Plano de aula reg. nº 7 e 8 corrigido

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Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa Racionalidade Argumentativa e Filosofia 3. Argumentação e Filosofia 3.1. Filosofia, retórica e democracia ______________________________________________________________ _____________ Regência nº 7 e 8 2º Período 11º B

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Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa

Racionalidade Argumentativa e Filosofia

3. Argumentação e Filosofia 3.1. Filosofia, retórica e democracia

___________________________________________________________________________

Regência nº 7 e 8

2º Período

11º B

Orientadora Cooperante: Dr.ª Blandina Lopes

Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso

Porto, 2015

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Dados de Identificação

Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso

Disciplina: Filosofia Ano de Escolaridade: 11º Turma: B

Tema: Racionalidade Argumentativa e Filosofia

Unidade: Argumentação e Filosofia

Subunidade: Filosofia, retórica e democracia

Sumário: Introdução ao tema: Filosofia, Retórica e Democracia. O aparecimento dos

sofistas e a revolução socrático-platónica. Realização de uma ficha de trabalho.

Data: 14/01/2016 Duração: 50 + 50 minutos Regência nº: 7 e 8 Lição nº: 43/44

Objetivos:

Gerais:

Contextualizar historicamente Atenas;

Compreender o surgimento da democracia na Grécia Antiga,

bem como as suas implicações;

Reconhecer, no âmbito da filosofia socrático-platónica, a

diferença entre o “sofista” e o “filósofo”;

Relacionar as abordagens em questão.

Específicos:

Relacionar o surgimento dos sofistas com o contexto democrático

ateniense;

Caracterizar o movimento sofístico;

Compreender a importância do conceito de Paideia;

Esclarecer o posicionamento de Sócrates e de Platão perante os

sofistas;

Considerar as relações entre filosofia, retórica e democracia.

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Conteúdos

Programáticos

Objetivos/Competências Conceitos

Nucleares

Recursos/Estratégias Avaliação Tempo

Racionalidade

Argumentativa e

Filosofia

3. Argumentação e

Filosofia

3.1. Filosofia, retórica e

democracia

Relacionar o surgimento dos

sofistas com o contexto

democrático ateniense;

Caracterizar o movimento

sofístico;

Referir os sofistas mais

importantes da época:

Protágoras e Górgias;

Compreender a importância do

termo Paideia;

Política

Democracia

Sofista

Paideia

Filósofo

Bem

Ser

Lição nº + Sumário

Método dialógico;

Apresentação e

visionamento de um

vídeo;

Apresentação PowerPoint

– com quadro síntese;

Analise de textos;

Análise do quadro síntese;

Pontualidade;

Material;

Interação com os

colegas;

Comportamento;

Participação

pertinente (autónoma

e apropriada);

Adequação e

articulação dos

conceitos previamente

adquiridos.

5 min

10 min

25 min

25 min

10 min

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Esclarecer o posicionamento

de Sócrates e de Platão perante

os sofistas;

Analisar (por contraposição)

as diferenças entre os sofistas

e os filósofos;

Considerar as relações entre

filosofia, retórica e

democracia.

Conclusões;

Ficha de Trabalho.

5 min

20 min

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Fundamentação Científica

As aulas lecionadas inserem-se no modulo 3. Argumentação e filosofia, mais

especificamente no ponto 3.1. Filosofia, retórica e democracia.

É fundamental uma primeira contextualização da Grécia Antiga, assim em meados do século

V a.C. em Atenas começava a instituir-se uma ordem democrática e aqui abre-se a vida

política à participação dos cidadãos, é importante compreender também o que significava ser

“Cidadão” na Grécia Antiga, uma vez que, era um estatuto que apenas podia ser atribuído aos

homens livres, e no caso de não serem considerados cidadãos, não tinham participação cívica,

não eram assim considerados cidadãos: pessoas com menos de 20 anos, os estrangeiros

denominados por metecos, os escravos e as mulheres.

Era emergente uma formação particular para a conquista do poder, uma formação que

proporcionasse uma boa capacidade de discursar nas assembleias perante os cidadãos, por

forma a persuadir e convencer o auditório, isto porque já se estava perante um cenário de

alterações a vários níveis, alterações como: a atividade agrícola que se via atualmente numa

atividade comercial, o tratamento da justiça que já se encontrava mais centrado no ser

humano, o próprio modelo de educação é alterado sendo o seu fundamento na base de que

argumentar é fundamental para toda e qualquer atividade.

