Princípio de Causa e Efeito
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PRINCPIO DE CAUSA E EFEITO
PRINCPIO DE CAUSA E EFEITO
Toda causa tem seu efeito; todo efeito tem sua causa; todas as coisas acontecem de acordo com a Lei; o acaso simplesmente um nome dado a uma lei no reconhecida; h muitos planos de casualidade, mas nada escapa Lei.
INSTRUO VI
O Princpio de Causa e Efeito contm a verdade que nada acontece por acaso, que este simplesmente um termo para indicar a causa existente, porm, no reconhecida ou percebida; os fenmenos so contnuos, sem interrupo, sem exceo. Significa que em tudo h esse princpio, s vezes oculto a ponto de no nos apercebermos.
O Princpio de Causa e Efeito est oculto em todas as idias cientficas, antigas e modernas, e foi anunciado h milnios pelos hermetistas, e que apesar de oculto, nada existe sem sua influncia, nada por puro acaso no universo. Nada h fora do Todo, e se dentro, segue suas leis, seus ordenamentos, pois o Todo a prpria lei. No h lugar no universo para uma coisa fora e independente da Lei. Acaso o que no conseguimos compreender, e empregado como a queda de pedras num jogo de azar, fato considerado simplesmente casual, o que se analisado analiticamente pela razo, veremos que tambm no verdade, nada por acaso na cada de dados num jogo, por exemplo.
Muita confuso houve nas mentes de pessoas que consideraram este Princpio porque no eram capazes de explicar como uma coisa poderia causar outra, isto , ser criadora da segunda coisa. Na verdade, como matria, nenhuma coisa pode causar ou criar outra, mas o que sucede que a causa e o efeito so distribudos como eventualidades. Uma eventualidade aquilo que acontece ou advm como resultado ou como conseqncia de diversos eventos precedentes. Nenhum evento cria outro evento, mas um elo precedente na grande cadeia ordenada de eventos procedentes da energia criativa do Todo. H uma continuidade entre os acontecimentos precedentes, conseqentes e subseqentes. H uma relao entre tudo o que veio antes e tudo o que vem agora. Uma pedra deslocada de um lugar montanhoso e quebra o teto de uma casa l embaixo no vale. A principio consideramos isto como um acontecimento casual, mas quando examinamos o assunto encontramos uma grande cadeia de causas. Em primeiro lugar est a chuva que amoleceu a terra que suportava a pedra e que a deixou cair; em segundo lugar atrs desta est a influencia do sol e de outras chuvas que gradualmente desintegraram o pedao de rocha de um pedao maior; so consideradas aqui as causas da formao da montanha, a civilizao que construiu casas no vale, desmatamento da encosta, e assim at o infinito. Dessa forma poderamos procurar as causas atravs da causa das chuvas, da existncia do teto da casa, da casa, enfim, logo nos envolveramos em uma rede de acontecimentos, causas e efeitos, de cujas malhas intrincadas no nos poderamos desembaraar.
Do mesmo modo que temos dois pais, quatro avs, oito bisavs, dezesseis trisavs, e assim por diante at que em dezenas de geraes calcula-se o nmero remontarem a muitos milhares, assim com o nmero de causas que se ocultam sob o mais trivial acontecimento ou fenmeno, como somos a conseqncia da somatria de todas essas mentes, de todas as diferentes bagagens genticas, e de todas as decises de cada ser, e de ns mesmos, no devido perodo de existncia, no devido momento.
Este princpio explica que os desacertos das coisas presentes vieram de pequenos eventos ou causas que as antecederam. Na verdade explica que tudo advm de causas passadas, mas que no h essa relao de grande e pequeno como est sendo posto. Uma Fuligem no ar que pode incomodar nossos olhos, no passado estava formando parte de um tronco macio de rvore, que foi transformado em carvo e depois passou por nossos olhos e da seguir para outras aventuras. Uma cadeia de acontecimentos, causas e efeitos, trouxe-o sua condio presente, fuligem, e a ltima simplesmente uma cadeia dos acontecimentos que podero produzir outros eventos centenas de anos depois deste momento. Uma srie de acontecimentos procedentes de delgado pedao de fuligem fez grafite para escrever textos que produzem pensamentos s mentes de diferentes pessoas, que por sua vez afetaro outras pessoas e assim por diante conforme a habilidade do homem para raciocinar. Isso mostra a relatividade e a associao das coisas, e que o fato anterior no obrigatoriamente grande ou pequeno em relao ao fato conseqente: no h coisa grande, no h coisa pequena na mente que causa tudo.
