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PRÁTICAS SU FRENT Marina Petronilho Vieira 1 Natália Dias Andrade² Este trabalho teve como primeiro e oitavo períod objetivo geral deste sustentabilidade entre alu momentos do curso sob específicos foram entrev estudantes do UniBh, me nos resultados se as metodologia utiliza a questionários como a fe aplicada, sendo qualitati saber ou não sobre cosméticos não é um fa pouco realizada pela ma pessoas para que se torn PALAVRAS-CHAVE: Ins Percepção dos alunos. S 1 INTRODUÇÃO A busca por aumento responsabilidade dos be prejudicam o desenvolv (1998 apud, Oliveira et a tecnológicas e industriai produção. No entanto, to de maneira acelerada c 1 Graduanda em Administraçã Email: marina_vieira92@hotm ² Professora Orientadora. Esp [email protected] USTENTÁVEIS E A PERCEPÇÃO DE UN TE ÀS EMPRESAS DO RAMO DE COSM 1 RESUMO finalidade, investigar a percepção dos al do do curso de Administração sobre a trabalho foi mostrar sobre o enten lunos do curso de administração de empr bre o consumo de produtos de cosmé vistar os alunos do curso de Administr ensurar os dados coletados na entrevista práticas sustentáveis influenciam ou técnica de pesquisa de campo, com erramenta de coleta de dados. A pesqu iva e quantitativa. Considerações apon as práticas sustentáveis das empres ator decisivo para o cliente na compra, aioria dos alunos e o tema deve ser mais ne um hábito da maioria. stituição de Ensino Superior. Mudança Sustentabilidade dos lucros está aliada a fatores co ens naturais, falta de ética e responsabili vimento econômico sustentável. De ac al, 2012), os últimos séculos foram marca is que resultaram com o surgimento de oda essa mudança fez a capacidade de culminando em efeitos colaterais para a ão de Empresas no Centro Universitário de Belo mail.com pecialista em Gestão Ambiental e Geoprocessam NIVERSITÁRIOS MÉTICOS lunos das turmas do sustentabilidade. O ndimento do tema resas, em diferentes éticos. Os objetivos ração de Empresas, a e definir com base não a compra. A m a aplicação de uisa foi de natureza ntadas pela amostra: sas produtoras de , a coleta seletiva é s abordado entre as de comportamento. omo consumo sem idade social, na qual cordo com Malthus ados por revoluções e novas técnicas de produção aumentar a sociedade. Sendo Horizonte – UniBH. mento. E-mail:

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PRÁTICAS SUSTENT

FRENTE

Marina Petronilho Vieira1

Natália Dias Andrade²

Este trabalho teve como finalidade, investigar a percepção dos alunos primeiro e oitavo períodoobjetivo geral deste trabalho sustentabilidade entre alunosmomentos do curso sobre o coespecíficos foram entrevistar os alunos do curso de Administração de Empresas, estudantes do UniBh, mensurar os dados coletados na entrevista e definir com base nos resultados se as práticas sustentáveis influenciam ou nãometodologia utiliza a técnica de questionários como a ferramenta de coleta de dados. A pesquisaaplicada, sendo qualitativasaber ou não sobre as práticas sustentáveis das empresas produtoras de cosméticos não é um fator decisivo para o cliente na compra, a coleta seletiva é pouco realizada pela maioria dos alunos e o tema deve ser mais abordado entre as pessoas para que se torne um hábi

PALAVRAS-CHAVE : Instituição de Ensino Superior. Mudança de comportamento.

Percepção dos alunos. Sustentabilidade

1 INTRODUÇÃO

A busca por aumento dos lucros está aliada a fatores como consumo sem

responsabilidade dos bens naturais, falta

prejudicam o desenvolvimento econômico sustentável. De acordo com

(1998 apud, Oliveira et al

tecnológicas e industriais

produção. No entanto, toda essa mudança fez a capacidade de produção aumentar

de maneira acelerada culminando em efeitos colaterais para a sociedade. Sendo

1 Graduanda em Administração de Empresas no Centro Universitário de Belo Horizonte Email: [email protected] ² Professora Orientadora. Especialista em Gestão Ambiental e Geoprocessamento. [email protected]

PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS E A PERCEPÇÃO DE UNIVERSITÁRIOS

FRENTE ÀS EMPRESAS DO RAMO DE COSMÉTICOS

1

RESUMO

como finalidade, investigar a percepção dos alunos eríodo do curso de Administração sobre a sustentabilidade

objetivo geral deste trabalho foi mostrar sobre o entendimento do tema alunos do curso de administração de empresas,

momentos do curso sobre o consumo de produtos de cosméticos.específicos foram entrevistar os alunos do curso de Administração de Empresas, estudantes do UniBh, mensurar os dados coletados na entrevista e definir com base nos resultados se as práticas sustentáveis influenciam ou não

a técnica de pesquisa de campo, com a aplicação de questionários como a ferramenta de coleta de dados. A pesquisaaplicada, sendo qualitativa e quantitativa. Considerações apontadas pela amostra:

ão sobre as práticas sustentáveis das empresas produtoras de cosméticos não é um fator decisivo para o cliente na compra, a coleta seletiva é pouco realizada pela maioria dos alunos e o tema deve ser mais abordado entre as pessoas para que se torne um hábito da maioria.

Instituição de Ensino Superior. Mudança de comportamento.

