Reter talentos em uma empresa: tão importante quanto gerar lucros

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ANO VII | NÚMERO 74 | MAIO 2012 Reter talentos em uma empresa Tão importante quanto gerar lucros

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O desafio de reter talentos consiste em atender aos anseios dos profissionais, canalizando essa energia para o crescimento e competitividade da empresa

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ANO VII | NÚMERO 74 | MAIO 2012

Reter talentosem uma empresaTão importante quanto gerar lucros

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E x p E d i E n t E

Conjuntura do Comércioé uma publicação mensal editada

pela da CDL de Fortaleza.DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

PresidenteFrancisco Freitas Cordeiro

1° vice-presidentePio Rodrigues Neto

2° vice-presidenteFrancisco Deusmar de Queirós

Projeto gráfico e diagramaçãoEverton Sousa de Paula Pessoa

Estágiario de criação Antonio Henrique

Produção textualFernanda Lima

Estagiária de jornalismoDulcinea de Carvalho

Jornalista responsávelDégagé Assessoria

Tiragem10.000 exemplares

ImpressãoGráfica Cearense

Sugestões e comentá[email protected]

Rua 25 de Março, 882 – CentroCEP 60060-120 – Fortaleza – CE

Fone: (85) 3464.5506www.cdlfor.com.br

MISSÃOCoordenar a integração e o

desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os

interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do

associativismo.

Palavra do Presidente

Faculdade cdlALI e a gestão da inovação para sua empresa 5

TecnologiaAtendimento on-linepara clientes multicanais 7

economia & mercadoEconomia Mundialprecisa crescer 8

eSPecialQuando o chefe pedepara você sair da empresa e trabalhar em casa 10

maTéria de caPaReter talentosem uma empresa 12

caSe de SuceSSoDeusmar Queirós– A trajetória de um vencedor 14

reSPonSabilidade SocioambienTalAções sustentáveis:Iniciativas que devem partir do Comércio 16

aSSociaTiviSmoCOOPERCON-CE: construindo com inovação 17

liderança & geSTãoO Scorecard de Recursos Humanos 18

Federação em açãoCDL do Crato aprimora atividades no comércio 19

cdl jovemEmpreender, inovar e pensar grande 20

como FazerMarketing de Permissão 21

n E s ta E d i ç ã o

Consciência Ambiental Comprovada twitter.com/cdlfortaleza Curta a CDL de Fortaleza no Facebook

maiS: Aconteceu na CDL 4 Diálogo com o Empresário 6 Opinião 22MISTOPapel produzido a partirde fontes responsáveis

www.fsc.org

otimismo para o mês de maio

O mês de mAiO é de grande movi-mentação para o comércio, pela pas-sagem do Dia das Mães, considerada a segunda melhor data comemorativa depois do Natal. A expectativa é anima-dora, com um crescimento esperado de 10% do volume de vendas do período, tendo em vista as recentes medidas do Governo Federal de estímulo ao merca-do de consumo, em especial a oferta de crédito, acompanhada da redução das taxas de juros pela rede bancária.

Convocamos, nesta oportunida-de, a nação lojista cearense para estar presente na 25ª Convenção Estadual do Comércio Lojista, a ser realizada no período de 14 a 16 do próximo mês de junho. Sob o tema “Varejo: Negocia-ção e incentivo às ações sustentáveis”,

o evento acontece na Fábrica de Ne-gócios, no Centro de Eventos do Hotel Praia Centro. A programação abordará importantes temas relacionados à es-tratégia, liderança, inovação e susten-tabilidade, e deve reunir um grande número de convencionais.

Em meio a tão boas notícias, regis-tro também meu sincero desejo de um pleno Dia das Mães para as mulheres que acolheram na gestação e na cria-ção, na gratuidade e no amor, crianças para chamá-las de filhos.

[email protected]

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Maio 2012 3

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“Juntos somos um time imbatível” foi o tema do 79° Seminário Nacional de SPCs, realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas – CNDL, por meio do DASPC e do SPC Brasil. O evento, que ocorreu em Brasília nos dias 12 e 13 de abril, destacou temas de extrema importância relacionados à competitividade e crescimento do Serviço de Proteção ao Crédito.

O Seminário Nacional de SPCs é um dos maiores encontros do Brasil e também uma oportunidade ímpar para adquirir e aprimorar conhecimentos, obter informações sobre as novidades do segmento e realizar a troca de experiência sobre práticas comerciais de SPCs de várias cidades brasileiras. Um dos temas em destaque, que fez muitas pessoas se deslocarem até Brasília, procurando por maiores

informações, foi a expansão da parceria do SPC com o Serasa.

Durante o 79º Seminário, na noite de 12 de abril, também ocorreu a entrega do Prêmio Mérito Lojista. Empresas, jornais e personalidades da política foram homenageados durante a solenidade, tendo sido o Ceará o estado mais contempado. Receberam a comenda: Banco do Nordeste; jornal O Povo; Ibyte; e o empresário Ivens Dias Branco.

Aconteceu na CDL

Ciclo de Palestras 2012 inicia com sucesso

O Ciclo de Palestras, promovido pela CDL de Fortaleza e Faculdade CDL,

teve sua primeira apresentação no dia 18 de abril com o tema “A essência para um líder de resultados”, do Coach e Consultor Organizacional Marcos Braun. A palestra foi um sucesso e mostrou que os empresários cearenses têm grande interesse em interagir e construir um setor de Varejo e Serviços cada vez mais forte.

Além disso, o Ciclo de Palestras cumpriu um importante papel de cidadania: os inscritos no evento doaram 126 kg de alimentos não-perecíveis, que serão destinados à instituição Lar Amigo de Jesus, um projeto da Casa da Criança, que fornece apoio às crianças e adolescentes portadores de câncer.

O ciclo de Palestras, realizado mensalmente na CDL de Fortaleza, é destinado a empresários e líderes empresariais de Fortaleza. Os objetivos do evento são: disseminar o conhecimento das melhores práticas empresariais; desenvolver competências técnicas e comportamentais, que facilitem a

79° Seminário de SPC’s movimentou o Brasil

O consultor Marcos Braun palestrou para um auditório lotado.

gestão eficiente das operações de negócios; e proporcionar debates visando ampliar conceitos, ideias e possibilidades no comércio cearense.

O Ciclo de Palestras terá duração de abril a outubro de 2012 e a segunda palestra será no dia 15 de maio, com o tema “Oportunidade de negócios com grandes fornecedores mundiais”. Confira a programação do Ciclo de Palestras no site www.cdlfor.com.br Participe!

4 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Maio 2012

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Uma consultoria é importante para o processo de crescimento de qualquer empresa, e é uma

forma precisa de conseguir um bom feedback e apoio para as decisões. Certa-mente na sua cidade existem empresários que atingiram o sucesso, de forma única e inovadora, e muitos deles contaram com a ajuda de um Agente Local de Inovação. O melhor é que você não precisa ir longe para procurar auxílio para o seu negócio.

O ALI – Agente Local de Inovação – é um programa desenvolvido pelo Sebrae e recomendado pela Faculdade CDL, que objetiva incentivar a Gestão da Inovação nas empresas como ferra-menta para o crescimento. Funciona da seguinte maneira: a empresa contata um consultor do Sebrae/da Faculdade CDL; o consultor, por sua vez, visita a empresa e aplica um questionário que medirá o grau de inovação. Em um segundo momento, de acordo com as

respostas obtidas e com os interesses do empresário, inicia-se a implantação de estratégias inovadoras e de melho-ria para que o ponto de venda se torne mais competitivo.

