Nível de conhecimento tático defensivo no Basquetebol nas categorias de formação (13 a 18 Anos)

Nível de conhecimento tático defensivo no Basquetebol nas categorias de formação (13 a 18 Anos)

Andreza Sousa Almeida*Ronaldo Pacheco Oliveira Filho**

Curso de Educação Física – Universidade Católica de Brasília – UCB

_______________________________________________________________* Aluna do Curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília (UCB)** Prof. MSc. do Curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília (UCB)

Resumo

O presente estudo visa diagnosticar nível de conhecimento tático defensivo no basquetebol nas categorias de formação, identificando o grau de conscientização de técnicos e atletas quanto o conhecimento defensivo de basquetebol. Foram aplicados 20 (vinte) questionários destinados aos técnicos e 134 (cento e trinta e quatro) questionários destinados aos atletas. A metodologia empregada para o preenchimento foi auto-aplicável e com o acompanhamento da pesquisadora para eventuais esclarecimentos na qual obtive-se a seguinte conclusão: que os alunos entre 13 a 18 anos de idade apresentaram uma assimilação acentuada dos conceitos táticos defensivos mais comuns, sendo verificado que existe uma predominância por parte dos técnicos em enfatizar os conceitos de linha da bola, linha do passe, linha de ajuda, lado fraco e lado forte por serem de uma melhor compreensão. No entanto outros conceitos mais complexos ainda não estão bem assimilados, e estes deverão ser reforçados pelos técnicos, pois serão essenciais em uma prática de jogo num nível mais elevado.

PALAVRAS-CHAVE: basquetebol, conceitos defensivos, tipos de defesa.

2

Introdução

O basquetebol é uma das modalidades desportivas mais

populares do mundo e praticado por milhões de pessoas. Desde sua criação,

em 1891, o basquetebol evoluiu e passou por várias transformações em suas

regras, técnicas, e táticas. Tal evolução fez com que o basquetebol se tornasse

um esporte com um alto grau de complexidade técnica de seus movimentos. 3

No basquetebol é de suma importância a mudança rápida de

direção, tanto para enganar o adversário, como para também tentar

acompanhá-lo quando estivermos em posições defensivas.

No basquete vence a equipe que erra menos, portanto o papel de

uma boa defesa é levar o atacante ao erro. Sendo que a base de qualquer

equipe de basquetebol deve ser a estrutura defensiva. 5

É importante destacar que a defesa no basquetebol gera uma

ação coletiva, visando explorar a deficiência técnica individual de cada

oponente. Um dos pontos mais importantes para um bom defensor é o seu

estado psicológico.

O autor ressalta também que é necessário incentivar os trabalhos

defensivos dos jogadores, fazendo com que todos sejam valorizados, sendo os

aspectos psicológicos a base de uma defesa eficiente.

Dentre os aspectos psicológicos podemos destacar a motivação,

determinação, agressividade e concentração. Sendo que é na concentração

que se mantém a regularidade da equipe durante todo o jogo.

3

Dentre os aspectos defensivos, destaca-se também a tática a ser

trabalhada durante uma partida. As táticas defensivas devem ser aprimoradas

após a assimilação dos princípios básicos de marcação (postura,

agressividade, comunicação, entre outros). Após este estágio, a organização

tática coletiva da equipe deve ser aprimorada (cobertura, lado forte/fraco, linha

da bola, triângulo defensivo, trocas de marcação, 2em 1, entre outros).

O autor ressalta que estas organizações táticas da equipe são

determinadas a cada jogo, a cada temporada e, portanto, o que se espera da

equipe será mais indicado a cada jogo.

Tudo começou quando em 1891, ao longo do rigoroso inverno de

Massachussets, era impossível à prática de esportes ao ar livre. As poucas

opções de atividades físicas em locais fechados se restringiam a aulas de

ginástica, que pouco estimulavam os alunos. Foi então que o professor

canadense James Naismith, de 30 anos, pensou em criar um tipo de jogo, mas

esse não poderia ser tão agressivo quanto o futebol americano, para evitar

conflitos entre os alunos, e deveria ter um sentido coletivo. 2

Uma certeza deveria ser jogada com uma bola, que quicasse com

regularidade e o alvo deveria ficar a 3,05 de altura, onde imaginava que

nenhum jogador de defesa seria capaz de parar a bola que fosse arremessada

para o alvo. Nascia assim o basquetebol.

