O PROJOVEM URBANO E A POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE Regina Novaes.
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O PROJOVEM URBANOO PROJOVEM URBANO
E A POLÍTICA NACIONALE A POLÍTICA NACIONALDE JUVENTUDEDE JUVENTUDE
Regina NovaesRegina Novaes
Sumário
• Juventude e Sociedade:jogos de espelhos
• As PPJs e os temas mobilizadores da juventude de hoje
• As unidades Formativas do Projovem urbano e a perspectiva geracional
Juventude e Sociedade:jogo de espelhos
Em cada tempo e lugar são muitas as juventudes.
• É necessário compreender as sociedades
em que vivem as diferentes gerações (espelho retrovisor).
• É necessário compreender as marcas geracionais comuns que caracterizam um determinado tempo histórico (espelho agigantador).
Desigualdades e discriminações se combinam,produzindo diferentes graus de vulnerabilidade.
Fatores geradores de desigualdades sociais:
• Origem social e níveis de renda familiar;• Disparidades econômicas entre regiões de um mesmo país, entre campo e cidade.
Juventude espelho retrovisor
Fatores geradores de preconceitos e discriminações:Recortes étnicos, raciais e de gênero.Deficiências físicas e mentais. Diversidade de Orientação sexual.Pertencimento religioso.Pertencimentos associativos e políticos. Pertencimentos a galeras, gangues, torcidas organizadas.
Espelho agigantador
O que significa ser jovem em um tempo de:
trabalho restritivo e mutante; multiplicação de violências
(físicas e simbólicas); evidentes de riscos ecológicos;
rápidas mudanças tecnológicas?
Diferentes caminhos de transição para a vida adulta:
múltiplas trajetórias juvenis
Processos de Transiçãopara a vida adulta
Padrões consolidados após segunda guerra:
• Seqüência linear e previsível de acontecimentos no curso da vida:
Saída da escola, ingresso no mercado de trabalho, saída da casa dos pais, formação de um novo domicílio pelo casamento e nascimento do primeiro filho.
Novos padrões:
• Novas relações entre escolaridade e inserção nomundo do trabalho;
• Dissociação entre sexualidade e casamento;• Novos arranjos familiares;• Novas maneiras de “estar no mundo”
(tecnologias de informação e comunicação)
Situações intermediárias, reversíveis e coincidentes:
• Solteiro ou casado?
• Trabalhador ou estudante?
• Trabalhador ou desempregado?
• Incluído ou excluído?
• Longe ou perto da morte?
• Isolado ou conectado?
Nichos e temas atuais indutores da participação juvenil
Demandas comuns?>>>>>>> Políticas Públicas de Juventude
Educação e Trabalho: muita urgência de uma nova articulação nos moldes do Século XXI com inclusão digital (NTICs e software livre)
Arte e Cultura: expressão de identidades, fruição e inserção produtiva.
Qualidade de vida juvenil: sustentabilidade socio- ambiental; saúde, esporte, lazer.
Direitos humanos e valorização da diversidade: contra violência, por vida segura , pela paz.
Cenário atual: Reconhecimento das múltiplasformas de participação juvenil:
• Nos partidos, movimento estudantil, sindicatos, associações, grupos culturais, grupos religiosos, grupos e redes ambientalistas, jovens de Projetos, grupos e redes de gênero, de orientação sexual, de raça/etnia; de jovens com deficiência.
Políticas Públicas de Juventude ?
POLÍTICAS PARA A JUVENTUDE
POLÍTICAS COM A JUVENTUDE
POLÍTICAS DE JUVENTUDE
ProJovem urbano
Contribui para consolidaçãode Políticas Públicas de
Juventude
Programa experimentale emergencial
Pode produzir efeitos dinamizadores
em Políticas Estruturais
PROJOVEM URBANOUnidades Formativase temas integradores
• Juventude e Cultura
• Juventude e Cidade
• Juventude e Trabalho
• Juventude e Comunicação
• Juventude e Tecnologia
• Juventude e Cidadania
Culturas Juvenis?
• A cultura é o lócus de constante invenção e reinvenção de formas e canais de comunicação entre diferentes gerações e instituições sociais.
• As conquistas tecnológicas modificam a comunicação, a socialização, a “visão do tamanho do mundo” entre gerações.
• Hoje aceleram-se os processos de contato e se ampliam as possibilidades de hibridismo cultural. Diversidades e identidades se manifestam em um mesmo país, entre países, regiões e continentes.
• A propagação veloz de símbolos e valores pelo mundo
afora permite que jovens - de diferentes condições sociais e de diferentes locais do mundo - de alguma forma partilhem um mesmo universo de referência.
A “cultura” —fruição, criação e produção, dimensão econômica —
é um elemento estruturante da vivência juvenil, mas tem sido
pouco incorporada às preocupações dos gestores públicos (Conjuve, 2006).