As mudanças propostas pelo Agente Local de Inovação vão além das altera-ções físicas, podendo modificar a iden-tidade visual da empresa no layout para tornar as atividades coorporativas mais acessíveis ao cliente final. Já na gestão, as mudanças ocorrem com o propósito de que o empresário tenha condições de investir e dar continuidade ao cres-cimento empresarial, apoiando-se na identificação de inovações que a em-presa não tem aproveitado e ajudando a organização a mudar de patamar den-tro do mercado. Dependendo do caso, os ALI também encaminham demandas para instituições de ciência e tecnologia, que deverão criar soluções de acordo com o perfil de cada empresa.

Nos últimos dois anos foram atendi-dos mil empreendimentos no Ceará pelo ALI – Agentes Locais de Inovação. O programa conta com um investimento de R$ 2,4 milhões e presta consultoria para empresas nas regiões do Cariri, Ibiapaba, Sobral, Iguatu e Região Metropolitana de Fortaleza. Este ano, o Sebrae pretende atingir a quantidade de mil agentes, vi-sando auxiliar um maior número de pe-quenos e médios empresários.

Faça diferente: identifique suas ne-cessidades e conte com o apoio de um ALI, que apresentará soluções para sua empresa. No Ceará, o programa ALI tem a parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecno-logia e Educação Superior – Secitece, do CNPq, Fecomércio, Federação das CDLs do Ceará, CDL de Fortaleza e Faculdade CDL. Para maiores informações procu-re a Faculdade CDL: (85) 3433.3045 ou pelo site: www.faculdadecdl.edu.br.

Faculdade CDL

ALI e a gestão da inovação para sua empresaFaça seu negócio obter mais lucro com o apoio de um Agente Local de Inovação

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Maio 2012 5

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Você sabe como a Secretaria da Fazenda do Ceará enxerga sua empresa? Avalia as suas operações e acompanha os níveis de entradas, saídas e pagamento de impostos? Acredito que só é possível saber quando a empresa passa por alguma fiscalização – e as informações são apresentadas – durante o procedimento.

Como parte do processo de aproximação do Fisco com contadores e contribuintes, a Sefaz-Ce lançou recentemente um sistema chamado SIGET – Sistema Informatizado de Gestão Tributária do ICMS para Monitoramento e Controle Fiscal do Desempenho de Contribuintes

Estaduais. Este sistema permitirá que o contribuinte tenha conhecimento, por meio de plataforma on-line, das informações constantes na base de dados da Secretaria, bem como sobre alguns índices e indicadores que são usados para acompanhar o desempenho dos contribuintes e detectar eventuais distorções.

O sistema possibilita, ao contribuinte certificado, delegar a terceiros a possibilidade de lhe representar perante a Secretaria da Fazenda em determinadas atividades ou transações. Isso poderá ser feito com o uso de certificação digital, mediante o estabelecimento prévio

Percebendo sua empresa pela perspectiva do Fisco

Cassius regis Coelho

Presidente do Conselho Regional de

[email protected]

de procuração eletrônica. O cadastramento eletrônico de procurações a terceiros poderá ser efetuado pelo e-CNPJ da empresa ou pelo e-CPF do responsável pela empresa perante a Secretaria da Fazenda.

O SIGET contém também um serviço que permite gerar extrato com todos os seus débitos e créditos gerados por meio de escrituração fiscal, operações interestaduais, autos de infração ou dívida ativa.

Sugerimos que os empresários procurem conhecer melhor o sistema, para que entendam como o monitoramento do Fisco está avançado e como podem melhorar os seus processos de controle fiscal tributário, juntamente com seus contadores, visando minimizar riscos e manter seus negócios sem problemas indesejados.

Diálogo com o Empresário

Conjuntura

(85) [email protected]

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AGORA VOCÊ PODE ANUNCIAR NA CONJUNTURA DO COMÉRCIO.

Os resultados aparecem quando você divulga sua empresa.

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Tecnologia

Atendimento on-linepara clientes multicanaisDesafios e estratégias para as empresas fornecerem suporte ao consumidor

Se antes um cliente precisava recor-rer ao Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) diretamente em

uma loja, posteriormente o telemarketing ampliou o campo de apoio aos clientes. Porém, é o atendimento on-line que tem alcançado cada vez mais abrangência, servindo como uma multiferramenta de feedback para o consumidor.

Redução de tempo e de custo são vantagens que os clientes buscam ao tentarem resolver divergências acerca da compra de um produto, aquisição de um serviço, efetuar uma crítica ou, simples-mente, sanar dúvidas sem sair de casa. A floricultura virtual Giuliana Flores, por exemplo, ativou um sistema de chat a fim de atender as dúvidas e reclamações dos consumidores. A iniciativa diminuiu não apenas o número de telefonemas. De acordo com Juliano Souza, Gerente de Marketing da Giuliana Flores, “hoje a empresa realiza em média 200 atendi-mentos por dia, dos quais quase 50% vêm dos canais de chat, e-mail e redes sociais”.

Diferente do ambiente de telemarketing, em que um funcionário atende uma pessoa

por vez, na web o mesmo profissional pode lidar simultaneamente com até quatro clientes. Entretanto, não perder o foco de cada solicitação, não demorar no tempo de resposta e a desenvoltura para dar conta da demanda ainda figuram como os maiores desafios a serem superados.

No segmento do comércio, possibi-litar o diálogo em um mesmo canal sig-nifica não apenas atender clientes, mas entender as necessidades e traçar um per-fil do consumidor a partir dos acessos ao SAC on-line, estratégia que pode inclusi-ve repercutir no aumento das vendas. “O atendimento começa no momento em que o consumidor visita o site da marca para tirar alguma dúvida ou fazer uma re-clamação. Criar uma sessão dedicada aos questionamentos mais frequentes e dis-por mais informações são iniciativas que podem colaborar para reduzir o acesso de muitos consumidores ao canal on-line e evitar insatisfação com o tempo de espe-ra”, explica Mauricio Salvador, Fundador da E-Commerce School.

Para agilizar o atendimento on-line vale investir em um Sistema Inteligen-te de Atendimento, que possa fornecer respostas automáticas com base nas so-licitações mais mencionadas pelos con-sumidores. Atender clientes por meio das redes e mídias sociais é outra so-lução, desde que existam profissionais aptos a desempenhar com seriedade esse tipo de serviço. Também é papel de uma equipe bem treinada evitar trans-ferir o cliente para outro canal, para que não haja o desconforto de ele ex-plicar novamente sua solicitação a ou-tro atendente. Sugestões simples, que podem gerar eficiência e proporcionar comodidade a quem faz do atendimen-to on-line sua principal alternativa para solucionar problemas.

diferente do ambiente de telemarketing, em que um funcionário atende uma pessoa por vez, na web o mesmo profissional pode lidar simultaneamente com até quatro clientes.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Maio 2012 7

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Economia & Mercado

Economia Mundial precisa crescerMesmo diante de momentos de instabilidade econômica, o Brasil se mantém firme com uma perspectiva de crescimento

Opanorama na Europa ainda está bastante instável. Na Es-panha, houve recessão de 0,4%

no primeiro trimestre. Na Itália, a con-fiança do consumidor caiu ao menor nível em 16 anos. Na Holanda, o pre-mier Mark Rutte renunciou depois de enfrentar dificuldades em implemen-tar um plano de cortes no Orçamento. Na França, o presidente Sarkozy sofre

uma derrota importante no primeiro turno das eleições, lançando mais in-certezas no mercado.

Economia americana mantém crescimento

O Relatório do FMI destaca a esti-mativa do crescimento americano para este ano em 2,1%, embora esse resul-tado possa ser afetado negativamente

pelo mau desempenho da economia europeia.

A taxa de desemprego diminuiu para 8,2%, em março/12, mas a econo-mia apresentou sinais de redução do ritmo de geração de empregos.

Com um índice de atividade indus-trial da ordem de 49%, abaixo de 50%, a China lança mais incertezas sobre os mercados financeiros.