A regra número 1 define o basquetebol como "um esporte jogado

por duas equipes de cinco jogadores cada uma. O objetivo de cada equipe é o

de jogar a bola dentro da cesta do adversário e evitar que a outra equipe se

apodere dela ou faça pontos. A bola poderá ser passada, arremessada, batida

4

por tapas, rolada ou driblada em qualquer direção, respeitadas as restrições

impostas pelas regras do jogo. 1

Os sistemas defensivos são ações táticas coletivas que objetivam

um melhor rendimento defensivo. Para atingir esse objetivo o professor/técnico

deve atribuir funções aos jogadores, procurando relacionar suas características

individuais com as características do sistema utilizado. 4

Os sistemas de defesa em função das características próprias de

cada um deles podem ser classificadas em: individual, zona, sob pressão,

misto e combinado.

Na defesa o técnico não deve preocupar-se com sistemas

complexos; ao contrário, deve ensinar aos alunos os sistemas básicos,

encontrando, de preferência, um adversário com as mesmas características

individuais dos alunos e, em seguida, deve levar o aluno a marcar oponentes

com características diferentes das suas.

A defesa faz com que o defensor desenvolva o domínio corporal,

a antecipação, o ritmo e a leitura das características ofensivas dos oponentes

defensores, bem como o domínio espacial e movimentos básicos de defesa. 6

Segundo o autor para treinarmos uma boa defesa, faze-se

necessário compreender os principais conceitos básicos defensivos. 5

Posição Básica defensiva (PBD); os pés devem estar

paralelos, afastados a uma distância um pouco maior do que

a largura dos ombros. Pernas semi-flexionadas, com o tronco

ligeiramente inclinado à frente, de forma que o centro de

gravidade fique baixo, proporcionando um bom equilíbrio. A

5

visão voltada para frente, mantendo o oponente dentro do seu

campo de visão periférica. Os braços semi-flexionados e

livres para permitir maior equilíbrio e um ataque ao adversário

que estiver com a bola.

Linha da bola; reta imaginária traçada da bola às

extremidades laterais da quadra á linha central do aro.

Linha do passe; linhas imaginárias traçadas entre o jogador

de posse de bola e os jogadores atacantes sem bola.

Linha de ajuda; linha que passa de um centro do aro ao

outro, dividindo a quadra em lado fraco ou lado de ajuda e

lado forte.

Lado fraco ou de ajuda; a partir da linha de ajuda será

definido como lado fraco ou de ajuda, o lado aposto ao do

jogador atacante que mantém a posse de bola.

Lado forte; a partir da linha imaginária descrita

anteriormente, define-se como lado forte o lado onde o

jogador mantém a posse de bola.

Triângulo de defesa; O jogador que se encontra do lado

fraco ou de ajuda deve sempre estar no vértice do triângulo

cujas outras pontas devem ser o jogador com posse de bola e

o jogador ao qual ele marca.

Cantos de armadilha; São os cantos da quadra onde as

linhas ajudam a inibir a movimentação do atacante, facilitando

que a defesa dobre (dois marcadores sobre um atacante).

6

Marcação flutuada; quando se dar uma distância maior para

o atacante. Permite-se que ele drible ou permaneça com a

bola sem uma marcação muito próxima. Esta marcação pode

favorecer o arremesso, porem inibe a infiltração.

Marcação pressionada; marcação que tenta não permitir

que o atacante possa efetuar o drible ou um passe com

facilidade. O mesmo pode ser feito com o jogador sem bola

tentando impedi-lo de recebe-lá.

Estes princípios podem ser usados em qualquer tipo de defesa,

seja ela individual, zona ou mista. Cada uma delas pode ser utilizada em ¼ de

quadra, ½ quadra, ¾ da quadra ou quadra inteira.

A defesa individual é um sistema defensivo em que cada jogador

é responsável diretamente por um jogador atacante. Os princípios básicos da

defesa individual que são:

Executar uma boa marcação;

Mover-se quando a bola sai das mãos do atacante;

Devem ser agressivos, porém ajustando-se as regras do jogo;

Tentar evitar ao máximo a inversão de bola do lado forte para

o lado fraco;

Devem manter a bola sempre longe do corredor central;

Posicionar-se entre o atacante e a cesta;

Não tentar tomar a bola a qualquer custo cometendo faltas

desnecessárias;

7

Se o atacante estiver sem bola, o defensor poderá tentar se

antecipar ao passe e tentar conduzir o atacante para o seu

lado de menor habilidade.