Percepção dos alunos. Sustentabilidade

A busca por aumento dos lucros está aliada a fatores como consumo sem

responsabilidade dos bens naturais, falta de ética e responsabilidade social, na qual

prejudicam o desenvolvimento econômico sustentável. De acordo com

et al, 2012), os últimos séculos foram marcados

tecnológicas e industriais que resultaram com o surgimento de novas técnicas

. No entanto, toda essa mudança fez a capacidade de produção aumentar

de maneira acelerada culminando em efeitos colaterais para a sociedade. Sendo

Graduanda em Administração de Empresas no Centro Universitário de Belo Horizonte

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VEIS E A PERCEPÇÃO DE UNIVERSITÁRIOS

EMPRESAS DO RAMO DE COSMÉTICOS

como finalidade, investigar a percepção dos alunos das turmas do sobre a sustentabilidade. O

entendimento do tema do curso de administração de empresas, em diferentes

utos de cosméticos. Os objetivos específicos foram entrevistar os alunos do curso de Administração de Empresas, estudantes do UniBh, mensurar os dados coletados na entrevista e definir com base nos resultados se as práticas sustentáveis influenciam ou não a compra. A

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cosméticos não é um fator decisivo para o cliente na compra, a coleta seletiva é pouco realizada pela maioria dos alunos e o tema deve ser mais abordado entre as

Instituição de Ensino Superior. Mudança de comportamento.

A busca por aumento dos lucros está aliada a fatores como consumo sem

de ética e responsabilidade social, na qual

prejudicam o desenvolvimento econômico sustentável. De acordo com Malthus

), os últimos séculos foram marcados por revoluções

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. No entanto, toda essa mudança fez a capacidade de produção aumentar

de maneira acelerada culminando em efeitos colaterais para a sociedade. Sendo

Graduanda em Administração de Empresas no Centro Universitário de Belo Horizonte – UniBH.

ra Orientadora. Especialista em Gestão Ambiental e Geoprocessamento. E-mail:

2

assim, surge a necessidade emergente, não só de conscientização, mas também de

ações voltadas para que as organizações com estratégias pensadas na busca de

soluções que garantam verdadeiramente a preservação dos recursos naturais

necessários para atender a presente e as futuras gerações. O planeta pede socorro,

e as estratégias precisam principalmente desenvolver posturas de comportamentos

responsáveis.

Segundo Curi et al (2010), vários estudos, acordos mundiais e encontros foram

realizados (Primavera Silenciosa, 1962; Conferência da Biosfera, 1968; Limites do

Crescimento, 1972; Conferência de Estocolmo, 1972; Convenção de Viena, 1985;

Protocolo de Montreal, 1987) na tentativa de solucionar os problemas ambientais

como a escassez de recursos não renováveis, poluição ambiental, entre outros. As

discussões giravam, principalmente, na solução do consumo consciente de

recursos.

Diante disso, o termo “sustentabilidade” ganhou força. A palavra tem origem do

latim: “sustentare”, que significa sustentar, favorecer e, conservar e foi apresentada

oficialmente em 1987, na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento – CMMAD, e da Organização das Nações Unidas - ONU. O tema

foi aceito pela maioria dos países, e isso aumentou a importância desse tema

também no mundo empresarial (OLIVEIRA et al, 2012).

Portanto, as empresas se veem na necessidade de aplicar estratégias voltadas para

a prática sustentável. O presente trabalho associa tais práticas ao ramo de

cosméticos, uma vez que está em constantes pesquisas para aprimoramento dos

produtos e por usar matérias-primas extraídas principalmente de frutos e outros

recursos naturais, já que em média (NEGÓCIO E ESTÉTICA, 2014) o Brasil cresceu

10% ao ano, durante os últimos 17 anos de acordo com a Associação Brasileira da

Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

Esse trabalho teve como foco estudar as opiniões dos alunos do UniBH, Centro

Universitário de Belo Horizonte, localizado na região Oeste de Belo Horizonte, em

3

relação às práticas sustentáveis das empresas do ramo de cosméticos. O problema

de pesquisa foi: Qual o entendimento dos alunos do curso de administração de

empresas sobre a importância do consumo de cosméticos sustentáveis e suas

consequências ambientais?

O objetivo geral deste trabalho foi mostrar sobre o entendimento do tema

sustentabilidade entre alunos do curso de administração de empresas, em diferentes

momentos do curso sobre o consumo de produtos de cosméticos. Com a finalidade

de viabilizar a proposta do objetivo geral, foram definidos os seguintes objetivos

específicos: a) entrevistar os alunos do curso de Administração de Empresas,

estudantes do UniBh; b) mensurar os dados coletados na entrevista; c) definir com

base nos resultados se as práticas sustentáveis influenciam ou não a compra.

