Marketing Turístico Internacional

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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FATECS CURSO: ADMINISTRAÇÃO LINHA DE PESQUISA: MARKETING INTERNACIONAL ÁREA: MARKETING Lucas Vilarinho e Silva RA: 2086337/0 A VALORIZAÇÃO DA MARCA BRASIL NO MARKETING TURÍSTICO INTERNACIONAL: O PLANO AQUARELA Brasília 2012 Lucas Vilarinho e Silva RA: 2086337/0

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A valorização da marca brasil no marketing turístico internacional: o plano aquarela

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  • FACULDADE DE TECNOLOGIA E CINCIAS SOCIAIS APLICADAS FATECS

    CURSO: ADMINISTRAO

    LINHA DE PESQUISA: MARKETING INTERNACIONAL

    REA: MARKETING

    Lucas Vilarinho e Silva

    RA: 2086337/0

    A VALORIZAO DA MARCA BRASIL NO MARKETING TURSTICO

    INTERNACIONAL: O PLANO AQUARELA

    Braslia

    2012 Lucas Vilarinho e Silva

    RA: 2086337/0

  • A VALORIZAO DA MARCA BRASIL NO MARKETING TURSTICO

    INTERNACIONAL: O PLANO AQUARELA

    Trabalho de curso (TC) apresentado como

    um dos requisitos para concluso do

    curso de Administrao de Empresas do

    Uniceub Centro Universitrio de Braslia.

    Orientador: Alano Nogueira Matias

    Braslia

    2012

    Lucas Vilarinho e Silva

    RA: 2086337/0

    A VALORIZAO DA MARCA BRASIL NO MARKETING TURSTICO

    INTERNACIONAL: O PLANO AQUARELA

  • Trabalho de curso (TC) apresentado como

    um dos requisitos para concluso do

    curso de Administrao de Empresas do

    Uniceub Centro Universitrio de Braslia.

    Orientador: Alano Nogueira Matias

    Braslia, ___ de ______ de ____.

    Banca Examinadora

    _____________________________________

    Professor Orientador: Alano Nogueira Matias

    _____________________________________

    Professor (a) Examinador(a)

    _____________________________________

    Professor(a) Examinador(a)

    BRASLIA

    2012

    RESUMO

    No mercado competitivo atual existe uma importncia a ser estabelecida para o turismo dentro de um pas. O posicionamento estratgico de valorizao dos recursos existente em uma regio reforado pela poltica de marketing adotada. A

  • ideia deste contexto deve ser feita tanto a nvel local como de forma internacional. Da surge necessidade de criar planos e elementos de representatividade de uma nao, atuando como mecanismo de reforo da sua identidade. A associao destas polticas adotadas em conjunto com o turismo visa aumentar a expressividade desta atividade para o pas em anlise. A criao da Marca Brasil, em conjunto com o Plano Aquarela, visa estabelecer um mecanismo que valorize a posio do pas diante as demais naes do globo. O contexto deste plano aborda questes que impactam diretamente na entrada de estrangeiros para o pas, o que acaba proporcionando uma aumento nos negcio relacionados com o turismo na regio bem como gera divisas para a economia da nao. Sendo assim, as aes desenvolvidas pelas estratgias do marketing turstico internacional pontuam-se nas necessidades e anseios das pessoas que por aqui desembarcam baseadas nos recursos por aqui existentes.

    Palavras-chave: Marca, Marca Brasil, Plano Aquarela, Marketing turstico

    internacional.

    Sumrio

  • 1)Introduo

    O marketing tem um papel importante na promoo e valorizao de um

    determinado produto ou servio, baseando-se nas relaes estabelecidas com seus

    stakeholders (todos aqueles relacionados diretamente ou indiretamente com um tipo

    de negcio sejam eles consumidores, fornecedores, vendedores, entre outros).

    Desta forma, as estratgias de marketing constituem um elo entre aquilo que ser

    produzido at chegar ao seu consumidor final.

    Dentro dos elementos que compe o marketing existe a marca. Esta

    simboliza uma forma de criao de identidade do produto ou servio com o pblico

    externo. A conceituao de marca tende a reforar aquilo que est sendo retratado

    por ela, buscando-se uma maior familiaridade. Desta forma, o marketing (como

    papel de promoo) e a marca (como identificador), quando em conjunto, tendem a

    reforar os benefcios que um bem ou serventia pode trazer para um futuro

    consumidor.

    Baseando-se nestas ideias iniciais o presente trabalho teve a finalidade de

    investigar a importncia do Plano Aquarela na valorizao da Marca Brasil dentro do

    marketing turstico internacional, ou seja, de que forma este plano atua na promoo

    do nosso pas no cenrio turstico global. A relevncia do estudo desta temtica

    pode ser justificada pela forma como este plano trar possveis benefcios para o

    pas dentro do contexto do marketing turstico internacional. Sendo assim, a

    promoo da Marca Brasil visa estabelecer mecanismos que valorizem a imagem do

    pas internacionalmente, sobretudo no comrcio turstico.

    Para responder ao objetivo geral do tema proposto, foram estabelecidos trs

    objetivos especficos: O primeiro diz respeito a conceituar a Embratur dentro do

    contexto do marketing turstico internacional, ou seja, descrever um breve histrico

    do rgo e destacar a importncia dele dentro da poltica do plano; j o segundo

    consiste em descrever os conceitos da Marca Brasil, isto , citar suas principais

    caractersticas; por fim ir se traar um panorama histrico do Plano Aquarela,

  • passando pelas ideias centrais do plano, desde suas definies iniciais at sua

    estruturao em fases.

    O tipo de pesquisa, quanto aos objetivos, foi do tipo exploratrio. Segundo Gil

    (2002, p.41) Estas pesquisas tm como objetivo proporcionar maior familiaridade

    com o problema, com vistas a torn-lo mais explcito, ou seja, por meio deste tipo

    de pesquisa se busca uma aproximao com o assunto abordado, de forma a

    coloc-lo em maior evidncia.

    J quanto aos procedimentos tcnicos, o presente artigo foi estruturado por

    meio de pesquisa bibliogrfica e levantamento. Conforme Rampazzo (2002, p.55) A

    pesquisa bibliogrfica procura explicar um problema a partir de referncias tericas

    publicadas, ou seja, a construo foi feita pautada em pesquisas anteriormente

    realizadas. Sabendo disso, a construo do trabalho ser baseada em conceitos

    dentro do assunto abordado (encontrados em livros) como tambm em artigos j

    publicados do tema, alm das informaes fornecidas no site do rgo pblico

    responsvel.

    J o Levantamento, conforme Gil (2002, p.50) Caracteriza-se pela

    interrogao direta das pessoas cujo comportamento deseja se conhecer, isto , a

    investigao se estabelece com uma pessoa familiarizada com o assunto. Com o

    intuito de enriquecer o trabalho (de forma a no restringir to somente a colocao

    em cima de publicaes j existentes), foi feita uma entrevista (gravada) com uma

    servidora do Ministrio do Turismo, do tipo semi-estruturada.

