Relatório APO - Cidade Verde Uberlândia

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ateliê de projeto integrado v habitação de interesse social relatório de avalição pós-ocupação conjunto habitacional cidade verde - embaúbas

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ateliê de projeto integrado vhabitação de interesse social

relatório de avalição pós-ocupaçãoconjunto habitacional cidade verde - embaúbas

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Túlio Rossini Ferreira Zanatta

Maryelen Lumi Babata

Lorena Spirandeli Marques

Beatriz Goulart Rocha

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O estudo parte de duas dimensões, sendo uma delas arquitetônica, na qual são analisadas as questões estruturais e elementos construtivos, e a outra uma pesquisa participativa de avaliação pós-ocupacional, avaliando a satisfação dos moradores. A partir disso, foi produzida uma reflexão crítica através de relatórios e recursos gráficos, de forma a facilitar a compreensão e fomentar a discussão a respeito da qualidade dos edifícios de interesse social.

O trabalho é parte da disciplina de Ateliê de Projeto Integrado V, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlân-dia, com o intuito de analisar a atual produção de conjuntos habitacionais de interesse social do país. O empreendimento proposto para estudo de caso foi o Residencial Embaúbas, que faz parte do Conjunto Habitacional Cidade Verde I, situado no bairro Jardim Europa, na Zona Especial de Interesse Social I.

INTRODUÇÃOconjunto habitacional cidade verde - embaúbas

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A zona oeste da cidade se desenvolveu bastante nos últimos anos e apesar do Jardim Europa ser um bairro recente, o que se nota atualmente é que a região continua em crescimento, assim como a sua ocupação.

Dessa forma, com o aumento da migração dos moradores, se tornou necessário a presença de equipamentos públicos para dar assistência e suporte aos habitantes, como: instituições de ensino, unidades de saúde e espaços de cultura e lazer, além de garantir o acesso a todos esses serviços através do transporte coletivo e cone-xões com as principais vias da cidade.

instalações e equipamentos

modais e linhas de cobertura

Atualmente o Sistema Integrado de Transportes (SIT) de Uberlândia conta com mais de 120 linhas de ônibus que percorrem por toda cidade. Além do Terminal Central, o SIT tem outros quatro terminais que dão suporte as linhas de ônibus. O terminal Planalto na Rua Joaquim Leal de Camargos, na zona oeste da cidade, recebe mais de 20 linhas e as redistribui para a região, dando suporte e acesso aos moradores locais.

Dessa forma, o acesso ao conjunto habitacional Cidade Verde é contemplado com 3 linhas que partem do Terminal Planalto, além de uma quarta linha do Terminal Central. Todas as linhas passam pela Avenida Rio Mississipi, onde há um ponto de parada próximo a Rua Risde Attiê, ende-reço do Cidade Verde, porém apenas uma linha circula nessa via.

TRANSPORTE COLETIVO

Imagem 1: Linha T121. Fonte: Google Maps (2015).

Imagem 2: Linha A405. Fonte: Google Maps (2015).

Imagem 3: Linha A403. Fonte: Google Maps (2015).

Imagem 4: Linha T105. Fonte: Google Maps (2015).

ESCALA ENTORNO

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Imagem 6: Percurso até a Escola no bairro Mansour.

Imagem 5: Escolas presentes nos bairros próximos ao Cidade Verde. Fonte: Google Maps (2015).

Imagem 7: Percurso até as Escolas no bairro Luizote de Freitas. Fonte: Google Maps (2015).

Imagem 8: Percurso até as Escolas no bairro Planalto.

Em relação a instituições de ensino, no Jardim Europa há apenas uma escola infantil da rede privada. Porém nos bairros Mansour, Luizote de Freitas e Planalto, há instituições municipais e estudais de ensino (Imagem 5).

No bairro Mansour, na Rua Rio Jequitinhonha, há a Escola Municipal Professora Cecy Cardoso Porfírio, onde os alunos podem concluir até o segundo grau. O percurso (Imagem 6) da portaria do Cidade Verde até a Escola são aproximada-mente 1,3Km.

