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MINISTRIO DA EDUCAO MEC Secretaria de Educao Superior SESu Diretoria de Polticas e Programas de Graduao da Educao Superior DIPES PROGRAMA DE EXTENSO UNIVERSITRIA PROEXT 2008 MEC/SESu/DIPES ANEXO I Ficha de Identificao Programa Instituio Proponente: x Projeto

Universidade Federal do Recncavo da Bahia

Pr-Reitor de Extenso:

Aelson Silva de Almeida

Ttulo do Projeto/Programa:

TECELENDO

Tema em que o projeto/Programa est enquadrado: (Assinalar o tema predominante) Qualificao de professores que atuam no sistema educacional; X educao de jovens e adultos; juventude e desenvolvimento social; gerao de trabalho e renda em economia solidria; promoo da sade e/ou preveno de doenas; ateno pessoa idosa, pessoa com deficincia e s populaes indgenas e quilombolas. Coordenador: (nome, unidade, telefone, e-mail) Andreia Barbosa dos Santos Centro de Formao de Professores (75) 36343042; 91466919 [email protected]

Resumo: (mximo de 700 palavras)

O presente projeto se destina a atender jovens, adultos e idosos que no tiveram acesso ao processo de alfabetizao e letramento na idade regular. Esta proposta pautada partir da experincia acumulada ao longo dos anos em projetos de pesquisa e extenso em consonncia com os referenciais nacionais e a educao popular. O projeto tem como objetivo organizar espaos alfabetizadores de jovens, adultos e idosos com carga horria de 10 horas semanais de atividades, acontecendo de 2 a 5 (2:30h/dia) em turno vespertino e noturno, em um perodo de 11 meses. Trata-se de um projeto alicerado no trabalho enquanto princpio educativo e desse modo, as atividades estaro centradas na insero e consolidao da tecelagem enquanto fomento de gerao de trabalho, de renda e de situaes desafiadoras para prtica de leitura e escrita dos sujeitos. Defendemos a alfabetizao enquanto possibilidade do alfabetizando envolver-se em seu cotidiano em prticas sociais de leitura e escrita aprofundando-se no ler, compreender e produzir textos de diferentes tipos e finalidades e que envolvam diferentes reas do conhecimento; alm do domnio no seu dia-a-dia dos diferentes usos da linguagem. Compreendemos ainda a alfabetizao enquanto processo de reflexo crtica sobre diferentes assuntos locais, nacionais e internacionais e da diversidade de interesses e o fortalecimento da condio do sujeito atuante no contexto social, econmico, ambiental e cultural. Defendemos que pela interao social que aprendemos e nos desenvolvemos, criamos novas formas de agir no mundo, ampliando nossas ferramentas de atuao e adquirindo os conhecimentos que permitiro, a cada um de ns, inserirmos-nos na cultura, apropriando-se dela. Acreditamos tambm que essencial compreender a realidade que os sujeitos esto inseridos uma vez que cada grupo cultural funciona de modo e maneira particular, de acordo com modos culturalmente construdos de ordenar a realidade, e que so mantidos e transmitidos por meio de prticas do fazer histrico. Desse modo O trabalho proposto tem como centralidade metodolgica a pesquisa-ao. Sendo importante destacar que as etapas do presente projeto precisam de uma atividade sistemtica de pesquisa que antecede a formao das turmas de alfabetizao e que se segue ao longo do processo de alfabetizao propriamente dito. O projeto tem como referencial terico os estudos de Jean Piaget e L.S. Vigotsky, bem como os estudos de Emlia Ferreiro e Paulo Freire. Como mtodo de alfabetizao ser utilizado o construtivismo por entendermos que, dentre os mtodos de alfabetizao disponveis, esse o que mais se aproxima do nosso conceito de desenvolvimento humano e alfabetizao, considerando que ambos so processos que esto intrinsecamente relacionados.Amargosa, 20 de Agosto de 2008. ______________________________________ Coordenador ____________________________________ Pr-Reitor de Extenso

MINISTRIO DA EDUCAO MEC Secretaria de Educao Superior SESu Diretoria de Polticas e Programas de Graduao da Educao Superior DIPES PROGRAMA DE EXTENSO UNIVERSITRIA PROEXT 2008 MEC/SESu/DIPES Programa ANEXO II Modelo de Proposta X Projeto

