NBR IEC 60079-19

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  • ABNT 2008

    NORMA BRASILEIRA

    ABNT NBRIEC

    60079-19

    Primeira edio 14.01.2008

    Vlida a partir de 14.02.2008

    Verso Corrigida 09.04.2010

    Atmosferas explosivas Parte 19: Reparo, reviso e recuperao de equipamentos

    Explosive Atmospheres Part 19: Equipment repair, overhaul and reclamation

    Palavras-chave: Equipamento para atmosfera explosiva. Reparo. Reviso. Recuperao. Descriptors: Equipment for explosive atmosphere. Repair. Overhaul. Reclamation. ICS 29.260.20

    ISBN 978-85-07-01142-2

    Nmero de referncia

    ABNT NBR IEC 60079-19:200848 pginas

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    ABNT 2008 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida ou por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia e microfilme, sem permisso por escrito pela ABNT.

    Sede da ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28 andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 2220-1762 [email protected] www.abnt.org.br

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    Sumrio Pgina

    Prefcio Nacional........................................................................................................................................................v

    Introduo ..................................................................................................................................................................vi

    1 Escopo............................................................................................................................................................1

    2 Referncias normativas ................................................................................................................................1

    3 Termos e definies......................................................................................................................................2

    4 Generalidades ................................................................................................................................................4 4.1 Princpios gerais .................................................................................................................................4 4.2 Requisitos legais.................................................................................................................................4 4.3 Instrues para o usurio ..................................................................................................................5 4.4 Instrues para o reparador ..............................................................................................................5

    5 Requisitos adicionais para o reparo e reviso de equipamentos com o tipo de proteo d ( prova de exploso)..................................................................................................................................13 5.1 Aplicao ...........................................................................................................................................13 5.2 Reparo e reviso ...............................................................................................................................13 5.3 Recuperao......................................................................................................................................17 5.4 Modificaes......................................................................................................................................18

    6 Requisitos adicionais para o reparo e reviso de equipamentos com tipo de proteo i (segurana intrnseca) ................................................................................................................................19 6.1 Aplicao ...........................................................................................................................................19 6.2 Reparo e reviso ...............................................................................................................................19 6.3 Recuperao......................................................................................................................................21 6.4 Modificaes......................................................................................................................................22

    7 Requisitos adicionais para reparo e reviso de equipamentos com tipo de proteo p (pressurizado) ..............................................................................................................................................22 7.1 Aplicao ...........................................................................................................................................22 7.2 Reparo e reviso ...............................................................................................................................22 7.3 Recuperao......................................................................................................................................25 7.4 Modificaes......................................................................................................................................25

    8 Requisitos adicionais para reparo e reviso de equipamentos com tipo de proteo e (segurana aumentada) ..............................................................................................................................26 8.1 Aplicao ...........................................................................................................................................26 8.2 Reparo para reviso..........................................................................................................................26 8.3 Recuperao......................................................................................................................................30 8.4 Modificaes......................................................................................................................................31

    9 Requisitos adicionais para reparo e reviso de equipamentos com o tipo de proteo n (no acendvel).............................................................................................................................................32 9.1 Aplicao ...........................................................................................................................................32 9.2 Reparo e reviso ...............................................................................................................................32 9.3 Recuperao......................................................................................................................................35 9.4 Modificaes......................................................................................................................................36

    10 Requisitos adicionais para reparo e reviso de equipamentos cobertos pela IEC 60079-26 ................37

    11 Requisitos adicionais para reparo e reviso de equipamentos com tipo de proteo tD .....37 11.1 Aplicao ...........................................................................................................................................37 11.2 Reparo e reviso ...............................................................................................................................37 11.3 Recuperao......................................................................................................................................40 11.4 Modificaes......................................................................................................................................41

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    12 Requisitos adicionais para reparo e reviso de equipamentos com tipo de proteo por pressurizao pD .....................................................................................................................................41 12.1 Aplicao ...........................................................................................................................................41 12.2 Reparo e reviso ...............................................................................................................................41 12.3 Recuperao......................................................................................................................................41 12.4 Modificaes......................................................................................................................................41

    Anexo A (normativo) Identificao por meio de marcao de equipamentos reparados .................................42 Anexo B (normativo) Conhecimento, habilidades e competncias de Pessoas Responsveis e

    Executantes ..............................................................................................................................................44

    Anexo C (normativo) Requisitos para as medies em equipamentos prova de exploso durante reviso, reparo e recuperao (incluindo instrues sobre tolerncias) ............................................................46

    Figura C.1 - Fluxograma para a determinao do interstcio mximo de partes recuperadas ........... 47

    Tabela C.1 - Determinao do interstcio mximo de partes recuperadas.........................................................48

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    Prefcio Nacional

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Foro Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros). Os Documentos Tcnicos ABNT so elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) chama ateno para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT no deve ser considerada responsvel pela identificao de quaisquer direitos de patentes.

    A ABNT NBR IEC 60079-19 foi elaborada no Comit Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comisso de Estudo de Requisitos de Instalao em Atmosferas Explosivas, Incluindo Procedimentos de Classificao de reas, Dados de Inflamabilidade de Gases, Instalao, Inspeo, Manuteno, Reparo, Reviso e Recuperao de Equipamentos Eltricos Utilizados em Atmosferas Explosivas (CE-03:031.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n 09, de 20.08.2007 a 20.09.2007, com o nmero de Projeto 03:031.01-004 .

    Esta Norma uma adoo idntica, em contedo tcnico, estrutura e redao, IEC 60079-19:2006, que foi elaborada pelo Technical Committee Equipment for explosive atmospheres (IEC/TC 31), Subcommittee Classification of hazardous reas and installation requirements (SC 31J), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005. A aplicao desta Norma no dispensa o respeito aos regulamentos de rgos pblicos para os quais os equipamentos, os servios e as instalaes devem satisfazer. Podem ser citados como exemplos de regulamentos de rgos pblicos as Normas Regulamentadoras do Ministrio do Trabalho e Emprego e as Portarias Ministeriais elaboradas pelo Inmetro contendo o Regulamento de Avaliao de Conformidade (RAC) para equipamentos eltricos para atmosferas explosivas, nas condies de gases e vapores inflamveis e poeiras combustveis.

    Esta verso corrigida da ABNT NBR IEC 60079-19:2008 incorpora a Errata 1 de 09.04.2010.

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    Introduo

    Quando um equipamento eltrico instalado em reas onde concentraes e quantidades perigosas de gases, vapores, nvoas ou poeiras combustveis podem estar presentes na atmosfera, medidas de proteo devem ser aplicadas para reduzir a possibilidade de exploso devido ignio por arcos, centelhas ou superfcies quentes produzidas tanto em operao normal ou sob condies de falhas especificadas.

    Esta parte da ABNT NBR IEC 60079 complementada por outras normas IEC, por exemplo, IEC 60364, relativa a requisitos de instalao, e tambm se refere ABNT NBR IEC 60079 e suas partes apropriadas a requisitos de projeto de equipamentos eltricos adequados.

    A Seo 4 desta parte da ABNT NBR IEC 60079 contm requisitos gerais para o reparo e reviso de um equipamento e recomenda-se que seja lida em conjunto com outras sees aplicveis desta Norma que tratam dos requisitos detalhados dos tipos individuais de proteo.

    Nos casos onde a proteo de um equipamento incorpore mais de um tipo de proteo, recomenda-se que consultas sejam feitas a todas as sees aplicveis.

    Esta parte no somente fornece orientao sobre os meios prticos para assegurar a segurana eltrica e os requisitos de desempenho de equipamentos reparados, como tambm define os procedimentos para manter, aps o reparo, reviso ou recuperao, conformidade do equipamento com os requisitos do certificado de conformidade ou com os requisitos da norma de proteo contra exploso apropriada, quando um certificado no for disponvel.

    A natureza da proteo contra exploso provida por cada tipo de proteo varia de acordo com suas caractersticas prprias. Para detalhes, recomenda-se consultar as normas apropriadas.

    Usurios utilizaro os recursos de reparo mais apropriados para qualquer item particular do equipamento, sejam eles os recursos do fabricante ou reparadores adequadamente competentes e equipados (ver nota).

    Esta parte reconhece a necessidade de um nvel requerido de competncia para o reparo, reviso e recuperao dos equipamentos. Alguns fabricantes podem recomendar que os equipamentos sejam reparados somente por eles.

    Nos casos de reparo, reviso ou recuperao de um equipamento que tenha sido submetido certificao de projeto, pode ser necessrio esclarecer a situao da continuidade da conformidade do equipamento com o certificado.

    NOTA Enquanto alguns fabricantes recomendam que certos equipamentos sejam enviados a eles para reparos ou recuperao, tambm existem oficinas de reparos independentes e competentes que possuem recursos para realizar servios de reparos em equipamentos, empregando alguns ou todos os tipos de proteo cobertos pela ABNT NBR IEC 60079. Para que os equipamentos reparados mantenham a integridade do(s) tipo(s) de proteo empregado(s) no seu projeto e construo, conhecimento detalhado do projeto original do fabricante (que pode somente ser obtido a partir de desenhos de projeto e de fabricao) e qualquer documentao de certificao podem ser necessrios. Quando o equipamento no enviado para o fabricante original para reparo ou recuperao, recomenda-se considerar a utilizao de organizaes de reparo recomendadas pelo fabricante original.