A defesa por zona é o sistema em que cada jogador de defesa é

responsável por uma área da quadra, deslocando-se de acordo com a

movimentação da bola e cobrindo os companheiros.

Existem vários tipos de defesa por zona, sendo mais freqüentes

as defesas: 2-1-2, 2-3, 3-2, 1-2-2,1-3-1 e 1-1-3. A contagem destas defesas é

sempre feita a partir da quadra de ataque para a quadra de defesa.

De acordo com Ferreira & De Rose (2003), a defesa mista e o

tipo de marcação no qual se utilizam dois sistemas simultâneos em um mesmo

ataque. Enquanto uns jogadores marcam individualmente determinados

atacantes, outros defensores marcarão determinadas áreas da quadra.

A opção tática defensiva de uma equipe deve levar em

consideração os seguintes fatores: características dos jogadores da equipe,

filosofia de trabalho, características dos jogadores adversários e táticos

ofensiva das equipes adversárias.

O presente estudo visa diagnosticar nível de conhecimento tático

defensivo no basquetebol nas categorias de formação, e descrever a formação

e o aprendizado das práticas esportivas para crianças e adolescentes,

identificando o grau de conscientização de técnicos e atletas quanto o

conhecimento defensivo de basquetebol.

8

Metodologia

Foram aplicados 20 (vinte) questionários destinados aos técnicos

e 134 (cento e trinta e quatro) questionários destinados aos atletas. A coleta de

dados foi realizada em clubes e escolas da: Asa Sul, Asa Norte e Taguatinga.

Aplicaram-se dois questionários. O primeiro destinado aos atletas

com as seguintes variáveis: idade, tempo de pratica de basquetebol,

conhecimentos dos princípios táticos defensivos. E um segundo questionário

destinado aos técnicos com as seguintes variáveis: tempo de atuação,

execução de treinamento com o objetivo de identificar o conhecimento dos

profissionais da área em relação ao Basquetebol.

A metodologia empregada para o preenchimento foi auto-aplicável

e com o acompanhamento da pesquisadora para eventuais esclarecimentos.

Todos os questionários obtidos foram revisados e dúvidas foram confirmadas

e/ ou corrigidas com os atletas.

Resultados e Discussões

Este estudo teve como objetivo diagnosticar nível de

conhecimento tático defensivo no basquetebol nas categorias de formação.

A amostra foi composta por 134 atletas com idade de 13 a 18

anos, sendo 68 atletas com idade de 13 a 15 anos (50,7%) e 66 atletas com

idade de 16 a 18 anos (49,3%) (gráfico 1) e 20 técnicos.

9

48,50%

49,00%

49,50%

50,00%

50,50%

51,00%

ATLETAS

Gráfico 1 - Idade dos atletas

13 a 15 anos

16 a 18 anos

50,7%

49,3%

Para uma melhor compreensão os resultados encontrados após

aplicação das entrevistas aos atletas, encontra-se distribuídos em gráficos de 1

a 4 e tabelas de 1 a 4.

Quanto ao tempo de prática de basquete, dos 68 atletas (13 a 15

anos), 20 (29,4%) praticam a menos de dois anos e 48 (70,6%) praticam

basquete a mais de dois anos. Dos 66 (16 a 18 anos), 16 (24,2%) praticam a

menos de dois anos e 50 (75,8%) praticam a mais de dois anos. Sendo um

total de 26,9 % praticam basquete a menos de dois anos e 73,1% a mais de

dois anos (gráfico 2).

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

MAIS DE 2ANOS

MENOS DE2 ANOS

Gráfico 2 - Tempo de prática de basquete

13 a 15 anos

16 a 18 anos

70,6% 75,8%

29,4% 24,2%

10

No tocante aos tipos de defesa dos 134 atletas avaliados, 90,3%

já tiveram algum tipo de iniciação a defesa individual, 88,8% a defesa zona e

69,4% a defesa mista. Correlacionando os resultados dos 20 técnicos

avaliados com as defesas treinadas pelos atletas obteve-se os resultados a

seguir na tabela 1.

Tabela 1 - Tipos de defesas treinadas

DEFESA ATLETAS TÉCNICOSINDIVIDUAL 90,3% 95,0%ZONA 88,8% 70,0%MISTA 69,4% 55,0%

Com relação aos conceitos básicos defensivos foram

apresentados os seguintes resultados como mostra a tabela 2.

