Relacoes interhemisfericas2
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- 1. INSTITUTO EDUMED PARA EDUCAO EM MEDICINA E SADECurso de Introduo Histria da Neurocincia Trabalho de Concluso de Curso: RELAES INTER-HEMISFRICAS CEREBRAIS Aluno: Joo Nicolau CarvalhoCoordenador, Orientador e Motivador: Prof. Renato M. E. Sabbatini, PhDA Fase OralA primeira grande etapa educacional se encontra nos primrdios da ComunicaoOral. A origem da voz humana, o meio de comunicao mais natural que existe,conforme bem assevera o coordenador do presente curso, controverso. Segundoos estruturalistas fruto do aprendizado por imitao ou modelagem, emcontraposio s formulaes de Chomsky que defende ser a linguagem umacapacidade humana natural, registrada no DNA O fato que graas voz associedades se estruturam em tribos e cls, e as palavras so fluidostranscendentais: sagradas. Acredita-se no que se ouve. O ouvido, rgo vital,registra os fatos falados, cantados, exteriorizados em formas de mitos. As fbulas,as metforas, com ou sem enredos, so ferramentas poderosas que impregnam asgeraes com as histrias dos cls.O homem tribal culturalmente auditivo. Sua mente povoada de magias emetforas. O ancio uma espcie de biblioteca: o guardio da memria do povo edas referncias natureza deificada. As crianas, nos primeiros anos de vida, tmprofundo contato com as mes. As primeiras impresses esto relacionadasprincipalmente com o tato, o olfato e a viso, j que sua me o transporta s costas,ou no lado do corpo, e a criana capta e participa dos movimentos corpreos, sentea pele materna, seu calor, sente o ar, v as formas. Vai aprendendo, ouvindo evendo, mas principalmente ouvindo. Solidrio, ritualstico, o homem tribal tem nossons e rudos o mecanismo principal de leitura do mapa do seu universo.
2. -- O Paj disse que vai chover.O AlfabetoCom a fragmentao tribal nasce o alfabeto, que deve responder por 3.000 anos dehistria do homem ocidental. Aqui as crianas comeam a se separar do contatocom o corpo da me, as roupas estabelecem barreiras intimidade. Com a criaodo alfabeto, o homem transforma a viso no rgo vital para a aprendizagem. Oespao acstico submete-se aos espaos visuais. Nasce a individualidade. Osagrado ressignificado: aparece o profano. Dicionariza-se a palavra. Ingressamosna Civilizao do Manuscrito.E com o manuscrito as profisses de escriba, de copista, de calgrafos. A arte gerada. Aparecem os analfabetos, deserdados da nova plataforma educacional.A pedra, o barro, o pergaminho, o papiro, o papel, iniciam o processo desecundarizao da experincia acstica, da sabedoria acumulada pela vivncia etransmitida oralmente.A escrita, lembra McLuhan, um processo de viso. E essa extenso provocaprofundas mudanas nos campos sociais, gera alteraes psquicas e novospadres culturais e educacionais. O homem que aprendia solidrio, aprende a sersolitrio.Com a solido aparecem as reflexes, as hipteses, as anlises, a reflexo, aconscincia individual, o afrouxamento dos laos tribais, com os liames totmicosque gerenciavam o seu universo.O aprendizado, antes mais auditivo que visual, torna-se, -- com o imprio da escrita,dos signos, com a monarquia do olho, -- linear e lgico: o mundo vivenciado emperspectiva. A escrita fragmentada e na reunio dos fragmentos que nasce aidia, o pensamento racional, a cincia.O ancio-biblioteca perde sua funo. Altera-se o contedo do termo velhice. Asprateleiras de manuscritos acumulam sabedoria. A escola desterra a natureza erende-se s paredes da sala e s lousas. Aparece o mestre, que ir parir o futuroprofessor.-- Vejo que vai chover.A Galxia de GutembergCom a inveno da imprensa ocidental, o manuscrito se v suplantado e a culturademocratizada. Mas o olho continua o grande rgo do aprendizado. 3. A Civilizao do Livro torna possvel ao homem dividir sua casa com Scrates,Plato, Aristteles, Buda, Confcio, Lao-Tzu, Maquiavel, Marx, Freud; ler os Sutras,a Bblia, o Alcoro.O livro organiza a lngua e, nas salas de aula, nascem as naes, a igualdadehumana, a desigualdade humana, o individualismo, o socialismo, o capitalismo, odebate, a Revoluo Francesa, a cincia, a neurocincia.Para Marshall McLuhan o livro foi a primeira mquina de ensinar e tambm aprimeira utilidade produzida em massa. -- Creio que vai chover.A Sociedade PlanetriaA escola continua fazendo do livro o seu grande instrumento de aprendizagem. Masa sociedade j ingressou na era da Comunicao Eletrnica. O homem, antesauditivo, tornou-se visual, -- e agora se envolve sensorialmente com o circuitoeletrnico, que no o prolongamento de um sentido especfico, mas a extenso dosistema nervoso central.Enquanto a escola se mantm estacionada no tempo e no espao, -- a criana, suafutura cliente, nem bem cortado o cordo umbilical, presenteada com as babseletrnicas, as xuxas desgramaticalizadas mas muito ntimas. Elas invadem osporos, tateando nossos corpos, saturando-os de cinestesias. As crianas de nossacultura, esto muito mais separadas da me. Acham-se aparentemente maisprotegidas, mas muito afastadas do ambiente natural, marcam-nas mais os rudosdo rdio e da televiso, o trnsito urbano, o experimento ttil e visual com ocomputador, que os sons e as imagens primordiais da natureza, e os afetosmaternos e familiares. Estas prematuras impresses os conduzem a umdesenvolvimento desigual dos diferentes canais perceptuais, com a conseqentelimitao das experincias vitais.A microeletrnica, os chips, o verticalismo das cidades, o amontoamento dasfavelas, a natureza transformada, o computador, a biotecnologia, a biologiamolecular, os Ets eletrnicos, a engenharia gentica, a medicina nuclear, ainteligncia artificial, a robtica, as viagens interplanetrias, a