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    Atmosferas explosivas Parte 19: Reparo, reviso e recuperao de equipamentos

    1 Escopo

    Esta parte da ABNT NBR IEC 60079

    ! fornece instrues, principalmente de natureza tcnica, sobre reparo, reviso, recuperao e modificao de um equipamento certificado, projetado para utilizao em atmosferas explosivas;

    ! no aplicvel para servios de manuteno, exceto quando o reparo e a reviso no podem ser desassociados da manuteno nem fornece recomendaes sobre sistemas de entrada de cabos que possam requerer substituio quando o equipamento reinstalado;

    ! no aplicvel ao tipo de proteo 'm';

    ! assume que boas prticas de engenharia so adotadas durante todo o processo.

    NOTA Grande parte do contedo desta norma refere-se ao reparo e reviso de mquinas eltricas girantes. Isto no devido a elas serem os itens mais importantes dos equipamentos para atmosferas explosivas, mas sim porque elas so, freqentemente, a maioria dos equipamentos a serem reparados, em que, independentemente do tipo de proteo envolvido, existem suficientes similaridades de construo, tornando possvel instrues mais detalhadas para seu reparo, reviso, recuperao ou modificao.

    2 Referncias normativas

    Os documentos referenciados a seguir so indispensveis para aplicao deste documento. Para referncias com data, somente a edio citada aplicvel. Para referncias sem data aplicvel a ltima edio do documento referenciado (incluindo quaisquer emendas). IEC 60079 (todas as partes), Explosive atmospheres IEC 60085, Electrical insulation Thermal classification

    ABNT NBR IEC 60529, Graus de proteo providos por invlucros (Cdigo IP)

    ABNT NBR IEC 61241-0, Equipamentos eltricos para utilizao na presena de poeiras combustveis Parte 0: Requisitos gerais

    IEC 61241-2, Electrical apparatus for use in the presence of combustible dust Part 2: Test methods

    ISO 4526, Metallic coatings Electroplated coatings of nickel for engineering purposes

    ISO 6158, Metallic coatings Electrodeposited coatings of chromium for engineering purposes

    ABNT NBR ISO 9000, Sistemas e gerenciamento da qualidade Fundamentos e vocabulrio

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    3 Termos e definies

    Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definies.

    3.1 condio de servio condio que permite que uma pea de reposio ou parte componente recuperada possa ser utilizada sem prejuzo ao desempenho ou aspectos de proteo do equipamento para atmosferas explosivas, com relao aos requisitos de certificao conforme aplicvel, ao qual tal componente seja utilizado

    3.2 reparo ao para restaurar um equipamento defeituoso para a sua condio de servio plena e em conformidade com a norma aplicvel

    NOTA A expresso norma aplicvel significa a norma na qual o equipamento foi originalmente projetado.

    3.3 reviso conjunto de aes para recolocar um equipamento, quer em uso ou mesmo que tenha ficado muito tempo estocado, porm sem estar defeituoso, sua condio de servio

    3.4 manuteno aes de rotina tomadas para preservar a condio de servio de um equipamento instalado (ver Seo 1)

    3.5 parte componente um item indivisvel

    NOTA A montagem de tais itens pode formar um equipamento.

    3.6 recuperao medidas de reparo envolvendo, por exemplo, a remoo ou adio de materiais para recuperar partes componentes que possuam danos permanentes, de forma a restaurar tais partes condio de servio, de acordo com a norma aplicvel

    NOTA A expresso norma aplicvel significa a norma na qual as partes individuais foram originalmente fabricadas.

    3.7 modificao alterao no projeto do equipamento que afeta o material, ajuste, forma ou funo

    3.8 fabricante produtor do equipamento (que pode ser tambm o fornecedor, o importador ou o representante), em cujo nome normalmente a certificao do equipamento, onde apropriada, foi originalmente registrada

    3.9 usurio usurio do equipamento

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    3.10 reparador organizao que oferece servios de reparos, revises ou recuperao de equipamentos para atmosferas explosivas, a qual pode ser o fabricante, o usurio ou uma terceira parte (oficina de reparo) 3.11 certificao processo destinado emisso de um certificado de conformidade que se refere basicamente s avaliaes de equipamento realizadas por organismo de certificao de produto acreditado

    Esta norma pode tambm ser aplicada a equipamentos certificados por outros organismos de certificao, ou para equipamentos que tenham sido autocertificados por fabricantes ou usurios como estando em conformidade com normas reconhecidas.*

    3.12 referncias nos certificados um nmero de referncia de um certificado pode estar relacionado a um projeto nico ou a uma famlia de equipamentos de projeto similar 3.13 smbolo "X" o smbolo X, colocado aps a numerao do certificado serve para indicar condies especiais de utilizao segura. Os documentos de certificao necessitam ser estudados antes que tais equipamentos sejam instalados, reparados, revisados, recuperados ou modificados

    3.14 cpia de enrolamento processo atravs do qual um enrolamento total ou parcialmente substitudo por um outro, cujas caractersticas e propriedades so no mnimo to boas quanto as do enrolamento original

    3.15 tipo de proteo "d" tipo de proteo no qual partes que podem gerar a ignio de uma atmosfera explosiva so colocadas dentro de um invlucro que pode suportar a presso desenvolvida durante a exploso de uma mistura explosiva e que evita a transmisso da exploso para a atmosfera explosiva externa ao invlucro

    3.16 tipo de proteo "i" circuito no qual nenhuma centelha ou efeito trmico, produzido nas condies prescritas no ensaio da(s) norma(s) aplicvel(eis) (que inclui condio normal e condies de falhas especficas), capaz de causar a ignio de uma dada atmosfera explosiva

    3.17 tipo de proteo "p" tipo de proteo atravs do qual a entrada de uma atmosfera externa para o interior do invlucro do equipamento eltrico evitada pela manuteno, dentro do referido invlucro, de um gs de proteo em uma presso superior daquela da atmosfera ambiente. A sobrepresso pode ser mantida tanto com ou sem um fluxo contnuo do gs de proteo

    3.18 tipo de proteo "e" tipo de proteo atravs do qual medidas so aplicadas de forma a evitar, com um elevado grau de segurana, a possibilidade de temperaturas excessivas e a ocorrncia de arcos ou centelhas no interior e nas partes externas do equipamento eltrico, as quais no so produzidas em condio normal de operao

    * NOTA DA TRADUO: Conforme indicado no Prefcio Nacional, a aplicao desta Norma no dispensa o respeito aos

    regulamentos de rgos pblicos.

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    3.19 tipo de proteo "n" tipo de proteo aplicada a equipamento eltrico que, em condio normal de operao, no capaz de causar a ignio de uma atmosfera explosiva externa e para o qual uma falha capaz de causar ignio no esperada de ocorrer

    3.20 tipo de proteo tD tipo de proteo para atmosferas explosivas de poeiras, onde o equipamento eltrico equipado com um invlucro que apresenta proteo ao ingresso de poeira e um meio de limitar temperaturas de superfcie

    3.21 tipo de proteo pD tipo de proteo que se baseia em um invlucro sendo submetido a uma presso contnua, de acordo com a IEC 61241-2, a partir de uma fonte de ar no contaminado ou outro gs no inflamvel, enquanto partes internas ao invlucro estiverem energizadas

    4 Generalidades

    4.1 Princpios gerais

    Esta seo cobre aqueles aspectos de reparo, reviso, recuperao e modificao que so comuns para todos os equipamentos para atmosferas explosivas. Sees subseqentes fornecem instrues para requisitos adicionais aplicveis a tipos de proteo especficos. Quando um equipamento incorpora mais do que um tipo de proteo, consultas devem ser feitas s sees apropriadas.

    NOTA 1 Requisitos adicionais para os tipos de proteo o e q no foram definidos.

    Assumindo que reparos e revises so realizados utilizando boas prticas de engenharia, ento

    a) se partes especificadas pelo fabricante ou partes conforme especificadas na documentao de certificao forem utilizadas em um reparo ou reviso, presumido que o equipamento est em conformidade com o certificado;

    b) se reparos ou modificaes forem realizados no equipamento especificamente conforme detalhado nos documentos de certificao, o equipamento permanece em conformidade com o certificado.

    Em circunstncias onde os documentos de certificao no so disponveis, ento o reparo ou a reviso deve ser realizado no equipamento de acordo com esta norma e outra(s) norma(s) aplicvel(eis). Os passos tomados para obter os documentos de certificao devem ser registrados nos relatrios do reparador (ver 4.4.1.5.3). Se outras tcnicas de reparo ou modificao que no estejam de acordo com esta Norma forem utilizadas, ento ser necessrio verificar, junto ao fabricante e/ou autoridade de certificao, a adequao do equipamento para a continuidade de utilizao em uma atmosfera explosiva.

    NOTA 2 Convm que o reparo do equipamento que no possua placa de marcao seja evitado.

    4.2 Requisitos legais

    4.2.1 Reparador

    O reparador deve estar ciente os requisitos especficos na legislao nacional que possam ser aplicveis operao do reparo ou da reviso.

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    4.2.2 Usurio

    O usurio do equipamento deve estar ciente de toda a legislao aplicvel, caso ele deseje realizar o reparo ou reviso do equipamento por si mesmo. Alm disso, recomenda-se que ele esteja ciente de que no h mudana na responsabilidade pela segurana e sade, caso uma reforma e/ou reinstalao seja realizada por uma terceira parte.