Ttulo:

TECELENDO

Instituio Proponente e Sigla:

Universidade Federal do Recncavo da Bahia/ UFRB

Coordenador: Andreia Barbosa dos Santos EQUIPENome Unidade Categoria Profissional Titulao Funo no Projeto

Andreia B. dos Santos Alessandra Gomes Emanoel Roque Soares Teresa Cristina Etcheverria Jlio Csar do Esprito Santo

CFP CFP CFP CFP CFP

Assistente I Assistente I Adjunto Assistente I Assistente I

Mestre em Educao Mestre em Educao Doutor em Educao Mestre em Educao Matemtica Mestre em Matemtica

Coordenadora Formadora Formador Formadora Formador

Tema: Alfabetizao de Jovens, Adultos e Idosos. Pblico-Alvo: N de Pessoas Beneficiadas Jovens a partir de 18 anos, adultos e

100

idosos no alfabetizados da cidade de Amargosa

Caracterizao e Justificativa (at trs pginas):

Os dados acerca do analfabetismo no Brasil so preocupantes. Segundo o IBGE (2000) no ltimo sculo, a taxa de analfabetismo na populao de 15 anos ou mais caiu saindo de um patamar de 65,3% em 1900 para chegar a 13,6% em 2000. Porm essa queda no foi suficiente uma vez que fundamental tambm a sua reduo em nmeros absolutos. Neste aspecto, h muito ainda a ser feito. Em relao s desigualdades sociais e regionais, as regies com menor desenvolvimento e de economia pouco diversificada so as que apresentam os piores indicadores. Assim, o nordeste brasileiro tem a maior taxa de analfabetismo do Pas, com um contingente de quase oito milhes e meio de analfabetos, o que corresponde a 26,2% do total do Pas. O Mapa do Analfabetismo (MEC/2007) ressalta que, ao observarmos a distribuio do total de analfabetos absolutos entre os estados, possvel constatar que cinco estados, entre eles a Bahia1, respondem por cerca da metade dos analfabetos do Pas. Em termos relativos, as maiores taxas de analfabetismo esto em municpios localizados nas Regies Nordeste/Norte. Analisando mais de perto esses dados podemos constatar que o municpio de Amargosa responde por 24% do ndice de analfabetismo da Bahia. A cidade de Amargosa est dividida, segundo dados do Sistema de Informao da Ateno Bsica (SIAB), em nove reas de abrangncia das equipes do Programa de Sade da Famlia (Centro, Santa Rita, Sucupira, Jaqueira, Parque Amargosa, So Roque, So Cristvo, Correntina e Corta Mo). As estatsticas apontam a grave situao do municpio em relao ao ndice de analfabetismo. A populao total de Amargosa 35.021 pessoas, desse total cerca de 24% no esto alfabetizadas.Microrea N de hab. maiores de 14 anos Analfabetos maiores de 14 anos

N % 01 Centro 4116 349 8,47 02- Santa Rita 5518 1 Os outros quatro estados so Minas Gerais, So Paulo, Pernambuco e Cear.

3073 55,6 03 Sucupira 3008 547 18,18 04 Jaqueira 2467 206 8,35 05 Parque Amargosa 7167 1261 17,59 06 So Roque 1635 230 14,06 07- So Cristvo 2552 646 25,35 Total 26463 6312 23,85 Nmero de habitantes maiores de 14 anos e de analfabetos, por microrea, da Unidade de Sade Zona Urbana. Fonte: SIAB, maio de 2007.

Tendo em vista a distribuio dos analfabetos maiores de 14 anos por sexo, verifica-se que, h pouca variao no analfabetismo entre os homens e as mulheres (entre 50% e 55%), sendo maior o ndice entre as mulheres. Na zona rural os dados do SIAB tambm so preocupantes conforme nos mostra o quadro a seguir:Microrea N de hab. maiores de 14 anos Analfabetos maiores de 14 anos

N % 01 Correntina 4192 1936 46,18 02 Corta Mo 3658

1122 30,67 Total 7850 3058 38,45 Nmero de habitantes maiores de 14 anos e de analfabetos, por microrea, da Unidade de Sade da Famlia Zona Rural. Fonte: SIAB, maio de 2007.

