Matéria 1 ANO UD I Ass1 a 4
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CARTAS MILITARES
1. DEFINIÇÃO : É a representação, em escala, sobre um plano, dos acidentes naturais e
artificiais que se encontram na superfície do solo, bem como da configuração dessa superfície.
- Não é absolutamente precisa;- Não permite sua representação exata num plano.
2. CLASSIFICAÇÃO MILITAR DAS CARTAS
a. Classificação geral;b. Classificação pela escala;c. Classificação militar e utilização;d. Cartas aeronáuticas.
a. CLASSIFICAÇÃO GERAL
1) Carta topográfica:- reproduz acidentes naturais e artificiais- posições horizontais e verticais (curvas de nível )
2) Carta planimétrica:- reproduz apenas a posição horizontal (omissão do relevo )
3) Carta fotográfica:- reprodução de uma fotografia aérea ou mosaico
( complementada com algumas convenções cartográficas )- se denomina fotocarta- o traçado de curvas de nível é excepcional.
4) Carta em relevo:- é uma carta topográfica normal, que foi impressa sobre base de
matéria plástica- o relevo é efetivamente reproduzido
5) Carta especial- é uma carta destinada a fim particular
b. CLASSIFICAÇÃO PELA ESCALA
1) ESCALA PEQUENA : igual ou inferior a 1/500000.2) ESCALA MÉDIA : maior que 1/500000 e menor que 1/50000.
3) ESCALA GRANDE : superior a 1/50000.
c. CLASSIFICAÇÃO MILITAR E UTILIZAÇÃO1) CARTA GERAL :
- escala inferior a 1/ 1000000- fins gerais de planejamento
2) CARTA ESTRATÉGICA :- escala de 1/1000000- empregada no planejamento de movimentos, concentração e suprimento.
3) CARTA ESTRATÉGICO TÁTICA :- escala de 1/250000 ou eventualmente na escala de 1/500000- empregada no planejamento pormenorizado- pode vir a servir como carta tática ou de controle de tiro da artilharia de
campanha.
4) CARTA RODOVIÁRIA :- escala igual ou inferior a 1/ 250000- empregada nos movimentos táticos e administrativos de tropas.- pode ser usada como carta estratégico-tática e carta rodoviária.
5) CARTA TÁTICA :- escala de 1/50000, pode-se empregar a de 1/25000 ou a de
1/100000- usada para fins táticos e administrativos por todas as Armas e
Serviços
6) CARTA DE ARTILHARIA :- escala de 1/25000 em certos casos pode-se usar as de 1/50000- empregada na direção do tiro de artilharia
7) CARTA FOTOGRÁFICA OU FOTOCARTA :- preferivelmente na escala de 1/25000, podendo ser de 1/10000- empregada para fins táticos e administrativos
8) PLANTA URBANA :- escala igual ou superior a 1/10000- representa os arruamentos e as principais instalações em uma
área urbana
d. CARTAS AERONÁUTICAS: estas cartas, produzidas e distribuídas pelo Comando da Aeronáutica, classificam-se de acordo com a utilização a que se destinam.
1) Carta de planejamento:- escala igual ou inferior a 1/5000000- determinação de rotas internacionais- organização de amplos sistemas de transporte aéreo- controle de movimentos aéreos estratégicos.
2) Carta de navegação:- escala de 1/1000000 a 1/5000000- utilizada para a navegação astronômica e por instrumento.
3) Carta de navegação aérea normal:- escala de 1/25000 a 1/1000000- utilizada na navegação precisa à vista indicando meios
auxiliares e perigos para a navegação.4) Carta de aproximação:
- escala de 1/250000 a 1/50000, ou mesmo maior- empregada na fase áerea do apoio terra-ar e na navegação visual
sobre áreas congestionadas.- apresenta vistas panorâmicas e perspectivas oblíquas
5) Carta de objetivo:- escala grande- designação de um objetivo aéreo particular
3. CUIDADOS COM AS CARTAS
- Suprimento limitado;- Colocar em porta cartas;- Evitar anotações;- Anotar, se for o caso, levemente;- Dobrar com cuidado.
ESCALAS
1. Definição
É a relação existente entre as dimensões representadas na carta e seus valores reais.
As cartas trazem, normalmente impressas nas margens, as escalas respectivas, podendo apresentar-se sob diversas formas.
