resultados do trab. da pinha.doc
-
Upload
fabiano-cordeiro-silva -
Category
Documents
-
view
9 -
download
0
Transcript of resultados do trab. da pinha.doc
TÍTULO DO PROJETO: CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE ANONÁCEAS
COM USO DE 1-MCP, ATMOSFERA MODIFICADA E
REFRIGERAÇÃO
Região: Semi-árido
Categoria: Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (P&D)
Tema: Fruticultura
Atividade: Fisiologia e manejo pós-colheita de frutos
I - ENTIDADE DE PESQUISA
Entidade Proponente: Universidade Federal de Viçosa
Sigla: UFV
CNPJ: 25.944.455/0001-96
Natureza Jurídica: Fundação de Direito Público
Fone: (31) 3899-2100
FAX: (31) 3899-2108
Site na Internet: www.ufv.br
Titular: Carlos Sigueyuki Sediyama
Cargo: Reitor
ENDEREÇO:
Logradouro: Reitoria - Av. P. H. RolfsNúmero: s/nComplemento: Campus UniversitárioBairro: UFVCidade: ViçosaEstado: MGCEP: 36.570-000
II - ENTIDADE PARCEIRA
Nome: Universidade Estadual de Montes ClarosSigla: UNIMONTESCNPJ: 22.675.359/0001-00Fone: (38) 3821 2756Fax: (38) 3821 2756Site na Internet: www.unimontes.brTitular: Paulo César Gonçalves de AlmeidaCargo: Reitor
RESUMO
A pinha apresenta uma vida útil pós-colheita muito restrita, sendo importante a
adoção de técnicas de conservação que minimizem o seu intenso metabolismo e, por
conseguinte, reduzam as perdas pós-colheita. Desta forma o presente trabalho teve por
objetivo prolongar o período de conservação pós-colheita de pinhas produzidas na região
Norte de Minas Gerais, por meio do uso de 1-metilciclopropeno (1-MCP) e da atmosfera
modificada com o uso de poli cloreto de vinila (PVC), em associação com armazenamento
refrigerado. Os frutos foram colhidos e transportados para o Laboratório de Pós-colheita da
Universidade Estadual de Montes Claros/Campus de Janaúba, onde foram selecionados.
Em seguida, os frutos foram colocados em caixas plásticas herméticas de 0,186m3 e
submetidos a 0, 250, 500 e 750 ηL.L-1 de 1-metilciclopropeno (1-MCP), por 8 horas, a
temperatura ambiente. Após, metade dos frutos foi acondicionada em grupos de três, em
bandejas de poliestireno, envoltos por filme de PVC de uso doméstico, seguindo-se de
armazenamento a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR em câmara fria, onde permaneceram
armazenados por 20 dias (frutos sem embalagem) e 28 dias (frutos embalados). Os frutos
foram retirados da câmara em intervalos de quatro dias e utilizados para análises quanto à
perda de matéria fresca, produção de CO2, teor de sólidos solúveis totais, acidez total
titulável, consistência da polpa, vitamina C, açúcares solúveis e amido. O experimento foi
conduzido em parcelas subdivididas, tendo-se nas parcelas as quatro doses de 1-MCP , nas
subparcelas, os seis períodos de amostragens para frutos sem embalagem e oito períodos
para frutos embalados, sendo a unidade experimental constituída de três frutos. O
delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições. Os dados
foram analisados pelo programa SAEG por meio das análises de variância e regressão. O
uso do filme plástico associado à refrigeração e as doses mais elevadas de 1-MCP (500 e
750 ηL.L-1) permitiram a conservação de pinhas até o 28ºdia de armazenamento. Frutos
tratados nas doses mais altas de 1-MCP sob refrigeração sem utilização da embalagem
permaneceram em boas características para consumo até o 20° dia de armazenamento. O
uso de 1-MCP em ambos os tratamentos, frutos embalados ou não, foi eficaz na retenção
da firmeza e evolução dos teores de sólidos solúveis totais.
1. INTRODUÇÃO
O Brasil ocupou a terceira colocação na classificação dos principais países
produtores de frutas em 2005, com a quantidade de 41,2 milhões de toneladas,
representadas principalmente pelas culturas da laranja, banana, coco, abacaxi, mamão,
castanha-de-caju, caju e castanha-do-brasil, perdendo apenas para a China e Índia, primeiro
e segundo maiores produtores mundiais de frutas, respectivamente. (FAO, 2006).
Atualmente, o cultivo da pinha representa uma excelente atividade econômica para
muitos municípios da área de clima semi-árido, contribuindo para fixação de trabalhadores
rurais no campo, garantindo emprego e receita para esses municípios (BRAZ, 2004).
A pinha, ata ou fruta-do-conde (Annona squamosa L.) é cultivada em escala
comercial em várias regiões brasileiras, com 6.625 há cultivados, sendo a região Nordeste
responsável por 93,23% deste total. O principal produtor nacional é o Estado da Bahia,
seguido de Pernambuco e Alagoas (IBGE, 2005).
O cultivo comercial das anonáceas se dá de forma bastante regionalizada em
decorrência das exigências climáticas de cada espécie e, até de hábitos de consumo no país.
(NOGUEIRA et. al, 2005)
O norte de Minas Gerais se destaca cada vez mais no cultivo de fruteiras, seja pelas
suas condições climáticas, seja pela disponibilidade de água para irrigação. Dentre a
diversidade de frutas produzidas na região, é notável a crescente demanda pela pinha como
resultado dos excelentes preços obtidos pela fruta no mercado e pela excelente aceitação
pelos consumidores.
Por ser climatérica e apresentar metabolismo intenso, a pinha apresenta uma vida
útil pós-colheita muito restrita, sendo importante a adoção de técnicas de conservação que
minimizem o seu intenso metabolismo e, por conseguinte, reduzam as perdas pós-colheita,
que atingem até 20% do volume produzido no Brasil (SOUSA, 2005).
Na redução dos processos metabólicos em frutos, a refrigeração é o método mais
eficaz, pois reduz a respiração e a biossíntese de etileno, hormônio produzido naturalmente
durante o amadurecimento do fruto, além de reduzir a taxa de crescimento de
microrganismos (DANTAS et al, 2005). Paralelamente à refrigeração, convém destacar o
uso da atmosfera modificada, amplamente utilizada na preservação da qualidade de
produtos vegetais, contribuindo também para o decréscimo de perdas pós-colheita, através
da redução da atividade metabólica e da perda de água, melhorando seu aspecto comercial
(LANA & FINGER, 2000).
Todas as técnicas utilizadas para prolongar a vida útil dos frutos estão baseadas no
controle do etileno. O 1- metilciclopropeno foi adicionado à lista de opções utilizadas para
a manutenção da qualidade e extensão da vida útil pós-colheita de produtos vegetais, por
agir como antagonista da ação ao etileno ocupando seu receptor e impossibilitando sua
ação (DANTAS et al., 2005).
A associação de várias técnicas de conservação poderá ser eficiente para assegurar
a qualidade da pinha e possibilitar o seu transporte para mercados mais distantes.
