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1 UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Direito 1º Termo A - Noturno Alexander V. Lopes Arielly Beatriz S. Jesus Carmelo M. Oliveira Driele B. G. de Aquino Fabrício C. S. Farinaci Franciane Fachini Josiely D. Lima Luis Fernando R. Dos Santos Maria Ap. Sacramento Patrícia B. N. Dutra Priscila Ricardo Morte nas Religiões – Cultura Religiosa Araçatuba - SP 2010

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Direito 1º Termo A - Noturno

Alexander V. Lopes Arielly

Beatriz S. Jesus Carmelo M. Oliveira

Driele B. G. de Aquino Fabrício C. S. Farinaci

Franciane Fachini Josiely D. Lima

Luis Fernando R. Dos Santos Maria Ap. Sacramento

Patrícia B. N. Dutra Priscila Ricardo

Morte nas Religiões – Cultura Religiosa

Araçatuba - SP 2010

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Direito 1º Termo A - Noturno

Morte nas Religiões – Cultura Religiosa Trabalho de Pesquisas sobre a morte nas religiões para obtenção de nota de fechamento de semestre UniSALESIANO –Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium. Professora: Aparecida S. P. Tocchio

Araçatuba - SP 2010

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AGRADECIMENTOS

A Profª. Aparecida S. P. Tocchio, pela habilidade com que orientou nosso trabalho.

À bibliotecária Meire Dalva Veríssima de Moraes, pela

correção das referências bibliográficas e a utilização dos matérias da biblioteca para elaboração desse trabalho.

A Profª. Terezinha valbueno Lopes, por ceder sua casa para as

reuniões do grupo para a elaboração do trabalho. Aos Alunos do grupo que possibilitaram as pesquisas na internet para

a coleta de dados necessários.

Aos Sites Wikipédia, a enciclopédia livre, vidaperpetua.com.br e dharmanet.com.br, que possibilitaram a coleta de

dados necessários.

À Universidade Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, que cedeu os laboratórios e os materiais para elaboração deste

trabalho.

Direção

Pe. Luigi Favero Diretor Geral

Prof. Dr. André Luís Ornellas

Vice-Diretor

Claudinéia Ramos Penido Secretária Escolar

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Sumário

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6

1. Morte .................................................................................................................................. 6

1.2. Considerações ................................................................................................................. 6

1.3. Morte humana ................................................................................................................ 7

2. Islamismo ............................................................................................................................... 9

2.1. O dia do Julgamento Final ............................................................................................. 10

2.2. A predestinação .............................................................................................................. 11

2.3. Conhecendo o islamismo ............................................................................................... 11

2.4. Vida após a morte .......................................................................................................... 12

2.5. Islamismo inferno .......................................................................................................... 18

2.6. Islamismo céu ................................................................................................................ 20

2.7. Céu (religião) ................................................................................................................. 21

3. Judaísmo .............................................................................................................................. 22

3.1. Conceitos de vida e morte .............................................................................................. 23

3.2. Ressurreição e a vida além-morte .................................................................................. 23

3.3. Shivá .............................................................................................................................. 24

4. Protestantismo .................................................................................................................... 25

4.1. Definição ........................................................................................................................ 25

4.2. Morte no Protestantismo ................................................................................................ 25

5. Budismo ............................................................................................................................... 27

5.1. O Momento da Morte e o Estado de Morte ................................................................... 27

5.2. O desequilíbrio do grande elemento terra ...................................................................... 29

5.3. Funeral ........................................................................................................................... 29

6. Catolicismo .......................................................................................................................... 31

6.1. Catolicismo Origem.......................................................................................................31

6.2. A Morte: o primeiro novíssimo ..................................................................................... 31

6.3. Juízo: o segundo novíssimo ........................................................................................... 33

6.4. Do Juízo Particular A alma culpada diante do Juiz ....................................................... 33

6.5. Do Juízo Particular II .................................................................................................... 34

6.6. O Paraíso Celeste ........................................................................................................... 36

6.7. Felicidade do Céu .......................................................................................................... 36

6.8. O Inferno ........................................................................................................................ 38

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7. Maçonaria ........................................................................................................................... 39

7.1. Os seus princípios .......................................................................................................... 41

7.2. Seu Lema ....................................................................................................................... 41

7.3. Objetivo ......................................................................................................................... 41

7.4. Moral .............................................................................................................................. 41

7.5. Virtude ........................................................................................................................... 42

7.6. Dever .............................................................................................................................. 42

7.7. Da concepção de Morte para os Maçons. ...................................................................... 42

7.8. Do Ritual mortuário. ...................................................................................................... 43

8. Espiritismo .......................................................................................................................... 45

8.1. A visão espírita da morte ............................................................................................... 45

8.2. Ritual Fúnebre ................................................................................................................ 45

8.2.1 Falecimento .............................................................................................................. 46

8.2.2 O Caixão ................................................................................................................... 46

8.2.3 Velório ...................................................................................................................... 46

8.2.4 Condolências ............................................................................................................ 47

8.2.5 Vestimentas .............................................................................................................. 47

8.2.6 Os Enlutados ............................................................................................................ 47

8.2.7 Enterro ...................................................................................................................... 47

8.2.8 Cortejo ...................................................................................................................... 47

8.2.9 O LUTO ................................................................................................................... 48

9. Candomblé .......................................................................................................................... 49

9.1. Morte no Candomblé ..................................................................................................... 49

9.2. Nos Culto-Afros ............................................................................................................. 50

10. Conclusão...........................................................................................................................50

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.........................................................................................51

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INTRODUÇÃO

1. Morte

A morte (do latim mors), o óbito (do latim obitu), falecimento (falecer+mento) ou

passamento (passar+mento)[4] são termos que podem referir-se tanto ao término da vida de

um organismo como ao estado desse organismo depois do evento. As alegorias comuns da

morte são o Anjo da Morte, a cor negra, ou o famoso túnel com luminosidade ao fundo.

A morte é o fenômeno natural que mais se tem discutido tanto em religião, ciência, opiniões

diversas. O Homem, desde o princípio dos tempos, tem a caracterizado com misticismo,

magia, mistério, segredo. Para os céticos, a morte compreende o cessar da consciência,

exatamente quando o cérebro deixa de executar suas funcionalidades.

1.2. Considerações

Biologicamente, a morte pode ocorrer para o todo o organismo ou apenas para parte

dele. É possível para células individuais, ou mesmo órgãos, morrerem e ainda assim o

organismo continuar a viver. Muitas células individuais vivem por apenas pouco tempo e a

maior parte das células de um organismo são continuamente substituídas por novas células.

A substituição de células, através da divisão celular, é definida pelo tamanho dos

telômeros e ao fim de um certo número de divisões, cessa. Ao final deste ciclo de renovação

celular, não há mais replicação, e o organismo terá de funcionar com cada vez menos células.

Isso influenciará o desempenho dos órgãos num processo degenerativo até o ponto em que

não haverá mais condições de propagação de sinais químicos para o funcionamento das

funções vitais do organismo; o que seria morte natural por velhice.

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Também é possível que um animal continue vivo, mas sem sinal de atividade cerebral

(morte cerebral); nestas condições, tecidos e órgãos vivem e podem ser usados para

transplantes. Porém, neste caso, os tecidos sobreviventes precisam ser removidos e

transplantados rapidamente ou morrerão também. Em raros casos, algumas células podem

sobreviver, como no caso de Henrietta Lacks (um caso em que células cancerígenas foram

retiradas do seu corpo por um cientista, continuando a multiplicar-se indefinidamente).

A irreversibilidade é normalmente citada como um atributo da morte. Cientificamente,

é impossível trazer de novo à vida um organismo morto. Se um organismo vive, é porque

ainda não morreu anteriormente. No entanto, muitas pessoas não acreditam que a morte física

é sempre e necessariamente irreversível, enquanto outras acreditam em ressuscitação do

espírito ou do corpo e outras ainda, têm esperança que futuros avanços científicos e

tecnológicos possam trazê-las de volta à vida, utilizando técnicas ainda embrionárias, tais

como a criogenia ou outros meios de ressuscitação ainda por descobrir.Alguns biólogos

acreditam que a função da morte é primariamente permitir a evolução.

1.3. Morte humana

Historicamente, tentativas de definir o momento exacto da morte foram problemáticas.

A identificação do momento exacto da morte é importante, entre outros casos, no transplante

de órgãos, porque tais órgãos precisam de ser transplantados (cirurgicamente) o mais rápido

possível.Morte foi anteriormente definida como paragem cardíaca e respiratória mas, com o

desenvolvimento da ressuscitação cardiopulmonar e desfibrilação, surgia um dilema: ou a

definição de morte estava errada, ou técnicas que realmente ressuscitavam uma pessoa foram

descobertas (em vários casos, respiração e pulso cardíaco podem ser restabelecidos). A

primeira explicação foi aceita, e actualmente, a definição médica de morte é conhecida como

morte clínica, morte cerebral ou paragem cardíaca irreversível. A morte cerebral é definida

pela cessação de actividade eléctrica no cérebro. Porém, aqueles que mantêm que apenas o

neo-córtex do cérebro é necessário para a consciência argumentam que só a actividade

eléctrica do neo-córtex deve ser considerada para definir a morte. Na maioria das vezes, é

usada uma definição mais conservadora de morte: a interrupção da actividade eléctrica no

cérebro como um todo, e não apenas no neo-córtex, é adoptada, como, por exemplo, na

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"Definição Uniforme de Morte" nos Estados Unidos. Até nesses casos, a definição de morte

pode ser difícil. EEGs podem detectar pequenos impulsos eléctricos onde nenhum existe,

enquanto houve casos onde actividade cerebral em um dado cérebro mostrou-se baixa demais

para que EEGs os detectassem. Por causa disso, vários hospitais possuem elaborados

protocolos determinando morte envolvendo EEGs em intervalos separados.

A história médica contem muitas referências a pessoas que foram declaradas mortas

por médicos, e durante os procedimentos para embalsamento eram encontradas vivas.

Histórias de pessoas enterradas vivas (e assumindo que não foram embalsamadas) levaram

um inventor no começo do século XX a desenhar um sistema de alarme que poderia ser

activado dentro do caixão.

Por causa das dificuldades na definição de morte, na maioria dos protocolos de

emergência, mais de uma confirmação de morte (de médicos diferentes) é necessária. Alguns

protocolos de treinamento, por exemplo, afirmam que uma pessoa não deve ser considerada

morta a não ser que indicações óbvias que a morte ocorreu existam, como decapitação ou

dano extremo ao corpo. Face a qualquer possibilidade de vida, e na ausência de uma ordem de

não-ressuscitação, equipes de emergência devem proceder ao transporte o mais imediato

possível até ao hospital, para que o paciente possa ser examinado por um médico. Isso leva à

situação comum de um paciente ser dado como morto à chegada do hospital.