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o mês de Maio é quando se comemora o dia das Mães, segunda data mais importante para o varejo cearense.

0,21%iinflação (ipCa) emmarço de 2012

9,0%taxa de Juros sELiC

6,4%taxa de desemprego

em março 2012

48,8%Relação Crédito/ piB

em março 12

R$ 1,88dólar em

30/04/2011

De olho nos números

FONtE: BANCO CENtRAL

13%

11,25% 11,25%

12%11,75%

11,25%

8,75% 8,75%

9,50%

10,75% 10,75%

11,75%

12,50%

11%

9%

13,75% 13,75%

Jan SetMai2007

Jan SetMai2008

Jan SetMai2009

Jan SetMai2010

Jan SetMai2011

Jan Mai2012

Evolução SELICBrasil e queda dos juros: solução esperada?

Considerando que o estímulo para o crescimento da economia brasileira não virá de fora, esse fator é o bastante para explicar as medidas recentes de incentivo à produção industrial nacional e de cres-cimento do consumo interno agregado. Para expandir a produção industrial, o governo tem adotado medidas de deso-neração tributária sobre o consumo de al-guns produtos eletroeletrônicos e sobre o setor automobilístico. Já para estimular o consumo e investimentos o governo tem adotado a política de redução consistente das taxas de juros. Recentemente, no mês de abril/12, o Banco Central reduziu a taxa de juros SELIC para 9%.

Ao que tudo indica o apetite para maiores reduções permanece. O mercado de juros futuro já trabalha com uma taxa de 8,0% para 2013, o que significa que será o patamar mais baixo dos últimos 10 anos.

Por outro lado, o governo terá que enfrentar outra dificuldade: ao baixar as taxas de juros que remuneram os títulos públicos, transforma a caderneta de pou-pança em uma opção de investimentos imbatível, provocando uma corrida a essa opção de investimento.

Ajustando o cenário para 2012

Os analistas de mercado têm feito ajustes em seus cenários econômicos para 2012, agora utilizando uma perspectiva de juros reais da ordem de 4% ao ano.

Pelos cenários traçados, o Brasil de-verá manter o círculo virtuoso com mais crescimento, menos inflação, mais crédi-to, mais consumo e menos déficit público.

Variáveis 2011 2012

Cresc. PIB (Brasil)* 2,7 % 3,5%

taxa Juros (Selic) 12,5% 8,0%

Crédito/PIB 48% 52%

IPCA* 6,37% 5,4%

Dólar Dezembro 1,62 1,80

Saldo Comercial (US$ Bilhões) 18,0 15,0

tx. Desemprego 5,3% 6,2%

Inv. Ext. Direto(US$ Bilhões) 46 52

Análise do Setor de Comércio

Em fevereiro deste ano, o comércio varejista no Brasil manteve-se em cresci-mento sobre o mesmo mês do ano ante-rior, com alta de 9,6% de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE.

No acumulado do ano o crescimento já é de 8,7%, revelando uma tendência de alta para 2012. As recentes medidas de redução das taxas de juros e expansão da oferta de crédito devem acelerar os resul-tados nesse setor.

Os segmentos que apresentaram maior crescimento com relação a feve-reiro/11 foram os de Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação (26,6%), e de Móveis e Ele-trodomésticos (13,3%).

No Estado do Ceará, o desempenho foi menos expressivo. O crescimento do comércio varejista em fevereiro/2012 foi de 4,9%, uma taxa bem inferior à média nacional. Nos dois primeiros meses, a ex-pansão foi de apenas 4,5%, pouco mais da metade da expansão ocorrida em média em todo o País.

Os segmentos que mais contribuíram com esse fraco desempenho foi o de Teci-dos, Vestuário e Calçados, com queda em fevereiro/12 de 13,6%, seguido do seg-mento de Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação, com queda de 9,9%. A maior expansão do

varejo cearense, no mesmo mês, ficou por conta do segmento de Móveis e Eletrodo-mésticos, com crescimento de 21,7%.

A redução do ritmo de geração de em-pregos e elevado nível de endividamento pode ser a explicação para o menor cres-cimento das vendas no varejo cearense.

Boas expectativas para o Dia das Mães

Por outro lado, o mês de Maio é quan-do se comemora o Dia das Mães, segunda data mais importante para o varejo cea-rense. Este ano a expectativa de cresci-mento é de 10%, revertendo a conjuntu-ra. A depender da oferta de crédito e do efeito da redução das taxas de juros sobre a propensão a consumir das famílias, o tí-quete médio de compra deverá girar em torno de R$ 80,00.

Outro fator que também explica o otimismo é o crescimento da renda, asse-gurada principalmente pelo aumento do salário mínimo.

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Especial

Quando o chefe pedepara você sair da empresa......e trabalhar em casaUm perfil do dia a dia dos assalariados que, mediante solicitação da empresa a qual são vinculados, fazem das suas casas o local de trabalho

Nada de trânsito caótico de ma-nhã cedo para ir ao trabalho. Para quem é pai ou mãe, mais

tempo para ficar em casa, estar próximo dos filhos e, por que não, providenciar até um almoço especial durante a semana, ao invés de somente aos domingos. Es-tas são algumas das vantagens de quem pode trabalhar em casa em nome de uma

empresa. Mas quem pensa que essa reali-dade é pautada somente em uma “rotina” de facilidades e maiores possibilidades, engana-se.

O conceito de home-office ou home--based, modelo de atividade profissional onde o indivíduo tem a possibilidade de trabalhar em casa, como se estivesse na empresa, já é conhecido há bastante tem-

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po. Hoje essas práticas são utilizadas por multinacionais, algumas empresas tra-dicionais e outras que optam por abrir franquias. “Uma franquia home-based é vantajosa em relação aos custos opera-cionais de ponto comercial e contratação de funcionários”, destaca Claudia Bitten-court, especialista em franquias, diretora e sócio-fundadora da Bittencourt Con-sultoria, “pois exige uma disciplina muito maior do franqueado, que deverá manter o foco no trabalho apesar das situações domésticas, que podem causar desaten-ção. Nem todas as pessoas têm perfil para esse tipo de negócio. Para muitas, traba-lhar exige o ritual de estar fora de casa”.

Mas não basta somente o profissional ter um perfil adequado: o próprio empre-endimento precisa ter uma equipe apta a trabalhar no escritório e outra que traba-lhe em ambiente doméstico, sem que não haja prejuízos para a empresa. “Áreas que não têm dependência com outros se-tores de negócio da empresa conseguem atuar melhor fora do escritório, como é o caso dos profissionais de venda. Isso acontece porque eles possuem metas tangíveis e precisam atingi-las para apre-sentar resultados. É uma tendência do mercado nacional que também pode ser oferecida ao profissional como forma de benefício”, analisa André Magro, gerente da Hays Recruiting, consultoria espe-cializada em recrutamento para média e alta gerência, em São Paulo.

Segundo estimativas da Hays Recrui-ting, 69,3% das empresas consultadas afir-mam que os profissionais que trabalham em sistema home-office entregam resulta-dos similares aos gerados na empresa. Por sua vez, 31,2% das empresas que adotam esse mesmo padrão de serviço visam re-ter talentos e oferecer melhor qualidade de vida aos funcionários. Some-se a isso o fato de que o home-office também é es-colhido como uma solução para limitação física (60,3%) e meio para alcançar metas de sustentabilidade (19,8%).

Aspectos diferenciaisTer carteira assinada e trabalhar em

casa não é para qualquer um. É preciso ter competência, ser autoconfiante, orga-nizado, ter disciplina e não se permitir dispersar devido às distrações cotidianas ou ao pseudoisolamento, aspectos que auxiliam e muito o alcance dos objetivos ao final do dia, haja vista os resultados

geralmente serem medidos pela maioria das empresas com base na fiscalização de metas diárias.

