto de postulados, que deverão ser amplamente estudados nas

disciplinas de Álgebra, Álgebra linear e Complementos de Álgebra. O

objetivo do estudo da Álgebra pode ser expresso da seguinte forma: oferecer

ao aluno a oportunidade de dominar os conhecimentos matemáticos que irão

auxiliá-lo a compreender o uso desse componente em diferentes contextos

interdisciplinares.

Em relação à Análise, as sequências das disciplinas que constituem essa

área são fortemente influenciadas pela tradição. A História da Matemática

mostra que o desenvolvimento histórico dos temas tratados ocorreu

inicialmente de forma intuitiva e informal, como tem acontecido atualmente

em Cálculo Diferencial e Cálculo Integral. Somente a partir do século XIX que

os avanços da teoria exigiram conceituações precisas de função,

continuidade, derivada e integral. Nas disciplinas relacionadas à Análise

matemática, há uma apresentação logicamente organizada dos tópicos do

cálculo. Esta área é composta pelas disciplinas: Cálculo diferencial de uma

Variável, Cálculo Diferencial e Integral de Várias Variáveis, Análise e

Complementos de Análise.

Destacando a área da Geometria, as disciplinas Geometria Plana e

Geometria Espacial têm o objetivo de integrar e ampliar essa área do

conhecimento, que se iniciou no estudo da física e no estudo da matemática,

e que agora também atua com abordagem computacional. Historicamente,

essa área iniciou-se de forma empírica, a partir da agrimensura e

necessidades de grupos. No entanto, desde a geometria euclidiana e o

enorme cabedal de estudos que desencadeou, o ser humano inicia o

desenvolvimento da capacidade de abstração que é exigida em Geometria

Analítica. Esta disciplina busca, então, compreender a Matemática como um

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corpo de conhecimentos rigoroso, formal e dedutivo, produto da atividade

humana e historicamente construído.

Para finalizar, salientamos que este eixo é formado por disciplinas e áreas

de conhecimentos que proporcionam saberes específicos e de formação

profissional geral de Matemática, e é fundamental para que as demais

dimensões da formação profissional possam ser concretizadas com sucesso.

A seguir, apresentamos um trecho das Diretrizes Curriculares Nacionais para

os cursos de Matemática, bacharelado e licenciatura:

Ao chegar à Universidade, a aluno já passou por

um longo processo de aprendizagem escolar e

construiu para si uma imagem dos conceitos

matemáticos a que foi exposto durante o ensino

básico. Assim, a formação do matemático

demanda o aprofundamento da compreensão

dos significados dos conceitos matemáticos, a

fim de que ele possa contextualizá-los

adequadamente. O mesmo pode-se dizer em

relação aos processos escolares em geral: o

aluno chega ao Ensino Superior com uma

vivência e um conjunto de representações

construídas. É preciso que esses conhecimentos

também sejam considerados ao longo de sua

formação como professor (DIRETRIZES

CURRICULARES DE MATÉMATICA, 2001).

Em nosso entendimento, o texto destacado apoia nossa tese de

articulação íntima entre o eixo que estamos aqui apresentando com outros

dois, a saber, o eixo pedagógico e de prática profissional e o eixo da

pesquisa e de produção do conhecimento.

7.1.6.2 Matriz curricular

O curso de Matemática da UNIP faculta ao aluno ingresso na modalidade

a distância. Tem a duração de 1.840 horas teóricas, 400 horas de Estágio

Supervisionado, 400 de Prática como Componente Curricular, 200 horas de

Atividades Acadêmico-científico-culturais (ou atividades complementares) e

80 horas de Estudos Disciplinares.

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Matriz Curricular Matemática 2013

Sem. Disciplina (nome completo) CH semestral

1 Matemática 80

1 Introdução à EaD 20

1 Prática de Ensino: Introdução à Docência 20

1 Estudos disciplinares 10

1 História da Matemática 40

1 Interpretação e Produção de Textos 40

1 Homem e Sociedade 40

1 Informática 80

Total 330

2 Lógica Matemática 40

2 Cálculo Diferencial de uma Variável 60

2 Ciências Sociais 40

2 Comunicação e Expressão 40

2 Prática de Ensino: Observação e Projetos 20

2 Estudos disciplinares 10

2 Geometria Plana 60

2 Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem 40

Total 310

3 Estudos disciplinares 10

3 Cálculo Integral de uma Variável 80

3 Prática de Ensino: Integração Escola e Comunidade 20

3 Estrutura e Funcionamento da Educação Básica 20

3 Didática Geral 20

3 Geometria Espacial 60

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3 Geometria Analítica e Álgebra Linear 60