Já no bairro Luizote de Freitas, na rua Roberto Margonari, há quatro escolas, duas municipais e duas estaduais. Uma dessas escolas municipais é infantil, que é a E.M.E.I do bairro Luizote de Freitas e a outra é a Escola Municipal Mário Alves Araújo Silva. As outras duas instituições são a Escola Estadual Professor LC Serpa e a Escola Estadual José Gomes Junqueira. O percurso (Imagem 7) da portaria do Cidade Verde até o endereço das escolas são aproximadamente 2,1Km.

Por fim, no bairro Planalto, tem a Escola Munici-pal Professora Iracy A. Junqueira, na Rua Maria Abadia Mamede e a Escola Estadual Teotônio Vilela, na Rua da Secretária. O percurso (Imagem 8) da portaria do Cidade Verde até o endereço das escolas são aproximadamente 2,32Km.

equipamentos e localizaçãoEDUCAÇÃO

Fonte: Google Maps (2015).

Fonte: Google Maps (2015).

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Imagem 11: Percurso até a UAI no bairro Planalto.

Imagem 12: Percurso até a UAI no bairro Luizote.

Imagem 10: Percurso até a UAPSF no bairro Mansour.Fonte: Google Maps (2015).

Fonte: Google Maps (2015).

Fonte: Google Maps (2015).

As Unidades de saúde, assim como as institui-ções de ensino, estão localizadas nos bairros mais próximos ao Jardim Europa (Imagem 9). No bairro Mansour, na rua Rio Citare, há uma Unida-de de Atenção Primária à Saúde da Família (UAPSF), onde há atendimento com médico generalista, psicologia, serviço social e ações de enfermagem. Seu funcionamento é de segunda a sexta, das 7h às 17h e tem o foco em dar assis-tências aos moradores do Mansour e Jardim Europa. O percurso (Imagem 10) do Cidade Verde até a UAPSF são aproximadamente 1,5Km.

Além disso, há duas Unidades de Atenção (UAI) nos bairros Luizote de Freitas e Planalto, onde há um ambulatório e pronto-atendimento 24hrs. No UAI Planalto, situado na Rua do Engenheiro, são realizadas pequenas cirurgias e atendimentos especializados em otorrinolaringologia, urologia, dermatologia, psiquiatria, endocrinologia e neurologia. O percurso (Imagem 11) do conjunto habitacional até a UAI são aproximadamente 4,17Km.

Por fim, no bairro Luizote de Freitas, há também uma UAI, na rua Mateus Vaz, onde há um ambu-latório e pronto-atendimento 24hrs. Os atendi-mentos são especializados em urologia, derma-tologia, endocrinologia e neurologia. O percurso (Imagem 12) do Cidade Verde até a UAPSF são aproximadamente 2,36Km.

equipamentos e localizaçãoSAÚDE

Imagem 9: Unidades de saúde próximos ao Cidade Verde.Fonte: Google Maps (2015).

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Taxa de Ocupação Máxima: 80%- Área em planta construída/área do lote: 19%

Coeficiente de aproveitamento máximo: 2,5Área do lote x CA: 66.716,875 m² máximos de construção- Área construída: 20.586,42 m²

Afastamento Frontal Mínimo (m) - 3,0- Afastamento Frontal (m) - 5,00

Afastamento Lateral e Fundo Mínimo (m) - 1,5- Afastamento Lateral e Fundo (m) - 5,00

Área Mínima de Estacionamento (Classificação H3- Habitação de Interesse Social)Para H3 Horizontal e Vertical o mínimo será 50% do número de unidades autônomas.- 1 vaga de estacionamento por unidade de habitação- Número total de vagas: 400

ESCALA RESIDENCIALrestrições urbanísticas e análise solar

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Imagem 13: Carta solar aplicada ao conjunto habitacional.Fonte: Autores