clonagem, apenas somencionadas nas escolas mas j perambulam pela sociedade.O terceiro milnio escancarado, a gerao tv-gerao apartamento-computador (e ada favela) eletronicamente ligada ao planeta, massificada por um universoeletronicamente cinestsico, mas que paradoxalmente no ttil, desnacionalizada,que sabe mais sobre o mundo, aos 10 anos, que seu bisav aos sessenta, continuainstitucionalmente ligada escola linear, fragmentria, trabalhando com fatosacontecidos, enquanto na televiso e no computador global, coloridamente, fatossimultneos da frica, da sia, das Amricas, Saddam e Bush, acontecem anteseus olhos, seus ouvidos, seus sentidos, com sua participao emocional.As escolas dos pases em desenvolvimento no tm televisores, computadores,internet, para motivar e ensinar seus cidados do Sculo XXI, mas o rio heurstico da 4. neurocincia aplicada, da aprendizagem acelerada, do pensamento lateral, da PNL,dos processos motivacionais, da meditao criativa, da quinta disciplina, do ensino distncia,permite-nos afirmar que ns, dos pases em crescimento scio-econmico e cultural, temos condies de superar as limitaes que bloqueiam aconquista do progresso pessoal e profissional, e ingressar, evolutivos etransformadores, como seres pensantes e atuantes, na Era do Conhecimento.Finalmente, ns do chamado Terceiro Mundo, estamos despertando que temos disposio um excelente software de aprendizagem para o melhor computador domundo: o nosso crebro. s ressignificar nossas escolas, reciclar nossos professores e governantes, ecomear a us-lo.Eis o desafio que se nos apresenta: utilizar criativamente o nosso crebro.-- Sinto que vai chover.O crebro humanoO crebro parte do sistema nervoso central dos vertebrados. Est localizadodentro do crnio. O crebro do ser humano pesa mais ou menos 1,4 kg e umamassa de tecido rosceo, cuja anlise qumica revela conter 78% de gua, 10% degordura, 8% de protena, 1% de carboidrato, 1% de sal, e 2% de outroscomponentes. No muito grande: mais ou menos do tamanho de duas mosfechadas, pressionada uma contra a outra.Mas nosso crebro tem aproximadamente 100 bilhes de clulas nervosascerebrais, os neurnios, conectadas umas com as outras e responsveis pelocontrole de todas as funes mentais. Cada um desses neurnios pode fazer entremil e vrias centenas de milhares de sinapses. Uma sinapse a juno entre doisneurnios. Em outras palavras, o crebro humano capaz de produzir cerca de uml.OOO trilhes de conexes, todas com sua prpria histria e funes. O crebro ocentro do controle do movimento, do sono, da fome, da sede e de quase todas asatividades indispensveis para a sobrevivncia. Todas as emoes humanas, comoo amor, o dio, o medo, a ira, a alegria e a tristeza, esto sob controle do nossocrebro.Encarrega-se, tambm, de interpretar sinais que se enviam do nosso organismo e doexterior.Enfim, o crebro e a medula espinhal formam o sistema nervoso central(SNC), que se comunica com o corpo por intermdio do sistema nervoso perifrico,impulsionando-o por meio de suas delicadas ramificaes, repletas de dados. Suasuperfcie e seu desenvolvimento complexo justificam o nvel superior de intelignciado ser humano, comparando-se com o crebro de outros animais.O crebro o rgo do corpo que mais trabalha, j que tudo aquilo que se faz, sesente ou se pensa, devido ao crebro. Fazendo-se uma comparao com umcomputador, logo se descobre que o computador faz suas operaes por meio deprocessos seqenciais e lgicos, enquanto que o crebro multidirecional,funcionando de uma maneira muito mais complexa, j que processa a informaosintetizando-a e integrando-a atravs de procedimentos paralelos e simultneos. 5. H que se esclarecer, obviamente, que toda a informao que o crebro recebe doexterior, consegue-a atravs da viso, olfato, tato, paladar, ouvidos. Por sua vezcontrolados pelo prprio crebro; tais rgos enviam rotineiramente mensagens,dando conta do que est acontecendo em nosso entorno. No entanto, apesar detoda essa carga de informao, neurocientistas afirmam que ns, seres humanos,utilizamos, aproximadamente, apenas 10% (outros citam 4%) da capacidadecerebral.O crebro constitudo por dois hemisfrios bastante simtricos, ligados por umconjunto de fibras nervosas (cerca de 200 milhes), chamadas de corpo caloso.Cada hemisfrio cerebral se inter-relaciona intimamente com seu homlogo, emboraexeram funes diferentes e cada um responsvel por um lado do corpo emforma especular e intercomunicante.Fundindo em uma s estrutura, nosso sistema nervoso central alberga trssubsistemas, resultado de impressionante saga filogentica que o vincula a aventurada vida quando esta opta sair da segurana eletroltica do mar.Por ordem de apario na histria evolutiva, esses crebros so: primeiro oreptiliano, a continuao o lmbico (mamferos primitivos) e, por ltimo, o nocortex(mamferos evolucionados ou superiores)Foi Paul Mac Lean, um cientista do Laboratrio de Evoluo Cerebral e Conduta doInstituto Nacional de Sade Pblica da Califrnia, quem desenvolveu um modeloda estrutura cerebral do ser humano, conhecido como crebro truno, tradecerebral.Para Mac Lean, o crebro humano desenvolveu-se conservando ascaractersticas das etapas anteriores. Assim, o homem possuiria trs crebros,encaixotadas uns nos outros: um crebro primitivo ou reptiliano, um crebro antigomamfero ou lmbico e um crebro neomamfero, o crtex. Nas palavras do autor do modelo: Uma tal situao implica que somos obrigados anos ver e a ver o mundo com os olhos de trs mentalidades diferentes. O presente trabalho se basear nesse modelo metafrico para compreender aconformao deste rgo, e para apresentar alguns exerccios que permitiriamampliar nossa lateralidade, a partir da prpria