    Conforme Gil (2002, p.117) Ela guiada pela de pontos de interesse que o

    entrevistador vai explorando ao longo do curso, isto , a estruturao da entrevista

    se estabelece dentro do posicionamento geral sobre o assunto, intercalando as

    ideias de cada pergunta entre si.

    Por fim, quanto ao mtodo de abordagem, a pesquisa teve um carter

    qualitativo. Segundo Neves (1996, p.1) Compreende um conjunto de diferentes

    tcnicas interpretativas que visam descrever e codificar os componentes de um

    sistema complexo de significados, ou seja, a pesquisa se caracterizou por meio da

    anlise das abordagens realizadas pelas fontes.

    2)Embasamento terico

    2.1) Breve Histrico de marca

  • Antes de conceituar marca necessrio situ-la dentro de um contexto

    histrico. Perez (2004) ressalta que a ideia da marca nos remete a uma poca

    remota, antes mesmo das primeiras escritas que se tem notcia, onde os homens j

    possuam nomes pelos quais podiam ser identificados de forma clara e nica. Sendo

    assim, esta ideia estabelecia a criao da concepo da identidade por meio da

    marca desde as primeiras formas de civilizao.

    Complementando este raciocnio, Schultz e Barnes (2001) analisam que as

    marcas constituem um mecanismo de publicidade e criao de vendas desde os

    temos remotos, derivadas do termo brand ou brandr, que remetia ao verbo burn

    (queimar). Esta era utilizada comumente para marcar gados, cavalos, ovelhas ou

    outros tipos de bens.

    J Knapp (2002) analisa que os caadores da pr-histria gravavam suas

    armas com marcas para formalizar uma identificao bem como os ceramistas da

    Grcia e de Roma pressionavam seu polegar na parte mida da argila do objeto

    para caracteriza-los como seu objeto. Alm disso, as civilizaes tambm j

    utilizavam smbolos e ornamentaes como uma maneira de proclamar o poder de

    autoridades, sejam elas reis, imperadores e governantes, caracterizando domnio e

    controle.

    Sendo assim, pode se colocar que as primeiras ideias de criao e uso da

    marca foram remetidas desde os tempos antigos, onde os produtos, objetos e bens

    j criavam uma relao de identidade para si por meio deste elemento. Sua prtica

    era observada desde as civilizaes pr- histricas como funo associativa entre

    aquilo que ela representava com seus donos e criadores.

    Com a evoluo do comrcio, a conceituao da marca ganha uma nova

    roupagem. Perez (2004) afirma que com o surgimento de guildas comerciais e

    artesanais, voltadas para a quantidade e qualidade do produto, a marca visa criar

    um papel de identificao com o produto, de forma a facilitar possveis ampliaes

    ou descartes do mesmo, atendendo as necessidades de consumo da poca.

    Dentro desta situao, Schultz e Barnes (2001) reforam que medida que o

    comrcio se desenvolvia, a marca passou a constituir a origem de um determinado

    produto ou at mesmo uma maneira de diferenciao dos demais, os quais

    produziam objetos semelhantes. A marca passa a ser caracterizada como uma

    forma de associao entre o vendedor (ou fabricante) e o respectivo produto ou

    servio relacionado.

    Com o crescimento populacional e a expanso do comrcio, Perez (2004)

    ressalta que os fabricantes, atacadistas e varejistas visam selecionar marcas que

    fossem fceis de lembrar e pronunciar assim como valorizassem a originalidade e

    que fizessem uma descrio criativa do produto, fosse ela de forma direta ou indireta.

  • Sabendo disso, tem-se que devido ao crescimento da comercializao assim

    como o aumento em expressividade da demanda, surgiu uma necessidade imediata

    de aumento em escala da produo. Para efetivar a posio de um tipo de produto

    ou servio no mercado (ressaltando sua importncia) era necessria ento uma

    analogia entre aquilo que estava sendo vendido pelo produto e o respectivo

    consumidor final. Este elo constitui-se na valorizao que a marca criava para esta

    relao.

    O uso de marcas como se conhece hoje tm mais de cem anos de existncia.

    Perez (2004) analisa que, por volta de 1890, grande parte dos pases j possua

    uma legislao que tratasse da marca como mecanismo de proteo.

    Schultz e Barnes (2001) afirmam que atualmente as marcas ocupam um

    papel de destaque no comrcio. Dependendo da sua funcionalidade, podem

    compradas ou vendidas; franqueadas ou alugadas assim como protegidas (em

    mbito nacional ou internacional), onde a maior ameaa ao seu proprietrio seja um

    provvel risco que o produto ou servio por ele desenvolvido (ou processo de

    comercializao) tenha com um equivalente de sua categoria. A ideia da marca

    ento criar uma exclusividade para o produto ou servio por ela caracterizado.

    Reforando estes pensamentos, Knapp (2002) coloca que a personalidade de

    uma marca e sua respectiva reputao pode criar uma distino dos concorrentes e

    criar para si uma fidelidade do cliente e seu crescimento. Desta forma, a concepo

    da marca tende a colocar um produto ou servio acima dos outros do seu segmento.

    Desta forma pode-se dizer que a marca um elemento utilizado desde os

    primeiros tempos. Seus princpios foram modificados no tempo at se chegar as

    ideias que se tem atualmente. No geral ento se coloca a marca com um papel de

    extrema importncia para um bem ou servio, traduzindo as possveis relaes entre

    quem produz e quem consome. A ideia da marca visa garantir um posicionamento

    competitivo para aquilo que ela representa, dependendo do ramo em que se atua.

    2.2) Definio de Marca

    Dentro das literaturas existentes, os seguintes autores convergem para uma

    mesma ideia sobre a conceituao de marca: Perez, Cobra, Churchill, Randazzo. A

    seguir sero descritos os pensamentos de cada autor abordado. Perez (2004)

    coloca que a marca constitui uma conexo entre a organizao por ela caracterizada

    bem como a relao entre a oferta e a necessidade de consumo, ou seja, trata-se de

    uma associao da instituio que ela representa com os possveis benefcios na

    troca entre consumidor e vendedor, dependendo da exigncia da demanda.

    J Cobra (1992) ressalta a marca como um fator preponderante na forma

    como o produto ou servio se adapta aos desejos e necessidades dos possveis

  • consumidores, isto , o valor que a marca traz para o bem ou serventia vai de

    encontro ao que deseja os potenciais clientes.

    Por sua vez Churchill (2007) aborda que a marca visa uma distino dos

    pensamentos na hora dos produtos serem comprados pelos seus potenciais

    consumidores, ou seja, seu papel varia dentro da forma como um consumidor

    enxerga para si aquele bem, dentro da identificao com as suas necessidades

    diretas.