Quando uma empresa permite que seus funcionários trabalhem em casa, ela demonstra total confiança na competên-cia do profissional, que deverá realizar compromissos tanto quanto ou até mais do que se estivesse em um escritório con-vencional. E, claro, há diferentes perspec-tivas acerca do local onde os profissionais realizam seu trabalho. “No escritório você não tem um dia de trabalho: você tem momentos de trabalho. Muitas vezes você sente que não concluiu o trabalho, apenas realizou tarefas”, afirma Jason Fried, ame-ricano dono da 37 Signals, empresa que desenvolve aplicativos para a internet e tem mais de três milhões de clientes.

Quanto a empresas que permitem que seus funcionários trabalhem em casa, Ja-son Fried afirma que “quando se trata de negócios, poucas coisas são tão emergen-ciais a ponto de não poder esperar. Mesmo as companhias bem-sucedidas devem dar uma chance para a mudança. Para medir se os funcionários estão fazendo o traba-lho direito basta checar a produtividade, cumprimento de prazos e tudo o mais. Al-guns gerentes não querem que seus fun-cionários trabalhem em casa por causa de distrações. Outros dizem: se eu não con-sigo ver a pessoa, como vou saber se está trabalhando? Só que no escritório essas são distrações são naturais, enquanto em casa você escolhe quando vivê-las”.

No setor privado da cidade de São Paulo, por exemplo, diversas empresas e vários paulistanos têm escolhido traba-lhar em casa. De acordo com a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolita-nos, essa iniciativa resulta em produti-vidade, pois economicamente a cidade perde R$ 4,1 bilhões por ano com con-gestionamentos. Significa que para fazer a trajetória de casa ao escritório, o paulis-tano poderia converter em renda 30% do tempo gasto em espera no trânsito.

Por isso, se o seu chefe lhe convidar para “sair da empresa” e trabalhar em casa, vale lembrar que o rendimento nas tarefas – onde quer que o colaborador esteja – de-pende da consciência profissional de cada um e, sobretudo, interesse em fazer a dife-rença nos compromissos designados, con-selho válido para quem precisa ir de casa ao escritório ou para quem precisa fazer do próprio lar o seu ambiente de trabalho.

Quando uma empresa permite que seus funcionários trabalhem em casa, ela demonstra total confiança na competência do profissional, que deverá realizar compromissos tanto quanto ou até mais do que se estivesse em um escritório convencional.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Maio 2012 11

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Matéria de Capa

Se em uma empresa existem funcionários com ta-lentos singulares, é sinal de inteligência não podá--los, mas canalizar essas aptidões conforme o perfil

e objetivos da organização. E, para reter profissionais, é preciso que os líderes forneçam aos seus colaboradores bem mais que apenas um salário mensal.

Tem sido difícil no mundo corporativo encontrar pro-fissionais talentosos e qualificados, que na prática estejam dispostos a alinhar suas aspirações à organização a qual estão vinculados. Funcionários que têm um desempenho acima da média, e demonstram ser o tipo de colaborador que o líder jamais pensaria em demitir, precisam ser envol-vidos pela empresa por meio de ações que proporcionem um ambiente de trabalho onde as pessoas queiram entrar e permanecer. “É lamentável que alguns gestores ainda não tenham percebido que oportunidades de crescimen-to, reconhecimento e recompensa, promoções, planos de remuneração diferenciados e autonomia para exposição de novas ideias representem, em alta escala, o ideal fluxo-grama de equilíbrio para as perspectivas da organização e de seus colaboradores”, afirma Simone do Nascimento da Costa, graduada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Metodista de São Paulo. Por isso, instituir um Setor de Recursos Humanos é um dos investimentos recomendados para tentar evitar futuras contratações que não correspondam às expectativas dos empregadores.

Saber gerir pessoas antes de querer reter profissionais

A atuação de uma área de RH não significa somente ter uma equipe que cuide do cartão de ponto, distribui-ção de vale-transporte e folha de pagamento dos funcio-nários. “Pequenas e médias empresas estão buscando melhorias em RH por questão de sobrevivência. Antes o

Reter talentosem uma empresaTão importante quanto gerar lucrosO desafio de reter talentos consiste em atender aos anseios dos profissionais, canalizando essa energia para o crescimento e competitividade da empresa

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Respeite as leis trabalhistas; tente atender aos anseios

desses profissionais, canalizando essa energia para o crescimento e competitividade da empresa, mas também para o bem-estar dos colaboradores;

Crie um ambiente positivo de convivência, justiça, respeito e desempenho das funções atribuídas;

Remunere os profissionais de forma justa e gere benefícios por sua contribuição direta;

proporcione boa comunicação entre líderes e liderados;

Motive os funcionários envolvendo-os em constantes desafios profissionais;

tenha lideranças capacitadas para realizar a gestão de pessoas de maneira eficaz.

Para reter funcionários recomenda-se que uma empresa:

Palavras-chave: diálogo, respeito, autonomia

No mundo corporativo, o Google funciona como um dos maiores exem-plos de como atrair profissionais capaci-tados e mantê-los na equipe. A multina-cional fundada por Larry Page e Sergey Brin acrescentou diversão ao trabalho por meio da política Innovation Time Off, ou seja: engenheiros do Google são estimulados a aproveitarem 20% do seu período de trabalho somente em proje-tos que lhes interessam. O Gmail, Orkut, Google Notícias e AdSense surgiram jus-tamente a partir dessa iniciativa. O lúdico aliado aos compromissos profissionais e, especialmente, a liberdade que os funcio-nários têm para dialogar com seus chefes, fez a empresa Google motivar seus profis-sionais e a criar um diferencial, acirrando no mercado a disputa e contratação por colaboradores competentes.

A comunicação entre empregador e empregado também pode evitar desgas-tes no relacionamento profissional e im-pedir a rotatividade de funcionários, fator percebido como sinal de ineficiência na realização do trabalho de uma empresa, a não ser que esta tenha a rotatividade nas

contratações e desligamentos como um fator intrínseco ao perfil da organização. Um bom líder precisa exercitar a empa-tia e se colocar no lugar de como pensam seus funcionários. Oportunizar o diálogo, o desenvolvimento e a autonomia no tra-balho de cada profissional se sobrepõe à arcaica gestão que antes se impunha pela pressão psicológica, controle e medo.

Baixos salários, ausência de planos de carreira ou falta de oportunidade de desenvolvimento dos profissionais são outros fatores que podem colaborar para não manter funcionários em uma organização. Por outro lado, possibili-tar no trabalho um ambiente propício de convivência, inter-relação de saberes, valorização dos colaboradores por meio do respeito mútuo, elogios e reconheci-mentos, motivam os funcionários a se envolverem ainda mais com seu traba-lho, aumentando a produtividade e es-timulando-os a vislumbrar que as metas propostas por seus gestores são possíveis de se atingir. Atitudes concretas que po-dem colaborar para reter talentosos pro-fissionais, algo tão importante quanto conseguir lucros ao final do mês.

dono fazia tudo, mas agora o papel dele é desenvolver os negócios e delegar mais em cada área”, observa Jane Sou-za, consultora de RH do Grupo Soma de Desenvolvimento Corporativo. É lógico que erros em um processo sele-tivo são possíveis de ocorrer. Porém, é necessário diminuir as chances de con-tratar alguém inapto a desempenhar a função que lhe for atribuída. Afinal, manter funcionários demanda um alto investimento para qualquer empresa.