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Latitude 18° Sul

CARTA SOLAR - UBERLÂNDIA

Fachada Leste Fachada Norte

Fachada Oeste Fachada Sul

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Latitude 18° Sul

CARTA SOLAR - UBERLÂNDIA

Fachada Leste Fachada Norte

Fachada Oeste Fachada Sul

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O projeto estrutural prevê para os edifícios o uso de alvenaria autoportante com blocos de concre-to. Além disso, nota-se o emprego de uma viga de amarração nos bordos da cozinha de maneira bastante perceptiva, delimitando juntamente com o balcão, os ambientes de sala e cozinha. As escadas são estruturadas por concreto armado e o acabamento é feito em ardósia.

As únicas áreas impermeabilizadas nos aparta-mentos são o box do banheiro e a cozinha, sendo responsabilidade do morador não molhar os outros cômodos para evitar infiltração nos apartamentos inferiores.

Nota-se também, que os forros possuem a textu-ra de grafiato, assim como todas as paredes dos ambientes úmidos. Essa pode ser uma forma de encobrir as patologias e tornarem-nas menos perceptivas, sejam em relação à infiltração ou ao mau nivelamento da laje.

A cobertura é composta por estrutura de madeira em duas águas e telhas de concreto. Forma um pequeno beiral com aproximadamente 60 centí-metros, o que é insuficiente em relação à altura, tanto para cobrir a circulação quanto para prote-ção solar das fachadas.

A circulação externa entre os blocos não é cober-ta. Além disso, cabe aos moradores a decisão de cobrir ou não as vagas do próprio apartamento. Tais coberturas são padronizadas, seguindo o modelo demonstrado, tendo a alternativa de uso de coberturas metálicas simples, com menor custo, ou então cobertura metálica do tipo sanduíche, para um melhor desempenho térmi-co.

ESTRUTURA

COBERTURA

conjunto habitacional cidade verde - embaúbas

edificação e estacionamento

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Imagem 14: Cobertura em duas águas. Imagem 15: Cobertura metálica do estacionamento.

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Todos os blocos possuem revestimento externo com textura em grafiato e pintura esverdeada.As fachadas são uma consequência da planta e revelam, de certa forma, a divisão dos ambientes pela disposição das aberturas. Sendo assim, as fachadas longitudinais são compostas por todas as aberturas da habitação e as transversais são cegas.

O ritmo imposto pelas aberturas é ainda demar-cado com uma pintura retangular em branco que une as janelas da sala e quarto do mesmo aparta-mento em uma fachada e cozinha e quarto da outra. As esquadrias são extremamente simplifi-cadas, possuindo apenas as vidraças. Por outro lado, as aberturas do pavimento térreo são compostas também por grades, já que o acesso à elas é facilitado por conta de um gramado lateral.O volume de cada bloco é composto por uma grande caixa retangular e adição de dois peque-nos volumes retangulares formados pelas esca-das.

Quadra esportiva com piso cimentado áspero; Salão de festas com instalações sanitárias masculina e feminina adaptado para pessoas portadoras de necessidades especiais e um pequeno depósito; churrasqueira com bancada de ardósia; depósito de lixo fechado dotado de torneira e ralo, com piso cimentado desempena-do; guarita.

ÁREAS COMUNSserviços e lazer

Devido ao sistema construtivo adotado, não existe a possibilidade de ampliação da área da unidade habitacional. O morador também é vedado de reconfigurar o espaço interno do apartamento, seja demolindo ou construindo novas paredes. No Manual do Morador, entregue durante a inaugaração do conjunto, está especifi-cado todas as possíveis alterações que podem ser realizadas pelo usuário.

FLEXIBILIDADEampliação e estocagem

INVÓLUCRO EXTERIORrevestimento e acabamentos

Image 16: Quadra esportiva do conjunto. Imagem 17: Detalhe das esquadrias e adição de grades no térro.