2. OBJETIVO
Prolongar o período de conservação pós-colheita de pinhas produzidas na região
Norte de Minas Gerais, por meio do uso de 1-metilciclopropeno (1-MCP) e da atmosfera
modificada com o uso de poli cloreto de vinila (PVC), em associação com armazenamento
refrigerado.
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1- Descrição do fruto
A pinha é um sincarpo arredondado, ovóide, esférico ou cordiforme, tem de 5 a
13 cm de diâmetro, composto por carpelos muito proeminentes na maioria dos cultivares,
cobertos externamente de saliências achatadas em forma de tubérculo regularmente
exposto, mas existem exemplares com frutos mamelanados e ainda lisos. Os carpelos são
separados na base por uma linha creme alaranjada ou roxa, característica do cultivar. A
superfície é verde-escura, coberta no início do desenvolvimento do fruto por um pó
esbranquiçado. Podem existir frutos de coloração amarela ou roxa (MANICA, 2003).
3.2- Desenvolvimento dos frutos
De acordo com Alves et al. (1997), a graviola e os frutos de anonáceas
apresentam um padrão de desenvolvimento sigmoidal duplo. Para a pinha, Pelinson et al.
(2002) observaram uma primeira fase de crescimento uniforme e acelerado do
florescimento até o 49º dia após a polinização, atingindo 77% do tamanho máximo. A
seguir, houve uma fase intermediária, do 49º até 77º dia, com taxa de crescimento reduzida
e uma última fase, com desenvolvimento acelerado, no período compreendido entre 77º dia
até a colheita, que ocorreu no 91º dia após o florescimento.
Pal e Kumar (1995), citados por Alves et al. (1997), estudando o
desenvolvimento dos frutos de pinha dos cultivares ‘Barbados Seedling’ e ‘Washington
97’, na Índia, observaram que, da abertura da flor até a completa maturação, decorreram de
16 a 18 semanas.
Worrell et al. (1994), relatam que o tempo necessário para o fruto da gravioleira
desenvolver-se, variou de 15 a 21 semanas. A primeira fase do crescimento, que persistiu
até o fruto atingir a metade de seu tamanho máximo, foi rápida. Seguiu-se uma fase de
estagnação e, depois, outra de crescimento rápido que foi até a 20ª semana após a
fertilização dos óvulos. Em trabalhos realizados no estado do Ceará o ciclo de
desenvolvimento da graviola foi de 13 semanas até atingir sua completa maturação
(MANICA, 2003).
3.3- Amadurecimento dos frutos
A pinha é um fruto climatérico que apresenta uma alta taxa de respiração
durante seu processo de maturação, podendo completar a maturação mesmo após a
colheita. Durante o amadurecimento da pinha, observa-se apenas um pico respiratório, ao
contrário do observado nos frutos de outras anonáceas, em que ocorrem dois picos. No
amadurecimento da pinha o climatério respiratório precede o de etileno, embora a
produção de etileno comece a aumentar antes do máximo respiratório (ALVES et al.,
1997).
O aumento na atividade respiratória nas anonáceas é acompanhado por
modificações rápidas na composição química dos frutos, tornando o sabor e o aroma muito
agradáveis, e há um decréscimo muito rápido na firmeza da polpa (SÃO JOSÉ et al.,
1997). Há um aumento do teor de sólidos solúveis, principalmente açúcares e ácidos
orgânicos, e de compostos voláteis. A qualidade máxima para consumo é atingida do
primeiro pico respiratório e coincide com os máximos de sólidos solúveis e acidez titulável
(LEAL, 1990; LIZANA E REGINATO, 1990; TAYLOR, 1993).
O teor de sólidos solúveis nos frutos de anonáceas é elevado, constituindo-se
principalmente de açúcares solúveis (ALVES et al., 1997). Em pinha, os sólidos solúveis
ultrapassam 20º Brix, atingindo a média de 26º Brix na região do Norte de Minas Gerais
(NIETSCHE, 2002). A proporção elevada de frutose, que em pinha supera a de sacarose,
contribui para o sabor extremamente doce deste fruto, uma vez que o poder adoçante da
frutose é 1,7 vez superior ao da sacarose (ALVES et al., 1997).
A casca e a polpa dos frutos também mudam de cor e aspecto com o
amadurecimento. Em geral, há uma tendência de escurecimento da casca no final desta
etapa, principalmente em graviola e cherimólia, embora esse problema possa ocorrer
também em pinha (SÃO JOSÉ et al., 1997). Essa alteração começa com o climatério
respiratório (WORRELL et al., 1994).
3.4- Colheita e Manuseio Pós-colheita
As tentativas de aumentar a vida útil de frutos de anonáceas seja para
comercialização in natura seja para transformação industrial em polpas, sucos, etc., devem
levar em consideração as peculiaridades dos frutos, desde a sua formação até a maturação,
além de seus atributos físicos e químicos, pois, por meio desses parâmetros é que podem
ser definidos os procedimentos de colheita e pós-colheita (BRAZ, 2004).
Para as anonáceas, os frutos são colhidos no estádio "de vez", ou seja, quando
estão completamente desenvolvidos, mas ainda firmes. Procedendo-se dessa forma, os
frutos amadurecem completamente e chegam ao mercado consumidor sem lesões externas,
com a casca de cor atrativa, com textura firme e contendo elevados teores de açúcares
(BRAZ, 2004). De acordo com Manica (2003), o critério mais usado para se determinar o
ponto de colheita de frutos é a mudança de cor da casca, o qual também é usado para
pinha. Nesta espécie, o afastamento dos carpelos e a coloração amarelada dos tecidos
intercarpelares são indicadores físicos do ponto de colheita dos frutos. Além disso, a casca
torna-se verde-amarelada no início do amadurecimento.
A colheita deve ser manual para evitar rachaduras e danos provocados pela
queda de frutos da árvore. Dentre as anonáceas, as pinhas são as mais difíceis de colher
devido à tendência de rompimento pela separação dos carpelos (LEAL, 1990). Uma
recomendação comum a todas as anonáceas é que os frutos sejam colhidos com tesoura de
poda, deixando entre 0,5 e 1 cm de pedúnculo, o que evita a perda de peso e penetração de
patógenos. Qualquer dano superficial na colheita promove rápido escurecimento da área
afetada, e pode servir de porta de entrada para infecções durante o armazenamento (BRAZ,
2004).
A época de colheita dos frutos pode sofrer alterações em função das condições
climáticas locais, podendo adiantar-se quando as temperaturas são mais elevadas, ou
atrasar-se quando as temperaturas são mais baixas no decurso do desenvolvimento dos
frutos (MANICA, 2003).
A distância do mercado consumidor também irá interferir na colheita. Para
produtores mais distantes do local de consumo, ou para sistemas de comercialização mais
complexos, os frutos devem ser colhidos com maior antecedência, o que pode
comprometer sua qualidade final (MANICA, 2003).