Neste cenário de progresso e, portanto, de uma ordem democrática, surgem os

Sofistas (do seu sentido original de “sábio” e de “especialista”). Os sofistas eram professores

itinerantes que viviam para ensinar os jovens cidadãos, centrando o seu ensino mais na forma

do que no conteúdo, ensinando a técnica de discursar quase como uma arte de realçar e

destacar os seus discursos em função da conveniência de cada um.

Os sofistas com maior destaque foram Protágoras e Górgias, surgem então a partir do início

da segunda metade do séc. V a.C. como professores que iam de cidade em cidade, no que

concerne a Protágoras (490-420 a.C.), autor da célebre frase “o homem é a medida de todas

as coisas”, defendia que a verdade dos discursos é a verdade que serve ao ser humano

(concreto), uma verdade relativa porque é feita à medida das necessidades e circunstâncias de

cada um. Com Górgias (480-380 a.C.), podemos destacar as seguintes palavras: “Nada existe;

A vida do homem não pode “ser vivida” repetindo os padrões

da espécie; é ele próprio – cada um de nós – quem deve viver .

- Erich Fromm, Ética e Psicanálise

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se algo existe, esse algo era impossível conhecer; e ainda que a sua existência fosse possível,

o seu conhecimento tornava-se incomunicável”, com esta declaração, Górgias baseia-se na

pluralidade de sentidos encontrada nas palavras, sendo Górgias ainda mais cético do que

Protágoras podemos falar numa complementaridade entre os dois.

A Grécia desta época torna-se palco de um conjunto de transformações que

contribuem para o estabelecimento de condições geográficas, históricas e culturais que se

traduzem no “milagre grego” e, no séc. V a. C. vigorava então em Atenas um regime

democrático que, por um lado convidava à intervenção direta dos cidadãos nas decisões

políticas da cidade (polis) e, por um outro lado, fomentava a competitividade de interesses na

luta pelo poder político, poder este que se conquistava pela retórica: entendida como a arte de

seduzir e convencer. Os sofistas contribuíram ainda para a formação da Paideia, fonte da

formação e cultura ocidentais em que a própria cultura, construída a partir da educação, era

direcionada para que o homem evolui-se, tanto em si mesmo enquanto homem como em

cidadão, e o resultado que se pretendia era que se estivesse perante um processo de

construção e edificação do homem pela sua vida em diante.

Assiste-se a uma visão depreciativa dos sofistas pelos filósofos Sócrates e Platão, bem

como pelos seus discípulos, os filósofos olhavam os sofistas, que cobravam pelo seu ensino,

como praticantes de um relativismo que punha em causa a verdade e valorizava

exclusivamente a retórica como um discurso persuasivo, ao invés da sabedoria. Tinham

assim, os sofistas, o discurso como instrumento de poder, desprovido de verdade e de bem,

em oposição à conduta filosófica que privilegia precisamente o valor de verdade e de bem,

abandonando por completo qualquer intenção do domínio opinativo ou de aparência.

Os sofistas, como vimos, levavam a sua pedagogia ligada à retórica (arte de bem

falar), e à dialética (forma para, posteriormente, destruírem – em situação, o adversário),

sendo a técnica mais usada o diálogo. O ideal de vida que praticavam, passava,

essencialmente, por uma vida prática em que o cidadão tinha de ser interveniente na vida

pública, sendo o seu ideal educativo o de uma aprendizagem de técnicas discursivas que

permitissem a tão desejada intervenção pública, atingindo assim a felicidade pelo sucesso

social e político (poder, prazer e riqueza), estamos então perante um ideal de conhecimento

que, segundo Sócrates e Platão não visa a verdade, pois tem como único objetivo atender a

técnicas de persuasão num dado auditório.

Os filósofos como Sócrates e o seu discípulo Platão recusam então a ideia sofistica

pelo uso que atribuem à palavra e pela forma como encaminhavam os jovens à ideia de

conhecimento que os mesmo tinham e seguiam, perante isto, não podiam aceitar este

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relativismo da verdade, esta valorização da retórica como discurso persuasivo sem nunca

valorizarem devidamente a sabedoria, tudo isto aliado ao facto de fazerem os jovens pagar

pelos ensinamentos que deles recebiam, cria este repúdio por parte dos filósofos.