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Área total: 26.686,75 m²Área construída: 20.586,42 m²Área útil da unidade: 37,05 m²

Número de unidades: 40025 blocos_16 unidades cadaEstimativa de população: 1.200 habitantes

Área edificada20.586,42 m²

DENSIDADEconjunto habitacional cidade verde - embaúbas

A densidade populacional líquida do conjunto é de 451,12 hab/ha. Se comparada a outros empreendimentos destinados a HIS, para uma cidade médida o valor é classificado como índice médio. A área em que o conjunto está inserido determina 1.000 hab/ha como a densidade máxima permitida. Já a densidade habitacional do conjunto é de 150,37 unid/ha.

O Residencial Embaúbas possui 400 unidades habitacionais em sua totalidade com população estimada em 1.200 moradores, considerando a média de três habitantes por unidade.

Embora o número de unidades seja grande, nota-se o uso da baixa taxa de ocupação (18%) em relação ao permitido (80%).

Área livre6.100,33 m²

Imagem 18: Diagrama representativo da área edificidade e da área livre do conjunto.Fonte: Autores

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Planta Pavimento TipoEsc. 1:200

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O sistema geral de circulação do conjunto é horizontal, com eixos de distribuição internos entre blocos. As áreas destinadas ao fluxo de pedestres são pavimentas e possuem relativa regularidade em relação a acessibilidade. Cada bloco possui dois eixos de circulação vertical externos ao volume principal que garantem acesso aos 3 pavimentos superiores do edifício.

A circulação no interior da unidade habitacional é simples, sendo a sala eixo de distribuição dos fluxos para os cômodos secundários.

Decorrente do tamanho dos ambientes, durante a mobília do apartamento o morador deve ter o cuidado na disposição dos móveis para que o mesmo não comprometa a circulação.

Circulação verticalCirculação horizontal

CIRCULAÇÕES HORIZONTAIS E VERTICAISconjunto habitacional cidade verde - embaúbas

Imagem 19: Diagrama representativo da circulação do conjunto. Fonte: Autores

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Quanto à organização dos espaços, percebe-se uma única tipologia que se distribui de forma geminada em cada pavimento, sendo 4 unidades por andar, divididos em dois apartamentos por acesso. O projeto consiste em uma sala integrada com cozinha e um balcão como barreira física, porém não visual, além de dois quartos e um banheiro. A área de serviço está inserida na cozinha, existindo apenas uma divisória de granito de altura média.

Não estão previstas áreas de estocagem, sendo uma decisão do próprio morador. As áreas molha-das estão de certa forma concentradas, visto que o banheiro é ao lado da cozinha e área de serviço. Além disso, a tipologia não oferece possibilidades de ampliação, primeiramente pelo sistema cons-trutivo que não permite alterações e posteriormen-te pela falta de planejamento de espaços incluso no projeto, para essa flexibilização.

TIPOLOGIASconjunto habitacional cidade verde - embaúbas

Em relação ao impacto ambiental, as janelas não são adequadas considerando o conforto térmico e de iluminação, visto que são feitas apenas de folhas de vidro, sem nenhuma proteção como barreira da luz solar. Além da questão das janelas, não é possível identificar estratégias bioclimáticas no conjunto habitacional de forma geral, visto que os beirais são muito pequenos para proteção, os materiais do invólucro externo e a espessura dos mesmos não são propícios para a inércia térmica, deixando os ambientes quentes. Ademais, as telhas de concreto não possuem um bom desempenho térmico em relação às telhas de cerâmica.

As áreas permeáveis são limitadas, estando presentes ao redor dos blocos e de maneira pouco eficiente, compostas apenas por grama-dos. O paisagismo existente se mostra não planejado, com poucas árvores de médio porte colocadas em disposições aleatórias próximas à área de convívio.

IMPACTO AMBIENTAL

Image 20: Área permeável externa.