3.5- Pós-colheita e Armazenamento
Para melhoria da qualidade e conservação dos frutos de anonáceas, é necessário que
sejam geradas e, ou adaptadas tecnologias de manejo pré e pós-colheita tais como: nutrição
mineral (Ca, K, B e etc.); controle de fitopatógenos em pré-colheita; determinação do
ponto de colheita ideal para cada espécie nas diferentes regiões; identificação de tipos e
variedades que apresentem maior conservação pós-colheita; técnicas de colheita, manuseio
e transporte de acordo com as características dos frutos; sistemas de conservação sob
refrigeração associada ou não a modificação e ao controle atmosférico; uso de reguladores
de crescimento, retardantes de senescência; irradiação; agentes químicos e biológicos no
controle e doenças pós-colheita; métodos que visem a diminuição de problemas de
escurecimento causados por danos mecânicos ou injúria pelo frio, entre outras (SÃO JOSÉ
et al., 1997).
A temperatura elevada estimula o amadurecimento, acelera o climatério respiratório
e, conseqüentemente, reduz a vida útil dos frutos. Todos os frutos de anonáceas têm
atividade metabólica intensa após a colheita, o que faz com que a maturação se processe
em curto espaço de tempo, limitando a vida útil. Dentre eles, a graviola parece ser a de
menor vida pós-colheita (SÃO JOSÉ et al., 1997).
A refrigeração é o método mais econômico para o armazenamento prolongado de
frutas e hortaliças. Baixas temperaturas retardam a ação de vários fatores, tais como:
envelhecimento devido ao amadurecimento (que conduz mudanças na textura e na cor),
mudanças metabólicas indesejáveis e produção de calor vital pela respiração, perda de
umidade e conseqüente murchamento, além da deterioração devido a bactérias e fungos
(CHITARRA & CHITARRA, 2005). Entretanto, como a maioria dos frutos de origem
tropical, as anonáceas são sensíveis a baixas temperaturas de armazenamento,
manifestando sintomas como escurecimento da casca e da polpa e bloqueio do
amadurecimento, entre outros (SÃO JOSÉ et al., 1997).
Os estudos sobre armazenamento de anonáceas são escassos na literatura científica.
Segundo Leal (1990), as condições recomendadas para o armazenamento da pinha são de
15ºC, com umidade relativa de 85-90%. Temperaturas inferiores a 15ºC causam sintomas
de injúrias pelo frio, enquanto o amadurecimento normal ocorre entre 15 e 20ºC e umidade
relativa de 85-95%. Apesar disso, o armazenamento a 4ºC conserva a polpa em boas
condições por seis semanas, porém, a casca escurece.
Entretanto, em ensaios preliminares realizados na Unimontes, foi possível armazenar
a pinha em boas condições, por 15 dias, em embalagens de PVC e temperatura de 12°C,
sem ocorrência de sintomas de injúria por frio (MIZOBUTSI et al., 2004).
Para a cherimóia, temperaturas abaixo de 7 a 10°C causam injúria por frio,
dependendo da variedade (PALMA et al., 1993). Manica (1994) recomenda as
temperaturas de armazenamento de 15 a 16°C por 14 dias para atemóia, 9 a 11°C para
cherimóia e 12,5°C por sete dias para graviola.
O papel do etileno também é incerto nas anonáceas e o uso de absorvedores químicos
de etileno carece de maiores estudos. O 1-metilciclopropeno (1-MCP) é um inibidor da
ação do etileno que vem sendo testado, com resultados promissores para várias frutas e
hortaliças. Apresenta as vantagens de poder ter seus efeitos revertidos pelo etileno
endógeno ou pela aplicação de etileno exógeno. Além disso, não há restrição ao seu uso
em frutos e hortaliças destinados aos mercados norteamericano e europeu.
Outro mecanismo utilizado para retardar a deterioração do produto e prolongar o
período de armazenagem é o uso de atmosfera modificada, que consiste em criar uma
barreira ao redor dos frutos que restringe a troca de CO2, O2 e vapor de água com o
ambiente externo. Esta atmosfera modificada deve reduzir a respiração e inibir a produção
e a ação do etileno (BALDWIN et al. 1999).
Geralmente, a modificação da atmosfera é feita com filmes de PVC, polietileno de
baixa e alta densidade, cera, parafina, etc. (OLIVEIRA, 2004). Nesse ambiente, a
respiração dos frutos reduz a concentração de O2 e aumenta a de CO2 até níveis que
dependem do tipo de embalagem, variedade, peso, estádio de maturação e temperatura dos
frutos e das características do material utilizado (estrutura, densidade e espessura) (BEN-
YEHOSHUA, 1985).
4. MATERIAL E METODOS
Os frutos foram obtidos de pomar comercial no município de Verdelândia (latitude:
15º35’21”S; longitude: 43º36’10”W e altitude: 480 m), Região Norte do Estado de Minas
Gerais. Pinhas foram colhidas no ponto de colheita comercial, ou seja, no início do
afastamento dos carpelos e da coloração amarelada dos tecidos intercarpelares, na manhã
do dia 15 de agosto de 2007. Após a colheita, os frutos foram transportados para o
Laboratório de Pós-colheita da Universidade Estadual de Montes Claros/Campus de
Janaúba, onde foram selecionados quanto à presença de brocas, defeitos físicos e distúrbios
fisiológicos. Após, os frutos foram embalados individualmente em papel-jornal,
acondicionados em contentores plásticos e transportados em caminhonete até o Laboratório
de Análise de Frutas do Setor de Fruticultura do Departamento de Fitotecnia da
Universidade Federal de Viçosa, onde chegaram no dia 16 de agosto de 2007, às 16 h 30
(aproximadamente 30 h após a colheita).
No laboratório, nova seleção e padronização foram realizadas, utilizando frutos
com massas semelhantes (273 ± 25,5 g). Em seguida, os frutos foram colocados em caixas
plásticas herméticas de 0,186m3 e submetidos a 0, 250, 500 e 750 ηL.L-1 de 1-
metilciclopropeno (1-MCP) , por 8 horas, a temperatura ambiente. Após, metade dos frutos
foi acondicionada em grupos de três, em bandejas de poliestireno, envoltos por filme de
PVC de uso doméstico, seguindo-se de armazenamento a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR em
câmara fria, onde permaneceram armazenados por 20 dias (frutos sem embalagem) e 28
dias (frutos embalados), visto ser esse período suficiente para realizar transportes a longas
distâncias, por exemplo, a exportação, via navio, para o mercado europeu.
Os frutos foram retirados da câmara em intervalos de quatro dias e utilizados para
análises quanto à perda de matéria fresca, produção de CO2, teor de sólidos solúveis totais,
acidez total titulável, consistência da polpa, vitamina C, açúcares solúveis e amido.
O experimento foi conduzido em parcelas subdivididas, tendo-se nas parcelas as
quatro doses de 1-MCP , nas subparcelas, os seis períodos de amostragens para frutos sem
embalagem e oito períodos para frutos embalados, sendo a unidade experimental
constituída de três frutos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com
três repetições. Os dados foram analisados pelo programa SAEG por meio das análises de
variância e regressão.