2. Formas de Escala
a. Escala numéricaÉ representada por uma fração. Aplicando a definição ao exemplo
mostrado abaixo, teremos: cujo numerador sempre será 1.
Escala (E) = grandeza na carta ou dimensão gráfica (d) , ou seja grandeza no terreno ou dimensão real (D)
E = d = 0,025m = 25 . D 625m 625.000
Para facilidade de cálculo, as escalas têm sempre como numerador a unidade, bastando, para tal, dividirmos ambos os termos da fração pelo numerador. A escala será então
E = d = 25 = 1 ou 1/25000 ou ainda 1:25000 D 625000 25000
significando que:1m na carta corresponde a 25.000m (25km) no terreno.1cm na carta corresponde a 25.000cm (250m) no terreno.1mm na carta corresponde a 25.000mm (25m) no terreno.
Uma escala será tanto maior quanto menor for o valor do denominador da fração que a representa.
b. Escala de equivalênciaA escala pode ser expressa por uma equivalência. Exemplo: 1cm =
250m (significado que 1cm na carta corresponde 250m no terreno).
c. Escala linearApresenta duas graduações. A 1ª graduação: uma origem (zero)
para a direita representando uma unidade usada por base, e a 2ª graduação: da origem para a esquerda que representa as subdivisões dessa unidade (talão). As medidas inferiores às graduações do talão são feitas por interpolação.
d. Escala transversalEsta nos dá maior precisão mas não vem gravada nas cartas,
motivo pelo qual não trataremos dela.
3. Instrumentos para medidas
- Curvímetro- Régua milimetrada- Régua de escalas
4. Determinação da Escala da carta
a. Pela distância entre dois pontos do terreno: a escala de uma carta pode ser determinada pela comparação da distancia real entre dois pontos do terreno, com respectiva distancia gráfica da carta. Por exemplo, a distância gráfica medida na carta é de 40mm e a mesma distância medida no terreno com trena, ou outro processo razoavelmente preciso, é de 2.000m, ter-se-á:
E = d = 40mm = 0,04m = 1 1 D 2.000m 2.000m 50.000
b. Pela distância entre dois pontos de uma carta de escala conhecida: para determinar a escala de uma carta com auxílio de outra carta de escala conhecida, escolhem-se dois pontos que estejam representados em ambas as cartas e mede-se a distância entre eles. Desse modo, é possível deduzir a distância real pela carta de escala conhecida e estabelecer a escala da outra pelo processo explanado anteriormente. Por exemplo, a escala da carta A é de 1/20.000 e a escala da carta B é desconhecida. A distância gráfica entre o cruzamento das estradas e a casa na carta A é de seis centímetros (6cm). A distância real, entre o cruzamento de estradas e a casa, determinada pela carta A é:
E (A) = d = 1 = 6cm D = 120000cm D 20000 D
E (B) = d = 3cm = 1 1 D 120000cm 40000
5. Aproximação de Escala (Erro gráfico)
O menor valor que se pode perceber a olho nu (sem ter instrumento ótico) e ter precisão na medida, é de dois décimos de milímetro (0,2 mm). Este valor denomina-se aproximação de escala ou erro gráfico cometido.
Para saber a dimensão real correspondente ao erro gráfico, deve-se considerar a fórmula:
1 = d d d = 0,2 mmM D
D = 0,2 x M
Qual a menor dimensão real possível de ser representada na escala de 1/25000?
E = d d D
1 = d25000 D
1 = 0,225000 D
D = 5000 mm ou 5 m
DIREÇÃO E AZIMUTE
1. FINALIDADE:As distâncias e as direções são empregadas para locar pontos ou
objetos sobre o terreno ou sobre uma carta em relação a pontos conhecidos. A distância é medida a passo ou estimativa, conforme o grau de precisão
desejado. Para finalidades militares, a direção e expressa, sempre, por um ângulo formado com uma direção base fixa, ou facilmente determinável.