histria da humanidade na suaevoluo educacional, fase auditiva, fase visual, fase cinestsica, delineadas ataqui.Os animais que possuem essencialmente o crebro primitivo ou reptiliano so ospeixes, as tartarugas marinhas, os rpteis e os vertebrados inferiores. Pelo menosas espcies primitivas. No ser humano, este crebro corresponde basicamente aotronco cerebral e onde esto localizados os necessrios centros de comando para avida. Controlam o sono e a viglia, a respirao e a regulao da temperatura, osmovimentos automticos primordiais, e funcionam como subestaes intermediriaspara a transmisso da informao (input) sensorial. (John J. Ratey in O CrebroUm Guia para o Usurio, Rio: Objetiva, 2002). ele que governa, em particular, anossa agressividade e a reao de fuga ou luta diante de um perigo externo.Segundo Dominique Chalvin, in Utiliser tout son cerveau, ESF, 199l: Ns somostodos, para uma parte de ns mesmos, lagartos, cuidadosos com o nosso territrio, 6. prestes a nos esconder no buraco da parede em caso de ataque, mas tambm,felizes por poder nos esquentar debaixo do sol.A linguagem reptiliana confunde-se com os gestos e comportamentos chamadosno-verbais. O crebro reptiliano no sabe enfrentar situaes novas, no sabeinovar e rejeita algo diferente dele.O crebro paleomamfero ou sistema lmbico, inclui o septo, a amgdala, ohipocampo. Fruto de uma evoluo muito mais tardia, permite uma adaptao bemmelhor ao meio ambiente. Tem uma funo capital na adaptao ao meio social: aintegrao ou no a um grupo, convices, crenas, sensao de segurana ou, aocontrrio, de insegurana. Segundo o Dr. John J. Ratey na obra j mencionada,alm de promover a sobrevivncia, refina, emenda e coordena os movimentos.Vemos tambm aqui o desenvolvimento dos aparelhos para a memria e asemoes, os quais melhoram e realam ainda mais a regulao interna do corpo.Tm uma importante funo na memorizao a longo prazo, que permite aantecipao do prazer, a repetio desejada das experincias interessantes, felizes,agradveis, e a fuga diante de outras situaes.Centro da programao voluntria dos nossos comportamentos, o crebro lmbicoprivilegia a ao, a reflexo, vindo apenas em seguida, no crtex. Da o ditado:homem ressoa primeiro e raciocina depois, e isso caso o lmbico queira transmitir ainformao.Segundo P. Mac Lean, 1975, e Jason Brown (Mind, Brain and Consciousness,1977): o sistema lmbico intervm na motivao afetiva da ateno dada a tal objetoda viso, audio, tato e na criao das imagens mentais.Resumindo, o antigo crebro mamfero tem uma funo primordial em nossocomportamento emocional e em nossa memria, ou seja, na estruturao da nossaidentidade. Ele classifica as experincias novas em gratificantes, que devem serrecomeadas, e desagradveis, que devem ser evitadas. Todos os estmulossensoriais, com exceo do olfativo, passam por ele (Longin, Pierre in Como llegara ser lder, Espanha: Granica, s/d.)O novo crebro mamfero ou crtex, o ltimo a se desenvolver caracteriza o piceda evoluo do reino animal. responsvel pela rigorosa afinao das nossasfunes superiores e por nossas associaes, pensamento abstrato e capacidadede planejamento, alm de nos permitir responder a novos desafios (Ratey, obracitada). o local da anlise, do raciocnio, da intuio e da linguagem complexaespecfica do homem. O rato tem apenas um embrio de crtex e o gato um poucomais bem dotado. O co e o cavalo tambm possuem um desenvolvimento corticalna parte posterior do crnio, -- mas apenas o ser humano dotado de um crtex toabrangente.Em resumo, o novo crebro mamfero processa os dados recebidos atravs dossentidos, das imagens mentais e das diversas lembranas. Ele transforma asreaes cerebrais em linguagem verbal e no-verbal. Produz atividades complexascomo a leitura, a escrita ou a aritmtica. Analisa, antecipa, decide e conceitua. Mas,raciocina friamente e ignora as emoes. (O cerebelo tambm evoluiu, alerta Ratey,refletindo o fato de que tem um papel no pensamento, fala, memria e em nossavida emocional.) 7. Como concluso podemos dizer que o crebro humano uma espcie desupercomputador altamente complexo, capaz de criar os seus prprios programas,modificando-os para levar em conta as oportunidades do seu meio ambiente. Oconceito de dos trs crebros de Mac Lean antes de tudo uma excelente metforaque permite compreender um pouco melhor o funcionamento do nosso crebro e oda especializao hemisfrica, que iremos tratar agora, tambm.As especialidades hemisfricasO professor californiano Roger Sperry, prmio Nobel de Medicina, no final dos anossetenta anunciou seus estudos sobre o crebro mamfero ou crtex, ou nocrotex, ocrebro mais jovem e de maior evoluo, acima estudado, que permitiu odesenvolvimento do Homo Sapiens.Segundo ele, os dois hemisfrios cerebrais que o compem, e que dividem asprincipais funes intelectuais no possuem exatamente as mesmas funes. Que ohemisfrio direito preponderante nos seguintes aspectos do intelecto: percepodo espao, o ritmo, a gestalt (estrutura total), a cor, a dimenso, a imaginao, entreoutras. Por sua vez, o hemisfrio esquerdo possui dominncia em outra escala, jque o lado esquerdo verbal, lgico, seqencial, numrico, linear e analtico.Investigaes posteriores puderam determinar que, embora, cada lado do crebroseja dominante em atividades especficas, ambos esto capacitados em todas asreas achando-se distribudas em todo o crtex cerebral, no obstante, h que seressaltar, prevalecer a dominncia especificada por Roger Sperry.Os neurobiologistas concordam em dizer que na maioria das pessoas o hemisfrioesquerdo toma a iniciativa de tudo quilo que auditivo temporal, enquanto o direitotoma a iniciativa de tudo que visual espacial. Assim, ambos hemisfrios sabem ler,mas as consoantes so analisadas pelo hemisfrio esquerdo, mais bem dotado parapercepo rpida, e as vogais o so pelos dois hemisfrios (percepo mais lenta).Segundo Longuin na obra j mencionada; os objetos mentais com componentesrealistas, como as imagens, mobilizam de preferncia o hemisfrio direito. Osobjetos mentais com componentes abstratos, conceitos (exemplo, a letra a, otringulo retangular) mobilizam mais o hemisfrio esquerdo, mas as reas visuais deambos os hemisfrios contribuem simultaneamente para a viso de um objeto noespao e para a formao de uma percepo espacial.Ainda segundo o mesmo autor, as operaes matemticas so processadaspreferencialmente pelo hemisfrio esquerdo e a unificao da pessoa, a conscinciaunitria de si mesmo, a viso global e unitria das coisas, esto sob aresponsabilidade do hemisfrio direito.. 