    4.3 Instrues para o usurio

    4.3.1 Documentos certificados

    Recomenda-se que os documentos certificados de projeto do equipamento e outros documentos referenciados (ver 4.4.1.5.1) sejam obtidos como parte do contrato de compra original.

    4.3.2 Registros e instrues de trabalho

    Toda documentao relevante, tais como manuais de operao, montagem e manuteno, que seja disponvel deve ser obtida como parte do contrato de compra original. Registros de quaisquer reparos, revises ou modificaes anteriores devem ser mantidos pelo usurio e ser disponibilizados para o reparador.

    NOTA de interesse do usurio que o reparador esteja informado, sempre que possvel, da falha e/ou natureza do do servio a ser realizado.

    Requisitos especiais estipulados pelas especificaes do usurio, e os quais sejam suplementares s diversas normas, por exemplo, elevao do grau de proteo, devem ser fornecidos ao reparador.

    O usurio deve informar o reparador sobre a necessidade ou no de que o equipamento, aps a execuo dos servios de reparo, deve ser submetido a avaliao de uma organismo de certificao (ver nota na introduo).

    4.3.3 Reinstalao de equipamentos reparados

    Antes que o equipamento reparado seja recomissionado, os sistemas de entrada de cabos/eletrodutos devem ser verificados para assegurar que eles no estejam danificados e sejam apropriados para o tipo de proteo do equipamento. Recomendaes podem ser encontradas na seo sobre sistema de fiao da ABNT NBR IEC 60079-14.

    4.3.4 Reparadores

    O usurio deve se assegurar que o reparador demonstra conformidade com os requisitos aplicveis desta norma.

    4.4 Instrues para o reparador

    4.4.1 Reparo e reviso

    4.4.1.1 Generalidades

    Os reparadores devem possuir um Sistema de Gerenciamento de Qualidade que atenda aos requisitos das normas da srie ABNT NBR ISO 90001)

    O reparador deve nomear uma pessoa (Pessoa Responsvel) com a competncia requerida (ver Anexo B) dentro da organizao de gerenciamento, para assumir a responsabilidade e autoridade para assegurar que o equipamento revisado/reparado esteja de acordo com o estado de certificao acordado com o usurio. A pessoa desta forma nomeada deve ter pleno conhecimento dos requisitos das normas do tipo de proteo para atmosferas explosivas aplicadas e uma compreenso desta norma.

    1) NOTA DA TRADUO: Este requisito no exige a certificao pela srie ABNT NBR ISO 9000.

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    O reparador deve possuir recursos adequados de reparo e reviso, bem como os equipamentos apropriados necessrios e executantes treinados com as competncias requeridas (ver Anexo B) e autoridade para realizar as atividades, levando em considerao o tipo de proteo especfico.

    O reparador deve realizar uma avaliao da situao do equipamento a ser reparado, concordar com a situao de certificao esperada pelo usurio do equipamento aps o reparo e o escopo do servio a ser realizado. Recomenda-se que isso possa incluir a no realizao de quaisquer ensaios mencionados neste documento, que o usurio possa razoavelmente assumir que fosse realizado. A avaliao deve ser documentada e deve conter as sees aplicveis da norma do equipamento apropriado e esta norma e ser includas no relatrio do servio ao usurio. Tal avaliao deve ser realizada pela Pessoa Responsvel (confirmada por executantes apropriados). A Pessoa Responsvel deve somente conduzir avaliaes com os tipos de proteo para atmosferas explosivas que ele tenha demonstrado a sua competncia.

    O reparador deve incluir procedimentos e sistemas para realizar servios de revises/reparos em locais externos ao reparador, onde apropriado.

    4.4.1.2 Certificao e normas

    A ateno do reparador deve ser direcionada para a necessidade de ser informado e estar em conformidade com as normas aplicveis dos tipos de proteo para atmosferas explosivas e requisitos de certificao aplicveis aos equipamentos a serem reparados ou revisados.

    4.4.1.3 Competncia

    O reparador do equipamento deve assegurar que aqueles executantes diretamente envolvidos com o reparo e/ou reviso do equipamento certificado sejam treinados, experientes, com habilidades e conhecimentos e/ou supervisionados neste tipo de trabalho.

    Avaliaes de treinamentos e de competncias so especificadas no Anexo B.

    Treinamento apropriado e avaliao devem ser realizados periodicamente, em intervalos que dependem da freqncia de utilizao da tcnica ou habilidade e alterao das normas ou regulamentos. Recomenda-se que o intervalo normalmente no exceda trs anos.

    4.4.1.4 Ensaios

    Caso seja mostrada a impraticabilidade de realizar certos ensaios, por exemplo, um componente de um equipamento completo, retirado do local da instalao para reparo, tal como o rotor de uma mquina girante, o reparador deve, antes de colocar o equipamento reparado de volta em servio, verificar com o usurio ou fabricante as conseqncias de omitir tais ensaios.

    NOTA Devem ser observados os requisitos legais existentes no Brasil.

    4.4.1.5 Documentao

    4.4.1.5.1 Generalidades

    recomendado que o reparador procure obter todas as informaes/dados do fabricante ou usurio para os servios de reparo e/ou reviso do equipamento. Isto pode incluir informaes referentes a reparos, revises ou modificaes anteriores. Recomenda-se tambm que ele disponha e consulte as normas pertinentes aos tipos de proteo para atmosferas explosivas.

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    Convm que os dados disponveis para o reparo e/ou reviso incluam, mas no necessariamente estejam limitados a detalhes de

    ! especificaes tcnicas; ! desenhos; ! desempenho de tipos de proteo em atmosferas explosivas e condies de utilizao; ! instrues de desmontagem e montagem; ! limitaes do certificado (condies especiais para utilizao segura), quando especificado; ! marcao (incluindo marcao de certificao); ! mtodos recomendados de reparo/reviso para o equipamento; ! lista de peas sobressalentes. A informao pode estar sujeita a emendas, incluindo aquelas relativas certificao. NOTA 1 No uma prtica razovel presumir que a informao adequada , ou pode estar, to amplamente divulgada, de forma que ela esteja sempre disponvel onde e quando ela for necessria. Fontes de informao adequada so usurios, fabricantes ou organismo de certificao.

    NOTA 2 Conforme requerido a partir da ABNT NBR IEC 60079-0 (equivalente IEC 60079-0 Edio 4), os fabricantes so requeridos a fornecer instrues, inclusive sobre reparos.

    O reparador deve manter cpias controladas de todas as normas dos tipos de proteo para atmosferas explosivas com relao s quais o equipamento reparado/revisado requisitado estar em conformidade.

    4.4.1.5.2 Relatrio de servio para o usurio

    Na concluso dos trabalhos, relatrios de servios devem ser submetidos para o usurio (ver 4.3.2), contendo no mnimo o seguinte:

    ! detalhes das falhas detectadas; ! detalhes completos do reparo e revises; ! lista das partes substitudas ou recuperadas; ! resultados de todas as verificaes e ensaios (em detalhes suficientes para serem teis para o prximo

    reparador, ver 4.3.2); ! resumo do histrico anterior do produto reparado, incluindo informaes recolhidas conforme 4.3.2; ! cpia do pedido ou contrato com o usurio. Os relatrios dos servios de reparos/revises devem ser mantidos por um perodo de tempo conforme acordado com o usurio. A manuteno da informao deve ser adequadamente controlada para assegurar a correta recuperao.

    4.4.1.5.3 Registros do reparador

    Os seguintes registros devem ser mantidos pelo reparador:

    ! cpias das Normas Tcnicas aplicveis nas edies atuais e anteriores; ! certificao do Sistema de Qualidade da oficina, incluindo:

    1) detalhes do Sistema de Avaliao da Qualidade dos fornecedores do Reparador; 2) ensaio de calibrao de instrumentos; 3) registros de competncia e treinamento do pessoal; 4) sistema de controle de compras; 5) sistema de reclamaes dos usurios;

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    6) documentao de auditoria interna e, quando apropriada, externa; 7) anlise crtica; 8) procedimentos de controle de processo; 9) registro dos desenhos de fabricantes;

    ! registros de servios, incluindo: 10) os passos realizados para obter os documentos de certificao; 11) registro de inspeo mecnica para conformidade com as normas aplicveis; 12) identificao de defeitos; 13) registros de ensaios eltricos antes e aps o reparo, incluindo a rastreabilidade de instrumentos utilizados

    e critrios de aceitao e de rejeio; 14) certificados de conformidade para os componentes sobressalentes; 15) procedimento de recuperao de componentes reparados; 16) registro da inspeo mecnica durante montagem e aps a concluso dos servios; 17) registro dos servios subcontratados pelo reparador.

    Convm que o registro do procedimento de recuperao dos componentes reparados no mnimo identifique o seguinte: a) uma justificativa detalhada do trabalho realizado; b) as vrias opes consideradas (por exemplo, soldagem e metalizao); c) parmetros tcnicos, tal como resistncia de juno de camada; d) as razes para a seleo da tcnica escolhida; e) materiais consumveis utilizados e mtodos de armazenamento; f) material-base; g) instrues de fabricantes consideradas; h) procedimentos utilizados; i) identificao e competncia do executante; j) procedimentos de inspeo utilizados, por exemplo, ultra-som, lquidos penetrantes, raio-X; k) detalhes de manuteno e calibrao dos sistemas automticos. Estes registros devem ser mantidos por um perodo mnimo de dez anos, ou conforme acordado com o usurio.