    Randazzo (1996) coloca a marca dentro de elementos bsicos de

    diferenciao. Sua conceituao pautada nos componentes do produto e na sua

    parte de percepo, ou seja, se relaciona com os aspectos positivos atribudos como

    tambm na imagem obtida pelo usurio do mesmo.

    Sendo assim, o que se pode estabelecer a partir dos conceitos abordados

    que o papel da marca relacionar o bem ou servio com o consumidor final. A ideia

    de marca deve se adequar aquilo que ela promove como tambm as expectativas

    dos potenciais clientes. No se trata apenas de uma relao do produto ou servio

    em si, mas sim dos provveis benefcios a serem assimilados pelo pblico, visando

    os anseios e expectativas dos mesmos. Na hora de se escolher um produto baseado

    na marca deve-se enxergar o relacionamento desta com indivduo bem como o

    alinhamento com suas reais necessidades.

    A marca no traz benefcios somente para quem compra. Churchill (2007)

    analisa que as marcas trazem benefcios tanto para os compradores como para os

    vendedores, onde a imagem por elas criada ajuda nas decises de compra bem

    como servem de apoio em pesquisas de mercado, as quais avaliam potenciais

    consumidores. A ideia da marca ento abranger globalmente aqueles que por ela

    se relacionam, sejam eles consumidores ou produtores, trazendo benefcios para

    ambos.

    Alm de trazer benefcios tanto para o comprador como para vendedores, a

    marca deve ser analisada tambm dentro do contexto da caracterizao do bem.

    Seu papel vai alm da definio de um produto. Randazzo (1996) aborda que a

    marca constitui, simultaneamente, em uma entidade de carter fsico assim como

    parte dos aspectos intuitivos do produto, ou seja, a identidade da marca pautada

    tanto em aspectos interpretativos como na parte concreta de um determinado bem.

    Dentro destes princpios, Perez (2004) analisa que a parte fsica do produto

    trata da forma como o mesmo se encontra nas prateleiras de um supermercado,

    com as suas especificaes de embalagem e rtulo. J a parte de percepo

    criada psicologicamente, baseada na maneira como o consumidor avalia o bem para

    si, dentro das suas necessidades de consumo.

  • Desta forma, a ideia de marca trata no apenas da sua associao com o

    produto ou servio colocado, mas sim da relao que cria na mente do comprador,

    ou seja, sua associao feita tanto com base nos valores concretos (fsicos) como

    nos abstratos (de pensamento) do consumidor.

    Na hora de se analisar a marca, um fator importante diz respeito forma

    como so protegidas. Schultz e Barnes (2001) colocam que existe uma srie de leis

    de aplicao estadual e federal como tambm convenes internacionais protetoras

    dos direitos de propriedade da marca em nvel global. Estas so relacionadas com a

    proteo e manuteno de nomes comerciais, marcas registradas, cores, cones,

    entre outros fatores, proporcionando um ambiente de formalidade para a marca.

    Dentro desta abordagem, existe um conceito relacionado com a marca que

    diz respeito marca registrada. Perez (2004) afirma que se trata de uma marca

    caracterizada por proteo, na qual seu uso exclusivo garantido pelo criador da

    marca, colocado como o proprietrio do tal registro. Esta abordagem visa

    proporcionar um apoio para o titular da marca por meios legais (dentro das leis).

    Complementando o raciocnio, Churchill (2007) ressalta que quando se

    protege sua marca com status de marca registrada, a organizao acaba

    estabelecendo que o produto no possa ser copiado pelos demais, uma vez que a

    marca s se associa a um nico produto ou servio.

    Sendo assim, uma vez criada a marca, no existe a possibilidade de outro

    tambm utiliz-la para seu benefcio. O papel criado pelas leis de proteo s

    refora o carter de exclusividade que a marca cria para o produto ou servio,

    servindo como smbolo de identificao nica para os mesmos.

    2.3) Definio de logotipo e logomarca

    As pessoas tendem a confundir conceitos quando se trata de associar um

    determinado produto ou servio a um smbolo que o identifique. Sendo assim,

    necessrio estabelecer algumas definies dentro desta lgica, proporcionando um

    esclarecimento dos temas colocados.

    Inicialmente tm-se o conceito de logotipo. Perez (2004) aborda o logotipo

    como a parte essencial de comunicao de um produto ou servio. Seu propsito

    deve ser pautado tanto na sua relevncia cultural como na ligao com o papel que

    representa e impacto que causa na sociedade, incorporando outros atributos de

    identificao do produto.

    J Murphy e Rowe (1991) analisam a ideia de logotipo dentro das imagens

    que a marca estabelece para determinado produto ou servio, ou seja, sua avaliao

    feita por meio dos aspectos que vo alm da dimenso do bem, sobretudo os de

    carter bidimensional, isto , ultrapassam seu significado verbal.

  • Desta forma, o propsito do logotipo caracterizar a percepo do produto ou

    servio alm dos aspectos puramente verbais. Este elemento constitui ento uma

    representao grfica, visando aumentar a eficincia da personalidade da marca

    para as empresas. O uso de nmeros, letras, palavras, cor, entre outros, tendem a

    reforar o papel da marca.

    Outro conceito importante que se deve possuir na distino com a marca trata

    da logomarca. Heilbrunn (2002) coloca a logomarca como uma marca de

    representatividade que no tm valor, de forma que uma figura que retrata de

    forma redundante a identidade de uma organizao ou marca, visando assegurar

    seu reconhecimento por parte dos seus diferentes pblicos.

    Por sua vez Escorel (1999) analisa logomarca como um termo genrico para

    expressar um logotipo, marca ou smbolo. Seu significado vem da origem da

    formao das palavras que a constitui dentro da ideia de palavra-marca,

    estabelecendo uma repetio da concepo sobre o valor do produto.

    Sendo assim, pode-se colocar a logomarca como um elemento adotado de

    forma desnecessria uma vez que identifica os bens de forma repetitiva, isto , seu

    papel como elemento global de destaque do produto j se visualiza nas abordagens

    de logotipo e marca.

    Por fim, partindo das ideias correlatas analisadas neste tpico, pode se

    estabelecer um paralelo entre os conceitos de marca, logotipo e logomarca. Ambos

    so smbolos que se associam como elementos identificadores de um produto ou

    servio, porm as diferenciaes dos mesmos devem ser esclarecidas.

    A marca um dos elementos que constituem o logotipo. Ao se falar em

    logotipo deve ser observado desde as formas verbais (de letra), passando pelos

    aspectos de cor, formato, design, nmero (todos estes associativos ao bem

    relacionado). O conceito de logotipo vai alm da marca, uma vez que esta um dos

    elementos daquela. Quando se analisa um determinado produto no mercado, sua

    ideia geral passada pela marca, porm toda concepo do mesmo feita por meio

    de um artifcio grfico que logotipo.