3 Teoria dos Números 40

Total 310

4 Línguas Brasileira de Sinais (Libras) 20

4 Complementos de Álgebra 80

4 Matemática Interdisciplinar 40

4 Prática de Ensino: Vivência no Ambiente Educativo 20

4 Didática Específica 20

4 Disciplina Optativa 20

4 Planejamento e Políticas Públicas da Educação 20

4 Tópicos de Cálculo Numérico 20

4 Cálculo Diferencial e Integral de Várias Variáveis 80

4 Estudos disciplinares 10

Total 330

5 Álgebra 80

5 Matemática Integrada 40

5 Física Geral 80

5 Metodologia do Trabalho Acadêmico 40

5 Análise Matemática 40

5 Estudos disciplinares 20

5 Prática de Ensino: Trajetória da Práxis 20

Total 320

6 Complementos de Física 80

6 Probabilidade e Estatística 40

6 Complementos de Análise 40

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80

6 Métodos de Pesquisa 40

6 Prática de Ensino: Reflexões 20

6 Tópicos de Atuação Profissional 40

6 Monografia de Conclusão de Curso 40

6 Estudos disciplinares 20

6 Estágio Curricular Supervisionado 400

6 Prática como Componente Curricular 400

6 Atividades Acadêmico-científico-culturais 200

Total 1320

7.1.6.3 Carga horária

COMPONENTES CURRICULARES Carga Horária (h)

Total Disciplina: 1840

Estágio Curricular Supervisionado 400

Atividades Acadêmico-Científico-Culturais 200

Pratica Como componente Curricular 400

Estudos Disciplinares 80

Carga horária total do curso 2920

7.1.7 Atividades complementares

7.1.7.1 As Atividades Acadêmicas, Científicas e Culturais

As Atividades Acadêmicas, Científicas e Culturais são componentes

curriculares obrigatórios que visam a complementar a formação profissional e

cultural do aluno e possibilitam o reconhecimento por meio de avaliações de

competências e habilidades do aluno. Incluem a prática de estudos e

atividades independentes, transversais, opcionais e de caráter

interdisciplinar, especialmente nas relações com o mundo do trabalho, nas

ações de extensão junto à comunidade e no envolvimento inicial com a

pesquisa acadêmica. São atividades que levam o futuro professor de

Matemática além dos limites da sala de aula.

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Na modalidade EaD, uma das características salientes dessas atividades

é o incentivo ao aluno para que reconsidere as manifestações sociais e

culturais de seu entorno regional a partir das teorias desenvolvidas,

integrando, dessa maneira, teoria e prática, mas com um claro diferencial: a

ressignificação e revalorização de seu contexto local de uma perspectiva

crítica. Para assegurar seu caráter autônomo e flexível, as atividades

complementares devem ser livremente escolhidas pelo aluno, incentivando

sempre a valorização das atividades desenvolvidas na sua região. Vale

salientar que a UNIP disponibiliza, por meio do endereço eletrônico

<www.unip.br>, acesso aos mais diversos temas e assuntos, em especial a

TV Web UNIP, possibilitando que tantos os alunos como a comunidade

assistam a palestras, seminários e eventos em geral.

Ainda no que se refere à modalidade EaD, a UNIP Interativa disponibiliza,

no AVA, outro conjunto variado de palestras e conteúdos de formação

complementar. No AVA, o aluno encontra ainda um vídeo explicativo sobre

as Atividades Acadêmicas, Científicas e Culturais e o manual de orientação.

Em caso de dúvidas, pode-se recorrer à orientação dos tutores presenciais e

a distância. Espera-se que, com essas ações, o futuro egresso construa uma

visão global e local, humanista, crítica e reflexiva da sua função social como

cidadão e profissional.

A matriz curricular contempla as Atividades Acadêmicas, Científicas e

Culturais com 200 horas de carga total, devendo ser entregue pelos alunos

no último período do curso.