Tabela 2 – Conceitos Básicos Defensivos (Atletas)

conheço desconheço Já ouvir falarLinha da Bola 61,9% 18,7% 19,4%Linha do Passe 91,0% 5,2% 3,8%Linha de Ajuda 73,9% 14,2% 11,9%Lado Fraco 74,6% 12,7% 12,7%Lado Forte 79,1% 8,2% 12,7%Triângulo de defesa 64,2% 14,2% 21,6%Cantos de Armadilha 79,1% 14,9% 6,0%Marcação Flutuada 95,5% 2,2% 2,3%

É notório que os conceitos básicos defensivos são conhecidos

pela maioria dos atletas principalmente o conceito de marcação flutuada e o de

linha do passe, conforme mostra o gráfico 3.

11

Gráfico 3 - Conceitos Básicos Defensivos

Linha da Bola; 61,9%

Linha de Ajuda; 73,9%

Lado Fraco; 74,6%Lado Forte;

79,1%

Triângulo de defesa; 64,2%

Cantos de Armadilha;

79,1%

Linha do Passe; 91,0%

Marcação Flutuada;

95,5%Linha da Bola

Linha do Passe

Linha de Ajuda

Lado Fraco

Lado Forte

Triângulo de defesa

Cantos de Armadilha

Marcação Flutuada

Ao cruzarmos as afirmações de conhecimento dos atletas sobre

os conceitos de cada item com perguntas relacionadas a tais questões, foram

verificados os seguintes resultados (tabela 3):

Tabela 3 - Cruzamento de conhecimentos x conceitos

Conhecimento Conceito

conheço desconheçoJá ouvir

falarAcerto Erro

Linha do Passe 91,0% 5,2% 3,8% 84,3% 15,7%Linha de Ajuda 73,9% 14,2% 11,9% 85,8% 14,2%Lado Fraco 74,6% 12,7% 12,7% 83,6% 16,4%Lado Forte 79,1% 8,2% 12,7% 84,3% 15,7%Triângulo de Defesa 64,2% 14,2% 21,6% 68,7% 31,3%Cantos de Armadilha 79,1% 14,9% 6,0% 70,1% 29,9%

Diante desta tabela verificamos o nível de conhecimento através

do cruzamento de dados e conceitos e constatou-se que relacionado a linha do

passe, linha de ajuda, lado fraco e lado forte, ficou claro que a grande maioria

dos atletas, em torno de 83,6 % a 85,8% dos que afirmaram conhecer o

conceito conseguiram fundamentar tais conhecimentos.

12

Acredita-se que tal nível de conhecimento da ligação da 2ª

questão relacionada com a 1ª deve-se ao fato de serem conceitos

freqüentemente utilizados no trabalho de formação de equipes de basquetebol.

Com relação ao cruzamento dos conceitos triangulo de defesa e

cantos de armadilha, obtivemos um maior número de atletas que

desconheciam ou apenas já tinha ouvido falar sobre o conceito de defesa.

Além disso os que afirmaram que conheciam os dois conceitos de defesa,

obtiveram maior nº de erro no cruzamento dos dados.

Tal situação pode tanto acontecer pelo fato de serem conceitos

mais complexos, que envolvem mais de um aspecto defensivo (triângulo de

defesa) e por se tratar de uma questão específica de defesa por pressão

(cantos de armadilha).

Com relação à amostra dos técnicos obtivemos os seguintes

resultados (Gráfico 4).

Gráfico 4 - Tempo de Atuação dos Técnicos

40%

60%

MAIS DE 4 ANOS

MENOS DE 4 ANOS

13

Com relação às respostas dos alunos, cruzando com as

respostas dos técnicos podemos verificar o seguinte resultado descrito na

tabela 4.

Tabela 4 - Cruzamento do conhecimento dos atletas x treinamento dos técnicosATLETAS TÉCNICOS

conheço desconheçoJá ouvir

falarJá

TreineiNão

TreineiPretendo Treinar

Linha da Bola 61,9% 18,7% 19,4% 100,0% 0,0% 0,0%Linha do

Passe91,0% 5,2% 3,8%

100,0% 0,0% 0,0%Linha de

Ajuda73,9% 14,2% 11,9%

95,0% 0,0% 5,0%Lado Fraco 74,6% 12,7% 12,7% 95,0% 0,0% 5,0%Lado Forte 79,1% 8,2% 12,7% 100,0% 0,0% 0,0%

Triângulo de Defesa

64,2% 14,2% 21,6%75,0% 0,0% 25,0%

Cantos de Armadilha

79,1% 14,9% 6,0%65,0% 0,0% 35,0%

Marcação Flutuada

95,5% 2,2% 2,3%95,0% 5,0% 0,0%

O conceito linha da bola apresenta uma disparidade entre o

número de respostas colhidas de atletas e técnicas. Enquanto todos os

técnicos afirmaram já ter trabalhado o conceito linha de bola, 38,1%

desconhecem ou apenas ouviu falar sobre o mesmo.

