Resumo Trabalho Fisiopatologia Aeróbio Hipertensão

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Resumo/Fichamento do Artigo “Hipotensão Pós-exercício Aeróbio: Uma Revisão Sistemática Docente: Evitom Souza Discente: Rodrigo Tavares Maciel A hipertensão é um problema de saúde mundial, nesse sentido várias estratégias foram elaboradas para prevenir ou combater a pressão alta, dentre essas estratégias o exercício é a que apresenta o melhor custo benefício, por se tratar de uma intervenção não farmacológica e de baixo custo que pode reduzir significativamente a pressão arterial (PA) de repouso. Esse efeito de redução da PA que o exercício promove pode se dar de forma aguda, durante o exercício ou nos minutos que se seguem após o mesmo, ou de forma crônica. O exercício aeróbio então, segundo este estudo, se caracteriza como um método eficaz para redução da PA pelo seu efeito hipotensivo após o esforço. O artigo verificou que não há um consenso em relação à intensidade do exercício aeróbio sobre a magnitude e duração da hipotensão pós-exercício (HPE). “[...] estudos que realizaram comparações diretas da intensidade do exercício indicam que a HPE pode ocorrer independentemente da intensidade em normotensos e hipertensos.” O autor ainda sugere que não é adequado para sujeitos hipertensos realizar o exercício em intensidades elevadas. A duração do exercício também exerce influência sobre a magnitude e a duração da HPE, uma vez que exercício mais prolongadas proporcionam maiores efeitos. “Analisando tais estudos, foram identificados experimentos que demonstram que uma sessão de exercícios com maior duração potencializa tanto a magnitude quanto a duração da HPE. Tais resultados, em geral, são atribuídos ao aumento das respostas neurais e hormonais decorrentes da exposição ao estresse fisiológico provocado pela prática de uma sessão mais prolongado de exercício físico.”

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Trabalho sobre fisiopatologia

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Resumo/Fichamento do Artigo Hipotenso Ps-exerccio Aerbio: Uma Reviso SistemticaDocente: Evitom SouzaDiscente: Rodrigo Tavares Maciel

A hipertenso um problema de sade mundial, nesse sentido vrias estratgias foram elaboradas para prevenir ou combater a presso alta, dentre essas estratgias o exerccio a que apresenta o melhor custo benefcio, por se tratar de uma interveno no farmacolgica e de baixo custo que pode reduzir significativamente a presso arterial (PA) de repouso.Esse efeito de reduo da PA que o exerccio promove pode se dar de forma aguda, durante o exerccio ou nos minutos que se seguem aps o mesmo, ou de forma crnica. O exerccio aerbio ento, segundo este estudo, se caracteriza como um mtodo eficaz para reduo da PA pelo seu efeito hipotensivo aps o esforo.O artigo verificou que no h um consenso em relao intensidade do exerccio aerbio sobre a magnitude e durao da hipotenso ps-exerccio (HPE).[...] estudos que realizaram comparaes diretas da intensidade do exerccio indicam que a HPE pode ocorrer independentemente da intensidade em normotensos e hipertensos.O autor ainda sugere que no adequado para sujeitos hipertensos realizar o exerccio em intensidades elevadas.A durao do exerccio tambm exerce influncia sobre a magnitude e a durao da HPE, uma vez que exerccio mais prolongadas proporcionam maiores efeitos.Analisando tais estudos, foram identificados experimentos que demonstram que uma sesso de exerccios com maior durao potencializa tanto a magnitude quanto a durao da HPE. Tais resultados, em geral, so atribudos ao aumento das respostas neurais e hormonais decorrentes da exposio ao estresse fisiolgico provocado pela prtica de uma sesso mais prolongado de exerccio fsico.Contudo o artigo ressalta que ainda no possvel afirmar de forma definitiva se a durao de uma sesso de exerccio fsica modula a magnitude a durao da HPE, pois:[...] uma sesso de exerccio com menos intensidade e longa durao poderia ocasionar os mesmos resultados de HPE que uma sesso de alta intensidade e cura durao. Este fato pode possibilitar a aplicao do exerccio independentemente do estado clinico do sujeito, uma vez que hipertensos devem treinar com intensidade controlada.Sabe-se que exerccios que envolvam maiores quantidades de msculos proporcionam uma maior resposta metablica, aumentando a concentrao de ons e metablitos, os quais se relacionam com a HPE, como adenosina e o potssio. Sendo assim, o estudo comparou os exerccios que recrutavam mais massa muscular com aqueles que recrutavam menos, e chegou a algumas concluses:MacDonald et al., por exemplo, concluram que 30 min de exerccio em maior massa muscular (cicloergmetro) no alteram a magnitude da HPE, mas podem proporcionar maior durao que o exerccio de menos massa muscular (ergmetro de brao).Em relao aos exerccios com discretas diferenas entre a massa muscular (cicloergmetro, caminhada e corrida), aparentemente no h inferncia sobre o comportamento da HPE.Com base nessas informaes, verifica-se que o impacto do tipo de exerccio na resposta hipotensora carece de maiores esclarecimentos, uma vez que os estudos disponveis envolvendo essa temtica so escassos, impedindo o estabelecimento de uma concluso consistente sobre essa relao.O mecanismo responsvel pela HPE ainda permanece desconhecido, porm existem algumas hipteses sobre os possveis mecanismos envolvidos nesse processo, sendo: a resistncia vascular perifrica, dbito cardaco e a inibio do sistema nervoso simptico.Vrios estudos identificam que a atividade nervosa simptica inibida durante a HPE em humanos e em modelos animais, o que favorece a reduo da resistncia vascular perifrica e, consequentemente, reduz os valores pressricos.O estudo finaliza dizendo que ainda no possvel identificar os mecanismos fisiolgicos envolvidos na HPE uma vez que so diversos fatores que influenciam o controle da PA, sendo assim no foi possvel ainda isolar a contribuio de cada mecanismo.