4.1- Análises
4.1.1- Produção de CO2
A produção de CO2 pelos frutos foi determinada por cromatografia gasosa somente
nos frutos não embalados com PVC. Para isso, os frutos foram acondicionados em frascos
de vidro herméticos com volume de 3270,9 mL no interior da câmara fria. A produção de
CO2 foi quantificada sempre nos mesmos frutos. Sessenta minutos após o fechamento dos
frascos, alíquotas de 1 mL de sua atmosfera foram retiradas com uma seringa hipodérmica
e injetadas em um cromatógrafo a gás GOW MAC Série 550, com detector de
condutividade térmica, equipado com uma coluna de alumínio preenchida com Porapak Q.
As condições de trabalho foram: fluxo de 40 mL por minuto de gás de arraste hélio;
corrente elétrica de 150 mA; temperaturas da coluna, do detector e do injetor de 50, 70 e
80oC, respectivamente, e temperatura 16ºC ± 0,3.
A quantificação de CO2 foi feita por meio de comparação dos picos produzidos pela
amostra, no cromatograma, e os produzidos pela injeção de uma alíquota-padrão composta
de 6,02 mol de CO2 por mol de mistura CO2 + N2. Os resultados foram expressos em mg de
CO2/kg/h.
4.1.2- Perda de massa da matéria fresca
Os frutos foram pesados em balança eletrônica com precisão de 0,1 g no início do
armazenamento e em cada período de amostragem. Os resultados foram expressos em
percentagem, considerando-se a diferença entre o peso inicial do fruto e aquele obtido
em cada período de amostragem.
4.1.3- Consistência
Foi retirada uma porção da casca na região mediana dos frutos, em ambos os lados.
A seguir, a polpa de cada fruto foi submetida a uma força até que o tecido não apresentasse
mais resistência. A força foi aplicada entre as sementes por meio da ponteira (12 mm de
diâmetro) de um penetrômetro digital SHIMPO modelo DFS 100 (Digital Force Gauge).
Os resultados foram dados pela média da força aplicada aos três frutos da parcela, sendo
duas penetrações por fruto (uma em cada lado), e expressos em kPa.
4.1.4- Teor de Sólidos Solúveis Totais (SST)
Para determinação do teor de sólidos solúveis totais foi retirada uma amostra
composta por fruto da unidade experimental. As amostras da polpa de cada fruto foram
maceradas em cadinhos de porcelana e feitas duas leituras por amostra. O teor de SST foi
determinado com o auxílio de um refratômetro digital Atago modelo N1, com leitura na
faixa de 0 a 32 oBrix.
4.1.5- Acidez Total Titulável
Foram retiradas amostras compostas da polpa dos frutos, com massa de
aproximadamente 10 g, que foram acondicionadas em papel alumínio, congeladas com
nitrogênio líquido e mantidas em congelador na temperatura de -20 oC até o momento das
análises. As amostras foram maceradas em cadinhos de porcelana. Posteriormente, foram
transferidas para erlenmeyers, completando-se o volume para 100 mL, com água destilada.
Adicionou-se a esta solução, três gotas de indicador fenolftaleína 1 %, procedendo-se as
titulações, sob agitação manual, com solução de NaOH 0,05 N, previamente padronizada
com biftalato de potássio. Os resultados foram expressos em g de ácido cítrico por 100 g
de polpa.
4.1.6- Vitamina C
A metodologia utilizada para determinação do teor de vitamina C, foi segundo
AOAC, 1984.
4.1.7- Amido
O amido foi quantificado a partir do resíduo remanescente das extrações etanólicas,
mediante a metodologia descrita por McCready et al. (1950), e modificado por Patel
(1970).
4.1.8- Açúcares solúveis
Foram retiradas amostras compostas da polpa dos frutos, com massa de
aproximadamente 500 mg, que foram acondicionadas em papel alumínio, congeladas com
nitrogênio líquido e mantidas em ‘Freezer’ na temperatura de -20 oC até o momento das
análises.
Os açúcares solúveis totais foram extraídos em etanol, a partir de 200 mg de
amostras, segundo a metodologia utilizada por Salomão (1995). A partir da reação do
extrato com o reagente de antrona, foi determinada a absorvância, a 620 nm.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 - Produção de CO2
Os frutos apresentaram taxa respiratória de 25,67 mg CO2.Kg-.1h-1, seguido de uma
leve ascensão no 4º dia de armazenamento. Posteriormente, apresentaram um rápido
acréscimo que resultou num pico climatérico no 8º dia após aplicação de 1-MCP (Figura
1).
Como antagonista do etileno, o 1-MCP, compete pelo mesmo sítio de ligação nos
receptores das membranas (SISLER et al., 1999), evitando a ligação do etileno, que é
considerado o hormônio do amadurecimento e está intimamente associado às alterações
fisiológicas e bioquímicas que ocorrem durante essa etapa do desenvolvimento dos frutos
climatéricos (CHITARRA & CHITARRA, 2005). No entanto, a aplicação de 1-MCP não
alterou o tempo de ocorrência do pico respiratório, embora as taxas respiratórias médias
tenham sido, em geral, inferiores nos frutos tratados com 750 ηL.L-1, em relação aos
demais.
Lima et al. (2001), constataram que a aplicação de 1-MCP em graviola promoveu
atraso no tempo de ocorrência dos dois picos respiratórios característicos da maturação
desta fruta. O primeiro pico respiratório, que, segundo Worrel et al. (1994) não
corresponde ao climatério, ocorreu aos quatro dias após a colheita nos frutos que não
receberam 1-MCP. Nos frutos tratados com 200, 400 e 600 ppb, o primeiro pico ocorreu,
respectivamente, aos 5,4 e 5 dias. Enquanto Mosca et al. (2003) verificaram inibição do
pico respiratório em pinhas tratadas com 1-MCP somente quando estas ficaram
armazenadas a 15ºC por um período maior que três dias, antes de ir para a temperatura
ambiente.
Figura 1– Produção de CO2 em pinhas tratadas com diferentes doses de 1-MCP e armazenadas 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, sem revestimento de PVC.
5.2 - Perda de matéria fresca
A perda de matéria fresca aumentou gradativamente no decorrer do tempo
apresentando valores máximos no último dia de armazenamento. A aplicação de 1-MCP
associada à atmosfera modificada pelo uso do filme de PVC proporcionou baixa perda de
matéria fresca com destaque para a dose de 500 ηL.L-1. Essa mesma dose foi eficaz em
retardar a perda de matéria fresca para frutos embalados, embora nesse tratamento os
valores foram superiores aos frutos tratados.
Segundo Rocha (2005), isso pode ser explicado pelo uso da baixa temperatura, que
desacelera o metabolismo e, além disso, torna o filme plástico mais denso e menos
permeável ao vapor de água; conseqüentemente, a umidade relativa torna-se mais elevada
no interior da embalagem, reduzindo a transpiração.
Silva et. al (2005) trabalhando com pinhas embaladas com polietileno de baixa
densidade à 15ºC, constataram perda de matéria fresca de 3,19% no 8º dia de
armazenamento. Neto & Silva (2005), verificaram perda de matéria fresca em torno de 2%
em pinhas acondicionadas em bandejas de poliestireno expandido envolvidas com filme
flexível sob 13ºC no 10° dia de armazenamento. Esses resultados levam a entender que o
0 ηL.L-1 250 ηL.L-1 500 ηL.L-1 750 ηL.L-1
uso de 1-MCP influencia o metabolismo da pinha, fazendo com que a taxa metabólica
durante o período avaliado, desacelerasse e estendesse assim o tempo de conservação deste
fruto.