    J a logomarca tende a cair em desuso. No sculo XXI ela colocada longe

    dos estudos dentro da rea. Sua ideia baseada principalmente nos conceitos

    etimolgicos da palavra, a qual aborda seu sentido direto como sinnimo de logotipo,

    tornando repetitivo o papel deste smbolo.

    2.4) O papel do branding para a marca

    Um dos aspectos relacionados com a gesto da marca diz respeito ao

    branding, tido como uma forma de reconhecimento e valorizao da marca. Dentro

    desta ideia, Bender (2009) prope que as pessoas sejam lderes no gerenciamento

  • da marca, assumindo o controle das finanas da organizao, gerindo seus

    negcios baseado nas preferncias dos consumidores, sendo os mesmos

    recompensados pelo investimento feito por meio da marca.

    Complementando o raciocnio, Martins (2000) define que o branding constitui

    em todos os elementos, tangveis ou no, constituintes de uma marca o qual

    responsvel pelo crescimento sustentvel dos lucros de uma organizao. Diz

    respeito aos valores a atributos de uma marca os quais devem se transformar em

    negcios rentveis para os proprietrios da marca.

    Sabendo disso, pode se inferir que o papel do branding para a marca tende a

    proporcionar uma viso mais holstica do produto, ou seja, o reconhecimento do bem

    na sociedade visto de uma maneira mais abrangente. No se pode criar uma

    identidade para uma pea to somente por meio da marca, mas deve se ter uma

    preocupao maior sobre qual posicionamento esta ter no mercado, gerando para

    si um reconhecimento nos negcios em que atua. Este posicionamento feito pela

    forma como ocorre gerenciamento da marca.

    No contexto em que se vive, o papel do branding traduzido na familiaridade

    com a imagem dos produtos. Segundo Keller (2005, apud MARTINS, 2000, p.200)

    Representa uma condio em que o consumidor familiar a marca, sobre a qual

    guarda associaes favorveis, nicas e muito fortes, isto , o grau de associao

    da marca com o cliente tende a influenciar no comportamento dos consumidores em

    potencial.

    Fazendo um paralelo com a marca, tm-se o branding como uma mecanismo

    de gesto da marca. Randazzo (1996) coloca a marca como uma decorrncia direta

    das experincias obtidas pelo consumidor com determinado produto, ou seja, sua

    relao pautada nas relaes com o produto genrico.

    Complementando o raciocnio, Perez (2004) atribui marca um status de

    diferenciao no mercado, de forma que o consumidor colocado dentro do seu

    posicionamento social, ou seja, certa marca declara a personalidade, os gostos e

    possveis valores de cada comprador de acordo com o produto consumido. Sendo

    assim, cabe ao branding gerenciar estas relaes. Bender (2009) coloca que as

    pessoas devem estabelecer estratgias para sua marca pessoal, de forma a

    enxergar aquilo tido inicialmente como problemtico dentro de uma oportunidade

    para si.

    Sendo assim, a ideia de aproximao dos produtos com os consumidores

    fortalecida pela funo do branding, com vistas a criar uma relao mais sistemtica

    e organizada. O papel do branding visa construo de uma marca forte no

    mercado, tanto para os bens produzidos como tambm para os servios que por ela

    se associam.

  • 2.5) Marketing de servios

    Na hora de se estudar o mix do marketing, a promoo de um determinado

    bem ou servio deve ser observada. A caracterizao do marketing de servios visa

    estabelecer aquilo que est sendo proporcionado para o possvel consumidor, isto ,

    que aes so realizadas como mecanismo de venda.

    Para compreenso da ideia do marketing de servios, deve-se inicialmente

    definir o que um servio. Bateson e Hoffman (2003) colocam o servio associado

    ao produto, onde ambos caracterizam benefcios para os consumidores. Estes

    benefcios, quando adquiridos em conjunto com o bem, estabelecem um aspecto de

    diferenciao. Uma vez atrelado ao produto em consumo, acaba desaparecendo

    com no funcionalidade do mesmo.

    J Kotler (1998) conceitua servio como um aspecto intangvel, a qual pode

    estar ou no em consonncia ou no com um determinado produto fsico. Sua

    utilizao como parte da caracterizao da oferta de uma organizao tende a afetar

    sua posio no mercado.

    Desta forma tem-se que o papel de um servio quando associado com

    determinado produto estabelecer possveis vantagens competitivas dentro do

    mercado em que se atua, dependendo das caractersticas do mesmo. Sua utilizao

    junto aos aspectos de venda do bem tende a servir como auxlio para o potencial

    cliente, ou seja, na hora de se adquirir algo no se observa to somente o produto

    fsico em sim como tambm o suporte que vai ser dado durante todo o processo de

    compra, passando-se tambm ao ps-venda.

    Quando se fala em servio devem-se definir as caractersticas do mesmo. Um

    servio baseado nos aspectos de intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e

    perecibilidade. Kotler (1998) coloca a intangibilidade como aquelas percepes

    abstratas, que no podem ser sentidas. J Cobra (2001) aborda a intangibilidade

    como algo que ultrapassa o tangvel, ou seja, que vai alm das percepes

    concretas do indivduo. Sendo assim, pode-se colocar que esta caracterstica

    analisa algo a ser mensurvel dentro de ideias e conceitos atribudos pelo prprio

    consumido, baseado nos resultados de um processo.

    A segunda caracterstica trata da questo da inseparabilidade. Kotler (1998)

    define que os servios so produzidos e consumidos de forma simultnea, ou seja,

    sua anlise se pauta na interao entre o fornecedor e o cliente. J Cobra (2001)

    coloca a questo da inseparabilidade como algo relacionado atuao das pessoas

    nos servios prestados, isto , aqui se trata das questes de desempenho dos

  • stakeholders. Desta forma, quando se fala na inseparabilidade podem-se colocar as

    relaes existentes tanto da parte de quem fornece o servio como dos futuros

    compradores dele.

    J a terceiro ponto fala da variabilidade. Kotler (1998) coloca que os servios

    sofrem certo grau de diferenciao, dependendo dos seus executores e para quem

    se dirigem, isto , o grau de variao vai ser feito com base nas necessidades das

    pessoas diretamente envolvidas. Por sua vez, Cobra (2001) fala da abordagem do

    servio em relao cooperao dos clientes na hora em que os mesmos o

    consomem, isto , a produo dos servios deve ser feita em conjunto com os

    compradores. Partindo disso, a ideia de variabilidade tende a ir de encontro aos

    anseios e desejos de cada um, de acordo com o grau de importncia atribudo.