O Centro de Formao de Professores da UFRB est localizado na regio do So Cristvo, bairro Katiara. Essa regio registra o maior ndice de analfabetismo na zona urbana, 55,06%. Isso nos mostra o grande desafio colocado Universidade bem como ao poder pblico local e estadual diante do enorme ndice no s do analfabetismo bem como dos demais servios bsicos: sade, moradia, saneamento etc. Tendo em vista os alarmantes dados e a responsabilidade da Universidade Federal do Recncavo da Bahia no que tange a garantia da superao dos limites histricos de nossa sociedade, propomos o presente projeto de alfabetizao de jovens, adultos e idosos, como forma de contribuir com o delineamento de uma poltica de interveno, no que tange questo no recncavo da Bahia. Essa poltica de interveno se faz ainda mais necessria se atentarmos para o carter marginal que tem assumido a educao de jovens e adultos no Brasil, tanto no que diz respeito implantao de polticas pblicas, quanto produo e socializao de conhecimento em torno de sua(s) conceitualizao (es) e caracterizao (es). Acreditamos ainda que apesar de muitos esforos acerca da questo, muito do que se tm realizado em termos de alfabetizao de adultos vem sendo proposto dentro de formatos tradicionais/conservadores o que dificulta o alcance das metas propostas. Diante dos desafios colocados Alfabetizao de Jovens, Adultos e Idosos que compreendemos que a natureza do presente projeto no pode ser restrita a ao alfabetizadora. Desse modo, assumimos o carter de pesquisa-ao uma vez que ser na ao que buscaremos avanar os limites histricos desse segmento da educao: como construir trabalhos condizentes realidade do educando? Como enfrentar e superar os altos ndices de evaso? Como superar a baixa-estima, o medo de aprender e tantas particularidades presentes nos espaos pedaggicos? Essas so questes centrais que a equipe de professores e graduandos dos cursos de pedagogia, matemtica, fsica e filosofia (a serem integrados no projeto) perseguiro durante o processo. Diante de trabalhos de pesquisa e extenso realizados ao longo dos anos nos parece

claro que a metodologia diferenciada da ao alfabetizadora fundamental para o sucesso do processo. Diante disso, propomos neste projeto o trabalho artesanal centrado, em um primeiro momento, na tecelagem por reconhecer na regio grande potencial artstico. O trabalho artesanal muitas vezes vem sendo ora tratado como folclore, ora como mera gerao de renda. A tecelagem uma arte milenar que acompanha o ser humano desde os primrdios da civilizao. Sua histria se mistura com as prprias necessidades do seres humanos, de agasalho, de proteo e de expresso. A tecelagem o trabalho com fibras de algodo, de l, de linho, entre tantas outras fibras fiadas e tingidas por processos manuais, que nos teares, atravs das mos do Artista, se unem em cores e formas. Assim como alfabetizao a tecelagem tambm um processo. Tem incio antes mesmo da chegada da fibra nos novelos. Est no plantio do algodo, na palha da bananeira, no sizal. Assim como a alfabetizao que tem por base os signos, a tecelagem tambm precisa ser significada, e para tanto precisa ser vivenciada. Fazia-se o fio e do tear saiam colchas e roupas para a famlia. Enquanto teciam, as mulheres iam nomeando suas tramas de acordo com o desenho: Daminha, Pilo, Escama, Dados, Sem Destino ou at mesmo com os nomes das artess que as criavam. Com as tramas nascia o pensamento abstrato e por isto que, at hoje, tecer significa pensar. Suas tcnicas consagradas pelo tempo no so restritivas, mas sim, abrem infinitas possibilidades de resultados, desafiando a criao. E por isso mesmo a tecelagem, assim como o processo de alfabetizao tambm histria. Propor um projeto de alfabetizao por meio da tecelagem ler e reler o entrelaamento dessas duas artes da significao humana. As atividades acontecero a partir do resgate da tecelagem enquanto arte, enquanto histria que se entrecruza s histrias dos sujeitos envolvidos no processo. Em seus fios as atividades da alfabetizao sero criadas e recriadas. O processo de alfabetizao acontecer a partir do desenrolar de novelos e, por isso mesmo aqui no podem estar todos descritos. Em linhas gerais destacamos que estaro envolvidos nesse processo alm do resgate da histria, o planejamento, a capacidade de sonhar, de criar, recriar o presente, o passado e o futuro. Alm disso, o clculo matemtico, a geometria, a esttica, a tica, a administrao dentre outras habilidades que socialmente nos cobram a habilidade da leitura e da escrita. O que propomos no presente projeto caminhar na direo da emancipao dos sujeitos atravs do resgate cultural por meio da arte da tecelagem que h milnios desafia e encanta o ser humano. E a partir dela desenvolver tambm a habilidade da leitura e da escrita das quais milhares de brasileiros e brasileiras se vem margem. Consideramos isso um passo na direo da valorizao dos sujeitos tomando como base sua primeira condio de