É importante salientar que, mesmo sem uso de filme plástico, os valores médios de
perda de matéria fresca encontraram-se abaixo do limite aceitável para comercialização,
até 10% de perda para frutos em geral. (CHITARRA & CHITARRA, 2005).
Comportamento semelhante foi observado em pinha (SANTIAGO et al., 2004) e
atemóia cv. PR3 (YAMASHITA et al., 2002), onde frutos armazenados sob refrigeração,
sem a utilização de embalagem de polietileno de baixa densidade, apresentaram maiores
perdas de massa fresca em comparação aos frutos embalados.
A
0 ηL.L-1 Ŷ= 0,311042**D r2= 0,7897250 ηL.L-1 Ŷ= 0,308466**D r2= 0,9488500 ηL.L-1 Ŷ= 0,338341** D r2= 0,8039750 ηL.L-1 Ŷ= 0,298546**D r2= 0,8534
Figura 2 – Estimativa da perda de matéria fresca de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP.(*significativo a 1% de probabilidade, pelo teste “t”).
5.3 – Consistência
Com o decorrer dos dias houve decréscimo da consistência enquanto que, com o
aumento das doses a consistência teve comportamento contrário. Isso significa que o 1-
MCP tem efeito na retenção da firmeza. A resposta sugere um atraso na maturação, com
menor degradação dos componentes da parede celular.
No tratamento sem uso de filme plástico, o modelo teve comportamento semelhante
ao acima descrito. Embora seja possível observar que o uso do filme plástico contribuiu
para atrasar a queda da firmeza que decresceu apenas a partir do 8° dia, enquanto no
tratamento sem embalagem essa queda ocorreu a partir do 4° dia após a aplicação de 1-
MCP.
Resultados semelhantes foram encontrados por Dantas et al. (2005) e Benassi et al.
(2003), que verificaram que pinhas tratadas com 1-MCP com doses de 400 ppb e 810 ppb,
respectivamente, apresentaram-se mais firmes que as não tratadas.
O amolecimento dos frutos é um dos processos do amadurecimento mais sensíveis
ao etileno (Lelièvre et al., 1997). A firmeza de polpa do fruto é determinada pela força de
B
0 ηL.L-1 Ŷ= 0,139005**D r2= 0,9784250 ηL.L-1 Ŷ= 0,593717**D r2= 0,8905500 ηL.L-1 Ŷ= 0,740841**D r2= 0,9022750 ηL.L-1 Ŷ= 0,219568**D r2= 0,9506
coesão entre as pectinas. Com a evolução do amadurecimento ocorre atuação de enzimas
pectinolíticas, que transformam a pectina insolúvel em solúvel e promovem o
amolecimento dos frutos. A maior firmeza dos frutos tratados com as maiores
concentrações de 1-MCP está provavelmente associada à redução da atividade das enzimas
pectinolíticas, causada pela redução da ação do etileno (JACOMINO et. al, 2002).
A
0 ηL.L-1 Ŷ= 1489,7799/(1+e(-(X-13,7068)/(-4,6888))) R2= 0,7245250 ηL.L-1 Ŷ= 1537,1067/(1+e(-(X-16,0047)/(-3,1178))) R2= 0,6902500 ηL.L-1 Ŷ= 1721,0114/(1+e(-(X-19,3554)/(-4,4397))) R2= 0,6084750 ηL.L-1 Ŷ= 1892,1248/(1+e(-(X-16,7455)/(-2,1828))) R2= 0,8208
0 ηL.L-1 Ŷ= 1828,9816/(1+e(-(X-8,0791)/(-1,8449))) R2= 0,7352250 ηL.L-1 Ŷ= 1662,7598/(1+e(-(X-11,8789)/(-1,4887))) R2= 0,8564500 ηL.L-1 Ŷ= 11845,7553/(1+e(-(X-10,8224)/(-3,6475))) R2= 0,7314750 ηL.L-1 Ŷ= 1610,6709/(1+e(-(X-13,6311)/(-1,6472))) R2= 0,8719
Figura 3 – Estimativa da consistência de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP.
5.4 - Teor de sólidos solúveis totais
O teor de sólidos solúveis indica a quantidade, em gramas, dos sólidos que se
encontram dissolvidos na polpa das frutas. Corresponde a todas as substâncias que se
encontram dissolvidas na água (CHITARRA & CHITARRA, 2005).
O conteúdo de SST aumentou de forma gradativa ao decorrer do tempo atingindo
valor máximo no último dia de armazenamento. Contudo, é possível observar que a
aplicação de 1-MCP, em qualquer dose e em ambos os tratamentos, propiciou uma lenta
evolução dos teores de SST mostrando o efeito do 1-MCP em retardar o amadurecimento
dos frutos quando comparada a testemunha. O incremento nos teores de SST é devido
provavelmente, a conversão do amido em açúcares solúveis, uma vez que esta variável
apresentou comportamento semelhante.
B
Figura 4 – Estimativa do teor de sólidos solúveis totais (SST) de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP.
A dose 500 ηL.L-1 foi a mais efetiva em retardar a evolução dos teores de SST
tanto em frutos embalados com filme de PVC quanto em frutos sem embalagem.
A
0 ηL.L-1 Ŷ= 27,1567/(1+e(-(X+2,1046)/(5,8105))) R2 = 0,8926250 ηL.L-1 Ŷ= 87,9229/(1+e(-(X-64,4541)/(42,9363))) R2 = 0,9107500 ηL.L-1 Ŷ= 21,8247/(1+e(-(X+6,0027)/(7,1307))) R2 = 0,7186750 ηL.L-1 Ŷ= 209,0845/(1+e(-(X-125,3236)/(49,9436))) R2 = 0,8853
0 ηL.L-1 Ŷ= 28,3715/(1+e(-(X+1,0667)/(4,4301))) R2 = 0,7021250 ηL.L-1 Ŷ= 28,1622/(1+e(-(X+1,15651)/(7,6219))) R2 = 0,6765500 ηL.L-1 Ŷ= 43,8788/(1+e(-(X-11,5320)/(15,3712))) R2 = 0,7186750 ηL.L-1 Ŷ= 47,1500/(1+e(-(X-11,6774)/(14,2765))) R2 = 0,8853
B
Resultado semelhante foi encontrado por Maro et al. (2007) trabalhando com pinhas
embaladas ou não com sacos plásticos de polietileno de baixa densidade e armazenadas a
12 ± 1° C verificaram que a elevação do teor de sólidos solúveis foi mais lenta na dose de
500 ηL.L-1.
Dantas et al. (2005) constataram que pinhas tratadas com 200 e 400 ppb de 1-MCP
e mantidas a 15 ± 0,5°C apresentaram as menores variações do teor de SST ao final do
armazenamento (19° dia). Já Benassi et al. (2003) verificaram que a aplicação de 1-MCP
em pinhas mantidas em temperatura ambiente por um período de 4 dias não interferiu
significativamente no conteúdo de SST.