Se certo moo no tivesse encontrado certa moa, no obscuro perodo da Idade da Pedra, vocs, que agora esto lendo estas linhas, no existiriam; talvez se um casal no se encontrasse, os que escreveram estas linhas tambm no existiriam. O ato de quem escreveu estas linhas e o ato de l-las, como o fazemos, poder no s afetar as respectivas vidas nossas e as de quem escreveu, mas tambm poder ter uma influencia direta ou indireta sobre outras pessoas que agora vivem e que vivero nas idades futuras. Toda idia que pensamos, todo ato que fazemos tem o seu resultado direto ou indireto que se adapta grande cadeia de Causa e Efeito.
As coisas so como esto porque houve escolhas no passado que determinaram o hoje, e poderiam ser diferentes se diferentes escolhas tivessem sido feitas. No vamos agora entrar em consideraes sobre Livre-Arbtrio versus Determinismo, pois o Hermetismo considera que nenhum desses dois lados inteiramente verdadeiro; o que se passa que ambos os lados so parcialmente verdadeiros, pois o Princpio de Polaridade mostra que ambos so parte e plos opostos da Verdade. Os Preceitos so que o homem pode ser livre e ao mesmo tempo limitado pela necessidade, dependendo isto do significado da Verdade que se aborda. O hermetismo conceitua que a criao que est mais distante do Centro a mais limitada, e quanto mais prxima se chega do Centro, tanto mais Livre . Ser hermetista faz grande diferena para as futuras escolhas e para compreender melhor o que j determinado. A maioria das pessoas so mais ou menos escravas da hereditariedade, dos que as rodeiam, e manifestam muito pouca Liberdade. So guiados pelas opinies, pelos costumes e pelas idias do mundo exterior; tambm pelas suas emoes, sensaes e condies. Muitos no manifestam domnio algum. Muitas dessas pessoas se dizem livres para agir e fazer o que lhes seja conveniente e o que lhes de prazer, no se ligando a nenhum conhecimento da verdade como aqui buscamos, mas deveriam explicar melhor o seu quero e o como lhes conveniente aquilo que fazem. Que as faz querer fazer uma coisa de preferncia outra? Que lhes faz conveniente fazer isto e no aquilo? No existe por que para o seu desejo e prazer? Os hermetistas podem mudar estes prazeres e vontades em outros no lado oposto do plo mental; capaz de querer por querer, sem querer por causa das condies, emoes, sensaes ou sugestes do meio, sem tendncia ou desejo. A maioria das pessoas so arrastadas como a pedra que cai obediente ao meio, s influencias exteriores e s condies e desejos internos, no falando dos desejos e das vontades de outros mais fortes que delas, da hereditariedade, da sugesto, tudo o que as levam sem resistncia, sem exerccio da vontade. Movidas como pees no jogo de xadrez da vida, elas tomam parte neste e so abandonadas depois que o jogo terminou. Mas os hermetistas, conhecendo a regra do jogo, elevam-se acima do plano material, e colocando-se em relao com as mais elevadas foras da natureza, dominam as suas prprias condies, os caracteres, as qualidades e a polaridade, assim como o meio em que vivem; deste modo tornam-se motores em vez de pees: Causas em vez de Efeitos.
Os hermetistas no escapam da Casualidade dos planos mais elevados, mas esto preparados para concordarem com as Leis superiores e assim dominam as circunstancias no plano inferior. Eles formam parte consciente da Lei, sem serem simples instrumentos. Enquanto servem nos planos superiores, governam no plano material. Se em todos os cantos a Lei do Todo sempre est em ao, nada h que seja obra do acaso, nada; tanto nos planos superiores como nos inferiores, a Lei est sempre em ao. No h coisa do acaso. Podemos ver esclarecidos pelo conhecimento que tudo governado pela Lei Universal, e o infinito nmero de leis simplesmente uma manifestao da nica Grande Lei, a Lei que o Todo. Contudo, que nem mesmo um pardal fica descuidado da Mente do Todo, assim como os cabelos da nossa cabea so contados, como referido na Bblia Crist, nada h fora da Lei; nada do que acontece contrario a ela, contudo, no devemos cometer erros de supor que por causa disso o Homem simplesmente um cego autmato. Os Preceitos Hermticos ensinam que o Homem pode usar a Lei contra as leis menores, e que a vontade superior prevalece contra a inferior at que por fim procure refgio na prpria Lei, e olhe com desprezo as leis inferiores.
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