O regulamento, as orientações sobre pontuação e o critério para

avaliação das Atividades Acadêmicas, Científicas e Culturais constam no

Apêndice II.

7.1.8 O Laboratório de Educação Matemática – LABEMATECA

Com a finalidade de dar suporte didático à formação do licenciado, bem como de oferecer um espaço propício para pesquisas em educação matemática, o curso contará com o apoio de um laboratório didático: LABEMATECA – Laboratório de Educação Matemática e Biblioteca de materiais e atividades virtuais.

O LABEMATECA destina-se a atividades didáticas e de pesquisa: aulas relativas a Educação Matemática, oferecimento de oficinas pedagógicas que utilizem materiais didáticos para o ensino de Matemática na educação básica e realização de pesquisas na área da Educação Matemática.

O Laboratório de Educação Matemática será constituído com base em diferentes recursos: virtuais, multimídia ou disponíveis em ambientes frequentados pelos alunos.

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O LABEMATECA deve ser utilizado na formação dos futuros professores, bem como na realização de pesquisas e/ou no desenvolvimento de projetos e atividades de Educação Matemática. Ficará disponível aos alunos da UNIP e a docentes em geral, desde que previamente cadastrados no laboratório e/ou no polo de apoio. Maior detalhamento referente ao LABEMATECA encontra-se no Apêndice II.

7.1.9 Estudos Disciplinares

Os Estudos Disciplinares (EDs) complementam a formação por meio de

exercícios. Estes visam a:

• o aprofundamento dos conteúdos das disciplinas ministradas ao longo

de cada semestre letivo;

• estudar e aprofundar temas do ensino da matemática a serem

abordados durante sua futura docência;

• versar sobre a temática dimensão ambiental e desenvolvimento

sustentável;

• contemplar temas específicos da matemática.

Sendo assim, os EDstêm como escopo estimular o aluno a adquirir maior

conhecimento em sua área de atuação.Os Estudos Disciplinares

complementam a formação por meio de teleaulas, textos e exercícios com

conteúdos atuais e essenciais para a formação do profissional do licenciando

em Matemática.

A lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, solicita que dimensão ambiental

deve constar dos currículos de formação de professores, em todos os níveis

e em todas as disciplinas. Destaca-se que algumas das atividades que

compõemosEDs são: o Trabalho Individual (TI) e oTrabalho em Grupo

(TG).O aluno não pode ser dispensado do ED no período em que

estivermatriculado, pois a nota deste incidirá no cálculo da média de todas as

disciplinas do período.

A justificativa e os regulamentos para os EDs constam no Apêndice II.

7.1.10 Estágio supervisionado

De acordo com a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, o estágio é

ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,

que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam

frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de

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educação profissional, de Ensino Médio, da educação especial e dos anos

finais do Ensino Fundamental, na modalidade profissional da educação de

jovens e adultos.

Os estágios supervisionados incluem atividades de prática

pré-profissional, exercidas em situações reais de trabalho, na forma da lei,

tendo como finalidades básicas proporcionar a formação escolar e permitir ao

estudante ter acesso ao seu futuro campo de atuação profissional, num

contato direto com questões práticas e teóricas durante um determinado

número de horas.

O Estágio Supervisionado em Matemática é uma atividade que o

estudante atende de forma obrigatória para obtenção do grau acadêmico,

podendo realizar, como atividade opcional, o estágio não obrigatório. O

estágio regular e obrigatório trata-se, portanto, de um procedimento

didático-pedagógico que colabora no processo educativo/formativo dos

alunos e consta ou é parte relevante desse Projeto Pedagógico de Curso. O

programa de estágio supervisionado tem como finalidade proporcionar a

formação escolar e permitir ao estudante o acesso a seu futuro campo de

atuação profissional, tendo em vista conhecimentos, competências e atitudes

características do curso de graduação em Matemática.

De acordo com Pimenta e Lima (2012), o estágio tem como metas refletir,

sistematizar e testar conhecimentos teóricos e instrumentos discutidos,

levantando problemas e propondo soluções para a instituição, inserindo a

responsabilidade social e o conjunto de valores e éticas que envolvem a

cidadania.

Será dada relevância às disciplinas de Prática e Práticas e Projetos, no

que se refere aos relatos de experiência e à retomada da teoria em um

movimento constante teoria-ação-teoria.