5.5 - Acidez Titulável
Observa-se um decréscimo da acidez titulável com o passar dos dias em ambos os
tratamentos. É possível notar que os frutos tratados com 1-MCP não tiveram grandes
diferenças na acidez titulável em comparação aos frutos não tratados.
A redução nos valores de acidez titulável pode estar possivelmente associada a um
maior consumo de ácidos orgânicos, neste caso o cítrico (MOURA et al., 2000), em
decorrência do processo respiratório.
Silva et al. (2005) trabalhando com pinhas armazenadas a 15°C envoltas ou não por
embalagem de polietileno de baixa densidade, constataram tendência de diminuição nos
valores de acidez titulável. Já Vila et al. (2005) trabalhando com a geração de atmosfera
modificada pelo uso da fécula de mandioca em pinhas armazenadas a 18ºC, observaram
aumento nos valores médios de acidez titulável até o 4º dia de armazenamento, seguido de
queda até o último período de avaliação (8º dia).
Figura 5 –Estimativa da acidez titulável da polpa de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP.
5.6 - Vitamina C
A
B
0 ηL.L-1 Ŷ= 0,4179/(1+e(-(X-8,1967)/(-8,3816))) R2= 0,7700250 ηL.L-1 Ŷ= 0,3373/(1+e(-(X-15,4338)/(-6,0326))) R2= 0,6785500 ηL.L-1 Ŷ= 0,3520/(1+e(-(X-13,2342)/(-5,9959))) R2= 0,7552750 ηL.L-1 Ŷ= 0,3765/(1+e(-(X-11,8875)/(-9,3305))) R2= 0,5619
0 ηL.L-1 Ŷ= 0,6845/(1+e(-(X+4,8170)/(-16,1197))) R2= 0,9439250 ηL.L-1 Ŷ= 1,8441 /(1+e(-(X+36,8915)/(- 22,2795))) R2= 0,8956500 ηL.L-1 Ŷ= 0,4476/(1+e(-(X-8,6737)/(-14,2011))) R2= 0,9568750 ηL.L-1 Ŷ= 0,4913/(1+e(-(X-6,2594/(-13,0574))) R2= 0,9181
A determinação do conteúdo de ácido ascórbico em vegetais é muito importante,
pois além de seu papel fundamental na nutrição humana, sua degradação pode favorecer o
escurecimento não enzimático, e causar aparecimento de sabor estranho. Além disso, o
ácido ascórbico é um importante indicador, pois sendo a vitamina mais termolábil, sua
presença no alimento, indica que provavelmente os demais nutrientes também estão sendo
preservados (CARDELLO & CARDELLO, 1998).
Para os teores de vitamina C de frutos envoltos por PVC, o modelo que melhor se
ajustou teve comportamento quadrático em função dos dias (T) e em função da dose de 1-
MCP (D), porém apenas o tempo teve efeito significativo a 1% de probabilidade, pelo teste
“t”, com o R2 = 0,8165 (Ŷ = 3,57163 – 0,00547579 NS D + 0,00000671723 NS D2 –
0,444811**T + 0,0266683**T2) (Figura 6A). As doses de 1-MCP não foram significativas.
Nos tratamento sem utilização de filme plástico, observou-se comportamento linear
em função dos dias (T) e da dose de 1-MCP (D), sendo os efeitos significativos a 5 e 1%
de probabilidade, respectivamente, pelo teste “t”, com o R2 = 0,6175 (Ŷ = 2,77167 –
0,00506811*D + 0,601114**T) (Figura 6B).
Os teores de vitamina C aumentaram no decorrer dos dias de armazenamento e
mantiveram-se mais baixos com o aumento da dose.
Os teores de ácido ascórbico na polpa de pinha encontrados no presente trabalho se
aproximam dos observados na literatura. De acordo com Moura et. al (2000), os teores
médios de vitamina C em polpa de pinha madura, encontram-se próximos de 28,35
mg/100g.
Os resultados encontrados no presente trabalho sugere elevação nos teores de
vitamina C ao decorrer do processo de amadurecimento. Assim, a redução desses teores
com o aumento das doses indica retardamento do amadurecimento o que evidencia o efeito
positivo do 1-MCP.
Ŷ = 3,57163 – 0,00547579 NS D + 0,00000671723 NS D2 – 0,444811**T + 0,0266683**T2 R2 = 0,8165
Figura 6 –Estimativa do teor de vitamina C de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP.
5.7 – Amido
A
B
Ŷ = 2,77167 – 0,00506811*D + 0,601114**T R2 = 0,6175
À semelhança do que se observou em outras características, o fruto amadureceu
com o tempo, indicado pela redução do teor de amido. A degradação do amido nos frutos
embalados e tratados com 1-MCP ocorreu de forma gradativa no decorrer do tempo
atingindo valores mínimos no último dia de armazenamento. Com o aumento das doses
percebe-se uma diminuição da degradação dos teores de amido indicando desta forma que
a dose mais alta propiciou a conversão do amido em açúcares solúveis de maneira mais
lenta e, consequentemente, atrasou o processo de amadurecimento. O mesmo
comportamento pode ser observado nos frutos não embalados, embora neste tratamento
fique ainda mais nítida a eficiência da dose mais alta de 1-MCP em desacelerar a
degradação do amido. Observa-se queda brusca nos teores de amido de frutos não
embalados no 4° dia após aplicação de 1-MCP enquanto para frutos com filme plástico,
essa redução aconteceu no 8° dia.
Neto & Silva (2005), estudando o efeito da atmosfera modificada pelo uso de filme
flexível em pinhas armazenadas a 13ºC, verificaram decréscimo nos teores de amido de
forma gradativa ao mesmo tempo em que o teor de sólidos solúveis foi aumentando.
Constataram ainda que, os valores mínimos de amido foram atingidos aos 10 dias de
armazenamento e que as duas atmosferas modificadas (frutos embalados ou não)
apresentaram comportamento semelhante durante o armazenamento quanto à degradação
do amido.
A
0 ηL.L-1 Ŷ= 17,8727/(1+e(-(X-11,6753)/(-1,9726))) R2= 0,7239250 ηL.L-1 Ŷ= 27,5085/(1+e(-(X-7,3701)/(-4,5511))) R2= 0,9883500 ηL.L-1 Ŷ= 28,2202/(1+e(-(X-7,5864)/(-5,3245))) R2= 0,9808750 ηL.L-1 Ŷ= 28,5029/(1+e(-(X-6,0909)/(-8,1451))) R2= 0,9720
Figura 7– Estimativa do teor de amido de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP.
5.8 – Açúcares solúveis
O aumento dos teores de açúcares solúveis foi gradativo com o passar dos dias em
ambos os tratamentos, concomitantemente com a evolução dos teores de sólidos solúveis.
Quanto às doses de 1-MCP, para frutos embalados, observa-se apenas uma leve tendência
no retardo do aumento dos açúcares solúveis na dose 750 ηL.L-1. Para frutos sem
embalagem é possível verificar que as doses de 500 ηL.L-1 e 750 ηL.L-1 foram efetivas na
retenção da conversão do amido em açúcares solúveis.