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2. Islamismo

Islão (português europeu) ou Islã (português brasileiro) (do árabe ـــ�م transl. al-Islām) é uma ,ا�س

religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos

religiosos do profeta Maomé (Muhammad) e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é

conhecida ainda por islamismo.

Na visão muçulmana, o Islão surgiu desde a criação do homem, ou seja, desde Adão,

sendo este o primeiro profeta dentre inúmeros outros, para diversos povos, sendo o último

deles Maomé.[1]

Cerca de duzentos anos após Maomé, o Islão já se tinha difundido em todo o Médio

Oriente, no Norte de África e na península Ibérica, bem como na direcção da antiga Pérsia e

Índia. Mais tarde, o Islão atingiu a Anatólia, os Balcãs e a África subsaariana. Recentes

movimentos migratórios de populações muçulmanas no sentido da Europa e do continente

americano levaram ao aparecimento de comunidades muçulmanas nestes territórios.[2]

A mensagem do Islão caracteriza-se pela sua simplicidade: para atingir a salvação

basta acreditar num único Deus, rezar cinco vezes por dia voltado para Meca, submeter-se ao

jejum anual no mês do Ramadão, pagar dádivas rituais e efectuar, se possível, uma

peregrinação à cidade de Meca.

O Islão é visto pelos seus aderentes como um modo de vida que inclui instruções que

se relacionam com todos os aspectos da actividade humana, sejam eles políticos, sociais,

financeiros, legais, militares ou interpessoais. A distinção ocidental entre o espiritual e

temporal é, em teoria, alheia ao Islão

Islão provem do árabe Islām, que por sua vez deriva da quarta forma verbal da raiz

slm, aslama, e significa "submissão (a Deus)".[3] Segundo o arabista e filólogo José Pedro

Machado a palavra "Islão" não teria surgido na língua portuguesa antes de 1843, ano em que

aparece no capítulo IX da obra Eurico, o Presbítero de Alexandre Herculano.[4]

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O Islão é descrito em árabe como um "diin", o que significa "modo de vida" e/ou

"religião" e possui uma relação etimológica com outras palavras árabes como Salaam ou

Shalam, que significam "paz".[5]

Muçulmano, por sua vez, deriva da palavra árabe muslim (plural, muslimún), particípio

activo do verbo aslama, designando "aquele que se submete". O vocábulo pode ter penetrado

no português a partir do castelhano, sendo provável que esta língua o tenha tomado do italiano

ou do francês, línguas nas quais o vocábulo surge em 1619 e 1657, respectivamente (no

primeiro caso como mossulmani na obra Viaggi de Pietro della Valle e no segundo como

mousulmans na obra Voyages de Le Gouz de la Boullaye).[6]

Em textos mais antigos, os muçulmanos eram conhecidos como "maometanos", este

termo tem vindo a cair em desuso porque implica, incorrectamente, que os muçulmanos

adoram Maomé (como, durante alguns séculos, por completo desconhecimento, o Ocidente

pensou), o que torna o termo ofensivo para muitos muçulmanos. Durante a Idade Média e, por

extensão, nas lendas e narrativas populares cristãs, os muçulmanos eram também designados

como sarracenos e também por mouros (embora este último termo designasse mais

concretamente os muçulmanos naturais do Magrebe que se encontravam na Península

Ibérica).

Islão pode se referir também ao conjunto de países que seguem esta religião (a

jurisprudência islâmica utiliza neste caso a expressão Dar-al-Islam, "casa do Islão").

2.1. O dia do Julgamento Final

Segundo as crenças islâmicas, o dia do Julgamento Final (Yaum al-Qiyamah) é o

momento em que cada ser humano será ressuscitado e julgado na presença de Deus pelas

acções que praticou. Os seres humanos livres de pecado serão enviados directamente para o

Paraíso, enquanto que os pecadores devem permanecer algum tempo no Inferno antes de

poderem também entrar no Paraíso. As únicas pessoas que permanecerão para sempre no

Inferno são os hipócritas religiosos, isto é, aqueles que se diziam muçulmanos mas de facto

nunca o foram.

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Segundo a mesma crença, a chegada do Julgamento Final será antecedida por vários

sinais, como o nascimento do sol no poente, o som de uma trombeta e o aparecimento de uma

besta. De acordo com o Alcorão o mundo não acabará verdadeiramente, mas sofrerá antes

uma alteração profunda.

2.2. A predestinação

Os muçulmanos acreditam no qadar, uma palavra geralmente traduzida como

"predestinação", mas cujo sentido mais preciso é "medir" ou "decidir quantidade ou

qualidade". Uma vez que, para o islamismo, Deus foi o criador de tudo, incluindo dos seres

humanos, e sendo uma das suas características a omnisciência, ele já sabia quando procedeu à

criação as características de cada elemento da sua obra teria. Assim sendo, cada coisa que

acontece a uma pessoa foi determinada por Deus. Esta crença não implica a rejeição do livre

arbítrio, pois o ser humano foi criado por Deus com a faculdade da razão, pelo que pode

escolher entre praticar acções positivas ou negativas

2.3. Conhecendo o islamismo MATTHEW GORDON

Assim como as outras religiões, o Islamismo é um produto da história, no decurso da

qual ele interagiu com outras crenças e com uma grande variedade de povos. As diferenças

doutrinais existentes na comunidade islâmica tendem a refletir o grande leque de experiências

e ambientes étnicos e culturais do mundo muçulmano. Esta introdução concisa e acessível

descreve e explica a evolução do Islamismo.

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2.4. Vida após a morte

A questão da vida após a morte sempre tem agitado as mentes das pessoas pertencentes a

todas as religiões e idades semelhantes. Há também a visão ateísta, que nega totalmente a

possibilidade de vida após a morte. As religiões que acreditam em vida após a morte podem

ser divididos em duas categorias.

1. Aqueles que acreditam na reencarnação da alma de uma pessoa morta em um ser

humano ou animal nova forma de existência.

2. Aqueles que crêem em um estado sobrenatural da existência após a morte.

O ponto de vista ateu está fora do domínio desta discussão. Tanto a doutrina islâmica

como está em causa, o Islão pertence a essa categoria de religiões que rejeita totalmente

qualquer possibilidade de reencarnação, sob qualquer forma. Mas aqueles que acreditam em

alguma forma sobrenatural da existência carnal ou espiritual são divididas entre si em muitos

aviões assim. Dentro de cada religião o entendimento é diferente. Assim, com referência à

posição defendida pelos seguidores de várias religiões, nenhuma crença pode ser atribuído a

elas sem medo de contradição.

No Islã se existem pontos de vista diferentes realizadas por diferentes seitas ou estudiosos

muçulmanos. O entendimento geral tende a perceber a forma sobrenatural como muito

semelhante ao carnal aqui na terra. O conceito de céu e inferno, consequentemente apresentar

uma imagem material ao invés de uma imagem espiritual das coisas de ser. Céu se apresenta,

de acordo com seu conceito, como um grande jardim imensamente literalmente cheio de belas

árvores sombras eternas em que os rios fluirão. Os rios seriam de leite e mel. O jardim será

frutífero e todo o homem pode desejar de frutas seria o seu a seu comando. A carne seria a de

aves de todos os tipos, é apenas um desejo para que a carne que ele anseia em particular.

companheiras de superior beleza e requinte seriam fornecidos para os homens piedosos, sem

limite de imposto sobre o número, que será decidido de acordo com sua capacidade. Tal

como muitos como eles podem lidar com a vontade de ser deles. O que fariam? Como eles

se relacionam uns com os outros? Será que vão ter filhos ou levar uma vida estéril do gozo?

Estas são todas as questões discutíveis. O prazer, tal como é concebido, é intensamente

sensual. Nenhum trabalho a ser executado, não trabalho para ser desperdiçado, nenhum

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esforço deve ser feito. A vida perfeita (como se a vida pode ser chamado de perfeito) e de

total indolência completo, com a opção de comer em excesso e beber mais, porque também o

vinho será que flui próximo aos rios de leite e mel. Sem medo de dispepsia ou intoxicação!

Reclinada sobre almofadas celestial de sedas e brocados, eles vão embora seu tempo longe da

eterna bem-aventurança - mas o que é uma bem-aventurança eterna!

No Islã, há outros que rejeitamos categoricamente essa compreensão ingênua das

referências do Alcorão para o céu, e provar, com referência a muitos versículos do Alcorão

Sagrado que o que ele descreve é apenas imagens metafóricas, que não tem carnalidade sobre

ele. Na verdade, o Alcorão Sagrado torna muito claro que a forma de existência da vida por

vir vai ser tão diferente de todas as formas conhecidas de vida aqui na terra, que está além da

imaginação humana, mesmo a ter o menor vislumbre das realidades sobrenaturais.

Vamos levantá-lo em uma forma de que você não tem o menor conhecimento. Surah Al-

Waqiah (cap. 56: v.62)

Esta é a afirmação categórica do Alcorão sobre o assunto. Nos últimos tempos, o

fundador da Comunidade Ahmadiyya, Hadrat Mirza Ghulam Ahmad (as) de Qadian,

apresentou esta visão da existência espiritual, contra a existência carnal e no seu excelente

tratado original, intitulada " The Philosophy of os ensinamentos do Islã . "Todos os pontos de

vista defendida no livro são bem documentados com as referências do Alcorão e as tradições

do santo fundador do Islã. Um breve relato é reproduzido aqui.

Segundo seu estudo profundo, a vida no futuro não seria material. Em vez disso, seria

de natureza espiritual de que só podemos visualizar determinados aspectos. Não podemos

determinar com precisão como as coisas vão tomar forma. Uma das características mais

marcantes de sua visão dos problemas a seguir a alma do parto para outra entidade rara, que

ocupam a mesma posição em relação à alma como a alma ocupa em relação à nossa existência

carnal aqui na terra. O nascimento de uma alma dentro da alma vai estar relacionado ao tipo

de vida que vivemos aqui na terra. Se nossas vidas aqui são gastos em submissão à vontade

de Deus e de acordo com Seus mandamentos, nossos gostos e cultura tornam-se gradualmente

em sintonia para desfrutar os prazeres espirituais, contra os prazeres carnais. Dentro da alma

uma espécie de alma embrionária começa a tomar forma. Novo faculdades são nascidos e

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novos sabores são adquiridos, em que aqueles acostumados aos prazeres carnais não encontrar

nenhum prazer. Estes novos tipos de refinados os seres humanos podem encontrar o conteúdo

de seu coração. Sacrifício, em vez de usurpação de direitos dos outros se torna agradável.

Perdão tem a vantagem de vingança, amor e sem qualquer motivo egoísta nasce como uma

segunda natureza, que substitui todas as relações que têm segundas intenções. Assim, pode-se

dizer que uma nova alma dentro da alma está na forja.