O Manual de Estágio, constante no Apêndice II deste PPC, visa orientar o

aluno sobre os itens pertinentes à vivência prática junto ao mercado de

trabalho e traz outras informações para os professores e alunos.

No curso de Matemática, o estágio se caracteriza como o conjunto das

atividades de aprendizagem profissional e de complementação de ensino

sob a forma de várias modalidades instituídas segundo a especificidade do

curso, devidamente orientadas, acompanhadas e supervisionadas pelos

professores orientadores das disciplinas responsáveis pela orientação de

estágio, como forma de desenvolver, associar e documentar: a aplicação e a

construção de teorias e instrumentais de conhecimentos; a ética; os valores

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para saber fazer e as atitudes que repercutem no posicionamento pessoal

diante das exigências social e profissional.

A estruturação do estágio supervisionado conta ainda com a colaboração

permanente do setor responsável pela coordenação de estágios: espaço que

coordena os estágios obrigatórios e não obrigatórios, no qual o aluno tem

acesso às vagas disponíveis, publicadas em quadro de avisos e outros

meios eletrônicos. O setor de estágios também se compõe de um espaço

que está em reorganização em face da nova legislação de estágios (Lei n°

11.788, de 25 de setembro 2008). O coordenador de estágio analisa e

assina, quando é o caso, os termos de compromisso e os acordos de estágio

firmados entre as entidades, como escolas, ONGs , empresas e o aluno.

O estágio pode ser subdividido em dois momentos:

1 – Estágio não obrigatório: serão aqueles realizados do 2º ao 6º

semestre, sendo opcionais aos alunos e servindo como capacitação

profissional para os licenciandos em Matemática. Deverão seguir a

regras estipuladas pela Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, e

pelos setores ou departamentos de estágio da UNIP.

2 – Estágio curricular obrigatório: faz parte do processo de formação

profissional para os cursos de licenciatura em Matemática em todas as

instituições de Ensino Superior no Brasil. Para o aluno se graduar, deve

realizá-lo a partir do 3º semestre, cumprindo carga horária de 400 horas

e obedecendo a regras e condutas estipuladas no relatório de Estágio

Supervisionado do curso de Matemática, apresentado à Universidade

Paulista. É um requisito obrigatório para a obtenção do diploma dos

cursos superiores de graduação da UNIP e deve contemplar 400 horas

distribuídas em diferentes áreas, conforme consta do Regulamento de

Estágio.

As limitações da jornada de atividades dos estágios serão definidas de

comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno

estagiário ou seu representante legal, devendo constar de termo de

compromisso compatível com as atividades escolares e do 3º ao 6º

semestres, previstas na matriz curricular e nas condições propostas pelos

objetivos específicos do ementário da instituição. A jornada atenderá

especificamente as limitações impostas no artigo 10 da Lei de Estágio,

propondo-se a fiscalização constante da instituição UNIP.

A normatização do estágio curricular obrigatório encontra-se no

Regulamento dos estágios supervisionados. O estágio curricular é avaliado

mediante a comprovação das horas-atividade exigidas e a entrega dos

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85

relatórios parciais e final. Caso o aluno não cumpra essas condições, fica

reprovado no estágio e deverá se matricular em regime de dependência.

7.1.11 Prática como componente curricular

Sabemos que a relação entre teoria e prática apresenta-se como um

problema ainda não resolvido em nossa tradição filosófica, epistemológica e

pedagógica. Sabemos também que a teoria vista na ótica da marca

positivista traz como representação a ideia de que ela se comprova na

prática, condicionando uma visão de que a teoria antecede a prática. Esta,

por sua vez, aplica soluções trazidas pela teoria (FERNANDES e

FERNANDES, 2008).

Com base nesses princípios e de acordo com o que estabelece a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, as Diretrizes

Curriculares Nacionais da Formação Docente postas no Parecer CNE/CP

9/2001, no Parecer CNE/CP 28/2001, no Parecer CNE/CP 2/2002 e na

Resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002, que tratam das 400

(quatrocentas) horas de prática como componente curricular para a formação

docente e, considerando as Normas Gerais de Graduação da Universidade

Paulista (UNIP), o Projeto Pedagógico do Curso de Matemática e as

discussões realizadas pelos Núcleos Docentes Estruturantes, acatamos a

orientação de que a prática não é uma cópia da teoria e nem esta é um

reflexo daquela. A prática é o próprio modo como as coisas vão sendo feitas

cujo conteúdo é atravessado por uma teoria.