    4.4.1.6 Peas sobressalentes

    4.4.1.6.1 Generalidades

    prefervel obter peas novas do fabricante, e o reparador deve assegurar que somente peas sobressalentes adequadas so utilizadas no reparo ou reviso dos equipamentos certificados. Dependendo da natureza dos equipamentos, estas peas sobressalentes podem ser identificadas pelo fabricante, pela norma do equipamento ou pela documentao aplicvel da certificao.

    4.4.1.6.2 Partes seladas

    Peas que so requeridas pela especificao do equipamento e documentos de certificao para serem seladas devem ser substitudas somente por pea(s) sobressalente(s) especfica(s) detalhada(s) nas listas de peas.

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    NOTA Dispositivos incorporados no equipamento para indicar interferncia por terceira parte (por exemplo, lacres de segurana) como distintos daqueles requeridos nos documentos de certificao, no fazem parte do escopo desta subseo.

    4.4.1.7 Identificao do equipamento reparado

    Os equipamentos devem ser marcados para identificar o reparo ou reviso e a identificao do reparador. As marcaes para equipamentos reparados so apresentadas no Anexo A.

    A marcao pode ser fornecida numa plaqueta separada. Pode ser necessrio acrescentar, remover ou suplementar a plaqueta em certas circunstncias como a seguir.

    a) Se, aps o reparo, reviso ou modificao, um equipamento for modificado de tal forma que no mais esteja de acordo com as normas e certificado (ver 3.11), a plaqueta de certificao deve ser removida, a menos que um certificado suplementar tenha sido obtido.

    b) Se o equipamento for modificado durante o reparo ou reviso de forma que ele ainda esteja conforme com as restries impostas por esta norma e as normas dos tipos de proteo para atmosferas explosivas para as quais ele tenha sido fabricado, mas no necessariamente esteja em conformidade com o certificado, recomenda-se que a placa de certificao normalmente no seja removida e o smbolo de reparo R seja escrito dentro de um tringulo invertido (ver Anexo A).

    c) Quando as normas para as quais o equipamento previamente certificado foi fabricado no so conhecidas, os requisitos desta norma e a atual edio das normas dos tipos de proteo para atmosferas explosivas devem ser aplicados. Uma avaliao por uma pessoa competente em avaliao de equipamentos para atmosferas explosivas deve ser realizada para verificar a conformidade com o nvel de proteo aplicvel antes da liberao do equipamento pelo reparador.

    4.4.2 Recuperaes

    4.4.2.1 Generalidades

    Recuperaes que no afetem a proteo contra exploso no so objeto desta subseo. Tais partes devem ser recuperadas utilizando boas prticas de engenharia.

    Quando o processo de reparo envolve servios de recuperao, ento, adicionalmente aos requisitos de 4.4.1 para reparos e revises, os requisitos de 4.4.2 tambm so aplicveis.

    4.4.2.2 Excluses

    Algumas peas e componentes so considerados no recuperveis e, desta forma, so excludas do escopo desta norma, tais como:

    ! peas componentes feitas dos seguintes materiais: vidro, plstico ou qualquer outro material que no seja dimensionalmente estvel;

    ! dispositivos de fixao;

    ! peas componentes, tais como algumas montagens encapsuladas, que tenham sido declaradas pelos fabricantes como no sujeitas a reparo.

    4.4.2.3 Requisitos

    4.4.2.3.1 Generalidades

    Qualquer recuperao deve ser realizada por pessoal competente, experiente no processo a ser empregado e utilizando boas prticas de engenharia (ver Anexo B). Executantes de tcnicas de recuperao, por exemplo, soldagem e metalizao, devem ser submetidos a ensaios prticos de qualificao na tcnica antes de serem permitidos a utilizar esta tcnica pela primeira vez e a cada trs anos a partir de ento. Caso o executante no tenha utilizado a tcnica nos seis meses anteriores, ele deve ser reavaliado.

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    Se qualquer processo proprietrio for utilizado, as instrues do elaborador de tal processo devem ser seguidas.

    Toda recuperao deve ser devidamente documentada e os registros arquivados. Tais registros incluem:

    ! identificao da pea componente;

    ! mtodo de recuperao;

    ! detalhes de quaisquer dimenses que difiram daquelas dos documentos aplicveis da certificao, ou das dimenses originais da pea componente;

    ! desenhos que mostrem detalhes da recuperao, incluindo o material removido e reposto;

    ! data;

    ! nome da organizao executante da recuperao.

    Se a recuperao for realizada por outros que no o usurio, este deve receber uma cpia do registro de recuperao.

    Um procedimento de recuperao que resulte em dimenses que afetem a integridade do tipo de proteo, que seja diferente daquele apresentado nos documentos de certificao aplicveis, pode ser permitido se tais alteraes de dimenses ainda atenderem aos requisitos das restries impostas por esta norma e as normas do tipo de proteo para atmosfera explosiva para as quais o equipamento foi fabricado. Recomenda-se que a placa de certificao no seja removida e o smbolo de reparo R seja escrito dentro de um tringulo invertido. Quando as normas para as quais o equipamento previamente certificado foi fabricado no so conhecidas, os requisitos desta norma e das atuais edies das normas aplicveis dos tipos de proteo para atmosferas explosivas devem ser aplicados. Uma avaliao por uma pessoa competente em avaliao de equipamentos para atmosferas explosivas deve ser realizada para verificar a conformidade com o nvel aplicvel de segurana antes da liberao do equipamento pelo reparador.

    No caso de qualquer incerteza quanto aceitabilidade, do ponto de vista da segurana quanto ao tipo de proteo para atmosferas explosivas, de um procedimento de recuperao desejado, recomenda-se procurar a recomendao do fabricante ou da autoridade de certificao. Pode tambm ser necessria a execuo de ensaios para verificar que o procedimento de recuperao aceitvel.

    4.4.2.3.2 Responsabilidades

    Se recuperaes forem contratadas pelo reparador com uma indstria especializada, tais recuperaes so de responsabilidade do reparador.

    4.4.2.4 Procedimentos de recuperao

    4.4.2.4.1 Generalidades

    So apresentados a seguir alguns dos procedimentos de recuperao que podem ser aplicveis a equipamentos para atmosferas explosivas.

    Recomenda-se que seja considerado que nem todos os procedimentos so aplicados para todos os tipos de proteo. Instrues detalhadas so fornecidas nas sees apropriadas desta norma.

    A remoo de metal deve ser minimizada e ser suficiente apenas para remover os defeitos que necessitem de reparo, e deve proporcionar a espessura mnima de revestimento recomendada pela tcnica de reparo utilizada. Recomendaes industriais sugerem que a remoo de at 2 % da espessura do metal para metalizao e at 20 % para soldagem no prejudica significativamente a resistncia do componente. A remoo de espessuras maiores de material somente deve ser realizada aps a devida consulta ao fabricante ou por clculos, quando o fabricante no mais for disponvel.

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    Ao completar a recuperao, o reparador deve estar seguro de que o equipamento est em condies plenas de servio e est conforme com a(s) norma(s) para o tipo de proteo. Tal conformidade deve ser registrada pelo reparador e mantida nos arquivos de servios.

    4.4.2.4.2 Metalizao

    Este mtodo somente deve ser utilizado quando a extenso do desgaste ou dano, alm da usinagem necessria para preparar a pea componente para a recuperao, no enfraquecer a pea alm dos limites de segurana. Recomenda-se que uma camada de metal pulverizado, mesmo que adicione alguma rigidez, no seja levada em considerao quando da avaliao da resistncia. Na realidade, o processo de usinagem anterior metalizao pode introduzir aumentos de tenso que podem resultar no enfraquecimento do componente.

    A metalizao no recomendada para algumas aplicaes em alta rotao ou grandes dimetros; ela somente aceitvel quando os materiais so metalurgicamente compatveis e o metal-base livre de defeitos.

    4.4.2.4.3 Eletrodeposio

    Eletrodeposio um procedimento aceitvel, desde que a pea no esteja enfraquecida alm dos seus limites de segurana. Procedimentos detalhados para eletrodeposio de cromo e nquel so fornecidos nas ISO 6158 e ISO 4526, respectivamente.

    4.4.2.4.4 Embuchamento

    Este mtodo deve ser utilizado somente quando a extenso do desgaste ou dano, somado usinagem necessria para preparar a pea para a recuperao, no enfraquecer a pea alm dos limites de segurana. Convm que uma bucha, mesmo que adicione alguma resistncia, no seja levada em considerao quando da avaliao da resistncia.

    4.4.2.4.5 Brasagem e soldagem

    Recuperao por brasagem ou soldagem deve ser considerada somente se a tcnica aplicada assegurar a correta penetrao e fuso do metal de brasagem ou solda com o material-base, resultando em um reforo adequado, alvio de tenses, ausncia de poros e evitando deformao. Recomenda-se considerar que a brasagem e a soldagem aumentam a temperatura dos componentes em um nvel elevado e podem resultar em propagao de trincas por fadiga

    As seguintes tcnicas de soldagem so reconhecidas por esta norma:

    ! MMA: Manual Metal Arc

    ! MIG: Metal Inert Gas

    ! TIG: Tungsten Inert Gas

    ! Arco submerso: MIG sob uma camada de material de fluxo

    ! Fio de adio

    Outras tcnicas devem ser utilizadas somente em recuperaes aps a devida consulta ao fabricante ou, se aplicvel, ao organismo certificador.