Todas essas projeções sobre o desenvolvimento da alma são inferências de vários

versículos do Alcorão Sagrado, mas a natureza exata dos acontecimentos futuros não pode ser

determinada com precisão. Só podemos dizer que algo nesse sentido, terá lugar, os detalhes

do que estão além do alcance da compreensão humana. Existem certos aspectos da nova vida

que precisam ser discutidos. O conceito de inferno e céu no Islã é completamente diferente

do realizado vista normalmente. O céu eo inferno não são dois lugares diferentes do tempo e

do espaço que ocupa em separado. De acordo com o Alcorão Sagrado, o céu cobre todo o

universo. "Onde estaria o inferno então? perguntou alguns dos companheiros do Profeta.

"No mesmo local, era a resposta ', mas você não tem a faculdade de compreender a sua

coexistência." Isso quer dizer que em termos humanos comuns, eles podem parecem ocupar o

mesmo espaço-tempo, mas, na realidade, porque pertencem a diferentes dimensões, então eles

vão coexistir sem interferência e inter-relacionados uns com os outros.

Mas qual é o significado de bem-aventurança celestial, as torturas do fogo do

inferno? Em resposta a esta pergunta, o Messias prometido (as) ilustrou a questão nos

seguintes termos: Se um homem está quase morrendo de sede, e é saudável, a água fria pode

proporcionar-lhe prazer profundamente satisfatório, como não pode ser derivada da

experiência ordinária de água potável, ou mesmo a deliciosa bebida mais da sua escolha. Se

um homem tem sede e fome, bem, e ele precisa de uma fonte imediata de energia, um cacho

de uvas refrigerados podem fornecê-lo com profunda satisfação, como não é vivida pelo

mesmo em circunstâncias normais. Mas o pré-requisito para esses prazeres É uma boa saúde.

Agora visualize um homem muito doente, que é nauseabundo e tentando vomitar qualquer

líquido é deixado por ele, e está à beira da morte por desidratação. Ofereça-lhe um copo de

água fresca, refrigerada ou um punhado de uvas, então não mencionar seu aceitá-las, uma

simples olhadela deles criaria um estado de revolta e repúdio absoluto nele.

Em figuras como essas, o Messias prometido (as) deixou claro que o céu eo inferno são

apenas questões de relatividade. Uma alma saudável, que adquiriu o gosto por coisas boas,

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quando trouxe uma maior proximidade dos objetos de sua escolha, atrairei ainda mais prazer

do que antes. Tudo o que um homem espiritual saudável era o desejo era a proximidade de

Deus e Seus atributos e imitar as virtudes divinas. No céu, como uma alma saudável iria

começar a ver e imaginar e sentir a proximidade dos atributos de Deus como nunca antes.

Eles, de acordo com o Messias prometido, não permaneceria apenas valores espirituais, mas

que adquirem formas etéreas e formas, que o recém-nascido espírito celeste beneficiaria com

a ajuda da alma de outrora, que funcionaria como o corpo. Que novamente seria uma questão

de relatividade. O inverso será verdadeiro inferno, no sentido de que uma alma saudável

criaria um corpo saudável para a nova alma do futuro. E os mesmos fatores que proporcionam

prazer para a alma saudável proporcionaria tortura e sofrimento profundo por esta entidade

insalubre.

Quando nos referimos a mente ou alma em relação ao nosso corpo carnal, existe

uma grande diferença na natureza de sua existência, que é quase inconcebível. Cada parte do

corpo está vivo e pulsante de vida, não só em termos materiais, mas também na consciência.

Cada partícula do corpo humano é dotado de algum tipo de consciência. Os cientistas tentam

expressar essa consciência em termos de pulsos eletrônicos, mas essa é uma maneira muito

crua de descrever a consciência global e da mente subconsciente e do sistema imunológico e

outras funções independentes consciente do corpo humano, que ainda se encontram muito

além do nosso poder de compreensão.

Então o que é essa consciência? Como pode ser definido e explicado - que "eu

Ultimate 'em todos os seres vivos. Podemos referir a ele como ego em termos psicológicos?

Mas nunca um psicólogo conseguiu definir o ego. Trata-se de que algo que em termos

religiosos é descrita como a alma. Não há nenhuma maneira que nós podemos medir a

distância entre a alma eo corpo carnal. Em termos de raridade, a alma ainda mais cruel em

nossa percepção, é tão raro e ultra-sofisticado que em nada pode ser comparado ao corpo que

ela ocupa. Agora tente imaginar o cenário do nascimento de uma alma dentro da alma ao

longo de bilhões de anos. No final de um longo dia, encontramos uma alma dentro de uma

alma, que teria a mesma comparação em termos de raridade como uma alma humana aqui na

terra com o corpo humano. Algo semelhante a esta irá ter lugar, e em termos relativos, a

existência futura de vida também têm dois estados combinados em uma única entidade. Em

termos relativos, um estado como seria o corpo e como alma. Em comparação ao nosso

corpo, nossa alma parece como um corpo à essência evoluiu recentemente de existência.

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Para mais informações, os leitores são aconselhados a ler o tratado completo , que

aborda não só com este assunto, mas aborda também alguns outros temas muito interessantes

que agitam as mentes das pessoas em todo o mundo.

Em suma, cada pessoa cria seu próprio inferno, ou o seu próprio paraíso, e de

acordo com seu próprio estado cada céu difere de outras pessoas o céu, e cada um inferno

diferente do outro pessoa o inferno, mas aparentemente eles ocupam o mesmo espaço e tempo

em dimensões sobrenaturais.

O que acontece com a alma do homem entre o tempo de sua morte carnal e sua

ressurreição no Dia do Juízo? O Profeta Sagrado (SA) é relatado ter dito que após a morte de

nossas janelas se abrirá na sepultura, para as pessoas piedosas, janelas aberto do céu, e para as

pessoas perversas que abrem para o inferno. No entanto, se tivéssemos de abrir uma

sepultura, nós não encontramos nenhum windows! Assim, a aceitação literal dessas palavras

não vai transmitir o verdadeiro significado deste tema. É impossível que o Profeta Sagrado

(SA) deve sempre desinformar-nos, aqui, portanto, ele tinha que estar falando

metaforicamente. Se não fosse assim, então toda vez que cavar uma cova, devemos encontrar

as janelas, que abrem para o inferno, ou deixar no ar perfumado e agradável do paraíso. Mas

testemunhamos nenhuma destas. Então, o que Santo Profeta palavras a dizer?

O túmulo é realmente uma fase intermediária de existência entre a vida ea vida

futura. Aqui, a vida espiritual progredir gradualmente por várias fases até chegar a seu

destino final. Então, pelo Comando de Deus, a trombeta será soada, e da forma espiritual

final virá a ser. Neste período transitório, de almas diferentes que passam através de um

simulacro de paraíso ou no inferno antes de chegar a sua fase final de perfeição, apto e pronto

a ser levantada em uma entidade totalmente transformado. O Alcorão ilustra muito bem este

conceito:

Sua primeira criação e sua segunda criação será idêntico. Luqman Surata (cap. 31: V.29)

Refletindo sobre o nascimento de uma criança de uma única célula, encontra-se a

seguinte declaração do Alcorão:

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Veja como Deus dá-lhe várias formas no útero. Surah Al-Imran (cap. 3: V.7)

Agora o assunto está relacionado com o tema das duas criações idênticas acima

mencionados. Tomemos por exemplo o caso das crianças, como são congenitamente mal.

Eles fazem contrato doença de repente não no momento da entrega, e que gradualmente se

transformar em um estado de morbidez que é progressiva e que começa a partir do momento

da sua embrionária precoce. Da mesma forma, a alma de uma pessoa que está espiritualmente

doente, na medida em que fase embrionária antes da sua ressurreição final, no Dia do Juízo

Final, irá sofrer com uma aparência de inferno e continuará a ser desconfortável nesse período

do túmulo como faz uma criança saudável no ventre de sua mãe. Os caminhos de uma

criança saudável são totalmente diferentes, até mesmo seus chutes é apreciada pela mãe.

A questão que agora se coloca é: Será que o progresso da alma também como a

criança no ventre da mãe, e vai passar por todas essas fases? resposta a esta pode ser

encontrada no próprio verso do mesmo o Alcorão: "Ma khalakakum O wa ma illa basukum ka

nafsin Wahidin '- a sua primeira criação e sua segunda criação será idêntico.

Para entender a criação em segundo lugar, precisamos entender a forma como o

bebê toma forma no ventre de uma mãe. Essas formas aparentemente ter apenas nove meses

para se desenvolver, enquanto, na realidade, a criação da vida se espalha ao longo de bilhões

de anos. Voltando ao início da vida zoológico, o bebê passa por quase todas as etapas da

evolução da vida. Desde o início da gravidez, através de seu ponto culminante nove meses

depois, o desenvolvimento da criança reflete todas as fases de criação. Em outras palavras,

todas as fases de evolução são repetidas nestes nove meses, um após o outro, e em velocidade

tão grande que está além da nossa imaginação. Ela mantém viva as etapas do sistema de

evolução, e apresenta uma foto dele.

A criação da vida passou por um longo período de desenvolvimento para alcançar a

forma que nós testemunhamos em nove meses. Isso esclarece o fato de que o período de nossa

primeira criação foi muito longo, e segundo a nossa criação também abrangem um longo

período. Ao estudar estes nove meses, podemos aprender algo de bilhões de anos da história

de vida, e também sobre a evolução das almas do outro mundo. Talvez seja seguro para se

inferir que o tempo desde o início da origem da vida para a criação definitiva do homem,

talvez fosse necessário mais uma vez para o desenvolvimento da alma após a morte.

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Em apoio a este raciocínio, o Alcorão afirma categoricamente que, quando as almas são

ressuscitados eles vão falar um ao outro, tentando determinar quanto tempo eles permaneciam

na terra. Alguns dirão, 'Nós permanecido por um dia ", enquanto os outros vão dizer' até

mesmo para menos de um dia." Deus, então, dizer: 'Não, mesmo que não é correto. " Em

outras palavras, Deus vai dizer que "Você permanecido na terra por muito menos do que

aquilo que você estima." Na realidade, a relação de um tempo de vida de uma pequena parte

do dia é mais ou menos na mesma proporção que o tempo da alma, a ressurreição terão de

toda a sua vida anterior. Quanto mais longe alguma coisa é, menor ele aparece. Nossa

infância parece ser uma experiência de poucos segundos. Quanto maior a distância entre as

estrelas, os menores que aparecem. O que Deus está tentando nos dizer é que nós não nos

encontramos julgados nos próximos dias muito depois que morremos. Em vez disso, o

julgamento terá lugar nesse futuro longínquo que nossas vidas passadas, vai parecer uma

questão de alguns segundos para nós, como um pequeno ponto muito longe.

Em suma, a ressurreição do homem é descrito como uma transformação que ele

não pode prever e um evento que é tão certo quanto a sua existência aqui na terra. Todos estes

assuntos foram explicadas em pormenor no Alcorão Sagrado.