Justificou-se a realização desta pesquisa para uma melhor compreensão do

comportamento e decisão de compra dos alunos em um ramo que cresceu 10% por

ano durante os últimos 17 anos, conforme pesquisa realizada pela Abihpec em 2012

(NEGÓCIO E ESTÉTICA, 2014). A pesquisa e o estudo proposto neste trabalho

são instrumentos que contribuem tanto para o aluno quanto empresas, que podem

identificar os impactos causados pelas ações sustentáveis com argumentos mais

fundamentados para as demandas sociais relacionadas à sustentabilidade

empresarial e seu impacto com o público alvo. Para um formando em administração,

vê-se uma oportunidade de aprendizado sobre o comportamento e opinião de

jovens, além de desenvolver um olhar crítico sobre a atual situação do crescimento

econômico do ramo estudado.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE E A IMPORTÂNCIA DO

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NAS EMPRESAS

O conceito de sustentabilidade é complexo, pois envolve variáveis interdependentes,

mas pode-se dizer que deve ter a capacidade de integrar as questões sociais,

4

econômicas e ambientais. Como dito anteriormente, vários estudos foram feitos para

tentar solucionar os problemas ambientais gerados pelas empresas, mas foi em

1987, na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e na

Organização das Nações Unidas que o termo sustentabilidade foi oficialmente aceito

em alguns países. A partir daí muitos foram os movimentos em prol da

conscientização da humanidade sobre a necessidade de se preservar o meio

ambiente para garantir a vida sustentável no futuro.

A sustentabilidade, portanto, possui diferentes dimensões que, de acordo com

Sachs (1993), podem ser analisadas individual ou coletivamente:

• Sustentabilidade social: preza pela igualdade de distribuição de renda para a

população

• Sustentabilidade ambiental: preza pela limitação de uso de recursos não

renováveis e pelo uso de recursos renováveis

• Sustentabilidade cultural: garante a continuidade das traduções e pluralidade

de culturas.

Já sobre desenvolvimento sustentável, Dias (2004, p.31) o explica como um novo

modelo de desenvolvimento, que busca “compatibilizar a prevenção do ambiente

com as necessidades sociais e econômicas do homem, de modo que assegure a

continuidade da vida na Terra”. Dessa forma, o autor mostra que o consumo

irresponsável de recursos do atual modelo de desenvolvimento, produz

consequências, tanto para o consumidor quanto para a sobrevivência da empresa

no mercado competitivo. Se as empresas atendessem a nova demanda de

responsabilidade sócio-ambiental, toda a sociedade seria beneficiada. Assim, o

papel do setor privado não mais se restringiria apenas nas gerações de riquezas,

mas também, as dimensões sociais e ambientais.

O conceito de desenvolvimento sustentável é variado, mas para Almeida (2009, p.

67), é definido como “aquele que atente às necessidades do presente sem

comprometer as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”.

Portanto, para serem consideradas sustentáveis as empresas devem desenvolver

5

programas e ações que contribuam efetivamente para a preservação da vida futura

no planeta.

A seguir, serão abordadas as dimensões citadas nesta seção: sustentabilidade

social, ambiental e cultural.

2.1.1 Sustentabilidade social

Mendes (2009, p. 54) conta que “a dimensão social é polêmica, pois é a dimensão

que sofreu mais mutações por conta do conceito de desenvolvimento social”. De

acordo com o autor:

A sustentabilidade social era utilizada para encobrir o interesse sobre a sustentabilidade ecológica, sustentando que a pobreza seria a causadora da agressão à natureza, causada por falta de recursos em adquirir técnicas preservacionistas. Outro problema seria o crescimento populacional entre os extratos mais pobres [...] neste sentido, uma região com fraca dotação de recursos, baixo nível de formação e sem capital disponível, gera pobreza que, por sua vez, se traduz em capacidade de poupança limitada que levaria novamente a um pequeno nível de investimento e de formação (MENDES, 2009, p. 54)

Por este lado, a pobreza está relacionada com a desigualdade de renda e

oportunidades de mercado, resultando em uma exploração errada dos recursos

naturais.

Mendes (2009, p. 54) afirma que a pobreza e o desemprego não estavam em

discussão, mas sim suas consequências negativas em relação ao meio ambiente.

Desta forma, por trás de uma ideia de sustentabilidade social, está escondida a

dimensão ambiental como prioridade. Sendo assim, a sustentabilidade social tem o

objetivo de garantir “que todas as pessoas tenham condições iguais de acesso a

bens, serviços de boa qualidade, necessários para uma vida digna, pautando-se no

desenvolvimento como liberdade.” (MENDES, 2009, p. 54).

6

Sob essa ótica, a sustentabilidade social deve ser entendida como uma boa forma

de distribuição de renda, acesso igualitário aos bens e serviços com qualidade e

respeito ao cidadão, em que empresas podem contribuir com o este acesso através

de programas de responsabilidade social.

2.1.2 Sustentabilidade cultural

A dimensão cultural confunde-se um pouco com a social, sendo que ambas muitas

vezes possuem correlação.

Mendes (2009, p. 55) explica que fazem parte desta concepção:

promover, preservar e divulgar a história, tradições e valores regionais, bem como acompanhar suas transformações. Para buscar essa dimensão é um caminho válido o de valorizar culturas tradicionais, divulgar a história da cidade, garantir oportunidades de acesso a informação e ao conhecimento a todos e investir na construção, reforma ou restauração de equipamentos culturais. Esta dimensão da sustentabilidade direciona-se às raízes endógenas dos modelos de modernização e dos sistemas rurais integrados de produção, privilegiando processos de mudança no seio da continuidade cultural e traduzindo o conceito normativo de ecodesenvolvimento em uma pluralidade de soluções particulares, que respeitem as especificidades de cada ecossistema, cultura e local (Mendes, 2009, p. 55).