2. UNIDADE DE MEDIDAa. O valor de um ângulo é expresso em graus ou milésimos.b. Graus, minutos e segundos – dividindo-se a circunferência em 360
partes iguais, por meio de raios, o ângulo formado por dois raios consecutivos, vale 1°. Os graus são divididos em minutos e estes em segundos, de modo que:
Círculo = 360º; 1º = 60’; 1’ = 60’’Os ângulos são representados numericamente do seguinte modo:
 = 137º 45’ 23’’;  = ânguloc.Milésimos – quando um circunferência é dividida em 6.400 partes
iguais, o ângulo que compreende uma dessas partes vale 1 milésimo. d. Relação entre grau e milésimo – os graus são transformáveis em
milésimos e estes em graus, por meio dos seguintes fatores de conversão:360º = 6.400’’’ (360 graus = 6.400 milésimos); ou seja:1º = 17,778’’’ 1’’’ = 0,056º1’ = 0,296’’’ 1’’’ = 3,375’1’’ = 0,005’’’ 1’’’ = 202,500’’
3. DIREÇÃO BASE
A direção base entre dois pontos e expressa por um ângulo, do qual um dos lados é uma direção base. Existem direções base, a saber: as do norte verdadeiro ou geográfico, norte magnético e norte de quadrícula representados respectivamente por NG, NM, NQ.
a. Direção do Norte Verdadeiro ou Geográfico – a direção do norte verdadeiro ou geográfico é empregada em levantamentos, quando se deseja
grandes precisão, e normalmente não é empregada em campanha. Os meridianos de um carta, representam as direções do norte e do sul verdadeiros.
b. Direção do Norte Magnético – a direção do norte magnético é indicada pela ponta N da agulha da bússola. É comumente empregada nos trabalhos de campo, porque pode ser determinada diretamente com a bússola comum.
c. Direção do Norte de Quadrícula – o norte de quadrícula é indicado pelas verticais das quadrículas, geralmente feitas nas cartas militares.
4. DECLINAÇÃO MAGNÉTICA E CONVERGÊNCIA DE MERIDIADOS
a. GENERALIDADESOs ângulos formados pelas direções do norte verdadeiro com as do
norte magnético e norte de quadrícula são chamados respectivamente declinação magnética e convergência de meridianos.
b. DECLINAÇÃO MAGNÉTICADeclinação Magnética é o ângulo horizontal formado pelas direções
norte verdadeiro e norte magnético. Nos locais onde a ponta da agulha da bússola estiver a leste do norte verdadeiro, a declinação magnética será leste. Onde a ponta da agulha estiver a oeste do norte verdadeiro a declinação será oeste. Nos locais onde o norte verdadeiro e o magnético coincidirem, a declinação será zero. A declinação magnética, em qualquer localidade, esta sujeita a uma variação cujo valor é dado em tabelas, como as do Anuário do Observador Nacional. Por exemplo, na figura acima a variação anual é de 3’. Essa variação é normalmente dada com o respectivo sentido para evitar confusão.
NG Norte Geográfico ou Verdadeiro
NMNorte Magnético
Dm . 6 40’ ou 116’’’Declinação Magnética
1956 cresce 3’ anualmente
c. CONVERGÊNCIA DE MERIDIANOSConvergência de meridianos ou simplesmente convergência, é a
diferença, em direção, entre o norte verdadeiro e o norte de quadrícula. Ela
é variável para cada carta. Na realidade, ela varia nos diferentes pontos de uma carta qualquer, mas nas cartas táticas é considerada fixa sem riscos de erro apreciável. As cartas militares apresentam, sob forma de diagrama, a convergência média das quadrículas para as respectivas áreas representadas.
NG Norte Geográfico ou Verdadeiro
NQNorte da Quadrícula
. γ 2 25’ ou 43’’’
Convergência de Meridianos
5. DIAGRAMAS DE ORIENTAÇÃO
a. GENERALIDADESAs cartas militares têm um diagrama de orientação impresso na
margem. Tal diagrama contém três direções indicando o norte verdadeiro, o norte magnético e o norte de quadrícula. Os ângulos, entre essas direções, são traçados com precisão e podem ser utilizados para trabalhos gráficos na carta. Pelos motivos dados a seguir, os diagramas de orientação devem verificados, pela medida, antes de ser utilizados para esse fim; em certas cartas. Em que a declinação ou a convergência são muito pequenas, o diagrama tem tamanho exagerado. Nas cartas do Serviço Geográfico do Exército, os ângulos de declinação e convergência são referidos em graus; portanto, é de toda conveniência, ao trabalho com milésimos, fazer a transformação do valor destes ângulos e anotar no diagrama .