2.5. Islamismo inferno

No Islã, o inferno é eterno, consistindo em sete portões pelos quais entram as várias

categorias de condenados, sejam eles muçulmanos injustos ou não-muçulmanos. Como na

crença judaica, para o islamismo o inferno também é um lugar de purificação das almas, onde

aqueles que, se ao menos um dia de suas vidas acreditaram que Deus (Allah) é único, não

Gerou e nem Foi gerado, terão suas almas levadas ao Paraíso um dia. Não raro, é comum a

crença de que no Islã o castigo é eterno, por ter bases fundamentalistas de alguns praticantes,

pelo fato de o Alcorão mencionar diversas vezes a palavra castigo e sofrimento no fogo do

inferno. Porém é fato que o mesmo Texto deixa claro que existem condições para se pagar os

pecados e sofrer as consequencias, como também existem meios de se alcançar o perdão para

o não banimento ao inferno por meio de aplicações de condutas que condizem com os bons

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costumes e a maneira de enxergar Deus, a vida e a forma de como deverá cada ser conduzi-la,

a ponto de pagarem seus pecados post mortem, ou alcançarem a graça do perdão DivinInferno

.

Ilustração medieval do inferno no Hortus

deliciarum, manuscrito de Herrad de Landsberg

(cerca de 1180).

Inferno é um termo usado por diferentes religiões,

mitologias e filosofias, representando a morada dos

mortos, ou lugar de grande sofrimento e de

condenação. A origem do termo é latina: infernum,

que significa "as profundezas" ou o "mundo

inferior".

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Outra opinião sobre Inferno no Islamismo

No islamismo, o inferno é um lugar de fogo e tormento. Alá preparou-o para ser cheio com os

Jinni (maus espíritos) e seres humanos, e ninguém vai escapar. Foi criado tanto para os

injustos como para os justos. No Alcorão, no Sura (um capítulo do alcorão) Al Hijr 15.43,44,

"o Gehenna [inferno] será a terra prometida de todos eles. Sete portões ele tem, e em cada

portão uma porção destinada a eles". Também lemos no Sura Maryam 19.71: "Nenhum de

vocês lá está, mas vai descer até ele [inferno], pois para o vosso Senhor é uma coisa

decretada, determinada. Então, libertaremos aqueles que temiam a Deus".

Ali Ibn Abi Talib (o terceiro Califa) certa vez perguntou: "Você sabe com o que se parecem

os portões do Gehenna?" Então ele pôs uma mão sobre a outra indicando que há sete portões,

um em cima do outro, Al Baidawi (um comentarista) disse: "Ele tem sete portões através dos

quais eles serão admitidos pelo seu grande número. As camadas que eles vão descer conforme

a sua graduação, são rspectivamente: Gahanna, o mais alto, é para os monoteístas rebeldes; o

segundo, Al Laza [fornalha], é para os judeus; o terceiro é Al Hutama [o esmagado], que é

para os cristãos; o quarto é Al-Sa’ir [a fogueira], para os Sabaenos; o quinto, Saqar [calor

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ardente], é para os adoradores do fogo; o sexto é o inferno, que é para os incrédulos; e o

sétimo é a Fossa para os enganadores".

2.6. Islamismo céu

No Qur'an, o paraíso é denominado "Firdous", a palavra etimologicamente equivalente

ao termo original em velho persa, e usada no lugar de Paraíso para descrever um lugar

aprazível de vida após a morte, acessível aos que oram, fazem doações para a caridade e lêem

o Qur’an.[17] Também é usado no Qur'an para descrever os céus em sentido literal, isto é,

sobre a Terra

Paraíso em um conceito geral

A palavra paraíso deriva do termo avéstico pairi-daeza (uma área/jardim murada),

composto por pairi- (ao redor), um cognato do grego peri-, e -diz (criar, fazer). Uma palavra

associada é o sânscrito paradesha que literalmente significa país supremo.

Lugares habitualmente vistos como analogias de paraíso incluem:

• O lugar ideal, na terra ou utopia, outrora representado pelo Jardim do Éden.

• Um lugar descrito por diferentes religiões onde o clima é ameno, há abundância de

alimentos e recursos, e não há guerras, doenças ou morte. Normalmente, a vida no

paraíso seria a recompensa após a morte para as almas dos que seguem corretamente

os preceitos de cada religião.

• Um jardim cercado ao estilo dos jardins persas, algumas vezes chamado de "jardim

paradisíaco".

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2.7. Céu (religião)

Dante e Beatriz fitam o Céu Superior (o Empíreo).

Ilustração de Gustave Doré para A Divina Comédia.

Céu (ou paraíso) é um conceito de vida após a morte

encontrado em muitas religiões ou filosofias espirituais.

Aqueles que acreditam no Céu geralmente consideram que ele

(ou o Inferno) é a destinação pós-vida de muitos ou todos os

seres humanos. Em circunstâncias insólitas, e de acordo com

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

muitos testemunhos e tradições, os seres humanos tiveram conhecimento pessoal do Céu. Eles

presumem que isso ocorreu com o propósito de que ensinassem o restante da humanidade

sobre a vida, o Céu e Deus.

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3. Judaísmo

Judaísmo (em hebraico יהדות, transl. Yahadút) é o nome dado à religião do povo

judeu, a mais antiga das três principais religiões monoteístas (as outras duas são o

cristianismo e o islamismo).

Surgido da religião mosaica, o judaísmo, apesar de suas ramificações, defende um

conjunto de doutrinas que o distingue de outras religiões: a crença monoteísta em YHWH (às

vezes chamado Adonai ("Meu Senhor"), ou ainda HaShem ("O Nome") - ver Nomes de Deus

no Judaísmo) como criador e Deus e a eleição de Israel como povo escolhido para receber a

revelação da Torá que seriam os mandamentos deste Deus. Dentro da visão judaica do

mundo, Deus é um criador ativo no universo e que influencia a sociedade humana, na qual o

judeu é aquele que pertence a uma linhagem com um pacto eterno com este Deus.

Há diversas tradições e doutrinas dentro do judaísmo, criadas e desenvolvidas

conforme o tempo e os eventos históricos sobre a comunidade judaica, os quais são seguidos

em maior ou em menor grau pelas diversas ramificações judaicas conforme sua interpretação

do judaísmo. Entre as mais conhecidas encontra-se o uso de objetos religiosos como o quipá,

costumes alimentares e culturais como cashrut, brit milá e peiot ou o uso do hebraico como

língua litúrgica.

Ao contrário do que possa parecer, um judeu não precisa seguir necessariamente o

judaísmo ainda que o judaísmo só possa ser necessariamente praticado por judeus. Hoje o

judaísmo é praticado por cerca de treze milhões de pessoas em todo o mundo (2007).[1] Da

mesma forma, o judaísmo não é uma religião de conversão, efetivamente respeita a

pluralidade religiosa desde que tal não venha a ferir os mandamentos do judaísmo. Alguns

ramos do judaísmo defendem que no período messiânico todos os povos reconhecerão

YHWH como único Deus e submeter-se-ão à Torá.

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3.1. Conceitos de vida e morte

O entendimento dos conceitos de corpo, alma e espírito no judaísmo varia conforme as

épocas e as diversas seitas judaicas. O Tanach não faz uma distinção teológica destes, usando

o termo que geralmente é traduzido como alma (néfesh) para se referir à vida e o termo

geralmente traduzido como espírito (ruakh) para se referir a fôlego. Deste modo, as

interpretações dos diversos grupos são muitas vezes conflitantes, e muitos estudiosos

preferem não discorrer sobre o tema.

A morte no judaísmo não tem um conceito fixo. O entendimento dos conceitos de

corpo, alma e espírito no judaísmo varia conforme as épocas e as diversas seitas judaicas.

O Tanakh não faz uma distinção teológica destes, usando o termo que geralmente é

traduzido como alma (néfesh, נפש) para se referir à vida e o termo geralmente traduzido como

espírito (ruach, רוח) para se referir ao fôlego.

Deste modo, as interpretações dos diversos grupos são muitas vezes conflitantes, e

muitos estudiosos preferem não discorrer sobre o tema.

3.2. Ressurreição e a vida além-morte

O Tanach, excetuando alguns pontos poéticos e controversos, jamais faz referência a

uma vida além da morte, nem a um céu ou inferno, pelo que os saduceus posteriormente

rejeitavam estas doutrinas. Porém após o exílio em Babilônia, os judeus assimilaram as

doutrinas da imortalidade da alma, da ressurreição e do juízo final, e constituíam em

importante ensino por parte dos fariseus.

Nas atuais correntes do judaísmo, as afirmações sobre o que acontece após a morte são

postulados e não afirmações, e varia-se a interpretação dada ao que ocorre na morte e se existe

ou não ressurreição. A maioria das correntes crê em uma ressurreição no mundo vindouro

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(Olam Habá), incluindo os caraítas, enquanto outra parcela do judaísmo crê na reencarnação,

e o sentido do que seja ressurreição ou reencarnação varia de acordo com a ramificação.

3.3. Shivá

Shivá ou Shiv'ah (do hebraico שבעה "sete" ) é o nome dado dentro do judaísmo para se

referir ao período de sete dias de luto mantidos pela morte de uma pessoa próxima.

O judaísmo tem práticas de luto em várias etapas. À primeira etapa (observada durante

uma semana) chama-se shiv'á, à segunda (observada durante um mês) chama-se sheloshim e,

para aqueles que perderam um dos progenitores, existe uma terceira etapa, a avelut yod bet

chódesh, que é observada durante um ano.

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4. Protestantismo

Protestantismo é a denominação do conjunto de igrejas cristãs e doutrinas que se

identificam com as teologias desenvolvidas no século XVI na Europa Ocidental, na tentativa

de reforma da Igreja Católica Apostólica Romana, por parte de um importante grupo de

teólogos e clérigos, entre os que se destacam o ex-monge agostiniano Martinho Lutero, de

quem as igrejas luteranas tomam seu nome. Porém, a maior parte dos cristãos europeus

(especialmente na Europa meridional) não concordavam com as tentativas de reforma, o que

produziu uma separação entre as emergentes igrejas reformadas e uma reformulação na Igreja

Católica, a chamada Contra-Reforma, que reafirmou explicitamente todas aquelas doutrinas

rechaçadas pelo protestantismo (Concílio de Trento).

4.1. Definição

O termo protestante surgiu como apelido pejorativo para aquele grupo de príncipes

eleitores e cidades imperiais alemãs que se atreveram a expressar seu protesto, o testemunho

público de objeção, na Dieta de Speyer de 1529, contra o Édito de Worms que proibia crer e

ensinar as doutrinas luteranas naquelas localidades do Sacro Império Romano-Germânico

onde ainda não eram conhecidas, mas que entregava completa liberdade ao clero católico para

rebatê-las e persegui-las naquelas localidades do império onde já havia sido implantado

4.2. Morte no Protestantismo

No protestantismo após a morte o espírito da pessoa tem apenas dois caminhos: o céu

ou o inferno. O que determina o destino de cada um segundo a Bíblia – o livro base de todo

conhecimento protestante – é a sua fé (Hebreus 11:1); não é apenas todas as coisas boas que

uma pessoa faz que a leva para o céu (Efésios 2:8-9), isso não quer dizer que não devemos ter

compaixão uns para com os outros, pelo contrario, a Bíblia é muito clara quanto o amor para

com o próximo.