Mendes (2009, p. 55) “traz propostas alternativas ao desenvolvimento sustentável

que apontam para novos projetos civilizatórios, como as sociedades sustentáveis e o

ecossocialismo”. O autor “definiu os padrões de produção e consumo e de bem-

estar a partir da cultura, do desenvolvimento histórico e do ambiente natural de um

indivíduo como sociedades sustentáveis.” (MENDES, 2009, p. 55).

Ele ainda defende:

Nesta visão, o desenvolvimento sustentável busca um novo projeto civilizatório, com mecanismos adequados de educação, por meio da cooperação e parceria na busca do desenvolvimento individual, tendo como fundamento o ambiente, o interesse social, o respeito à cultura de cada povo, à política e à democracia. Esta manifestação de

7

democratização na tomada de decisões mostra a luta dos cidadãos contra algumas práticas insustentáveis. Todavia, democratizar não deve ser apenas um "clichê".

Passar o poder das mãos de governantes para a sociedade é uma ideia sem

sentido, ao considerar que a sociedade capitalista baseia-se nas relações de poder

para garantir a "ordem" do sistema. “Realizar tal transmissão significa transpor o

paradigma atual para outro, para o qual nem se tem conhecimento se a sociedade

está preparada para rumar.” (MENDES, 2009, p. 56)

2.1.3 Sustentabilidade ambiental

De acordo com Mendes (2009, p. 52), a sustentabilidade ambiental é a mais

defendida desde os anos 70. É preciso entender e respeitar a dinâmica do ambiente

afinal o ser humano faz parte dela. Portanto, ao utilizar os recursos naturais, o

homem precisa aceitar que o mau uso da natureza irá afetar a sua sobrevivência e

que ele, portanto depende diretamente dos recursos naturais existentes.

Foladori (2002, apud, Mendes 2009, p. 52,) diz que:

a sustentabilidade ecológica é a que suscita menos controvérsias, uma vez que se refere a certo equilíbrio e à manutenção dos ecossistemas, conservação e manutenção genética, incluindo, também, a manutenção dos recursos abióticos e a integridade climática. Este conceito aborda a natureza externa ao ser humano e a concepção de que quanto mais modificações realizadas pelo homem na natureza menor sua sustentabilidade ecológica e quanto menor a interferência humana na natureza, maior sua sustentabilidade.

Rattner et al, (1999, apud, Mendes, 2009 p. 53) afirmam que existem algumas ações

para conseguir a sustentabilidade ecológica:

• Intensificação do uso dos recursos potenciais dos vários ecossistemas, com

um mínimo de dano aos sistemas de sustentação da vida;

• limitação de produtos não-renováveis ou prejudiciais ao ambiente.

8

• autolimitação do consumo excessivo pelos países desenvolvidos e pelas

classes sociais privilegiadas;

• intensificação da pesquisa de tecnologias limpas;

• definição de regras para proteção ambiental.

Portanto, atentar-se ao desenvolvimento sustentável e entender as dimensões em

que as empresas podem atuar exige algumas estratégias, relatadas no próximo

item.

2.2 ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS ADOTADAS POR EMPRESAS

Devido às grandes transformações ocorridas desde a Revolução Industrial, os

constantes avanços tecnológicos, a globalização, e as novas formas de gestão, as

empresas estão pressionadas a se manterem no mercado. Nesse cenário, muitas

empresas estão repensando novas práticas de atuação em relação a preservação

ambiental e atuação na sociedade.

A busca pela inovação vem aumentando e de acordo com Curi et al (2010, p. 9)

“para as empresas e a sociedade, os desafios estão na preocupação em idealizar

um processo de crescimento que traga intrinsecamente, a perspectiva de proteção

da biosfera”.

Assim, as empresas devem criar estratégias inovadoras que atendam as

expectativas de seus clientes em relação à sustentabilidade. Curi et al (2010, p. 4)

apresentam cinco estratégias para conciliar de forma harmoniosa os cuidados com o

meio ambiente e a lucratividade:

• Produzir de forma limpa e consciente, prestando atenção aos detalhes do

desenvolvimento de processos de produção com consciência ambiental.

Nesta parte, a empresa deve sempre se perguntar sobre detalhes do

processo produtivo, tais como a forma como a energia e as matérias-primas,

estão sendo utilizadas ou quais são os resíduos gerados pela produção.

9

Nesta etapa, é necessário que o funcionário se envolva para se tornar um

membro na busca por melhores práticas; • Transformar ou substituir determinados processos, produtos e serviços que se

apresentam falhos em suas funções; • Reutilizar resíduos por meio da reciclagem; • Diminuir o nível de consumo de materiais e energia; • Descobrir o nicho verde dos produtos amigos do meio ambiente.

Demajorovic (2003 apud, Curi et al, 2010) ressalta a importância da cultura

organizacional na adoção e cumprimento de práticas sustentáveis na empresa, uma

vez que funciona como impulsionadora do desenvolvimento de qualquer tecnologia,

ou estratégia, voltada para a organização. Ou seja, “a sustentabilidade precisa ser

entendida em três dimensões, o que significa promover conjuntamente

desenvolvimento econômico e social sem agredir o meio ambiente” (CURI et al,

2010)

2.3 A SUSTENTABLIDADE NO RAMO DE COSMÉTICOS NO BRASIL

As empresas de cosméticos devem apresentar uma visão sustentável onde,

buscando criar valor para a sociedade e reduzindo significativamente as emissões

de gases do efeito estufa, traga novos paradigmas na relação com comunidades

agroextrativistas e na justa remuneração de seus serviços e dos ativos da

biodiversidade, mas nem sempre isso acontece.