Um líder que não consegue reter funcionários perde possibilidades de expandir novas habilidades até então latentes ou estagnadas no próprio con-tratado e, por consequência, pode per-der grandes oportunidades de cresci-mento para a empresa. Por isso é viável considerar desde o início do processo seletivo: as qualificações do candidato e características de personalidade de acordo com a vaga ofertada; que tipo de funcionários a empresa precisa; e, claro, acertar qual será o salário referente à função que o futuro empregado deverá desempenhar. Após a seleção, é impor-tante integrar o profissional à empresa e aos demais funcionários, apresentando toda a organização, cada setor e as re-gras estabelecidas, bem como favorecer uma capacitação inicial.

Outro fator imprescindível para reter profissionais é que o líder da em-presa atue, também, como um agente de comunicação e esteja em contato direto com seus colaboradores, observando--os, conhecendo-os, realizando feedba-cks e preparando-os por meio de treina-mentos periódicos de (re)qualificação. Conforme declara Irving Stackpole, presidente da Consultoria de Assistên-cia Médica Stackpole & Associates, “está absolutamente claro que o motivo que leva as pessoas a se manterem em seus empregos são seus relacionamentos, principalmente, com seu superior”.

Um líder que não consegue reter funcionários perde possibilidades de expandir novas habilidades até então latentes ou estagnadas no próprio contratado e, por consequência, pode perder grandes oportunidades de crescimento para a empresa.

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Case de Sucesso

A trajetória de um vencedorAo receber o prêmio Empreendedor do Ano 2012, Deusmar Queirós se firma como uma das maiores referências empresariais do Brasil

“Meu pai dizia que não existe ri-queza sem trabalho”. Se ainda há quem duvide que seja possí-

vel alcançar prosperidade por meio de muito esforço e perseverança, o autor da frase men-cionada – Deusmar Queirós – é um exemplo convicto de que é possível criar uma gran-diosa história tão somente a partir do desejo e empenho constante para torná-la real.

Empresário que administra o grupo das farmácias Pague Menos, Deusmar Queirós já tem muitos motivos para comemorar conquis-tas ao longo desse ano, haja vista ter sido agra-ciado, em 29 de março, pela Ernst & Young Terco, gigante mundial da área de consultoria empresarial, com o prêmio de Empreendedor do Ano 2012 na categoria Master, destinada às empresas já consolidadas e que demonstram grande potencial de expansão.

Em sua 14ª edição consecutiva, a pre-miação que valoriza empreendedores que obtiveram destaque na contribuição para o desenvolvimento do país, iniciou nos Estados Unidos – quando foi lançada em 1986 – e já premiou mais de 1.500 empresários em 135 cidades distribuídas em 50 países, tendo al-mejado ao justo reconhecimento uma média de 130 profissionais brasileiros desde 1998. Vale ressaltar quais critérios, segundo os ju-rados da premiação, são decisivos para que os vencedores do Prêmio Empreendedor do Ano sejam escolhidos: integridade pessoal; espírito empreendedor; direcionamento es-tratégico; performance financeira; inovação; impacto global e influência. O que Deusmar Queirós pensa disso? “Eu acreditei e cheguei até aqui”, disse Queirós, que durante a in-fância vendia frutas nas feiras de Fortaleza, demonstrando cedo uma natural disposição para atuar na área comercial.

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Hoje uma das maiores redes de far-mácias da América Latina – com mais de 500 lojas distribuídas em diversas cidades de todos os estados do Brasil – contrasta com início modesto do empreendimen-to quando, pelos idos de 1981, Deusmar inaugurou a primeira drogaria. A maior inovação no segmento foi a disposição da venda de produtos de beleza e higie-ne, além de ofertar aos consumidores a oportunidade de realizar pagamentos de contas de luz, água e telefone.

Trajetória e negóciosCom sede em Fortaleza, hoje as Farmá-

cias Pague Menos dispõe de um dos maio-res centros de distribuição, com 110 mil m² de área, 50 mil m² de área construída e ca-pacidade para atender mil pontos de venda. A Pague Menos também se destaca entre os maiores crescimentos contínuos do Brasil – 25% ao ano nos últimos 10 anos, segundo o CAGR (sigla correspondente ao crescimen-to médio anual de uma empresa)–, além de ter sido considerada, segundo a Revista Exame, como a primeira empresa do vare-jo farmacêutico nacional de acordo com o ranking “Melhores & Maiores”, que aponta “As 1000 Maiores Empresas do Brasil”.

Nascido em Amontada, no interior do Ceará, Francisco Deusmar de Queirós é graduado em Economia pela Universidade Federal do Ceará, com cursos de Extensão Universitária pela Graduate Scholl of Busin-nes Administration (New York / EUA) e pela University of Central Flórida (EUA). Profis-sionalmente, também atuou como professor e coordenador do curso de Economia da Universidade de Fortaleza, de 1974 a 1983; foi o técnico responsável pela implantação da área Operacional da Bolsa de Valores Re-gional em Fortaleza, Ceará; e atualmente, é vice-presidente da CDL de Fortaleza

Deusmar também cede especial atenção às iniciativas de responsabilidade social. Por isso, tem na Fundação Deusmar Queirós um meio para proporcionar aos setores carentes e pouco assistidos a difusão de conhecimen-to que proporcionam ações construtivas, au-tossustentáveis e não-assistencialistas. É por meio de parcerias com universidades e en-tidades de renome, como SEBRAE, CDL de Fortaleza, EMBRAPA e Instituto Paulo Frei-re, que a Fundação Deusmar Queirós desen-volve projetos sociais como: “Semeando para Educar”; “Educação pela Internet”; “Núcleo de ressocialização de Ex-presidiários”; “Es-tação Ecológica de Pacoti”; “Moringa, a Se-

mente da Vida”; “Empréstimo de material ortopédico”; “Voluntariado” e “Multi-Sopa”.

Além da Fundação, Deusmar tam-bém estimula iniciativas que favorecem a sociedade por meio da própria rede de Farmácias Pague Menos com os projetos: “Cadeira de Rodas”; “Alfabetização Soli-dária”; “Doação de Ambulâncias”; “Infân-cia Feliz”; “Campanha Doe seu Troco”; “Projeto Mãos Livres”; “Pague Menos Ecológica” e “Pague Menos Solidária”.

Sensível ao seu papel enquanto cidadão, Deusmar Queirós alia sua percepção de in-terpretar o sentimento das pessoas com res-

ponsabilidade social e ética ao âmbito pro-fissional, acreditando no trabalho que faz em favor de uma sociedade menos injusta e mais solidária. A receita tem dado tão certo, que o troféu Empreendedor do Ano 2012 figura para Deusmar como um merecido reconhecimento pela trajetória construída com tanta doação e esmero. “O prêmio não é de um só empreendedor. Se a Pague Me-nos ganha evidência nacional e agora inter-nacional, deve essa conquista ao empenho diário dos meus 14 mil funcionários e ao comprometimento permanente dos forne-cedores”, comemora o empresário.

Após a premiação pela Ernst & Young Terco, Deusmar Queirós se prepara para representar o Brasil – entre os dias 6 e 9 de junho – no World Entrepreneur of the Year, versão mundial que acontecerá em Monte Carlo, Mônaco, onde a rede far-mácias Pague Menos concorrerá com em-presas como o Pestana Hotels & Resorts e a rede de relacionamento profissional Linkedin, todas com abrangência global.

Ao receber o troféu Empreendedor do Ano no Brasil, em São Paulo, o empresá-rio Deusmar Queirós – que hoje no Ceará é uma das principais referências empre-sariais quando o assunto é servir com satisfação –, afirmou emocionado que “Empreender é ajudar o País a crescer e a eliminar a desigualdade social”. E que ninguém duvide disso.

Acima: Inauguração da 500ª loja da Farmácias Pague Menos em Goiânia/GO. Na página a esquerda, Deusmar Queirós com o trófeu Empreendedor do Ano 2012, conferido pela Ernst & Young Terco. FOtOS: DIVULGAÇÃO

se a pague Menos ganha evidência nacional e agora internacional, deve essa conquista ao empenho diário dos meus 14 mil funcionários e ao comprometimento permanente dos fornecedores

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Hoje a consciência socioambiental pode influenciar na opção de compra dos consumidores.

não é de surpreender que surjam cada vez mais iniciativas em que lojas e centros comerciais aliem suas marcas, promoções e vendas às ações sustentáveis.