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Ao contrario de outras religiões, no protestantismo, não se acredita em reencarnação,

sendo que a nossa vida é uma só (Efésios 4:4-7), e que a pessoa não precisa voltar para pagar

seus pecados, o que ela faz de bom ou ruim, aqui mesmo volta a ela como beneficio ou

conseqüência. Acreditasse na ressurreição, (Apocalipse 20:6) o que ocorrerá quando Cristo

voltar para buscar a sua Igreja e isso não quer dizer “uma” igreja, e sim todos aqueles que

forem salvos, independente de sua religião.

Quanto a salvação, na Bíblia, Deus dá a sua promessa de vida eterna para aqueles que

n´Ele crê (I João 2:25). Deus é bom, mais também é justo e não aceita que servimos a dois

Deuses (Lucas 16:13), é como ter dois empregos, um você vai gostar muito e outro você vai

desprezar.

Ser salvo significa receber o perdão dos pecados que Deus oferece a nós por causa da

morte e da ressurreição de Jesus. A salvação é um presente de Deus. E nós recebemos esse

presente por meio da fé. A fé se apega a Jesus que morreu na cruz e compensou os pecados de

todo o mundo (Efésios 2:8). A fé em Jesus produz resultados; ela se mostra nas ações (Tiago

2:17). O ponto que Paulo quer colocar é que o que nós fazemos não nos salvam, não são as

boas ações que fazem você merecer a salvação. Ela é de graça, é presente recebido pela fé.

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5. Budismo

O Budismo é uma filosofia de vida baseada integralmente nos profundos

ensinamentos do Buda para todos os seres, que revela a verdadeira face da vida e do universo.

5.1. O Momento da Morte e o Estado de Morte

Apesar de todos termos vivido e morrido através de inumeráveis renascimentos,

nenhum de nós se lembra da experiência da morte. Não sabemos o que a morte realmente é.

De acordo com os sutras, quando morremos ainda estamos totalmente conscientes de tudo o

que está à nossa volta. Podemos ouvir a voz calma do médico ou os lamentos da nossa

família. Podemos ainda ver pessoas se juntando ao redor de nosso corpo, tentando mover

nosso corpo que agora está sem batidas de coração e respiração. Podemos nos preocupar com

as várias coisas que necessitam ainda ser completadas. Podemos sentir a nós mesmos nos

movendo entre nossa família e amigos, querendo dizer a eles o que deveriam fazer. Mas,

todos estão cheios de tristeza e ninguém pode

nos ver ou escutar.

No Reader's Digest, saiu uma vez um artigo sobre a experiência de quase-morte de um

homem. Um dia, enquanto dirigia, ele sofreu um grave acidente; o carro ficou completamente

destruído, e ele morreu na hora. Quando a ambulância, os médicos, a polícia e sua família

chegaram ao local, sua consciência já havia deixado seu corpo e ele se sentiu flutuando no ar.

Podia ouvir um rumor, um grupo de pessoas discutindo sobre como o acidente ocorrera. Então

ele foi até o oficial de polícia e tentou contar-lhe o que de fato ocorrera. Mas o oficial não

podia nem vê-lo nem escutá-lo. A essa altura, ele só tinha sua consciência e já não tinha mais

a posse de seu corpo. Finalmente ele tomou consciência de que estava flutuando fora de seu

corpo, vendo seu próprio corpo como um observador. Em seguida, se encontrou passando,

numa velocidade incrível, através

de um túnel longo, escuro e estreito.

Uma outra pessoa também relatou sua experiência de quase-morte após sofrer um

ferimento grave na cabeça e ser trazida de volta de seu leito de morte. Ela conta: "Lembro que

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minha cabeça fez 'boom' e perdi a consciência. Depois, senti apenas uma sensação de estar

aquecido, confortável e em paz". Isto porque no momento que nossa consciência deixa o

corpo, ela não mais está confinada e pode sentir um nível de conforto e serenidade que não

teria experimentado antes. Uma outra pessoa também disse o mesmo de sua experiência de

quase-morte: "Quando estava morrendo, tive uma sensação extremamente boa e

pacificadora". Outro homem descreveu sua experiência dessa maneira: "Senti que estava leve

como uma pluma. Eu voava livremente em direção a um mundo de luminosidade!". A morte

pode não ser tão amedrontadora e horrível como nós imaginávamos

Nos sutras está escrito que nossa vida nesse mundo é incômoda e desajeitada, não

diferente da situação de uma tartaruga curvada sob o peso de sua carapaça. Quando

morremos, podemos nos livrar desse peso e transformar uma existência que estava confinada

pelos limites do corpo físico. Porém, quando estamos diante da morte, a maioria de nós ainda

tenta se apegar às sete emoções mundanas e aos seis desejos sensuais. Ainda não conseguimos

nos desprender de nossos filhos, filhas, netos ou de nossos bens. Não queremos morrer e não

aceitamos a morte graciosamente. Pensamos na morte como uma experiência dolorosa, como

quando se rasga o casco de uma tartaruga viva. O Budismo não compartilha dessa visão da

morte. O Budismo nos ensina que quando morremos, nos libertamos desse corpo e nos

sentimos extremamente à vontade e livres. É como se tirássemos das costas um grande peso.

Como isto é leve e livre!

Independente de sermos espertos ou lerdos, bons ou maus, todos nós temos de

encarar a morte. A morte não é uma questão de se, mas uma questão de quando e de como.

Até mesmo um imperador poderoso como Chin-shih, que unificou a China, tornando-se o seu

Primeiro Imperador, não conseguiu encontrar uma maneira de prolongar sua vida. O lendário

Peng Tsu pode ter vivido até oitocentos anos, mas cosmológicamente sua vida foi curta como

a de um inseto, que vive apenas do alvorecer ao anoitecer. Todos os seres que vivem, devem,

sem exceção, também morrer. A diferença só reside nas circunstâncias da morte. Os sutras

dividem as circunstâncias da morte em cinco categorias.

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5.2. O desequilíbrio do grande elemento terra

Quando se morre de uma doença do corpo, a sensação é de afogamento e é como se o

corpo fosse um torrão afundando no oceano. Vagarosa e gradualmente, o corpo é imerso e a

pessoa sente-se sufocar. A sensação associada a esse tipo de morte é descrita como "o grande

elemento terra sendo abarcado pelo grande elemento água".

5.3. Funeral

A prática funeral budista é normalmente conduzida com solenidade. Não se estimula o

luto. Um altar simples, com uma imagem do Buda, é montado. Há queima de incenso e

oferenda de frutas e flores. Se a família assim o desejar, pode haver monges budistas

ministrando bênçãos e recitando sutras e os vários nomes do Buda, juntamente com pessoas

laicas. Estes procedimentos podem ser seguidos de um elogio à memória do morto. Certos

rituais de luto, como vestir roupas brancas, caminhar com um cajado, lamuriar-se para

expressar o grande efeito do seu pesar, queimar dinheiro, casas ou roupas feitas de papel para

o morto, são, às vezes, considerados como sendo práticas budistas. Na verdade, esses são

costumes tradicionais chineses.

Na literatura budista, existe uma história de como perturbar o corpo do morto, ainda

que sem intenção, pode ter conseqüências nefastas. Uma vez um rei, que era um budista

devoto morreu. A família real se reuniu ao redor do corpo e ficou de vigília. Aconteceu que

um mosquito pousou no nariz do rei. Um membro da família real tentou enxotar o mosquito,

mas não conseguiu e terminou por bater no rei. O rei ficou muito perturbado e com raiva. Por

conta disso, renasceu como serpente.

Há uma outra razão pela qual devemos esperar oito horas antes de mover o corpo

de um morto. Durante a prática da meditação sentada, é possível entrar em um estado de

concentração meditativa no qual o pulso se torna quase imperceptível. Para os que não estão

familiarizados com a prática da meditação, a pessoa em concentração meditativa parece

morta. Havia uma história de um velho monge que entrou em estado de concentração

meditativa enquanto realizava sua prática. Quando seu jovem discípulo tomou seu pulso e

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descobriu que ele não estava respirando, pensou que o monge havia morrido. Desta forma, o

corpo foi cremado. Quando o velho monge saiu de seu estado de concentração, não conseguia

encontrar seu corpo. Logo, as pessoas no templo começaram a ouvir o monge chamar dia e

noite: "Onde está a minha casa? Onde está a minha casa? Irritadas com o choro, as pessoas no

templo, pediram ajuda a um grande amigo do monge. O amigo chegou ao templo e sentou-se

em silêncio. Quando o velho monge chamou pela sua casa (isto é, por seu corpo), seu amigo

disse-lhe bem alto: "Simplesmente vá. Por que você ainda quer se incomodar com uma

casa?". Quando o velho monge ouviu isso, instantaneamente atingiu a iluminação e nunca

mais procurou por sua casa.

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6. Catolicismo

6.1. Catolicismo Origem

Do grego καθολικος, translit.: katholikos; com o significado de "geral" ou "universal")

é um termo amplo para o corpo da fé católica, a sua teologia, doutrinas, liturgia, príncipios

éticos, e características comportamentais, bem como um povo religioso como um todo. O

termo catolicismo é "usado geralmente para uma experiência específica do cristianismo

compartilhada por cristãos que vivem em comunhão com a Igreja de Roma."Muitos dos

principais credos (definições de fé semelhantes a preces) cristãos, nomeadamente o Credo dos

Apóstolos e o Credo Niceno utilizam este termo.

No seu sentido mais estreito, o termo é usado para referir-se a Igreja Católica Romana,

formada por 23 igrejas sui iuris que estão em comunhão total com o Papa, e possuí mais de

um bilhão de fiéis (ou seja, mais de um sexto da população mundial e mais da metade de

todos os cristãos). As suas características distintivas são a aceitação da autoridade e primado

do Papa, o Bispo de Roma. No entanto outras igrejas também afirmam ser "católicas", como a

ortodoxa, e as igrejas não-calcedonianas, a Igreja Assíria do Oriente, a Velha Igreja Católica e

as igrejas da Comunhão Anglicana.

6.2. A Morte: o primeiro novíssimo

O Livro do Eclesiástico contém um conselho fundamental para nossa salvação: “Em

todas as tuas obras, lembra-te dos teus novíssimos, e jamais pecarás (Ecl. 7, 40). Assim se

recordamos sempre da morte, do juízo, do céu e do inferno jamais pecaremos. Se o mundo

anda tão mal, é porque pouco se medita ou mesmo não se cogita seriamente sobre os

Novíssimos. Os Santos, no entanto, não só os tinham sempre presentes, mas também

pregavam sobre eles aos outros. Um deles foi o grande Santo Afonso Maria de Ligório,

Doutor da Igreja e grande moralista.