NGNM NQ
6 40’ ou 116’’’ 225’ ou 43’’’
Declinação Magnética em 1956cresce 3’ anualmente
b. ÂNGULO QMO ângulo entre as direções do norte da quadrícula e do norte
magnético é chamado ângulo QM. O ângulo é Oeste, quando o norte magnético esta a Oeste do norte da quadrícula; é Leste, quando o norte magnético esta a Leste do norte da quadrícula. O ângulo QM é calculado somando a declinação magnética e a convergência (quando a direção do norte magnético e do norte da quadrícula estão em lados opostos da direção do norte verdadeiro) e subtraindo uma da outra quando estão do mesmo lado do norte verdadeiro. Uma vez calculado o ângulo QM, ele deve ser escrito na carta, para uso futuro. A variação anual da declinação magnética acarreta aumento ou diminuição do ângulo QM. Se as direções do norte magnético e do norte de quadrícula se aproximam, o ângulo QM diminui; se eles se afastam o ângulo QM aumenta.
NG NQ
NM NQ NM NG
6 40’ ou 2 25’ ou 9 05’ ou 2 25’ ou116’’’ 43’’’ 161’’’ 43’’’
Declinação Magnética em 1956 Declinação Magnética em 1956cresce 3’ anualmente cresce 3’ anualmente
c. AZIMUTEDeterminamos a posição de um ponto em relação a outro, na carta ou
no terreno, por meio de azimutes. Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, a partir do norte magnético, do norte verdadeiro ou do norte da quadrícula.
1) Azimute magnético – azimute magnético de uma direção é o ângulo horizontal medido no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, partindo do norte magnético até a direção dada. Na figura abaixo, por exemplo, o azimute magnético da direção entre a bifurcação de estrada e a capela é 60º.
2) Azimute verdadeiro – azimute verdadeiro de uma direção é o ângulo horizontal medido no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, partindo do norte verdadeiro até a direção dada. Na figura abaixo, por exemplo, este azimute é 54º.
3) Azimute da quadrícula ou lançamento – lançamento deu uma direção é o angulo horizontal medido no sentido do movimento dos
QM = 9 05’ ou 161’’’
QM = 6 40’ ou 116’’’
ponteiros do relógio, partindo do norte de quadrícula até a direção dada. Na figura abaixo o lançamento é 51º.
4) Relação entre o azimute magnético e o lançamento – no campo, os azimutes magnéticos são lidos por meio de bússola. Se o operador possuir um transferidor a direção do norte magnético poderá ser traçada facilmente na carta. Caso contrário, converte-se a leitura da bússola em lançamento, antes de marcá-la na carta. A diferença entre o lançamento e o azimute magnético é o ângulo QM.
a) Quando o norte magnético esta a Leste do norte de quadrícula: Lançamento = azimute magnético + ângulo QM
b. Quando o norte magnético esta a Oeste do norte da quadrícula: Lançamento = azimute magnético - ângulo QM
Ex: o lançamento é 60º - 9º = 51º
5) Contra-azimute – contra-azimute é simplesmente o azimute da direção oposta. O contra-azimute de uma direção é seu azimute mais 180º, ou, se essa soma excede 360º, ele é igual ao azimute menos 180º.
Por exemplo: se o azimute de uma direção é 50º, o Contra-azimute é 50º+180º = 230º, se o azimute e 310º, o Contra-azimute é 310º, o Contra-azimute é 310º - 180º = 130º.
d. RUMO
Os rumos são empregados para exprimir direções por meio das bússolas graduadas em quadrantes, de 0º a 90º. O rumo é o menor angulo horizontal que uma direção forma com a direção Norte-Sul; nunca excede de 90º. A figura A mostra como são medidos e indicados os rumos, e as relações entre eles e os azimutes. Se os rumos são magnéticos, os azimutes são também magnéticos. A figura B ilustra como exprimir uma direção típica em qualquer quadrante, tanto em azimute com em rumo.
e. TRANSFERIDOR
O transferidor é um instrumento para medir ou marcar ângulos na carta. A figura abaixo apresenta dois tipos de transferidor; o tipo semicircular é o mais comum. Ambos são graduados em duas escalas, a fim e possibilitares medidas de ângulos de valor ate uma circunferência. Possuem duas escalas: uma graduada de 0º a 180º e outra de 180º a 30º.