Responsabilidade Socioambiental

Ações sustentáveisIniciativas que devem partir do ComércioVarejistas que apoiam ações a favor do meio ambiente conquistam a preferência do consumidor

Se lavar roupas nunca foi uma das tarefas mais agradáveis, certa-mente é uma das mais dispendio-

sas. Uma torneira aberta por 15 minu-tos, para uso em tanque de lavar roupas, resulta em um gasto de água que pode alcançar 279 litros, enquanto uma lava-dora com capacidade para 5 litros gasta em média, por lavagem, 135 litros.

Entre uma escolha e outra para redu-zir o gasto de água, agora há também uma nova opção: adquirir roupas cuja confec-ção economiza de 28% a 96% no uso da água durante o processo de acabamento. O exemplo mencionado se enquadra no perfil da Levi’s que, intencionalmente, no último dia 22 de março – Dia Mundial da Água – lançou a coleção de inverno Water<Less™, cujo jeans de fábrica é pro-duzido por meio de um processo simples, mas diferenciado a partir da diminuição do consumo de água.

Assim como a Levi’s, a Walmart é outra empresa que após longo estudo de mercado, reposicionou a marca para sustentá-la sob três pilares: zerar resí-duos, alcançar 100% de uso de energia renovável e tornar viável a comercializa-ção de produtos que, além de ajudar as pessoas, colaboram com a preservação do meio ambiente. O uso de soluções nesse projeto tem estimulado a Walmart a investir em unidades eco-eficientes,

desde a redução do impacto ambiental (no início da obra) à operação diária, ge-rando mais um canal para agregar valor à empresa no mercado e mais uma via para conquistar e fidelizar clientes.

Não é de surpreender que surjam cada vez mais iniciativas em que lojas e centros comerciais aliem suas marcas, promoções e vendas às ações susten-táveis. O atual perfil do consumidor demonstra que ele está mais crítico e informado, aspectos que colaboram para, no momento da compra, a esco-lha de um produto ou serviço – mas, principalmente, do ponto de venda – ser até condicionado pelo que a loja ou empresa pode oferecer por meio de iniciativas que favoreçam a preserva-ção do meio ambiente.

Se hoje a consciência socioambien-tal pode influenciar na opção de com-pra dos consumidores, faz-se necessário que os empresários fiquem mais atentos ao tipo de fornecedores que contratam. Recomenda-se, inclusive, que comer-ciantes e fornecedores partilhem do mesmo propósito de aliar rentabilidade e sustentabilidade, quando se trata de o comércio demonstrar que tem um dife-rencial no mercado. Desta forma, varejis-tas atualizados e engajados em iniciativas que valorizam o meio ambiente poderão aliar discurso, estratégia e ação a fim de proporcionar múltiplas experiências de compra para clientes que hoje têm múlti-plas exigências.

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Associativismo

COOPERCON-CE: construindo com inovaçãoA Cooperativa da Construção Civil do Ceará é uma das maiores e inovadoras associações do Estado

No sistema associativista todos ganham, sejam cooperados, fornecedores, parceiros ou

clientes. Ciente disto, em 1997, o então presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário e Associação das Empresas de Construção (Ademi/Assecon) e engenheiro João Carlos Sales de Lima fundou a Cooperativa da Cons-trução Civil do Ceará (Coopercon-CE).

Criada com o objetivo de fortalecer os parceiros e torná-los aptos a ganhar espaço em um mercado concorrido, a Coopercon Ceará possui atualmente 83 cooperados e a tendência é crescer cada vez mais. Uma das metas da cooperativa é incentivar o crescimento urbano com projetos inovadores e sustentáveis, além de fomentar a economia local e a concre-tização de grandes negócios.

Atualizada com as tendências mun-diais, uma delegação da Coopercon Ceará foi em abril deste ano para China, Coréia do Sul e Dubai em uma missão empresa-rial. A finalidade da viagem foi conhecer fornecedores para a compra de produtos, como elevadores de cremalheira (usado nas obras), louças, metais e porcelanato, e

visitar obras para observar quais são as no-vas tecnologias que estão sendo utilizadas.

As maiores inovações em tecnologia para construção civil são encontradas nos projetos da Ásia. Pensando nisso, a dele-gação da Coopercon-CE obteve informa-ções e fez parcerias com empresas para fornecimento de materiais e troca de in-formações, como ocorreu com a Arabtec, a maior construtora dos Emirados Ára-bes Unidos. Para Rodrigo Freire, diretor da Coopercon Ceará e vice-presidente da Porto Freire Engenharia e Incorporação, “a viagem permitiu uma negociação favo-rável ao bolso do consumidor. E, barate-ando os produtos, conseguimos manter o preço acessível para o consumidor final”.

Já na Coréia do Sul, a comitiva da Coopercon Ceará conheceu a fábrica da Hyundai. Os elevadores construídos pela empresa ainda não são conhecidos pelos brasileiros, mas são os melhores do mun-do em tecnologia. Os dirigentes da Hyun-dai informaram que a empresa construi-rá uma fábrica de elevadores em Porto Alegre, que operará a partir de julho de 2013. Nessa fábrica, a Coopercon sugeriu para o projeto Minha Casa Minha Vida a construção de elevadores, que terão ca-pacidade para dez pessoas e alcançará até o quinto andar, altura máxima dos pré-dios do projeto. “Acho que selamos uma parceria duradoura entre Coopercon e Hyundai”, disse Marcos Novaes, presi-dente da Coopercon Ceará.

Empresas e cooperativas que inves-tem em iniciativas pautadas no Asso-ciativismo têm grandes chances de am-pliar seu campo de atuação no mercado e obter um retorno mais satisfatório e eficaz a médio e longo prazo. Ao se en-quadrar nesse perfil, a Cooperativa da Construção Civil do Ceará tem ajudado a construir um país de resultados, ino-vação e oportunidades.

Barateando os produtos, conseguimos manter o preço acessível para o consumidor final.

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Marcos Braun FilhoLiderança & Gestão

o Scorecard de Recursos Humanos

A era do conhecimento, esta em que vivemos, deu destaque a avaliação do poder lucrativo e de

continuidade da empresa, sob a ótica de um verdadeiro capital humano: um intangível, que se já era de interesse dos estudiosos no passado, passou a ganhar um relevo especial em nossos dias. O que alguns estudiosos denominam de capital intelectual é, pois, um valor de poder empresarial, imaterial, mas determinável.

O capital humano é um dos principais ativos geradores de riqueza nas empresas. O valor de cada indivíduo contribui para o crescimento da organização e pode ser maximizado ou depreciado de acordo com as políticas e práticas de gestão aplicadas. Com a mudança contínua do contexto econômico, em que a formação de valor no mercado cada vez mais depende da qualidade de serviços e conhecimentos prestados, onde bens tangíveis são facilmente copiáveis, as pessoas se tornaram definitivamente um diferencial competitivo. Deste modo, torna-se cada vez mais evidente a demanda das organizações em novas ferramentas e estratégias de gestão onde a ideia de “despesas com pessoal” passa a dar lugar ao “investimento em capital humano”.

Em um mercado impulsionado por recursos intangíveis, torna-se mais do que necessário um capital humano otimizado para assegurar a “sobrevivência” das empresas. Em muitas organizações, o capital humano continua a ser gerenciado e utilizado de maneiras inadequadas.

É importante que as organizações adotem um sistema de gerenciamento e avaliação que auxilie a identificar os comportamentos, competências, ideias e culturas, e a avaliar como essas dimensões podem causar impacto nas estruturas empresariais.