Sabe-se que o Brasil é um país com grande diversidade biológica, o que torna mais

amplo o número de pesquisas feitas para produção de cosméticos. De acordo com

Gomes (2013):

fica claro o potencial que este [país] tem de demandar cada vez mais ingredientes da biodiversidade e, consequentemente, de influenciar negativa ou positivamente a conservação de recursos naturais e uma comercialização pautada em princípios éticos, principalmente das matérias-primas provenientes de comunidades tradicionais, pequenos produtores ou tribos indígenas.

10

Ainda com Gomes (2013), sabe-se que parte das matérias-primas são demandadas

pelo setor de cosméticos e por outros setores são de forma ilegal por um preço mais

baixo, gerando pouco ou nenhum benefício social e econômico para a população. A

autora mostra que em um estudo realizado pela União para o BioComércio Ético –

UEBT – 84% dos consumidores de cosméticos afirmaram que deixariam de comprar

produtos de beleza se soubessem que a empresa não faz adoção de boas práticas

ambientais. É previsível que o consumidor passará a privilegiar não apenas o preço

e a qualidade dos produtos, mas também, o comportamento social dos fabricantes.

Portanto, esse tipo de iniciativa sustentável deveria estar inserido no contexto de

todas as organizações empresariais, visto que os cuidados com o planeta são ações

necessárias para garantir o bem estar de todos os seres existentes. A população

está mais exigente e as empresas precisam se adaptar às necessidades de

mercado.

Dessa forma, é visível que a prática sustentável torna-se um diferencial competitivo.

De acordo com Ferraz; Kupfer; Haguenaeuer (1997, p. 6), a competitividade é “a

capacidade da empresa de formular e implementar estratégias concorrenciais, que

lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no

mercado”.

Almeida (2009, p. 59) levanta uma questão em relação ao papel das empresas

afirmando que:

Ao fazer mais do que exige a legislação, a empresa passa a ser vista pela opinião pública como dotada de atributos morais: ganha a reputação de “boa empresa” e isso lhe assegura a boa vontade da opinião pública. Se ocorrer, por exemplo, um acidente ambiental nas instalações de uma empresa conhecida por tratar efluentes, emissões e rejeitos com padrões mais rigorosos que os exigidos por lei, a opinião pública tenderá a encarar o evento exatamente assim, como um acidente, e não como irresponsabilidade.

Para Dias (2011, p. 67),

as ações sustentáveis não refletem diretamente em ações mais caras, com maiores custos, ou processos mais burocráticos e retorno financeiro menor, o termo

11

sustentabilidade apresenta uma visão onde o desempenho socioambiental avança junto ao desempenho econômico. Essa nova variável de atuação mercadológica aprimora os conceitos de eficiência e eficácia, garantindo assim maior perenidade das organizações.

Sendo assim, as empresas no ramo de cosméticos devem criar estratégias de

crescimento focadas na inovação aliada à preservação ambiental para alcançarem

seus objetivos e garantirem um lugar de destaque no mercado global, promovendo

inovações sustentáveis que consideram as expectativas dos clientes, as ações dos

concorrentes, a atuação dos fornecedores, e as demandas governamentais.

3 METODOLOGIA

Foi utilizada a técnica de pesquisa de campo, que de acordo com Fonseca (2002) a

caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou

documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes

tipos de pesquisa.

Como ferramenta de coleta de dados, foi feito um questionário realizado com 88

alunos do curso de Administração de Empresas, estudantes do UniBH, região Oeste

de Belo Horizonte, o que representa 49% do total de alunos do curso. A escolha de

alunos desse curso deve-se ao fato do mesmo abordar o tema sustentabilidade

empresarial em sua grade curricular.

Quanto aos objetivos, podemos caracterizar como pesquisa descritiva, que “exige do

investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de

estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade”.

(Gerhardt e Silveira, 2009, p. 36).

Quanto aos procedimentos, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, que “é feita a partir

do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios

escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites”

(Gerhardt e Silveira, 2009, p. 37) e a pesquisa de campo, que caracteriza-se pelas

12

investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza

coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa”

(Gerhardt e Silveira, 2002 apud FONSECA, 2009, p. 37 )

Quanto a abordagem, pesquisa é qualitativa e quantitativa. Gerhardt e Silveira

(2009, p. 37) dizem que “a pesquisa qualitativa não se preocupa com

representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de

um grupo social, de uma organização, etc”. Os autores também explicam que a

pesquisa quantitativa “tende a enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e

os atributos mensuráveis da experiência humana”.

Quanto a natureza, a pesquisa é aplicada, pois envolve os interesses das empresas

produtoras de cosméticos. De acordo com Gerhardt e Silveira (2009, p. 37) a

pesquisa aplicada “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à

solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.”

A análise de dados foi feita com base na interpretação dos gráficos e comparando

os resultados com a teoria de autores sobre o tema sustentabilidade.

4. DADOS E ANÁLISE DA PESQUISA

4. 1 CARACTERÍSTICA DA PESQUISA

De acordo com a secretaria do curso de administração, a UniBH possui em média

390 alunos no turno da noite. Desse total, 88 alunos responderam o questionário.

O UniBH é uma instituição de ensino superior localizada no bairro Estoril, região

Oeste de Belo Horizonte. Atua no mercado desde 1998 e possui quatro unidades,

localizadas nos bairros Estoril, Lagoinha, Lourdes e União.