Assim a realidade é um movimento constituído pela prática e pela teoria

como momentos de um dever mais amplo, consistindo a prática no momento

pelo qual se busca fazer algo, produzir alguma coisa e que a teoria procura

conceituar, significar e com isto administrar o campo e o sentido desta

atuação.

Nestes termos, a prática no curso de Matemática não tem o tratamento de

um componente curricular específico.Como Pimenta e Lima (2006),

entendemos que o estágio sempre foi identificado como a parte prática dos

cursos de formação de profissionais em geral, em contraposição à teoria.

Não obstante, partilhamos o mesmo ponto de vista das autoras: o estágio

não é a prática, mas sim a representação da prática.

É notório que o exercício de qualquer profissão é prático, no sentido de

que se trata de aprender a fazer ‘algo’ ou uma ‘ação’. A profissão de

professor também é prática. O modo de aprender a profissão, conforme a

perspectiva da imitação, será a partir da observação, imitação, reprodução e,

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às vezes, da reelaboração dos modelos existentes na prática, consagrados

como bons (PIMENTA e LIMA, 2006).

Diante disso, entendemos que o estágio por si só não contempla a

formação do educador matemático no contexto das exigências do novo século.

Por outro lado, a prática como componente curricular subsidia essa formação

na medida em que oportuniza aos estudantes momentos de elaboração, ação

e reflexão. Afinal de contas, muitas vezes nossos alunos aprendem conosco,

nos observando e imitando, mas também elaborando seu próprio modo de ser

a partir da análise crítica do nosso comportamento. Nesse processo, escolhem,

separam aquilo que consideram adequado e acrescentam novos modos,

adaptando-se aos contextos nos quais se encontram. Para isso, lançam mão

de suas experiências e dos saberes que adquiriram.

Portanto, a prática como componente curricular no curso de Matemática

da UNIP está atrelada aos diversos segmentos de atuação profissional do

educador matemático. Ela é inserida a partir do primeiro período do curso,

tendo o propósito de colaborar para a formação da identidade do professor

pesquisador, reflexivo e atuante na sociedade a partir da articulação com as

demais disciplinas, mediante ações educativas integradoras que estreitem o

vínculo universidade-escola-comunidade.

Partimos do pressuposto de que a prática como componente curricular se

constitui, nesta perspectiva, na formação mediante a relação entre educação

e trabalho, estabelecendo o vínculo entre a teoria em cada disciplina e sua

articulação com os conteúdos e métodos trabalhados nos períodos,

integrando os componentes curriculares acadêmico, laboral e investigativo, a

partir da observação, vivência e simulação da prática profissional desde o

início de sua vida universitária.

A carga horária da prática é de 400 (quatrocentas) horas distribuídas a

partir do primeiro período e organizadas a partir do coletivo de professores

sob a orientação da coordenação da dimensão pedagógica. É, portanto, uma

atividade pela qual transitam de forma coerente e organizada os

conhecimentos das diversas áreas de estudo, assumindo, sobretudo, caráter

integrador no curso.

As ações em prática enfatizam o trabalho independente, tendo em vista a

formação de profissionais com autonomia, responsabilidade e compromisso

social.

Entre as ações a serem desenvolvidas pelo aluno no âmbito da prática

destacam-se a participação em atividades voltadas à pesquisa, reflexão e

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intervenção em situações-problema na comunidade escolar ou extraescolar e

a realização de oficinas e minicursos diversos.

As atividades são desenvolvidas a partir do embasamento teórico

fundamentadopresente no futuro campo de atuação do profissional e servem

como oportunidade para o confronto entre a teoria apreendida e a prática,

com vistas à investigação científica. Tais atividades respeitam os níveis de

assimilação, o que depende das condições teórico-metodológicas do aluno.

Por isso, em várias situações, a prática poderá vincular-se à relação entre

educação e trabalho, como um meio de estimular esse envolvimento e

preparar o aluno para o contato direto com a prática como componente

curricular.