    4.4.2.4.6 Costura metlica

    A recuperao a frio de uma pea fundida fraturada pela tcnica de fechamento da fratura com costura de liga de nquel e selagem da trinca por liga de nquel pode ser admissvel, desde que a pea fundida tenha uma espessura adequada.

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    4.4.2.4.7 Usinagem dos ncleos do estator e do rotor (mquinas girantes)

    Os ncleos danificados do estator e do rotor no podem ser usinados para remover irregularidades da superfcie, sem consulta ao fabricante, de modo a assegurar que o entreferro mximo permissvel no seja excedido. NOTA Esta restrio pode afetar a exeqibilidade do ajuste de um novo eixo em um ncleo existente, sendo necessria a retificao do ncleo para restabelecer a concentricidade.

    4.4.2.4.8 Furos roscados para fixadores

    Dependendo do tipo de proteo, roscas que tenham sido danificadas alm de uma extenso aceitvel podem ser recuperadas atravs dos seguintes mtodos:

    ! sobredimensionando o furo e refazendo a rosca;

    ! sobredimensionando o furo, refazendo a rosca e executando um inserto de rosca proprietria que passe no ensaio de trao apropriado, conforme especificado pelo fabricante do inserto roscado;

    ! sobredimensionando o furo, plugueando2), executando novo furo e refazendo a rosca;

    ! plugueando3) e executando novo furo em outro local;

    ! plugueando com solda, executando novo furo e rosqueando.

    4.4.2.4.9 Reusinagem

    Reusinagem de superfcies danificadas ou desgastadas deve ser considerada somente se

    ! a parte do componente no estiver enfraquecida alm dos limites de segurana;

    ! a integridade do invlucro for mantida;

    ! o acabamento requerido da superfcie for alcanado.

    4.4.3 Modificaes

    Quando o processo de reparo envolver servios de modificao, ento, adicionalmente aos requisitos de 4.4.1 para reparos e revises, os requisitos de 4.4.3 so tambm aplicveis.

    Nenhuma modificao deve ser realizada em um equipamento certificado, a menos que esta modificao seja permitida no certificado ou aprovada por escrito pelo fabricante. As sees subseqentes desta norma fornecem instrues detalhadas referentes a modificaes no contexto de diferentes tipos de proteo.

    Quando uma modificao proposta possa resultar em um equipamento no conforme com os documentos de certificao e as normas aplicveis dos tipos de proteo, o usurio deve ser informado por escrito que o equipamento no mais adequado para utilizao em uma atmosfera explosiva, e suas instrues por escrito obtidas. Se a proposta da modificao for realizada, a placa da certificao deve ser removida ou alterada, de forma a fornecer indicao clara de que o equipamento no certificado.

    2) Os plugues devem ser seguramente fixados.

    3) Os plugues devem ser seguramente fixados.

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    4.4.4 Reparos temporrios

    Um reparo temporrio destinado a possibilitar a continuidade de operao do equipamento por curto perodo somente deve ser realizado se os aspectos dos tipos de proteo para atmosferas explosivas forem assegurados ou outras medidas apropriadas forem tomadas at que o equipamento esteja totalmente restaurado. Certos procedimentos de reparo temporrio podem, desta forma, no ser permitidos. Qualquer reparo temporrio deve ser convertido em um reparo definitivo normalizado, to logo quanto possvel.

    4.4.5 Remoo de enrolamentos danificados

    O procedimento de diluio do verniz de impregnao das bobinas com solventes antes da remoo aceitvel.

    O procedimento alternativo, que utilize a aplicao de calor para facilitar a remoo dos enrolamentos, aceitvel, desde que a operao seja realizada com cautela e, desta forma, no afete significativamente o isolamento entre as chapas magnticas. Uma cautela especial necessria e, em caso de dvida, a recomendao do fabricante ser seguida, em relao construo do ncleo e do material de isolamento entre chapas com relao a um equipamento com tipo de proteo e e a equipamentos com qualquer tipo de proteo, possuindo classe de temperatura T6, T5 ou T4.

    A necessidade de cautela especial nestas circunstncias deve-se ao fato de que um aumento nas perdas no ncleo, que possa resultar na degradao do isolamento entre chapas, pode afetar significativamente os parmetros do tipo de proteo e (tempo tE etc.) ou resultar em que a classe de temperatura seja excedida. O reparador deve certificar-se, bem como em todos os procedimentos de recuperao, de que, aps a concluso da recuperao, o equipamento esteja em perfeita condio de operao e em conformidade com a(s) norma(s) para o aplicvel tipo de proteo (ver tambm 4.4.2.4).

    4.4.6 Inversores

    Ateno particular chamada para a necessidade de precaues quando da incluso de um inversor no acionamento de uma mquina girante Ex, em assegurar que isto somente feito quando a combinao pretendida de inversor e mquina girante especificada no certificado ou na documentao do fabricante da mquina girante. Convm que os reparadores de terceira parte apliquem precaues especiais para definir que qualquer inversor sobre o qual eles sejam solicitados para operar esteja desta forma especificado.

    5 Requisitos adicionais para o reparo e reviso de equipamentos com o tipo de proteo d ( prova de exploso)

    5.1 Aplicao

    Esta seo contm requisitos adicionais para o reparo, reviso, recuperao e modificao de um equipamento com o tipo de proteo d. Recomenda-se que esta seo seja lida em conjunto com a Seo 4, que contm requisitos gerais, e qualquer outra seo apropriada, se aplicvel. Recomenda-se que as normas aplicveis de equipamentos a serem consultadas quando do reparo ou reviso de um equipamento Ex d sejam aquelas que os equipamentos foram originalmente construdos (ver ABNT NBR IEC 60079-1).

    5.2 Reparo e reviso

    5.2.1 Invlucros

    prefervel obter peas novas do fabricante. Ateno especial deve ser dada para a correta montagem dos invlucros prova de exploso depois do reparo ou reviso, para assegurar que as juntas prova de exploso esto de acordo com os requisitos da norma e, onde apropriado, com os documentos de certificao. Onde as juntas prova de exploso no so vedadas, elas podem ser protegidas pela utilizao de graxa, composto selante que no cure ou uma fita que no endurea aplicada externamente, de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-14.

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    Onde vedaes que no so partes da passagem de chama so incorporadas nas juntas prova de exploso, substituies devem ser feitas com os mesmos materiais e dimenses do original. Qualquer modificao proposta do material deve ser consultada ao fabricante do equipamento, usurio ou organismo certificador.

    Usinagem de furos em um invlucro uma modificao e no deve ser feita sem consultas aos desenhos de certificao do fabricante ou, em circunstncias excepcionais, como, por exemplo, comercializao descontinuada pelo fabricante ou pelo organismo certificador.

    Deve ser tomado cuidado com mudanas no acabamento de superfcies, pintura etc., uma vez que isto pode afetar a temperatura de superfcie do invlucro e assim a classe de temperatura.

    Antes da colocao em servio de uma mquina girante reenrolada ou reparada, essencial assegurar que as aberturas da tampa do ventilador no esto bloqueadas ou danificadas, de forma a impedir a passagem do ar de resfriamento para a mquina, e que qualquer folga do ventilador esteja de acordo com os requisitos da norma do equipamento, se apropriado. Se um ventilador ou tampa do ventilador estiver danificado de tal forma que necessite a substituio por uma parte nova, as partes substituintes devem ser obtidas do fabricante. Se isto no for possvel, ento elas devem ter as mesmas dimenses e pelo menos a mesma qualidade das peas originais. Elas devem, quando apropriado, levar em considerao os requisitos da norma do equipamento para evitar centelhas por frico, cargas eletrostticas e agresses qumicas do ambiente onde a mquina utilizada.

    5.2.2 Entradas de cabos e eletrodutos

    Entradas em invlucros prova de exploso devem estar de acordo, aps o reparo ou reviso, com as condies detalhadas nas normas apropriadas do equipamento e/ou aos documentos de certificao onde aplicvel.

    5.2.3 Terminais

    Deve-se tomar cuidado quando da relocao de terminais para manter distncias de escoamento e isolao. Recomenda-se que qualquer substituio de terminais, buchas ou partes seja obtida do fabricante, ou estes devem estar conforme as normas apropriadas do equipamento e/ou documentos de certificao, onde aplicvel.

    5.2.4 Isolao

    Pode ser utilizada uma classe de isolao igual ou superior quela originalmente empregada, por exemplo, um enrolamento isolado com material classe E pode ser reparado utilizando material com classe de isolao F (ver IEC 60085).

    5.2.5 Conexes internas

    No existem requisitos particulares relativos a este tipo de proteo, mas reparos em conexes internas devem ser de um padro pelo menos equivalente ao projeto original.