4.2 RESULTADO DA PESQUISA

13

Nesta etapa, são apresentadas em gráficos, as questões propostas no questionário

respondido pelos alunos em conjunto com as afirmações de autores sobre o

assunto.

Conforme dito anteriormente, a pesquisa foi realizada em dois momentos do curso

de administração de empresa do UniBH, no primeiro e último semestre. De acordo

com o gráfico 1, 60% dos alunos estão no oitavo período do curso e 40% no

primeiro. Esse número deve-se também a presença na sala de aula no dia da

aplicação e ao fato de o primeiro módulo possuir mais alunos regulares nas

disciplinas.

Gráfico 1 - Módulo em curso

Fonte: dados da pesquisa (2016)

No primeiro módulo 54% dos entrevistados são do sexo masculino e 46% do sexo

feminino, como mostra o gráfico 2. Já no gráfico 3, 60% dos entrevistados são do

sexo masculino e 40% do sexo feminino. O gênero não é um fator determinante no

curso de administração pois ambos se interessam pela área.

40%

60%

1º módulo

8º módulo

14

Gráfico 2 - Gênero (1º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Gráfico 3 - Gênero (8º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

No primeiro módulo, conforme gráfico 4, a maioria dos alunos possuem de 17 a 25

anos, formando 86% do total dos entrevistados e no oitavo módulo, conforme gráfico

5, a faixa é mais diversificada, com 60% dos alunos com idades entre 17 e 25 anos,

27% de 26 a 35 anos e 11% de 36 a 45 anos. Apenas um aluno possui mais de 46

anos.

46%

54%

Feminino

Masculino

60%

40%

Feminino

Masculino

15

Gráfico 4 - Faixa de idade (1º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Gráfico 5 - Faixa de idade (8º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Em relação ao ramo de trabalho dos alunos, a maioria, 34% do primeiro módulo

trabalham no ramo de prestação de serviços e 40% do oitavo trabalham no ramo

comercial, conforme gráficos 6 e 7. Percebe-se que ao comparar a relação de

estudantes, os do oitavo módulo possuem menos desempregados que o primeiro.

Pode-se relacionar este fato ao conhecimento mais adquirido durante o curso e a

necessidade das empresas em profissionais com mais conhecimento.

86%

14%

De 17 a 25

De 26 a 35

De 36 a 45

Acima de 46

60%

27%

11%

De 17 a 25

De 26 a 35

De 36 a 45

Acima de 46

16

Gráfico 6 - Ramo de trabalho (1º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Gráfico 7 - Ramo de trabalho (8º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Quando perguntado sobre a quantidade de cosmético que se compra ao mês, 60%

dos alunos do primeiro módulo responderam de 1 a 3 produtos, como mostra o

gráfico 8. Já no oitavo módulo, 76% responderam que compram de 1 a 3, de acordo

com o gráfico 9. Percebe-se que devido à baixa aquisição, os produtos devem ser

considerados básicos, como shampoo, condicionador, cremes e perfumes.

26%

3%

34%

11%

26% Comercial

Agronegócio

Industrial

Prestação de serviço

Vendas

Não trabalha

40%

11%

38%

2%9%

Comercial

Agronegócio

Industrial

Prestação de serviço

Vendas

Não trabalha

17

Gráfico 8 - Quantidade de cosméticos comprados por mês (1º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Gráfico 9 - Quantidade de cosméticos comprados por mês (8º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Sobre os fatores que mais influenciam na decisão de compra dos alunos, o primeiro

módulo considerou em sua maioria preço, indicação de quem já usou, marca, uso do

refil e facilidade de encontrar, como mostra o gráfico 10. No oitavo módulo, os cinco

principais fatores foram preço, marca, indicação de quem já usou, selo verde e

indicação de salão de beleza.

60%

26%

11%

3%

De 1 a 3

De 4 a 6

De 7 a 9

Mais de 10

76%

15%

9%

De 1 a 3

De 4 a 6

De 7 a 9

Mais de 10

18

Guimarães et al (2001) afirma que os produtos que possuem atributos ambientais

podem ser considerados como diferenciais, pois fornecem uma fonte de valor

agregado para o consumidor, porém, estes consumidores vêm no alto preço dos

produtos verdes o principal inibidor de compra.

Gráfico 10 - Fatores que influenciam na decisão de compra (1º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Gráfico 11 - Fatores que influenciam na decisão de compra (8º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

0

5

10

15

20

25

30

35

0

10

20

30

40

50

60

19

Ao selecionar os cinco principais fatores de cada período do curso, percebemos que

o fator preço é predominante nos dois períodos. Os fatores marca e indicação de

quem já usou também é comum. É interessante observar que no oitavo período, o

fator selo verde teve mais visibilidade do que no primeiro período, sendo assim

possível afirmar que após o curso de administração, as noções de sustentabilidade

influenciam a turma do oitavo módulo a se conscientizar mas ainda não esse não foi

o principal fator escolhido por todos os alunos.

Monteiro et al (2013) afirma que para o público que se preocupa com a causa eco

social, as informações sobre o produto, seu processo de produção bem como a

imagem da empresa que o produz são importantes no processo de decisão de

compra.