    Por fim existe o aspecto da perecibilidade. Kotler (1998) aborda que os

    servios no podem ser guardados em estoque, isto , os mesmo no podem ser

    contabilizados para armazenamento. J Cobra (2001) trata desta caracterstica

    dentro do tempo em que cada um tem para serem consumidos, onde no existe uma

    armazenagem posterior. Desta forma, ao se falar em perecibilidade, pode-se dizer

    que a mesma se relaciona com os aspectos de quantificao do servio, de forma

    que no posso mensura-lo precisamente baseado em questes de estocagem.

    O marketing de servios tende ento a estabelecer as estratgias de

    determinado servio, visando sua promoo. Suas caractersticas devem ser

    observadas, de forma a no serem confundidas com os aspectos relacionado to

    somente ao produto fsico. Alm disso, sua associao a um determinado bem, de

    forma conjunta, tende a reforar sua importncia.

    2.6) Marketing turstico

    Um aspecto que deve ser colocado em anlise quando se fala do papel do

    turismo para uma regio diz respeito forma como se dar a promoo deste local

    para o pblico em geral. Para isso existe a abordagem dentro da ideia de marketing

    turstico.

    Ruschmann (2002) coloca o marketing turstico dentro de um contexto de

    gesto das empresas, das organizaes governamentais e das instituies

    cooperativas, as quais so responsveis pelo fornecimento de vrios servios

    tursticos, sendo suas aes direcionadas aos potenciais consumidores deste

    mercado.

    Dentro das mesmas ideias, Trigueiro (1999) ressalta o papel do marketing

    turstico dentro das relaes de oferta e procura, ou seja, sua importncia diz

    respeito forma como se estabelecer a articulao entre aquele que est

    oferecendo o servio e o respectivo consumidor.

  • Sendo assim, pode-se dizer que o marketing turstico funciona como o

    norteador das polticas de turismo de uma nao, onde seus preceitos regularo as

    relaes entre fornecedor e cliente, No se trata apenas de uma forma de promover

    determinada regio como tambm atua na manuteno dos relacionamentos

    estabelecidos, podendo eles ser de nvel mais restrito (do local, regio) at chegar a

    um carter mais global (internacional).

    Ainda dentro da ideia de marketing turstico, tais autores definem produto

    turstico. Ruschmann (2002) afirma que este tipo de produto caracterizado por

    meio de aspectos intangveis e sentido pelo consumidor como uma experincia de

    vida, onde seus elementos so vistos como componentes da totalidade do produto.

    Este analisado dentro das questes da acessibilidade e facilidades oferecidas para

    o observador como tambm com seus meios de acesso.

    J Trigueiro (1999) coloca o produto turstico como sendo caracterizado pelos

    diferentes bens e servios proporcionados ao turista, no qual os fornecedores se

    responsabilizam pela sua produo, onde suas caractersticas geralmente so

    distintas se formos comparar com outros tipos de produto.

    Desta forma, quando se falar em aspectos tursticos, diz-se que o produto

    turstico tende a ser criado dentro dos preceitos daquele futuro cliente do servio ou

    bem de turismo ofertado. Sua padronizao difcil de ser alcanada, de forma que

    cada um possui necessidades distintas de consumo.

    Por fim, deve-se atentar para a funo do marketing turstico para a

    sociedade no qual se encontra inserida. Trigueiro (2001) ressalta o marketing

    turstico como um mecanismo de identificao do que os futuros turistas necessitam,

    desenvolvendo para os mesmos servios tursticos que atendam suas necessidades

    e anseios.

    Sabendo disso, coloca-se o marketing turstico como um meio de identificar

    os diferentes nveis de mercado, de maneira a influenciar o desenvolvimento de

    produtos ligados ao turismo assim como fornecer aos turistas respectivas

    informaes sobre aquilo que est sendo oferecido para ele.

    3) Metodologia

    Os procedimentos metodolgicos de pesquisa se dividem quanto aos

    objetivos, aos procedimentos tcnicos e com relao ao mtodo de abordagem.

    Inicialmente, quanto aos objetivos, a pesquisa foi do tipo exploratrio. Segundo Gil

    (2002, p.41) Estas pesquisas tm como objetivo proporcionar maior familiaridade

    com o problema, com vistas a torn-lo mais explcito, ou seja, por meio deste tipo

  • de pesquisa se busca uma aproximao com o assunto abordado, de forma a

    coloc-lo em maior evidncia.

    Por sua vez, quando se trata dos procedimentos tcnicos, a pesquisa se

    utilizou de abordagens bibliogrficas bem como do levantamento realizado por meio

    de uma entrevista. Conforme Rampazzo (2002, p.55) A pesquisa bibliogrfica

    procura explicar um problema a partir de referncias tericas publicadas, ou seja, a

    construo foi feita pautada em pesquisas anteriormente realizadas. Sabendo disso,

    a construo do trabalho foi baseada em conceitos dentro do assunto abordado

    (encontrados em livros) como tambm em artigos j publicados do tema, alm das

    informaes fornecidas no site do rgo pblico responsvel.

    J o Levantamento, conforme Gil (2002, p.50) Caracteriza-se pela

    interrogao direta das pessoas cujo comportamento deseja se conhecer, isto , a

    investigao se estabelece com uma pessoa familiarizada com o assunto. Foi

    realizada uma entrevista com uma gestora da assessoria de presidncia da

    Embratur, onde a mesma respondeu quatro questionamentos acerca do tema,

    expondo sua argumentao e experincia dentro do tema analisado.

    Esta entrevista foi do tipo semi-estruturada.Conforme Gil (2002, p.117) Ela

    guiada pela de pontos de interesse que o entrevistador vai explorando ao longo do

    curso, isto , a estruturao da entrevista se estabelece dentro do posicionamento

    geral sobre o assunto, intercalando as ideias de cada pergunta entre si. Para

    utilizao deste levantamento foi utilizado um gravador, no qual as argumentaes

    foram registradas, com posterior transcrio (ver apndice 1 do trabalho).

    Por fim, quanto ao mtodo de abordagem, a pesquisa teve um carter

    qualitativo. Segundo Neves (1996, p.1) Compreende um conjunto de diferentes

    tcnicas interpretativas que visam descrever e codificar os componentes de um

    sistema complexo de significados, ou seja, a pesquisa se caracterizou por meio da

    anlise das diferentes abordagens realizadas, dentro da parte conceitual, sendo os

    dados matemticos e estatsticos desprezados.

    4) Estudo de Caso: O Plano Aquarela no contexto do marketing

    turstico internacional

    O presente estudo de caso foi produzido baseado em dados documentais

    referentes ao assunto. Partindo de arquivos e informaes disponibilizadas em sites

    do Ministrio do Turismo assim em um artigo publicado que menciona o tema bem

    como de uma entrevista, se construir toda a contextualizao do estudo de caso,

  • de forma a reforar a importncia do plano como instrumento de valorizao dentro

    da abordagem do marketing turstico internacional no Brasil.