8. A memriaA memria no como uma biblioteca localizada em determinada parte, pois ocrebro inteiro participa do seu processo, algumas zonas com funo privilegiada: ohipotlamo, a formao reticular, o tlamo (memria reflexa, mecnica, instintiva) e ocerebelo (memria cinestsica). O sistema lmbico, j o disse, intervm no controledas emoes. Recordamos melhor uma informao se ela estiver ligada a umaemoo agradvel ou desagradvel do que a uma situao neutra. Neste nvelintervm o hipocampo, a amgdala e os corpos mamelares (memria sensorial eafetiva).Mas como as informaes entram e so guardadas as memrias?Para a maioria dos autores modernos a lembrana uma recriao e este processodinmico pode ser decomposto em trs etapas: a informao filtrada e gravadaatravs dos sentidos (viso, audio, tato, olfato, paladar) depois ela tratada earmazenada sob forma de traos mnemnicos, e por fim ela pode ser trazida mente consciente em qualquer momento de maneira voluntria ou fortuita.Uma das etapas a da memria ultracurta, ou memria sensorial (uma frao desegundo). As informaes so percebidas mas no processadas, o ritmo percebido. Exemplo: a datilografia. L-se uma ou algumas palavras. A pessoalembra apenas o tempo necessrio para digitar o teclado (cerca de 1 segundo).Esquece-se daquela frase ou palavras e passa para outra. Deve ser observado queas pessoas que sofrem de amnsia mantm normalmente a sua memria ultracurta,que no substitui as duas outras. 9. J a memria em curto prazo ou memria imediata (alguns segundos), retm 7 +- 2unidades mnemnicas elementares (nmeros, letras, objetos). Alguns programas deprocessamento soaplicados pelo sujeito, como por exemplo, a auto-repetio. Exemplo: voc quertelefonar para uma pessoa. Procura o seu nmero de telefone no catlogo, fecha-oe disca o nmero. No tem sorte, o nmero est ocupado. Desliga o telefone.Entretanto necessrio de novo abrir o catlogo, pois esqueceu o nmero.A memria em longo prazo (que vai de algumas horas at toda a vida), permite quenos lembremos de um nmero extraordinrio de informaes essencialmentearmazenadas sob a forma de imagens, sem dvida como se fossem unshologramas. Pouco conhecemos, ainda, as relaes entre essas trs etapas da memria.Sabemos, simplesmente, que as duas primeiras so provocadas por um processoeltrico e a ltima por um processo qumico e que no h uma fronteira bemespecfica para passar de uma outra.Gerald Edelman, cientista americano, ganhador do Prmio Nobel de 1972, afirmaque o crebro capaz de se organizar sozinho, em funo da experincia queadquiriu e de gerar suas prprias regras. O que explicaria por que dois gmeosunivitelinos no possuem crebros idnticos, apesar de terem o mesmo patrimniogentico.Diante de tais fatos, grande parte ainda nebulosos, h que se falar em melhorar,mais ainda, o uso do crebro? Ampliar a faixa dos 10%, ou 4%, que, dizem,estamos utilizando torn-lo ainda mais eficaz, rpido, disponibilizado para aseternas novidades do mundo, de que nos falava Fernando Pessoa?O aluno tem algumas experincias e sobre elas que vai agora trabalhar. Primeiro,voc tem que ter motivao e gerar motivao implica, muitas vezes, mexer emcrenas e valores limitantes. Voc tem que ter um Estado Desejado bastante claro,para sair de um Estado Atual, utilizando-se dos prprios recursos ou dos que venhaa aprender, o que implica, novamente, em motivao.Como se motiva uma pessoa.? A primeira estratgia verificar do que ela gosta. Asegunda, ancorar o que ela gosta a terceira universalizar essa ncora. Mas o que isso? Na verdade o aluno est resumindo uma das ferramentas criadas porBandler e Grinder, na dcada de 60, a que deram o nome algo estranho deProgramao Neurolingstica, PNL para os ntimos. Podemos dizer que ancoragem um processo pelo qual qualquer estmulo ou representao (externa ou interna)fica conectado a uma reao e a dispara. As ncoras podem ocorrer naturalmenteou ser criadas intencionalmente. (Uma excelente prova de matemtica fruto deuma estratgia criativa, que gera sensaes, representaes, que podem serancoradas, para que noutras provas, a ncora disparada, eu entre em estadoexcelente).Parece que quanto mais ligaes neuronais entre os dois hemisfrios cerebrais,mais motivados, mais abertos s novidades voc fica, a sua lateralidade fica maisequilibrada. Voc amplia os valores e crenas criativas e, conseqentemente, aquiloque importante para no gerenciamento ecolgico da vida. 10. Dois pulos de gatoNaturalmente voc j esteve em estado de intensa concentrao e, de repente,quedou-se inteiramente bloqueado? Bem, a natureza aparentemente absurda doprximo exerccio, fora os hemisfrios cerebrais a agirem simultaneamente, numpadro original, uma espcie de baralho cerebral, que desbloqueia o pensamentomais profundamente arraigado, pois envolve todos os sentidos na sua execuo o que chamamos de Chart Neurolingstico. O exerccio, devidamente