Psicologia Do Desenvolvimento

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Psicologia do Desenvolvimento Jean Piaget (desenvolvimento mental) & Sigmund Freud (estrutura de personalidade) Prof. Msc. Valdenilson Ribas

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SLIDES APRESENTANDO AS TEORIAS DA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO.....CONTEÚDO UTILIZADO NA DISCIPLINA NO PRIMEIRO PERÍODO DO CURSO DE PEDAGOGIA

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Psicologia do Desenvolvimento

Jean Piaget (desenvolvimento mental)

&

Sigmund Freud (estrutura de personalidade)

Prof. Msc. Valdenilson Ribas

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SUMÁRIO1. Jean Piaget:

• Fatores do desenvolvimento mental para Piaget;

• Como Piaget conceitua desenvolvimento;

• Resumo dos períodos do desenvolvimento cognitivo.

2. Sigmund Freud:

• A trajetória conceitual de Freud;

• Teoria de Freud sobre sexualidade infantil;

• Instâncias psíquicas da personalidade;

• Fases do desenvolvimento psicossexual;

• Desenvolvimento Psicomotor;

• Adolescência.

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Quatro fatores do desenvolvimento mental(Piaget)

(1) Maturação nervosa; Ex: desmielinização/ debilidade fenilpirúvica/ hipotireoidismo/ inflamação no útero pode levar a uma hidrocefalia/ agressão nutricional ou farmacológica.

(2) Exercício da experiência adquirida na ação efetuada sobre os objetos; Experiência física e lógico-matemática

(3) Das interações e das transmissões sociais; Linguagem e Socialização/interação constante de sujeito x objeto/ Final da adolescência, o objeto não muda a estrutura lógica do pensamento e sim as informações factuais.

(4) Equilibração: sistema que organiza e modifica os esquemas para adaptação ao meio.

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Como os homens constroem conhecimento?

AdaptaçãoAssimilação (1) + Acomodação (2)

• (1) = retira do objeto informações – interpretando-o;• (2) = objeto oferece certas resistências ao conhecimento, a

organização mental se modifica.

Equilibração (organiza e modifica esquemas para adaptação ao meio)O objeto não se deixa conhecer facilmente, porque tem sua singularidade,

então, o sujeito fica em conflito, fica “desequilibrado” e para conhecer esse objeto, esse sujeito precisa acomodar-se a esse objeto, ou seja,

modificar-se para dar conta desse objeto.

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Como Piaget conceitua...

Desenvolvimento?

Processo contínuo que começa com o nascimento.Piaget: a aprendizagem = abstrata/ conceitual.Vigotsky: conectada a prática/ aprende-se para um fim social.

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Piaget divide o desenvolvimento em quatro períodos:

(1) sensório-motor, de 0 a 2 anos;(2) pré-operatório, de 2 a 7 anos;(3) operatório concreto, 7 a 11 anos; formal, 11 em diante

Essas faixas etárias são idades médias nas quais as crianças, geralmente, demonstram as características de pensamento de cada período.

Algumas crianças entram ou deixam esses períodos mais cedo ou mais tarde em relação à idade média.

Crianças surdas: em média, com 1 ano de atrasoCrianças cegas: 4 anos de atrasoCrianças com retardo mental severo: até mais.

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Períodos e estágios

Estágio 1 (0 – 1 mês)Somente atividade reflexa; não faz diferenciação.

Estágio 2 (1 – 4 meses)Coordenação mão-boca; diferenciação via reflexo de sucção.

Estágio 3 (4 – 8 meses)Coordenação mão-olhos; repete acontecimentos pouco comuns.

Os três primeiros – construção da noção de objetoEstágio 4 (8 – 12 meses)

Atinge a permanência dos objetos.

Sensório-motor (0 – 2 anos)Fase pré-verbal/ Inteligência Prática

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Estágio 5 (12 – 18 meses)Novos meios através da experimentação – Consegue

desvirar uma mamadeira de cabeça para baixo.Estágio 6 (18 – 24 meses)

Representação interna; novos meios através de combinações mentais.

Permite imaginar que uma pedra = boneca (o).

Capacidade de representação - Usa símbolos para representar objetos e se reconhece no espelho. Ex.:Desenho, imitação (o faz de conta)

Estágio egocêntrico (2 – 4 anos)Desenvolvimento da linguagem (2 – 4 anos); tanto o pensamento quanto a linguagem são egocêntricos. Tem dificuldade de perceber o ponto de vista do outro. Cadê o meu carrinho...sem dizer se é amarelo etc.

Estágio intuitivo (5 – 7 anos)Não consegue resolver problemas de conservação; os julgamentos são baseados na percepção e não na lógica.

Pré-operatório (2 – 7 anos)

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Pré-operacional (2 – 7 anos)Continuação

Exemplo de conservação:

Criança com até 6 anos de idade pode insistir numa fileira mais longa, como sendo a que tem mais, embora tenha menos moedas.