    Na hora de se estabelecer um mecanismo de valorizao do turismo em um

    determinado pas torna-se necessrio a formulao de um plano de longo prazo que

    sirva de modelo para a sua atuao. Este aspecto visa aumentar o nmero de

    turistas no pas. Sabendo-se disso, tem-se que os objetivos de crescimento turstico

    para um pas realizada sobre dois enfoques: o de Plano de desenvolvimento

    turstico e o de Plano de marketing turstico.

    O primeiro se pauta nos recursos existentes no pas. Estes constituem no

    conjunto de elementos culturais e naturais da nao, estabelecidos ao longo da

    histria de forma a proporcionar uma atratividade para a regio. Visa criao e

    definio de produtos a partir destes recursos.

    J o segundo trata do processo de planejamento do marketing turstico, onde

    se parte da concepo do produto criado para a forma como o mesmo se converte

    em oferta, ou seja, a promoo do bem turstico realizada atravs dos mecanismos

    de venda e de comunicao existentes na rea turstica.

    O pblico ento, atrado no somente pelos recursos de uma nao bem

    como pela forma como se efetua a promoo, tende a consumir os produtos ou

    servios tursticos baseado nas relaes de oferta estabelecidas, dentro das ideias

    de consumo turstico.

    Dentro da poltica do marketing turstico implantada no Brasil, devem-se

    conhecer os produtos tursticos oferecidos pela regio. O pas considerado uma

    regio de continente, devida a sua rea geogrfica extensa, bem como sua

    diversidade ambiental e tnico-cultural. Com clima distinto e vrias paisagens, o pas

    apresenta muitas possibilidade de turismo, onde seus visitantes podem combinar as

    atividades oferecidas com seus respectivos interesses.

    As ofertas e variedades de opes tursticas do Brasil podem ser estruturadas

    em cinco grandes segmentos e diversos nichos de mercado e de produtos: Sol &

    Praia, Ecoturismo, Cultura, Esporte e Negcios e Eventos. A diversidade do pas,

    dentro da concepo destes segmentos, tende a criar mecanismos de diferenciao

    para a regio. As polticas baseadas nos pontos peninsulares e costeiros do Brasil,

    na utilizao de forma sustentvel do patrimnio histrico e cultural do pas, nos

    costumes e tradies de uma regio, em eventos esportivos de grande destaque e

    por meio de congressos, feiras e afins, visam reforar a imagem da nao.

    Para reforar essa posio, em 2005 o Ministrio do Turismo, a Embratur e a

    Associao de Designers Brasileiros (ADG) lanaram a Marca Brasil, como um dos

    pontos estratgicos do Plano Aquarela, o qual se faz referncia neste estudo de

    caso. A inteno ao cria-la foi representar de forma esttica e grfica a imagem do

  • turismo brasileiro e seus respectivos atributos para os futuros visitantes

    internacionais do pas.

    A Marca Brasil constitui-se numa marca de difuso e promoo do Brasil

    como destino turstico no mercado nacional e internacional a qual utilizada em

    aes de promoo no Brasil e exterior. Desta forma, a ideia de caracterizao da

    Marca Brasil tende a proporcionar uma valorizao do turismo no Brasil ao associar

    a concepo do smbolo com a identidade criada para o pas.

    Dentro desta poltica de execuo do marketing turstico internacional, a

    Embratur apresenta um grande papel de destaque. Ela atua na execuo da Poltica

    Nacional de Turismo quanto promoo, ao marketing e apoio a comercializao

    dos destinos, servios e produtos tursticos brasileiros, com vistas a gerar

    desenvolvimento econmico e social para o Brasil, por meio da ampliao do fluxo

    turstico internacional nos destinos nacionais.

    Esta autarquia quem regula a utilizao da Marca Brasil como mecanismo de

    promoo turstica e comercial do pas. A cesso do uso da logomarca no exterior

    de inteira responsabilidade do Ministrio do Turismo, por meio da Embratur, que

    autoriza sua vinculao a produtos e projetos fortalecedores da imagem do pas l

    fora e que fornece as informaes quanto diversidade cultural e as riquezas

    naturais do pas.

    Os programas de ao do marketing turstico internacional no pas, com

    atuao da Embratur, so realizadas por meio do Plano Aquarela. O plano constitui

    um instrumento tcnico adequado com vistas a impulsionar o turismo da nao. Para

    sua formalizao foi utilizada uma metodologia capaz de traduzir o papel

    estabelecido pelo Ministrio do Turismo, sobretudo pela Embratur, tendo como

    compromisso e colaborao tanto os agentes pblicos como a parte privada do setor.

    Na hora de se programar o Plano Aquarela, o mesmo deve ser estruturado

    em trs fases distintas: a parte de diagnstico, a formulao da estratgia de

    marketing a ser utilizada e o plano operacional. O processo de construo do plano

    vai ento desde o momento de avaliao do ambiente de estudo at a sua fase de

    concretizao.

    O primeiro momento do Plano Aquarela trata da fase do diagnstico. Nesta

    parte foram estabelecidas as informaes iniciais, onde pode se enxergar uma

    espcie de radiografia do turismo de forma a servir como suporte para um

    planejamento das estratgias de marketing de maneira mais eficiente possvel. Aqui

    se tm a sistematizao e anlise dos dados pr-existentes bem como da produo

    de novos dados, com o intuito de produzir um instrumento com informaes

    consistentes e que serviro de base para as fases posteriores.

  • J a segunda fase do plano trata da formulao das estratgias do marketing,

    sendo estas decorrentes de tudo que foi colocado no diagnstico da situao inicial.

    A partir desta parte que foram definidas as medidas a serem adotadas futuramente

    para o turismo do pas, ou seja, a partir do que se tem de incio se traa os objetivos

    e as aes para execuo das polticas colocadas como propsito dentro do

    contexto do marketing turstico do pas.

    A ltima parte trata do plano operacional. Aqui so tratadas as medidas de

    concretizao do plano em si, onde se estabelece as aes necessrias para se por

    em prtica as linhas estratgicas propostas na etapa anterior, isto , de que maneira

    o plano ser executado dentro da orientao destas estratgias propostas

    anteriormente.

    Sendo assim, estabelecida a construo do Plano Aquarela por meio destas

    trs fases colocadas. A ideia buscada por esse plano visa traar um panorama geral

    do contexto histrico do marketing turstico do pas, principalmente para os pases

    estrangeiros, indo desde os aspectos de anlise da estrutura inicial, passando pela

    elaborao das estratgias de marketing para o turismo e se concretizando na

    operacionalidade do plano, dentro das caractersticas traadas pelo mesmo.