    5.2.6 Enrolamentos

    5.2.6.1 Generalidades

    Os dados originais do enrolamento devem ser preferencialmente obtidos do fabricante. Se isso no for possvel, ento pode ser utilizada a tcnica de cpia do enrolamento. Os materiais utilizados no enrolamento devem estar de acordo com um sistema de isolamento apropriado. Se uma classe de isolao superior for proposta, comparada com a original, a capacidade nominal do enrolamento no pode ser elevada sem consulta ao fabricante, uma vez que a classe de temperatura do equipamento pode ser adversamente afetada.

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    5.2.6.2 Reparo de rotores de mquinas girantes

    Rotores do tipo gaiola injetada em alumnio defeituosos devem ser substitudos por rotores novos obtidos do fabricante ou de seu distribuidor. Rotores com gaiola com barras enroladas podem ser reenrolados utilizando materiais similares de especificao idntica. Cuidado particular necessrio para assegurar que, quando da substituio de condutores no rotor em gaiola, tais condutores estejam firmemente fixados nas ranhuras. Recomenda-se que o mtodo de obteno da fixao utilizado pelo fabricante seja adotado.

    5.2.6.3 Ensaios aps o reparo de enrolamentos

    5.2.6.3.1 Generalidades

    Os enrolamentos, aps o reparo total ou parcial, devem ser submetidos, preferencialmente com o equipamento montado, aos seguintes ensaios, tanto quanto sejam razoavelmente aplicveis. a) A resistncia de cada enrolamento deve ser medida na temperatura ambiente e verificada. No caso de

    enrolamentos trifsicos, a resistncia de cada fase ou entre os terminais de linha deve ser balanceada. O desbalanceamento (isto , a diferena entre o valor mais alto e o mais baixo) deve ser menor do que 5 % do valor mdio.

    b) O ensaio de resistncia do isolamento deve ser aplicado para medir a resistncia entre o enrolamento e terra, entre enrolamentos onde for possvel, entre enrolamentos e auxiliares, e entre auxiliares e terra. A tenso mnima de ensaio de 500 V c.c. recomendada.

    Os valores mnimos aceitveis de resistncia de isolamento so uma funo da tenso nominal, temperatura, tipo do equipamento e se o reenrolamento parcial ou completo.

    NOTA A resistncia do isolamento no deve ser menor que 20 M! a 20 C em um equipamento completamente reenrolado, para ser utilizado at 690 V.

    c) O ensaio de tenso aplicada, de acordo com a norma aplicvel, deve ser realizado entre enrolamentos e terra, entre enrolamentos onde for possvel, e entre enrolamentos e auxiliares fixados aos enrolamentos.

    d) O transformador ou equipamento similar deve ser preferencialmente energizado tenso de alimentao nominal. A corrente de alimentao, tenso e corrente secundria devem ser medidas. O valor medido deve ser comparado com os dados apresentados pelo fabricante, quando disponvel, e em sistemas trifsicos deve ser balanceado em todas as fases, tanto quanto possvel.

    e) Alta-tenso (por exemplo, 1 000 V c.a./1 500 V c.c. e acima) e outros equipamentos especiais podem requerer ensaios adicionais. Isto deve fazer parte do escopo do contrato de reparo ou reviso.

    5.2.6.3.2 Mquinas girantes

    Mquinas girantes, alm dos ensaios acima, devem ser submetidas aos seguintes ensaios, at o ponto que seja razoavelmente possvel.

    a) A mquina deve ser acionada velocidade nominal e a causa de qualquer rudo e/ou vibrao anormal deve ser investigada e corrigida.

    b) Os enrolamentos do estator de mquina do tipo gaiola devem ser energizados em uma tenso reduzida apropriada, com o rotor bloqueado, para obter entre 75 % e 125 % da corrente de plena carga e para verificar o balanceamento em todas as fases. (O ensaio, o qual em alguns aspectos uma alternativa para o ensaio a plena carga, utilizado para confirmar a integridade do enrolamento do estator e suas juntas e para indicar a presena de defeitos no rotor). O desbalanceamento deve ser menor do que 5 % do valor mdio.

    c) Mquinas de alta-tenso (isto 1 000 V c.a./1 500 V c.c. e acima) e mquinas do tipo no gaiola podem requerer ensaios alternativos e/ou adicionais. Isto deve fazer parte do escopo do contrato de reparo ou reviso.

    NOTA Orientaes sobre ensaios de tenso e ensaios adicionais para mquinas girantes so dadas na IEC 60034.

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    5.2.6.4 Sensores de temperatura

    Se sensores de temperatura forem instalados para monitorar as temperaturas dos enrolamentos, recomendado que eles sejam embutidos no enrolamento antes da impregnao com verniz e cura.

    5.2.7 Equipamentos auxiliares

    5.2.7.1 Sistema de freio prova de exploso

    Onde um sistema de freio prova de exploso, fixado a uma mquina girante, for tambm certificado e necessitar de reparo, recomendado que o sistema de freio retorne ao fabricante, juntamente com a mquina. Esta orientao recomendada em funo dos requisitos crticos de construo. Entretanto, tais reparos so possveis por um reparador alm do fabricante, desde que o reparador possua os desenhos e informaes necessrias recebidas do fabricante.

    5.2.7.2 Outros dispositivos auxiliares

    Onde dispositivos auxiliares so baseados em tipos diferentes de proteo, as sees correspondentes desta norma devem ser consultadas antes que qualquer reparo seja realizado.

    5.2.8 Partes transmissoras de luz

    Nenhuma tentativa deve ser feita para recimentar ou reparar partes transmissoras de luz, e somente substituio de montagens completas, como especificado pelo fabricante, deve ser utilizada. Partes transmissoras de luz ou outras partes feitas de plstico no podem ser limpas com solventes. Detergentes domsticos so recomendados para esta finalidade.

    5.2.9 Partes encapsuladas

    Em geral, partes encapsuladas (por exemplo, dispositivos de chaveamento) no so consideradas adequadas para reparo.

    5.2.10 Baterias

    Quando baterias so utilizadas, as recomendaes do fabricante devem ser seguidas.

    5.2.11 Lmpadas

    Os tipos de lmpadas especificados pelo fabricante devem ser utilizados como sobressalentes e as potncias mximas especificadas no podem ser excedidas.

    NOTA Recomenda-se que a posio de um refletor, se existente, ou a distncia entre a lmpada e a janela seja mantida.

    5.2.12 Porta-lmpadas

    Devem ser utilizadas somente peas de reposio especificadas pelo fabricante.

    5.2.13 Reatores

    Indutores ou capacitores devem ser substitudos somente por partes relacionadas pelo fabricante, a menos que o fabricante determine que alternativas possam ser utilizadas.

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    5.3 Recuperao

    A recuperao utilizando as tcnicas detalhadas em 4.4.2 pode ser utilizada com o tipo de proteo d, sujeita s restries desta seo.

    5.3.1 Invlucros

    5.3.1.1 Generalidades

    Convm que componentes de partes recuperadas de invlucros prova de exploso sejam utilizados somente se eles forem aprovados, quando apropriado, no ensaio de sobrepresso aplicvel. Costura metlica no pode ser utilizada.

    Danos a componentes que no sejam parte integral do invlucro prova de exploso, por exemplo, alas de fixao, podem ser reparadas por meio de solda ou costura metlica, mas convm que sejam tomados cuidados para assegurar que a integridade e a estabilidade do equipamento no sejam prejudicadas. particularmente importante verificar se qualquer trinca reparada no se propaga at o invlucro prova de exploso.

    O desempenho da recuperao ou do reparo pela tcnica de soldagem pode ser mais detalhado atravs de consideraes de diferentes materiais-base, por exemplo, alumnio ou ao. Se existirem incertezas, o reparador deve procurar recomendaes preferencialmente do fabricante, antes desta tcnica ser adotada. Soldagem de invlucros de ferro fundido no permitida sem a aprovao de um especialista em metalurgia.

    5.3.1.2 Juntas prova de exploso

    Convm que faces de juntas prova de exploso danificadas ou corrodas sejam usinadas, depois de consulta ao fabricante, sempre que possvel, somente se a folga da junta resultante e dimenses do flange no forem afetadas, de forma que eles transgridam os documentos de certificao. Se os documentos de certificao no estiverem disponveis, orientaes adicionais devem ser obtidas a partir do Anexo C.

    a) Juntas flangeadas: Soldagem, eletrodeposio e faces de juntas flangeadas reusinadas podem ser permitidas, quando levadas em considerao as limitaes das tcnicas (ver Seo 4). A utilizao da tcnica de metalizao permitida, contanto que a resistncia de juno da camada seja maior do que 40 MPa.

    b) Juntas cilndricas/encaixadas: A usinagem da parte macho requer a adio de metal para usinar a parte fmea (ou vice versa), assim assegurando que as dimenses da passagem de chama esto de acordo com a norma do equipamento e, quando apropriado, os documentos de certificao. Se somente uma pea for danificada, esta pea pode ser restaurada para as suas dimenses originais pela adio de metal e reusinagem. A adio de metal pode ser por eletrodeposio, embuchamento ou soldagem, mas a tcnica de metalizao que apresente uma resistncia de juno da camada menor do que 40 MPa no recomendada.

    c) Juntas roscadas: i) Entrada de cabos e eletrodutos: No recomendado que danos em rosca macho sejam recuperados;

    novos componentes devem ser utilizados. Roscas fmeas danificadas podem ser recuperadas utilizando tcnicas de soldagem do tipo MMA, MIG e TIG.

    ii) Tampas parafusadas: A recuperao de partes roscadas de tampas aparafusadas e dos alojamentos associados pode ser possvel utilizando as tcnicas de soldagem do tipo MMA, MIG e TIG.