A prática como componente curricular no curso de Matemática da UNIP

está organizada da seguinte forma:

Carga horária da prática como componente curricular

Matriz Curricular Matemática 2013

Sem Disciplina (nome completo) PCC

1 Matemática 16

1 História da Matemática 12

1 Informática 24

Total 52

2 Lógica Matemática 8

2 Cálculo Diferencial de uma Variável 24

2 Prática de Ensino: Observação e Projetos 4

2 Geometria Plana 18

Total 54

3 Cálculo Integral de uma Variável 24

3 Prática de Ensino: Integração Escola e Comunidade 4

3 Estrutura e Funcionamento da Educação Básica 4

3 Didática Geral 4

3 Geometria Espacial 24

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3 Geometria Analítica e Álgebra Linear 24

3 Teoria dos Números 8

Total 92

4 Complementos de Álgebra Linear 16

4 Matemática Interdisciplinar 18

4 Prática de Ensino: Vivência no Ambiente Educativo 4

4 Didática Específica 4

4 Planejamento e Políticas Públicas da Educação 4

4 Noções de Cálculo Numérico 6

4 Cálculo Diferencial e Integral de Várias Variáveis 24

Total 74

5 Álgebra 16

5 Matemática Integrada 12

5 Física Geral 24

5 Metodologia do Trabalho Acadêmico 8

5 Análise Matemática 4

5 Prática de Ensino: Trajetória da Práxis 4

Total 68

6 Complementos de Física 24

6 Probabilidade e Estatística 8

6 Complementos de Análise 8

6 Métodos de Pesquisa 8

6 Prática de Ensino: Reflexões 4

6 Tópicos de Atuação Profissional 8

Total 60

TOTAL GERAL 400

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O curso de Matemática, com a colaboração de professores e

coordenadores, busca com essas atividades aproximar ao máximo a relação

entre teoria e prática. Todas as atividades devem ser orientadasnos fóruns

de discussão das disciplinas anteriormenterelacionadase o propósito será

sempre a formação prática do estudante de matemática, bem como sua

inserção no contexto profissional. A prática como componente curricular é a

materialização das reflexõese discussões desenvolvidas apartir dos temas

abordados nos fóruns das disciplinas.

O entendimento da prática presente nessas atividades é o de

desenvolvimento de habilidades instrumentais necessárias à implementação

da ação docente. Um curso de formação estará dando conta do aspecto

prático da profissão na medida em que possibilite a reflexão em situações

experimentais de determinadas habilidades consideradas, a priori, como

necessárias ao bom desempenho docente (PIMENTA e LIMA, 2006).

Nestes termos, a prática é defendida como instrumento de integração e

conhecimento do aluno da realidade social, política, econômica e do trabalho

de sua área/curso, como instrumento de iniciação à pesquisa e ao ensino e

de iniciação profissional.

As disciplinas mencionadas fazem parte da estrutura curricular do curso

de Matemática e têm professores que são responsáveis pela orientação das

reflexões.Cabem aos alunos o acompanhamento e a participação das

discussões realizadas no fórum e posterior produção de reflexão pessoal

transformada em relatórios que serão geradosao final de cada atividade

proposta. Esse processo é documentado em relatóriospostados pelos alunos

no AVA conforme calendário acadêmico. No final do curso, o professor da

Coordenadoria de Estágios deverá receber, verificar, totalizar e avalizar as

planilhas de seus alunos, mediante assinatura.

7.1.12 Trabalho de Curso

O Trabalho de Curso (TC) realizado no curso de Matemática decorre de

atividades práticas de disciplinas profissionalizantes, de acordo com a matriz

curricular.

O TC é uma atividade acadêmica que visa à complementação do

processo de ensino-aprendizagem, promovendo o aperfeiçoamento da

formação acadêmica por meio da realização de um trabalho técnico-científico

de maior profundidade em área de conhecimento específica, a critério do

aluno, considerado como parte indissociável dos cursos de Licenciatura em

Matemática da UNIP.