6. COMO TRAÇAR UM AZIMUTE NA CARTA
a. Lançamento – problema: traçar a partir do ponto cotado 685, na figura 5-7, uma linha com lançamento igual a 75º. Traça-se uma linha passando pelo ponto 685 e paralela a direção Norte-Sul da quadrícula. Coloca-se o transferidor sobre a carta, com sua base sobre a linha traçada e seu índice sobre o ponto considerado. Marca-se o ponto P na graduação de 75º do transferidor. Retira-se o transferidor e traça-se uma linha do ponto 685 ao ponto P.
b.Azimute magnético – para marcar o azimute magnético de uma direção, segue-se o mesmo processo anterior, traçando-se, porém, a linha que passa pelo ponto 685, paralelamente a direção do norte magnético e não a do norte da quadrícula. Pode-se também converter a azimute magnético em lançamento, recaindo assim no problema anterior.
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
1. Generalidades
a. Os símbolos contidos neste documento são convenções que se destinam a representar, de modo expressivo, os acidentes do terreno e os objetos topográficos em geral, de modo a ressaltar sua importância, principalmente no que se refere à aplicação militar da carta. A quantidade de símbolos foi reduzida ao mínimo indispensável à cartografia para fins militares. As convenções constantes do presente Capítulo estão de acordo com o Manual Técnico T 34-700 elaborado pela Diretoria do Serviço Geográfico do Exército Brasileiro.
b. A representação de vias de transporte, vegetação, natureza do solo, acidentes hidrográficos, terrenos cultivados, cercas, etc, deve ser feita com cuidado, por constituírem informações importantes para o militar.
c. Os símbolos característicos de objetos esguios, como torres, chaminés, marcos isolados, etc, são desenhados em posição perpendicular à borda inferior da carta, esboço ou croquis. A base do símbolo deve corresponder ao ponto de locação do objeto.
d. A representação de torres, chaminés, árvores e casas isoladas, etc, em projeção vertical simbólica e em escala proporcionalmente maior que a escala planimétrica da carta, esboço ou croquis, permite um conveniente destaque desses elementos importantíssimos para a orientação do militar.
2. Cores dos Símbolos
a. As cartas e esboços topográficos são geralmente confeccionados em cinco cores (preto, azul, vermelho, verde e castanho), conforme a utilização prevista para a carta, a importância da região ou a densidade de detalhes a representar.
b. Cores Convencionais
1) Preto – planimetria em geral, com exceção da hidrografia, e toda a nomenclatura;
2) Azul – hidrografia – traçado das margens em geral, representação de nascentes, poços, cisternas, bicas, encanamento e terrenos encharcados;
3) Vermelho – rodovias, até de 3a classe, inclusive;
4) Verde – bosques, macegas, mangues e culturas, em gradação dupla;
5) Castanho – curvas de nível, inclusive as respectivas altitudes.
3. Classificação das Rodovias e Localidades
a. Classificação das Rodovias
1) Denomina-se rodovia de uma só faixa aquela que apresenta, no terreno, leito com largura entre 3,0 e 6,0m. Quando a largura for menor que 3,0m, fica caracterizado o caminho ou trilha.
2) O número de faixas de uma rodovia é determinado pelo menor múltiplo de 3,0m abrangido pela largura do leito. Assim, uma rodovia de 10,0m de leito (menor múltiplo abrangido – 9,0m) tem 3 faixas.
3) As rodovias são classificadas em relação à possibilidade de tráfego que oferecem, ao número de faixas e ao tipo de revestimento, como se segue:
a) Auto-estradas – Classe especial – Rodovias de revestimento sólido (asfalto, concreto ou calçamento), com um número de 4 faixas, apresentando separação física entre pistas de tráfego.
b) Rodovias pavimentadas – Classe 1 – Rodovias de revestimento sólido (asfalto, concreto ou calçamento), com um número variado de faixas, sem separação física entre as pistas de tráfego.
c) Rodovias não pavimentadas – Classe 2 – Rodovias transitáveis durante o ano com revestimento solto ou leve, que permite o tráfego mesmo em época de chuvas; número variável de faixas.
