Meningites são - ebserh.gov.br · Meningites são processos agudos que comprometem as...
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Meningites são
processos agudos que
comprometem as
leptomeninges (pia-
máter e aracnóide),
ocasionando reação
inflamatória do espaço
subaracnóide e das
membranas que
envolvem o encéfalo e a
medula espinhal, sendo
esta reação detectada no
líquido céfalo-raquidiano
(LCR). Os principais
agentes das meningites
são bactérias e vírus.



Colonização da nasofaringe Translocação para a
corrente sanguínea
Sobrevida intravascular do microorganismo
Bacteremia Invasão do SNC e
Multiplicação no LCR
Desencadeamento da doença



Confusão
Torpor
Coma

Para pesquisar o sinal de Kernig, com o paciente em decúbito dorsal, o examinador flete a coxa do
paciente sobre o quadril em 90 graus e em seguida procura estender a perna sobre a coxa. Se há
irritação radicular nota-se contratura dos músculos posteriores da coxa que causa dor e impede a
conclusão da manobra.
Para pesquisar o sinal de Brudzinski, o examinador tenta elevar a cabeça do paciente fletindo-a
sobre o peito. O paciente flete involuntariamente as coxas.

Exame diagnóstico Indicação Frequência
LCR
Quimiocitológico: citologia,
proteína e glicose
Látex para pneumococo,
meningococos (A, B e C) e
H. influenzae B
Bacterioscopia
Cultura com antibiograma
Suspeita diagnóstica Início, antes de iniciar
antibioticoterapia.
· Se quadro clínico evolutivo for
desfavorável e quadro
laboratorial não permite
diagnóstico etiológico (viral ou
bacteriano), na ausência de
antibioticoterapia, repetir após
12 a 24 hs.
· Não repetir se evolução clínica
for
favorável.
· Se < 2 meses, fazer controle
com 48 a 72 horas e por ocasião
da alta.
Hemograma
Hemocultura
Suspeita de doença bacteriana e
na
presença de petéquias ou
sufusões
hemorrágicas
· Antes de iniciar
antibioticoterapia
PCR Suspeita de quadro infeccioso
grave
·Se necessário

Exame diagnóstico Indicação Frequência
Glicemia e proteinas séricas · Suspeita diagnóstica – para
comparar com resultados do
LCR
· Antes da coleta de LCR
Gasometria arterial · Suspeita de distúrbios ácido-
básicos
· Suspeita de comprometimento
pulmonar
Se necessário
Sódio, potássio e cloro Suspeita de distúrbios
metabólicos
(desidratação, insuficiência
adrenal,
secreção inapropriada de
hormônio
antidiurético)
Se necessário
Uréia e cretinina Suspeita de comprometimento
da função renal
Se necessário
Tomografia de crânio Suspeita de complicações: crises
convulsivas / sinais
neurológicos
localizotórios / midríase .
Se necessário






Tipo de intervenção terapêutica Indicação / frequência / duração
Meningite Viral sem Desidratação
(estado geral preservado)
Antitérmico
Analgésico
Orientar reavaliação médica em 24 a 36 horas.
Meningite Viral com Desidratação • Hidratatação: SF ou SF/SG5% - 20 a 50 ml/kg,
EV, em 1 hora, se necessário.
• Alta hospitalar quando com boa aceitação
alimentar e melhora dos sintomas.
• Orientar reavaliação médica em 24 a 36 horas.
Meningite Bacteriana
• Internação
• Antibióticoterapia
Pode-se usar para tratamento
Antibioticos classe das penicilinas: ampicilina,
piperacilina
Cefalosporinas: ceftriaxona sodica, cefotaxime
sódico
Cloridato de vancomicina isolado ou em
combinação com rimfampin
• Duração da antibioticoterapia: depende de
agente, evolução e faixa etária.



Isolamento respiratório
para gotículas :
1. Quarto privativo ou coorte de pacientes
com o mesmo agente etiológico. Distância
mínima entre dois pacientes > 1 metro.
.
2. Máscara se houver aproximação ao
paciente, numa distancia < um metro. São
recomendadas para todas as vezes que os
profissionais, visitantes e acompanhantes
entrarem no quarto.
3. Transporte dos pacientes deve ser
limitado ao mínimo indispensável. Quando
for necessário, o paciente deve usar
máscara.


Precauções por Gotículas
Infecção / Condição / Microrganismo Período
Meningite Haemophilus influenzae (suspeita ou
confirmada)
Terap.
eficaz 24h
Meningite Neisseria meningitidis (suspeita ou
confirmada)
Terap.
eficaz 24h
Meningococcemia
Terap.
eficaz 24h

1. Assegurar a qualidade da assistência de enfermagem.
2. Diminuir o tempo de hospitalização.
3. Garantir ao paciente o tratamento adequado.
4. Promover conforto e segurança ao paciente.
5. Trabalhar junto à equipe de saúde, buscando melhora do
quadro clínico.

1.Acomodar confortavelmente o indivíduo

2. Administrar medicação analgésica

3. Auxiliar no diagnóstico laboratorial
(coleta do LCR);

4. Observar sinais de complicações
(aumento da dor alteração no nível de consciência);

5. Instalar hidratação venosa e atentar para o
gotejamento; Monitorizar os SSVV;

6. Auxiliar nas atividades de autocuidado

7. Realizar controle hídrico; Observar
sinais de desidratação;

8. Orientar a família quanto a patologia (transmissão,
tratamento, profilaxia); Fazer notificação compulsória as
autoridades sanitárias; Participar de programas de
controle epidemiológico da meningite; Realizar educação
para a saúde através de palestras a comunidade.

9. Manter pele hidratada; Prevenir complicações
associadas à imobilidade, tais como pneumonia e ulceras
por pressão.

1. Estabilidade hemodinâmica;
2. Diminuição ou
desaparecimento da dor;
3. Programa de reabilitação
adequado;
4. Diminuição da ansiedade
relacionada à doença;
5. Compreensão do paciente e
família sobre o processo da
doença, seus efeitos e
tratamento.

1.Veronesi,R;Focaccia,R.Tratado de infectologia.2ed.SãoPaulo:Atheneu,2004.
2. Brunner e Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-Cirurgica. Decima Primeira Edição. Vol. 4. Guanabara Koogan. P.
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3.Ray A.H.H. Enfermagem Médico-Cirúrgica. Segunda Edição. Guanabara Koogan. P. 311.Rio de Janeiro, 1998.
4) CVE – Manual de Vigilância Epidemiológica: Doença Meningocócica – Normas e Instruções; 1995.
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6) FarhatCK: .Meningites Bacterianas. In: Farhat CK, Carvalho ES, Carvalho LHFR, Succi RCM (Eds): Infectologia
Pediátrica. Ed Atheneu, 1999: 89-104.
7) Gilbert DN, Moellering Jr RC, Sande MA: The Sanfort - Guia para Terapia Antimicrobiana, 20ª ed. Ed.Publ.Cient, 1999: 4-6.
8) Hidalgo NTR, Barbosa HÁ, Silva CR, Gonçalves MI: Meningites: Manual de Instruções. CVE, revisão janeiro de
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