Abordando se as embalagens usadas nos produtos de cosméticos dos alunos são

recicláveis ou não, o gráfico 12 mostra que 49% dos alunos do primeiro módulo

afirmam que às vezes são e às vezes não são recicláveis. No oitavo módulo também

predominou a mesma resposta, porém com 56% dos alunos, conforme gráfico 13.

Gráfico 12 - As embalagens dos produtos de cosmétic os são recicláveis? (1º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

23%

18%

49%

2%8%

Todas são

A maioria é

Algumas sim outras não

Nenhuma é

Não se aplica

20

Gráfico 13 - As embalagens dos produtos de cosmétic os são recicláveis? (8º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Desta forma, Giacomini Filho (2004) afirma as empresas que demonstram

preocupação com a causa ecológica e que levantam esforços para adequarem seus

produtos e serviços a esse contexto, ganham a atenção do público que

consequentemente, tendem a comprar de empresas com uma boa imagem.

Quando perguntado se os alunos fazem coleta seletiva, 34% do primeiro módulo

respondeu que nunca seguido de 26% que as vezes fazem, conforme gráfico 14. Já

o oitavo módulo teve 55% de alunos que também nunca fazem a coleta seletiva,

como mostra o gráfico 15 É interessante perceber que independente do

conhecimento acumulado durante o curso, a coleta seletiva é uma coisa ainda

distante da realidade dos alunos.

Calixto (2016), por meio de um estudo realizado pelo CEMPRE - Compromisso

Empresarial para a Reciclagem-, mostra que quase 170 milhões de brasileiros não

são atendidos por coleta seletiva em suas cidades e ainda firma que falta maior

engajamento das prefeituras em criar políticas e um plano de gestão eficaz.

4%

21%

56%

15%

4%

Todas são

A maioria é

Algumas sim outras não

Nenhuma é

Não se aplica

21

Gráfico 14 - As embalagens que são recicláveis faço o descarte na coleta seletiva (1º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Gráfico 15 - As embalagens que são recicláveis faço o descarte na coleta seletiva (8º módulo)

Fonte: dados da pesquisa (2016)

Apenas uma aluna comentou no campo de comentários, falando que o tema é

interessante e deve ser mais abordado entre os alunos.

11%

20%

26%

34%

9%

Sim, sempre

Na maioria das vezes

As vezes sim, as vezes não

Nunca

Não se aplica

11% 4%

23%

55%

7%

Sim, sempre

Na maioria das vezes

As vezes sim, as vezes não

Nunca

Não se aplica

22

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES

A pesquisa conseguiu mostrar a opinião dos alunos quando apurou que a população

entrevistada considera o fator preço como decisório na decisão de compra de

cosméticos, seguidos de indicação de alguém que já tenha usado o produto e

marca. Porém, constatou-se que o fato da empresa ser sustentável ou não teve uma

influência insignificativa na decisão de compra do consumidor.

Dessa forma, as ações realizadas pelas empresas de cosméticos em se preocupar

com a responsabilidade socioambiental não influenciam diretamente na decisão do

cliente mas para si mesma, é de extrema importância, já que é responsável pela

extração de recursos naturais e outras ações com a sociedade. Portanto, o

investimento em projetos de responsabilidade socioambiental que objetivam

promover a empresa, estão focando em aspectos que o consumidor não considera

essenciais.

Como pode ser verificado no gráfico referente à questão que teve como objetivo

identificar se os alunos fazem a coleta seletiva, mais da metade do total de alunos

afirmaram que nunca fazem, tais informações permitem inferir que esse fator é

cultural, uma vez que no Brasil (SPITZCOVSKY, 2012) a maioria das pessoas não

tem acesso a coleta seletiva, de acordo com a pesquisa feita pelo IBOPE, por mais

que seja um tema sempre discutido e adotado na maioria das empresas.

Já que o preço é determinante na compra de cosméticos, cabe as empresas

continuarem adaptando seus produtos de forma sustentável e oferecendo

diversidade aos clientes. A educação ambiental deve continuar sendo estimulada,

dessa forma, os aspectos ambientais serão tratados com mais atenção pela

população que, assim como as empresas, devem entender que usando os recursos

de forma consciente, irá interferir tanto na própria vida quanto no meio em que faz

parte.

Sugere-se que o tema estudado tenha mais relevância no curso de administração,

pois este é uma oportunidade do aluno entender a atual situação do mercado e do

meio ambiente, se preparar para as tendências e contribuir para uma melhor

23

atuação frente às necessidades ambientais. Sugere-se também que o tema seja

mais abordado em estudos, uma vez que quanto maiores informações específicas

sobre a população, melhor para as empresas, que terão base para formar seus

mercados e tomar suas decisões entendendo melhor o cliente.

24

REFERÊNCIAS

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Elsevier, 2009.

CALIXTO, Bruno. 85% dos brasileiros não têm acesso a coleta seletiv a, mostra

estudo. Disponível em:< http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-

planeta/noticia/2016/06/85-dos-brasileiros-nao-tem-acesso-coleta-seletiva-mostra-

estudo.html>. Acesso em: 08 dez. 2016.

CORAL, Eliza. Modelo de planejamento estratégico para a sustentab ilidade

empresarial. Disponível em:

<https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/82705/189235.pdf?seq

uence=1&isAllowed=y>. Acesso em 01 out 2016.