0 ηL.L-1 Ŷ= 24,9207/(1+e(-(X-6,7295)/(-2,5183))) R2= 0,9814250 ηL.L-1 Ŷ= 24,1744/(1+e(-(X-8,6163)/(-3,5289))) R2= 0,9750500 ηL.L-1 Ŷ= 21,9176/(1+e(-(X-12,0536)/(-2,9751))) R2= 0,9683750 ηL.L-1 Ŷ= 22,9315/(1+e(-(X-12,3486)/(-3,1989))) R2= 0,9819
B
Figura 8 – Estimativa do teor de açúcares solúveis de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP.
Os frutos tratados com as maiores dose de 1-MCP (500 ηL.L -1 e 750 ηL.L-1)
encontravam-se em boas condições de consumo ao final do período de armazenamento.
A
B
0 ηL.L-1 Ŷ= 26,2130/(1+e(-(X-7,4064)/(3,4369))) R2 = 0,9797250 ηL.L-1 Ŷ= 26,6128/(1+e(-(X-7,1259)/(3,6974))) R2 = 0,9631500 ηL.L-1 Ŷ= 26,6164/(1+e(-(X-7,7834)/(4,2955))) R2 = 0,9526750 ηL.L-1 Ŷ= 28,1601/(1+e(-(X-10,0333)/(5,0087))) R2 = 0,9729
0 ηL.L-1 Ŷ= 27,3499/(1+e(-(X-1,9514)/(2,7410))) R2= 0,9648250 ηL.L-1 Ŷ= 29,0194/(1+e(-(X-3,7794)/(6,4907))) R2= 0,9745500 ηL.L-1 Ŷ= 98,6385/(1+e(-(X-37,2374)/(16,5712))) R2= 0,9651750 ηL.L-1 Ŷ= 38,0222/(1+e(-(X-13,7093)/(9,3191))) R2= 0,9713
Entretanto, em algumas amostras observou-se infecção fúngica, que provocou a
deterioração dos frutos. Isso indica a necessidade de tratamento fungicida complementar
para armazenamentos mais longos.
6. CONCLUSÕES
O uso do filme plástico associado à refrigeração e as doses mais elevadas de 1-MCP
(500 e 750 ηL.L-1) permitiram a conservação de pinhas até o 28ºdia de armazenamento.
Frutos tratados nas doses mais altas de 1-MCP sob refrigeração sem utilização da
embalagem permaneceram em boas características para consumo até o 20° dia de
armazenamento.
O uso de 1-MCP em ambos os tratamentos, frutos embalados ou não, foi eficaz na
retenção da firmeza e evolução dos teores de sólidos solúveis totais.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R.E.; FIGUEIRA, H.A.C.; MOSCA, J.L. Colheita e pós-colheita de Anonáceas. In: SÃO JOSÉ, A. R.; SOUZA, I. V. B.; MORAIS, O. M.; REBOUÇAS, T. N. H . Anonáceas, Produção e Mercado. (Pinha, Graviola, Atemóia e Cherimóia). Vitória da Conquista; DFZ/UESB, 1997. p. 240-256.
ASSOCIATION OF OFFICIAL AGRICULTURAL CHEMISTS. Official methods of analysis of the AOAC. 13. ed. Washington, DC, 1984. p.627-845.
ARAÚJO, J.F.; ALVES, A.A.C. Instruções técnicas para o cultivo da pinha (Annona squamosa L.). Salvador: EBDA, 1999. 44p. il (EBDA, circular técnico, 7).
BALDWIN, E.A.; BURNS, J.K.; KAZOKAS, W.; BRECHT, J.K.; HAGENMAIER, R.D.; BENDER, R.J.; PESIS, E. Effect of two edible coatings with different permeability characteristics on mango (Mangifera indica L.) ripeningduring storage. Postharvest Biology and Technology, v.17, p.215-226, 1999.
BENASSI, G.; CORREA, G.A.S.F.; KLUGE, R.A; JACOMINO, A. P. Shelf life of custard apple treated with 1-methyciclopropene – na antagonist to the ethylene action. Brazilian Archives of Biology and Technology, vol.46,n.1:p. 115-119, 2003.
BEN-YEHOSHUA, S. Individual seal-packaging of fruit and vegetables in plastic film – A new postharvest technique. HortScience, v.20, p.32-37, 1985.
BRAZ, L.C. Determinação do ponto de colheita de frutos de pinheira em condições irrigadas no Norte de Minas Gerais. 2004. 41 f. Monografia. UNIMONTES, Janaúba, 2004.
CARDELLO, H.M.A.B.; CARDELLO, L. Teor de vitamina c, atividade de ascorbato oxidase e perfil sensorial de manga (mangífera índica l.) var. haden, durante o amadurecimento. Ciência Tecnologia de Alimentos, v.18, n.2, Campinas, 1998.
CHITARRA, M.I.F.; CHITARRA, A.B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2. ed. Rev. e Ampl. Lavras, MG: UFLA, 2005. 785 p.
DANTAS, T. M.; CAVALCANTE, C. E. B.; MOSCA, J. L. Conservação pós-colheita de ata (Annona squamosa L.) utilizando 1-metilciclopropeno sob refrigeração. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-COLHEITA DE FRUTOS TROPICAIS, 1., 2005, João Pessoa, PB. Anais... João Pessoa: SBPCFT, 2005, CD-ROM.
FAO. Disponível em: <http://apps.fao.org/ >. Acesso em: novembro de 2006.
IBGE. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/>. Acesso em: abril de 2005.
LANA, M. M.; FINGER, L. F. Atmosfera modificada e controlada: aplicação na conservação de produtos hortícolas. Brasília: EMBRAPA Comunicação para transferência de Tecnologia /EMBRAPA Hortaliças, 2000. 34 p.
JACOMINO, A.P.; KLUGE, R.A.; BRACKMANN, A.; CASTRO, P.R.C. Amadurecimento e senescência de mamão com 1-metilciclopropeno. Scientia Agrícola, v. 59, n. 2, p. 303-308, 2002.
LEAL, F. Sugar apples. In: NAGY, S.; SHAW, P.G.; WARDOWSKI, W.F. ed. Fruits of tropical and subtropical, origen: composition, properties and uses. Lake Alfred: FSS, 1990. cap. 7, p.114-158.
LELIÈVRE, J.M.; LATCHÉ, A.; JONES, B.; BOUZAYEN, M.; PECH, J.C. Ethylene and fruit ripening. Physiologia Plantarum, v.101, p.727-739,1997.
LIMA, M.A.C.; ALVES, R.E.; FILGUEIRAS, H.A.C.; PEREIRA, M.E.C.; ALMEIDA, A.S.; FILHO, J.E. Alterações durante a maturação de graviola (Annona muricata L.) submetida a aplicação pós-colheita de 1-MCP. Proc. Interamer. Soc.Trop.Hort. 45:1-5, 2001.