dignidade o trabalho e a partir dele agregar os demais elementos da cidadania plena: sade, educao, segurana, laser etc.Objetivos e Metas (at duas pgina):

Objetivamos com o presente projeto organizar 5 espaos de alfabetizao de jovens, adultos e idosos no municpio de Amargosa/Ba, a partir dos princpios da educao popular, tendo como centralidade o trabalho e a cultura. Objetivamos ainda que esse processo de alfabetizao seja fomentado/organizado a partir da prtica da tecelagem enquanto atividade de gerao de renda e resgate cultural e, sistematizado atravs de trabalho de pesquisa de modo que os conhecimentos construdos nas atividades desenvolvidas neste projeto possam contribuir com a sistematizao de mtodos de alfabetizao condizentes com a realidade do municpio onde ser desenvolvido. Objetivos especficos: Metas 1 - Organizar 5 turmas de alfabetizao com (20 pessoas cada) nos turnos vespertino (2 turmas) e noturno (3turmas). 2 - Alfabetizao de 100% dos alfabetizandos. 3 Atender a 100 pessoas diretamente e 100 pessoas de forma indireta (familiares, professores da rede pblica, estudantes de graduao etc.). 4- Integrar 105 estudantes graduao (5 de forma direta e 100 de forma indireta) nas discusses da rea da alfabetizao de jovens, adultos e idosos. Fortalecimento do artesanato local. Contribuir com o fortalecimento da Alfabetizao de Adultos no municpio de Amargosa: Formao de Alfabetizadores. Contribuir na fomentao de projetos de alfabetizao de jovens, adultos e idosos que superem o carter assistencialista e/ou imediatistas.

Metodologia (at uma pgina):

O trabalho proposto tem como centralidade metodolgica a pesquisa-ao. Desse modo, compreendemos que as etapas deste projeto precisam de uma atividade sistemtica de pesquisa que antecede a formao das turmas de alfabetizao e que se segue ao longo do processo de alfabetizao propriamente dito. Para tanto, propomos as seguintes etapas:

1- Seleo, formao inicial e continuada e sistemtica de pesquisa dos alfabetizadores: Cada turma ter como alfabetizador estudantes dos cursos de pedagogia, matemtica, fsica ou filosofia, do campus de Amargosa. Alm desses os grupos contaro com dois estudantes de apoio tcnico pedaggico que ficaro responsveis por subsidiar as atividades. Os estudantes passaro por uma formao inicial acerca dos aspectos pedaggicos e psicolgicos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, o mtodo de alfabetizao e as tcnicas da tecelagem que sero utilizadas durante o processo etc.. Alm disso, os estudantes sero orientados quanto aos procedimentos metodolgicos da pesquisa-ao. Produziro registros de campo, tornando visveis todos os procedimentos construdos, intersubjetivamente, pelos envolvidos no cotidiano e que permitem a compreenso das prticas e dos contextos das atividades sociais que os produzem e mantm, alm de realimentar a interveno na realidade. 2- Conhecimentos acerca da realidade do municpio e dos sujeitos envolvidos: A equipe desenvolver pesquisa de campo de modo a aprofundar os conhecimentos sobre a realidade local e do universo dos educandos. 3 - Levantamento alfabetizandos/estratgias de mobilizao: A equipe elaborar um trabalho de mobilizao diferenciada para convidar os sujeitos a participarem do projeto. Neste sentido o trabalho com a tecelagem nos parece essencial desde o incio da mobilizao. 5 Formao dos espaos de alfabetizao: Formaremos inicialmente cinco turmas de alfabetizao com o nmero mximo de 20 alunos. As aulas acontecero no Centro de Formao de Professores (CFP) e no Centro Cultural de Amargosa CaSa do D.U.C.A. 6 - Diagnstico inicial da fase de alfabetizao de cada aluno no incio das aulas. Ser feito um diagnstico do nvel de alfabetizao dos sujeitos. Esse diagnstico subsidiar a produo de materiais a serem propostos nas atividades de alfabetizao. Concomitante sero realizadas atividades de construo dos passos iniciais da tecelagem e sero introduzidas as primeiras tcnicas desse trabalho. 7 Acompanhamento do processo de alfabetizao Sero realizadas bimestralmente avaliaes com os educandos de modo a detectar os avanos e limites no processo de alfabetizao. Esse momento subsidir a orientao do planejamento das atividades a serem realizadas. 8 - Elaborao de relatrio final do projeto e artigos para publicao. No final do perodo do projeto ser produzido um relatrio final com a descrio e avaliao das aes e resultados do projeto, bem um plano de reestruturao de modo a prosseguirmos com as atividades. Alm disso, produziremos artigos publicando a experincia com os avanos e limites do processo.