Por isto, através de um método que visa o diálogo e no termino de tudo o que lhe for

oposto, Sócrates e Platão dão inicio à divisão profunda que durante séculos dividirá a

filosofia da retórica. Para melhor percebemos estas diferenças impostas por Sócrates e Platão,

atendamos às mais relevantes diferenças entre um sofista e um filósofo, sendo estas

claramente distintas e, portanto, completamente separáveis: O sofista atende à forma do

discurso enquanto que o filósofo atende ao conteúdo, o sofista procura o discurso eficaz

enquanto o filósofo procura o discurso verdadeiro, o sofista baseia o seu discurso na

aparência e o filósofo na Verdade e no Bem, e enquanto o sofista ensina uma técnica e não

mais que isso, o filósofo procura a verdade absoluta de tudo o que aprende, e posteriormente,

ensina.

É importante, por fim, compreender a relação estre os três conceitos: filosofia,

retórica e democracia, compreendemos em primeiro que nas sociedades democráticas o

regime político tem por base o diálogo e a procura coletiva das melhores soluções para os

problemas da sociedade, e tal como na democracia o poder obtém-se através da palavra usada

e com a devida persuasão em assembleia. Sendo os sofistas tradicionalmente considerados

mestres do saber, que ensinavam a arte da retórica e a democracia depende, em certa medida

da retórica, na medida em que, é através do confronto de ideias que vão chegando a um

consenso, e esse permite resolver os problemas das sociedades. Já a filosofia influência a

retórica, que por si influência a democracia, pois a filosofia usa a retórica para melhorar a

argumentação e a justificação dos seus argumentos ou teses e, neste caso, a retórica vai ser

utilizada na democracia, na qual serão utilizados argumentos filosóficos.

Em jeito de conclusão, e retomando o inicio da presente aula, podemos considerar que

o discurso do sofista representa uma grande possibilidade de levar a linguagem a instâncias

não conhecidas anteriormente; tem o poder de educar e de fazer ignorar, consoante o

interesse de quem está a utilizá-lo. Deste modo, os sofistas foram, na pior das hipóteses, um

mal necessário ou uma etapa que teve que existir, caso contrário seria difícil conceber

Sócrates e Platão sem as suas tentativas de obliterar a prática de uma dialética contraditória.

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Fundamentação Pedagógico-Didática

As aulas lecionadas inserem-se no modulo 3. Argumentação e filosofia, mais

especificamente no ponto 3.1. Filosofia, retórica e democracia. Dando inicio à explicitação

dos conteúdos relativos à presente aula, procederemos à mostra dos conteúdos (com uma

contextualização histórica de Atenas no séc. V a.C.), com recurso a PowerPoint e seguindo

slide a slide, onde em cada um decorrerá a devida explicitação dos elementos que integram os

conteúdos a tratar, que se desenvolvem em volta do tema: Argumentação e filosofia.

Um dos recursos a ser utilizado é o PowerPoint, sendo uma das ferramentas mais

utilizadas em contexto de sala de aula, na medida em que, nela podemos inserir imagens,

animações, esquemas, mapas conceptuais, etc., os quais quando em conformidade com a

matéria a lecionar são uma mais valia para os estudantes, na medida em que, promovem a

interação dos alunos e, consequentemente, o seu proveito da aula poderá ser maior. A escolha

deste recurso prende-se com o facto de a matéria a lecionar permitir alguma diversidade de

conteúdo e ser fundamental uma constante ligação do mesmo, assim torna-se mais fácil a

compreensão com recurso a imagens, textos ou vídeos, e com uma apresentação PowerPoint,

podem assim, estar inseridos todos os elementos de uma forma mais simples e, como se

pretende, mais clara.