Quando tem movimento, está vivoLua, carro, chama de velas, etc.

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Operacional concreto (7 a 11 anos)Ainda não trabalha com hipóteses. Só com o que

ela pode manipular.

Conservação:

Nesta fase, já estabeleceu o tipo de pensamento necessário para a conservação.

Não se consegue mais “enganar” com problemas como os de conservação

Operação: Já possui ação interiozida reversível

Uma criança numa fase pré-operatória não consegue entender que de Recife para João Pessoa tem a mesma distância de JP

para RF. Ainda não reversível.

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Operações formais (11 a 15 anos)

Soluciona, com lógica, todos os tipos de problemas

Pensa cientificamente

Soluciona problemas verbais complexos

As estruturas cognitivas amadurecem

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• 1º PERÍODO (1883 – 1897)• Conceitos: Histeria Classificação das Neuroses Defesa Sedução Teoria dos Sistemas dos Neurônios (perspectiva biológica).• Fatos Importantes: Início do Trabalho com Brener Cartas a Fliess• Trabalhos Principais: Projeto para uma Psicologia Científica (1895) Cartas a Fliess (1892 – 1897) Estudos sobre Histeria (1894)

A TRAJETÓRIA CONCEITUAL DE FREUD

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A TRAJETÓRIA CONCEITUAL DE FREUD

• 2º PERÍODO (1897 – 1905)• Conceitos: Aparelho Psíquico (1º tópico/ Ics, pcs, Cs) Sexualidade Recalque• Fato Importante: Início da sua auto-análise• Trabalhos Principais: Interpretação dos Sonhos (1900) O fragmento da análise de um caso de histeria – “O caso Dora”

(1901) Psicopatologia da vida cotidiana (1901) Os três ensaios da sexualidade (1905)

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A TRAJETÓRIA CONCEITUAL DE FREUD

• 3º PERÍODO (1905 – 1920)• Conceitos: 1ª teoria das pulsões (pulsões do ego x pulsões sexuais) Análise do Ego Narcisismo Consolidação da teoria através da metapsicologia• Trabalhos Principais: Análise da fobia de um menino de 5 anos – O pequeno Haus (1909) Análise de um caso de neurose obsessiva – O homem dos ratos (1910) O caso Schreber (1911) Revisão dos 3 ensaios (1910) Totem e tabu (1912 – 1913) Os escritos técnicos (1912) Sobre o narcisismo – Uma introdução (1914) Artigos sobre metapsicologia (1915) O Inconsciente O recalque Luto e Melancolia A pulsão e seus destinos Artigos metapsicológicos dos sonhos 3ª edição dos 3 ensaios

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A TRAJETÓRIA CONCEITUAL DE FREUD

• 4º PERÍODO (1920 – 1939)• Conceitos: 2ª teoria das pulsões (pulsões da vida x pulsões da morte) 2º tópico do aparelho psíquico (ego, id, superego) Reformulações da teoria da angústia Dissolução do complexo de Édipo Questões sobre a cultura Avaliação das limitações da psicanálise• Trabalhos principais: Para além do princípio do prazer (1920) Psicologia dos grupos e análise do ego (1921) O ego e o Id (1923) Inibição, Sintoma e Angústia (1926) O mal estar da civilização (1927) O futuro de uma ilusão (1931) Análise terminável e interminável (1937) Moisés e Monoteísmo (1939).

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A teoria da sexualidade infantil (Freud)

• Grande parte da personalidade: inconsciente;

• Partes escondidas: “erros/lapsos” = atos falhos;

• Sua leitura: sonhos e associações de pensamentos;

• Conceito Fundamental no desenvolvimento de Personalidade: Libido (energia sexual desde a infância)

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Libido

• Energia que impulsiona o individuo a reproduzir a espécie;

• Relações sexuais, mas também brincadeira afetiva;

• Carinhos ternos: mãe e filho (sexuais). Mesma fonte de energia de um amor adulto, mas não com sexo de fato, e sim com a excitação que subjaz os jogos corporais;

• Quem nega a origem sexual do prazer de beber no mesmo copo? (casais românticos).

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Libido (continuação)

• Nos adolescentes e adultos: sensações genitais;

• Nas crianças, não. Freud: impulsos sexuais Pré-genitais;

• Quando crescem, direcionam essa energia sexual para longe dos seus pais (esporte, escola, etc).

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• Freud descobriu três fases da sexualidade humana que se diferenciam pelos órgãos que sentira prazer e pelos objetos ou seres que dão prazer. Essas fases se desenvolvera entre os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos, ligadas ao desenvolvimento do Id:

Fases dos desenvolvimento sexual

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• (1) a fase oral, ou fase da libido oral, ou hedonismo bucal, quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente na boca e na ingestão de alimentos e o seio materno, a mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do prazer;

• (2) a fase anal, ou fase da libido ou hedonismo anal, quando o desejo e o prazer localizara-se primordialmente nas exercesse e as fezes, brincar com massas e com tintas, amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-se são os objetos do prazer;

• (3) e a fase genital ou fase fálica, ou fase da libido ou hedonismo genital: quando o desejo e o prazer localizara-se primordialmente nos órgãos genitais e nas partes do corpo que excitam tais órgãos. Nessa fase, para os meninos, a mãe é o objeto do desejo e do prazer; para as meninas, o pai.