explicado,est no Anexo 1 e o professor e os colegas do curso podero test-lo. H que sercurioso.O Anexo 2 um questionrio. As palavras, e gestos, confirmam o fato, embora nohaja estudos profundos sobre o assunto. Trata-se na verdade de um teste simples,que ainda no tem validao real de dados. De qualquer forma sempreinteressante aprender com a experincia subjetiva. Mos s obras.Como melhorar nosso aprendizadoH muitas maneiras de melhorar nosso aprendizado. De acordo com investigaesrealizadas por diversos cientistas, durante o processo de aprendizagem, os sereshumanos recordamos principalmente os seguintes aspectos: 1. Os temas ou aspectos concernentes ao incio do perodo de aprendizagem; 2. Aqueles temas ou aspectos concernentes ao final do perodo deaprendizagem; 3. Qualquer aspecto e/ou tema associado ao tema que se est aprendendo; 4. Algum aspecto ou ponto sobressalente ou ressaltado durante o processo; 5. Todo o que chame a ateno de uma maneira determinante. 6. O que seja de interesse especial.Estes aspectos, em conjunto com as imagens que se percebem durante o processo,so coadjuvantes na aquisio das idias inerentes e, por conseguinte, ao processode recordar, atravs da associao de imagens, conceitos e conhecimentos. Quetcnicas usar? Bem, podemos fazer uma pausa na leitura deste texto e vivenciaruma experincia um pouco diferente que, segundo muita gente, auxilia a integraodos hemisfrios esquerdo e direito de nosso crebro. Foi adaptado do livro Comoaprender melhor, de Carmen Lcia C. Zacaner, e Marco Pellegatti, So Paulo:Tilibra, 1995:Feche os olhos e preste ateno em sua respirao at que o ritmo se regularize.Mantendo os olhos fechados, direcione sua ateno para o seu olho esquerdo emova-o para baixo. Agora, direcione-o para cima; em seguida, para a esquerda epara a direita. Faa o olho esquerdo girar algumas vezes no sentido dos ponteirosdo relgio, e depois no sentido contrrio. 11. Agora, direcione sua ateno para seu olho direito e mova-o para baixo. Direcione-opara cima; em seguida, para a esquerda e para a direita. Faa o olho direito giraralgumas vezes no sentido dos ponteiros do relgio e, depois, no sentido contrrio.Conservando os olhos fechados, dirija a ateno para o lado direito do crebro..., edepois para o esquerdo. Passe de um lado para o outro, prestando ateno emtodas as diferenas. Um lado parece mais fcil do que o outro? Mantendo os olhosfechados, crie as seguintes imagens vividamente, mas sem fazer grande esforo:No lado esquerdo do crebro, imagine o nmero 1. E, no lado direito, imagine a letraA. No esquerdo, o nmero 2, e no direito, a letra B. No esquerdo, o nmero 3, e nodireito, a letra C......... (continue com os nmeros esquerda e as letras direita atchegar ao nmero 26 e letra Z).Descanse por um minuto, ou dois (pausa).Agora, no lado direito do crebro imagine 1. E no lado esquerdo, imagine a letra A.No direito, o nmero 2, no esquerdo a letra B. No direito, 3 e no esquerdo, C.........(continue com os nmeros direita e as letras esquerda at chegar ao nmero 26e letra Z).Sempre com os olhos fechados, imagine no lado esquerdo do crebro um grandepiquenique com fogos de artifcio. No lado direito, imagine um par se casando. Noesquerdo, imagine uma procisso de monges entrando em um mosteiro. direita,veja um furaco passando por uma cidade. esquerda, um tomo; direita, umagalxia. esquerda, rvores florescendo; direita, rvores perdendo as folhas nooutono. esquerda, o nascer do sol; direita, o pr-do-sol. esquerda, uma florestatropical; direita, uma montanha gelada. esquerda, a sensao de escalar rochas; direita, a sensao de acariciar um beb.Descanse por um minuto, ou dois (pausa).Focalize sua ateno no lado esquerdo do crebro por algum tempo e procureimaginar seu aspecto. Concentre-se igualmente no lado direito do seu crebro. Emseguida, preste ateno aos grossos feixes de fibras que ligam os dois hemisfrioscerebrais. Agora, experimente sentir os dois lados ao mesmo tempo. Pense em seucrebro como um universo com dimenses e capacidades que voc s comea aperceber agora. Converse com seu crebro mostrando ser possvel que voc tenhamais clulas cerebrais abertas sua disposio, e que a interao das clulas etodos os processos do crebro se aprimoraro continuamente, proporo quepassa o tempo. Diga-lhe que os hemisfrios esto mais bem integrados.Agora preste ateno e verifique se o crebro tem algum recado para voc. Se tiveralguma inteno especial para o seu crebro, oferea agora.Continuando a sentir a comunho com seu crebro, abra os olhos e olhe ao seuredor. Observe se h mudanas na sua percepo. Como se sente agora? Qual oseu estado de esprito? Est sentindo que suas possibilidades se modificaram?Retornemos ao texto, agora certamente, aps o exerccio, visto sob novo contexto. 12. Mapas mentaisA tcnica do mapa mental, criada pelo britnico Tony Buzan no comeo dos anos70 com a finalidade de ajudar os estudantes a fazer anotaes com mais eficincia, um meio eficaz de registrar e impulsionar o curso do pensamento. Uma maneiragrfica que permite a organizao e representao da informao de forma fcil,espontnea, criativa e que produz um circuito positivo de retroalimentao entre asanotaes e o nosso crebro. Permitem que as idias gerem novas idias, que seconectam, se relacionam e se expandem.livres de exigncias de qualquer forma deorganizao linear.O Mapa Mental tem quatro caractersticas essenciais: 1. O assunto motivo de ateno se cristaliza em uma imagem central. 2. Os principais temas do assunto irradiam da imagem central em formaramificada. 3. Os ramos compreendem uma imagem ou uma palavra chave impressa sobreuma linha associada. Os pontos de menor importncia esto tambmrepresentados como ramificaes que se aderem s de nvel superior. 