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AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO

A APO busca estabelecer uma relação entre o comportamento do usuário e o projeto idealizado pelos vários agentes do mercado imobiliário. O método inclui a avaliação das unidades habita-cionais (espaços privados) e as áreas comuns (semiprivado), considerando questões funcio-nais e comportamentais. O foco está na identifi-cação da correspondência entre necessidades dos usuários e a estrutura fornecida pelo conjun-to habitacional, partindo do nível de satisfação dos moradores.

Esse tipo de trabalho é essencial para o processo projetual, pois fornece um feedback para os profissionais, levando assim a possíveis reestru-turações na elaboração e no programa dos edifícios. O objetivo é que se busque sempre melhor qualidade funcional, ambiental e estética, visando melhorar a qualidade de vida dos usuá-rios e promover uma identificação maior com o espaço, no sentido de apropriação.

4/8 dos moradoresreformaram oapartamento

4/8dos moradoresnão reformaram oapartamento

2/8 dos moradosganham entre 4

e 6 saláriosmínimos

6/8dos moradoresganham até 3salários mínimos

1/8 das residências são alugadas p/

terceiros

7/8das residências são própriasem aquisição 1/8 das residências

são alugadas p/terceiros

7/8das residências são própriasem aquisição

conjunto habitacional cidade verde - embaúbas

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As tipologias familiares que mais se repetiram dentro da amostragem foram a família nuclear, família monoparental e de 2 pessoas sós, tendo 2 famílias cada classificação, além das famílias monoparentais expandidas e nucleares expandi-das, com 1 família cada. Quanto à situação anterior de moradia das mesmas, o aluguel prevalece, com 6 famílias e apenas 2 de casa própria.

Quanto à quantidade e qualidade dos equipa-mentos públicos no bairro, a insatisfação está presente na maioria dos moradores, principal-mente em relação à saúde, cultura e educação, tendo o transporte coletivo e o lazer índices de satisfação um pouco maiores.

Em relação à avaliação do conjunto/quarteirão, a segurança física, a facilidade de manutenção, a localização privilegiada, a proximidade do traba-lho, a qualidade das construções, a estética do edifícios e o investimento imobiliário foram opções escolhidas pelos moradores como motivo de escolher morar nesse conjunto habita-cional, além de "outros". Alguns desses aspectos (ver gráfico), em uma análise crítica, não tradu-zem a real situação do conjunto, como a localiza-ção privilegiada, devido à falta de estrutura e serviços no entorno, assim como a qualidade da construção - tendo apenas um morador escolhi-do essa opção - que não é percebida nos mate-riais, como a questão das janelas apenas com folhas de vidro, as escadas com partes descober-tas (molha nas épocas de chuva), entre várias outras falhas técnicas.

Outro ponto que pode ser discutido é a estética do edifício, mas este depende da subjetividade de cada um. Ainda dentro dessa avaliação, os usuários escolheram as opções que consideram negativas do morar em apartamentos, sendo a falta de privacidade unânime entre os entrevista-dos, o convívio social coletivo (por uma minoria) , o espaço reduzido do apartamento (pela maio-ria), a limitação de reformas com 5 marcações e a ausência de jardim privado e a vida social controlada pelas regras do condomínio sendo escolhidas por 3 usuários cada.

Quanto à qualidade da construção geral e de materiais e acabamento, os moradores sentem o efeito do processo construtivo precário e da falta de qualidade dos produtos, visto que 4 famílias consideram ruim esse aspecto, 2 consideram péssimo e apenas 2 acreditam que seja bom. De maneira similar, essa insatisfação ocorre com: a aparência geral e externa da residência; o nível de convivência com os vizinhos; a relação de custo benefício (taxa de condomínio); a quantidade de equipamentos de uso comum, assim como de áreas verdes; a acessibilidade de pessoas com deficiência física; a privacidade e a segurança em relação à rua; quantidade de vagas de estaciona-mento por pessoa; proximidade a equipamentos e serviços gerais; a segurança contra roubos e entrada de estranhos; tamanho da residência; divisão dos espaços; falta de compatibilidade dos móveis antigos; e privacidade - em que a porcentagem de usuários insatisfeitos, isto é, que classificam como regular, ruim ou péssimo, supera a quantidade de moradores que elogiam ou que consideram "bom" ou "ótimo".