Em relação ao conceito da linha do passe e marcação flutuada

existiu uma coerência entre conhecimento dos atletas e a execução de

treinamento dos técnicos.

Nos conceitos linha de ajuda, lado fraco e lado forte há uma

menor disparidade com relação a linha da bola.

Baseado no que foi dito na tabela 3, por tratar-se de um conceito

mais complexo, triângulo de defesa apresentou uma diferença significante no

14

que diz respeito à prática dos técnicos em relação ao conhecimento dos

atletas.

No que diz respeito a cantos de armadilhas, também citado na

tabela 3, trata-se de uma especificidade para determinados tipos de defesa,

ficando evidenciado pelo baixo número de técnicos que já treinaram tal

conceito com os atletas entrevistados.

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Conclusão

Este artigo teve como objetivo avaliar o nível de conhecimento

tático defensivo de basquetebol nas categorias de formação. Podemos

constatar que os conceitos mais comuns, como linha do passe, linha de ajuda,

lado fraco e lado forte, foram bem assimilados pelos atletas entrevistados,

sendo importante destacar que esses conceitos são de suma importância para

as categorias de formação. Mais no que tange a aplicação desses conceitos

pelos técnicos, 100% afirmou terem inserido tais conceitos para os atletas,

mais tal metodologia não tem sido totalmente compreendidas pelos

entrevistados.

No que diz respeito aos conceitos mais complexos, como o

triangulo de defesa e cantos de armadilha, existe um baixo rendimento de

conhecimento por serem de nomenclatura diferentes e por se tratar de

conceitos de especificidade para determinados tipos de defesa.

Concluiu-se no presente estudo, que os alunos entre 13 a 18

anos de idade apresentaram uma assimilação acentuada dos conceitos táticos

defensivos mais comuns, sendo verificado que existe uma predominância por

parte dos técnicos em enfatizar esses conceitos por serem de uma melhor

compreensão. No entanto outros conceitos mais complexos ainda não estão

bem assimilados, e estes deverão ser reforçados pelos técnicos, pois serão

essenciais em uma prática de jogo num nível mais elevado.

Diante do exposto, é importante ressaltar que esses conceitos

bem aplicados principalmente nas categorias de 13 a 15 anos facilitam a

assimilação de conceitos mais complexos nas categorias de 16 a 18 anos.

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Referências

1. CBB. Regras oficiais de Basketball e Manual dos árbitros. São Paulo: CBB, 2004.

2. COUTINHO, NILTON F. Basquetebol na escola. Rio de Janeiro: 2ª edição. Sprint, 2003.

3. DE ROSE JR., D. & TRICOLI, V. Basquetebol: uma visão integrada entre ciência e prática. Barueri: Manole, 2005.

4. FERREIRA, A.E.X. & DE ROSE JR., D. Basquetebol: técnicas e táticas. Uma abordagem didático-pedagógica. São Paulo: EPU, 2003.

5. OLIVEIRA FILHO, RONALDO P. Basquetebol: princípios técnicos e táticos. Brasília, Universa, 2003.

6. OLIVEIRA, V. & PAES, R.R. Aprendizagem e competição precoce: o caso do basquetebol. Campinas: Ed. da Unicamp, 1996.

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ANEXOS

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Anexo I – Instrumento de Coleta de Dados

Questionário

NÍVEL DE CONHECIMENTO DEFENSIVO DE BASQUETEBOL NAS CATEGORIAS DE FORMAÇÃO (13 a 18 anos)

ATLETAS

Idade:

( ) 13 a 15 anos ( ) 16 a 18 anos

Há quantos anos você pratica basquete?

( ) menos de 2 anos ( ) mais de 2 anos

Quais os tipos de defesa você já treinou?