4. Os ramos formam uma estrutura nodal conectada.Alm disso, os mapas mentais podem ser aperfeioados e enriquecidos comcores, imagens, cdigos e dimenses que aumentem o interesse, a beleza eindividualidade, fomentando-se a criatividade, a memria e a evocao dainformao.Os estudos de Tony Buzan tornaram-no uma pessoa prestigiada e divulgada pelaUNESCO, sagrando-se Cavalheiro pela Rainha da Gr-Bretanha. Seu mtodo usaambos hemisfrios cerebrais, estimulando o desenvolvimento equilibrado dosmesmos. Estimula o crebro em todos os seus campos de ao, motivando a queparticipe com todos os tipos de percepo, associao de idias, imagens,recordaes, etc. Estimula a criatividade ao no possuir limites em seu desenho. uma ferramenta efetiva e dinmica na melhoria do processo de aprendizagem e deaquisio de informao. Rompe paradigmas com respeito aos mtodosestruturados e lineares de aprendizagem. Pode ser utilizado em todos os aspectosda vida diria, tanto no pessoal, como no familiar, social e profissional. Voc podeencontrar maiores infomaes visitando seu site oficial www.mind-map.com ouo site em portugus www.mapasmentais.com.br e/ou ler o livro indicado naBibliografia.Pensamento Lateral Edward de Bono, tambm britnico, doutor em medicina e psiclogo, desenvolveuoutro mtodo concreto para o desenvolvimento integral da mente. Este mtodo,denominado pensamento lateral envolve vrias tcnicas que motivam o serhumano a aprofundar seu processo mental e a canaliz-lo para outras direes. ,segundo de Bono, a contrapartida ao pensamento vertical ou convergente, mais 13. usual, e cujas caractersticas na leitura de Lus Jorge Gonzlez in Ser Criativo,libere seu artista interior com a PNL (So Paulo: Paulus, 2003) so as seguintes: seletivo; opera to-somente quando lhe impressa uma direo; analtico eseqencial; deve ser correto em cada um de seus passos; critica para eliminar certoscaminhos; leva o indivduo a concentrar-se e a excluir o irrelevante; suas categorias,classificaes e ttulos so fixos; segue os caminhos mais seguros; um processofinito e limitado.J o pensamento lateral, que no exclui o vertical, pode ser alinhavado comogerativo, que se move para produzir direes, provocativo, d salto de uma idia aoutra, no critica, aceita todo tipo de possveis caminhos, acolhe as intromissescasuais, suas categorias, classificaes e ttulos no so fixos, explora os caminhosmais estanhos; probabilstico, ou seja, aberto a possibilidades infinitas.Edward de Bono bastante conhecido no Brasil, tendo vrios de seus livros, algunscitados na Bibliografia, publicados no nosso pas. O endereo de seu site www.edwdebono.comAprendizagem Acelerada O ponto de partida da aprendizagem acelerada se encontra nas investigaescontemporneas de psiclogos do ento mundo sovitico, destacando-se aspesquisas do psicoterapeuta blgaro Lozanov que visavam a usar a sugesto comomeio pedaggico para estimular a inteligncia, a afetividade e a percepo doindivduo. Propunha criar uma nova pedagogia, que batizou de sugestopedagogia ousugestopedia. Para o cientista blgaro o homem certamente um animal pensante,mas precisamente a inteligncia e o raciocnio devem permitir-lhe a utilizao, amelhor utilizao, dessas faculdades inatas que lhe foi dado pela natureza e que acivilizao e a educao h embotado. Quais essas faculdades? O movimento, avista, o tacto, o olfato, o paladar, todos os sentidos misturados que formam a basedo comportamento e da criatividade. Como base da teoria de Lozanov estavam osprincpios psicofisiolgicos de Pavlov. Com o desmoronamento do Imprio Sovitico,as bases de Lozanov, at ento interditada ao Ocidente, est sendo testada naEuropa e Estados Unidos.Voc pode acessar em www.lozanov.com, suapgina em ingls.No Brasil, cientistaseestudiososcomo LuizMachado,www.cidadedocerebro.com.br professor da Universidade Estadual do Rio deJaneiro, Waldemar de Gregori, para citar dois com diversas obras conhecidas,procuram caminhos para encontrar novos processos de aceleramento do processode aprendizagem.E as pesquisas continuam 14. Na Universidade de Campinas, a Professora Celeste Carneiro, artista plstica,educadora e terapeuta, orientadora do curso Criatividade e Crebro, fazendo usoprtico da Teoria das Inteligncias Mltiplas de Gardner, vem conseguindoexcelentes resultados no processo de acelerao da aprendizagem. A revistaCrebro & Mente publicou instigante artigo seu A Arte e o Crebro no Processoda Aprendizagem,http://www.epub.org.br/cm/n12/opiniao/criatividade2.html que abre,sob a tica da incluso da arte, da msica, como processos de aprendizagem,novas perspectivas para a educao. Aproveite e curta sua belssima galeria de arte,com obras daprpria autoraedeoutrosartistas plsticos:http://www.artezen.hpg.ig.com.br/galeria.htmA Dra. Silvia Helena Cardoso tem publicado diversos estudos sobre a memria ecomo melhor-la, que est a merecer um curso on-line; ela destaca que para ampliarnossa capacidade de memorizao fundamental prestar ateno, relaxar, associarfatos a imagens, visualizar imagens, a importncia de alimentos e da gua, do sono,de exerccios mnemnicos, da atividade fsica, e muito mais. Seus estudos epesquisas, altamente ilustrados, esto em Crebro&Mente, revista j citaada, daqual criadora e editora-chefe. Alguns dos artigos foram escritos em parceria com oDr. Renato M. E. Sabattini, destacando-se Aprendizagem e Mudanas noCrebro em que fica reforada a possibilidade de crescimento e regeneraoneuronal. O endereo da revista, uma verdadeira enciclopdia da neurocincia,sempre atualizada: http://www.epub.org.br/cm/home.htmO aluno no citou Inteligncia Emocional de Goleman tendo em vista sua fasealtamente