    Dentro da abordagem de aplicao prtica do Plano Aquarela, analisado por

    meio da entrevista, sua importncia observada nos seus resultados diretos e

    metas traadas, sendo estes baseados no perodo de anlise do mesmo. Conforme

    abordado pela gestora, o aumento do nmero de turistas bem como a gerao de

    divisas so pontos que reforam o papel estabelecido dentro desta estratgia de

    marketing no contexto do comrcio turstico internacional.

    5) Apresentao e discusso dos resultados

    5.1) A empresa

    A pesquisa foi realizada na Embratur - autarquia federal vinculada ao

    Ministrio do Turismo a qual responsvel pela execuo da Poltica Nacional do

    Turismo brasileiro no que tange aspectos relacionados promoo, marketing e ao

    suporte relacionado com a comercializao dos destinos, produtos e servios que

    dizem respeito ao turismo brasileiro no mercado internacional.

    Criada em 18 de novembro de 1966 como Empresa Brasileira do turismo,

    tinha como objetivo sustentar as atividades tursticas de forma a viabilizar as

    condies de emprego existentes bem como daquelas relacionada com a renda e o

    desenvolvimento em todo o pas.

  • Desde janeiro de 2003, como instituio do Ministrio do Turismo, a atuao

    deste rgo direcionada exclusivamente para a promoo internacional do pas

    uma vez que busca a gerao de desenvolvimento econmico e social do pas por

    meio fluxo de visitantes internacionais dentro do pas.

    5.2) Anlise

    Esta anlise ser feita confrontando as ideias do embasamento terico com o

    que foi observado na construo do estudo de caso. Os relatos documentais bem

    como a entrevista realizada (ver apndice 1) serviro de suporte para comparar

    aquilo que a teoria fala com o que ocorre de concreto dentro da organizao.

    Na primeira pergunta da entrevista realizada foi questionado para a gestora

    uma definio geral sobre o Plano Aquarela e a sua real importncia no contexto do

    marketing turstico internacional do pas. Por meio das suas argumentaes se

    aborda a necessidade de criao de um mecanismo de marketing at ento

    inexistente no pas capaz de competir no mercado turstico internacional como

    tambm responsvel por aumentar a grade de produtos e servios que valorizassem

    o posicionamento do pas.

    Esta necessidade de criao de uma poltica voltada para o marketing

    turstico internacional colocada na construo do estudo de caso quando se define

    os enfoques, em conjunto, do plano de desenvolvimento turstico e do marketing

    turstico, baseados nos recursos existentes e da forma com que os mesmos so

    ofertados para os possveis consumidores de turismo do pas.

    Alm disso, a caracterizao desta poltica, na argumentao da assessora,

    caracteriza este plano como um marco temporal que visa promover o turismo

    internacional do pas por meio uma estratgia especfica para o exterior, ajudando a

    construir um fortalecimento da imagem positiva criada do pas.

    Desta forma se compreende a importncia da realizao de uma poltica com

    vistas a promover o pas dentro de um cenrio internacional, sendo esta traduzida

    no marketing turstico do pas.

    A segunda questo da entrevista tratou de abordar a relao da Marca Brasil

    dentro da poltica do marketing turstico internacional. No embasamento terico, que

    trata das definies de marca, pode-se inferir das percepes dos autores

    abordados que a ideia deste termo visa relacionar determinado bem ou servio com

    o seu consumidor final onde o mesmo visa atender as suas expectativas e

    necessidade, ou seja, voltada ao vnculo criado por este smbolo com as

    necessidades diretas de cada indivduo.

    Em confronto com a teoria, a pessoa entrevistada ratifica esta questo ao

    abordar a Marca Brasil como um elemento de criao de uma imagem desejada do

  • pas, sobretudo pelos estrangeiros. Alm disso, fala ainda que o papel deste smbolo

    criado visa traduzir a imagem que o estrangeiro possui da nossa nao. A colocao

    do termo Sensacional logo abaixo da logomarca da Marca Brasil tende a associar a

    viso que os demais possuem do nosso pas, de forma a reforar a posio do Brasil

    no mercado turstico internacional.

    Alm disso podemos associar a importncia de criao de smbolos de

    identificao de um determinado produto ou servio com o que foi abordado no item

    de marketing turstico quanto a definio de produto turstico. Pode-se colocar que

    os autores abordados estabelecem que a finalidade do produto turstico seja se

    identificar com seus potenciais consumidores, dentro dos seus reais interesses.

    Sendo assim, a Marca Brasil trata de um ponto estratgico do Plano Aquarela

    que visa representar uma identificao do turismo brasileiro e seus atributos para os

    potencias visitantes internacionais do pas, associando-se aos desejos dos que por

    aqui chegam.

    A terceira e quarta questes da entrevista tratam dos resultados j

    conseguidos com realizao do plano e quais perspectivas futuras. No estudo de

    caso foi analisado que o Plano Aquarela apresenta trs fases na sua criao:

    diagnstico, formulao das estratgias de marketing e plano operacional.

    A estruturao em etapas do plano vem de encontro com o que foi

    comentando na entrevista pela gestora. Ela analisa que as metas e propostas do

    plano, estruturadas em perodos, j se encontram na parte operacional. A execuo

    deste planejamento est trazendo resultados satisfatrios para o pas, sobretudo no

    aumento do nmero de turistas visitantes do pas assim como na gerao de divisas

    para a economia do pas.

    Desta forma observa-se que a orientao deste plano vem atendendo aos

    seus pressupostos. O contexto de caracterizao do mesmo se refora nas aes j

    conseguidas com a sua realizao, desde o momento de anlise at a formalizao

    de suas estratgias traadas.

    6) Concluso

    Com a realizao deste estudos verifica-se que os argumentos encontrados

    na realizao da entrevista apresentam compatibilidade direta com a abordagem

    terica utilizada na construo do artigo, de forma que a viabilizar a importncia do

    assunto em questo.

    O objetivo geral do trabalho foi atingido de forma que se investigou a

    importncia do Plano Aquarela na valorizao da Marca Brasil no contexto do

    marketing turstico internacional. Esta caracterizao foi observada tanto na teorias

  • parciais abordadas bem como no posicionamento da gestora, sobretudo na sua

    participao direta no contexto do plano, isto , houve uma confrontao direta entre

    a documentao existente e a formalizao desta poltica na Embratur, atendendo

    aos propsitos do trabalho.

    Alm disso, os objetivos especficos que serviram de suporte para o principal

    tambm foram contemplados. A importncia da caracterizao da Marca Brasil como

    um mecanismo de promoo do pas no exterior, o papel exercido pela Embratur no

    contexto da Marca Brasil e a caracterizao do plano dentro da sua criao e

    estruturao em fases reforaram o seu papel.