( ) Individual ( ) Zona ( ) Mista

Com relação aos conceitos básicos defensivos responda aos questionamentos:

Linha da bola: reta imaginária traçada da bola às extremidades laterais da quadra á linha central do aro. ( ) Conheço ( ) Desconheço ( ) Já ouvir falar

Linha do passe; linhas imaginárias traçadas entre o jogador de posse de bola e os jogadores atacantes sem bola.

( ) Conheço ( ) Desconheço ( ) Já ouvir falar

Linha de ajuda; linha que passa de um centro do aro ao outro, dividindo a quadra em lado fraco ou lado de ajuda e lado forte.


Lado fraco ou de ajuda; a partir da linha de ajuda será definido como lado fraco ou de ajuda, o lado aposto ao do jogador atacante que mantém a posse de bola.


Lado forte; a partir da linha imaginária descrita anteriormente, define-se como lado forte o lado onde o jogador mantém a posse de bola.


Triângulo de defesa; O jogador que se encontra do lado fraco ou de ajuda deve sempre estar no vértice do triângulo cujas outras pontas devem ser o jogador com posse de bola e o jogador ao qual ele marca.


Cantos de armadilha; São os cantos da quadra onde as linhas ajudam a inibir a movimentação do atacante, facilitando que a defesa dobre (dois marcadores sobre um atacante).


Marcação flutuada; quando se dar uma distância maior para o atacante. Permite-se que ele drible ou permaneça com a bola sem uma marcação muito próxima. Esta marcação pode favorecer o arremesso, porem inibe a infiltração.


Marque se concorda ou discorda com a afirmação. Se não tem opinião formada deixe em branco.

Na defesa com antecipação, o defensor procura antecipar à linha do passe buscando impedir que os atacantes recebam a bola.

( ) Concordo ( ) Discordo

No caso de infiltração de um atacante que não seja o que o defensor esteja marcando, este defensor deve mover-se para impedir a ação do atacante que infiltra, mantendo a posição básica.


Lado Fraco : O lado da quadra onde está à bola. ( ) Concordo ( ) Discordo

O defensor deve antecipar à linha do passe buscando impedir que os atacantes recebam a bola, utilizando a visão periférica para antecipar e interceptar os passes.


Cantos de armadilha, lugar da quadra de basquetebol, onde se faz 2 em 1 na defesa. Existem seis pontos, preferenciais, para realizar; nos quatro cantos da quadra e mais entre a linha lateral e a do meio da quadra.


O defensor, quando não estiver marcando o atacante com a posse de bola, deve aproximar-se da cesta, mantendo a visão no jogador com a posse da bola, no seu marcador e na cesta. Deve sempre ajustar seu posicionamento com a movimentação dos atacantes.


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Questionário

NÍVEL DE CONHECIMENTO DEFENSIVO DE BASQUETEBOL NAS CATEGORIAS DE FORMAÇÃO (13 a 18 anos)

TÉCNICOS

Quanto tempo de atuação na área basquetebol?

( ) menos de 4 anos ( ) mais de 4 anos

Quais os tipos de defesa você já treinou com seus alunos?

( ) Individual ( ) Zona ( ) Mista

Com relação aos conceitos básicos defensivos, marcando com um (X), responda aos

questionamentos.

CONCEITOS Já treinei Não treinei Pretendo treinarLinha da Bola

Linha do PasseLinha de Ajuda

Lado Fraco ou de AjudaLado Forte

Triângulo de defesaCantos de Armadilha

Marcação Flutuada

Marque se concorda ou discorda com a afirmação. Se não tem opinião formada deixe em branco.

Na defesa com antecipação, o defensor procura antecipar à linha do passe buscando impedir que os atacantes recebam a bola.


No caso de infiltração de um atacante que não seja o que o defensor esteja marcando, este defensor deve mover-se para impedir a ação do atacante que infiltra, mantendo a posição básica.


Lado Fraco : O lado da quadra onde está a bola. ( ) Concordo ( ) Discordo

O defensor deve antecipar à linha do passe buscando impedir que os atacantes recebam a bola, utilizando a visão periférica para antecipar e interceptar os passes.


Cantos de armadilha, lugar da quadra de basquetebol, onde se faz 2 em 1 na defesa. Existem seis pontos, preferenciais, para realizar; nos quatro cantos da quadra e mais entre a linha lateral e a do meio da quadra.


O defensor, quando não estiver marcando o atacante com a posse de bola, deve aproximar-se da cesta, mantendo a visão no jogador com a posse da bola, no seu marcador e na cesta. Deve sempre ajustar seu posicionamento com a movimentação dos atacantes.


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