embrionria em termos de prxis, por enquanto mais um belo achadojornalstico ainda sendo pesquisado, testado, quando interesse maior neste trabalhoera/ a aplicabilidade de alguns modelos tericos j instrumentalizados, visandoaumentar a capacidade de aprendizagem do ser humano. Mas h diversos estudosque comprovam a importncia dos enunciados da inteligncia emocional. um dosmeus alvos.Creio que os caminhos aqui apontados, e outros que foram apenas ligeiramentemencionados, como a importncia da msica clssica e/ou laboratoriais testadas, eda meditao, e do xadrez, das palavras cruzadas, para ficar naqueles de mais fcilacesso s escolas oficiais (somos um pas rico de populao pobre) permitiroaumentar nossa capacidade de fazer bom uso da nossa massa cinzenta. O ChartNeurolingstico, por exemplo, venho aplicando com alunos, obtendo excelentesresultados, principalmente com a garotada que, sedenta, de aprender a chutar abola de futebol com os dois ps, melhora seu processo de concentrao, domnio desuas lateralidades corporais, e ateno em sala de aula. guisa de ConclusoO desenvolvimento do nosso crebro inicia-se aps o esperma penetrar no vulo.Inicialmente os neurnios transitam livremente, embora guiados em percursos geraispor instrues genticas. As conexes sero mais fortes ou mais fracas ao longo da 15. vida dependendo do uso, como alertou o Prmio Nobel Gerald Edelman, que deu aesse processo o nome de darwnismo neural.Segundo Edelman o crebro h que ser plstico, quer dizer, possuir capacidade demudar quando o nosso meio ambiente e as nossas experincias mudam. H que seaprender e ter capacidade, tambm, de se desaprender. E buscar possibilidade depessoas com leses cerebrais recuperar funes perdidas, ou ampliar a melhoria deseu aprendizado, de sua vida, enormes desafios para os neurocientistas.Da a importncia de curso como o de Introduo Histria da Neurocincia, quepermitiu a dezenas de brasileiros de origem profissional a mais variada, discutir,refletir, aprender,gerar idias, mexer em crenas, valores, conhecer, como numalinha de tempo, as descobertas fundamentais da cincia do crebro (e do corao),desde a pr-histria at a data de hoje. Toda essa riqueza de conhecimentoalicerada numa linguagem generalista e especfica quando indispensvel, numaexcelente bibliografia, em empatias, tornando o complexo, simples, sem esquecera complexidade e especificidade do tema: o crebro, que carrega dentro de si ealgures algo chamado mente, o nosso ecossistema cerebral. O advogado, o jornalista, o escritor, o professor universitrio, motivado a excitar e aexercitar a mente em outras reas, ganhou passaporte pra Pasrgada.Bibliografia:SPRINGER, Sally P. & DEUTSCH, Georg. Crebro Esquerdo, Crebro Direito.SoPaulo, Summus, 1998;LLINS, Rodolfo R. El cerebro y el mito del yo. Colombia, Norma, 2003;OCONNOR, Joseph & SEYMOUR, John. Introduo ProgramaoNeurolingstica.So Paulo, Summus, 1995;GREGORI, Waldemar de. Construo Familiar-Escolar dos 3 Crebros. BeloHorizonte, Luz, 2000; -------------. Os Poderes dos seus 3 crebros. So Paulo, Pancast, 1999;NETTO, Joo Paixo. Aprender a Aprender. So Paulo: Paulus, 2003;BENNETT-GOLEMAN, Tara. Alquimia Emocional. Rio, Objetiva, 2001;CALVIN, William H. Como o Crebro Pensa. Rio, Rocco, 1998;CARTER, Rita. O Livro de Ouro da Mente. Rio, Ediouro, 2003;FREUD, Sigmund. Obras Psicolgicas Completas. Rio, Imago, E. Eletrnicaverso 2.0;LENT, Roberto. Cem Bilhes de Neurnios. So Paulo, Atheneu, 2001;KHALSA, Dharma Singh. Longevidade do Crebro. Rio, Objetiva, 1997.BUZAN, Tony. Saber Pensar. Portugal, Presena, 1996;------------------. Libro de los Mapas Mentales. Espanha, Urano, sd.;BONO, Edward de. O Pensamento Lateral. Rio, Nova Era, 1995;----------------------. Novas Estratgias de Pensamento. So Paulo, Nobel, 2000. 16. Alm dos autores, obras e sites, citados no TCC, formando parte do contexto, oAutor estudou e/ou utilizou tambm artigos, alguns de sua autoria, publicados emwww.golfinho.com.br, portal de PNL em portugus.ANEXO 1Neste anexo vou apresentarum exerccio bastante divertido, o CHARTNEUROLINGSTICO utilizado pelos praticantes de Programao Neurolingstica,e no aprendizado de Fotoleitura, para ampliar a concentrao e a criatividade.Segundo o Psiclogo Deroni Sabbi (Sinto, Logo Existo. Porto Alegre, Alcance,1999), o exerccio foi utilizado pela NASA (Agencia Espacial Norte-Americana), como objetivo de estimular a integrao dos dois hemisfrios cerebrais e otimizar seuuso e suas funes atravs do aumento do nmero de conexes entre osneurnios.Como o hemisfrio esquerdo controla a parte motora do lado direito e vice-versa,cada movimento estimula diferentes conexes de diferentes reas do crebro,estimulando reas pouco utilizadas ou adormecidas. Como altera a fisiologiacerebral, pode atuar positivamente nos estados emocionais.De qualquer forma, o exerccio encontrado em diversos livros de PNL de autoresnorte-americanos e praticados , no Brasil, em seminrios e cursos de motivao ecriatividade.Na pgina abaixo voc encontra as letras do alfabeto de A a Y, eliminou-se aletra z para que todos os blocos tenham o mesmo tamanho, fundamentalpara o aprendizado.Sob o alfabeto, em tamanho um pouco menor e, no trabalho, colorida devermelho, 3 letras, D, E e J que se repetem, no necessariamente nessaordem.D levante na horizontal, para frente, o brao direito;E levante na horizontal, para frente, o brao esquerdo;J levante na horizontal, para frente, os dois braos, juntos.1. Leia em voz alta, de A a Y, ao mesmo tempo em que ergue o braocorrespondente letra menor e colorida. (Assim, digo A e levanto o braoesquerdo para frente, horizontalmente; digo B, e levanto o brao esquerdo, 17. para frente, horizontalmente; leio C e levanto os dois braos, ... e assim pordiante).2. Cometendo erro, retorne ao incio do bloco em que houve a falha.3. Depois que concluiu a primeira parte do exerccio, chegando letra Y,retorne letra A, agora com a incluso das pernas. Digo A, levanto o braodireito para frente, e a perna oposta para o lado; Digo B, brao esquerdo parafrente, perna direita para o lado; digo J, os dois braos para frente, levanto ocalcanhar, ou pulo. E assim por diante.CHART NEUROLINGSTICO 18. ANEXO 2TESTE DE PREFERNCIA DOS SISTEMAS REPRESENTACIONAISPara cada uma das afirmaes seguintes, coloque um nmero antes de cada fraseque indique suas preferncias, usando o seguinte sistema:4 = A frase que melhor descreve voc3 = A prxima melhor descrio 19. 