Durante a análise e explicitação do PowerPoint, será pedido aos estudantes que abram

o manual, para conjuntamente com o professor lerem e analisarem os textos presentes no

manual adotado acerca do tema em questão, “na medida em que eles podem constituir-se

como matéria mesma sobre a qual a atividade filosófica, como atividade interpretativa, se

pode exercer (...). Este processo, simultâneo, de descentração e alargamento da experiência

pessoal, cria condições favoráveis ao exercício filosófico da crítica e compreensão”

(Programa de Filosofia, pp. 9). Tendo então em conta a importância do recurso a trabalho de

texto, considera-se o mesmo, um trabalho fundamental na Filosofia, bem como em todo o

processo ensino-aprendizagem. Posteriormente, e já num momento final, é projetado um

quadro que pretende tornar mais claro aos estudantes as diferenças entre a sofistica e a

filosofia socrático-platónica.

Por fim, os estudantes procederão à realização de uma ficha de trabalho, na qual os

estudantes encontram questões de resposta mais curta e questões que lhes exigirão um

trabalho mais minucioso, sendo estas de resposta longa. Os diferentes tipos de questão

procuram ir de encontro não só dos alunos que se identificam mais com respostas curtas, mas

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também, dos que encontram a sua expressão através de questões com um teor acrescido ao

nível do desenvolvimento. Nesta medida, a presente ficha de trabalho pretende aferir a

compreensão dos estudantes relativamente aos conteúdos lecionados, e ainda, contribuir para

o modo como consolidam hábitos de trabalho.

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Bibliografia

Abrunhosa, M., Leitão, M. (2008). Um outro olhar sobre o mundo. Porto: Edições ASA.

Almeida, A. (2003). Dicionário Escolar de Filosofia. Lisboa: Plátano Editora.

Almeida, A. (2007). Arte de Pensar 11º ano – Vol. 2. Lisboa: Didática Editora.

Almeida, A., Murcho, D. (2014). 50 Lições de Filosofia 11.º Ano. Didática Editora.

Amorim, C., Pires, C. (2012). Percursos 11º Ano. Areal Editores.

Borges, J.F., Paiva, M., &Tavares, O. (2014). Novos Contextos 11º Ano. Porto: Porto Editora.

Henriques, F., Vicente, J., Barros, M. (2001). Programa de Filosofia 10 e 11º Anos.

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Anexos

ANEXO I – PowerPoint

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ANEXO II – Analise de textos (a entregar aos estudantes) – Textos 1. e 2.

Pelo meado do século V [a.C.], a situação

de Atenas modificou-se profundamente.

Vitoriosa na guerra contra a Pérsia, na qual

estivera à cabeça da independência helénica,

Atenas alcançou a hegemonia no campo

político, económico e intelectual. Designa-se

comummente este período de «Século de

Péricles», singularizando-o o facto do génio

helénico ter atingido por então o ponto mais

alto da sua actividade criadora, de influência

decisiva não só na cultura ulterior, como na

cultura europeia, pois, como pensava Werner

Jaegar, é neste século V a.C. que «tem a sua

origem a ideia ocidental de cultura».

O plano educativo tradicional tornou-se

insuficiente, tanto mais que o regime da

democracia directa, por então o regime político

ateniense, assente na intervenção directa dos

cidadãos e na competição das ideias e das

correntes de interesses, deu ensejo ao espírito

iluminista, isto é, ao convencimento de que as

«luzes» da razão podem esclarecer e guiar os

diversos aspectos da vida social.”

Joaquim de Carvalho, História das Instituições

e Pensamento Político, F. C. Gulbenkian

2.

“O próprio nome de «sofistas», que

significa «sábio», desviado do seu sentido

original, tornou-se sinónimo de possuidor

de um falso saber, não procurando senão

enganar, e fazendo, para isso, um

considerável uso do paralogismo.

Aristóteles, seguindo o veredicto do seu

mestre Platão, chamará sofista «ao que tem

da sabedoria a aparência, não a realidade»,

e o «sofisma» será sinónimo de falso

raciocínio.

Não só o próprio nome de «sofista»

foi desacreditado, mas ainda demasiadas

vezes se expuseram teses mestras dos

Sofistas apenas de acordo com a refutação

operada pelo platonismo; deste modo, a

imagem da sofística apareceu-nos através

de uma distorção, em que os Sofistas

figuram como os eternos vencidos de

antemão, que, se existem, é por terem

errado.

Os Sofistas possuem (...)

personalidade e doutrinas muito diferentes.