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Aos 22 anos, formado em Direito Civil e Canônico e um dos mais promissores

advogados de Nápoles, tudo abandonou, após um lapso involuntário na defesa de uma causa

judicial, para entregar-se às pregações populares.Fundou a Congregação do Santíssimo

Redentor e escreveu inúmeras obras. É de sua famosa Preparação para a Morte que

extraímos trechos que versam sobre os Novíssimos, começando hoje com a morte.

“Considerai que sois pó, e que em pó vos haveis de tornar. Virá um

dia em que morrereis e sereis lançado à podridão num fosso, onde o

vosso único vestido serão os vermes. Tal é a sorte reservada a todos

os homens, aos nobres e aos plebeus, aos príncipes e aos vassalos.

Logo que a alma saia do corpo com o último suspiro, dirigir-se-á à

eternidade e o corpo deverá reduzir-se a pó.

“Imaginai que estais vendo uma pessoa que acaba de exalar o

último suspiro; considerai esse cadáver deitado ainda no leito, com a cabeça pendida sobre o

peito, os cabelos em desalinho banhados ainda nos suores da morte, os olhos encovados, as

faces descarnadas, o rosto acizentado, a língua e os lábios cor de ferro... o corpo frio e pesado.

Empalidece e treme quem quer que o vê. Quantas pessoas, à vista de um parente ou de um

amigo morto, não mudaram de vida e não deixaram o mundo!

“Mais horrível ainda é o cadáver quando principia a corromper-se. Há apenas 24 horas

que esse moço morreu, e já o mau cheiro se começa a sentir. É preciso abrir as janelas e

queimar incenso; é preciso quanto antes enviar esse corpo à igreja e entregá-lo à terra, com

receio de que venha a infeccionar toda a casa. ....

“No que se tornou esse orgulhoso, esse dissoluto! Ainda há pouco acolhido e desejado

nas sociedades, agora objeto de horror e de desgosto para quem o vê! .... Há bem poucos

instantes ainda, não se falava senão do seu espírito, da sua polidez, das suas belas maneiras,

dos seus bons ditos; mas apenas está morto, já se perdeu a lembrança de tudo isto. ....

“Pensai bem que, assim como vós fizestes na morte dos vossos amigos, assim os

outros agirão convosco. Os vivos entram para aparecer por sua vez na cena, ocupando os bens

e os lugares dos mortos, e destes já não se faz ou quase não se faz caso ou menção. ...

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“Na morte é preciso deixar tudo. O irmão de Tomás de Kempis, esse grande servo de

Deus, felicitava-se por ter construído uma casa magnífica. Houve porém um amigo que lhe

notou um defeito. ‘Onde está?’ – perguntou ele. Respondeu-lhe o amigo: ‘O defeito que lhe

acho é terdes vós mandado construir nela uma porta’. ‘O quê! Uma porta? Pois isso é

defeito?’. ‘Sim – acrescentou o amigo – porque um dia, por essa porta, devereis sair sem vida,

e assim deixar a casa e tudo o mais’.

6.3. Juízo: o segundo novíssimo

Tendo considerado em nossa última edição o primeiro dos novíssimos a Morte,

abordaremos hoje o segundo: o Juízo. Para isto reproduzimos o texto abaixo, de Santo Afonso

Maria de Ligório, sobre o juízo da alma culpada, na sua admirável obra Preparação para a

morte.

6.4. Do Juízo Particular A alma culpada diante do Juiz

É sentimento comum entre os teólogos que o Juízo particular se

faz logo que o homem expira, e que no próprio lugar onde a alma se

separa do corpo, aí é julgada por Jesus Cristo, que não manda ninguém

em seu lugar, mas vem Ele mesmo para este fim.

A sua vinda, diz Santo Agostinho, é motivo de alegria para o fiel

e de terror para o ímpio. Qual não será o espanto daquele que, vendo pela

primeira vez o seu Redentor, o vir indignado! Esta idéia causava tal

estremecimento ao Padre Luís Dupont, que fazia tremer consigo a cela. O venerável Padre

Juvenal Aucina, ouvindo cantar o Dies Irae (Dia da Ira), pensou no terror que se lhe havia de

apoderar da alma quando se apresentasse no dia do Juízo, e resolveu deixar o mundo, o que

efetivamente fez. O aspecto do Juiz indignado será o anúncio da condenação. Segundo São

Bernardo, será então mais duro sofrimento para a alma ver Jesus Cristo indignado do que

estar no inferno.

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Têm-se visto criminosos banhados em copioso suor frio na presença de um juiz

terrestre. Pison, comparecendo no senado com as insígnias da sua culpa, sentiu tamanha

confusão, que a si próprio deu a morte. Que pena não é para um filho ou um vassalo ver seu

pai ou o seu príncipe indignados! Que maior mágoa não deve sofrer uma alma à vista de Jesus

Cristo, a quem desprezou durante toda a vida! Esse Cordeiro, que a alma via tão manso

enquanto estava no mundo, vê-Lo-á agora irritado, sem esperança de jamais O apaziguar.

Então pedirá às montanhas que a esmaguem e a furtem das iras do Cordeiro indignado. ....

Considerai a Acusação e o Exame. Haverá dois livros: o Evangelho e a Consciência.

No Evangelho ler-se-á o que o culpado devia fazer; na Consciência, o que tiver feito. Na

balança da divina justiça não se pesarão as riquezas, nem a dignidade, nem a nobreza das

pessoas, mas sim, somente as obras. Diz Daniel: "Fostes pesado e achado demasiadamente

leve". Vejamos o comentário do Padre Alvarez: "Não é ouro nem o poder do rei que está na

balança, mas unicamente sua pessoa".

Virão então os acusadores, e em primeiro lugar o demônio, diz Santo Agostinho.

Representará as obrigações em que não nos empenhamos e que deixamos de cumprir,

denunciar-nos-á todas as faltas, marcando o dia e o lugar em que as cometemos.

Cornélio a Lapide acrescenta que Deus porá novamente diante dos olhos do pecador os

exemplos dos santos, todas as luzes e inspirações com que o favoreceu durante a vida e, além

disso, todos os anos que lhe foram concedidos para que os empregasse na prática do bem.

Tereis, pois, de dar conta até de cada olhar, diz Santo Anselmo. Assim como se funde o ouro

para o separar das escórias, assim são examinadas as boas obras, as confissões, as comunhões

etc.

6.5. Do Juízo Particular II O justo experimenta, ao morrer, um prelibar da alegria celestial

“Com que alegria não recebe a morte o que se acha na graça de Deus e cedo

espera ver Jesus Cristo e ouvir-lhe dizer: ‘Bom e fiel servo, recebe hoje a tua recompensa;

entra por toda a eternidade na alegria do teu Senhor!’ Que consolação não darão então as

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penitências, as orações, o desprendimento dos bens terrestres e tudo o que se tiver feito em

nome de Deus! Gozará então, o que tiver amado a Deus, o fruto de todas as suas obras.

Persuadido desta verdade, o padre Hipólito Durazzo, da Companhia de Jesus, longe de

chorar, mostrava-se alegre todas as vezes que morria algum religioso seu amigo com sinais de

salvação. Que absurdo – diz São João Crisóstomo – seria não acreditar na existência do

paraíso eterno e chorar o que para ele se dirige.

Que consolação então nos dá especialmente a lembrança das homenagens prestadas à

Mãe de Deus! – tais como rosários, visitas, jejuns do sábado e congregações freqüentadas em

honra sua. Virgo Fidelis se chama a Maria, e como Ela é fiel em consolar nos últimos

momentos os seus servos fiéis!

Conta o Pe. Binet que um piedoso servo da Santa Virgem dizia ao morrer: ‘Se

soubésseis o contentamento que, próximo da morte, sentimos na alma por termos procurado

servir bem à Santíssima Mãe de Deus durante a nossa vida, ficaríeis admirados e consolados.

Eu não posso significar a alegria do coração no momento em que me estais vendo’.

Que alegria também para o que amou a Jesus Cristo, e muitas vezes O visitou no

Santíssimo Sacramento e O recebeu na Santa Comunhão, ver entrar no quarto seu Senhor que

vem em Viático, para o acompanhar na passagem para a outra vida! Feliz então o que lhe

puder dizer como São Felipe Nery: ‘Eis aqui o amor do meu coração, eis aqui o meu amor;

dai-me o meu amor!’.

Dirá todavia alguém com receio: ‘Quem sabe a sorte que me está reservada? Quem

sabe se por fim terei má morte?’ – A quem fala desta maneira, faço apenas uma simples

pergunta: O que é que torna a morte má? O pecado, só o pecado. Logo, é preciso receá-lo

unicamente, e não a morte, diz Santo Ambrósio. Quereis não recear a morte? Vivei bem.

O Pe. de la Colombière (Serm. 50) tinha por moralmente impossível que pudesse

padecer morte má o que foi fiel a Deus durante a vida. É o que já tinha dito Santo Agostinho.

O que está preparado para morrer não receia a morte, qualquer que seja, ainda que venha de

improviso.

E como só podemos gozar a Deus por meio da morte, aconselha São Crisóstomo que

de bom coração ofereçamos a Deus este sacrifício necessário. Compreenda-se bem que aquele

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que oferece a Deus a sua morte pratica para com Ele o ato de amor mais perfeito possível,

pois que, abraçando de bom coração esta morte que agrada a Deus, no tempo e do modo que

Deus quer, torna-se semelhante aos Santos Mártires”.

6.6. O Paraíso Celeste

Em seu livro Preparação para a Morte, Santo Afonso trata também do último dos

Novíssimos, isto é, do Paraíso Celeste, para onde vão as almas dos justos após sua

purificação no Purgatório, ou então diretamente, pelo martírio ou por uma grandíssima

santidade. A existência do Céu é igualmente dogma de Fé. Dentre os vários aspectos com que

o Santo analisa o Paraíso, escolhemos para a leitura de hoje o capítulo Felicidade do Céu,

que, julgamos, será de proveito espiritual para nossos leitores.

6.7. Felicidade do Céu

Depois de entrar na felicidade de Deus, a alma não terá mais nada a sofrer. No paraíso

não há doenças, nem pobreza, nem incômodos. Deixam de existir as vicissitudes dos dias e

das noites, do frio e do calor; é um dia perpétuo, sempre sereno, primavera perpétua, sempre

deliciosa. Não há perseguições nem ciúmes; neste reino de amor, todos os seus habitantes se

amam mútua e ternamente, e cada qual é tão feliz da ventura dos outros como da própria. Não

há receios, porque a alma, confirmada na graça, já não pode pecar nem perder a Deus. Tudo é

novo, tudo consola, tudo satisfaz.