d) Rodovias de tráfego periódico – Classe 3 – Rodovias transitáveis somente em tempo bom e seco, com revestimento solto ou sem revestimento e largura mínima de 3,0m; são estradas com poucas ou nenhuma conservação e de traçado irregular.
e) Caminhos – Classe 4 – Vias transitáveis somente em tempo bom e seco, sem revestimento, caracterizado pela inexistência de conservação permanente, com piso e traçado irregulares; geralmente impraticáveis ao tráfego de veículos a motor. A largura média é inferior a 3,0m.
f) Trilhas – Classe 5 – Vias sem revestimento ou conservação, com pisos e traçados irregulares, só permitindo o tráfego a pé ou de animais.
b. Classificação das Localidades (IBGE)
1) Cidade – sede de município.
2) Vila – sede de distrito.
3) Povoado – Localidade que não é sede de distrito mas onde há um aglomerado de residências, casas de comércio, e lugares públicos, tais como, igreja, escola, etc.
4) Núcleo – Localidade onde se aglomeram habitantes sob um regime especial qualquer, como por exemplo, o grupo de residências dos trabalhadores de um fábrica.
5) Lugarejo – Localidade não enquadrada em nenhum dos tipos anteriores, mas que possui um nome pelo qual é conhecido.
4. Símbolos Cartográficos
a. Rodovias, Caminhos e Elementos Relacionados
ACIDENTE SÍMBOLO
Transitável todo o ano, revestimento sólido, duas ou mais vias
Transitável todo o ano, revestimento solto ou leve, duas ou mais vias
Transitável em tempo bom ou seco, revestimento solto
Caminho
Trilho para cargueiro, cavaleiro ou pedestre
Auto-estrada
Auto-estrada, via dupla, com faixa divisória (canteiro) representável em escala
Transitável todo o ano, revestimento sólido, duas ou mais vias, em construção
Transitável todo o ano, revestimento solto ou ligeiro, duas ou mais vias, em construção
b. Estradas de Ferro e Elementos Relacionados
ACIDENTE SÍMBOLOVia simples, bitola normal ou larga, em uso
Via simples, bitola normal ou larga, fora de uso
Via dupla ou múltipla, bitola normal ou larga, em usoVia dupla ou múltipla, bitola normal ou larga, fora de uso
Via simples, bitola estreita, em uso
ACIDENTE SÍMBOLO
Via dupla ou múltipla, bitola estreita, em uso
Via dupla ou múltipla, bitola estreita, for de uso
Pátio ferroviário, 2.8mm ou menos em sua parte mais larga
Estação ferroviária ou Parada
c. Elementos Relacionados às Interligações
ACIDENTE SÍMBOLO
Túnel ferroviário
Túnel para estrada de rodagem
Ponte ou viaduto, para estrada de ferro, via imples
Ponte ou viaduto, para estrada de ferro, via dupla
Ponte ou viaduto, para estrada de rodagem, duas ou mais vias
Ponte ou viaduto, para auto-estrada
Ponte para pedestres (pinguela)
Bote transportador ou balsa de passagem
Passagem a vau para veículos, através de corrente estreita de linha dupla
Passagem a vau, através de corrente fluvial larga, de linha duplaPassagem a vau, para cargueiro, cavaleiro ou pedestre, através de corrente fluvial larga ou de linha dupla
Abandonada
Balsa (*)
d. Edifícios e Lugares Povoados
ACIDENTE SÍMBOLO
Zona urbana
Edifícios que não excedam de 0,5mm x 0,5mm
Edifício que exceda de 0,5mm x 0,5mm porém que nenhum de seus lados exceda de 5mm
Edifício com qualquer lado maior que 5mm
Escola que não exceda de 0,6mm x 0,6mm
Igreja ou templo que não exceda de 0,6mm x 0,6mm com qualquer número de torres
Ruínas que não excedam de 0,5mm x 0,5mm
Ruínas que excedam de 0,5mm x 0,5mm
(*) Denomina-se Ser, Olar, Hosp, Fab, Hot, se for o caso.(**) A posição da haste pode variar e a posição da bandeira pode inverter-se.(***) A posição da haste pode variar