Diferentemente dos aspectos anteriores, 50% dos moradores entrevistados acreditam que a localização do conjunto em relação à cidade é boa, assim como a proximidade ao local de trabalho, a facilidade de limpeza e manutenção e a identificação com a residência. Percebe-se então uma dificuldade em julgar os elementos em questão, visto que os itens relacionados ao entorno possuem relação direta com os equipa-mentos públicos e os demais tópicos abordados anteriormente, cujo nível de insatisfação foi bastante alto.

O maior índice de satisfação foi obtido nos seguintes itens: privacidade entre os moradores da residência e o quanto o usuário se adaptou, tendo o primeiro uma classificação como "ótimo", 3 "bom", 3 como "regular",e uma "ruim", enquanto o segundo foram 5 "bom", 2 "regular" e um "péssimo".

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ESTUDOS DE LAYOUTconjunto habitacional cidade verde - embaúbas

Planta Unidade HabitacionalEsc. 1:200

Planta Unidade HabitacionalEsc. 1:200

Planta Unidade HabitacionalEsc. 1:200

Planta Unidade HabitacionalEsc. 1:200

Planta Unidade HabitacionalEsc. 1:200

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ECONOMIA DE ÁGUAconjunto habitacional cidade verde - zona oeste

MOTIVO DE MUDANÇA PARA O CONJUNTO HABITACIONALconjunto habitacional cidade verde - zona oeste

8/8 escovam os dentes com a torneira fechada

6/8 ensaboam a louça com a torneira fechada

5/8 tomam banhos rápidos

3/8 utilizam a máquina de lavar com a capacidade máxima

2/8 possuem aparelhos que economizam água

8/8 escovam os dentes com a torneira fechada

3/8 segurança física

3/8 investimento imobiliário

2/8 facilidade de manuntenção

2/8 qualidade da construção

2/8 estética da construção

4/8 outros motivos

2/8 localização privilegiada

2/8 proximidade da escola

2/8 proximidade do trabalho

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Quanto à qualidade da construção geral e de materiais e acabamento, os moradores sentem o efeito do processo construtivo precário e da falta de qualidade dos produtos, visto que 4 famílias consideram ruim esse aspecto, 2 consideram péssimo e apenas 2 acreditam que seja bom. De maneira similar, essa insatisfação ocorre com: a aparência geral e externa da residência; o nível de convivência com os vizinhos; a relação de custo benefício (taxa de condomínio); a quantidade de equipamentos de uso comum, assim como de áreas verdes; a acessibilidade de pessoas com deficiência física; a privacidade e a segurança em relação à rua; quantidade de vagas de estaciona-mento por pessoa; proximidade a equipamentos e serviços gerais; a segurança contra roubos e entrada de estranhos; tamanho da residência; divisão dos espaços; falta de compatibilidade dos móveis antigos; e privacidade - em que a porcentagem de usuários insatisfeitos, isto é, que classificam como regular, ruim ou péssimo, supera a quantidade de moradores que elogiam ou que consideram "bom" ou "ótimo".

Diferentemente dos aspectos anteriores, 50% dos moradores entrevistados acreditam que a localização do conjunto em relação à cidade é boa, assim como a proximidade ao local de trabalho, a facilidade de limpeza e manutenção e a identificação com a residência. Percebe-se então uma dificuldade em julgar os elementos em questão, visto que os itens relacionados ao entorno possuem relação direta com os equipa-mentos públicos e os demais tópicos abordados anteriormente, cujo nível de insatisfação foi bastante alto.

O maior índice de satisfação foi obtido nos seguintes itens: privacidade entre os moradores da residência e o quanto o usuário se adaptou, tendo o primeiro uma classificação como "ótimo", 3 "bom", 3 como "regular",e uma "ruim", enquanto o segundo foram 5 "bom", 2 "regular" e um "péssimo".

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