Os olhos deslumbrar-se-ão com a vista desta cidade cuja beleza é perfeita. Que

maravilha não nos causaria a vista de uma cidade cujas ruas fossem calçadas de cristal, e cujas

casas fossem palácios de prata ornados de cortinados de ouro e de grinaldas de flores de toda

espécie. Oh, quanto mais bela ainda é a cidade celeste!

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Que delicioso não será ver todos os seus habitantes vestidos com pompa real, porque

todos efetivamente são reis, como lhes chama Santo Agostinho: Quot cives, tot reges.

Que delicioso não será ver Maria, que parecerá mais bela que todo o paraíso! Que

delicioso não será ver o Cordeiro divino, Jesus, o Esposo das almas!

Um dia Santa Teresa viu apenas uma das mãos de Cristo e ficou cheia de admiração à

vista de semelhante beleza.

Cheiros suavíssimos, perfumes incomparáveis regalarão o olfato. O ouvido ouvirá

arrebatado as harmonias celestes. Um Anjo deixou um dia São Francisco ouvir um único som

da música celeste, e o Santo julgou morrer de felicidade. O que não será ouvir todos os Santos

e todos os Anjos cantarem em coro os louvores de Deus! O que não será ouvir Maria celebrar

as glórias do Altíssimo! A voz de Maria é no Céu, diz São Francisco de Sales, o que é num

bosque a do rouxinol, que vence a de todas as outras aves.

Numa palavra, o paraíso é a reunião de todos os gozos que se podem desejar.

Mas essas inefáveis delícias até aqui consideradas são apenas os menores bens do

paraíso. O bem, que faz o paraíso, é o Bem supremo, que é Deus, diz Santo Agostinho. A

recompensa que o Senhor nos promete não consiste unicamente nas belezas, nas harmonias,

nos outros encantos da bem-aventurada cidade; a recompensa principal é Deus, isto é, consiste

em ver Deus face a face a amá-Lo.

Assegura Santo Agostinho que, para os condenados, seria como estar no paraíso se

chegassem a ver Deus. E acrescenta que se fosse dado a uma alma, ao sair desta vida, a

escolha de ver a Deus ficando nas penas do inferno, ou ser livre das penas do inferno e ao

mesmo tempo privada da vista de Deus, ela preferiria a primeira condição.

A felicidade de contemplar com amor a face de Deus, não a podemos conceber neste

mundo, mas procuremos avaliá-la, ainda que não seja senão pela rama, segundo os efeitos que

conhecemos.

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6.8. O Inferno

Já abordamos os temas da Morte, do Juízo e do Paraíso Celeste. Trataremos hoje

do terceiro dos Novíssimos, isto é, o Inferno. Há vários ângulos sob os quais se pode analisar

o Inferno. Escolhemos uma penetrante análise desse lugar de tormento, para onde vão as

almas daqueles que morreram na inimizade de Deus, extraída da renomada obra Preparação

para a morte, de Santo Afonso Maria de Ligório.

Consideremos a pena dos sentidos. É de fé que existe o inferno. E no centro da

Terra se acha esta horrível prisão destinada a punir os que se revoltaram contra Deus.

“O que é o inferno? Um lugar de tormentos (Lc 16, 28), como lhe chama o mau rico

que a ele foi condenado: lugar de tormentos, onde todos os sentidos e todas as faculdades do

condenado devem ter o seu tormento próprio, e quanto mais se tiver ofendido a Deus com

algum dos sentidos, tanto mais terá a sofrer este mesmo sentido.

A vista será atormentada pelas trevas. De quanta compaixão nos possuiríamos se

soubéssemos que existia um infeliz encerrado em escuro cárcere por toda a vida, ou por

quarenta ou cinqüenta anos! O inferno é um abismo fechado de toda a parte, onde nunca

penetrará raio de sol ou de qualquer outra luz. Neste mundo o fogo ilumina; no inferno,

deixará de ser luminoso.

“Segundo São Basílio, o Senhor separará do fogo a luz, de tal sorte que este fogo

arderá sem iluminar, o que Alberto o Grande exprime mais brevemente nestes termos:

“Dividet a calore splendorem” [separou do calor a luz]. O fumo que sair dessa fornalha

formará o dilúvio de trevas de que fala São Judas [Tadeu], e que afligirá os olhos dos

condenados. São Tomás diz que os condenados só terão a luz suficiente para serem mais

atormentados; a esta sinistra claridade, verão o estado horrendo dos outros réprobos e dos

demônios, que tomarão diversas formas para lhes causarem mais horror.

“O olfato terá também o seu suplício. Quanto não sofreríamos se nos metêssemos num

quarto onde jazesse um cadáver em putrefação! O condenado deve ficar no meio de milhões e

milhões de condenados, cheios de vida com relação às penas que sofrem, mas verdadeiros

cadáveres enquanto ao mau cheiro que exalam.

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“Diz São Boaventura que o corpo de um condenado, se acaso fosse atirado à Terra,

bastaria com sua infecção para fazer morrer todos os homens. E ainda há insensatos que se

atrevem a dizer: ‘Se for para o inferno, não me hei de achar só!’ Infelizes! Quantos mais lá

encontrarem, tanto mais sofrerão, como assegura São Tomás. Tanto mais se sofrerá, digo eu,

por causa da infecção, dos gritos e do aperto, porque os réprobos estarão no inferno tão juntos

uns dos outros, como rebanho de ovelhas encerradas no curral durante a tempestade; ou, para

melhor dizer, serão como uvas esmagadas no lagar da cólera de Deus.

“Daí nasce o suplício da imobilidade: Fiant immobiles quasi a lapis (Exod. 15, 16).

Pela maneira como o condenado cair no inferno no último dia, dessa maneira viverá ali

constrangidamente, sem nunca mudar de situação, e sem nunca poder mexer pés nem mãos

enquanto Deus for Deus.

“O ouvido será continuamente atormentado pelos rugidos e queixas desses infelizes

desesperados. A este barulho contínuo acrescentarão sem cessar os demônios ruídos

pavorosos. Quando desejamos dormir, é com o maior desespero que ouvimos o lastimar

contínuo de um doente, o ladrar de um cão ou o choro de uma criança. Qual não será o

tormento dos condenados obrigados a ouvir incessantemente, durante toda a eternidade, esses

ruídos e clamores insuportáveis!

“Pelo que diz respeito ao gosto, sofrer-se-á fome e sede. O condenado sentirá uma

fome devoradora, mas nunca terá nem uma só migalha de pão. Além disso, será atormentado

de tal sede que nem todas as águas do mundo bastariam para lha apagar. Apesar desta terrível

sede, não terá uma só gota. O mau rico pediu-a, mas nunca a obteve e não a obterá nunca,

nunca!”

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7. Maçonaria

A Maçonaria proclama, como sempre proclamou desde sua origem, a existência de

um Princípio Criador, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo; a Maçonaria não

impõe nenhum limite à livre investigação da Verdade, e é para garantir a todos essa liberdade

que ela de todos exige tolerância; a Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas as

raças e de todas as crenças religiosas e políticas; a Maçonaria proíbe em suas Oficinas toda

discussão sobre matéria partidária, política ou religiosa, recebe os homens quaisquer que

sejam as suas opiniões políticas ou religiosas, humildes, embora, mas livres e de bons

costumes; a Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas manifestações; é

uma escola mútua que impõe este programma: obedecer às leis do País, viver segundo os

ditames da honra, praticar a justiça, amar o próximo, trabalhar incessantemente pela felicidade

do gênero humano e para conseguir a sua emancipação progressiva e pacífica.

A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e

progressista.

É Filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência, propriedades e

efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da

moral e da ética pura.

Ela é filantrópica, porque não esta constituída para obter lucro pessoal de nenhuma

classe, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos se destinam ao bem estar do

gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça. Procura conseguir a

felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela tranqüilidade da consciência.

Ela é progressista porque partindo do princípio da imortalidade e da crença em um

princípio criador regular e infinito, não se aferra a dogmas, prevenções ou superstições. E não

põe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhece

outro limite nessa busca senão a da razão com base na ciência.

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7.1. Os seus princípios

A liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles instituições, raças,

nações; a igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, raça

ou nacionalidade; a fraternidade de todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo

CRIADOR e, portanto, humanos e como conseqüência, a fraternidade entre todas as nações.

7.2. Seu Lema

Ciência – Justiça – Trabalho. – Ciência, para esclarecer os espíritos e elevá-los;

Justiça, para equilibrar e enaltecer as relações humanas; Trabalho por meio do qual os homens

se dignificam e se tornam independentes economicamente. Em uma palavra, a Maçonaria

trabalha para o melhoramento intelectual, moral e social da humanidade.

7.3. Objetivo

Seu objetivo é a investigação da verdade, o exame da moral e prática das virtudes.

7.4. Moral

Moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. É a lei

natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da

consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos

nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo da nossa alma sentimos o triunfo da

verdade e da justiça.

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7.5. Virtude

A Maçonaria entende que virtude é a força de fazer o bem em seu mais amplo

sentido; é o cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família

sem interesse pessoal. Em resumo: a virtude não retrocede nem ante ao sacrifício e nem

mesmo ante a morte, quando se trata do cumprimento do dever.

7.6. Dever

A Maçonaria entende por dever o respeito e os direitos dos indivíduos e da

sociedade. Porém não basta respeitar a propriedade apenas, mas, também devemos proteger e

servir os nossos semelhantes. A Maçonaria resume o dever do homem assim: "Respeito a

Deus, amor ao próximo e dedicação à família". Em verdade, essa é a maior síntese da

fraternidade universal.

7.7. Da concepção de Morte para os Maçons.

Sendo a Instituição Maçônica uma ordem Iniciática, portanto detentora de aximas

próprios, configurando-se tal qual um estranho, possui uma concepção assaaz particularizada

sobre o 'Grande mistério da Morte'.

Conforme Bayard, a análise de Morte pressupõe antes uma análise da vida. Para o

Maçom, a vida resume-se a um constante aperfeiçoamento, um labor que visa o

melhoramento do ser in terrae, não estando desta forma, o homem, fadado a permanecer

perpetuamente neste plano corruptível.

Deste modo, a morte para a Maçonaria é, senão, uma passagem, uma

transferência de um plano corrupto para a vida post mortem em um plano maior, junto á

perfeição divina, transferência esta que sugestiona o câmbio do tatus do morto, colocando-o

na esfera do sagrado, o que nos remete, analogamente, ás concepções judaico-cristãs,

conforme explica o ritual de Pompas Fúnebres do Rito Adonhiramita em citação de Job:

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'Nós ouvimos, sombra cara, as tuas queixas e teus suspiros, dirigimos-te estas

palavras ternase consoladoras. Está escrito que seremos revestidos de umaa carne

incorruptível no sei da glória, que então veremos no Pai, o criador de tudo que respira; nós o

comtemplaremos com os nossos olhos despidos de qualquer emblema'

Este lugar imaculado, habitáculon dos maçons já falecidos chama-se maçonaria

celeste, que é uma espécie de loja regida diretamente pelo Grande Arquiteto do Universo, o

senhor dos mundos, Pai da 'perfeição' tão almejada pelo maçom em vida.