Resultados Esperados (at uma pgina):

Atingir 100% de alfabetizao dos sujeitos envolvidos no projeto. Ou seja, 100% dos sujeitos envolvidos em prticas sociais de leitura e escrita, compreendendo e produzindo textos de diferentes tipos e finalidades e que envolvam diferentes reas do conhecimento; alm do domnio no seu dia-a-dia dos diferentes usos da linguagem.

Integrar os estudantes das graduaes do CFP, professores do CFP e da rede pblica municipal em atividades do projeto (feira de artesanato, oficinas etc.). Resgatar em setores da comunidade de Amargosa a importncia do trabalho artesanal. Criar linhas de trabalho possibilitando a diminuio do desemprego no municpio. Contribuir com subsdios tericos e prticos na rea da Alfabetizao de Adultos. Criar subsdios para discusso e fomento de polticas pblicas na rea da alfabetizao de adultos no municpio de Amargosa. xito do projeto e ampliao deste de modo a se constituir um programa.

Indicadores de Acompanhamento e Avaliao:

Indicadores Avaliao O envolvimento dos sujeitos O nmero de inscritos no projeto; freqncia dos educandos; ndice de evaso, participao nas atividades propostas. Os impactos do projeto na vida dos envolvidos Processo de alfabetizao: desenvolvimento da oralidade, da leitura, da escrita, das habilidades dos trabalhos manuais. A integrao da famlia e comunidade nas atividades propostas os impactos do projeto na realidade do municpio Integrao da comunidade nas atividades (feiras e oficinas). Comercializao dos produtos produzidos

Sistemtica de Acompanhamento e Avaliao:

O projeto ter como sistemtica de avaliao reunies semanais da equipe do projeto para a anlise da prtica. Alm disso, faremos reunies mensais de avaliao dos objetivos das atividades bem como desenvolvimento dos alunos no processo de alfabetizao. Alm dessas, acreditamos ser imprescindvel um momento de reflexo acerca do andamento do projeto, esses encontros acontecero bimestralmente e sero discutidas as atividades do perodo, bem como o planejamento das etapas seguintes do trabalho. Sero elementos de constante anlise o diagnstico inicial da fase de alfabetizao de cada aluno no incio das aulas e o desenvolvimento de cada sujeito dentro do processo realizado a partir das atividades. Para tanto ser realizada bimestralmente avaliao com os educandos de modo a detectar os avanos e limites no processo de alfabetizao. Esse momento subsidir a orientao do planejamento das atividades a serem realizadas. No final do projeto ser elaborado, um relatrio de sistematizao dos dados do perodo. Esse relatrio ser desenvolvido a partir do levantamento de informaes e coleta de dados registrados nos dirios de campo e nos relatrios escritos pelos alfabetizadores, bem como dados recolhidos atravs de entrevistas individuais ou em grupo com os sujeitos envolvidos no projeto. No que tange os impactos do projeto na vida dos sujeitos bem como no municpio organizaremos duas feiras de artesanato na cidade. Com essa mobilizao poderemos perceber a receptividade ao projeto e agregarmos ao mesmo, elementos que no futuro venham contribuir com sua ampliao. Faremos ainda constantes visitas s comunidades e s famlias dos educandos de modo a aprofundar o vinculo do projeto com esses sujeitos e buscar elementos que possam contribuir nos possveis limites do projeto.

