Quinto Relatorio Eletrotecnica
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
CAMPUS ITABIRA
JOÃO VITOR SOARES RAMOS – 23652 – P2
MARINA DOS SANTOS COIMBRA – 25697 – P2
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA – ELETROTÉCNICA GERAL (EEL025)
Medição de Potência
Itabira2014
1. INTRODUÇÃO
Após o conhecimento dos circuitos trifásicos equilibrados, é importante estudar
os circuitos trifásicos desequilibrados. Estes não podem ser simplificados em um
circuitos monofásico, e possuem assim uma análise um pouco mais complexa. Ainda, os
circuitos desequilibrados devem ser tratados com mais cautela, pois dependendo da
forma deste “desequilibro”, componentes do circuito podem sofrer danos, como por
exemplo, a fonte de tensão.
Existem dois tipos de circuitos desequilibrados: quando as tensões estão
desequilibradas e quando as cargas estão desequilibradas. Durante as aplicações reais de
circuitos trifásicos, é muito comum deparar-se com o caso onde as tensões são
equilibradas, porém as cargas são desequilibradas.
Segundo Merlin (2011), se entende que uma carga é desequilibrada quando as
impedâncias de cada fase não são iguais. Ainda no cotidiano, toda instalação trifásica
predial e ou industrial é uma ligação em estrela tipicamente desequilibrada. Neste casos,
as intensidades absorvidas pelas cargas serão diferentes.
No sistema estudado a seguir, onde as cargas não são equilibradas em tipo
estrela (Y) de 3 fios, segundo Boylestad(2004), o somatório das tensões de linha das
três fases e o somatório das correntes de linha é nulo, preposição idêntica ao caso
equilibrado. Partindo dessas conclusões e das leis de Kirchhoff, é possível analisar o
circuito com cargas desequilibradas.
2. METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DOS EXPERIMENTOS
Para a realização dos experimentos foram utilizados:
Um varivolt
Um multímetro (na função amperímetro)
Um wattímetro
Fios e conectores
Cargas resistivas
O circuito foi montado como mostra a Figura 2.
Figura 2 - Esquema de um circuito trifásico com cargas equilibradas
Foi aplicada ao circuito uma tensão que corresponde a 50% do varivolt e foram
feitas as mediçõesdaspotências W 1 , W 2 eW 3 e das correntes A1, A2 e A3.
Além das medições indicadas no circuito, a medição do valor de resistência de cada
uma das cargas foi realizada. As medições de correntes foram feitas afim de encontrar a
potência trifásica do circuito através da fórmula,
P3 φ=R1 .i12+R2 .i2
2+R3 .i32 Eq. 1
Para comparar com a soma das duas potencias medidas. Os resultados obtidos foram
discutidos abaixo.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir das medições realizadas no circuito mostrado, foi montada a Tabela 1 com
os dados coletados.
Tabela 1 – Dados Coletados
Corrente Fase A 0,32 A
Corrente Fase B 0,31 A
Corrente Fase C 0,32 A
Impedância A 153Ω
Impedância B 149,5 Ω
Impedância C 145,2 Ω
Potência Fase A-B 38,33 W
Potência Fase C-B 6,5 W
Fator de Potência Fase A-B 0,96
Fator de Potência Fase A-B 0,14
Analisando os dados coletados de corrente e impedância, é possível calcular a
potência trifásica, através da equação 1;
P3 φ=153×0,322+149,5 ×0,312+145,2 ×0,322
P3 φ=44,9W
Em seguida, pode-se calcular a potencia trifásica através do método dos dois
wattímetros;
P3 φ=PAB+PCB
P3 φ=38,33+6,5
P3 φ=44,83 W
É notável que os resultados são praticamente idênticos, comprovando assim a
eficiência em medir a potencia através do método dos dois wattímetros.
Ainda percebe-se que as cargas não são exatamente iguais, e nem puramente
resistivas, pois o fator de potencia na medição de potência não é unitário. Porém, esses
erros envolvidos não comprometam o êxito do experimento.
4. CONCLUSÃO
Foram estudados nesta prática os circuitos desequilibradosem estrela (Y), onde o
caso visto foi de impedâncias desequilibradas, sendo estas resistivas, capacitivas e
indutivas. Os dados coletados possuíram uma diferença dos valores calculados, mas
ainda assim os resultados obtidos são satisfatórios.
Várias medições foram realizadas, entre estas, as de tensão e de potência. Foi
evidenciado que a impedância puramente resistiva foi a que dissipou mais potência.
Esse fato é muito plausível, pois como a carga resistiva possui apenas parte real, sua
potência dissipada é apenas potência ativa (potência que gera trabalho).
Os erros envolvidos no experimento podem ter sido causados devido a diferença
entre as impedâncias a alguma imprecisão nos instrumentos de leituras. Fica difícil
identificar todos os possíveis problemas, pois como o circuito já é de natureza
desequilibrado, os parâmetros utilizados anteriormente para os casos equilibrados já não
se aplicam.
Finalmente, após a realização dos experimentos e análise dos dados, é possível
concluir que os circuitos desequilibrados, apesar de serem mais complexos, ainda assim
são possíveis de se analisar de acordo com a bibliografia.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOYLESTAD, Robert. Introdução a análise de circuitos. 10ª ed. Prentice Hall do Brasil, 2004.