LIZANA, L.A. & REGINATO, G. Cherimoya. In: NAGY, S.; SHAW, P.E.; WARDOWSKI, W. F. ed. Fruits of tropical and subtropical, origen: composition, properties and uses. Lake Alfred: FSS, 1990. CAP.6, P.111-148.
MCCREADY, R. M.; GUGGOLZ, J.; SILVEIRA, V.; OWENS, H. S.,1950. Determination of starch and amylose in vegetables. Aplication to peas. Analytical Chemistry. 22, 1156 – 1158.
MANICA, I. (Coord.) Fruticultura – cultivo da anonáceas: ata, cherimólia e graviola. Porto Alegre:Evangraf, 1994. 117 p.
MANICA, I. Frutas Anonáceas: Ata ou Pinha, Atemóia, Cherimólia e Graviola. Tecnologia de Produção, Pós-colheita e Mercado. Porto Alegre, cinco continentes, 2003. 596 p.
MARO, L.A.C.; SALOMAO, L.C.C.; MIZOBUTSI, G.P.; SILVA, D. F. P. . Extensão do período de conservação da pinha com 1- metilciclopropeno. In: XI CONGRESSO BRASILEIRO DE FISIOLOGIA VEGETAL, 2007, Gramado, RS. Anais... In: Gramado: SBFV, 2007, CD-ROM.
MIZOBUTSI, G.P., SILVA, M.V., MOTA, W.F., SILVA, D.F.P., MAGALHÃES, V.R. Prolongamento da vida útil pós-colheita de pinha (annona squamosa) pela utilização de atmosfera modificada e refrigeração. 2004. In.: XVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2004. Anais... Florianópolis, Santa Catarina. CD-ROM.
MOSCA, J.L.; SILVA, E.O.; MENDONÇA, P.S.; ALMEIDA, A.S.; ALVES, R.E.; MIRANDA, M.R.A.; VIDAL, D. Desenvolvimento de Tecnologia para conservação pós-colheita de ata (Annona squamosa). Proc. Interamer. Soc.Trop.Hort. 47:114-118, 2003.
MOURA, C.F.H.; FILGUEIRAS, H.A.C.; ALVES, R.E. In: Caracterização de frutas nativas da América Latina. Jaboticabal: UNESP/SBF, 2000.
NETO, O.C.O.; SILVA, S.M. Armazenamento refrigerado de pinha (Annona squamosa L.) associada à atmosfera modificada. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-COLHEITA DE FRUTOS TROPICAIS, 1., 2005, João Pessoa, PB. Anais... João Pessoa: SBPCFT, 2005, CD-ROM.
NIETSCHE, S.; PEREIRA, M. C. T.; SANTOS, F. S.; XAVIER, A. P.; CUNHA, L. M. V.; NUNES, C.F.; RODRIGUES, T.T..M.S. Efeito de horários de Polinização Artificial no Pegamento e Qualidade de Frutas de Pinha (Annona squamosa L.). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 17 Belém, 2002. Anais... Belém: CBF, 2002, CD-ROM.
NOGUEIRA, E.A; MELLO, N.T.C.; MAIA, M.L. Produção e comercialização de anonáceas em São Paulo e Brasil. Informações Econômicas, SP, v.35, n.2, fev. 2005.
OLIVEIRA, F.S. Conservação pós-colheita de frutos de tangerina “Ponkan” com a utilização da atmosfera modificada e da refrigeração. 2004. 40 f. Monografia. UNIMONTES, Janaúba, 2004.
PALMA, T., AGUILERA, J.M., STANLEY, D. W. A review of postharvest events in cherimoya. Postharvest Biology and Technology, v. 2, n. 3, p. 187-208,1993.
PATEL, R. Z. A note on the seasonal variations in starch content of different parts of coffea arabica trees. East African Agricultural and Forestry Journal. 36, 1 – 6, 1970.
PELINSON, G.J.B.; BOLIANI, A.C.; SANTOS, P.C. Polinização e Crescimento das Frutas na cultura de Pinha (Annona squamosa L.). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 17 Belém, 2002. Anais... Belém: CBF, 2002, CD-ROM.
ROCHA, A. Uso de permanganato de potássio na conservação pós-colheita de banana ‘Prata’. Viçosa, MG: UFV, 2005. 85 f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.
SALOMÃO, L. C. C. Efeitos do envoltório plástico no desenvolvimento e na maturação pós-colheita de frutos de banana (Musa AAB) ‘Mysore’. Viçosa, MG: UFV, 1995. 104 f. Tese (Doutorado em Fisiologia Vegetal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.
SANTIAGO, A. S; CONEGLIAN, R.C.C.; BUSQUET, R.N.B.; VIATL, H. Avaliação pós-colheita de frutos de pinha (Annona squamosa L.) submetidos a diferentes tratamentos pós-colheita. Revista Brasileira de Fruticultura, p. 1-5, 2004.
SÃO JOSÉ, A.R.; SOUZA, I.V.B.; MORAIS, O.M.; REBOLÇAS, T..N.H. Anonáceas. Produção e Mercado (Pinha, Graviola, Atemóia e Cherimólia). Vitória da Conquista-BA, DFZ/UEB, 1997. 310p.
SILVA, J.M.; SOUZA, M.D.M.; MIZOBUTSI, G.P.; GANEM, S.T.S.; MAIA, V.M.; MIZOBUTSI, E.H.Conservação pós-colheita de pinha por meio da refrigeração e atmosfera modificada. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-COLHEITA DE FRUTOS TROPICAIS, 1., 2005, João Pessoa, PB. Anais... João Pessoa: SBPCFT, 2005, CD-ROM.
SISLER. E. C.; SEREK, M.; DUPILLE, E., GOREN, R. Inhibition of ethylene responses by 1-Methylcyclopropene and 3- Methylcyclopropene. Plant Growth Regulation, 27:105-111, 1999.
SOUSA, S. A. Cultura da pinheira: caracterização de frutos, germinação e atributos de qualidade requeridos pelo sistema de comercialização. Cruz das Almas-BA, 2005, 70p. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) – Universidade Federal da Bahia
TAYLOR, J.E. Exotics. In: SEYMOUR, G.B.; TAYLOR, J.E.; TUCKER, G.A. Biochemistry of fruit ripening. Cambridge: Chapman & Holl, 1993. p. 152-180.
VILA, M.T.R.; REBOUÇAS, T.N.H.; SILVA, K.S.; GUEDES, P.A.; SILVA, D.S.; SOUZA, S.A.; DIAS, N.O.; BOMFIM, M.P.; SÃO JOSÉ, A.R. Pós-colheita de pinha armazenada sob atmosfera modificada com refrigeração. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-COLHEITA DE FRUTOS TROPICAIS, 1., 2005, João Pessoa, PB. Anais... João Pessoa: SBPCFT, 2005, CD-ROM.
YAMASHITA, F.; MIGLIORANZA, L.H.; MIRANDA, L.A. Effects of packanging and temperature on postharvest of atemoya. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.24, n.3, p.658-660, 2002.
WORRELL, D.B.; CARRIGTON, C.M.S.; HUBER, D.J. Growth, maturation and ripening of soursop. (Annona muricata L.). Fruit Scientia Horticultural, v. 57, p.7-15, 1994.