    5.3.1.3 Furos roscados e fixadores

    Recuperaes de furos roscados devem ser executadas utilizando as tcnicas descritas em 4.4.2.4.8, levando em considerao os requisitos apresentados em 5.3.1.1.

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    5.3.2 Embuchamento

    Convm que sejam tomados cuidados para no introduzir um efeito de caminho de passagem de chama adicional. A bucha deve ser seguramente fixada.

    5.3.3 Eixos e mancais

    Eixos e alojamentos de mancais, incluindo juntas prova de exploso, podem ser recuperados pela utilizao de tcnicas de metalizao, embuchamento ou soldagem (exceto MMA). Qualquer usinagem subseqente deve ser adequada para as dimenses de caminho de passagem de chama como especificado na norma do equipamento e/ou nos documentos de certificao, conforme apropriado. Se os documentos de certificao no estiverem disponveis, mais informaes devem ser obtidas do Anexo C. Soldagens podem ser apropriadas, levando-se em considerao as limitaes desta tcnica (ver 4.4.2.4.5).

    5.3.4 Mancais de deslizamento ou de bucha

    Superfcies de mancais de bucha podem ser recuperadas pelas tcnicas de eletrodeposio, metalizao ou soldagem (exceto MMA).

    5.3.5 Rotores e estatores

    Se rotores e estatores necessitarem ser levemente usinados para a remoo de excentricidades e danos na superfcie, ento o aumento resultante do entreferro entre o rotor e estator no deve produzir, por exemplo, uma mudana nas caractersticas de pr-compresso ou uma mudana na temperatura externa superficial mais alta que infrinja a classe de temperatura da mquina. Se existir incerteza em relao a possveis efeitos prejudiciais, o reparador deve obter informaes preferencialmente do fabricante antes que este procedimento seja adotado.

    Ncleos de estatores danificados ou excntricos devem ser submetidos a um ensaio de fluxo para assegurar que no sejam deixados pontos quentes restantes que possam infringir a classe de temperatura ou causar dano subseqente nos enrolamentos do estator.

    5.4 Modificaes

    5.4.1 Invlucros

    Nenhuma modificao que afete a proteo contra exploso deve ser realizada em peas do invlucro prova de exploso sem consulta documentao de certificao e/ou ao fabricante ou, em circunstncias excepcionais, por exemplo, em comercializao descontinuada do fabricante, com a entidade certificadora.

    5.4.2 Entradas de cabos ou eletrodutos

    Entradas adicionais no podem ser feitas sem consulta documentao de certificao e/ou ao fabricante ou, em circunstncias excepcionais, por exemplo, em comercializao descontinuada do fabricante, com a entidade certificadora.

    Entradas indiretas, onde os condutores externos so conectados por meio de um plugue ou tomada ou no interior de uma caixa de ligao, no podem ser modificadas para entrada do tipo direta, ou seja, onde os condutores externos e cabos so conectados dentro do invlucro principal.

    5.4.3 Terminais

    A montagem de terminais contendo uma junta prova de exploso no pode ser modificada, por exemplo, por terminais com buchas entre a entrada indireta da caixa de ligao e o invlucro principal. Montagem de terminais no contendo uma junta prova de exploso pode ser substituda por alternativas de projeto adequado e construo em termos de nmeros, capacidade de conduo de corrente, distncias de isolamento e escoamento, e qualidade.

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    5.4.4 Enrolamentos

    Se um equipamento necessitar ser reenrolado para outra tenso, deve-se consultar o fabricante. Nestes casos deve ser assegurado que, por exemplo, a carga magntica, densidades de corrente e perdas no sejam aumentadas, que as novas distncias de isolamento e escoamento sejam observadas e a nova tenso esteja dentro dos limites dos documentos de certificao. A placa de identificao deve ser alterada para mostrar os novos parmetros.

    O reenrolamento de uma mquina girante para uma rotao diferente no pode ser realizado sem consulta ao fabricante, uma vez que as caractersticas trmicas da mquina podem ser significantemente alteradas para pontos localizados fora dos limites impostos pela classe de temperatura designada.

    5.4.5 Equipamentos auxiliares

    Em casos onde equipamentos auxiliares adicionais sejam requeridos, por exemplo, aquecedores anticondensao ou sensores de temperatura, o fabricante deve ser consultado para verificar esta viabilidade e o procedimento para a adio proposta.

    6 Requisitos adicionais para o reparo e reviso de equipamentos com tipo de proteo i (segurana intrnseca)

    6.1 Aplicao

    Esta seo contm requisitos adicionais para o reparo, reviso, recuperao e modificao de um equipamento com tipo de proteo i. Esta seo deve ser lida em conjunto com a Seo 4, a qual contm requisitos gerais e quaisquer outras sees apropriadas, se aplicvel. As normas aplicveis do equipamento que devem ser consultadas quando do reparo ou reviso de um equipamento Ex i so aquelas com as quais o equipamento foi originalmente fabricado.

    NOTA Um equipamento intrinsecamente seguro pode possuir um dos trs seguintes nveis de proteo: Ex ia, Ex ib e Ex ic. Entretanto, os requisitos para o reparo e reviso so aplicveis a todos os nveis de proteo, independentemente da classificao da rea (isto , zona 0, zona 1 ou zona 2) na qual o equipamento instalado. Alm disso, a segurana de sistemas intrinsecamente seguros depende de todas as partes dos equipamentos das quais eles so formados e da fiao de interconexo. Recomenda-se que a mesma considerao seja feita tanto s partes do sistema que so instaladas em reas no classificadas como s partes que so instaladas em reas classificadas.

    6.2 Reparo e reviso

    6.2.1 Invlucros

    Invlucros de equipamentos intrinsecamente seguros e de equipamentos associados so somente requeridos onde a segurana intrnseca dependente destes invlucros. Eles so, entretanto, freqentemente requeridos por outras razes. Desta forma, se o equipamento possuir um invlucro, as atividades de reparo e de reviso no devem reduzir o grau de proteo oferecido pelo invlucro (isto , o grau de proteo IP).

    6.2.2 Entradas de cabos

    Dispositivos especiais para a entrada de cabos so utilizados para manter o grau de proteo do invlucro. Quaisquer reparos no podem resultar na reduo do grau de proteo.

    6.2.3 Terminais

    Quando da substituio de compartimentos de terminais, quaisquer terminais substitudos devem ser normalmente do mesmo tipo daquele que foi substitudo. Onde o mesmo tipo de terminal no for disponvel, qualquer tipo alternativo deve satisfazer os requisitos de distncia de escoamento (de acordo com ndice Comparativo de Resistncia Superficial (ICRS/CTI)) e distncia de isolao especificados em norma para a mxima tenso do equipamento e a separao requerida em norma para evitar conexes cruzadas indevidas.

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    6.2.4 Conexes soldadas com estanho

    Quando for necessria a execuo de reparos que requeiram que tcnicas de soldagem com estanho sejam utilizadas, cuidados devem ser tomados para assegurar que as bases da certificao no sejam invalidadas, como, por exemplo,

    ! requisitos diferentes de redundncia so aplicveis para a conexo, dependendo se a soldagem feita manual ou mecanicamente;

    ! requisitos diferentes para distncias de escoamento so aplicveis, dependendo se a juno soldada encapada e revestida ou no.

    6.2.5 Fusveis

    Fusveis devem ser normalmente substitudos, em qualquer circunstncia, tanto por uma reposio de tipo idntico ou, se isto no for possvel, com um tipo alternativo que tenha

    ! a mesma corrente nominal ou menor;

    ! a mesma corrente de curto-circuito prospectiva ou superior para uma tenso igual ou superior;

    ! o mesmo tipo de construo;

    ! o mesmo tamanho fsico.

    Quando isto no for possvel, uma avaliao dos efeitos do fusvel escolhido sobre a segurana intrnseca deve ser efetuada por uma pessoa totalmente ciente dos requisitos da norma para a qual o equipamento foi originalmente fabricado e deve estar totalmente documentado.

    6.2.6 Rels

    Se um rel estiver com defeito, ele deve ser substitudo por um outro que seja idntico.

    6.2.7 Barreiras de segurana com diodo de derivao

    Estes dispositivos so totalmente encapsulados e nenhum reparo deve ser tentado. Quando um dispositivo do tipo barreira reposto, o componente substituto deve sempre possuir a mesma descrio de segurana e o valor adotado para Um deve ser igual ou maior do que Um da barreira original. Cuidado deve ser tomado tambm para que uma diferena fsica construtiva no destrua a distncia de separao de 50 mm requerida entre os circuitos intrinsecamente seguros e os circuitos no intrinsecamente seguros.

    6.2.8 Placas de circuito impresso

    Estas partes do equipamento freqentemente possuem distncias crticas entre trilhas condutoras (distncias de escoamento) que no devem ser reduzidas. Desta forma, quando componentes so substitudos, cuidados devem ser tomados no posicionamento destes sobre a placa. Onde o verniz danificado durante o reparo, verniz de isolao do tipo prescrito pelo fabricante deve ser aplicado, atravs de um mtodo aprovado, por exemplo, uma camada, se for utilizado o mtodo de imerso, ou duas camadas, se forem utilizados outros mtodos.