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Instancias psíquicas que constituem a personalidade:

• Id, ego e superego;

• Id = centro das pulsões instintivas/ sua tarefa: satisfazer as necessidades instintivas imediatamente; tornam o bebê inquieto; alivia a tensão sem recorrer a realidade; principio do prazer;

• Ego =O "Ego" lida com a estimulação que vem tanto da própria mente como do mundo exterior. Racionaliza em favor do Id, mas é governado pelo "princípio de realidade". É a parte racional da alma, no esquema platônico. É parte perceptiva e a inteligência que devem, no adulto normal, conduzir todo o comportamento e satisfazer simultaneamente as exigências do Id e do Superego através de compromissos entre essas duas partes, sem que a pessoa se volte excessivamente para os prazeres e sem que, ao contrário, se imponha limitações exageradas à sua espontaneidade e gozo da vida.

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• O Ego ou o Eu é a consciência, pequena parte da vida psíquica, subtraída aos desejos do Id e à repressão do Superego. Obedece ao principio da realidade, ou seja, á necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao Id sem transgredir as exigências do Superego.

• É parte perceptiva e a inteligência que deve, no adulto normal, conduzir todo o comportamento e satisfazer simultaneamente as exigências do Id e do Superego através de compromissos entre essas duas partes, sem que a pessoa se volte excessivamente para os prazeres e sem que, ao contrário, se imponha limitações exageradas à sua espontaneidade e gozo da vida.

• O Ego é pressionado pelos desejos insaciáveis do Id, a severidade repressiva do Superego e os perigos do mundo exterior. Se se submete ao Id, torna-se imoral e destrutivo; se se submete ao Superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter á realidade do mundo, será destruído por ele. Por esse motivo, a forma fundamental da existência para o Ego é a angústia existencial. Estamos divididos entre o principio do prazer (que não conhece limites) e o principio de realidade (que nos impõe limites externos e internos). Tem a dupla função de, ao mesmo tempo, recalcar o Id, satisfazendo o Superego, e satisfazer o Id, limitando o poderio do Superego. No indivíduo normal, essa dupla função é cumprida a contento. Nos neuróticos e psicóticos o Ego sucumbe, seja porque o Id ou o Superego são excessivamente fortes, seja porque o Ego é excessivamente fraco.

Instâncias psíquicas que constituem a personalidade:

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• Superego que é gradualmente formado no "Ego", e se comporta como um vigilante moral. Contem os valores morais e atua como juiz moral. É a parte irascível da alma, a que correspondem os "vigilantes", na teoria platônica.

• O Superego, também inconsciente, faz a censura dos impulsos que a sociedade e a cultura proíbem ao Id, impedindo o indivíduo de satisfazer plenamente seus instintos e desejos. É o órgão da repressão, particularmente a repressão sexual. Manifesta-se á consciência indiretamente, sob a forma da moral, como um conjunto de interdições e de deveres, e por meio da educação, pela produção da imagem do "Eu ideal", isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa. O Superego ou censura desenvolve-se em um período que Freud designa como período de latência, situado entre os 6 ou 7 anos e o inicio da puberdade ou adolescência. Nesse período, forma-se nossa personalidade moral e social (1923 "O Ego e o Id").

Instancias psíquicas que constituem a personalidade:

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Estrutura da PersonalidadeAs observações de Freud revelaram uma

série interminável de conflitos e acordos psíquicos. A um instinto opunha-se outro. Eram proibições sociais que bloqueavam pulsões biológicas e os modos de enfrentar situações freqüentemente chocavam-se uns com os outros.

Ele tentou ordenar este caos aparente propondo três componentes básicos estruturais da psique: o Id, o Ego e o Superego.

PARTO NORMALEm casa

PARTO NORMALEm um Hospital/Maternidade

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ESTRUTURA DE PERSONALIDADE

Relação triangularPai, mãe e filho (a)

ID EGO Superego

Desejo puroPrincípio do

prazer

Mediador

Mecanismos de Defesa

Valores morais

Sofrimento

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Sofrimento?

Não é o sofrimento provocado. É o sofrimento natural das relações. Aquele que provém das frustrações naturais. Como dizer Não ao filho.

Lulu Santos gosta de musicar as poesias de Heráclito de Éfeso:

...silencio e som, luz e escuridão...

Fazendo uma analogia, podemos dizer que: não existiria felicidade, se não houvesse o sofrimento.

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Mecanismos de Defesa

Linguagem do fazer e não do falar