É certo que estas concepções de morte são propostas a fim de se obter um tipo de

universializaçãono qual se contemple todo tipo de credo, posto que a maçonaria é uma

instituição laica, ou seja, sem grilhões dogmáticos, o que implica que seus membros já

possuem seus credos advindos de sua extra- maçonica.

7.8. Do Ritual mortuário.

Segundo Jean Pirre Bayard, o rito funerário trata da relação teatralizada e

derradeira com o morto no sentido de fazer-lhe menção honrosa e também de dar aos seus o

consolo de que a vida não se extinguiu de todo, pois asseguram-lhes haver uma vida algures.

Soma-se a este sentido, o fato de que os ritos mortuários possuem eficácia simbólica ao

fornecerem uma harmonização psico-social do cosmo, que fora pertubado com o fatídico

acontecimento, tal como mostra o fragmento ritualístico maçonico utilizado quando do final

do ritual de Pompas Fúnebres pelo 1º Vigilante, 2º Vigilante e Venerável Mestre

respectivamente:

' Estamos confortados, certos do seu glorioso triunfo, pois, enquanton

vivia, pelas suas ações e palavras em ntorno de nós era um modelo de virtude!'

'Estamos confortados certos e seu glorioso triunfo, por que a vida é uma só, e a

mera supressão da aparência terrena, não corta o fio da exitência. A saudade que dele

sentimos, é agora um incentivo para o aprimoramento de nosso labor:não é um sentimento

debilitante ou enfraquecedor!'

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Já não voltamos a cabeça para a noite. Preferimos olhar o sol que ilumina as

cristas dos montes e enfeita de luz as estradas do mundo. Estamos sim mais confortados do

que na abertura dos trabalhos!'

O ritual maçonico, tal como a instituição, é pleno de representações simbólicas.

Estes atos simbólicos remetem-se justamente a analise teórica proposta na obra 'Sentido

Oculto dos Ritos Mortuários', que trata da simbólica da morte como sendo um fato, no qual o

'visível se remete a um significado ausente, a uma entidade abstrata a não apresentável'

servindo, desta forma, para evocar o extra- sensível em todos os seus aspectos.

Dentre os símbolos maçonicos significados no comportamento ritual, tem-se, por

exemplo, o transcrito a seguir, desde a ornamentação do templo Maçonica - lócus onde se

passa o Ritual - até a consumação dos atos da ritualística mortuária que se inicia no 7º, 30º ou

33º dia após a morte ' do elo ausente da corrente maçônica':

' A loja será composta conforme as generalidades litúrgicas do Grau de Aprendiz

[1º grau da Ordem Maçônica], com as disposições particulares que aqui se descrevem,

mantidos os materias e ornamentos daquele Grau.

Entretanto, mesmo enquanto sendo a sessão celebrada no Grau de Aprendiz deve-

se notar que, salvo determinações expressas do Grão - Mestre, as honras fúnebres são devidas

somente aos mestres Maçom.

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8. Espiritismo

8.1. A visão espírita da morte

Para entender a atitude dos espíritas diante da perda de entes queridos, é preciso

entender a visão espírita da morte. O que é a morte para o espírita?

Em primeiro lugar, a destruição do corpo físico, que é um fenômeno comum a

todos os seres biológicos. Segundo, a morte é um instante em meio a um caminho infinito. E

em terceiro lugar, a morte é uma transição e não um ponto final.

Há que se considerar também que o espírito está permanentemente em processo

de crescimento e renovação e a morte é a forma de forçar esta renovação, mudando am-

bientes e projetos de vida.

Esta visão um tanto pragmática e aparentemente fria da morte não exclui a

existência de sentimentos e emoções, porque tanto quanto sentimos mais ou menos

fortemente a separação geográfica entre duas pessoas e ansiamos por reencontrarmos aqueles

que estão longe, assim também ansiamos por ter novamente conosco os que se foram.

Mesmo na vida física há separações que são traumáticas, longas e, às vezes,

definitivas. Na morte, então, a saudade e a vontade de ter outra vez aquele que se foi é

perfeitamente natural e compreensível, mas a certeza da retomada do afeto e de projetos

comuns no futuro é profundamente consoladora e faz com que a esperança possa ser tranqüila

e confiante.

8.2. Ritual Fúnebre

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8.2.1. Falecimento

Constatado com certeza o óbito, os familiares deverão, munidos dos documentos

legais, contatar uma funerária para que solicite imediatamente o caixão, e seu pronto

sepultamento. O corpo é colocado no caixão trajado com roupa (cedida pela família) que mais

se caracterizava com o falecido(a). É costume se retirar os adornos ( anéis, relógio, colar,

etc.).

8.2.2. O Caixão

A família, dentro das suas condições financeiras, escolhe. Nenhuma

recomendação ou prática especial é exigida.

8.2.3. Velório

Os Espíritas velam seus mortos tanto com caixão aberto como fechado,

dependendo da vontade da família. O velório é dirigido ao espírito, onde os presentes

permanecem em preces em intenção a Alma criando-se um clima de vibração positiva em

favor ao espírito desencarnado. Chorar questionando-se a justiça da morte, é considerado

prejudicial a essa vibração positiva, bem como qualquer pensamento derrotista. O espírito se

liga ao encarnado pelos pensamentos por isso vibrações positivas são benéficas. Música

ambiente durante o velório é permitida, ajudando as vibrações positivas. Flores são recebidas

embora não seja necessárias. Os Espíritas não adotam o uso de velas.

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8.2.4. Condolências

As condolências são dirigidas aos enlutados ( apesar dos Espíritas não adotarem o

Luto como prática), evitando-se a expressão "Meus Pêsames", e sim "Meus Sentimentos".

8.2.5. Vestimentas

Os Espíritas não adotam a cor preta como de luto, é de bom tom que os visitantes

estejam trajados com cores sóbrias e principalmente trajados decorosamente, com devido

respeito e senso de reverência.

8.2.6. Os Enlutados São todos aqueles que se sentirem nessa posição, independente do parentesco com

o falecido(a).

Quem Pode ir ao Cemitério: Todas as pessoas que assim o quiserem.

8.2.7. Enterro

Os Espíritas procuram enterrar o mais rápido possível, sem restrição de dia da

semana ou datas festivas/religiosas, apenas aguardam os trâmites burocráticos.

8.2.8. Cortejo

Chegando-se ao cemitério o cortejo seguirá diretamente para o local do

sepultamento que será enterrado sem nenhuma cerimônia litúrgica.

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8.2.9. O LUTO

Na comunidade Espírita, não há a prática do Luto.

Após o enterro, os Espíritas não prevêem nenhuma cerimônia, ou seja, missas ou

orações em intenção aos mortos, sempre que desejam de acordo com o foro íntimo de cada

um, rezam positivamente para pedir boas vibrações para os desencarnados, tampouco está

previsto descerramento ou inaugurações de túmulos.

Quanto ao túmulo, os Espíritas não adotam imagens e este poderá ser feito de

acordo com a vontade e posses dos familiares.

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9. Candomblé

9.1. Morte no Candomblé

Cada orixá tem um dia, ao longo do ano, que lhe é especialmente consagrado.

Roupas rituais e cantos especiais que narram episódios míticos acompanham os dias de festa.

Além das cerimônias anuais para cada orixá, são de grande importância os ritos de

casamento, de nascimento, de iniciação e também os ritos fúnebres.

É nestes momentos que se celebra a vida como triunfo da vida sobre a morte.

Especial destaque merecem os ritos fúnebres e os sacrifícios.

O sacrifício, como oferenda, visa conservar o equilíbrio entre o plano visível e o

invisível. Desta maneira continua garantindo o fluxo da vida. A ação de graça por algo bem

sucedido e a retribuição por algo oferecido, fazem com que se estabeleça uma relação de troca

entre os adeptos e as divindades.

Muitas vezes o sacrifício é o ato para placar as divindades ou para se proteger dos

inimigos. São oferecidos animais domésticos cujos órgãos internos são imbuídos de forças

especiais. O sangue, também, é oferecido como dádiva agradável à divindade.

O círculo que se estabelece entre o adepto, o sacrifício e o orixá, visa

principalmente a transmissão e o reforço do axé. Oferecendo a vida ao orixá, é o próprio ser

humano que permanece revigorado. A vida circula reforçando-se e garantindo, a quem

oferece a realização do seu ciclo vital, até o alcance da harmonia eterna.

Os ritos fúnebres tem um lugar especial no Candomblé. Eles estão vinculados ao

próprio equilíbrio da vida, sendo a morte um momento de transformação, não de extinção. O

corpo se reintegra ao universo e o espírito continua a revigorar o grupo e o sistema.

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Quando é uma iaô ou ebome que morre, os ritos fúnebres duram três dias. Quando

porém é a própria ialorixá, os rituais se prolongam por alguns dias.

Os pertences rituais do defunto podem ser enterrados ou jogados num lugar

retirado. O orixá do falecido pode tomar posse de outro indivíduo, continuando assim sua

morada sobre esta terra.

9.2. Nos Culto-Afros

Ao dialogar com os adeptos dos cultos-afros - principalmente do Candomblé -

alguém se cientifica de que os orixás têm medo da morte (quem menos tem medo da morte é

Iansã). Quando um filho ou filha-de -santo está próximo da morte, seu orixá praticamente o

abandona. Esta pessoa já não fica mais possessa, pois seu orixá procura evitá-la.

10. Conclusão

De maneira geral, cristãos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a

ressurreição. Já os espíritas crêem na reencarnação: o espírito retorna à vida material através

de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas doutrinas

acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou vegetal. Em algumas

religiões orientais, o conceito de reencarnação ganha outro sentido: é a continuação de um

processo de purificação. Nas diversas religiões, o homem encara a morte como uma passagem

ou viagem de um mundo para outro.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

“O Livro Tibetano do Viver e do Morrer”

ARIES, P. História da Morte no Ocidente: da Idade Média aos nossos Dias. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1977.

BARBEIRO, Heródoto. Buda: o mito e a realidade. São Paulo : Madras, 2005.

BAREAU, André - O Buda: Vida e Ensinamentos. Lisboa: Editorial Presença, 1997

BOZZANO, Ernesto. Crise da Morte. Rio de Janeiro: FEB, 1930.

Guttman, Julius. Philosophies of Judaism, trad. para o inglês por David Silverman, JPS. 1964.

KARDEC, A. Obras Póstumas. 15. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.

KEOWN, Damien - O Budismo. Lisboa: Temas e Debates, 2002.

KUBLER-ROSS, E. Morte - Estágio Final da Evolução. Rio de Janeiro: Record, [s.d. p.]

MARQUES, Leonado A. História das Religiões e a Dialética do Sagrado. Madras, 2005.

XAVIER, F. C. Cartas e Crônicas, pelo Espírito Irmão X. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1974.