GLOSSRIODbito Cardaco: Dbito cardacoouGasto cardaco o volume de sangue sendo bombeado pelocoraoem um minuto. igual frequncia cardacamultiplicada pelovolume sistlico. Portanto, se o corao est batendo 70 vezes por minuto e a cada batimento 70 mililitros de sangue so ejetados, o dbito cardaco de 4900 ml/minuto. Este valor tpico para um adulto mdio em repouso, embora o dbito cardaco possa atingir 30 litros/minuto durante exerccios extremos. Quando o dbito cardaco aumenta em um indivduo saudvel, mas no treinado, a maior parte do aumento pode ser atribuda elevao da frequncia cardaca. Mudanas de postura, aumento da atividade dosistema nervoso simpticoe diminuio de atividade dosistema nervoso parassimpticotambm podem aumentar o dbito cardaco. A frequncia cardaca pode variar por um fator de aproximadamente 3, entre 60 e 180 batimentos por minuto, enquanto que o volume sistlico pode variar entre 70 e 120 ml, um fator de apenas.

Sistema Barorreflexo: O reflexo barorreceptor considerado um sistema de controle de alto que mantm a presso arterial dentro dos limites normais em perodos de segundos a minutos. A rapidez desse processo regulatrio obtida atravs dos mecanismos de retroalimentao pelo sistema nervoso autnomo. Nos seres humanos, as terminaes da maioria das fibras barorreceptoras esto localizadas em vasos do sistema arterial, que apresentam as mais altas propriedades elsticas, ou seja, arco artico e seio carotdeo. Os barorreceptores arteriais so terminaes nervosas livres, densamente ramificadas, que se distribuem na camada adventcia. O principal mecanismo de ativao dos barorreceptores a deformao mecnica das terminaes neurais, decorrente da distenso da parede vascular determinada pela onda de pulso.Dessa forma, os barorreceptores constituem-se, em ltima anlise, em mecanorreceptores. A funo primordial dos barorreceptores manter a presso arterial (PA) estvel, dentro de uma faixa estreita de variao, esteja o indivduo em repouso ou desenvolvendo diferentes atividades comportamentais. Dessa forma, exercem uma importante regulao reflexa da frequncia cardaca, do dbito cardaco, da contratilidade miocrdia, da resistncia vascular perifrica e, consequentemente, da distribuio regional do fluxo sanguneo. Do ponto de vista funcional, os dois componentes do barorreflexo arterial (carotdeo e artico) no so equivalentes. Sugere-se que o barorreflexo artico tenha maior limiar e menor sensibilidade em relao ao carotdeo.Sistema Nervoso Simptico: Osistema nervoso simptico(SNS) faz parte dosistema nervoso autnomo(SNA), que tambm inclui osistema nervoso parassimptico(SNP). O sistema nervoso simptico estimula aes que permitem ao organismo responder a situaes deestresse, como areao de lutar, fugir ou uma discusso. Essas aes so: a acelerao dos batimentos cardacos, aumento da presso arterial, o aumento daadrenalina, a concentrao de acar nosanguee pela ativao dometabolismogeral do corpo e processam-se de forma automtica, independentemente da nossa vontade. Anatomicamente ele formado por dois grupos deneurniospr e ps-ganglionares. Seus neurnios pr-ganglionares se situam na medula espinhal, mais precisamente nos nveis de T1 a L2. J os seus neurnios ps-ganglionares se situam prximo acoluna vertebral. Fato que justifica a existncia de uma fibra pr-ganglionar curta e uma ps-ganglionar longa. Seu principalneurotransmissornas fibras pr-ganglionares aacetilcolina, j em suas fibras ps-ganglionares anoradrenalina.