Quais são, portanto, os traços comuns que

lhes proporcionam uma denominação

semelhante? Talvez um determinado

número de temas, como o interesse

prestado a problemas sobre a linguagem, à

problemática das relações entre natureza e

lei, por exemplo.”

Gilbert Romeyer-Dherbey, Os Sofistas,

Edições 70

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ANEXO III - Conclusões a ditar aos estudantes

Relação entre os conceitos: filosofia, retórica e democracia

A democracia depende da retórica, visto que, é através do confronto de ideias e da

persuasão que se chega a um consenso, permitindo encontrar respostas aos problemas

relacionados com a cidade. A filosofia, por sua vez, serve-se da retórica para aperfeiçoar os

seus argumentos, bem como a sua justificação, visando a procura do conhecimento e da

verdade.

Assim, a retórica irá ser utilizada na democracia, onde irão, igualmente, ser usados

argumentos filosóficos (argumentos esses aperfeiçoados e justificados devido ao uso da

retórica).

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ANEXO IV: Proposta de correção da ficha de trabalho

Proposta de correção da ficha de trabalho

1.

1.1. Esta afirmação é falsa, na medida em que, a principal finalidade do sofista consistia em

convencer e manipular o auditório em questão, através da linguagem. Todavia, esta afirmação

seria verdadeira se se referisse ao filósofo.

1.2. Esta afirmação é verdadeira, porque com a chegada da democracia os cidadãos são

convidados a expressarem as suas opiniões e, por isso, a usar livremente a palavra. Devido ao

modelo de educação tradicional, eles não estavam preparados para defender as suas ideias,

daí o surgimento dos sofistas, que vêm colmatar essas falhas, instauradas pelo modelo

educativo tradicional.

1.3. Esta afirmação é falsa, pois as críticas ao movimento sofístico foram dirigidas,

principalmente, por Sócrates e Platão.

1.4. Esta afirmação é verdadeira, visto que, o sofista, mestre da oratória e eloquência, fez da

retórica uma técnica de dar encanto ao discurso, ao recorrer a figuras de estilo, jogos de

palavras e outras estratégias para convencer o auditório. Todas essas estratégias permitiram

que os sofistas fossem associados a excessos estilísticos da retórica.

2. Os principais representantes da revolução contra os sofistas foram Sócrates e Platão. Os

factores que conduziram às críticas destes dois filósofos baseiam-se na finalidade do

movimento sofístico – a manipulação do auditório, através da linguagem –; no caráter

relativo da verdade; e, por conseguinte, devido à verdade ser relativa, o conhecimento reduz-

se à mera opinião (doxa).

3.

3.1. a) A partir das críticas de Sócrates e Platão, o termo «sofista» foi associado ao falso

saber, a uma sabedoria aparente, por oposição ao filósofo. Estas críticas fizeram com que,

durante largos tempos, os sofistas fossem vistos sob um olhar distorcido o que,

consequentemente, enfermou a relação entre a retórica e a filosofia.

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3.2. a) Segundo Sócrates, a retórica assume-se como atividade empírica, na medida em que,

tende a produzir «uma certa espécie de agrado e desagrado» e como simulacro da política,

pois não ajuda a encontrar a verdade absoluta, finalidade pretendida pelo filósofo.

4. Sofista

Filósofo

ANEXO V – Páginas do manual adotado a utilizar em aula

Caraterísticas: centrado na forma; procura a verdade; desenvolveu a retórica;

desenvolveu a dialética; a finalidade consistia na manipulação do auditório em

questão; centrado no conteúdo do que está a ser proferido; ensinavam a técnica do

discurso com o objetivo de persuadir através da linguagem; professores itinerantes; o

discurso é baseado nos conceitos Verdade e Bem;

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ANEXO VI - Grelha de observação

Ser e Saber Estar Saber e Saber Fazer

Alunos Pontualidade MaterialComportamento adequado à sala

de aula

Realiza as atividades propostas

Participa ativamente nas

atividades propostas

Cuidado na argumentação

Qualidade e pertinência nas

respostas solicitadas

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

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17.

18.

19.

20.

21.

22.

23.

24.

25.

26.

Classificação:

Não Satisfaz - NS; Satisfaz - S; Bom – B; Muito Bom – MB;