CURI, Denise Pereira; JUNQUEIRA, Elaine Assumpção; BERTONI, Elizabeth;

CAMARGO, Elizandra; ALMEIDA, Maria Clara Marcondes de. Inovação Sustentável

nas Empresas de Cosméticos. XXXIV Encontro da ANPAD. Rio de Janeiro, 25-29

jan 2010. Disponível em:<http://www.anpad.org.br/admin/pdf/eso2621.pdf>. Acesso

em: 01 out 2016.

DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental : Responsabilidade Social e Sustentabilidade. 2ª

Ed. São Paulo: Atlas, 2011.

DIAS, Genibaldo Freire. Ecopercepção : um resumo didático dos desafios

socioambientais. São Paulo: Editora Gaia, 2004.

FERRAZ, J. C.; KUPFER, D.; HAGUENAUER, L. Made in Brazil : desafios

competitivos para a indústria. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

25

GIACOMINI FILHO, Gino. Ecopropaganda . São Paulo: Senac, 2004.

GOMES, Patrícia Cota. A preocupação da indústria de cosméticos com a

sustentabilidade da cadeia produtiva. Disponível

em:<http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/colunas/2013/05/1276541-a-

preocupacao-da-industria-de-cosmeticos-com-a-sustentabilidade-da-cadeia-

produtiva.shtml>. Acesso em: 01 out 2016.

GUERHARDT, Tatiana engel; SILVEIRA, Denise Toledo. Métodos de Pesquisa.

Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação

Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da

SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora UNFRGS, 2009.

MENDES, Jefferson Marcel Gross. Dimensões da sustentabilidade. Disponível em:<

http://www.santacruz.br/v4/download/revista-academica/13/cap5.pdf>. Acesso em: 25 out 2016.

MONTERIO, Cicero Romao Mota; COSTA, Joacio de Oliveira; SILVA, Simone

Costa; FERREIRA, Eunice. Influência do marketing verde no processo de decisão de

compra: um estudo com consumidores da natura cosméticos. XXXIII encontro

nacional de engenharia de produção . Disponível em:<

http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STO_181_036_22595.pdf>.

Acesso em: 01 out 2016.

NEGOCIO E ESTÉTICA. Brasil cresce, em média, 10 % ao ano no setor de

cosméticos . Disponível em: <http://negocioestetica.com.br/brasil-cresce-em-media-

10-ao-ano-no-setor-de-cosmeticos/>. Acesso em 25 out 2016.

OLIVEIRA, Lucas Rebello de; et al. Sustentabilidade: da evolução dos conceitos à

implementação como estratégia nas organizações. Produção , v. 22, n. 1, p. 70-82,

jan./fev. 2012. Disponível

em:<http://www.scielo.br/pdf/prod/v22n1/aop_0007_0245.pdf>. Acesso em: 01 out.

2016.

26

SILVEIRA, D. T.; CÓRDOVA F.P. Métodos de Pesquisa . Porto Alegre: Editora da

UFR, 2009.

SPITZCOVSKY, Débora. 64% dos brasileiros não têm acesso à coleta seletiva.

Disponível em:<http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/brasileiros-acesso-

coleta-seletiva-pesquisa-consumo-sustentavel-724796.shtml>. Acesso em: 01 out.

2016.

27

APÊNDICE

Olá!

Sou Marina Petronilho, e como parte da realização do meu TCC, aplico este

questionário com objetivo de verificar qual a percepção dos alunos de Administração

do UNIBH sobre sustentabilidade no consumo de produtos cosméticos.

Gentileza, responder as questões abaixo, de forma sincera, para que a pesquisa

tenha o real tratado do tema proposto. Não existe respostas certas e erradas, não

sendo necessário se identificar.

Desde já obrigada pela contribuição.

Questionário

Perfil

Qual a sua faixa etária?

□ 17 a 25 anos □ 26 a 35 anos □ 36 a 45 anos □ Acima de 46

anos

Qual o sexo?

□ Feminino □ Masculino

Em qual ramo de atividade trabalha?

□ Comercial □ Industrial □ Prestação

de serviços

□ Vendas □

Agronegócios

□ Não

trabalho

Sobre consumos de cosméticos

Por mês qual a quantidade de produtos cosméticos, você compra?

□ 1 a 3 □ 4 a 6 □ 7 a 9 □ Mais de 10

Quais os 5 principais fatores influenciam na sua escolha de compra dos produtos

cosméticos (numere em grau de importância de 1 a 5, sendo 1 menos importante e

5 o mais importante):

( ) Preço ( ) Indicação de

quem já usou

( ) Se tem refil ou

não

( ) Marca

( ) Facilidade de

encontrar

( ) Cheiro (perfume

do produto)

( ) Cor ( ) Indicação do

salão

( ) Rótulo ( ) Informações ( ) Selo verde ( ) Empresa ter

28

sobre princípios

ativos

projetos

socioambientais

( ) Ser feito com

produtos orgânicos

( ) Não usar

conservantes que

agridem o meio

ambiente

( ) Não realizar

testes com animais

( ) Formato da

embalagem

Sobre descarte das embalagens

As embalagens dos produtos de cosméticos que uso são recicláveis.

□ Todos são □ A maioria é □ Alguns sim,

outros não

□ Nenhum é □ Não se

aplica

As embalagens que são recicláveis faço o descarte na coleta seletiva.

□ Sim, sempre □ Na maioria

das vezes

□ Às vezes

sim, às vezes

não

□ Nunca □ Não se

aplica

Caso queira fazer algum comentário sobre o tema...