2 = A prxima melhor3 = A frase que menos descreve voc1. Eu tomo decises importantes baseado:____ em sentimentos mais internos.____ naquilo que soa melhor.____ no que se mostra melhor para mim.____ em consideraes e estudos precisos das questes.2. Durante uma discusso, provavelmente sou mais influenciado:____ pelo tom de voz da outra pessoa.____ se eu vejo o argumento do outro.____ pela lgica do argumento da outra pessoa.____ se me sinto ou no em contato com os verdadeiros sentimentos da outrapessoa.3. Eu comunico mais facilmente o que est acontecendo comigo:____ pela maneira como me visto e me mostro.____ pelos sentimentos que compartilho.____ pelas palavras que escolho.____ pelo tom da minha voz.4. mais fcil para mim:____ encontrar o volume e o som ideal num aparelho estreo.____ selecionar o ponto intelectualmente mais relevante num assunto interessante.____ escolher os mveis mais confortveis.____ selecionar combinaes de cores ricas e atraentes.5. (Frases soltas):____ Sou muito atento aos sons do ambiente.____ Importa-me muito se os novos dados e fatos fazem sentidos.____ Sou muito sensvel maneira como sinto as peas de roupa em meu corpo.____ Tenho uma grande reao s cores e maneira como uma sala se mostra.Pontuando as preferncias representacionais: 20. Cdigo: V = Visual; A = Auditivo; C = Cinestsico; D = Digital.Voc arriscaria um autodiagnstico, aps o teste? Vou fornecer algunselementos na pgina seguinte, que facilitaro sua leitura:VISUAL As pessoas visuais memorizam atravs de imagens que vem e no sedistraem com barulho. Com freqncia tm dificuldades de relembrar instruesrecebidas verbalmente e acham enfadonhas longas explicaes verbais. Tendem a 21. devanear. Interessam-se em ver os projetos. Tendem a centrar sua respirao noalto do trax. Gostam de fazer gestos para cimacom a cabea, braos e mos. Tendem a falar rapidamente, em comparao ao daspessoas auditivas ou cinestsicas. Gostam de espao. No so muitos de tocar, ouserem tocados, em reunies.Na sua linguagem usam: ver, olhar, aparncia, mostrar, viso, desenhar, rever,iluminado, claro, foco, obscuro, transparente, imagem, movimento, luz de,deslumbrante, exibir, prever, nebuloso, sombreado, vista grossa, encher os olhos,sem sombra de dvida, viso de guia, olho no olho, deixar as coisas claras, soboutra tica, viso global....AUDITIVO. Distrao fcil com rudos, repetem facilmente o que ouviram, aprendemouvindo, gostam muito de msica, gostam de falar ao telefone. Para estas pessoas otom de voz e as palavras so importantes. Geralmente se lembram das palavrasexatas que algum disse numa reunio, mas podem no se lembrar da cor da sala,da roupa usada pelo apresentador. No so muitos de olhar no olho do outro, j queseus filtros perceptivos esto sintonizados para ouvir, preferencialmente a ver ousentir.Gostam de usar em sua linguagem: ouvir, escutar, anunciar, sou todos ouvidos, soacomo um sino, silenciado, ressonante, diga, dizer, declarar, dobre a lngua, ecoar,perguntar, questionar, porta-voz, ritmado, reclamar, surdo, sonoro, tagarelar, nomesmo tom, ter um estalar projetos que soam bem, exprimiu-se claramente, d-mesua ateno, grande audincia, segure sua lngua, o poder da palavra, falar averdade, palavra por palavra...CINESTSICO. Falam devagar, respirando pausadamente. Respondem ao toque.Sensveis s mudanas de fisiologias. A respirao, mais profunda, vinda doabdome. O processo de memorizao atravs da execuo. Se interessaro porprojetos que sentem que bom, projetos consistentes, trabalhos slidos.Usam em sua linguagem: sensao, toque, tome em suas mos, acalorado, apertar,aconchegante, comprimir, bloquear, doce, duro, insensvel, d-me uma mo, macio,quente, frio, calmo, perfumar, pesado, suave, vibrante, gosto/gostar, manter acalma....DIGITAL A pessoa digital passa um bom tempo falando consigo mesma (dilogointerno). Memorizam atravs de passos, procedimentos e seqncias. Tudo tem quefazer sentido, possuir lgica. Podem apresentar tambm caractersticas dos outrossistemas representacionais. Usam frases bem elaboradas. Procuram nodemonstrar se entenderam ou no, a menos que se pergunte. So investigadores,especulativos. O tom de voz montono.Suas expresses prediletas: Experincia, compreenso, pensamento, aprendizado,processo, deciso, motivao, considerando, mudana, percepo, distino, creio,questionamento, estar consciente, estimular, mentalizar, minimizar, pensar,intensificar, maximizar, sistematizado, ter em mente, fomentar... 22. Ento, h condies de um autodiagnstico? Percebeu que alguns modelos e/oupalavras lhe soavam melhor que outros? Fechou com o Teste de SistemasRepresentacionais? Bem, usamos todos os sentidos mas temos um preferencial.Diante de um beb nosso cinestsico se destaca. Mas quando estamos negociandoalgo possivelmente conversamos conosco mesmo. E diante de uma belssimapessoa? O visual alimenta o cinestsico, sensaes afloram. (Fim, por enquanto)Joo Nicolau Carvalho [email protected]