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Segundo a legislação vigente, o TC é um componente curricular que

poderá ser desenvolvido sob uma das seguintes formas: monografia, artigo

científico ou material didático-pedagógico, isto é,projetos de atividades

centrados em áreas teórico-práticas e de formação profissional, relacionadas

com os cursos, de acordo com as normas balizadoras da ABNT –

Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Isso posto, o colegiado de curso e o NDE decidiram que os alunos do

curso de Matemática poderão optar por realizar seu TC em um dos seguintes

formatos:

• monografia: é uma dissertação (em sentido lato) sobre um ponto

particular de uma ciência, de uma arte ou de uma localidade, sobre um

mesmo assunto ou sobre assuntos relacionados. Pode ser escrita por

uma ou mais pessoas. É o principal tipo de texto científico, um trabalho

acadêmico que apresenta um resultado de investigação pouco

complexo e sobre tema único e bem delimitado. De acordo com Manual

de normas para elaboração de monografia dos cursos de pós-

graduação do IFMG - campus Bambuí, monografia é uma descrição ou

tratado especial de determinada parte de uma ciência qualquer. Trata-

se de um estudo sobre um tema específico ou particular, com suficiente

valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga

determinado assunto não só em profundidade, mas também em todos

os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina.

Tem como base a escolha de uma unidade ou elemento social, sob

duas circunstâncias: ser suficientemente representativo de um todo

cujas características se analisa; ser capaz de reunir os elementos

constitutivos de um sistema social ou de refletir as incidências e

fenômenos de caráter autenticamente coletivo;

• artigo científico: é um relato analítico de informações atualizadas

sobre um tema de interesse para determinada especificidade. Trata-se,

portanto, do resultado de um estudo desenvolvido por meio de uma

pesquisa, podendo ser por um projeto de ensino, de pesquisa ou de

extensão. Segundo Marconi e Lakatos (2007, p. 261), “artigos

científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma

questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em

matéria de um livro”. Seu objetivo é divulgar os resultados de um estudo

realizado, procurando levar ao conhecimento do público interessado as

novas ideias e abordagens;

• material didático-pedagógico: é tudo aquilo que é utilizado para

facilitar o processo de ensino-aprendizagem. Segundo Possoli e Cury

(2009), citando Meksenas (2001, p. 52),o material didático é um

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ambiente ou obra, escrita ou organizada, “com a finalidade específica

de ser utilizada numa situação didática”. Nesse sentido, os materiais

didáticos são aqueles associados a situações de ensino-aprendizagem

e, por isso, possuem características específicas na apresentação dos

conteúdos. Segundo Goldberg (1983), o material didático deve ser

entendido de modo amplo e contextualizado como “um modelo de

atuação pedagógica”, inserido social e politicamente. (Goldberg

apudPOSSOLLI, 2009, p. 343).

O TC contribui para que o licenciando possa efetuar e comprovar as

relações existentes entre teoria e prática no setor educacional escolar e não

escolar, vivenciando a docência e o suporte técnico-pedagógico em

instituições educativas e reconhecendo as diversas áreas para atuação, de

acordo com o aprendizado das disciplinas desenvolvidas no curso.

O Regulamento de TC, disponível no Apêndice II, complementa os

recursos básicos para a realização do trabalho, apontando os caminhos e

regras que orientadores e acadêmicos deverão percorrer do início das

pesquisas até a apresentação pública dos trabalhos.

Os alunos são orientados durante o sexto semestre, quando ocorrerem

os encontros via seções de chatpara orientação do trabalho.Ao final do

sexto semestre, os Trabalhos de Curso são encaminhadospreviamente

para os orientadores e, em data agendada, são apresentados por meio de

teleconferência, em tempo real, para a banca examinadora, que os avalia

por meio de questionamentos encaminhados via e-mail, também em

tempo real.

O TC será realizado preferencialmente emduplas e orientado pelo

professor responsável para tanto, deverá ser submetido à aprovação do

orientador.

No caso de possíveis publicações do Trabalho de Curso de Matemática –

pôster, artigos ou anais de congresso – o trabalho deverá ser encaminhado

com o aval do orientador, constando o nome dos alunos, do professor e da

Universidade.

7.1.13 Autoavaliação do curso

Os futuros professores devem ser conscientes e responsáveis dos

processos de aprendizagem e avaliação. Desta forma, a autoavaliação

permeará o processo de formação e deverá ser discutida com os professores

para ajustes nas estratégias de aprendizagem, avaliação e autoavaliação do

aluno (o estudante observa e descreve seu desenvolvimento e dificuldades).