Existem três desafios que as organizações precisam considerar para maximizar o potencial da força de trabalho: olhar para seu capital humano como investimento em vez

tudo isso tem um forte impacto na produtividade da organização, no nível de serviços ao cliente, reputação e competitividade. Como os recursos humanos constituem o elemento crítico em cada componente da organização, a eficaz administração de RH se fundamenta na responsabilidade de cada gerente em cada área funcional da organização, seja ela finanças, contabilidade, marketing, produção, compras e, inclusive, a de RH.

Uma empresa é o retrato fiel do que é o seu corpo de colaboradores. Se tiver uma equipe treinada, motivada, capacitada, pensando sempre em contribuir e agregar, terá como resultado uma imagem de empresa competitiva, focada nos resultados, na excelência e, principalmente, no servir o cliente da melhor maneira.

Então, como sua empresa gerencia seus Sistemas de Recursos Humanos? Pense nisso e até a próxima!

Marcos Braun Filho é consultor empresarial, professor e coach. MB Consultoria e Educação Corporativawww.marcosbraun.com.br

de vê-lo como um custo; atualizar o benchmarking com parâmetros capazes de apontar diferentes níveis de impacto estratégico; e fazer que gerentes e profissionais de RH sejam igualmente responsáveis por incentivar o capital humano a colocar em prática as estratégias definidas pela organização.

O sucesso em um ambiente competitivo de negócios tem sido uma consequência cada vez maior de uma administração eficaz de Recursos Humanos. Estrutura, tecnologia, recursos financeiros e materiais são aspectos meramente físicos e inertes, que precisam ser administrados inteligentemente por meio de pessoas que constituem a organização. Assim, o fator que realmente constitui a dinâmica das organizações, sejam elas públicas ou privadas, industriais ou prestadoras de serviços, lucrativas ou não lucrativas, grandes ou pequenas, são as pessoas.

A qualidade dos funcionários de uma organização, seus conhecimentos e habilidades, seu entusiasmo e satisfação com seus cargos, seu senso de iniciativa para gerar riqueza,

O sucesso em um ambiente competitivo de negócios tem sido uma consequência cada vez maior de uma administração eficaz de Recursos Humanos.

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AFederação das CDLs do Ceará continua sua missão de animar o comércio cearense ao promo-

ver encontros mensais, em Fortaleza e cidades do interior, com pautas pertinen-tes ao setor, englobando uma agenda de divulgação de projetos de cunho social, cultural e econômico.

A atuação pontual da Federação tem gerado resultados positivos junto às 65 CDLs ativas, com uma programação anu-al centrada no desenvolvimento do co-mércio de cada região. Alinhada às ações da Federação, a Câmara de Dirigentes Lojistas do Crato tem buscado promover, em âmbito municipal e regional, a apro-ximação dos dirigentes das lojas de vare-jo, estimulando parcerias com incentivo à ética, companheirismo e o espírito de solidariedade. Desta forma, por meio da promoção de meios adequados para aten-dimento de toda classe, aprimoram-se as atividades lojistas do Crato e em municí-pios que possuem empresas associadas.

Uma das marcas da gestão do presi-dente da CDL do Crato, Francisco Lopes Parente, é por em prática e incentivar a realização de estudos relacionados à ati-vidade lojista, bem como manter uma corrente contínua de informações, como o informativo A Voz da CDL, veículo de circulação mensal difundido entre os lojistas e a sociedade da Região Me-tropolitana do Cariri. Some-se, ainda, a capacitação e formação de empresários lojistas e de seus colaboradores por meio de parcerias com órgãos governamentais, especialmente o Sebrae-CE.

Federação em Ação

CDL do Crato aprimora atividades no comércio

Parcerias profissionaisNeste mês de abril, a CDL do

Crato, em parceria com o Sebrae-CE, promoveu o curso Controle Financeiro, abordando na temática assuntos de aperfeiçoamento e desenvolvimento das competências em fatores internos e externos, que influenciam no planejamento financeiro da empresa e a definição de metas. O curso contou com a participação de trinta (30) inscritos.

Para o presidente da CDL do Crato, Francisco Lopes Parente, a oferta do curso é uma iniciativa que visa levar aos empresários varejistas ideias e soluções gerenciais, com foco na construção de caminhos para seu desenvolvimento, conforme a necessidade e interesse do mercado.

Nos últimos anos, a CDL do Crato tem sido uma das entidades mais presen-tes no contexto de crescimento do mu-nicípio, atuando de maneira cooperativa com os poderes públicos para promover o desenvolvimento econômico social, com foco no empreendedorismo. Para tanto, tem executado campanhas promocionais, que mobilizam os lojistas e alavanca o de-sempenho do comércio, principalmente nas datas de maior fluxo comercial, como o Dia das Mães, Namorados e Natal, prio-rizando os períodos de menor fluxo de mercado para estimular as compras.

Dentro das metas estabelecidas pela gestão atual, a CDL do Crato tem conse-guido atender a todas as demandas especi-

ficadas no seu plano de trabalho, incluindo a ampliação do número de sócios – que ul-trapassa os 350 associados –, mantendo--se em constante relacionamento com as demais CDL’s do País, a Federação do Estado e Confederação Nacional de Diri-gentes Lojistas, e mantendo intercâmbio de informações com as demais entidades representativas da classe empresarial.

Parceria entre agentes econômicos proporciona o desenvolvimento do comércio na Região do Cariri

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CDL Jovem de Fortaleza apoia conquista para o setor de produção de audiovisual nacional

CDL Jovem

Écom grande satisfação que a CDL Jovem de Fortaleza compartilha a notícia sobre a Medida Provisó-

ria 545/2011, que promove mudanças na Condecine com o intuito de proteger e estimular a produção brasileira de obras audiovisuais publicitárias de baixo orça-mento. A CDL Jovem foi uma das entida-des que esteve presente para apoiar a causa e suscitar questionamentos sobre a taxação praticada pela Ancine e o desfavorecimen-to às pequenas produtoras nacionais.

Um dispositivo incorporado ao novo texto reduz a 10% a contribuição incidente sobre a veiculação de comerciais audio-visuais, com custo de produção de até R$ 10 mil, desde que realizados por empresas produtoras brasileiras classificadas como microempresa (ME) ou empresa de pe-queno porte (EPP). Desta forma, uma obra publicitária brasileira, que tenha custado até R$ 10 mil e que tenha sido produzida por uma microempresa, pagará uma taxa – chamada Condecine – de R$ 238 para veiculação no segmento de radiodifusão de sons e imagens, em vez de R$ 2.380, va-lor incidente sobre as demais produções.

Originalmente, a Medida Provisória cita a Ancine apenas na parte que trata de incentivos fiscais para a construção de salas de cinema. A agência já cobra uma taxa das produtoras de filmes publicitários e a Con-decine varia conforme a origem da produ-ção – se nacional ou estrangeira – e confor-me o mercado para o qual a obra se destina.

Durante dez anos, a Ancine cobrou um valor de R$ 100 das pequenas produ-ções. O órgão, no entanto, foi orientado recentemente de que não poderia reduzir deliberadamente essa taxa sem que a le-gislação fosse alterada. Desde janeiro, a taxa Condecine subiu de R$ 100 para va-

Empreender, inovar e pensar grande

Ex-presidentes Livio Parente e Helrson Dias, com o atual presidente da CDL Jovem Pablo Guterres

lores de até R$ 3.570, previstos na atual legislação. Após receber várias queixas, uma delas levada diretamente pelo ex--presidente da CDL Jovem de Fortaleza,

Helrson Dias, a deputada Rosane Ferrei-ra (PV-PR) protocolou requerimento de informações ao Ministério da Cultura, questionando quais foram os motivos do aumento, culminando na mudança que beneficiou as pequenas produções audio-visuais nacionais, que representam entre 80% e 85% de toda a produção nacional.