    6.2.9 Optoacopladores

    Somente componentes do mesmo tipo e certificao ou diretamente equivalentes devem ser utilizados como reposio.

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    6.2.10 Componentes eltricos

    Quando da substituio de componentes, tais como resistores, transistores, diodos zener etc., estes podem ser normalmente substitudos por itens comprados de qualquer origem, desde que sejam reposies idnticas. Em circunstncias excepcionais, entretanto, alguns fabricantes utilizam um procedimento do tipo seleo sob ensaio para alguns componentes. Quando este procedimento utilizado, a documentao fornecida com o equipamento deve indicar que estas reposies foram obtidas do fabricante do equipamento ou selecionadas atravs do mtodo que o fabricante recomenda.

    6.2.11 Baterias

    Somente aqueles tipos especificados nas instrues do fabricante do equipamento devem ser utilizados como reposio. Quando as baterias so encapsuladas, a montagem completa deve ser substituda.

    6.2.12 Fiao interna

    Determinadas distncias entre condutores e suas segregaes so crticas. Desta forma, se forem desarrumadas, a fiao interna deve ser recolocada na sua posio original. Se isolaes, malhas, capas externas e/ou dupla isolao da fiao ou o mtodo de fixao estiverem danificados, devem ser substitudos por material equivalente e/ou ser refixados na mesma configurao original.

    6.2.13 Transformadores

    Se um transformador for suspeito de estar defeituoso, a reposio deve ser obtida a partir do fabricante do equipamento. Nenhuma tentativa deve ser efetuada para reparar ou substituir qualquer dispositivo de desligamento trmico embutido (encapsulado).

    6.2.14 Componentes encapsulados

    Componentes encapsulados, tais como, por exemplo, baterias com resistores internos limitadores de corrente ou montagens do tipo diodo zener-fusvel, no so reparveis e devem ser substitudos somente com montagens do projeto original do fabricante do equipamento.

    6.2.15 Partes no eltricas

    Quando o equipamento possui partes no eltricas, tais como, por exemplo, acessrios ou janelas, que no afetam o circuito eltrico ou distncias de escoamento e de isolao e, portanto, a segurana intrnseca, estas partes podem ser substitudas por partes novas de tipos equivalentes.

    6.2.16 Ensaio

    Antes que equipamentos contendo circuitos intrinsecamente seguros sejam reinstalados em reas classificadas, aps a concluso do reparo ou reviso, a isolao entre o circuito intrinsecamente seguro e o invlucro deve ser verificada atravs da aplicao de uma tenso de 500 V c.a. de 50 Hz a 60 Hz entre os terminais e o invlucro, durante 1 min. Este ensaio pode ser omitido se o invlucro for feito de material isolante e se um lado do circuito for galvanicamente conectado ao invlucro por razes de segurana.

    6.3 Recuperao

    Nenhuma tentativa deve ser efetuada para recuperar componentes sobre os quais dependa a segurana intrnseca.

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    6.4 Modificaes

    Modificaes que possam afetar a segurana intrnseca do equipamento no podem ser executadas sem a consulta ao fabricante e/ou autoridade de certificao.

    Aps a modificao, o equipamento deve ser avaliado para assegurar que ele esteja conforme com a documentao do sistema intrinsecamente seguro, antes que ele seja recolocado em servio. recomendado que esta avaliao seja efetuada por uma pessoa que no seja aquela que efetuou a modificao.

    7 Requisitos adicionais para reparo e reviso de equipamentos com tipo de proteo p (pressurizado)

    7.1 Aplicao

    Esta seo contm requisitos adicionais para o reparo, reviso, recuperao e modificao de equipamentos com tipo de proteo p. Esta seo deve ser lida em conjunto com a Seo 4, a qual contm requisitos gerais, e qualquer outra seo apropriada, se aplicvel. As normas aplicveis de equipamentos que devem ser consultadas quando do reparo ou reviso de um equipamento Ex p so aquelas para as quais o equipamento foi originalmente fabricado (ver ABNT NBR IEC 60079-2).

    7.2 Reparo e reviso

    7.2.1 Invlucros

    Enquanto for prefervel a obteno de peas novas do fabricante, em princpio, uma parte danificada pode ser reparada ou substituda por outra, desde que, quando comparada com a original, ela

    ! possua no mnimo uma resistncia equivalente;

    ! no resulte em uma taxa de vazamento maior do gs de proteo;

    ! no restrinja a vazo do gs de proteo para dentro ou atravs do invlucro;

    ! no possua um formato ou a montagem de forma que permita que uma atmosfera potencialmente explosiva entre no invlucro;

    ! no seja uma construo que possa resultar em volumes de atmosferas estagnadas no interior do invlucro;

    ! no reduza a taxa de dissipao de calor a partir do invlucro ou de seus componentes, de forma que ele no mais esteja de acordo com a sua classe de temperatura.

    Gaxetas ou outros dispositivos de selagem devem ser substitudos por outros de mesmo material. Entretanto, um material diferente de gaxeta pode ser utilizado, desde que seja adequado para esta finalidade e compatvel com o meio ambiente.

    7.2.2 Entradas de cabos e eletrodutos

    Entradas de cabos e eletrodutos devem preservar o grau de proteo originalmente provido e no podem permitir o aumento do vazamento do gs de pressurizao.

    7.2.3 Terminais

    A preservao das distncias de isolamento e escoamento, conforme originalmente fornecidas, deve ser assegurada.

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    Impresso por: PETROBRAS

  • ABNT NBR IEC 60079-19:2008

    ABNT 2008 - Todos os direitos reservados 23

    7.2.4 Isolao

    Qualquer substituio da isolao utilizada no decorrer do reparo ou da reviso deve ser no mnimo da qualidade e classe da originalmente utilizada (ver IEC 60085).

    7.2.5 Conexes internas

    Conexes internas no podem ser eltrica, trmica ou mecanicamente inferiores quelas originalmente montadas, e devem estar de acordo com uma norma no mnimo equivalente quela do projeto original.

    7.2.6 Enrolamentos

    7.2.6.1 Generalidades

    Os dados originais do enrolamento devem ser preferencialmente obtidos do fabricante. Se isso no for possvel, ento pode ser utilizada a tcnica de cpia do enrolamento. Os materiais utilizados no enrolamento devem estar de acordo com um sistema de isolamento apropriado. Se uma classe de isolao superior for proposta, comparada com a original, a capacidade nominal do enrolamento no pode ser elevada sem consulta ao fabricante, uma vez que a classe de temperatura do equipamento pode ser adversamente afetada.

    7.2.6.2 Reparo de rotores de mquinas girantes

    Gaiolas de rotores de alumnio fundido defeituosas devem ser substitudas por rotores novos, obtidos a partir do fabricante ou seu distribuidor. Rotores com gaiola de barras enroladas devem ser reenrolados utilizando materiais similares ou de especificao superior. Cuidado especial necessrio para assegurar que, quando da substituio de condutores em uma gaiola de rotor, tais condutores esto firmemente ajustados nas ranhuras. O mtodo de obteno do ajuste utilizado pelo fabricante deve ser adotado.

    7.2.6.3 Ensaios aps o reparo de enrolamentos

    7.2.6.3.1 Generalidades

    Os enrolamentos, aps um reparo completo ou parcial, devem ser submetidos, com o equipamento montado, aos seguintes ensaios, tanto quanto razoavelmente aplicveis.

    a) A resistncia de cada enrolamento deve ser medida na temperatura ambiente e verificada. No caso de enrolamentos trifsicos, a resistncia de cada fase ou entre os terminais de linha deve estar balanceada tanto quanto razovel, sendo aceitvel um desbalano menor que 5 % do valor mdio.

    b) Um ensaio de resistncia de isolao deve ser aplicado para medir a resistncia entre os enrolamentos e a terra, entre os enrolamentos, onde possvel, entre enrolamentos e dispositivos auxiliares, e entre os dispositivos auxiliares e a terra. A tenso mnima de ensaio de 500 V c.c. recomendada. Os valores mnimos aceitveis de resistncia de isolao so uma funo da tenso nominal, temperatura, tipo do equipamento e se o reenrolamento for parcial ou completo.

    NOTA Recomenda-se que a resistncia de isolao no seja inferior a 20 M" a 20 C em um equipamento completamente reenrolado destinado para utilizao at 690 V.

    c) Um ensaio de tenso aplicada, de acordo com as normas aplicveis do equipamento, deve ser realizado entre os enrolamentos e a terra, entre enrolamentos onde for possvel, e entre enrolamentos e dispositivos auxiliares inseridos nos enrolamentos.

    d) O transformador ou equipamento similar deve preferencialmente ser energizado na tenso nominal de alimentao. A corrente de alimentao, tenso e corrente de secundrio devem ser medidas. Os valores medidas devem ser comparados com aqueles obtidos dos dados do fabricante, quando disponveis, e em sistemas trifsicos, devem ser balanceados em todas as fases, tanto quanto possvel.

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    e) Equipamentos de alta-tenso (por exemplo, 1 000 V c.a./1 500 V c.c. e acima) e outros equipamentos especiais podem requerer ensaios adicionais. Estes ensaios devem ser definidos