e. Elementos de Área e seus Limites
ACIDENTE SÍMBOLO
Aeroporto, campo de pouso
Campo de emergência
Cemitério
Cemitério de paróquia
Cerca divisória de arameMuro divisório que não exceda 0,4mm de largura
(*)
(**)
(***)
ACIDENTE SÍMBOLO
Muro divisório que exceda de 0,4mm de largura
f. Obras Públicas e Industriais
ACIDENTE SÍMBOLO
Represa de alvenaria, que não exceda de 0,4mm de largura
Represa de alvenaria que não exceda de 0,4mm de largura, com caminho sobre a mesma
Represa de alvenaria, que na escala, exceda de 0,4mm de largura
Comporta transitável
Comporta de canal
Cais, doca
Desembarcadouro
Tanque de gasolina, petróleo, gás, água, etc, que não exceda de 0,8mm em sua maior dimensão
Tanque de gasolina, petróleo, gás, água, etc, cuja dimensão exceda de 1,6mm
Objeto visível a grande distância
Mina ou pedreira a céu aberto
Cisterna
DesembarcadouroDesembarcadouro
CaísCaís
g. Pontos de Controle
ACIDENTE SÍMBOLOMarco de referência de nível (ponto de cota fixa)
Ponto trigonométrico (horizontal e vertical)
Ponto barométrico
Ponto astronômico
Cota comprovada em ponto identificável
Cota não comprovada em ponto identificável
Cota não comprovada em ponto não identificável
h. Limites e Fronteiras
ACIDENTE SÍMBOLO
Internacional
Estadual
Limite de faixa de fronteira
Municipal
Área reservada militar
i. Limites e Fronteiras em Geral
ACIDENTE SÍMBOLOMarco de limite de fronteira
Limites de fronteiras em vias de rodagem
Limite de fronteira em rios estreitos de linha simples ou dupla
j. Sinais Convencionais Diversos
ACIDENTE SÍMBOLORepresa de terra (açude) com barragem não consolidada
ACIDENTE SÍMBOLORepresa pequena, de terra, com caminho sobre ela
Farol
Moinho de Vento
Moinho de água
l. Elementos de Litoral e da Zona Afastada da Costa
ACIDENTE SÍMBOLO
Fundeadores de pequenas embarcações
Fundeadores de grandes embarcações
Baliza
Baliza flutuante
Bóia de luz
Areia, dunas
m. Elementos Hidrográficos
ACIDENTE SÍMBOLOCurso d’água permanente, que não exceda 0,5mm de largura
Curso d’água permanente, que exceda 0,5mm de largura
Curso d’água, sem levantamento, que exceda de 0,5mm de largura
Curso d’água intermitente
ACIDENTE SÍMBOLO
Curso d’água desaparecendo em areia
Cataratas grandes
Cataratas pequenas
Corredeira (rápidas) grandes
Corredeiras (rápidas) pequenas
Lago ou lagoa, permanente
Lago ou lagoa intermitente
Lago ou lagoa, seco ou cíclico (periódico)
Nascente (manancial)
Poço (água)
Aqueduto
Aqueduto subterrâneo
Aqueduto subterrâneo, com caminho sobre o mesmo
Vale permanente, menor que 0,5mm de largura
Vale permanente, maior que 0,5mm de largura
Vale intermitente ... ...
Salinas
ACIDENTE SÍMBOLO
Brejo ou pântano
Turfeira
Cortes de turfa
Mangue
Arrozal (terreno úmido)
Canal navegável, menor que 0,5mm de largura
Canal navegável, maior que 0,5mm de largura
Canal não navegável, contendo água, largura entre 0,25mm e 0,5mmCanal não navegável, contendo água, maior que 0,5mm de largura
Terreno sujeito a inundação
n. Elementos Hipsográficos
ACIDENTE SÍMBOLOCurva de nível mestra
Curva de nível de eqüidistância normal
Depressão, ladeira abrupta ou escarpa, com altura menor que a distância das curvas
Depressão
Corte
ACIDENTE SÍMBOLO
Aterro
Praia de saibro ou cascalho
Área de superfície deformada
Penedo ou pedra grande isolada, não traçável na escala
o. Cobertura Vegetal
ACIDENTE SÍMBOLO
Bosque (Bos), mata densa (Md), mata rala (Mr), floresta (Fl)
Cerrado (Cerr), macega agreste (Ma)
Horta, pomar
Plantação
Vinhedo
Erva tropical
Arrozal (terreno seco)