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O processo de autoavaliação sempre foi uma constante nas atividades da

Universidade Paulista, estando ele inserido no cotidiano institucional. Alguns

meios já utilizados para a avaliação institucional interna foram:

• para o corpo docente: reuniões pedagógicas de avaliação;

• para o Núcleo Docente Estruturante (NDE): elaborar e/ou

acompanhar o Projeto Pedagógico do Curso definindo, sua concepção

e fundamentação técnico-científica, bem como mantê-lo atualizado;

supervisionar as formas de avaliação e acompanhamento do curso

definidas pelo coordenador geral do curso com base nas diretrizes

curriculares do curso; analisar e avaliar os planos de ensino dos

componentes curriculares; acompanhar as atividades do corpo docente,

recomendando ao coordenador auxiliar de curso a indicação ou

substituição de docentes, quando necessário; supervisionar as formas

de avaliação e acompanhamento do curso definidas pelo coordenador

geral do curso. O regimento do Núcleo Docente Estruturante (NDE) da

Universidade Paulista está no Apêndice II;

• para o corpo discente: questionários de avaliação da instituição, dos

docentes e da eficácia do aprendizado;

• para o corpo técnico-administrativo: avaliação quantitativa do

conhecimento de procedimentos nos setores administrativos de

secretaria e de atendimento ao público, pela aplicação de questões

discursivas aos funcionários.

Observa-se que esse instrumento é utilizado como coadjuvante de um

processo avaliativo amplo e não com caráter punitivo ou promocional.

Com o intuito de uma melhor sistematização das diferentes etapas desse

processo, foi instituída pela Portaria nº 1, de 11 de junho de 2004, a

Comissão Própria de Avaliação (CPA), de caráter permanente e que tem

como principais objetivos:

• formação de uma cultura de autoavaliação;

• estabelecimento de protocolos de avaliação;

• proposta de sugestões para a melhoria da qualidade do

ensino-aprendizagem;

• conscientização da responsabilidade social e suas consequências;

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• verificação da eficácia institucional;

• valorização da missão da UNIP na comunidade acadêmica;

• promoção dos valores democráticos;

• afirmação da autonomia e da identidade institucional.

A avaliação interna, além do caráter qualitativo, adota uma perspectiva

quantitativa pela análise numérica dos resultados. A abordagem qualitativa

busca compreender o ponto de vista dos envolvidos quanto ao

posicionamento interno e externo da instituição. A abordagem quantitativa

parte dos resultados e os traduz em termos de parâmetros estatísticos; nela,

a quantificação é enfatizada como fator de discussão do objeto em avaliação.

7.1.14 Disciplinas Optativas

Como forma de enriquecer o currículo, ampliar a formação geral dos

alunos e com o objetivo de formar um profissional com alguns diferenciais, a

UNIP oferece as disciplinas optativas: Relações Étnico-Raciais e

Afrodescendência, Marketing Pessoal, Educação Ambiental, Atuação junto

ao Idoso e Libras (esta somente para os bacharelados e tecnológos) para

que o estudante exerça a sua livre escolha. As disciplinas optativas são

gratuitas e ofertadas no 4º semestre do curso.

A oferta de disciplina Libras atende ao Decreto n.º 5.626 de 22 de

dezembro de 2005, que regulamentou a Lei n.º10.436, de 24 de abril de

2002.

8. Disciplinas de Nivelamento

A Universidade Paulista oferece um programa de revisão de conteúdos de

diversas disciplinas ministradas no Ensino Médio. Ele abrange os principais

conteúdos nos quais boa parte dos universitários – recém-ingressantes ou

veteranos – apresenta dificuldades para acompanhar durante os cursos

superiores.

O discente com necessidades de nivelamento de conteúdos básicos

poderá acessar pelo AVA as disciplinas:

• Língua Portuguesa;

• Matemática;

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• Estatística;

• Língua Inglesa;

• Língua Espanhola.

Em cada disciplina cursada, é feita uma autoavaliação pelo interessado

para verificar o nível de conhecimento adquirido.

O serviço é gratuito e o aluno escolhe as disciplinas que pretende cursar.

Dessa maneira, ele poderá recorrer ao “Sistema de Conteúdo Online”

durante o semestre, ou até o final de seu curso.

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