Por meio do seu comprometimento, para com o comércio e a sociedade, a CDL Jovem de Fortaleza apoiou tão importante conquista para o setor de produção de au-diovisual nacional, fazendo jus a sua missão de empreender, inovar e pensar grande.

a CdL Jovem foi uma das entidades que esteve presente para apoiar a causa sobre a taxação praticada pela ancine e o desfavorecimento às pequenas produtoras nacionais.

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o Marketing de permissão privilegia o relacionamento entre empresas e clientes, predispondo-se a entender os hábitos e costumes do seu público.

Não se invade mais a priva-cidade do cliente sem a sua permissão. Claro que se na

prática isso ocorresse, caixas de e-mail não receberiam diariamente centenas de comunicados difundindo ideias po-líticas ou religiosas, campanhas para adoção de animais ou anúncios de pessoas desaparecidas, e-mails esses muitas vezes emitidos por remetentes desconhecidos. E o que é pior: em meio a essa gama de informações, anúncios comerciais são os que mais disparam no ranking de spams enviados.

A oferta de produtos e serviços sem aviso prévio incomoda tanto quanto quem entra em uma loja de calçados e precisa lidar com “vendedores-sombra”, que seguem os clientes aonde esses vão, não lhes cedendo liberdade para apreciar os produtos expostos até decidirem pela compra ou não. Para que empresários e comerciantes não descartem a possibili-dade de uma abordagem adequada a fu-turos compradores, o Marketing de Per-missão tem sido uma estratégia bastante utilizada e bem quista.

O Marketing de Permissão privile-gia o relacionamento entre empresas e clientes, predispondo-se a entender os hábitos e costumes do seu público, di-recionando iniciativas para que o con-sumidor seja conquistado por ideias e propostas comerciais, estimulando--o a adquirir serviços e produtos das empresas cujos e-mails receber. A po-lítica de Marketing de Permissão tam-bém atenua o incômodo causado pelo mau uso das campanhas de e-mail marketing, pois logo de início será so-licitada a autorização ao destinatário – antes de serem veiculadas quaisquer mensagens – por meio das e-newslet-ters (ou newsletters eletrônicas), que são produzidas com o objetivo de al-cançar um público específico interes-sado nas informações que receberão. Entretanto, vale ressaltar algumas eta-

Como fazer

Marketing de PermissãoComo não chatear o seu cliente por meio das ações de marketing divulgadas por e-mails

pas importantes para que seus e-mails marketing alcancem resultados:

l Enviar materiais paulatinamen-te para dar tempo de o assinante ler e assimilar as informações;

l Não ser insistente e repetitivo;l Divulgar notícias que, sobretu-

do, priorizem conteúdos espe-cializados para quem permitiu o recebimento das e-newsletters.

Como o Marketing de Permissão tem por meta conquistar a confiança

de futuros clientes, é importante sur-preendê-los, antecipar necessidades e destacar soluções para que o con-sumidor sinta-se próximo à empresa e, posteriormente, queira usufruir o que ela pode lhe oferecer. Desta for-ma, além de a empresa restringir o incômodo de o consumidor receber spams, demonstrará por ele respeito e seriedade, além de divulgar seus comunicados exatamente para quem mais tem interesse em receber: o cliente.

CONJUNTURA DO COMÉRCIO Maio 2012 21

Page 22: Reter talentos em uma empresa: tão importante quanto gerar lucros

dinheiro: é preciso planejar!

L idar de modo inteligente com o nosso dinheiro hoje é um tema bastante recorrente, especialmente para quem

administra lojas ou empresas na área do comércio. Parece ser uma tarefa fácil, mas somos surpreendidos diariamente por armadilhas de consumo e quando chega o final do mês surge a pergunta: “o que fiz com meu dinheiro?” Após essa indagação, que muitas vezes não tem uma resposta precisa, sente-se uma sensação de angústia, incapacidade e perda.

As facilidades de crédito nos conduzem à aquisição de alguns bens e serviços e ao acúmulo no orçamento de parcelas e mais parcelas de financiamentos. Será que é possível se dar todos esses prazeres sem ficar comprometido, para não dizer endividado? Sim, é possível. Com planejamento, é possível fazer uma viagem, por exemplo, e ao voltar, ao invés de ficar pagando a viagem realizada, já planejar a próxima.

Planejamento, controle e organização são as ferramentas necessárias para que possamos usar de forma adequada e consciente nossos recursos financeiros. Falando diretamente ao pequeno e médio empreendedor, sei o quanto é difícil separar as finanças da pessoa física e da jurídica, pois “no final das contas” parecem ser a mesma pessoa. Porém, não são. Outra tarefa difícil é saber qual será a retirada mensal do empresário. Se você concorda que esses dois itens são mesmo complicados, convido-lhes a fazer o seu planejamento hoje mesmo.

O primeiro passo é ter um planejamento no mínimo anual, com previsão de despesas e receitas da empresa e de sua casa, incluindo despesas pessoais, todas separadas. Dessa forma, você visualizará uma prévia de valores que a empresa precisará faturar para se pagar e para lhe fornecer uma vida confortável. Fazendo isso você criará um quadro visual dos meses mais rentáveis na

empresa e dos mais fracos, para saber também direcionar os gastos dos seus compromissos pessoais.

Outra dica: tenha a conta bancária da pessoa física e da pessoa jurídica separada, e faça os devidos pagamentos em suas respectivas contas. Se não agir assim, haverá a possibilidade de algum dia, por exemplo, você retirar dinheiro do caixa da sua loja para pagar uma mensalidade de colégio ou outra conta similar – não relacionada às finanças da loja –, algo que não pode ocorrer. Cada vez que comportamentos como este acontecem você fica mais longe de entender se seu negócio é viável ou não e, ao mesmo tempo, fica difícil saber qual estilo e padrão de vida você pode se dar e proporcionar à sua família.

Lembre-se que o empreendedor tem receitas variáveis. Por isso, tenha muito cuidado para não assumir muitos compromissos pessoais em parcelas, especialmente quando a principal fonte geradora dos gastos pessoais for a renda mensal da sua loja, pois esses compromissos aumentarão suas despesas fixas. Portanto, se esforce e dê preferência ao pagamento à vista.

Ressalto, então, que com planejamento e paciência é possível realizar nossos sonhos sem contrair dívidas a médio e longo prazo. É preciso, para isso, dar uma parada, organizar e traçar metas, sobretudo priorizando o ressarcimento de gastos mensais da sua loja ou empresa, a fim de que a mesma adquira lucros ao invés de contrair dívidas. Esta é uma via para você realizar seus objetivos, seja comprar à vista aquela televisão que você tanto quer, dar entrada no seu apartamento, planejar uma aposentadoria tranquila, os estudos dos filhos, aumentar os negócios, ampliar seus investimentos e realizar seus sonhos com sucesso.

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Louise Porto Freire LimaOpinião

Com planejamento e paciência é possível realizar nossos sonhos sem contrair dívidas a médio e longo prazo.

22 CONJUNTURA DO COMÉRCIO Maio 2012

Page 23: Reter talentos em uma empresa: tão importante quanto gerar lucros
Page 24: Reter talentos em uma empresa: tão importante quanto gerar lucros

CONHECIMENTO FAZ A DIFERENÇA.

PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU)

MBA em Logística: Gestão Estratégica da Cadeia de Suprimentos

MBA em Marketing & Gestão no Varejo

MBA em Gestão Estratégica de Pessoas

MBA em Gestão da Aprendizagem Corporativa

MBA em Negócios e Mercados de Consumo

Especialização em ICMS

Especialização em Estratégias Psicopedagógicas da Gestão Escolar

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