Infra-estrutura:

Como j foi dito anteriormente, formaremos cinco turmas de alfabetizao com o nmero mximo de 20 alunos. As aulas acontecero no Centro de Formao de Professores (CFP) e no Centro Cultural de Amargosa CaSa do D.U.C.A. Sero organizadas trs turmas no CFP tendo em vista que esse espao dispe de uma melhor infra-estrutura e recursos de suporte. Essas turmas contemplaro os moradores do

bairro Katiara e adjacncia. Sero organizadas tambm duas turmas que funcionaro no Centro Cultural CaSa do D.U.C.A e essas por sua vez atendero prioritariamente os moradores da zona rural. Os locais escolhidos para organizao das turmas so estratgicos. O primeiro diz respeito ao prdio em que est instalado o Centro de Formao de Professores da UFRB. A estrutura fsica suficiente e est localizada no centro do bairro Katiara, regio que abriga o maior ndice de pessoas analfabetas. O Centro Cultural CaSa do D.U.C.A o prdio da antiga delegacia da cidade e est localizado na regio central da cidade. A praa em frente Casa do D.U.C.A justamente o estacionamento de todos os nibus escolares provenientes da zona rural. Esses nibus trazem os alunos da rede pblica e a partir da parceria com a prefeitura da cidade o mesmo transporte tambm atender os sujeitos da zona rural a serem beneficiados com o presente projeto. As oficinas de tecelagem sero organizadas nesses espaos e sero de uso coletivo a partir de trabalhos planejados no grupo. Os trabalhos produzidos nas oficinas sero comercializados nas feiras de artesanato planejadas no projeto e os recursos arrecadados sero administrados pelo grupo que decidir coletivamente pelo uso do mesmo.Cronograma de ExecuoMeta Etapa /Fase EspecificaoIndicador Fsico Perodo de Execuo

Unid. De Medida

Qtde

Incio(mm/aa )

Trmino(mm/aa)

1. Organizao de 5 turmas de alfabetizao

I

a) Seleo e capacitao dos alfabetizadores b) Pesquisa inicial do contexto scio-cultural das comunidades de Amargosa

Coordenao, Formadores e Graduandos Micro-Regies para visitao

11

10/08

01/09

9

01/09

03/09

c)Levantamento dos Moradores das provveis regies alfabetizandos/elaborao visitadas de estratgias de mobilizao2. Alfabetizao

100

01/09

03/09

II

dos sujeitos

a) Incio e trmino das aulas b)Anlise da prtica com

Educandos matriculados Coordenao

100

04/09

03/10

11

04/09

04/10

os alfabetizadores

Formadores e Graduandos (alfabetizadore s) Micro-regies visitadas 09 04/09 04/10

3. Fortaleciment o do artesanato na cidade

III

a) sistematizao dos principais trabalhos artesanais realizados nas comunidades b) Organizao de feiras de artesanato

Principais eventos na cidade Principais eventos na cidade

02

06/09

04/10

c) Oficinas de artesanato

02

06/09

04/10

IV 4. Pesquisa e sistematizao de mtodo de alfabetizao condizente com a realidade dos sujeitos

a) Pesquisa do contexto

scio-cultural das comunidades de Amargosab) Anlise terica dos elementos levantados a partir da pesquisa

Micro-Regies para visitao

09

01/09

07/09

Coordenador Formadores Graduandos (alfabetizadore s)

11

08/09

12/09

c) dilogo com os sujeitos envolvidos no projeto para sistematizao dos elementos

Sujeitos envolvidos no projeto

100

04/09

03/10

d) Propostas de atividades desenvolvidas no grupo: avaliao e sistematizao

Coordenao e Graduandos (alfabetizadore s)

11

04/09

04/10

e) troca de experincia com professores das redes pblicas de ensino f) dilogo com o poder pblico Municipal acerca

Reunies pedaggicas

04

08/09

12/09

Reunies

05

06/09

12/09

dos enfrentamentos necessrios para a alfabetizao de adultos g) Sistematizao de uma proposta de mtodo de alfabetizao

Coordenao e Graduandos alfabetizadores

11

02/10

04/10

h) Publicao dos resultados da pesquisa e dilogos com pesquisadores em mbito estadual e nacional.