    O trabalho sofreu algumas limitaes na sua construo. O tempo para

    realizao da pesquisa assim como a utilizao de apenas uma nica entrevista

    como base para a pesquisa foram aspectos que comprometeram um

    aprofundamento maior dos estudos, Sendo assim propem-se futuros estudos que

    discutam a necessidade de se utilizar novas polticas de valorizao do Brasil para

    os demais pases do globo. Estas so reforadas pelas respectivas estratgias de

    marketing utilizadas para a regio.

    7) Referncias

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    RAMPAZZO, Lino. Metodologia Cientfica: para alunos dos cursos de

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    RUSCHMANN, Doris. Turismo no Brasil: anlise e tendncias. So Paulo: Manole,

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    TRIGUEIRO, Carlos Meira. Marketing e turismo: como planejar e administrar o

    marketing para uma localidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999.

    Apndice 1 Entrevista

    1)Como a senhora define o Plano Aquarela? Qual a real importncia do mesmo

    no contexto do marketing turstico internacional do pas? O incio da elaborao

    do Plano Aquarela foi em 2004 (com criao no ano seguinte), depois da primeira

    gesto do governo Lula, na qual foi instituda o Ministrio do Turismo. Com a criao

    deste Ministrio, a EMBRATUR passou a cuidar exclusivamente da promoo

    internacional turstica do pas. Percebeu-se a necessidade de criao de um

    mecanismo de marketing para competir no mercado turstico como tambm de uma

    anlise das maneiras de promover o produto turstico do pas no contexto

    internacional. A partir de pesquisas e estudos correlatos, foi traado um panorama

    do Brasil bem como respectivas estratgias de promoo global dentro desta poltica

    do marketing turstico internacional. Baseado nos estudos de comparao com

    outros pases dentro do perfil de consumo, sobretudo os de proximidade com o pas

    como Argentina, Costa Rica, Caribe) esta promoo passou a ser realizada dentro

    de cinco segmentos: Sol &Praia, Ecoturismo, Cultura, Esporte (todos do ramo do

  • lazer) e a parte de Feiras e Negcios. Dentro desta concepo, foram criados uma

    grade de produtos como forma de servir de suporte para esta promoo,

    dependendo da necessidade e perfil de cada pas. Pode-se dizer que o Plano

    Aquarela foi um marco temporal para a promoo do turismo internacional do Brasil,

    onde no existia uma estratgia especfica para o exterior. O mesmo trabalho dentro

    de um planejamento estratgico claro, ajudando a construir uma imagem positiva e

    mais clara do pas.

    2) De que forma a Marca Brasil influencia na poltica do marketing turstico

    internacional? Qual a relao entre a Marca Brasil e o Plano Aquarela em si? A

    Marca Brasil visa criar uma imagem que o nosso pas deseja. A maioria dos pases

    at ento no tinham uma viso muito clara do que era o pas de fato. Antigamente

    o nvel de conhecimento do Brasil era muito limitado uma vez que o pas era visto

    pelos estrangeiros basicamente por cinco pontos: Carnaval, Rio de Janeiro,

    Amaznia, Foz do Iguau e as praias (estas ltimas concentravam grande parte do

    fluxo turstico dentro do pas). A concepo do Plano Aquarela era ultrapassar esta

    limitao da visita ao pas. A Marca Brasil veio como reforo da ideia geral deste

    plano uma vez que tende a se estabelecer como um mecanismo de elaborao e

    construo da nao para os estrangeiros. Com a diversificao da gama de

    produtos oferecidos, houve uma tendncia de crescimento da demanda por servios

    tursticos do Brasil, de carter internacional. Partindo deste pressuposto, a Marca

    Brasil, juntamente com as polticas do plano, visa criar um reforo da identidade do

    pas sobre um aspecto (o da parte turstica), sem deixar de lado as demais

    conjunturas existentes (econmicas, polticas, entre outras). A Marca Brasil uma

    marca grfica concebida dentro das pesquisas realizadas tanto internamente quanto

    fora, com vistas a traduzir a imagem que o estrangeiro fora do pas tem da nossa

    nao. Cada cor da logomarca criada tem um significado para o pblico que a

    enxerga como elemento de visualizao do pas, seja o verde das florestas ou at

    mesmo o amarelo das riquezas, entre outras. O acompanhamento da palavra

    Sensacional, juntamente ao smbolo de caracterizao da Marca Brasil, tende a

    reforar de que maneira o turista de fora v o pas, dentro das percepes de cada

    um. Alm disso, outras marcas de produtos j adotaram a logomarca em campanhas

    publicitrias (caso da AmBev, por exemplo). A marca importante no aspecto de

    identificao, sendo seu posicionamento reconhecido dentro dos ltimos anos desde

    a sua criao.

    3) Quais os resultados diretos j conseguidos com a adoo do plano? O Plano

    Aquarela j vem obtendo resultado significativos, sobretudo em nvel de negcios.

  • Ano passado o Brasil passou a ocupar o 7 lugar no ranking mundial em realizao

    de eventos e negcios, segundo relatrio do ICCA de (Associao Internacional de

    Congressos e Convenes). Outro ponto diz respeito ao crescimento de turistas no

    pas o qual traduz um impacto direto dentro da proposta do plano. Este crescimento

    visualizado pode ser facilmente visualizado no aumento do nmero de assentos para

    turistas, o qual sofreu reforo com a diversificao de companhias areas. Alm

    disso, houve um aumento do nmero de portes de entrada no pas (onde

    antigamente se restringiam aos aeroportos do Rio de Janeiro e So Paulo), a fim de

    facilitar os meios de acesso ao pas. Por fim, no menos importante, estabeleceu-se

    um aumento na gerao de divisas para o Brasil, as quais movem a economia da

    nao.

    4)Quais as perspectivas futuras do plano? O planejamento do marketing deve

    ser realizado de forma contnua. Todos os anos, dados so analisados e atualizado

    dentro do histrico vivenciado no perodo, baseado comportamento de cada pas

    dentro do contexto internacional. A tendncia do andamento do plano continuar

    com a sua poltica de expanso do turismo estrangeiro no Brasil (destacando o

    papel dos prximos eventos esportivos como Copa do Mundo e as Olimpadas) bem

    como proporcionar um crescimento na gerao de divisas, dentro das polticas e

    metas estabelecidas pelo Plano Aquarela (no legado de 2010-2020). Por meio dos

    mercados estabelecidos como prioritrios (principalmente dentro da Amrica Latina),

    a inteno intensificar a posio desta regio para a nossa nao, no deixando

    de lado as polticas adotadas para os demais continentes. Tudo isto visa ampliar o

    posicionamento do Brasil no campo de viso do turismo, com intuito de fortalecer a

    visita do turista estrangeiro no pas. A ideia continuar com esta poltica de

    estratgia global do plano, com vistas a consolidar a imagem do Brasil para os

    pases de fora, sempre atualizando o plano, baseando-se no cenrio turstico da

    poca.