Juventude e Cultura
• Apenas 10,1% dos jovens costumam ir ao cinema (Unesco, 2004)
• Cerca da metade dos jovens quase nunca vai ao cinema ou biblioteca. (Unesco, 2004)
• 85,8% dos jovens se informam através da televisão (Ibase/Polis, 2005)
• 78% dos jovens nunca participaram da produção de informações em meios de comunicação (jornais de escola, fanzines, TVs, rádios comunitárias, produção de vídeo, etc) (IBASE/POLIS, 2005)
Nos bairros, favelas, comunidades os grupos culturais funcionam como articuladores de identidades e se tornam referências na elaboração de projetos individuais e coletivos.
• E o que são os “grupos culturais”?São grupos que, por meio de ritmos, gestos, rituais e palavras, instituem sentidos, negociam significados, buscam visibilidade pública, disputam adesões de jovens.
• A literatura tem registrado grupos de jovens voltados para esportes, para rádios comunitárias, para o teatro, a dança e variados estilos musicais (rock, punk, heavy metal, reggae, hip hop, funk, entre outros).
• Estes grupos inventam e reinventam estilos que se tornam formas de expressão e comunicação entre significativos contingentes juvenis.
Nas escolas
“Faz-se, muitas vezes, política pobre, para pobres: há quadras, mas não há bolas; as aulas de dança são ofertadas por voluntários, em chão esburacado; tem televisão, mas não tem vídeo nem DVD; não tem computador. Além disso, o uso das escolas nos finais de semana acaba explicitando uma dicotomia entre a escola aberta à comunidade e às suas manifestações culturais, nos fins de semana, e uma escola fechada (por portões e grades), durante a semana. Essas realidades precisam dialogar entre si. A escola e seu currículo erudito podem e devem abrir espaço para as manifestações populares e dos jovens. Isso pode ampliar as possibilidades de aprendizagem e de incentivo a novas produções culturais”. (Conjuve 2006).
Nas cidades
Ainda são poucas as ofertas de cultura e lazer (cinema, teatro, música, cinema, dança, artes plásticas, novas mídias etc) e boa parte delas se localiza nas regiões centrais de grandes cidades, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.
• Não é por acaso que a demanda por equipamentos culturais é uma das prioridades de grupos e movimentos juvenis
(Conjuve, 2006).
No ProJovemJuventude e Cultura
• Ser jovem hoje
• A Cultura da Comunidade (saberes, fazeres, crenças e expressões artísticas)
• Sofrer preconceitos e discriminação?
• Como são as relações entre hábitos culturais e o cuidado com a natureza no local onde vivo?
Juventude e Cidade
• A cartografia urbana revela históricos processos de exclusão.
• Territórios conjugam fragilidades econômicas, falta de infra estrutura e a violência do tráfico e da polícia.
• Jovens moradores de áreas pobres e violentas sofrem “discriminação por endereço”
PPI
Juventude e Cidade
• Viver na cidade
• Meu bairro, meu território.
• A Violência urbana invade o dia a dia dos jovens?
• Educação, trabalho e lazer ao alcance de todos?
• Saneamento básico é importante.
Juventude e trabalho
• No Brasil o trabalho também faz a juventude (Marilia Spósito).
• Polêmica: qual o lugar que o trabalho deve ocuparna vida dos jovens?
• Políticas públicas: como enfrentar o desemprego juvenil?
Duas posições:A) Postergar
(com estímulos para permanência na escola visando melhores condições de entrada no mercado de trabalho);
B) Considerar diferentes trajetórias e favorecer a inserção (via cursos de curta duração, subsídios às empresas, parcerias com organizações sociais que forma e se encarregam da inserção de jovens).
PPI Juventude e Trabalho
• Ser jovem: aprendendo e trabalhando
• Ser jovem é ser consumidor?
• A violência e minha situação de trabalho.
• Direitos de trabalhador: quem tem?
• Como o trabalho que faço e/ou quero fazer afeta o meio ambiente?
Trabalho: ampliar o campo de possibilidades a partirde diferentes trajetórias
• De cada 10 jovens brasileiros de 15 a 24 anos, sete estão ligados de alguma forma ao mercado de trabalho.(Almanaque da Juventude, 2007).
• Indagados sobre os principais conceitos associados ao trabalho, os jovens indicaram: necessidade (64%), independência (55%),crescimento (47%) e auto realização (29%) (respostas múltiplas) (Pesquisa Perfil da Juventude Brasileira -IBASE/Polis)
PPI: perspectiva geracional(escutas e aprendizados mútuos)
• Diálogo intergeracional• Investir na formação de adultos que
trabalham com jovens (no presente e futuramente).
• Diálogo intrageracional* Os jovens do ProJovem devem ter
oportunidades de se aproximar dos espaços e organizações juvenis por meio da participação cidadã.