Participao nos principais eventos da rea

05

06/09

04/10

Referncia Bibliogrfica (at uma pgina):

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Proposta Oramentria (relao completa, detalhada e de vinculao direta execuo do programa/projeto dos materiais a serem adquiridos e servios a serem contratados,acompanhados de uma justificativa esclarecedora para cada rubrica pleiteada) Rubrica CusteioMaterial de Consumo

Justificativa

Valor (R$)

Outros Servios de Terceiros Pessoa Fsica Outros Servios de Terceiros Pessoa Jurdica

Materiais didticos e materiais para 25.017,00 as oficinas de tear. So fundamentais em projetos desta natureza tendo em vista que a populao atendida no dispe de recursos para o custeio dos mesmos. ----------------Materiais de manuteno e equipamentos de registro para auxiliar nas pesquisas de campo e na memria do projeto. ----4.910,00

CapitalEquipamentos e Material Permanente

Total

29.917,00

Em caso de equipamentos, anexar relao indicando as especificaes, quantidades e estimativas dos valores (unitrio e total), com aprovao do titular da IPES; e Em caso de servios e material de consumo, apresentar o detalhamento das despesas (especificao dos servios e material de consumo a serem adquiridos com unidade de medida e valor - unitrio e total), devidamente aprovado pelo titular da IPES.

MATERIAIS DE CONSUMO A seguir lista dos materiais a serem utilizados no projeto. Vale ressaltar que os clculos aqui apresentados so previses para a formao de 5 turmas com 20 alunos. Especificao Material Escolar Caderno Caneta hidrocor Lpis 2b Lpis de cor Giz de cera Pastas Plsticas Tinta guache Tesoura Cola branca Material Pedaggico Caneta piloto Cartuchos p/ impressora Colees de arte Colees literrias Dicionrios EVA Fita Adesiva Globo terrestre Jogos e brinquedos pedaggicos Papel Sulfite Papel Carto Papel Crafit Pincis Diversos Tear de pregos Tear de pregos triangular Tear pente lio 60 cm Tear pente lio 80 cm Tear pente lio 1,20 m Tear de pedal 60cm Tear de pedal 1,20, Tear chileno 1,20m Tear chileno 2,00m Cavaletes para tear Carda Rocas Dobradeira Tinta plstica TNT Barbante (diversos nmeros) L Retalhos Urdideira Navetes Quantidade 150 50 pacotes 150 60 (cx 12) 60 (cx 12) 120 100 frascos (250ml) 50 30 (50 ml) 20 2 1 2 10 50 folhas 10 (grandes) 2 15 20 (pct 500) 30 folhas 30 folhas 60 4 2 4 2 2 1 1 1 2 8 1 2 1 20 tubos 30 metros 700 rolos 150 pacotes 300 kg 2 10 Valor unitrio 2,50 1,00 1,00 3,50 2,50 2,00 3,00 2,00 2,00 2,00 200,00 120,00 120,00 12,00 1,00 3,00 30,00 30,00 10,00 2,00 2,00 2,00 20,00 80,00 180,00 340,00 390,00 1.600,00 2.622,00 700,00 1.500,00 60,00 1.450,00 350,00 80,00 2,00 2,00 9,00 10,00 1,00 50,00 4,00 Valor Total 375,00 50,00 150,00 210,00 150,00 240,00 300,00 100,00 60,00 40,00 400,00 120,00 240,00 120,00 50,00 30,00 60,00 450,00 200,00 60,00 60,00 120,00 80,00 160,00 720,00 680,00 780,00 1.600,00 2.622,00 700,00 3.000,00 480 1.450,00 700,00 80,00 40,00 60,00 6.300,00 1.500,00 300,00 100,00 40,00

TOTAL EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE Especificao Chave de tenso Chave de fenda Computador Impressora Alicates Cmera Digital Gravador de Voz digital Total Quantidade 4 2 1 1 2 2 2 Valor unitrio 20,00 5,00 2.000,00 600,00 10,00 700,00 200,00

25.017,00

Valor Total 80,00 10,00 2.400,00 600,00 20,00 1.400,00 400,00 4.910,00

Co-Financiamento (Informe se o Projeto/Programa ter outro financiamento alm do PROEXT 2008) Agncias de Fomento: No Quais: No Outros: No Quais: No

Amargosa, 20 de Agosto de 2008. ______________________________________ Coordenador (assinar e datar) _____________________________________ Pr-Reitor de Extenso (assinar e datar)